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A necessidade do ser humano de comunicar com os outros, é desde sempre algo primordial. O
homem das cavernas registou como pôde e como o seu engenho lhe permitiu uma diversidade de
imagens, algumas serviam para registar cenas do seu quotidiano, outras eram motivadas pela
necessidade de prestar culto àquilo que para ele eram as entidades divinas.
A arte como forma de expressão teve desde sempre uma ligação muito estreita com os factos
religiosos, fosse para demonstrar respeito ou homenagem.
O desconhecido,aquilo que o homem não conseguia entender , era uma parte significativa da
inspiração artística.
http://archeologie.culture.fr/lascaux/en
A primeira rutura com este culto aos deuses vai dar-se na Grécia, durante o período que ficou
conhecido como a antiguidade clássica, entre os séculos VI e IV antes de Cristo.
Aquilo que ficou para a história como o estilo clássico, surgiu como consequência do esgotamento
dos princípios filosóficos e artísticos do estilo arcaico, que, conforme já referimos se baseava na
crença religiosa e no culto aos deuses.
A evolução do pensamento filosófico na Grécia levou ao surgimento de uma sociedade mais laica e
a arte acompanhou toda esta evolução, consequentemente os artistas, que trabalhavam sempre sob
encomendas, passaram a criar obras de arte em que o homem passa a ser o centro das atenções e o
principal motivo dos artistas. Em vez de deuses,passaram a representar os homens enquanto seres
perfeitos. As esculturas gregas desta época, com as suas linhas límpidas e perfeitas,sempre a
representar o homem são paradigmáticas deste principio artístico e filosófico. Nascia assim uma
linguagem estética naturalista, ainda que idealizada que se baseava em cânones que estabeleciam as
características daquilo que deveria ser a beleza.