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Aprovado por:
bfi44
Prof. Murilo ~ u g u s t o ~ aPh.D.
z,
A &.H/Mu
fldrnwyccc
Dr. h i s Cláudio de Marco Meniconi, Ph.D.
Janeiro] 2004
Janeiro, COPPE
Ao meu orientador
Prof. Julio César Ramalho Cyrino
Ao CENPES da PETROBRAS
Dr. Meniconi
EngO Carneval
Marchl2004
1. Introdução 1
2.1. Adesão 4
2.2. Aderência 11
2.3. Adesivos 18
3.1. Inspeção 26
Vibração sônica 37
Vibrotermografia 37
Termografia 37
de Aço 39
Procedimento Experimental 52
Técnica de ultra-som 53
vii
4.5. Resultados Experimentais 63
5. Conclusões 80
6. Referências Bibliográficas 82
Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade da colagem de material
compósito constituído de fibra de carbono pré-impregnado com resina epóxi em
chapa de aço.
Esta categoria única de materiais proporciona uma das mais efetivas opções
para atingir os requisitos de projetos que se direcionam por considerações de peso,
longevidade e economicidade.
2.1 Adesão
Essa idéia foi justificada por Wake [4] no trabalho sobre adesão de borrachas
com tecidos, quando demonstrou que a resistência da colagem depende da
penetração das fibras de algodão na borracha e da capacidade da borracha molhar
as fibras. Por exemplo, se o trançado de fibras naturais for substituído por
monofilamento sintético, como exemplo o nylon, que pode dar aumento das
propriedades mecânicas, a resistência da colagem com a borracha será
consideravelmente reduzida devido a diminuição da molhabilidade da borracha no
nylon. Uma variedade de tratamentos e acabamentos superficiais foram pesquísados
para promover uma interligação mecânica mais resistente entre a superfície desses
monofilamentos sintéticos e a borracha.
Um fato importante e comum para todas essas forças é que elas são válidas
somente para distâncias muito pequenas. A maioria é negligenciada além de poucos
angstrons [AO]. Isto significa que é necessário um contato próximo para que se tenha
uma boa adesão.
Vapor
llli.'O?lllllll
Fig. 2.1: Molhabilidade entre um líquido e um sólido.
A equação de Young, que define o equilíbrio das tensões superficiais entre o
sólido, o Iíquido e o vapor, é dada por:
sendo que o termo ysv representa a energia livre superficial do substrato sólido
devido a absorção de vapor, yslrepresenta a energia livre do substrato sólido devido
a absorção do líquido e yi, representa a energia livre do liquido devido a absorção do
vapor. Essa absorção de vapor diminui a energia livre superficial do substrato,
apesar de y ,,ser considerada com valor baixo quando comparado com o valor da
energia livre superficial do sólido no vácuo, y,.
Essa redução da energia superficial do sólido por uma camada de vapor tem
sido definida pelo conceito de equilíbrio da pressão na difusão:
Fig. 2.3: Energia livre de superficie do adesivo menor que a energia livre de
superfície do substrato (sem contaminante) Ângulo 8 = '
0 (Completa molhabilidade e
íntimo contato molecular) acarretando a adesão.
ADESIVO
SUBSTRATO
Fig. 2.4: Energia livre de superfície do adesivo igual ou superior a energia livre de
0 (molhabilidade parcial
superfície do substrato (ou com contaminantes) Ângulo 8 > '
sem contato molecular) acarretando falta de adesão.
2.2 Aderência
A união com adesivo é mais resistente a flexão e a vibração do que uma união
com rebites e parafusos [I
I]. Para utilizarmos os rebites ou parafusos é necessário
fazer furos no substrato, o que provoca muitas vezes uma fadiga prematura do
material devido a formação de concentradores de tensões. Outra vantagem é na
união de materiais diferentes evitando a corrosão galvânica.
Tração
Cisalhamento
Clivagem
17
2.3 Adesivos
Adesivos cianoacrilatos
Os adesivos em base epóxi são formulados com diversos aditivos como resina
epóxí flexível, plastificantes não reativos e elastômeros de borracha que permitem
aumento na flexibilidade (percentual de deformação); aditivos surfactantes,
desaerantes, anti-floculantes, nivelantes que auxiliam na aplicação, quanto ao
espalhamento e preenchimento de vazios ou poros; pigmentos e cargas minerais ou
metálicas; absorvedores de ultravioleta; agentes tixotrópicos, etc.
Blendas
Tramas de
Fibras a 0'
23
Algumas propriedades das fibras de carbono são apresentadas por Shenoi e
Wellicome [I61 são apresentadas na tabela 2.3 a seguir.
Densidade (glcm3)
Coeficiente de Expansão
(axiai) ( ~ 1 0 'C)
~1
Condutibilidade Térmica
(axial) (w1m0C)
ADESIVOS
3.1 Inspeção
Avançadas - São aqueles testes que podem ser usados para componentes
críticos, ou onde há requisitos para se obter informações detalhadas sobre a
estrutura de um dado compósito. Estas técnicas são normalmente lentas e
requerem equipamentos especiais que podem limitar sua utilização, como por
exemplo, numa inspeção de um componente de compósito no local de sua
instalação.
Teste de dureza Barcol [I] - Este teste proporciona uma boa avaliação se a
resina foi misturada corretamente e se houve a cura adequada ou não. O princípio
da técnica é medir a resistência do laminado quanto a penetração de um entalhador.
Grande dispersão dos resultados é vista como indicação de não homogeneidade do
material, no entanto, a técnica não pode ser usada para indicar com precisão a
qualidade da mistura nem o grau de cura, indica somente se estes valores são
aceitáveis ou não.
[17] - Este teste utiliza frequência no campo auditivo,
Teste sônico [I],
aproximadamente de 10 Hz a 20 Hz. O teste de leves pancadas é a técnica mais
comum para localizar grandes trincas ou delaminação. Um som agudo é indicação
de uma boa ligação e estrutura sólida. Um som surdo ou pancada surda indica uma
delaminação ou uma área de grande vazio. Pequenos vazios não podem ser
detectados por este teste. Tanto o método manual de batimento quanto o automático
podem ser usados em ensaios de componentes.
O estudo do mecanismo de adesão tem origem nos anos 30, mesmo assim
consideráveis pesquisas têm sido feitas desde então. O conhecimento fundamental
sobre mecanismo de adesão não é ainda bem desenvolvido, e nenhuma teoria
regular global ou modelo pode explicar completamente o fenômeno ou o
mecanismo. Isto é devido, principalmente, ao fato que a adesão é um fenômeno
muito complexo envolvendo conhecimento multidisciplinar de polímeros, química da
superfície, mecânica da fratura, mecânica de materiais e outros assuntos.
3.4.1.1 81
Modelo de ancoragem mecânica [I
Adesivo liquido
Substrato
1 Polimero
C_.-- Metal
---",#"*-
Interface
Impurezas na interface.
TRINCA
I POROSIDADE
I ADESAOPOBRE
SUBSTRATO
ADESNO -
SUBSTRATO
VAZIO
COESA0 POBRE
3.6.4 Vibrotermografia
3.6.5 Termografia
O material compósito usado nos ensaios foi laminado com tecido bi-direcional
de fibra de carbono pré-impregnado com epóxi (pre-preg), fornecido pela TexiGlass
Indústria e Comércio Têxtil Ltda.
I Densidade (glcm3)
I 1,i6
I
na Falha (%)
I Resistência a ácidos
I Excelente resistência
I
I Condutibilidade térmica (BTU-in1h.e.' F) I 50 a 70
I
Efeito do calor T > 360" C - Oxida (Não funde)
Cor
Escuro Escuro
I Densidade i 25' C g/cm3
P Viscosidade a 25' C
Ponto de Fulgor
GPa.s
3:Medidores de Tem
42
ior aderência entre s de tecido do pre-preg e
expulsar o excesso de resina é necessário aplica
ra isso, foi utiliz do um conjunto form
armalon (fig.4.4), para evitar a aderência do laminado de fi
de aço.
I e série 2.
e larninado de fibra
Série 1 - Esta série foi forma com laminado de fibr de carbono composta
por 8 (oito) camadas regnado, colada so
Série 2 - Esta série foi feita com chapas de aço iguais as utilizadas na série 1,
com as mesmas condições de superfície, também tiveram a laminação da fibra de
carbono diretamente sobre a chapa de aço e colagem com a própria resina do tecido
pré-impregnado. A única diferença entre a série 1 e a série 2 i! o número de
camadas de Laminado de fibra de carbono, que foram coladas 12 (doze) camadas.
ara isto, em primeiro lugar foi necessário escolher o tipo e adesivo que
seria utilizado. Como já foi dito anteriormente, o ti
adesivo estrutural a base de epoxi do tipo - epHoxal
HAP 102 (En or), a dosagem da mistura foi na
conforme recomendação o fabricante. Para se obter esta i necessária a
e uma balança de precisão.
Técnica do ~ulso-eco
Cabeçote
A
Amplitude laInterEace
2'Interface C
3. Iaterface
Tempo
Substrato
Cabeçote
Substrato
Alt
Substrato
Chapa 1 A - Chapa de aço jateada, Iimpa com solvente e seca. Aplicadas 8 (oito)
camadas de tecido de fibra de carbono pré-impregnado (pre-preg) diretamente sobre
a chapa de aço e cura feita a quente sob pressão, a temperatura de 180 'C durante
2 horas. A colagem foi feita com a própria resina do tecido de fibra de carbono pré-
impregnado.
Chapa 1 B - Chapa de aço jateada e Iimpa com aplicação de graxa na parte central.
Aplicadas 8 (oito) camadas de tecido de fibra de carbono pré-impregnado (pre-preg)
diretamente sobre a chapa de aço e cura feita a quente sob pressão, a temperatura
de 180 'C durante 2 horas. A colagem foi feita com a própria resina do tecido de
fibra de carbono pré-impregnado.
Chapa 2 A - Chapa de aço jateada, limpa com solvente e seca. Aplicadas 12 (doze)
camadas de tecido de fibra de carbono pré-impregnado (pre-preg) diretamente sobre
a chapa de aço e cura feita a quente sob pressão, a temperatura de 180 'C durante
2 horas. A colagem foi feita com a própria resina do tecido de fibra de carbono pré-
impregnado.
-
Chapa 2 B Chapa de aço jateada e limpa com aplicação de graxa na parte central.
Aplicadas 12 (doze) camadas de tecido de fibra de carbono pré-impregnado (pre-
preg) diretamente sobre a chapa de aço e cura feita a quente sob pressão, a
temperatura de 180 'C durante 2 horas. A colagem foi feita com a própria resina do
tecido de fibra de carbono pré-impregnado.
Chapa 3 A - Chapa de aço jateada, limpa com solvente e seca. Painel de fibra de
carbono com 8 (oito) camadas colado a chapa de aço com adesivo estrutural, cura
do adesivo feita à temperatura ambiente.
Chapa 3 B - Chapa de aço jateada e limpa com aplicação de graxa na parte central.
Painel de fibra de carbono com 8 (oito) camadas colado a chapa de aço com
adesivo estrutural, cura do adesivo feita a temperatura ambiente.
Série 4
Chapa 4 A - Chapa de aço jateada, limpa com solvente e seca. Painel de fibra de
carbono com 12 (doze) camadas colado a chapa de aço com adesivo estrutural, cura
do adesivo feita a temperatura ambiente.
Chapa 4 B - Chapa de aço jateada e limpa com aplicação de graxa na parte central.
Painel de fibra de carbono com 12 (doze) camadas colado a chapa de aço com
adesivo estrutural, cura do adesivo feita à temperatura ambiente.
ma armazena todos os
Quando se entra no program US Aquis 32 a tela inici
na figura 4.23, a seguir.
arelho de ultra-som
analise, padrões d
ecífico consider
idimos em 5 (cinco) níveis de resposta:
= 100% - aderência perfeita (cor branca).
75% 5 resposta 100% - conjunto com excelente ader6neia (cor azul).
osta c 75% - conjunto com bo aderência (cor ve
osta e 50% - conjunto com pouca aderência (cor amarela).
osta c 25% - descolarnento (cor vermelha).
resenfadua a seguir:
Na tela do comput ultra-som é apresent
varredura C (C-Sc n) que representa a avaliação ponto a ponto proporcionada pelo
-som com o auxílio do c vés desta tela
podemos obsewar os pontos que apresentam mais aderência ou menos adergncia.
-27podemos ver s cores vermelho e am
na varredura d , com isto podemos observar a influência da gr
rocesso de ades o, onde pudemos confirmar o descolam fibra de carbono.
O descolamento foi verificado tamb6m atrav6s de leves pancadas sobre a fibra de
ono e observado o som tr
grande quantidade d eradas nas avaliações dos corpos de
ssamos a apresentar apenas os result
C) e do eco de fundo no ponto inicial, coorden 50x50 varredura A (scan A).
Q Proporc.
O Máximo
2 7 : Varredura C da Ch
@ Proporc.
O Máximo
150. 501 seriel c 1350. 501
seriel c
O Máximo
. 4
. ..
-
r--,
' P-7
L..
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i r :-i
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h A . .
P? , ..
-., --3 ;
. . 3
Fig. 4.32: Eco de Fundo na posição inicial da Chapa 2A
Chapa 2C
( 5 0 . 2201
Chapa 3
Q Praparc.
O Máximo
.39:Varredura C da Ch
Fig. 4.40: Eco de Fundo na posição inicial da Chapa 3B
Q Propoic.
O Máximo
i: Varredura C da Chapa âC
Fundo na posiç
em de painel de fibr
pa de aço jateada, limpa com solvente e
Q Proporc.
O MSximo
C da Chapa 4A
Fig. 4.44: Eco de Fundo na posição inicial da Chapa 4A
Q Proporc.
0 Máximo
5. Perrins, L.E. and Pettett, K - 1971 - Plastic and Polimers - v 39, pp 391-402.
7. Kinlock, A.J. - 1980 - Review: The Science of Adhesion Part I Surface and
Interfacial Aspects, J. Material Science - v 15, pp 2141-2166.
-
20. Bikerman J.J. - The Science of Adhesive Joints New York - Academic Press -
1961.
-
21. Kum Cheol Shin, Young Goo Kim, Dai Gil Lee Adhesively bonded joint lap-joint
for the composite steel shell structure of high speed vehicles - Composite
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22. Journal of Materials and Products Technology, Vol 14, 516, 19991[Insight, vol 37,
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Adhesively Bonded :Struture - a review - J Adesion - 1986 - 20 - 129-59.