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Aula de introdução(teórica)

Uma breve abordagem à história da Arte

1- O homem das cavernas (o primeiro artista)

A necessidade do ser humano de comunicar com os outros, é desde sempre algo primordial. O
homem das cavernas registou como pôde e como o seu engenho lhe permitiu uma diversidade de
imagens, algumas serviam para registar cenas do seu quotidiano, outras eram motivadas pela
necessidade de prestar culto àquilo que para ele eram as entidades divinas.
A arte como forma de expressão teve desde sempre uma ligação muito estreita com os factos
religiosos, fosse para demonstrar respeito ou homenagem.
O desconhecido,aquilo que o homem não conseguia entender , era uma parte significativa da
inspiração artística.

Figura 1- pintura rupestre

http://archeologie.culture.fr/lascaux/en

A imagem refere-se a um dos mais importantes exemplos da pintura pré-histórica,foi descoberta


nos anos finais 40 em Lascaux na França, foi classificado como património mundial da UNESCO
em 1979.
Historiadores da arte e antropólogos têm sido unânimes na teoria de que as pinturas poderiam
ser um relato da abundância da caça na região, ou poderiam representar um ritual místico para
melhorar futuros empreendimentos de caça.
Podemos pois afirmar que a arte foi e, é desde sempre um meio extremamente importante para o
homem se expressar e manifestar as sua ideias, aquilo que com as sua mãos e o seu
pensamento consegue pôr em imagens.
O misticismo, ou a necessidade de prestar culto a uma entidade suprema, sempre foram uma
constante do ser humano. Era assim também durante os períodos das civilizações Gregas e
Romanas, foi o culto aos deuses que inspirou artistas e poetas,como Ovidio e que levou à criação
templos e palácios, verdadeiras obras primas da arquitetura, tanto em beleza como em dimensão.
Um pouco por todo o mundo a expressão artística foi utilizada tendo em conta a fé dos homens,
fosse em forma de poemas, narrativas , esculturas ou mesmo na construção de palácios, templos e
até cidades.
2-A Arte e a cultura clássica- A Grécia-primeira rutura

A primeira rutura com este culto aos deuses vai dar-se na Grécia, durante o período que ficou
conhecido como a antiguidade clássica, entre os séculos VI e IV antes de Cristo.
Aquilo que ficou para a história como o estilo clássico, surgiu como consequência do esgotamento
dos princípios filosóficos e artísticos do estilo arcaico, que, conforme já referimos se baseava na
crença religiosa e no culto aos deuses.
A evolução do pensamento filosófico na Grécia levou ao surgimento de uma sociedade mais laica e
a arte acompanhou toda esta evolução, consequentemente os artistas, que trabalhavam sempre sob
encomendas, passaram a criar obras de arte em que o homem passa a ser o centro das atenções e o
principal motivo dos artistas. Em vez de deuses,passaram a representar os homens enquanto seres
perfeitos. As esculturas gregas desta época, com as suas linhas límpidas e perfeitas,sempre a
representar o homem são paradigmáticas deste principio artístico e filosófico. Nascia assim uma
linguagem estética naturalista, ainda que idealizada que se baseava em cânones que estabeleciam as
características daquilo que deveria ser a beleza.

Fig.2-Escultura grega -Discóbolo


Do escultor grego Míron, c. 455 a.C. Cópia romana em bronze.

3-O regresso ao Teocentrismo- A idade média

Na Idade Média o maior senão o único encomendador das obras artísticas,fossem


pinturas,esculturas ou projetos arquitetónicos foi a Igreja Católica, de facto a igreja
manteve durante este período uma posição de total domínio em relação à ciência e às
artes, consequentemente toda a produção artistica que nos foi legada desta época tem
um forte cunho religioso. Havia uma necessidade premente de manter e reforçar a fé dos
homens no além. As igrejas apresentavam-se majestosas , dando um ar de solenidade
reforçando a ideia de que era a igreja que detinha o poder mais absoluto,como
representantes de Deus na terra, são desta época os vários estilos arquitetónicos das
catedrais e das igrejas. De entre os mais conhecidos, pela sua estética marcante podemos
referir o estilo gótico,que se desenvolveu durante a idade média.
O estilo gótico é paradigmático da comunhão da arquitetura com a religião. A sua estética
visa enfatizar o valor simbólico da igreja e o peso da fé,uma das características mais
marcantes são as
dimensões das catedrais e as entradas de luz que eram proporcionadas pelos vitrais.
Em contraste com as igrejas e catedrais do período românico,as igrejas e catedrais do
período gótico são menos austeras na sua construção, mas muito mais grandiosas em
dimensão e em altura.
Na pintura nota-se a tendência para ir abandonando o rigor geometrizante e a estilização
características da representação dos corpos tão características da arte românica e
consequentemente nota-se a busca por um maior realismo, começa também a haver uma
preocupação com a noção de espaço, para criar uma ilusão de tridimensionalidade.
Predominam nesta altura as pinturas a óleo e as técnicas do vitral e começam a surgir
obras com a temática da paisagem, que praticamente tinha sido abandonada desde a
antiguidade clássica.

Fig.3 Catedral de Notre Dame.Paris

Fig.4-A Fuga para o Egito -Giotto -Pádua Itália

O Renascimento-A Grande rutura,o homem é a medida de todas as coisas

O renascimento marca o fim do teocentrismo. a transição do feudalismo para o capitalismo trouxe


profundas mudanças sociais, económicas, políticas e religiosas. O termo “Renascimento” refere-se
ao processo de revalorização das referências da antiguidade clássica, sobretudo no que respeita à
importância dada ao homem como centro da criação, renegando cada vez mais os dogmas da igreja,
em que tudo se concentrava em Deus e no divino. Foi a partir desta época que se deram as
principais mudanças, que viriam a dar lugar ao humanismo. Durante o Renascimento operaram-se
mudanças a todos os níveis, das artes às ciências, passando pela religião. No que à pintura diz
respeito foi a época das primeiras grandes inovações,como a claro-escuro ou a perspetiva com
ponto de fuga. Também nas ciências, na engenharia, na arquitetura e na medicina surgem novas
descobertas e se desenvolvem técnicas inovadoras. Tudo isto se deveu à valorização da inteligência
do homem.
Foi,até à revolução francesa, a época mais marcante da história da Europa. Uma das características
que é comum hoje associarmos a este período é a do homem da Renascença, que era além de
pintor,escultor e desenhador, arquiteto, engenheiro, etc. cujo exemplo maior (ou pelo menos o mais
conhecido) foi Leonardo da Vinci.

Fig.5-A Escola de Atenas-1509. Vaticano-Rafael

A Modernidade- Ruturas radicais e a vastidão da liberdade artistica


A modernidade artística costuma balizar-se cronologicamente entre os finais do século XIX e a
primeira metade do século XX, independentemente de qualquer cronologia ou da sua validade
enquanto verdade factual, importa perceber que o termo “modernidade” transporta consigo variados
significados e à semelhança daquilo que aconteceu com os períodos que o antecederam é
influenciado pelos acontecimentos sociais económicos e políticos que moldaram o tempo em que
surgiu, mas de uma forma ainda mais radical. Se optar-mos por assumir o seu inicio nos finais do
século XIX, temos de compreender que foi um tempo de muitas e muito radicais mudanças. isto
traduziu-se na forma dos artistas viverem o mundo, a sociedade e o tempo e como não podia deixar
de ser refletiu-se nas obras que criaram.
A Arte moderna foi influenciada pela industrialização,pelas máquinas, pela velocidade, pela
psicologia, enfim, por um vasto conjunto de circunstancias que tornaram a sua identidade algo
radical e perturbadora.
Uma das características desta rutura radical foi a experimentação que levou à criação de uma
diversidade de estilos, como o Fauvismo, o Futurismo ou o Neoplasticismo, que mais não foram
que modos de recriar a realidade, apelando à imaginação e no seu extremo mais radical criar uma
realidade nova partindo da imaginação e da expressão interior. São exemplos deste radicalismo os
movimentos Surrealista e Dadaísta, mas também os Simbolistas e os Expressionistas.
Na verdade o que aconteceu foi que os artistas entenderam que a humanidade tinha mudado os
paradigmas da beleza, agora a beleza estava no bélico, no veloz e na imaginação de quem a
contemplasse.
Na arquitetura foi valorizada a função em deferimento do excesso, a contenção das formas veio
substituir o excesso do classicismo, é o tempo da forma e da função, da importância do design, da
estética e da funcionalidade.
O movimento modernista na arte continua na verdade a ser a maior influencia da Arte
contemporânea. Foi a partir da modernidade que o artista ganhou autonomia para se expressar como
quer e com aquilo que entender, não importam os meios. A Arte de agora gera discursos, perturba,
intervém na sociedade.
Fernando Barata Fevereiro de 2018
Mapa com a previsão dos conteúdos teóricos e práticos

Primeira Aula-sensivelmente Material didático,cinco folhas A4 frente


uma hora) e verso com o resumo abreviado da
Um pouco da história da história da Pintura e projeção de
pintura-Do homem das cavernas powerpoint.
à atualidade,um breve resumo
dos principais momentos da
História da Arte,com enfoque na
pintura,mas abordando também
a escultura e a arquitetura, uma
vez que é importante dar a
entender que todas as artes se ---------------------------------------------
desenvolveram de forma
interligada. Desenvolver as pinturas através das
várias técnicas de utilização das tintas. aulas
Inicio ------------------------------- Dado que é fundamental aos alunos
familiarizarem-se com os materiais ,
Segunda Aula - sensivelmente faremos uma breve experimentação das
duas horas- teórica e prática) tintas em suportes alternativos à tela,
para que os alunos adquiram a perceção
Conhecer as características dos
do manuseamento das tintas,dos
materiais e das várias técnicas
resultados da mistura das cores,etc...
de pintura; Saber executar por
etapas uma pintura a acrílico; Explorar temas como naturezas mortas
Adquirir os conhecimentos para com o recurso a modelos (alguns frutos,
executar uma pintura realista garrafas,ou vasos com flores,por
,partindo da capacidade de exemplo)
observação dos objetos.

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