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CLARISSE BARBOSA NEGRÃO

A IMPO RT Â NCIA DO N eos po ra C an in u m NA


RE PRO DU ÇÂO DE BO VI NO S

Monografia apresentada à
Disciplina " Seminário em
Reprodução Animal I " do
Programa Pós-graduação em
Medicina Veterinária, Curso
De Mestrado, da Faculdade
De Medicina Veterinária e
Zootecnia da UNESP-Campus
de Botucatu

Docentes responsáveis: Prof. Adj. Sony Dimas Bicudo


Prof. Adj. Maria Denise Lopes

Botucatu - SP
2006
CLARISSE BARBOSA NEGRÃO

A IMPO RT Â NCIA DO N eos po ra C an in u m NA


RE PRO DU ÇÂO DE BO VI NO S

Docentes responsáveis: Prof. Adj. Sony Dimas Bicudo


Prof. Adj. Maria Denise Lopes

Botucatu - SP
2006
1.Resumo

O Neospora caninum por sua importância como causador de


abortamentos em bovinos, tornou-se um dos agentes mais
pesquisados, nas duas últimas décadas, em todo mundo. O
p r o t o z o á r i o s e m a n t é m n a n a t u r e z a p o r m e i o d e i n f e c ç ã o v e r t i c al
e horizontal . Existe m uita controvérsia a respeito de qual via de
t r a n s m i s s ã o d e s s e p r o t o z o á r i o s e ri a a m a i s i m p o r t a n t e . A c r e d i t a -
se que há variação dentre ambas as vias de transmissão e que
elas podem estar relacionadas, principalmente, ao m anejo da
propriedade em questão. Para o seu diagnóstico as provas
sorológicas tem grande valor. As medi das de prevenção para
esse parasita deve ser incorporada ao manejo tradicional quando
se pretende aumentar a rentabilidade do sistema.

Palavras-chave: N.caninum, bovi nos, abortamento.


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Sumário

1. Resumo ................................................................................. 01

2. Introdução .............................................................................. 03

3. Revisão de literatura .............................................................. 04

3.1Classificação e ciclo biológico ............................................... 04

3.2Vias de transmissão e sintomas clínicos ............................... 06

3.3Provas sorológicas ................................................................ 10

3.4Controle ................................................................................. 14

4. Considerações finais .............................................................. 15

5. Referências bibliográficas ...................................................... 16

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2.Introdução

Existem muitas causas de perdas fetais e de recém nascidos


no rebanho bovino, resultando em prejuízos econômicos
si gnificativos. A identificação dessas causas é de f undamental
im portância para se determinar as devidas m edidas de prevenção
e controle.
Bjerkas et al., (1984) ao exam inarem cérebros de filhotes da
raça Boxer com problemas neurológicos, e n c o n t ra r a m cistos
teciduais semelhantes aos do Toxoplasma gondii, mas não
detectaram anticorpos no soro destes animais. Após esse
achado, o pesquisador Dubey e seus colaboradores realizaram
um estudo retrospectivo e f oi identificado um novo parasito,
estruturalmente distinto, pertencente a um novo gênero e
espécie, denominado Neospora Caninum.
A ocorrência de anticorpos anti – N. Caninum nos rebanhos
brasileiros pode ser considerada significativa, com nívei s
equivalentes e até superiores aos encontrados por pesqui sadores
de outros países (GONDIM & SARTOR, 1997; BELO et al., 1999).
O abortamento em bovinos é responsável pelos graves
prejuízos conseqüentes da neosporose . Na Califórnia 42,5% dos
abortamentos f oram atribuídos ao N. caninum (ANDERSON et
al., 1991), cujo o dano estimado som ou US$ 35 milhôes, apenas
na pecuári a leiteira (LINDSAY, 1998).
Após um estudo realizado por Kasari et al. (1999) no Texas,
constatou-se na indústria da carne , um prejuízo estimado entre
US$15 e US$24 milhões anuais, em decorrência de abortamento
e natimortos determinados por N. caninum.
No Brasil não há estim ativas de custos porém pelas taxas de
inf ecção já constatadas em seu território , depreende-se que

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estes suplantem as cifras de outras enf ermidades abortivas como


a brucelose e leptospirose.
A literatura mostra que ocorre uma enorme variação nas
taxas de inf ecção nos rebanhos. Esse f ato está ligado a regi ão,
raça, aptidão e manejo a que estão submetidos, com o também a
procedência da amostra e a técnica de detecção
utilizada.(SARTOR et al., 2003).
Sucessivos levantamentos epidemiológicos da neosporose
são necessários no Brasil. Esse f ato justificado pela extensão de
seu território, variabilidade de su as raças tanto de Bos Indicus
quanto de Bos Taurus e as diferenças de costumes de seus
habitantes, que variam radicalmente de região para região,
influenciando no manejo e assim, diretamente no modo de
transmissão da doença.
Objetivo do estudo é avaliar a im portância do N.caninum na
reprodução dos bovinos.

3 . R e vi s ã o d a l i t e r a t u r a

3.1 Classificação e ciclo biológico

O N. caninum pertence ao Filo Apicomplexa, Classe


Sporozoasida, Subclasse Coccidiasina, Ordem E u c o c c i d i o ri d a ,
Família Sarcocistidae; esta classificação foi feita através de
estudos morf ológicos realizados com microscopia eletrônica, e
resultados da análise da seqüência de DNA, confirmaram sua
cl assificação, demonstrando ser este um protozoário intracel ular
obrigatório ( COX, 1991; ELLIS et al., 1994 ).
Embora o N. caninum seja um protozoário com algum a
semelhança com o T. gondii, apresenta características distintas

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em relação a sua estrutura antigênica, imunogênica e patogênica


relacionada ao hospedeiro( DUBEY, 1988b ).
N. caninum possui um ciclo de vida que envolve três estágios
principais: oocistos, estágio desenvolvido apenas pelo
hospedeiro def initivo; taquizoítos e bradizoítos que são estágios
encontrados nos hospedeiros interm ediários, sendo ambos
intracelulares. O cão, hospedeiro definitivo, ao ingerir cistos
teciduais pode eliminar oocistos não esporulados ( McALLISTER
et al., 1998 ). Estes, no ambiente, esporulam de 24 a 72 horas e
contêm dois esporocistos com quatro esporozoíto cada. (
LINDSAY et al., 1999 ).
Oocistos esporulados no m eio ambi ente são i ngeridos pelo
hospedeiro intermediário, no caso o bovi no; os esporozoítos
invadem as células no trato intestinal, transf ormando em
taquizoítos, provocando lesões teciduais e propagando a infecção
para vários tecidos do hospedeiro. No interior das células os
taquizoítos podem se transformar em bradizoítos(DUBEY et
al.,1988 ; DUBEY et al ., 1988b).
Nesses animais inf ectados os taquizoítos são encontrados
em células do sistema nervoso, m acróf agos, fibroblastos, células
do endotélio vascular, miócitos, células do epitélio dos túbulos
renais e hep atócitos ( DUBEY, 1988a; SPEER & DUBEY, 1989;
DUBEY, 1993; DUBEY, et al., 2002 ).
A principal localização é no cérebro, posteriormente coração
e tem m enor incidência nos demais órgãos ( W OUDA et al., 1997
). Segundo Dubey & Lindsay (1996), não há uma área exata no
cérebro para que possa ser encontrado o N. caninum.
A inf ecção natural por N. caninum f oi reportada em caninos,
bovinos, caprinos, bubalinos e eqüinos (UGGLA et al., 1989;
DUBEY et al., 1990b; BARR et al., 1992; BARR et al., 1993;
HUONG et al., 1998 e DUBEY et al., 1999 )

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A ingestão, pelo cão, de tecidos de origem animal contendo


bradizoítos, taquizoítos ou oocistos esporulados faz com que haja
a infecção, tornando-se tanto hospedeiro intermediário quanto
defi nitivo (DUBEY et al., 1988a; DUBEY et al., 1990a;
McALLISTER et al., 1998; LINDSAY et al., 1999a). A eliminação
de oocistos pelas f ezes, f az do cã o o hospedeiro definitivo e a
contaminação da água e alimentos consumidos pelos hospedeiros
i n t e rm e d i á ri o s f a c i l i t a m a p r o p a g a ç ã o d a i n f e c ç ã o ( M c A L L I S T E R
et al., 1998).

3.2 Vias de transmissão e sintomas clínicos

O protozoário se mantém na natureza por meio de infecção


vertical e hori zontal.
A transmissão hori zontal ocorre quase que exclusivamente
p o r m e i o d a i n g e s t ã o d e á g u a e a l i m e n t o s c o n t a m i n a d o s , c om
oocistos expelidos nas f ezes de cães dom ésticos (BARTELS, et
a l . , 1 9 9 9 W OU D A , e t a l . , 1 9 9 9 ) e o u t r o s c a r n í v o ro s s i l v e s t r e s
como os coiotes (canis latrans) (GONDIN et al. 2004).
A inf ecção vertical é responsável pela disseminação e
manutenção do patógeno nos rebanhos por sucessivas gerações
(BJÖRKMAN et al., 1996).
A transmissão transplacentária parece ser a m ais comum no
teço final de gestação porém, os poucos estudos existentes ainda
são insuficientes para a confirm ação desse f ato.
A correlação entre a presença de cães inf ectados e o
surgimento da inf ecção em bovinos indica a manutenção da
inf ecção por m eio da transm issão horizontal (PARÉ et al., 1998;
McALLISTER, 1999).

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A infecção por N. caninum em bovinos pode ocorrer através


da transmissão congênita e f ecal-oral (McALLISTER et al., 1998).
A transmissão fecal-oral do N. caninum em bezerros f oi
comprovada experim entalm ente por De Marez et al. (1999). A
resposta imunológica f oi desenvolvida entre duas a quatro
semanas após a inoculação de 104 a 105 oocistos e o parasi to f oi
encontrado no cérebro e medula espinhal dos animais em estudo.
A transmissão horizontal é representada pela via de
eliminação de oocistos pelo colostro e leite de vacas (UGGLA et
al., 1998) com ingestão de água ou alimentos contaminados
determinando surtos de abortam ento. Pesquisadores indi cam a
transmissão horizontal como a principal responsável pela
neosporose em bovinos (THURMOND et al., 1997; HIETALA &
T H U R M O N D , 1 9 9 9 ; D I J K S T R A e t a l . , 2 0 0 1 a ; K A S H IW A S A K I e t
al., 2001; DIJKSTRA et al., 2002; McALLISTER & LATHAM,
2002).
A transmissão transplacentária f oi demonstrada em caninos,
f elinos, ovinos, bovinos, camundongos e suínos (DUBEY &
LINDSAY, 1989; DUBEY & LINDSAY, 1990; BARR et al., 1994;
COLE et al., 1995a; COLE et al., 1995b).
A transmissão verti cal está bem estabelecida em bovinos,
contribuindo significativamente para a m anutenção da inf ecção no
rebanho (ANDERSON et al., 1997; DUBEY et al., 1992;
T H U R M O N D e t a l . , 1 9 9 7 b ; W OU D A e t a l . , 1 9 9 8 ) . P e s q u i s a d o r e s
indicam a via de transmissão vertical a que têm m aior
predomínio, sendo responsável pela maioria das inf ecções
congênitas (BJÖRKMAN et al., 1996; PARÉ et al., 1996; PARÉ et
al., 1997; THURMOND & HIETALA, 1997; DAVISON et al., 1999;
HIETALA & THURMOND, 1999).
O aparecimento da inf ecção por N. caninum em um rebanho
pode ser devido a entrada de uma fêm ea inf ectada que transmite

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o parasito para seus descendentes por várias gerações. Dessa


f orma, a inf ecção no plantel de bovinos é m antida (PARÉ et al.,
1994). Em um trabalho reali zado p or Bj örkman et al. (1996) f oram
constatados que 17 (29%) anim ais sororreagentes ao N. caninum
eram descendentes de duas vacas adquiridas de outras
propriedades leiteiras. Mainar-Jaime et al. (1999) relataram que a
relação da soropositividade ao abortamento, f oi maior em vacas
a d q u i r i d a s ( 3 7 , 6 % ) d o q u e e n t r e a s v a c a s c ri a d a s n a p r o p r i e d a d e
(29,1%).
Estudos dem onstram que tanto vacas quanto novilhas
inf ectadas pelo N. caninum, podem transmitir a inf ecção para
seus descendentes, em dif erentes gestações, consecuti vas ou
não (PARÉ et al., 1996; ANDERSON et al., 1997).
Segun do Thurmond & Hi etala (1997a), foram encontrados
parâmetros, na transmissão vertical de 81% e 100% em
experimento com 115 e 145 anim ais, respectivamente, a partir de
soroposi tividade de bezerros recém-nascidos de fêmeas
soroposi tivas. Novilhas infectadas congenitam ente e monitoradas
desde o nascimento, retinham a inf ecção por longo tem po para
seus descendentes (ANDERSON et al., 1997).
O abortamento determinado pelo N. caninum pode ocorrer em
qualquer fase da gestação, entretanto a prevalência é maior entre
o s d o i s t e r ç o s i n i c i a i s d a g e s t a ç ã o (D U B E Y & L I N D S A Y , 1 9 9 6 ) .
A comparação entre animais soronegativos e vacas
inf ectadas por N. caninum determina um a probabilidade da ordem
de duas vezes o risco de aborto (PARÉ et al., 1997) e um
aumento de 7,4 vezes nas novilhas congenitamente inf ectadas
(THURMOND & HIETALA, 1997a).
Davison et al. (1999) estimaram em 95,2% a probabilidade do
nascim ento de um bezerro inf ectado gerado em uma vaca leiteira
positiva para N. caninum. Vários pesquisadores (McALISTER et

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al., 1998; UGGLA et al ., 1998; De MAREZ et al., 1999, LINDSAY


et al., 1999a) dem onstraram a infecção horizontal em bovinos a
partir da ingestão de colostro ou leite de vacas inf ectadas ou
alim entos contaminados com os oocistos esporulados.
Por meio de inf ecção experim ental f oi comprovada a
transmissão do N. caninum pela via lactogênica em camundongos
e bezerros (COLE et al., 1995b; UGGLA et al., 1998).Quintanilla
& Gozalo, (1999) verificaram que a inf ecção oral, via col ostro, é
outra possível via de transmissão horizontal em recém nascidos.
Porém, essa via de transmissão não f oi relatada em cães (COLE
et al., 1995a).
A pri ncipal característica clínica, em vacas inf ectadas por N.
caninum é o abortamento que pode ocorrer entre o terceiro e
nono mês de gestação (ANDERSON et al., 1991; BARR et al.,
1991).
Os abortamentos podem ocorrer em forma de surtos ou
esporádicos e em qualquer estação do ano (BARR, 1994;
McALLISTER, 1996). Trabalhos realizados na Ca lif órnia por
Anderson (1991) f oi verificado que a m aioria dos abortam entos
ocorreram no período de inverno. Por outro lado, na Holanda, a
m aior taxa f oi observada no verão (LINDSAY et al., 1996).
Os animais apresentam, por ocasião do abortamento,
titulação de anticorpos contra N. caninum mais elevados e d e 2 a
3 m eses após o abortamento a titulação d e anticorpos diminuem,
sendo que, podem ati ngir titul ações consideradas negativas
(INNES, 1997).
Em bovinos, segundo Yaeger et al. (1994) os f etos podem
m orrer no útero, sendo absorvidos, mumificados, autolizados, ou
nascerem doentes ou clinicamente normal, porém congenitamente
inf ectados.A presença parcial de autólise nos f etos abortados
sugere que a expulsão ocorre, algumas vezes, após sua morte

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(ANDERSON et al., 1991). Segundo BARR et al. (1995) a


m umificação do f eto é um indicativo de que a inf ecção f oi
instalada antes do quinto mês gestação.
O nascim ento de animal com aspecto clini co normal, porém
cronicam ente inf ectado é reportad a por Lindsay et al . (1996) e
H o a r ( 1 9 9 6 ) . B e z e r r o s n a s c i d o s d e m ã e s i n f e c t a d a s d e m o n s t r am
os sinais clínicos em cerca de cinco dias após o parto (BARR et
al., 1993). DUBEY (1989) observou mielite, miocardite e
encef alite associadas ao N. caninum, em bezerros i nf ectados.
DUBEY et al. (1992) descreveram o caso de um bezerro
inf ectado por N. caninum, em Indiana, que nasceu clinicamente
normal e que após duas semanas começou a apresentar fraqueza
e, com quatro sem anas de idade, morreu devido a uma paralisia.
Os sinais clínicos de bezerro s neonatos inf ectados por N.
caninum são membros posteriores e/ou anteriores flexionados ou
hiperestendidos, ataxia, diminuição do reflexo patelar, perda de
consciência, exoftalmia, assim etria ocul ar e deformidades
associadas com lesões de células nervosas, na f ase embrionária
(PICOUX et al., 1998). Lindsay et a l. (1996) afirma que a mai oria
dos bezerros com sinais clínicos devido a inf ecção pelo
p r o t o z o á r i o m o r r e m d e n t r o d a s p ri m e i r a s q u a t r o s e m a n a s d e v i d a .

3.3 Provas sorológicas

Em f unção da dificuldade de diagnóstico em animal vivo as


provas sorodiagnósticas são de grande valia e permitem grandes
avanços no conhecimento da biologia e epidemiologia do N.
caninum (BJÖRKMAN & UGGLA, 1999).

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Segundo Paré et al. (1995) as provas sorológicas que


permitem o diagnóstico da neosporose bovina incl uem o teste de
im unofluorescência indireta (RIFI), testes im unoenzim áticos
(ELISA), reações de polimerase em cadeias (PCR) e teste de
m odificado de aglutinação para anticorpos de N. caninu m (NAT).
A partir de te cidos ou fluidos de f etos abortados ou bezerros
inf ectados é possível a realização do diagnóstico,
preferencialmente acompanhados de amostra de soro materno
(DUBEY & LINDSAY, 1996).
A identificação de taquizoítas e/ou cistos do N. caninum,
através de exames histológicos e IHQ, é possível a parti r de
am ostras de cérebro, medula espi nhal, coração, fígado, músculo
esquelético, pulmão, rim, e placenta (SHIVAPRASAD et al., 1989;
BARR et al., 1990; THORNTON et al., 1991; LINDSAY et al.,
1993).
A t r a v é s d a t é c n i c a d e i m u n o h i s t o q u i m i c a (I H Q ) , u t i l i z a d a e m
am ostras de cérebro f etal, f oi realizado o primeiro diagnóstico,
no Brasil, de N. caninum em um feto bovino abortado, com idade
gestacional de oito meses, proveniente de um rebanho leiteiro
com histórico de abortamento, por Gondim (1999a).
Lesões degenerativas e inflam atórias, com áreas de necrose
m u l t i f o c a l e i n f i l t ra d o d e c é l u l a s m o n o n u c l e a r e s , s ã o c o m u m e n t e
visualizados no cérebro d e fetos inf ectados, quando processados
histologicam ente (ANDERSON et al., 1991).
O teste sorológico da reação de imunofluorescência indireta
(RIFI) f oi o primei ro a ser utilizado para o diagnóstico de
anticorpos contra N. caninum (DUBEY et al., 1988a).
Enqua nto Dubey et al. (1988), nos EUA, desenvolveram a
prim eira RIFI a partir de culti vo celular de tecidos de filhotes de
cães, Conrad et al. (1993b) desenvolveram a primeira RIFI para
detecção de anticorpos contra N. caninum a partir de

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protozoários isolados de bovi nos. Os autores veri ficaram que 55


vacas com histórico de abortamento causado pelo N. caninum,
apresentaram títulos variando de 320 a 5120 nos soros colhidos
após a expulsão dos fetos. Num período de cinco meses, os
títulos de seis vacas diminuíram para 160, e destas, duas
a p r e s e n t a r a m u m a u m e n t o n o s s e u s t í t u l o s d e a n t i c o rp o s e m s u a s
gestações subseqüentes, gerando bezerros inf ectados
congenitamente.
A a u s ê n c i a d e a n t i c o r p o s , e m u m a ú n i c a a m o s t ra d e s a n g u e ,
não deve ser considerado negativo devido a ocorrência da
soroconversão (DANNATT, 1998).
O ponto que determina a infecção em bovinos ainda não f oi
padronizado. Alguns autores consideram em bovinos adultos
como títulos de soropositividade de 160 (PACKHAM et al., 1998),
outros de 200 (DUBEY & LINDSAY, 1996).
O p o n t o u t i l i za d o p a r a d e t e r m i n a r a i n f e c ç ã o p o r N . c a n i n u m
a partir de exames de soros e fluidos f etais é inferi or aos dos
bovinos adultos. A com paração entre o animal adulto e o feto
mostra que este último, possui uma exposição menor aos
antígenos, resultando em uma menor quanti dade de anticorpos
n ã o e s p e c í f i c o s ( O S AW A e t a l . , 1 9 9 8 ) .
A i nf ecção por N. caninum em fetos não pode ser descartada
devido a ausência de anticorpos em soro ou fluidos f etai s. A
presença de anticorpos contra o parasito é determinada pela
condição imunológica do f eto, que por sua vez depende da idade
gestacional, da dose inf ectante e da resposta imune da mãe
( R E I C H E L & D R A K E , 1 9 9 6 ; D U B E Y e t a l . , 1 9 9 7 ; W OU D A e t a l . ,
1997). A concentração de imunoglobulinas f etais diminuem com a
autólise do f eto, contribuindo dessa f orma, para a não detecção
d e a n t i c o r p o s n o s l í q u i d o s f e t a i s e m d e c o m p o s i ç ã o (W O U D A e t
al., 1997).

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A parti r da análise, pela RIFI, realizada em fl uidos de f etos


c o m v á ri a s i d a d e s g e s t a c i o n a i s B a r r e t a l . ( 1 9 9 5 ) v e r i f i c a r a m u m a
m aior quantidade de soro reagentes ao N. caninum em f etos de
seis a nove m eses, com parados aos de menos de cinco meses.
W ouda et al. (1997) não observaram anticorpos anti-N.
caninum em f etos de dois a quatro meses e, dos animai s
sororreagentes, o título mais alto, 800, f oi relatado em um feto
abortado com sete meses.
Segundo Dubey et al. (1997) a detecção de anticorpos anti-
N. caninum em soros de vacas que abortaram apenas indica
exposição materna ao parasito, e não a causa de aborto
individual dentro de um rebanho. Porém, a detecção de altos
títulos em casos de abortamento, como 1280 (CONRAD et al.,
1993b; TREES et al., 1994) e 4096 (BUXTON et al., 1997), são
sugeridos com o positivo para o diagnóstico de N. caninum.
Paré et al. (1995) reportaram que o teste de ELISA que
utiliza antígeno total apresenta uma sensibilidade e
especificidade de 89% e 97%, respectivamente. Essa técnica
permite a realização de um grande núm ero de amostra serem
processadas rapidam ente para determinação de anticorpos
(VENKASTEIN & W AKELI, 1993). Outra m odalidade dessa técnica
na qual é utilizado antígeno re com binante a sensibilidade e
especificidade pode ser de até 98% e 100% segundo Schares et
al. (1998).
A técnica de ELISA f oi utilizada para avaliar titulações de
anticorpos contra N. caninum em bovinos de todas as idades e de
ambos os sexos em dois rebanhos endemicamente infectados,
sendo verificado uma sensibilidade de 85% e uma especificidade
de 90%. Foi verificado que a titulação de anticorpos, nos
bezerros, diminuem após o nascimento e aumentam

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si gnificativam ente nas novilhas ao redor de 18 a 24 meses de


idade (DAVISON et al., 1999).
O teste de aglutinação para anticorpos de N. caninum (NAT)
f oi desenvolvido por Romand et al. (1998) utilizando soros de
vacas e cães naturalmente i nf ectados e soros de coelho, ratos e
ovinos experimentalmente inf ectados com taquizoítos ou oocisto
de N. caninum.
O diagnóstico da neosporose pode ser realizado por
isolamento do agente a partir de tecidos inf ectados, por reações
d e p o l i m e r a s e e m c a d e i a ( P C R ), e s t a é a l t a m e n t e s e n s í v e l e
específica para o diagnóstico da neosporose (ELLIS, 1998; ELLIS
et al., 1999). Essa técnica vem sendo utilizada para detectar o
DNA de N. caninum tanto em inf ecções naturais quanto
experimentais (HOLMDAHL et al., 1996; HO et al ., 1997).
O p o t e n c i a l zo o n ó t i c o d e s t e p a r a s i t a a i n d a n ã o é c o n h e c i d o
( D U B E Y & L I N D S A Y , 1 9 9 6 a ) . N e n h u m c a s o d e n e o s p o r o s e f oi
relatado em humanos porém, Tranas et al. (1999), examinando
am ostras de sangue de doadores hum anos, obtiveram título 100
para N. caninum, através da reação de imunofluorêscencia
indireta (RIFI), enquanto Petersen et al. (1999), examinando
amostras de soro de 76 mulheres com histórico de abortamento,
não detectaram anticorpos contra este parasita por meio do
ELISA, RIFI e IB. Por outro lado, o sucesso da transmissão
experimental do agente em prim atas não humanos, indica a
possibilidade de inf ecção humana (SUNDERMANN et al., 1997,
FUNCHS et al., 1998).

3.4 Controle

A prevenção da transmissão vertical e hori zontal é a base


para o controle das inf ecções por N. caninum (PARÉ et al.,

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1998). A realização de testes sorológicos nos animais é


f undamental para avaliar o grau de inf ecção do rebanho
(THURMOND & HIETALA, 1995).
A sorologia deve ser realizada em todos os animais do
rebanho, e não apenas nas vacas que abortaram. Isto porque, os
bovinos podem adquirir a inf ecção após o nascimento através da
ingestão de oocistos (McALLISTER et al., 1998) e animais
clinicam ente normais, gerados por vacas soropositivas, podem
apresentar tos títulos de anticorpos (DANNAT et al., 1995).
O descarte de anim ais inf ectados pela via congênita evita a
disseminação do parasito no rebanho através da infecção
t r a n s p l a c e n t á r i a (T H U R M O N D & H I E T A L A , 1 9 9 5 ; W O U D A e t a l . ,
1998).
A proteção dos alim entos e água da contaminação, com
oocistos, pelas f ezes de cã es, não f ornecer nem permitir acesso
dos cães à placenta, carne e vísceras de fetos abortados e de
vacas e bezerros mortos, coibi r o contato de cães com as
instalações tipos depósitos e currais (McALLISTER et al., 1998;
PARÉ et al., 1998). Essas medidas preventivas visam o controle
da inf ecção por N. caninum pelas vias de transmissão horizontal
e/ou vertical (McALLISTER et al., 1998; PARÉ et al., 1998;
ATKINSON et al., 2000).

4. Considerações Finais

É im portante termos os bovinos com controle negativo para


N. caninum conhecendo os potencias prejuízos econômicos que
este causa.
Embora o Brasil não seja totalmente mapeado contra a doença a
amostragem demonstra que há grande concentração.

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