Está en la página 1de 34

O Mercado da Moda e a Criação de Tendências

O mercado da moda é extremamente ditado por


regras que dirigem a criação e o consumo.

Existe a necessidade de atender aos desejos de um


mercado consumidor específico.

Já as tendências ditadas pela moda podem ser


observadas no cotidiano das pessoas: uma menina de
cabelos vermelhos nas ruas de Tóquio pode ser
tendência, por exemplo.
Na realidade, a tendência está em todo lugar, e
é uma combinação de algo que foi totalmente
planejado com algumas apostas.

Algumas tendências realmente vingam e


acabam se tornando eternas, outras não
passarão de mais uma tentativa em vão de
emplacar uma moda.

O que faz da tendência algo marcante e


notável é a capacidade que de se construir em
volta dela o impossível de não se consumir.
A moda é circular e, portanto, uma série de
tendências acaba voltando. No entanto, uma
tendência não se trata de algo arbitrário.

Primeiramente, ela surge de uma necessidade,


de um desejo detectado no mercado, em
quem de fato consome a moda.

Em seguida, de uma adequação total dela ao


momento atual, o que se está vivendo, as
mudanças, as descobertas, a situação vivida no
mundo.
A tendência costuma trazer de volta formas e
detalhes do passado, sempre auxiliados pelo de mais
novo que se tem no tempo presente: tecidos de
ponta, tecnologia etc.

A moda reflete isso, uma certa conexão com o


passado, uma certa nostalgia que nos remete a um
tempo melhor. Muitas vezes ela é uma referência a
um determinado momento ou período.

Mas todas essas mudanças acontecem sempre


cercadas de novidade, de pós-modernidade. Toda
tendência volta, porém não da mesma maneira.
A indumentária, muitas vezes, é reduzida à
ideia simplória de vestuário.

No entanto, sua linguagem é um conjunto


constituído por roupas, calçados, bolsas e
acessórios.

Cada adereço tem sua própria significação e


esses itens, quando somados, resultam no
look, o aspecto exterior do indivíduo.

Esse é o discurso da indumentária.


A moda, como linguagem, é fruto de uma
convenção à qual todos se submetem com o
objetivo de comunicar.

As marcas são uma forma de diferenciação e


imposição social da moda na atualidade.
Enquanto na época do Renascimento os
nobres criaram leis para impedir que os
burgueses em ascensão imitassem seus trajes,
agora é a própria burguesia que procura evitar
que os demais sigam sua moda.
No entanto, embora muitas vezes na História
os cidadãos menos favorecidos tenham sido
proibidos de se vestir como os ricos - proibição
garantida ora por leis ora pela própria
limitação financeira – hoje em dia, nada
impede que diferentes classes se vistam da
mesma forma.
O surgimento do prêt-à-porter (pronto
para usar) tornou a moda mais uniforme.

As peças, agora produzidas em série,


tiveram seu custo reduzido. Os preços
mais acessíveis permitiram às classes
mais baixas o acesso a uma forma de
vestir, até então, exclusiva dos ricos.
Cada década tem sua importância na história
da moda. A estética do vestuário enfatiza
transformações sociais, traduz recortes
econômicos, moda e comportamentos.

O vestuário é e sempre foi muito importante no


desenvolvimento do Homem enquanto membro
constituinte de uma sociedade, não apenas pelas
funções bases que desempenha, mas também pelas
diversas funcionalidades que foi adquirindo ao longo
do seu desenvolvimento e o tipo de linguagem por
este apresentada (linguagem verbal), é um meio de
comunicação de grande valor.
Há muito preconceito em relação a moda, em parte
por seu lado efêmero e por muitas vezes estar ligada
a aparência, supostamente privilegiando o superficial;
mas a moda reflete também características de
personalidade, de cultura e socioeconômicas, sendo
um importante item na história.

Ela faz parte do cotidiano e das grandes estruturas


econômicas da sociedade, pois a moda se fortalece
com a economia, se liberta com a sociedade e traduz
as reviravoltas em tempo real. É o espelho de uma
época.
A Moda é feita de História e Cultura
Sabemos que a roupa é uma metáfora
para o corpo, afinal é ela que tanto cobre
nosso corpo nu quanto nos apresenta para
o mundo. Por serem ao mesmo tempo tão
íntimas e tão públicas, as roupas são
ferramentas indispensáveis para a analise
do comportamento humano.
Quando falamos de Roupa, imediatamente
lembramos de Moda.

E quando usamos o termo "moda" tratamos de


torná-lo bastante abrangente, pois não se refere
apenas a tipos de roupas, cabelos ou penteados:
trata-se, principalmente de cultura; o retrato de
uma sociedade num determinado período; meio
de proteção; e ao longo dos anos, a evolução
social fez de nossas vestes um meio de
comunicação.
A Moda, é de fato, um sistema que acompanha o vestuário e o
tempo; que integra o simples uso das roupas no dia a dia a um
contexto maior: histórico, social, cultural, político...

Moda e Cultura estão intimamente relacionadas.


A moda é a necessidade primordial do ser humano em
possuir uma segunda pele, e a possibilidade de, com
roupas e acessórios criar um conjunto único de
informações visuais sobre si mesmo.

Isso é identidade, comunicação, performance. Para


alguns, moda significa atitude; para outros, liberdade;
mas a moda possui mesmo é um caráter multicultural
que faz com que tudo esteja interligado na sociedade
contemporânea.

A maneira moderna de funcionamento dos movimentos


estilísticos, que tem tudo a ver com lifestyle,
comportamento e cultura é que faz a moda tão atuante
e presente na contemporaneidade.
A Moda surgiu da necessidade de participar de algo e ao
mesmo tempo de se diferenciar dos demais.

Foram séculos de desenvolvimento e novidades que


fizeram com que a moda se consolidasse e alcançasse
alguns conceitos que são comuns na atualidade.

“Roupa não tem importância. Moda tem. É um


documento histórico. É criação e liberdade.”
Zuzu Angel
Moda é uma relação entre o vestuário, o tempo as
pessoas.

Projeta o uso da roupa do cotidiano num contexto


amplo, político, social, sociológico, cultural e
hierárquico.
Na época da corrida ao ouro na Califórnia, cerca de 1853, um
jovem judeu alemão, de nome Levi Strauss, que tinha
começado por vender lona para as carroças dos mineiros e
que, percebe que as roupas dos mineiros não eram adequadas
para o desgaste que sofriam, levou um deles a um alfaiate e
fez-lhe umas calças com o tecido que vendia para cobrir as
carroças.
Inicialmente de cor marrom, as calças criadas por Levi Strauss
rapidamente se tornaram um sucesso para os mineiros da
Califórnia mas existia uma queixa recorrente: o tecido era
pouco flexível.
Levi Strauss resolveu então procurar um tecido que fosse ao
mesmo tempo resistente, durável, flexível e confortável de
usar. E decidiu procurar esse tecido na Europa, continente
mais desenvolvido à época, tendo encontrado e passado a usar
o tal “tecido de Nimes”, feito de algodão sarjado.
O primeiro lote de calças da Levi Strauss tinha como
código o número 501, que acabou por se tornar no
modelo mais famoso e clássico da Levi Strauss.
Devagarinho, com o passar dos anos, as calças jeans
foram sendo melhoradas:

- Em 1860 foram acrescentados os botões de metal.


- Em 1886 começou-se a coser a etiqueta de couro no
cós das calças.
- Já a cor azul índigo, tão popular nos jeans atuais, só
começou a ser utilizada em 1890 e foi uma estratégia
para tornar os jeans mais atraentes.
- Os bolsos traseiros apareceram em 1910.
Portanto moda é, entre outras coisas:

- A divulgação de um gosto efêmero, um desejo


momentâneo (ex: a roupa da Moda, a tendência);

- Uma forma de caracterizar papéis sociais através da roupa.


(ex.: a batina do padre, o uniforme do policial.);

- Uma forma de interpretar um personagem social falso (ex.:


fantasiar-se, camuflar-se e usar a roupa para expressar algo
que não se é na realidade);

- Uma identidade visual de preferências particulares ou de


grupo (ex.: o preto dos Góticos, o moicano dos punks);
Diferente de toda aquela hierarquia de moda que se
tinha inicialmente, onde moda era a diferença, e
quando encontrava-se os plágios ou semelhança, era
um motivo significativo para uma mudança geral; na
contemporaneidade não podemos esperar que essa
distinção ainda exista.

Há alguns anos não funciona mais...

As últimas décadas têm mostrado o surgimento de


múltiplos focos criativos do modo de se fazer moda,
com o rompimento da homogeneidade de padrões e o
predomínio de uma tolerância coletiva em termos de
vestuários.
Moda hoje, além de cultura, é conceito, comércio; e
continua sendo (como sempre será) uma forma da
sociedade se expressar, quanto a seus anseios,
impressões e consciência.

A moda contemporânea pode ser lida como uma


“vitrine do mundo moderno”, onde a realidade atual é a
base do conceito de criação, além de converter-se em
forma de comunicação e expressar a maneira como os
indivíduos se sentem e se manifestam sobre suas vidas.
Tem muita gente estudando esse fenômeno que
é a Moda: de antropólogos a psicólogos, de
economistas a historiadores;

Mas enquanto uns enxergam a Moda como


cultural, outros enxergam somente como
comercial; e ainda tem aqueles que lhe dão
status de arte.

Será que a Moda é um padrão de


comportamento social, um modelo de expressão
artística ou um culto secular?
A Roupa como Linguagem

Durante o século XX, a palavra moda deixou de ser referência direta


apenas ao ato de vestir. Moda hoje é conceito, comportamento,
tendência, um traço de identidade cultural e um sinalizador de status.

A moda nunca esteve tão livre e democrática. Não existem mais as


rígidas regras de vestimenta. Ter seu próprio estilo, ser original, é hoje
algo bastante valorizado.

Formas verbais e não verbais de comunicação são os canais através


dos quais passamos aos outros as mais variadas mensagens. Dentre
as formas não verbais a roupa é um dos maiores meios de
comunicação que existe.
Através das roupas podemos entender a
organização e a dinâmica político-social de
um período, os tipos de interações e
relações humanas e sociais, entender o
comportamento e a sensibilidade de uma
época e também contar histórias pessoais
da vida cotidiana, pois as roupas nos falam,
acima de tudo, de emoções, experiências e
conquistas.
A verdade é que uma roupa (uma imagem)
não pode transmitir algo como afirmação;
transmitem mensagens, mas podem ser
falsas ou verdadeiras.

A moda, através da roupa, pode de fato,


sugerir, persuadir, conotar, insinuar ou
realmente mentir...

A vestimenta sempre modificou, transformou


e até mesmo iludiu o corpo humano.
Através de proporções, cores e texturas a história
da moda sempre brincou, e ainda se diverte, com
as pessoas.

Um bom exemplo são as coleções de Christian


Dior e suas “linhas”.
* 1947 – Linha
Corolla: a linha
corolla tinha
saias godês que
se abriam como
flores a partir de
corpetes justos
e cinturas bem
finas.
* 1954 – Linha Tulipa
ou “H”: Dior moldou a
silhueta feminina
como uma tulipa, com
modelos que erguiam
o busto ao máximo e
baixavam a cintura
até os quadris,
criando a barra que
atravessa a letra H.
* 1955 – Linha Y:
mostrava um corpo
esguio com a parte
superior mais
pesada, com golas
grandes que se
abriam em forma de
“V”.
* 1955 - Linha “A”:
trouxe vestidos e
saias que se abriam
a partir do busto ou
da cintura para
formar os dois lados
de um “A”.
É possível investigar a manifestação dos
sentidos, que se valem da imagem da roupa
e da moda como forma de expressão visual
e cultural.

Analisar e entender as formas de


comunicação do vestuário é primordial para
entender a vestimenta como transmissora
de mensagens visuais.
“Para a humanidade, o vestir-se é pleno de um
profundo significado, pois o espírito humano não
apenas constrói seu próprio corpo como também cria
as roupas que o vestem, ainda que, na maior parte
dos casos, a criação e confecção das roupas fique a
cargo de outros. Homens e mulheres vestem-se de
acordo com os preceitos desse grande desconhecido,
o Espírito do Tempo”.

Carl Köhler

También podría gustarte