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FACULDADE

Manual de Normalização Técnica para Trabalhos


de Conclusão de Curso Pitágoras/Unidade
Divinópolis

Vitor Dorneli Rodrigues


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Vitor Dorneli Rodrigues, nascido em Formiga-MG, é graduado em Letras, pós-graduado

em Literatura Brasileira e Ensino da Língua Portuguesa e Metodologia do Ensino Superior,

mestre em Administração e Gestão de Produtividade Organizacional e Doutorando em

Administração. Atua como docente na Faculdade Pitágoras – Unidade Divinópolis e na

Fundação Educacional de Oliveira – FEOL.


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Dedico

a meus pais, Geraldo e Maria; a meu amigo Juvêncio, que

já não está entre nós, a todos meus irmãos, em especial à Lúcia;

às minhas amigas e companheiras de profissão, Sandra Lasmar,

Giulliana Comitante e Lúcia Vieira; as quais,

de uma forma ou de outra, fazem parte do meu existir.


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Agradeço

a Deus, que me faz amá-lo mais, quanto mais procuro os caminhos da pesquisa e do

conhecimento;
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SUMÁRIO

1 REFLEXÕES SOBRE REDAÇÃO ............................................................................ 8


1.1 Como escrever bem .............................................................................................. 8
1.2 Estudo da dissertação ............................................................................................... 8
1.2.1 Espécies de dissertação ........................................................................................ 8
1.3 Elementos estruturais do texto dissertativo ........................................................... 9
1.4 Para escrever o texto dissertativo ............................................................................ 10
1.4.1 Introdução ............................................................................................................ 10
1.4.2 Desenvolvimento ................................................................................................. 10
1.4.3 Conclusão ............................................................................................................ 10
2 EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 11
2.1 O texto dissertativo .................................................................................................. 11
2.2 Ambigüidade ............................................................................................................ 12
2.2.1 Ambigüidade como problema de construção ................................................. 12
2.2.2 Atividades sobre ambigüidade ........................................................................ 12
2.2.3 Texto para reflexão .......................................................................................... 13
2.2.3.1 A formação da cidadania ................................................................................. 13
3 PRODUÇÃO DE TEXTO ...................................................................................... 14
4 MONOGRAFIA ..................................................................................................... 14
4.1 Diretrizes para a elaboração de uma monografia .............................................. 14
4.1.1 Introdução ........................................................................................................ 14
4.1.2 Desenvolvimento ............................................................................................. 14
4.1.3 Conceito de monografia ................................................................................. 15
4.1.4. Tipos de monografias ......................................................................................... 15
4.1.4.1 Dissertação científica ........................................................................................ 15
4.1.4.2 A estrutura da monografia .............................................................................. 15
4.1.4.3 Modelos de apresentação de elementos da monografia ................................ 17
5 ETAPAS DE ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA ............................................ 20
5.1 Determinação do tema-problema ......................................................................... 20
5.2 Determinação dos objetivos .................................................................................. 21
5.3 Levantamento da bibliografia .............................................................................. 21
5.4 O plano provisório ................................................................................................. 21
5.5 A construção lógica do trabalho............................................................................ 22
5.6 A redação do texto.................................................................................................. 22
5.7 Conclusão ............................................................................................................... 22
6 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS TRABALHOS ACADÊMICOS .......... 22
6.1 Introdução ............................................................................................................. 22
6.2 Aspectos gráficos da redação ............................................................................... 23
6.2.1 Papel ................................................................................................................ 23
6.2.2.1 Digitação ......................................................................................................... 23
6.2.2.2 Formato ........................................................................................................... 24
6.2.2.3 Espaço de entrelinhamento ........................................................................... 24
6.2.2.4 Margens ....................................................................................................... 24
7 CITAÇÕES EM DOCUMENTOS .............................................................................. 26
7.1 Citações ............ ............................................................................................... 26
6

7.2 Classificação das citações ................................................................................. 26


7.3 Regras gerais de apresentação .............................................................................. 26
7.3.1 Citações diretas ................................................................................................. 26
7.3.2 Entradas .................................................................................. ............................ 27
7.3.3 Citações curtas .................................................................................................... 27
7.3.4 Citações longas ..................................................................................................... 27
7.3.5 Destaque de palavras ou expressões................................................................ 28
7.3.6 Tradução ........................................................................................................... 28
7.3.7 Citações diretas ............................................................................................. 28
7.3.7.1 Interpolações ...................................................................................................... 29
7.3.7.2 Erros constantes no trecho transcrito............................................................... 29
7.3.7.3 Citações indiretas.............................................................................................. 29
7.3.7.4 Citação de citação ........................................................... 29
8 NOTAS DE RODAPÉ ....................................................................................... 32
8.1 Classificação das notas ...................................................................................... 32
8.1.1 Notas de referências .................................................................................... 32
8.1.1.1 A primeira citação ....................................................................................... 32
8.1.1.1.2 Citações da mesma obra ........................................................................... 32
8.1.1.1.3 Notas explicativas ...................................................................................... 34
9 MONOGRAFIA .................................................................................................. 35
9.1 Monografia no todo .............................................................................................. 35
9.1.1 Autor pessoal .................................................................................................. 35
9.1.1.1 Um autor .......................................................................................................... 35
9.1.1.2 Dois autores ..................................................................................................... 35
9.1.1.3 Três autores ..................................................................................................... 35
9.1.1.4 Quatro ou mais autores .................................................................................. 36
9.1.1.5 Responsabilidade intelectual .......................................................................... 36
9.1.2 Autores entidade .............................................................................................. 36
9.1.3 Autoria desconhecida ou coleções .................................................................. 37
9.2 Monografias no todo em meio eletrônico ............................................................. 37
10 RESUMOS .............................................................................................................. 41
11 ATIVIDADES ............................................................................................. 42
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 43
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INTRODUÇÃO

A elaboração deste material foi alavancada por duas metas fundamentais: a


primeira, contribuir com a vida acadêmica de alunos de graduação, que fazem Trabalhos de
Conclusão de Curso (TCC), em especial aos alunos da Faculdade Pitágoras e a segunda,
com o intuito de suprir didaticamente a existência de alguma necessidade que se pode tentar
minimizar com a sua produção.
Este manual procura reunir alguns elementos essenciais de que se necessita para
desenvolver a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O primeiro capítulo,
parte da que a aptidão para ler e produzir textos científicos com proficiência, vai depender
do bom desempenho do aluno em refletir, analisar, estruturar e, acima de tudo, ser coerente
em suas argumentações.
No segundo capítulo, são apresentados exercícios de interpretação de textos, que
ajudam na maior compreensão do texto dissertativo. No terceiro capítulo oferece uma
proposta para produção de um texto dissertativo.
O quarto capítulo oferece as diretrizes para elaboração de uma monografia, tipos de
monografia e estrutura da monografia, também traz modelos de figura dos elementos pré-
textuais. A apresentação gráfica e a maneira de organizar física e visualmente um trabalho
com base fundamentalmente no que preconizam as mais atualizadas Normas Brasileiras
Registradas (NBR), fixadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O quinto capítulo apresenta as etapas necessárias para elaboração da monografia,
desde a determinação do tema-problema até a conclusão do trabalho. A apresentação
gráfica dos trabalhos de acordo com a NBR 6023:2002: é apresentada no sexto capítulo.
Conta também com exemplos. Apresentação de citações em documentos, como meio de
enriquecimento do trabalho, para conferir maior autoridade e credibilidade ao texto é
colocada em destaque no sétimo capítulo.
O oitavo capítulo visa colaborar com a colocação de notas de rodapé, de maneira
clara e objetiva, trazendo exemplos simples, na busca de um melhor entendimento pelo
usuário.
No nono capítulo, é descrito como fazer citação de diferentes categorias de
documentos: livros, folhetos, manuais, guias, catálogos, enciclopédia, dicionários. Também
conta com exemplos simples para melhor entendimento do usuário.
No décimo capítulo, procura-se tecer considerações acerca de conceito de resumo e
apresentação de alguns tipos, de acordo com seus objetivos. Encontram-se também nesse
capítulo exercícios práticos de resumo.
Este manual, no seu conjunto, não tem a pretensão de bastar-se por si só. Assim,
espera-se que ele venha a instigar seus usuários a irem adiante, pesquisando em outras
fontes aquilo que de acordo com suas necessidades mais específicas, esses usuários
precisem aprofundar na construção de seu conhecimento científico.
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1 REFLEXÕES SOBRE REDAÇÃO

Os ignorantes têm ideias formadas sobre todos os assuntos; os inteligentes têm ideias formadas
sobre aquilo que conhecem; os gênios duvidam de algum modo dos conceitos estabelecidos.
Confúcio

1.1 Como escrever bem: não existe uma fórmula que nos conduza ao ato de escrever. Há
apenas caminhos que devem ser observados no sentido de aperfeiçoarmos nossa maneira de
expressar. Vejamos alguns:

a) LEITURA: O texto nasce do texto. Com uma boa leitura adquirimos vocabulário e
aperfeiçoamos nossas estruturas frásicas. O potencial criador cresce. A leitura traz o
progresso da escrita.
b) DIÁLOGO: Saber falar e saber ouvir são atividades que facilitam a aquisição de
ideias e o desenvolvimento da capacidade intelectual.
c) OBSERVAÇÃO DA REALIDADE: Os conhecimentos de nossa vida, de nossa
realidade constituem matéria-prima para criarmos uma supra-realidade, seja
retratando-a objetivamente, seja subjetivamente.
d) EXPERIÊNCIA: O aproveitamento de experiências é muito importante, pois torna-
se mais fácil escrever sobre o que conhecemos, o que vivenciamos.
e) CONHECIMENTO GRAMATICAL: É preciso rascunhar, reler o que escrevemos
antes de passar a limpo, evitando assim erros de concordância, grafia, etc.
f) ORGANIZAÇÃO DO TEXTO: Tudo o que fazemos deve ser planejado. Antes de
redigir seu texto, faça um projeto, isto facilitará a organização das ideias no texto.
g) ORIGINALIDADE: Evitar chavões, clichês. Reflita antes de começar seu texto,
assim você terá maiores condições de apresentar ideias criativas, originais.
h) FLUÊNCIA: Seja natural ao escrever, deixe o texto e as ideias fluírem. Numa
releitura você poderá corrigir os erros.
i) CLAREZA: A clareza reflete pensamento objetivo. Evite ideias ambíguas. Use
palavras simples, evite o sinônimo, se ele não substituir suficientemente o termo
que você quer escrever.
j) CONCISÃO: Evite a prolixidade. Vá direto ao assunto, evitando frases ambíguas.

1.2 Estudo da dissertação

Dissertar é explicar, expor, interpretar um determinado assunto. A dissertação


pressupõe: conhecimento, análise, interpretação, raciocínio e senso crítico.

1.2.1 Espécies de dissertação:

a) Expositiva: apresentação genérica e impessoal do tema.


b) Argumentativa: expõe o tema com o objetivo de persuadir o leitor. Neste caso ela
deve apresentar argumentos vigorosos, capazes de resistirem a críticas de qualquer
natureza.
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Como todo texto escrito, também a dissertação deve observar estes aspectos. Entre
outros aconselhamentos, destacamos alguns que devem ser observados, ao se redigir um
texto:
a) Evite o uso de gírias, termos estrangeiros, chavões e outros vícios de linguagem.
b) Empregue corretamente a pontuação. O uso inadequado da pontuação pode alterar o
sentido da frase. Lembre-se de que os parênteses não têm a finalidade de isolar a
palavra ou expressão errada ou mal escrita.
c) Evite o emprego de abreviaturas de caráter prático, útil apenas para as anotações.
Grafe os números, de preferência, por extenso.
d) É preferível usar a ordem direta da frase (sujeito + predicado + complementos),
principalmente se você não tem muita experiência em escrever. A ordem indireta
pode dificultar a compreensão e possibilitar erros.
e) Use frases curtas, expressando uma ideia de cada vez.
f) Evite períodos longos, com muitas orações subordinadas e intercaladas, que
prejudicam a compreensão e o ritmo da frase.
g) A subordinação deve ser usada para evitar a repetição de ideias, ligando duas frases
em um só período. A fórmula ideal é uma oração principal e duas subordinadas.
h) Tenha muito cuidado com o gerúndio, principalmente no início dos períodos. Em
caso de dúvida, é preferível utilizar outra forma verbal.
i) A ordem das frases deve corresponder à ordem das ideias. É desaconselhável
expressar uma ideia fundamental numa oração subordinada.
j) Separe núcleos de ideias em parágrafos diferentes, observando a conexão entre eles.
Não pule linha para separar os parágrafos.

1.3 Elementos estruturais do texto

Um texto pode ser analisado a partir de três elementos fundamentais: estrutura, conteúdo
e expressão.

1 – ESTRUTURA:
1.1 unidade
1.2 organicidade
1.3 forma
2 – CONTEÚDO:
2.1 coerência – coesão

2.2 clareza – objetividade

2.3 ausência de ambiguidade


3 – EXPRESSÃO:
3.1 correção

3.2 criatividade
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3.3 concisão

3.4 propriedade

1.4 Para escrever o texto dissertativo

A elaboração de um texto dissertativo escrito deve ser produto de um plano de


trabalho, do qual fazem parte as informações e conceitos que vamos manipular, a posição
crítica que queremos manifestar, o perfil da pessoa ou grupo a que nos dirigimos e o tipo de
reação que nosso texto deve despertar. Em outras palavras: nosso texto dissertativo deve ser
produzido de forma a satisfazer os objetivos que nos propusemos alcançar.
Existe uma forma já consagrada para a organização desse tipo de texto. Consiste em
estruturarmos o material de que dispomos em três momentos principais: a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão.

1.4.1 Introdução: É o ponto de partida do texto. Por isso, deve apresentar de maneira clara
o assunto a ser tratado e também delimitar as questões referentes a esse assunto que serão
abordadas. Dessa forma, a introdução encaminha o leitor, colocando-lhe a orientação
adotada para o desenvolvimento do texto. Atua, assim, como uma espécie de “roteiro”.
Ao confeccionar a introdução do seu texto, você pode utilizar recursos que
despertem o interesse do leitor: formular uma tese, que deverá ser discutida e provada pelo
texto; lançar uma afirmação surpreendente, que o corpo do texto tratará de justificar ou
refutar; propor uma pergunta, cuja resposta será dada no desenvolvimento e explicitada na
conclusão.

1.4.2 Desenvolvimento: É a parte do texto em que ideias, conceitos, informações,


argumentos de que você dispõe serão desenvolvidos, de forma organizada e criteriosa.
O desenvolvimento deve nascer da introdução: nesta, apontam-se as questões
relativas ao assunto que será abordado; naquele, essas questões devem ser desenroladas,
avaliadas – sempre por partes, de forma gradual e progressiva. A introdução já anuncia o
desenvolvimento, que retoma, ampliando e desdobrando, o que lá foi colocado de forma
sucinta.
O conteúdo do desenvolvimento pode ser organizado de diferentes maneiras, de
acordo com as propostas do texto e as informações disponíveis.

1.4.3 Conclusão: É a parte final do texto, um resumo forte e sucinto de tudo aquilo que já
foi dito. Além desse resumo, que retoma e condensa o conteúdo anterior do texto, a
conclusão deve expor claramente uma avaliação final do assunto discutido. Nessa parte,
também se podem fazer propostas de ação (que não devem adquirir ares de profecia).
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2. EXERCÍCIOS

2.1 O texto dissertativo

POLÍTICA E POLITICALHA

A política afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmos,


desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão, energia, cria,
apura, eleva o merecimento.
Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós se deu a
alcunha de politicagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto
significado. Não há dúvida de que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e
ladroagem. Mas não tem o mesmo vigor de expressão que os seus consoantes. Quem lhe
dará com o batismo adequado? Politiquice? Politiquismo? Politicaria? Politicalha? Neste
último, sim, o sufixo pejorativo queima como um ferrete, e desperta ao ouvido uma
consonância elucidativa.
Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma
com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente.
A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais,
leis escritas, ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de explorar o benefício de
interesses pessoais. Constitui a política uma função ou um conjunto das funções do
organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de
si mesma. A politicalha, pelo contrário e o envenenamento crônico dos negligentes e
viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene dos países
moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.
(BARBOSA, Rui. Trechos escolhidos de Rui Barbosa)

ATIVIDADE:

1º) Depois de ler o texto e analisá-lo com atenção, faça um ESQUEMA do mesmo,
completando os espaços a seguir:

Introdução:

Tema: ___________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Objetivo: _________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Desenvolvimento:
(ideias básicas) ____________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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Conclusão:
(síntese) __________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2º) No texto abaixo, há um trecho que, se tomado (ao pé da letra), literalmente, leva a uma
interpretação absurda.

“A oncocerose é uma doença típica de comunidades primitivas. Não foi desenvolvido


ainda, nenhum medicamento ou tratamento que possibilite o restabelecimento da visão.
Após ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doença) cai na circulação sanguínea e
passa a provocar irritações oculares até a perda total da visão.”
(Folha de São Paulo)

a) Transcreva o trecho problemático.

b) Identifique a interpretação absurda que se pode extrair desse trecho.

C) Reescreva o trecho de forma a deixar explícita tal interpretação.

2.2 Ambiguidade ambi = dualidade é a duplicidade de sentidos que pode haver em uma
palavra, em uma frase ou num texto inteiro.
Quando empregada de forma intencional, a ambigüidade se torna um importante
recurso de expressão. Quando, porém, é resultado da má organização das ideias, ou do
emprego inadequado de certas palavras, ou ainda de inadequação do texto ao contexto
discursivo, ela pode gerar problemas para a comunicação.

2.2.1 Ambiguidade como problema de construção

2.2.2 ATIVIDADES

1º) No trecho que se segue há uma passagem estruturalmente ambígua. Isto é, uma
passagem que poderia ser interpretada de duas maneiras. Identifique essa passagem,
transcreva-a, aponte as duas interpretações possíveis e explique o que a torna ambígua do
ponto de vista estrutural.

“E se os russos atacassem agora?, perguntou certa ocasião Judith Exner, uma das
incontáveis amantes de Kennedy, que, simultaneamente, mantinha um caso com o chefão
mafioso Sam Giancana”.
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2.2.3 Texto para reflexão

2.2.3.1 A FORMAÇÃO DA CIDADANIA

Em todas as manifestações de caráter social, político e econômico, da mais


inconseqüente opção pessoal as mais sérias dedicações de governo, o ser humano é guiado
por dois comportamentos básicos: pensar e agir de acordo com os conhecimentos
disponíveis.
A interação continua entre pensamento e ação permite ao homem tomar decisões,
tanto as de natureza particular – como a escolha de um curso ou profissão ou a compra de
um par de sapatos - , quanto as que terão conseqüências coletivas, como a eleição de
governantes ou a participação em manifestações públicas. Portanto, de modo geral, as
decisões não são arbitrárias. Não importa o grau de consciência política que o indivíduo
possui, ou a massa de conhecimentos de que ele dispõe sobre uma questão: há sempre uma
dose de reflexão em cada um dos seus atos.
É fácil de constatar que as ideias, as opiniões, as atitudes e as ações não seguem um
esquema simples, mecanicista e uniforme, pois as diferentes preocupações que atormentam
o homem se embaralham e se cruzam a cada instante e às vezes se chocam. É como se
todas as provas automobilísticas do mundo fossem disputadas ao mesmo tempo no mesmo
autódromo.
A formação do cidadão consiste em capacitá-lo a pôr ordem nesse processo, que se
desenvolve ao seu redor, mas sempre explode dentro dele. A principal contribuição
formativa da educação é a de atuar sobre esse mecanismo mental decisório e ajudá-lo o
mais corretamente possível, equilibrando os conhecimentos, as habilidades e as atitudes
segundo padrões éticos, morais e outros, válidos para todas, ou para a maioria das pessoas.
Não existe um método infalível para que alguém possa chegar, sempre, às melhores
decisões sobre todas as coisas, mas pode-se melhorar a capacidade de raciocínio com a
prática, o estudo, a crítica, a reflexão. O grande objetivo, que mais parece um ideal
inatingível, é conseguir que cada indivíduo se torne autônomo, isto é, que seja capaz de
decidir por si mesmo, não se sujeitando a interferências ou pressões externas. É o caminho
que levará formação de cidadãos conscientes.

(Paulo Martinez)
A PROPÓSITO DO TEXTO

1. Qual é o tema do texto?


2. Sintetize a ideia básica de cada parágrafo (utilize apenas uma frase para cada
parágrafo).
3. No segundo parágrafo, o autor do texto desenvolve um raciocínio para, em
seguida, chegar a uma conclusão. Qual é essa conclusão?
4. Você é um cidadão consciente? Escreva um pequeno texto defendendo seu
ponto de vista.
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3 PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTO

Redija um texto dissertativo indo a favor ou refutando a seguinte afirmação:

Nenhum homem pode assumir completamente um cargo de chefia em uma empresa


de renome se primeiro não conhece e incorpora os benefícios trazidos pelos conhecimentos
teórico e prático.

4 MONOGRAFIA

Para conhecê-las teria necessidade de considerar cada uma em particular.


(Descartes)
4.1 Diretrizes para a elaboração de uma monografia

4.1.1 Introdução

O termo monografia designa um tipo especial de trabalho científico. Considera-se


monografia aquele trabalho que reproduz sua abordagem a um único assunto, a um único
problema, com um tratamento específico.
O trabalho monográfico caracteriza-se mais pela unicidade e delimitação do tema e
pela profundidade do tratamento do que por sua eventual extensão, generalidade ou valor
didático.
Abordaremos aqui aquelas formas de trabalho exigidas dos alunos durante os cursos
de graduação ou mesmo de pós-graduação, mas como partes das atividades do processo
didático, integrantes do processo de escolaridade. É a estes trabalhos que devem ser
aplicadas as diretrizes metodológicas, técnicas e lógicas de que se tratará em diante. Tais
são os assim chamados “trabalhos de pesquisa”, “trabalhos de aproveitamento”, os
relatórios de estudo, os roteiros de seminários, os recursos de capítulos só de livros e as
resenhas ou recensões bibliográficas.

4.1.2 Desenvolvimento

4.1.3 Conceito: monografia significa “dissertação sobre um único assunto.”

MONOS: Um só.
GRAPHEIN: escrever.

Pela origem histórica, etimologia e a evolução do uso do termo, podemos observar


que Monografia possui sentido lato e sentido estrito.
Em sentido estrito, identifica-se com a tese: tratamento estrito de um tema
específico que resulte de investigação científica, isto é, a abordagem deve abranger todos os
aspectos e ângulos do assunto.
Em sentido lato, é todo trabalho científico de primeira-mão, que resulte da
investigação científica. Consideram-se nesta categoria: as dissertações científicas, as
dissertações de mestrado, as antigas exercitações, certos relatórios de pesquisa e
informações científicas e as memórias científicas e obviamente a própria monografia no
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sentido acadêmico, ou seja, o tratamento escrito aprofundado de um só assunto, de maneira


descritiva e analítica.

4.1.4 Tipos de monografia

4.1.4.1 Dissertação monográfica

De acordo com Salomon (2001), o grau de exigência de qualidade nos trabalhos


acadêmicos, enquanto tratamento escritos, submetidos a uma avaliação, está de certo modo
criando a seguinte classificação em ordem crescente: dissertação monográfica (ou
simplesmente trabalho); dissertação científica (ou tese de mestrado ou dissertação de
mestrado); tese de doutorado (ou simplesmente tese). O autor ainda distingui estas
modalidades monográficas:

a) Dissertação monográfica: exigida tanto no nível da graduação, como no da pós-


graduação, sobretudo no mestrado refere-se geralmente ao trabalho de término de
curso ou de unidade de programa de uma disciplina, como atividade de desempenho
escolar a ser avaliada. Correspondente ao antigo trabalho de estágio dos cursos de
ciências humanas e sociais anteriores à reforma de 68. Assim concebida, a
dissertação monográfica é de bem menor fôlego do que a dissertação científica, uma
vez que esta é que constituiu a legítima dissertação de mestrado, vulgarmente já
denominada “tese de mestrado”.
b) Dissertação científica: equiparada à tese licenciatura nas universidades européias,
particularmente a italiana, como revela UMBERTO ECO Como se faz uma tese.
Freqüentemente é colocada no mesmo grau de exigência do research paper das
universidades americanas. A rigor é o trabalho que se há de exigir como condição
para obtenção do grau de “mestre”, de acordo com a legislação brasileira vigente.
c) Tese de doutorado: trabalho de tal nível de qualificação que se torna condição
necessária para a obtenção do grau de “doutor” ou do “PhD” das universidades
americanas. É assim considerada pela exigência de originalidade, grau de
profundidade das questões teóricas tratadas, cientificamente, e pelo fato de ser um
trabalho escrito que revele legítima pesquisa científica.

4.1.4.2 A estrutura da monografia

A estrutura de uma dissertação ou de uma tese, e que pode ser estendida à


monografia de cursos de graduação e pós-graduação (dissertação monográfica), contém os
seguintes elementos:

PRÉ-TEXTUAIS – capa, folha de rosto, ficha catalográfica, folha de aprovação,


dedicatória, agradecimento, epígrafe, resumo, abstract, sumário, listas (lista de quadros,
lista de figuras, lista de tabelas, lista de gráficos);

TEXTUAIS – introdução, texto;


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PÓS-TEXTUAIS – referências bibliográficas, anexos;

a) CAPA: varia de acordo com as normas da instituição; deve conter pelo menos os
dois primeiros itens abaixo:

- instituição e autor: no alto da página, centralizado em caixa alta;


- título: no meio da página, centralizado em caixa alta;
- local e ano: no pé da página, centralizado em caixa alta.

b) FOLHA DE ROSTO

Além dos três elementos anteriores, nas mesmas posições, deve conter a nota de tese
ou dissertação. É recomendável que todos os trabalhos tenham esta nota, de acordo com
o nível em que realiza. A nota deve ter os seguintes dizeres, por exemplo:

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Especialização


–Lato Sensu – Gestão Estratégica de Negócios da Fundação
Educacional de Oliveira - FEOL como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista.

Área de concentração:
Orientador: Prof. Ms.
Co-Orientador (se houver).

c) FICHA CATALOGRÁFICA:

No verso da folha de rosto deve constar uma ficha catalográfica, conforme o Código
de Catalogação Anglo-Americano (CCAA2), cuja preparação, em geral se dá pela
biblioteca da instituição em que elas se apresentam.

d) FOLHA DE APROVAÇÃO:

Com os seguintes dizeres: Dissertação (tese) defendida e aprovada no dia...


Segue-se o nome dos professores examinadores e do professor orientador.

e) PÁGINAS PRELIMINARES: dedicatória, agradecimento, epígrafe, resumo, palavras-


chave, abstract, key-words.

f) SUMÁRIO – QUADRO DE MATÉRIA

O sumário tem a finalidade de dar uma visão geral do trabalho, facilitando a


localização dos assuntos. Nele são enumeradas as principais divisões, seções e outras partes
do trabalho, acompanhadas dos respectivos números de página. Devem-se observar a
mesma ordem e a mesma grafia que nele aparecem.
17

g) TEXTO: introdução

revisão da literatura

material e métodos ou metodologia

resultados

discussão dos resultados

conclusão

4.1.4.3 Modelos de apresentação de elementos da monografia

3 cm
FACULDADE CENECISTA DE VARGINHA
VITOR DORNELI RODRIGUES

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOCENTE: um estudo


exploratório em 50 instituições mineiras de ensino superior

3 cm 2 cm

VARGINHA
2012
2 cm

FIGURA 1 – Modelo de capa de monografias.


18

VITOR DORNELI RODRIGUES

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOCENTE: um estudo exploratório em 50


instituições mineiras de ensino superior

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-graduação em


Administração – Desenvolvimento Organizacional ,da
Faculdade Cenecista de Varginha , como parte dos
requisitos para obtenção do título de Mestre em
Administração e Desenvolvimento Organizacional.

Prof. Orientado: Prof. Dr. Alexander Berndt

VARGINHA
2012

FIGURA 2 – Modelo de folha de rosto de monografias


19

Monografia defendida e aprovada em 11 de dezembro de 2012, pela Banca


Examinadora constituída pelos professores:

__________________________________________
Prof. Mestre...

__________________________________________
Prof. Mestre...

__________________________________________
Prof. Mestre...

VARGINHA

NOVEMBRO, 2012

FIGURA 3 – Modelo de folha de aprovação de monografias.

R696 Rodrigues, Vitor Dorneli.


Avaliação de desempenho docente um estudo exploratório em 50
instituições mineiras de ensino superior / Vitor Dorneli Rodrigues. –
2012.
125 f.

Orientador: Alexander Berndt


Dissertação de Mestrado em Administração –
Faculdade Cenecista de Varginha-FACECA/CNEC,
Varginha, 2012.

1. Qualidade de serviços. 2. Avaliação de


desempenho. 3. Instituição de ensino superior. I.
Título.
CDD 658.4

FIGURA 4 – Modelo de ficha catalográfica.


20

SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS .................................................................................................. Erro! Indicador não definido.
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS ............................................................... Erro! Indicador não definido.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
1.1 Contextualização da Pesquisa .................................................................................. Erro! Indicador não definido.
1.2 Justificativa e Importância ....................................................................................... Erro! Indicador não definido.
1.3 Problema de Pesquisa ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
1.4 Objetivos ................................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
1.4.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
1.4.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
1.5 Hipótese..................................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
1.6 Estrutura da Dissertação ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
2 LÓCUS DA PESQUISA ............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO .......................................................................... Erro! Indicador não definido.
3.1 Avaliação de Desempenho: Definição de Desempenho ........................................ Erro! Indicador não definido.
3.2 Avaliação de Desempenho: Competências ............................................................. Erro! Indicador não definido.
3.3 Avaliação de Desempenho: Competência Individual ............................................ Erro! Indicador não definido.
3.4 Competência e Desempenho Humano .................................................................... Erro! Indicador não definido.
3.5 Avaliação de Desempenho nas Organizações: Critérios de Avaliação ................. Erro! Indicador não definido.
4 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOCENTE: ENSINO-APRENDIZAGEM .. Erro! Indicador não definido.
4.1 Instrumento de Avaliaçãodo Professor de Ensino Superior: Uma Proposta para Análise e Reflexão........... Erro!
Indicador não definido.
4.2 O Desempenho de Professores ................................................................................ Erro! Indicador não definido.
4.2.1 Evolução do Desempenho em Conhecimento ..................................................... Erro! Indicador não definido.
5 AVALIAÇÃO E A SUA OBRIGATORIEDADE EM RELAÇÃO ÀS POLÍTICAS EXTERNASErro! Indicador
não definido.
FIGURA 5 – Modelo de sumário
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... Erro! Indicador não definido.
6.1 Métodos, Técnicas e Etapas da Pesquisa ................................................................ Erro! Indicador não definido.
6.2 Amostra de Instrumentos Pesquisados .................................................................... Erro! Indicador não definido.
75 ANÁLISE
ETAPASDOS DEDADOS ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA
............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
7.1 Tabulação Quanto ao Critério 1 em Blocos ............................................................ Erro! Indicador não definido.
7.2 Tabulação Quanto ao Critério 2: HCN, Comportamentos, Metas e Resultados .. Erro! Indicador não definido.
5.1 Determinação do tema-problema
7.3 Tabulação Quanto ao Critério 3: Competência Individual .................................... Erro! Indicador não definido.

A primeira fase no processo de elaboração de uma monografia é a determinação do


assunto a tratar. Escolher um assunto segundo Salomon (2001) significa:

a) preferir de acordo com as próprias inclinações e possibilidades uma questão em


meio a tantas que surgem no âmbito de cada objeto científico;
b) descobrir um problema relevante que mereça ser investigado cientificamente e tenha
condições de ser formulado e delimitado tecnicamente em função da pesquisa.

Escolhe-se e determina-se o assunto sobre o qual versará o trabalho. Ainda quando


o professor propõe o tema, cabe ao aluno delimitá-lo, com precisão, ou seja, é preciso
distingui-lo de temas afins, tendo presente o domínio sobre o qual vai trabalhar. Durante o
estudo do tema delimitado pode ocorrer alguma alteração desta primeira delimitação, mas
ainda que isto aconteça freqüentemente, é necessário que o aluno incide o trabalho com um
tema bem definido.
21

Mais do que o objeto em si do trabalho, é importante a perspectiva sobre a qual é


tratado e as circunstâncias nas quais será considerado. Assim, além do tema central,
devemos determinar o tratamento dado (ponto de vista – sociológico, psicológico, político,
etc) e as circunstâncias de tempo e espaço também. Uma coisa é escrever sobre “liberdade
em geral”, outra sobre a “liberdade psicológica”, outra sobre a “liberdade política”.
Tomemos por exemplo o tema “Reforma Agrária”. Retiremos um aspecto como “Os
objetivos da Reforma Agrária” sob o ponto de vista proposto. Isto é o que chamamos de
delimitação do assunto.
A visão clara do tema do trabalho, do assunto a ser tratado, a partir de determinada
perspectiva deve completar-se com sua colocação em termos de problema. O raciocínio,
parte essencial de um trabalho não se desencadeia quando não se estabelece devidamente
um problema. O estudante deve fazer questionamentos, lançar dúvidas para buscar em
seguida a solução para eles. Os problemas provocam um estado de desequilíbrio e
intranqüilidade. Para readquirir o estado de “acomodação” (equilíbrio) o indivíduo procura
respostas para suas dúvidas eis a aprendizagem.

5.2 Determinação dos objetivos

Quando o autor define por uma solução que pretende demonstrar no curso do
trabalho, pode-se então falar de tese ou de ideia central de seu trabalho. Estamos então
diante do que chamamos de objetivo intrínseco do mesmo. O objetivo intrínseco refere-se
aos problemas que se pretendem resolver.
Se o autor do trabalho vai realizá-lo por simples satisfação pessoal, para cumprir
tarefas escolares, atender à socialização de interessados, etc. aí teremos o objetivo
extrínseco.

5.3 Levantamento da bibliografia

Estabelecido e delimitado o tema do trabalho e formulados o problema e a hipótese,


o próximo passo é o levantamento da documentação existente sobre o assunto. É uma fase
heurística, (ciência que busca, investiga verdades científicas), ciência técnica e arte da
pesquisa de documentos. Desencadeia-se dos documentos que possam interessar ao tema
discutido.
Nesta fase, todo tipo de material deve estar à mão, a fim de que seja feita uma
pesquisa exaustiva sobre o assunto em questão. Faz-se a partir desse levantamento de
fontes, o levantamento das informações. Para isso pode-se utilizar a técnica do resumo, a
técnica Survey (pare, corra os olhos, decida), entre outras.

5.4 O plano provisório

Antes de começar a leitura, o aluno elabora um roteiro de seu trabalho. Trata-se de


uma primeira estruturação do trabalho, baseadas em grandes ideias oriundas dos vários
aspectos que se referem ao assunto estudado. São essas ideias que nortearão a leitura e a
pesquisa que se iniciam. Essa etapa é fundamental, pois sem uma ideia-diretriz na mente a
leitura e a documentação não serão suficientemente fecundas. Antes, pois de começar a ler
22

a bibliografia, tenham-se presentes as grandes linhas que serão as colunas mestras do


trabalho. Essas ideias exercem o papel de chamariz são elas que mostram nos textos lidos
aqueles elementos que devem ser retidos para futuro aproveitamento na composição do
trabalho. Esse roteiro provisório será reformulado no decorrer do trabalho. Novas ideias
surgirão, exigidas pelas primeiras, outras perderão o valor. O Plano Definitivo só será
estabelecido no final da pesquisa positiva (SEVERINO, 2002).

5.5 A construção lógica do trabalho

Terminado o levantamento bibliográfico, é chegado o momento de iniciar o trabalho


da pesquisa propriamente dita, o momento da leitura e da documentação. Para Severino
(2002), a construção lógica do trabalho é o arranjo encadeado dos raciocínios utilizados
para a demonstração da hipótese formulada no início.

5.6 A redação do texto

Segundo Severino (2002), a fase de redação consiste na expressão literária do raciocínio


desenvolvido no trabalho. Guiando-se pelas exigências próprias da construção lógica, o
autor redige o texto, confrontando as fichas de documentação, criando o texto redacional
em que vão inferir-se.

5.7 Conclusão

A conclusão não é um resumo nem uma ideia nova. É uma apreciação sucinta, um
comentário pessoal do autor, aplicações práticas do assunto estudado, sugestões para novas
pesquisas a respeito do tema.
A conclusão deve relacionar entre si as partes diversas do trabalho, unindo as ideias
desenvolvidas. É , pois, uma síntese interpretativa dos elementos dispersos pelo trabalho.

6 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS TRABALHOS ACADÊMICOS

6.1 Introdução

De acordo com Normas para apresentação de trabalhos (1996, p. 25 ), “apresentação


gráfica é a maneira de organizar física e visualmente um trabalho, levando-se em
consideração, entre outros aspectos, estrutura, formatos, uso de tipos e paginação”. Assim,
os trabalhos acadêmicos devem ser apresentados segundo padrões preestabelecidos que
garantam uniformidade, apresentação estética e facilidade na localização dos assuntos
tratados.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de
Normalização. As Normas Brasileiras são elaboradas em todas as áreas do conhecimento e
seu conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros e dos Organismos Nacionais
Setoriais, particularmente organizadas pelas Comissões de Estudo formadas por
representantes dos setores envolvidos: universidades, laboratórios, produtores,
consumidores e especialistas em cada área. As normas de documentação, que uniformizam
todos os aspectos relacionados aos documentos e trabalhos acadêmicos e científicos, são
23

elaboradas por Comissões de Estudo organizadas pelo CB/14 – Comitê Brasileiro de


Finanças, Bancos, Seguros, Comércio Administração e Documentação.
A NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação
(2002) é a norma que estabelece os princípios gerais para a elaboração de trabalhos
acadêmicos.

6.2 Aspectos gráficos da redação

Para garantir uma apresentação gráfica uniforme e dentro dos padrões nacionais
definidos pela NBR 14724 (2002), devem ser observados criteriosamente os seguintes
princípios:

6.2.1 Papel

Os textos devem ser apresentados em papel branco de boa qualidade, formato A4


(21,0 cm x 29, 7 cm), digitados em uma só face, usando- se tinta preta. Reserva- se o uso de
tinta colorida para as ilustrações – gráficos, fotografias, mapas, etc.
O texto é apresentado somente no anverso da folha, sendo que a única folha que
contém informação no verso é a folha de rosto, que apresenta a ficha catalográfica com a
descrição física e temática do documento, elaborada por um profissional bibliotecário.
Exige-se a ficha catalográfica em trabalhos acadêmicos que serão doados à
biblioteca da instituição para armazenar a produção discente dos cursos ou que serão
posteriormente publicados.

6.2.2 Digitação

Recomenda-se para digitação dos trabalhos com relação ao formato, margens,


espaçamento, paginação, numeração progressiva:

6.2.2.1 Formato

Deverão ser observados:

a) fonte da letra: Times New Roman ou Arial;


b) tamanho da fonte: 12 para o texto, incluindo a titulação e 10 para as citações longas
(transcrições com 4 ou mais linhas) e notas de rodapé;
c) os títulos e subtítulos devem ficar claramente identificados e hierarquizados através
de recursos gradativos de destaque: caixa alta (letras maiúsculas) com sublinha,
caixa alta sem sublinha, caixa alta e baixa com/sem sublinha, negrito ou itálico,
padronizando-se a utilização desses recursos;
d) os títulos devem representar claramente o conteúdo do trabalho e da seção, devendo
ser curtos e objetivos; quando necessário, para maior clareza, poderão ser acrescidos
de subtítulos,
- os subtítulos são separados dos títulos por dois pontos (: );
- após os títulos não deve ser colocado nenhum tipo de pontuação.
24

6.2.2.2 Espaços de entrelinhamento

O entrelinhamento diferenciado facilita a visualização gráfica do texto, permitindo


uma correta distribuição dos elementos e/ou partes que o compõem.
Recomenda-se:

a) para digitação do texto: 1,5 de entrelinha;


b) para as citações longas, as notas de rodapé, as referências, a ficha catalográfica e as
notas indicativas das folhas de rosto e de aprovação: espaço simples de entrelinha;
c) entre os títulos das seções e o texto correspondente, entre o texto e as citações
longas e vice-versa, entre o texto e as ilustrações e vice-versa: dois espaços de 1,5.

6.2.2.3 Margens

Para permitir uma boa visualização e encadernação do texto, recomenda-se:

a) margem esquerda e superior: 3 cm;


b) margem direita e inferior: 2 cm.

6.2.2.4 Entradas de parágrafos

Recomenda-se usar:

a) para indicar o início de parágrafos e de alíneas: 2 cm;


b) nas citações longas: recuo de 4 cm a partir da margem esquerda, para todas as linhas
da citação.

6.2.2.5 Notas de rodapé

As notas podem ser de referência – quando é indicado um documento relacionado


ao assunto e explicativas – quando apresenta-se um comentário ou quando se faz a
tradução de uma palavra ou trecho que estiver em outro idioma.
Devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço
simples de entrelinha e por um filete de 3cm, a partir da margem esquerda.
As notas de rodapé devem ser digitadas em fonte menor – 11 ou 10, conforme o
padrão adotado na citação longa. Elas não têm espaçamento interlinear. Não devem ser
digitadas a partir da 2ª linha abaixo dos números indicativos de ordem, os quais ficam
destacados.

6.2.2.6 Numeração progressiva

Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, hierarquizando-se as


subdivisões de assunto, deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto
(NBR 6024, 2003). Os títulos das seções primárias, correspondentes aos capítulos, devem
iniciar em folha distinta.
O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda,
separado por um espaço. Não devem ser usados nenhum tipo de sinal após o indicativo.
25

Os títulos sem indicativo numérico, como: resumos, listas, sumário, referências,


devem ser centralizados na folha.

6.2.2.7 Paginação

Os trabalhos acadêmicos são apresentados em uma só lauda. Por isso, consideram-


se folhas e não páginas, como nos trabalhos publicados nos quais as informações são
apresentadas no anverso e no verso da folha.
As folhas devem ser numeradas seqüencialmente, observando-se:

a) todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas


seqüencialmente, mas não numeradas;
b) a numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual- introdução, em
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior,
ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha;
c) as folhas preliminares ou pré-textuais, desde a folha de rosto, são consideradas na
contagem, mas não recebem numeração;
d) no caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma
única seqüência de numeração de folhas, do primeiro ao último volume.

6.2.2.8 Encadernação

De acordo com Nunes (2000, p. 134), “a apresentação do trabalho é a primeira


imagem que todos têm ao entrar em contato com ele. Logo, é importante que seja feita com
cuidado.”
A capa é um elemento obrigatório, pois é a proteção externa do trabalho e sobre a
qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação. É a cobertura de
material flexível (brochura) ou rígido (capa dura cartonada ou encadernada) que reveste o
corpo do trabalho.
Os trabalhos científicos encadernados no modelo de capa dura em papelão recoberto
com percalux, imitação de couro, lombada quadrada, miolo costurado e colado, com
gravação em dourado ou prata, conforme o recomendado pela instituição de ensino onde é
apresentado, geram impacto positivo, deixando o trabalho bem formatado, com aparência
de organização. As dissertações e teses são obrigatoriamente encadernadas nesses formatos.
As encadernações em espiral (capa em plástico transparente) não têm a mesma
beleza estética e não são as indicadas pelas faculdades para o depósito em seus arquivos
pelo fato de serem pouco resistentes e não permitirem a disposição vertical nas estantes das
bibliotecas. Podem ser usadas em trabalhos acadêmicos, com miolo pouco externo, os quais
não serão arquivados nas instituições.
26

7 APRESENTAÇÃO DE CITAÇÕES EM DOCUMENTOS

7.1 Citações

As citações representam informações obtidas em fontes de informação consultadas


em uma pesquisa bibliográfica, a qual antecede todo tipo de pesquisa. A pesquisa
bibliográfica é essencial na elaboração de trabalhos acadêmicos de qualquer natureza.
As citações permitem comprovar a ideia do trabalho, conferir maior autoridade e
credibilidade ao seu texto, enriquecer as informações apresentadas
.
Cervo e Bervian ( 19996, p. 121) afirmam que “deve-se indicar, com método e
precisão, toda a documentação que serve de base para a pesquisa, assim como ideias e
sugestões alheias inseridas no trabalho”. O uso de citações demonstra o conhecimento da
literatura sobre o assunto em estudo, reconhece a contribuição dos autores no
desenvolvimento de uma área de conhecimento e permite a averiguação das informações
citadas.

7.2 Classificação das citações

A NBR 10520: informação e documentação: apresentação de citações em


documentos (2002) adota as seguintes definições:

a) citação: é a menção no documento de uma informação extraída em outra fonte;


b) citação direta: é a transcrição textual de um trecho da obra consultada;
c) citação indireta: é a citação livre de um trecho da obra consultada;
d) citação de citação: é a citação direta ou indireta de um trecho de um documento em
que não se teve acesso ao original.

7.3 Regras gerais de apresentação

7.3.1 Citações diretas

As citações diretas, textuais ou transcrições, correspondem às citações literais de um


trecho do autor consultado, quando se quer demonstrar a clareza ou a força de seus
argumentos para fundamentação teórica de uma questão.
Deve-se especificar no texto a(s) página(s), volume(s) ou seção(ões) da fonte
consultada. Esta(s) informação(ões) deve(em) seguir a data, separada por vírgula e
precedida pelo termo que a(s) caracteriza, de forma abreviada.
Segundo Curty e Cruz (2000, p. 35), as citações “são transcrições literais extraídas
do texto consultado, respeitando-se todas as características formais em relação à redação, à
ortografia e à pontuação original.”
27

7.3.2 Entradas

As entradas das citações são feitas pelo(s) sobrenome(s) autor(es); pela instituição
responsável, em caso de obras cuja responsabilidade for de uma entidade coletiva; pela
primeira palavra do título em caixa alta seguida de reticências, em caso de obras sem
autoria definida.

EXEMPLOS:

“Os bibliotecários têm cada vez mais se preocupado com a qualidade dos
serviços de referência que fornecem.”(FIGUEIREDO, 1996, p. 37).

Hardware refere-se ao “equipamento, ou seja, os componentes do computador como


monitor de vídeo, teclado, impressora, mouse, etc. Tudo que for maquinário de
informática.” (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL, 2001, p. 5).
“A opção pelo investimento dos recursos do FGTS em um fundo Vale depende,
primeiramente, do período em que o dinheiro ficará aplicado.” (PRAZO...,2002, p.7).

7.3.3 Citações curtas (até três linhas)

Devem ser transcritas entre “aspas duplas”, com o tipo e tamanho da letra utilizados
no parágrafo ao qual será incorporada. É permitido o uso da fonte Times New Roman e
Arial. Recomenda-se o uso da fonte Arial porque facilita a leitura. A NBR 14724 (2002,
p.5) determina a utilização do tamanho 12 para a digitação dos trabalhos acadêmicos.

EXEMPLO:

“Se o assunto de seu interesse estiver publicado apenas em determinado idioma,


aprenda a ler, com desenvoltura, nesse idioma.” (VIEIRA, 1999, p. 32).

7.3.4 Citações longas (quatro ou mais linhas)

São transcritas em parágrafo independente com recuo de 4 cm da margem esquerda,


com espaço interlinear simples e corpo de letra menor que a do texto utilizado, sem as
aspas duplas. Recomenda-se padronizar o uso da fonte menor nas citações longas e nas
notas de rodapé no tamanho 11 ou 10, tendo em vista a legibilidade para leitura das
informações.

EXEMPLO:

Selecionar um assunto equivalente a eliminar aqueles aspectos que,


por uma razão plausível, devem ser evitados e fixar-se naquele que
merece prioridade. Não pode haver seleção sem critérios de
seleção: convém, portanto, definir os critérios que o investigador
tomará em consideração, quando tiver de proceder à escolha de um
assunto. (CERVO; BERVIAN, 1996, p. 63).
28

7.3.5 Destaques de palavras ou expressões

Para enfatizar ou destacar trechos da citação: o autor do trabalho deve destacar,


usando os recursos de grifo, negrito ou itálico, indicando essa alteração com a expressão
grifo nosso, após a indicação da página;

EXEMPLOS:

A epígrafe é a “citação de um pensamento que, de certa forma, embasou a


gênese da obra.” (FRANÇA et al, 1998, p. 13, grifo nosso).

“Textos literários são objetos de fruição, não atendem a nenhum objetivo


utilitário imediato”, de acordo com Souza e Souto (1997, p. 265, grifo nosso).
“As notas de rodapé são mito úteis nos relatórios quando se pretende
oferecer informações adicionais sem quebrar a continuidade do texto.” ( GIL, 1999,
p. 195, grifo nosso).

b) para manter o destaque do autor consultado: usar a expressão (grifo do autor)


EXEMPLO:

“A discussão é o capítulo mais difícil de escrever, porque é nele que você explica
seus resultados.” (VIEIRA, 1999,p. 39, grifo do autor).

7.3.6 Tradução

A alteração do original de palavras ou trechos deve ser indicada pela expressão


(tradução do autor) ou (tradução nossa), conforme o caso.

EXEMPLOS:

“Manuais (handbooks) são instrumentos compactos de referência que tratam de


maneira concisa da essência de um assunto.” (FIGUEIREDO, 1996, p. 18, tradução do
autor)

Abstracts (revistas de resumos) são “periódicos de resumos e boletins de bibliotecas


contendo resumos, ao condensar trabalhos originais” que facilitam a busca de informação,
economizando o tempo de leitura. ( FIGUEIREDO, 1996, p. 80, tradução nossa).

7.3.7 Supressões

Para suprimir partes da citação, usam-se [...] nos trechos eliminados.

EXEMPLOS:

“[...] o trabalho acadêmico constitui-se numa preparação metodológica para


futuros trabalhos de investigação”. (FRANÇA et al, 1998, p. 33).
29

“A fotografia dificilmente traz alguma informação escrita [...]” (ALVES;


VALÉRIO, 1998, p. 13).
“No Brasil, [...], a Internet iniciou e ganhou força no meio acadêmico.”
( CENDÓN, 2000, p. 279).

7.3.7.1 Interpolações

As interpolações representam comentários, explicações ou acrescemos inseridos em


uma transcrição, apresentados entre colchetes.

EXEMPLOS:

“Neste sentido, se reconhece no processo de produção rural a vigência de leis


biológicas de reprodução e a utilização de formas primitivas de uso da energia
[fotossíntese].” (SILVA,1999, p. 179 apud UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ,
2000, p. 8) .

“Uma monografia científica [dissertação ou tese] deve, pois, assumir a forma lógica
de demonstração de uma tese proposta hipoteticamente para solucionar um problema”.
(SEVERINO,1998, p. 148).

7.3.7.2 Erros constantes no trecho transcrito

As transcrições devem corresponder exatamente ao original. Desse modo, deverão


ser mantidos os erros ortográficos, de concordância ou de outra natureza. Após o erro, usar
a palavra latina (sic) que significa que estava “assim mesmo”, no texto original.

EXEMPLO:

“Agora Trong eram um multilado (sic) física e espiritualmente [...]” (KONSALIK, 1995, p.
9).

7.3.7.3 Citações indiretas

As citações indiretas, também conhecidas como citações livres ou paráfrases,


constituem citações das ideias de um autor consultado, sem ocorrer a transcrição literal de
suas palavras, porém, tomando-se o cuidado de não deturpar o sentido de suas ideias.
Nas citações indiretas, embora seja opcional a indicação da (s) página (s)
consultada(s), conforme a NBR 10520 (2002, p. 2), sugere-se a sua utilização para facilitar
a identificação e localização da informação citada.
Como nas transcrições, há duas formas de apresentar as citações livres:
30

a) o nome do autor faz parte integrante da citação;

Na opinião de Ruiz ( 1992, p. 39), sublinhar é uma técnica utilizada em


trabalhos de síntese que exige algumas normas para garantir sua eficácia.

b) a indicação da fonte poderá suceder a citação;

A introdução é a apresentação do assunto e permite que o leitor tenha uma visão de


conjunta do tema tratado em um documento. (MIRANDA; GUSMÃO, 2000, p. 12).

c) dados obtidos por informação oral ( eventos científicos, entrevistas):


mencionar os dados disponíveis somente em nota de rodapé.

EXEMPLO:

Segundo Wright (2002), a diversidade é considerada um valor fundamental


nas bibliotecas (informação verbal) 1.

___________
1
Wright, Janet. A Biblioteconomia nos Estados Unidos. Formiga: ESBI, 13 mar. 2006.
Palestra ministrada aos profissionais da informação em comemoração ao Dia do
Bibliotecário.

7.3.7.4 Citação de citação

A citação de citação corresponde a uma transcrição direta ou indireta de um trecho


de um autor já citado pelo autor do documento que estamos consultando. Assim, trata-se de
uma fonte intermediária de citação, em que a responsabilidade pela fidelidade às palavras
do autor original são do autor consultado.
A citação de citação deverá ser usada somente quando não for possível ter acesso ao
documento original e essencial sua utilização para esclarecer, ilustrar ou comprovar a
informação que se quer demonstrar.
Na citação de citação, serão citados dois documentos simultaneamente, os quais
serão referenciados em partes distintas do trabalho:

a) no texto: cita-se o sobrenome do autor da fonte não consultada e data de


publicação, seguidos da expressão latina apud e o sobrenome do autor
da fonte efetivamente consultada, dada e paginação;

b) em nota de rodapé: apresenta-se a referencia do documento original;

c) em listagem de referencias, após a conclusão: apresenta-se a referencia


do documento efetivamente consultado.
31

EXEMPLOS:

No texto1
Segundo Bloom (1972 Apud Salvador, 1986, p. 15), a aprendizagem cognitiva pode
consistir em várias operações: conhecimento, compreensão, análise, síntese, julgamento,
aplicação, às quais pode-se acrescentar a criatividade.

Em Referências, após a conclusão do trabalho

SALVADOR, A. D. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica: elaboração de


trabalhos científicos. 11. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Sulina, 1986.

Sistemas de chamada

As citações são indicadas no texto pelo sistema autor-data, o qual corresponde à


forma de entrada do documento. A lista de referências engloba todos os documentos
consultados na pesquisa bibliográfica, independe de ser um suporte impresso ou eletrônico.
É apresentada logo após a conclusão do trabalho, ordenada em ordem alfabética, conforme
a forma de entrada adotada nas citações.

Quando houver coincidência de autores com o mesmo sobrenome e data,


acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se persistir a coincidência, colocam-se os
prenomes por extenso.

( BARBOSA, C., 1995) (BARBOSA, Carla, 1985)


(BARBOSA, M., 1995) (BARBOSA, Celso, 1985)

As citações de diversos documentos de um mesmo autor, são assim indicadas:

a) publicados no mesmo ano: são distinguidos pelo acréscimo de letras


minúsculas após a data e sem espacejamento;

(FERNANDES, 1990 a)
(FERNANDES,1990 b)

b) publicados em anos diferentes: as datas são separadas por vírgulas,


quando os autores são citados simultaneamente.

(ORNELLAS, 1989, 1991, 1995 )

As citações de diversos documentos de vários autores, mencionados


simultaneamente, devem ser separadas por ponto e virgula, em ordem alfabética.

1
BLOOM, S. B. et al. Taxionomia dos objetivos educacionais. Porto Alegre: Globo, 1972.
32

A primeira citação de uma obra, exige a referência completa em nota de rodapé. As


citações são indicadas em notas de rodapé pelo sistema numérico: em posição elevada ou
entre parênteses. Deve-se utilizar o mesmo sistema em todo o trabalho, considerando-se a
uniformidade.

Nos exemplos abaixo apresentados, foram usadas aspas simples para indicar citação
no interior da citação direta. No documento original consultado, o trecho já continha aspas
duplas colocadas pelo autor do documento.

“O problema é formulado sob ‘a forma de uma enunciação de determinado


tema’, proposta de maneira interrogativa”, conforme diz Severino. 3

“O problema é formulado sob ‘a forma de uma enunciação de determinado


tema’ proposta de maneira interrogativa”, de acordo com Severino. (3)

“O problema é formulado sob ‘a forma de uma enunciação de determinado


tema’, proposta de maneira interrogativa”, segundo Severino. 3)

_____________
3
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientifico. 20. ed. Ver. e ampl. São
Paulo:Cortez, 19998.

8 NOTAS DE RODAPÉ

Constituem indicações, observações ou explicações feitas pelo autor, tradutor ou


editor.
As notas devem ser digitadas na margem esquerda da folha, separadas do texto por
um espaço simples de entrelinha e por um filete de 3 cm. São digitadas em corpo menor de
letra, adotando-se o mesmo tamanho usado para as citações longas.
É usado o espaço simples no entrelinhamento de uma nota. As notas devem ser
alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da palavra, de
forma a destacar o expoente e sem espaço de entrelinhamento entre as mesmas.

8.1 Classificação das notas

8.1.1 Notas de referência

São notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o
assunto foi abordado.
33

8.1.1.1 A primeira citação de uma obra deve ter sua referência completa.

8.1.1.2 Para as subseqüentes citações da mesma obra, na mesma folha, são usadas as
seguintes expressões latinas:

a) Ibidem (ibid.) – na mesma obra. O termo ibidem é usado


quando forem citados diversas páginas de um mesmo documento;
_________________
4
OLIVEIRA, 1999, p. 124.
5
Ibid, p. 205.

b) idem (id.) – do mesmo autor. O termo idem é usado para


diferentes obras do mesmo autor;

_________________
6
SILVEIRA, 1992, p. 71.
7
Id., 1987, p.52.
8
Id., 1993, p. 110-115.

c) opus citatum (op. Cit) – na obra citada. A expressão op. cit . é


usada após o sobrenome do autor, referindo-se à obra citada
anteriormente, quando houver intercalação de notas;

___________________
9
SEVERINO, 1998, P. 31.
10
ANDRADE, 1999, P. 29.
11
SEVERINO, op. cit., p. 121.

d) passim -- aqui e ali. O tempo passim é usado para referir-se a


diversas passagens de onde foram retiradas as ideias do autor;
________________
12
CERVO; BERVIAN, 1996, passim.

e) loco citado (loc. Cit.) – no lugar citado. A expressão loc. Cit. É


usada para a mesma página já citada anteriormente;
_________________
13
CAMPELLO; CENDON; KREMER (org.), 2000, p. 107.
14
Ibid., loc. Cit.
34

f) sequentia (et seq.) – seguinte ou que se segue. A expressão et


seq.é usada para obras não paginadas ou com paginação irregular.
Indica-se a página inicial da citação, seguida da expressão et seq.
Significando que as páginas consecutivas também deverão ser
consultadas;

__________________
15
VIEIRA, 1999, P. 27 et seq.

g) confira (cf.) – confronte. A abreviatura cf. é usada em notas


remissivas para referir-se a obras citadas no todo, para
fundamentação teórica.
__________________
16
Cf. LAKATOS; MARCONI, 1991.

8.1.1.3 Notas explicativas

São notas usadas para comentários, esclarecidos, traduções de palavras, que


não possam ser incluídas no texto.

No texto

Medeiros (2000, p. 193) comenta: “para redigir um paper, escolha um


assunto, estabeleça limites preciosos [...]” 17

Em nota de rodapé
__________________
17
“ Estabelecer limites é delimitar; restringir um assunto para que se possa
aborda-lo com mais profundidade. Aqui vale o princípio: ‘quanto maior a extensão,
menor a compreensão; quanto menor a extensão, maior a compreensão.”

As notas de rodapé – de referência ou explicativas – deverão ser numeradas


em algarismos arábicos em uma seqüência única por todo o trabalho acadêmico. Em
livros ou relatórios mais extensos, a numeração poderá ser feita por capítulo ou
parte.
As expressões latinas apud e sic são únicas que poderão ser usadas no texto
e em rodapé. As demais expressões latinas somente poderão ser utilizadas na mesma
folha da citação a que se referem.
35

REFERÊNCIAS: NBR 6023: 2002

As referências representam um “conjunto padronizado de elementos descritivos,


retirados de um documento, que permite sua identificação individual.” (NBR 6023, 2002, p.
2).
As referências são formadas por elementos essenciais – obrigatórios e
complementares – opcionais. Os elementos complementares são usados para melhor
identificação do documento e serão identificados nesta apostila por asteriscos (*).

9 MONOGRAFIAS

Nesta categoria incluem-se: livros, folhetos, manuais, guias, catálogos,


enciclopédia, dicionários, etc.

9.1 Monografias no todo

AUTOR(ES). Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, data. *Número de volumes


e/ou páginas. *Notas.

9.1.1 Autor pessoal

9.1.1.1 Um autor

GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EDUFF, 1998. 137 p.


(Coleção Antropológica e Ciência Política, 15). Bibliografia: p. 131-132.

MEY, Eliane Serrão Alves. Catalogação na descrição bibliográfica: contribuições a uma


teoria. Brasília, DF: ABDF, 1987. Originalmente apresentada como dissertação de
mestrado, Universidade de Brasília, 1986.

HOUAISS, Antonio (Ed.). Novo dicionário Folha Webster’s: inglês/português,


português/inglês. Co-editor Ismael Cardim. São Paulo: Folha da manhã, 1996. edição
exclusiva para o assinante da Folha da manhã.

9.1.1.2 Dois autores

FESTINGER, Leon; KATZ, Daniel. A pesquisa na psicologia social. Eaum. [S.I.: s. n.],
1999.

9.1.1.3 Três autores

QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia


Gardênia de. Um toque de clássicos: Durkleim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Ed. da
UFMEG, 1995. 157P.
36

9.1.1.4 Quatro ou mais autores

RIBEIRO, Ângela Lage et al. Proposta para normalização de teses. [S.I.: s. n], [19_ _?].
Digitado.

9.1.1.5 Responsabilidade intelectual

Entram nesta categoria as obras coletivas, de vários autores, com um ou mais


responsável intelectual: organizador, coordenador e compilador.

CARVALHO, M. C. M. (Org.). Construindo o saber: técnicas de metodologia científica.


Campinas: Papirus, 1988.

FAZENDA, C. M. A. (Coord.). Práticas interdisciplinares na escola. 2. ed. São Paulo:


Cortez, 1994. 147 p.

LUJAN, Roger Patron (Comp.). Um presente especial. 3. ed. São Paulo: Aquariana, 1993.
167 p.

9.1.2 Autor entidade

9.1.2.1 As obras de responsabilidade de entidades (órgãos governamentais, empresas,


associações) têm entrada, pelo seu próprio nome, por extenso, ou pela sigla, quando
essa for de conhecimento público.

MUSEU DA IMIGRAÇÃO (São Paulo, SP). Museu da imigração – S. Paulo: catálogo.


São Paulo, 1997. 16 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE OLIVEIRA. Guia do universitário: 2004. Oliveira:


[s. n.], 2003.

9.1.2.2 Quando a entidade tem uma denominação genérica, seu nome e precedido pelo
nome do órgão superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence.

BELO HORIZONTE. Secretaria de Estado da Cultura. 1º censo cultural de Minas gerais:


guia da região Jequitinhonha/Mucuri. [Belo Horizonte], 1995. 131 p.

BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório de atividades. Brasília, DF, 1993. 28 p.


37

9.1.2.3 Eventos

Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final dos eventos
(congressos, simpósios, reuniões, seminários): anais, atas, resultados, resumos, tópicos
temáticos, entre outras denominações.

NOME DO EVENTO, número., ano, local de realização. Título... Local de publicação:


Editora, data. * Número de páginas, volumes ou CD-ROM.

COGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, 17., 1994, Belo. Anais... Belo


Horizonte: Associação dos Bibliotecários de Minas gerais, 1994. 2 v.

REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços de


Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São Paulo: Sociedade
Brasileira de Química, 1997.

9.1.3 Autoria desconhecida ou coleções

PERFIL da administração pública paulista. 6. ed. São Paulo: FUNDAP, 1994. 317 P.

BRASIL: roteiros turísticos. São Paulo: Folha da manhã, 1995. 319 p., iI. Inclui mapa
rodoviário.

O LIVRO dos provérbios. 7. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1982. 96 p.

ENCICLOPÉDIA Barsa. Rio de Janeiro: Britânnica, c1993. 16 v.

9.2 Monografias no todo em meio eletrônico

9.2.2.1 As referências devem obedecer aos padrões indicados para os documentos


monográficos no todo, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio
eletrônico.

KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98.


direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM.

9.2.2.2 Quando se trata de obra consultada online, são indispensáveis as informações


sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão
Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:,
opcionalmente poderão ser acrescidos os dados referentes a hora, minutos e segundos.
38

ALVES, Castro. Navio negreiro. [S. I.]: Virtual Books, 2000. Disponível em:
<http://www.Terra.com.Br/virtualbooks/freebook/port/iport2/navionegreiro.htm>. Acesso
em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

9.1.2.3 Evento em meio eletrônico

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFMG, 4., 2005, Belo Horizonte.


Anais eletrônicos... Belo Horizonte: UFMG, 2005. Disponível em:
http://www.propesq.ufmg.br/anais/anais.htm. Acesso em: 15 mar. 2006.

9.1.2.4 Parte de monografia

Inclui capítulo ou volume de uma coleção autores(es) e/ou títulos próprios.


Autor(es) da parte. Título: subtítulo da parte. In: Autor da obra. Título:
subtítulo da obra. Edição. Local: Editora, data. Número do capítulo,
páginas.

9.1.2.5 Parte com autoria própria

ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI; G.; SCHMIDT, J.
(Org.). História dos jovens. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.

Parte sem autoria especial

SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra do Tucujús. In: _____. História do Amapá: 1º


grau. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3, p. 15-25.

Parte de monografia em meio eletrônico

MOFOLOGIA dos artrópodes In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S.I.]:
Planeta De Agostini, c1998. CD-ROM 9.

POLÍTICA. In: Dicionário da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Infromática, 2004.


disponível em: < http://www.priberam.pt/DIDLPO>. Acesso em: 8 mar. 2004.

Trabalho apresentado em evento científico: suporte impresso e eletrônico

SOUZA, L. S.; BORGES, A. L.; REZENDE, J, O. Influência da correção e do preparo do


solo sobre algumas propriedades químicas do solo cultivado com bananeiras. In:
REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS,
21., 2004, Petrolina. Anais... Petrolina: EMBRAPA, 2004. p. 3-4.
39

PUBLICAÇÃO PERIÓDICA

Inclui a coleção como um todo, fascículo da revista, número de jornal, caderno, e a


matéria existente em um número, volume ou fascículo de periódico (artigos gerais e
científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas).

Publicação periódica como um todo

Inclui revistas, jornais e boletins.

TÍTULO. Local de publicação: editora, datas de início e de encerramento da publicação,


se houver.

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-

BOLETIM GEOGRÁFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1943-1999. Trimestral.

O PERGAMINHO. Formiga: Empresa Jornalística Laudares e Fonseca, 1991-.


Parte de publicação periódica

TÍTULO: complementação. Local: Editora, ano ou volume, fascículo, data de


publicação.

DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun.2000.

BOLETIM BIBLIOTECA INFORMA. Formiga: Biblioteca Ângela Vaz Leão, v. 3, n. 4,


maio 2003.

Artigos de revista e boletins

Autor(es) (se houver). Título do artigo. Título da publicação, local, ano ou


volume, número, paginação inicial e final, data (meses ou estação e ano).

CAIÇARA JÚNIOR, Cícero. Gerenciamento do conhecimento: interação universidade e


empresa. Revista SPEI, Curitiba, v. 2, n. 2, p. 21-25, jul./dez.2001.

MANSILLA, H. C. F. La controversia entre universalismo y particularismo en la filosofia


de la cultura. Revista Latinoamericana de Filosofia, Buenos Aires, v. 24, n. 2, primavera
1998.
40

Matérias de jornais e boletins

Autor(es) (se houver). Título da matéria. Título da publicação, local, data,


caderno e a paginação correspondente.

Quando não houver caderno, a paginação da matéria precede a data.

MELANE, Antônio. Vasco desafia marcas. Estado de Minas, Belo Horizonte, 14 maio
2003. caderno esportes, p. 30.

RODRIGUES, Hila. O que muda para o servidor mineiro. Estado de Minas, Belo
Horizonte, p. 6, 14 maio 2003.

Mães más. Boletim Biblioteca Informa, Formiga, p. 1, maio 2003.

TRABALHOS ACADÊMICOS

Inclui monografias, TCC, dissertações e teses e outros trabalhos propostos em cursos


de graduação e especialização.

Autor. Título. Data de conclusão . Total de folhas. Tipo de documento


(Gau) – Vinculação acadêmica, local e data da defesa, se houver.

TEIXEIRA, Agnes (Org.). Coletânea de resenhas; área de biblioteconomia. 2002. 49 f.


Trabalho acadêmico (graduação) – Escola de Biblioteconomia, Fundação Educacional
Comunitária Formiguense, Formiga, 2003.

ALENTEJO, Eduardo. Gêneros literários . 1999. Trabalho apresentado como requisito


parcial para aprovação na Disciplina Teoria da Literatura, Faculdade de Filosofia Ciências
e Letras, Fundação Educacional Comunitária Formiguense, Formiga, 2003.

MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário . 1990. 51 f. Trabalho de Conclusão de


Curso (especialização) – Faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco,
São Paulo, 1990.

ARAUJO. U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de artefatos de


museu para o conhecimento do universo indígena. 1885. 103 f. Dissertação (Mestrado em
41

Ciências Sócias) – Fundação Escola de Sociologia e Política de Sào Paulo, São Paulo,
1986.

FONSECA, Maria Nazareth Soares. Reinos negros em terras de maravilhas. 1994. 295 f.
Tese (Doutorado em literatura Comparada) – faculdade de Letras, UFMg, 2003.

10 RESUMOS

O resumo apresenta, de modo conciso, coerente e seletivo, as informações básicas


de um texto já existente. Esse tipo de texto tem a finalidade de difundir informações
contidas em livros, artigos ou outros documentos. Também é solicitado para submeter à
comissão organizadora de algum evento científico um trabalho que se propõe ser
apresentado. Neste caso, o resumo, se aceito o trabalho, é publicado em cadernos de
resumos ou em anais. Em tais eventos, também se solicita aos palestrantes convidados um
resumo de sua palestra, que também é publicado nos veículos mencionados.

Aprender a resumir bem um texto é a primeira e mais importante tarefa no início de


uma dissertação.

10.1Tipos de resumo

O resumo consiste na redução de um texto, demonstrando de forma concisa a


mensagem e as informações fundamentais nele contidas. Resumir um texto representa
sintetizá-lo. Há vários tipos de resumo, de acordo com seu objetivo:

Tipo de resumo Objetivo


Resumo ou abstract É a síntese de uma dissertação/tese; no início
desta, para em no máximo duas páginas
informar o potencial ao leitor do que trata o
trabalho de pesquisa.
Resenha Trata-se de um trabalho escolar e/ou
acadêmico, que resume as ideias de um
livro, filme, palestra, reunião, etc. e que se
destina à avaliação de um curso ou
publicação em revista técnica.
Resenha crítica A “resenha crítica”, além das informações
resumidas, contém um parecer do resenhista.
Compõem-se de a)Referências
bibliográficas, b) Credencias do autor, c)
resumo da obra, d) Conclusões do autor
(quando há), e) Metodologia da autora, f)
Quadro de referências, g) Crítica do
resenhista, h) Indicações do resenhista.
42

Paper É a síntese de uma comunicação oral


prevista em um evento científico (seminário,
simpósio, encontro, etc.), apresentando
resultados de uma pesquisa, que é enviada
previamente aos organizadores. Ao final do
evento, o texto completo (comunicação) é
entregue para posterior publicação nos anais
do evento.
Comunicação É o relatório do que foi efetivamente dito no
evento e anunciado no paper, geralmente
destinado à publicação posterior nos anais.
Fichamento Resumo informativo de uma publicação
escrita numa ficha, com o intuito de facilitar
a consulta e levantamento bibliográfico a
respeito de determinado assunto ou para
organização de biblioteca pessoal.

11 ATIVIDADES

RESUMO DE TEXTO

Vamos agora ler um texto de informação, um exemplo bem típico do jornalismo


informativo contemporâneo.

ATRÁS DOS MUROS


Para prevenir o crime, cidadezinha está sendo inteiramente cercada por alambrados
Rachel Verano, de Iracemápolis

Iracemápolis é uma pacata cidade de 15000 habitantes, a 160 quilômetros de São Paulo,
que se gaba de contar nos dedos de uma mão o número de presos que cumprem pena: são
apenas três. A violência é coisa tão rara lá que nem chega a dar trabalho para os dezesseis
homens efetivos da Polícia Militar. Em todo este ano, foram registrados apenas sete roubos.
Ainda assim, Iracemápolis deixou-se contaminar pelo mesmo pavor que aflige as metrópoles e
tomou uma providência inusitada para manter a bandidagem longe de suas ruas. Nos próximos
meses, será a primeira cidade inteiramente cercada de que se tem notícia no país. O prefeito
Cláudio Consenza está tocando uma obra para isolar todo o perímetro urbano das rodovias que
margeiam o município. É um alambrado de 2,5 metros de altura construído ao redor de toda a
área habitacional, num percurso de quase 9 quilômetros. “Quero transformar a cidade num
grande condomínio fechado”, diz Consenza. “Só assim será possível manter a qualidade de
vida que temos aqui e evitar futuros problemas de segurança.”
Quando a obra, orçada em 300.000 reais, estiver concluída, no início do próximo ano,
ninguém entrará ou sairá despercebido de Iracemápolis. As entradas do município receberão
portais com guaritas de segurança monitoradas por câmaras de vídeo 24 horas por dia, ligadas
a uma central da Polícia Militar. Por enquanto, a cerca ocupa um trecho de 500 metros e divide
um bairro de classe média de uma movimentada rodovia, a SP 151. Foi exatamente ali que
43

aconteceu o último e mais violento roubo registrado no município, há dois meses. O


aposentado José da silva saía de casa para uma caminhada quando foi surpreendido por dois
assaltantes armados que levaram sua caminhonete zero-quilômetro e o fizeram refém por uma
hora sob a mira de um revólver. Hoje, a cerca passa bem em frente a sua casa. “Estamos bem
mais protegidos agora”, diz ele.
A ideia de viver em condomínio fechado está sendo levada a sério pelos moradores .
eles não dão a mínima importância ao fato de Iracemápolis mais parecer uma cidade medieval
murada, uma ilha separada do mundo real por um alambrado. Alguns hábitos já começaram a
mudar no cotidiano das pessoas que vivem do lado de dentro da cerca. Até bem pouco tempo
atrás, raramente se viam crianças nas ruas nas áreas próximas às rodovias. Hoje, os pais
deixam que elas brinquem tranqüilamente por ali.
Veja, ed.1662.

Exercícios
1. Escreva as principais informações encontradas em cada parágrafo.
2. Que função da linguagem pertence este texto?
3. Escreva um resumo, de até 10 linhas, do texto acima. O resumo não é somente uma
cópia de sentenças avulsas do texto original. Leia o texto, extraia as informações e
os argumentos básicos apresentados e os apresente.
4. Que tipologia textual se encaixa o texto acima?

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

______. NBR 6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de


um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR 6027: Informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro,


2003.

______. NBR 6028: Informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de janeiro,


2003.

______. NBR 10520: Informação e documentação: citações em documentos: apresentação.


Rio de Janeiro, 2002.

______. NBR 14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.


Rio de Janeiro, 2002.

ÁVILA, Vicente Fideles de. A pesquisa na dinâmica da vida e na essência da


universidade. Campo Grande: UFMS, 1995.
44

CAMARINHA, Mário.; BRAYNER, Sônia. Manual de normas técnicas de editoração:


teses, monografias, artigos. 2. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 1993. 75 p.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Aleino. Metodologia científica. 4. ed. São
Paulo: Markron Books, 1996.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.

FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Textos avançados em referência e informação. São


Paulo: Polis, 1996.

FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicação técnico-científica. 4.


ed. rev. e aum. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas,
1999.

IERING, Maria Eduarda et al. Análise e produção de textos. 4. ed. São Leopoldo: [s.n.],
[s.d.].

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamento, resumos, resenhas.


4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MENDES, Maria Tereza Reis. Citações: quando, onde e como usar (NBR 10520/2002).
Niterói: Intertexto, 2002.

MIRANDA, José Luís Carneiro de. Artigo científico estrutura e redação: Niterói,
Intertexto, 2000.

NUNES, Luiz Antonio Rizzato. Manual da monografia: como se faz uma monografia,
uma dissertação, uma tese. São Paulo: Saraiva, 2000.

RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 6. ed. Petrópolis:


Vozes, 2000.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia cientifica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo:
Atlas, 1992.

SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 10. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 20. ed. São Paulo:
Cortez, 1997.

SOARES, Magda Becker.; CAMPOS, Edson Nascimento. Técnica de redação. Rio: Ao


Livro Técnico, 1978.
45

THIOLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1994.

VIEIRA, Sonia. Como escrever uma tese. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1999.

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