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Fls.

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Poder Judiciário da União
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Órgão : 3ª TURMA CÍVEL


Classe : APELAÇÃO
N. Processo : 20140110083696APC
(0001992-36.2014.8.07.0001)
Apelante(s) : HUMANAS PRESTADORA DE SERVICOS
LTDA
Apelado(s) : BDI CONSULTORES ASSOCIADOS SS LTDA
Relator : Desembargador FLAVIO ROSTIROLA
Revisor : Desembargador GILBERTO PEREIRA DE
OLIVEIRA
Acórdão N. : 884390

EMENTA

PROCESSO CIVIL, CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO DE


REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA A
AQUISIÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E POSTERIOR
COMPENSAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. RELAÇÃO DE
CONSUMO. TEORIA MAXIMALISTA. INADIMPLEMENTO.
FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANOS
MATERIAIS. DANOS MORAIS. OFENSA À HONRA
OBJETIVA.
1. É remansosa a jurisprudência desta Corte no sentido de que
a pessoa jurídica é considerada destinatária final, com base em
uma interpretação extensiva do artigo 2º do CDC admitida pela
teoria maximalista, se a sociedade empresária adquirir produto
ou serviço, não para o fomento da atividade comercial, mas
para a satisfação de uma necessidade decorrente do próprio
negócio.
2. Constatando-se a falha na prestação do serviço,
considerando-se que, ante a ausência de cumprimento da
obrigação assumida por meio de contrato verbal de prestação
de serviços, houve o pagamento em atraso dos débitos
tributários que se tinha a intenção de compensar, acarretando a
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incidência de juros moratórios e multa, mostra-se patente o


dever de indenizar, uma vez que a responsabilidade da
requerida é objetiva (Art.14 CDC).
3. Segundo o teor do Enunciado n.227 do c. Superior Tribunal
de Justiça: "a pessoa jurídica pode sofrer dano moral".
Entretanto, sua configuração depende da cabal demonstração
de dano à sua honra objetiva, comprovada por meio da
demonstração do abalo da imagem da parte supostamente
ofendida no meio em que desempenha as suas atividades. Em
outras palavras, mostra-se necessária a demonstração de que
o seu "bom nome" restou negativamente afetado.
4. A razoabilidade apresenta-se como critério que deve imperar
na fixação da quantia compensatória dos danos morais. Para
além do postulado da razoabilidade, a jurisprudência,
tradicionalmente, elegeu parâmetros (leia-se regras) para a
determinação do valor indenizatório. Entre eles, encontram-se,
por exemplo: (a) a forma como ocorreu o ato ilícito: com dolo ou
com culpa (leve, grave ou gravíssima); (b) o tipo de bem
jurídico lesado: honra, intimidade, integridade etc.; (c) além do
bem que lhe foi afetado a repercussão do ato ofensivo no
contexto pessoal e social; (d) a intensidade da alteração
anímica verificada na vítima; (e) o antecedente do agressor e a
reiteração da conduta; (f) a existência ou não de retratação por
parte do ofensor.
5. Deu-se provimento ao apelo, para julgar procedentes os
pedidos iniciais. Ante a novel sucumbência, condenou-se a ré
ao pagamento das custas processuais e dos honorários
advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, nos termos do artigo 20, §3º, do Código de
Processo Civil.

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ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores da 3ª TURMA CÍVEL do


Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, FLAVIO ROSTIROLA - Relator,
GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA - Revisor, FÁTIMA RAFAEL - 1º Vogal, sob a
presidência do Senhor Desembargador FLAVIO ROSTIROLA, em proferir a
seguinte decisão: CONHECER E DAR PROVIMENTO, UNÂNIME, de acordo com a
ata do julgamento e notas taquigráficas.
Brasilia(DF), 29 de Julho de 2015.

Documento Assinado Eletronicamente


FLAVIO ROSTIROLA
Relator

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RELATÓRIO

APELANTE(S): HUMANAS PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA


APELADO(S): BDI CONSULTORES ASSOCIADOS SS LTDA

Cuida-se de apelação cível interposta por HUMANAS


PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA. contra a r. sentença de fls.216/224 que, em
ação de reparação de danos morais e materiais ajuizada pela Apelante em
desfavor de BDI CONSULTORES ASSOCIADOS SS LTDA. e de SEBASTIÃO
BUIATI, julgou improcedentes os pedidos iniciais, nos termos do dispositivo a
seguir transcrito (fl.224):

Ante o exposto JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO deduzido pela parte


autora, e assim o faço com resolução do mérito com suporte no art. 269, I
do Código de Processo Civil. Por fim, em face da sucumbência, condeno a
parte autora no pagamento das despesas processuais e dos honorários
advocatícios, que ora arbitro em R$ 1.500,00 [Um mil e quinhentos reais],
nos termos do art. 20, § 4º, do Código de Processo Civil. Oportunamente,
transitada em julgado, não havendo outros requerimentos, intime-se para
recolhimento das custas em aberto, e, após, dê-se baixa e arquivem-se,
observando-se as normas do PGC. Publique-se. Intimem-se. Sentença
registrada eletronicamente. Sentença proferida em atuação no Núcleo
Permanente de Gestão de Metas do Primeiro Grau - NUPMETAS-1.

No recurso de fls.231/240, a parte autora, ora Apelante, sustenta


que haveria contratado os serviços da Requerida com o intuito de adquirir créditos
judiciais para a liquidação de tributos federais, realizando, para tanto, o pagamento
do valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais). Argumenta que a Apelada não teria
cumprido a obrigação contratada, acarretando prejuízos materiais e morais à Autora.
Aduz que o contrato deveria ter sido cumprido pela Requerida no prazo de 60
(sessenta) dias, contudo, não teria havido compensação do crédito. Em razão da
referida circunstância, a Requerida teria emitido 4 (quatro) cheques, cada um no

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valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), em garantia do contrato. Informa que os


aludidos cheques não se mostrariam suficientes para sanar os prejuízos materiais
sofridos e teriam sido devolvidos por insuficiência de fundos, circunstância essa que
estaria sendo analisada em ação de execução. Quanto aos prejuízos materiais,
acrescenta que teria ficado descapitalizada, compelida a negociar o débito fiscal de
forma parcelada, com o acréscimo de juros e multa de 20% (vinte por cento), além
de ter perdido contratos de prestação de serviços, em razão de não possuir certidão
conjunta. Ressalta que teria sofrido danos morais, em razão do recebimento de
correspondência eletrônica enviada pela Casa da Moeda, que seria sua cliente de
vários anos, manifestando o seu descontentamento com a empresa, por conta da
ausência de certidão, o que teria ensejado o abalo de sua reputação.
Preparo recolhido à fl.241.
Contrarrazões às fls.250/255, pelo não provimento do apelo.
É o relatório.

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VOTOS

O Senhor Desembargador FLAVIO ROSTIROLA - Relator


CONHEÇO do apelo, porquanto satisfeitos os pressupostos de
admissibilidade.
Adoto, em parte, o relatório da r. sentença (fls.216/219):

Trata-se de AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS, sob a égide do rito


ordinário comum, ajuizada por HUMANAS PRESTADORA DE SERVIÇOS
LTDA. em desfavor de BDI CONSULTORES ASSOCIADOS SS LTDA e
SEBASTIÃO BUIATI, todos devidamente qualificados nos autos em
epígrafe. Alega a parte autora que contratou os serviços da requerida para a
aquisição de créditos judiciais para posterior liquidação de tributos federais
de R$ 700.000,00 [setecentos mil reais], tendo pago para tanto o valor de
R$ 200.000,00 [duzentos mil reais], representado pelas cópias das cártulas
de cheque acostadas na inicial. Aduz que, após 8 meses da contratação dos
serviços, não foi realizada nenhuma compensação dos débitos tributários
em nome do autor e que, em razão disso, foi obrigado a parcelar os débitos
tributários e a arcar com a multa pelo atraso do seu pagamento. Tece
arrazoado jurídico e, ao final, requer a condenação do réu ao pagamento de
R$ 184.240,00 a título de danos materiais e R$ 700.000,00 pelos danos
morais que alega ter suportado. Instruem a inicial os documentos de fls.
19/45. Contestação às fls. 133/140. Em síntese, reconhece que realizou
contrato verbal para a aquisição de créditos de IPI para a quitação de
débitos tributários da Requerente e que não houve estipulação de prazo
para tal homologação. Aduz que, em razão da demora da homologação,
foram dados em garantia 4 cártulas de cheque, cada uma no valor de R$
50.000,00 [cinquenta mil reais] até a data da homologação dos créditos e
que 2 desses cheques foram depositados prematuramente e estão sendo
executados em ação própria. Argumenta que a requerente descumpriu
contrato verbalizado entre as partes quando depositou os cheques antes do
prazo e que não houve descumprimento contratual pela ré. Assevera que
não há relação de consumo entre as partes e que não há dano moral a ser
indenizado. Requer a improcedência dos pedidos da inicial. Réplica às fls.

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144/149. Foram rechaçadas as alegações da defesa e repisados os


argumentos da inicial. Determinada a especificação de provas à fl. 151. As
partes requereram a oitiva de testemunhas [fls. 153/155]. Decisão
saneadora de fl. 157 excluiu o 2º réu do pólo passivo da ação e deferiu o
depoimento pessoal das partes. Às fls. 168/177 foi interposto Agravo de
Instrumento em face da decisão que excluiu o 2º réu do feito. Decisão de fls.
211/212 negou seguimento ao Agravo por ausência de documento exigível.
Audiência de instrução conforme termo de audiência às fls. 192/196.
Alegações finais às fls. 199/201 pela parte autora e, às fls. 204/210, pela
parte ré.

Ao analisar a demanda, o douto magistrado de origem houve por


bem julgar improcedentes os pedidos iniciais (fls.216/224).
No recurso de fls.231/240, a parte autora, ora Apelante, sustenta
que haveria contratado os serviços da Requerida com o intuito de adquirir créditos
judiciais para a liquidação de tributos federais, realizando, para tanto, o pagamento
do valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais). Argumenta que a Apelada não teria
cumprido a obrigação contratada, acarretando prejuízos materiais e morais à Autora.
Aduz que o contrato deveria ter sido cumprido pela Requerida no prazo de 60
(sessenta) dias, contudo, não teria havido compensação do crédito. Em razão da
referida circunstância, a Requerida teria emitido 4 (quatro) cheques, cada um no
valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), em garantia do contrato. Informa que os
aludidos cheques não se mostrariam suficientes para sanar os prejuízos materiais
sofridos e teriam sido devolvidos por insuficiência de fundos, circunstância essa que
estaria sendo analisada em ação de execução. Quanto aos prejuízos materiais,
acrescenta que teria ficado descapitalizada, compelida a negociar o débito fiscal de
forma parcelada, com o acréscimo de juros e multa de 20% (vinte por cento), além
de ter perdido contratos de prestação de serviços, em razão de não possuir certidão
conjunta. Ressalta que teria sofrido danos morais, em razão do recebimento de
correspondência eletrônica enviada pela Casa da Moeda, que seria sua cliente de
vários anos, manifestando o seu descontentamento com a empresa, por conta da
ausência de certidão, o que teria ensejado o abalo de sua reputação.
Da relação de consumo
O Código de Defesa do Consumidor adota o conceito de consumidor
levando em conta, exclusivamente, o caráter econômico. Para tanto, considera

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consumidor somente aquele que adquire bens ou contrata serviços como


destinatário final, com vistas ao atendimento de uma necessidade própria e não para
o desenvolvimento de uma atividade negocial diversa (FILOMENO, José Geral Brito.
Código Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelo autores do anteprojeto.
9ª Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 2007. p.28).
Sobre o que caracterizaria a pessoa jurídica como destinatária final,
a jurisprudência desta Corte mostra-se remansosa no sentido de que, com base em
uma interpretação extensiva do artigo 2º do Código de Defesa do Consumidor,
admitida pela teoria maximalista, o diploma consumerista mostra-se aplicável à
sociedade empresária que adquire produto ou serviço, não para o fomento da
atividade comercial, mas para a satisfação de uma necessidade decorrente do
próprio negócio. Confira-se:

APELAÇÃO CÍVEL. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE.


TEMPESTIVIDADE. INTERPOSIÇÃO. JUÍZO INCOMPETENTE. MERO
EQUÍVOCO. PESSOA JURÍDICA. CONSUMIDOR. DESTINATÁRIO
FINAL. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. TEORIA MAXIMALISTA.
APLICAÇÃO DO CDC. TELEFONIA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NÃO
SOLICITADOS. PRÁTICA ABUSIVA. COBRANÇA INDEVIDA.
REPETIÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO. 1. Restando demonstrada a
intenção de recorrer da sentença de primeiro grau, não se considera
intempestivo o apelo que, por mero equívoco do advogado, foi interposto
tempestivamente perante Juízo diverso do que tramitara a ação. 2. Admite-
se a aplicação do CDC para a sociedade empresária que adquire
produto ou serviço não para fomento da atividade comercial, mas para
a satisfação de uma necessidade decorrente do próprio negócio,
inserindo-se, numa interpretação extensiva do art. 2º do CDC admitida
pela teoria maximalista, na condição de destinatária final dos serviços.
3. A alteração de plano de telefonia constituiu prática abusiva se
implementada sem a aquiescência da sociedade empresária consumidora,
mas também por ter-lhe sido cobrada e, mais ainda, permanecida a
cobrança mesmo diante da declaração da empresa consumidora de que
não tinha interesse no serviço disponibilizado. 4. Diante da caracterização
de abusividade na conduta praticada pela empresa de telefonia, o que, por
si só, pressupõe a má-fé no seu cometimento, a repetição do indébito em

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dobro, nos termos previstos no parágrafo único do art. 42 do CDC, é medida


que se impõe. 5. Recurso conhecido e não provido. (20090110283960APC,
Relator SANDOVAL OLIVEIRA, 1ª Turma Cível, julgado em 23/03/2011, DJ
31/03/2011 p. 124).

PROCESSUAL CIVIL. CIVIL E CONSUMIDOR. SERVIÇOS DE


TELEFONIA. RELAÇÃO DE CONSUMO. TEORIA MAXIMALISTA.
PESSOA JURÍDICA. TRANSFERÊNCIA DE ENDEREÇO PELO PRÓPRIO
TITULAR. INEXISTÊNCIA DE DEFEITO NO SERVIÇO. EX-SÓCIO NO
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. ATO ILÍCITO. NÃO OCORRÊNCIA.
1. É remansosa a jurisprudência desta Corte no sentido de que a
pessoa jurídica é considerada destinatária final, com base em uma
interpretação extensiva do artigo 2º do CDC admitida pela teoria
maximalista, se a sociedade empresária adquirir produto ou serviço,
não para o fomento da atividade comercial, mas para a satisfação de
uma necessidade decorrente do próprio negócio. 2. A inversão do onus
probandi não se dá de forma automática - ou, ainda, pelo simples fato de se
estar diante de uma relação de consumo -, dependendo do preenchimento
de um dos requisitos alternativos insertos no artigo 6.º, VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, a saber: verossimilhança da alegação ou
hipossuficiência do consumidor. 3. Nas relações consumeristas, dispensa-
se a comprovação da culpa ou do dolo, em se tratando de apuração de
responsabilidade por danos causados a consumidores. O fornecedor de
serviços somente não será responsabilizado quando provar culpa exclusiva
do consumidor ou de terceiro, o que restou evidenciado no caso. 4. No
âmbito cível, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito (CC, art. 186). Todavia, não
constituem atos ilícitos aqueles praticados em legítima defesa ou no
exercício regular de um direito reconhecido (CC, art. 188). 5. Ausente
comprovação de que o ex-sócio teria agido de má-fé, ao transferir as linhas
telefônicas referentes a contrato no qual figurava na qualidade de titular,
inviável a pretensão de condenação por danos materiais e morais. 6.Negou-
se provimento ao apelo. (Acórdão n.865886, 20130111690223APC, Relator:
FLAVIO ROSTIROLA, Revisor: GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, 3ª
Turma Cível, Data de Julgamento: 06/05/2015, Publicado no DJE:
12/05/2015. Pág.: 267).

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Nessas condições, tendo em vista que a Autora revela-se sociedade


atuante no ramo de "seleção e treinamento e desenvolvimento de pessoal, avaliação
de desempenho, gestão de processos administrativos, de RH, terceirização de mão
de obra temporário e efetiva, fornecimento de lanches, cursos de informática e
profissionalizantes e administração" (fl.21), observa-se que o contrato de prestação
de serviços entabulado com a Requerida para a aquisição de créditos judiciais para
posterior compensação de débitos tributários federais já existentes em nome da
Autora, trata-se de necessidade decorrente do próprio negócio, como destinatária
final, enquadrando-se tal situação como de consumo, o que impõe a aplicação do
Código de Defesa do Consumidor.
Dos danos materiais
Tratando-se de relação de consumo, aplicável ao caso os termos do
artigo 14, caput, do CDC, "o fornecedor de serviços responde, independentemente
da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua fruição e riscos".
Percebe-se, pois, que eventual responsabilidade da Requerida
prescinde da comprovação de que essa teria agido com culpa lato sensu - elemento
central da responsabilidade subjetiva. Deveras, na hipótese em tela, cuida-se de
típica responsabilidade objetiva (ex lege), cujos requisitos são: o exercício de certa
atividade, o dano e o nexo de causalidade entre o dano e a atividade (TEPEDINO,
Gustavo; BARBOZA, Heloisa Helena; MORAES, Maria Celina Bodin de. Código Civil
interpretado conforme a Constituição da República. vol. II. Rio de Janeiro: Renovar,
2006, p. 805).
De maneira mais específica, por estarmos no campo da
responsabilidade por dano provocado a "consumidor" em razão da má prestação de
serviço (art. 14 do CDC), tais elementos da responsabilidade objetiva podem ser
redigidos, como oportunamente observou Zelmo Denari, da seguinte forma: defeito
do serviço, evento danoso e relação de causalidade entre o defeito do serviço
e o dano (GRINOVER, Ada Pellegrini [et al.]. Código brasileiro de defesa do
consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2007, p. 202).
No caso concreto, tenho como clara a ocorrência dos três
elementos da responsabilidade objetiva.

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Na espécie, mostra-se incontroverso que as partes entabularam


contrato verbal de prestação de serviços, objetivando a aquisição de créditos
judiciais para posterior compensação de débitos tributários federais já existentes em
nome da Autora, ora Apelante, havendo a Requerente realizado, para tanto, o
pagamento de R$200.000,00 (duzentos mil reais) à parte ré.
De acordo com a Ata de Audiência de Instrução e Julgamento
ocorrida em 27/11/2014, realizou-se o depoimento pessoal do representante legal
parte autora, o depoimento pessoal do representante parte ré, bem como o
depoimento de duas testemunhas da Requerente, os quais passo a transcrever
(fls.193/196):

DEPOIMENTO PESSOAL DA PARTE AUTORA (...) que Sr. Buiati


informou que precisava de um deferimento do Juiz para que enviasse a
carta à Receita Federal sobre a habilitação do crédito; que Sr. Buiati
requereu prazo de 60 dias, prazo igual ao que venceria a certidão do
depoente junto à Receita (...)

DEPOIMENTO PESSOAL DO REQUERIDO: (...) que os créditos não


foram homologados até hoje e, por isso, a compensação não foi
realizada; que quando vendeu os créditos para Leandro sabia que eles
ainda não haviam sido homologados, pensava que estava prestes a
serem compensados; que não é proprietário dos créditos e não sabe
informar porque eles não foram homologados; que começou a
demorar muito e Leandro, com toda razão, reclamou; que passou 4
cheques de 50 mil reais para Leandro, em garantia; que esse valor
seria, no mínimo, a devolução dos valores pagos por Leandro; que os
cheques foram apresentados e voltaram, tendo o depoente seu nome
inscrito nos cadastros de inadimplentes; que não conseguiu pagar a
Leandro o valor, tendo em vista que diminuiu muito sua atividade, estando,
atualmente, em tratamento contra um câncer; (...) Às perguntas do Autor,
respondeu: que no início da negociação não foi estabelecido um prazo para
compensação dos tributos; que fez mais de uma previsão para Leandro, não
se recordando as datas; que o dono do crédito era quem passava essas
previsões ao depoente; que informou a Leandro o que os donos do credito
tinham-lhe informado, dando conta de que os créditos estavam em processo

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de habilitação e que tal seria tranqüilo; que Leandro esteve presente em


reunião juntamente com os donos dos créditos em escritório do depoente
(...)

DEPOIMENTO TESTEMUNHA- Parte Autora: (...) única coisa que sabe é


que estava presente no momento da negociação entre as partes; que, no
dia, era negociação de crédito, mas não sabe informar o tipo do crédito; que
a negociação se deu no Escritório da BDI; que estavam presentes o Sr.
Buaiti, Leandro e o depoente; que trabalhava como segurança na empresa
de Leandro; que sabe que eram créditos tributários, não sabendo informar
muito bem; que era uma compra de créditos; que o Sr. Buiati era quem
vendia os créditos; que o Sr. Buiati disse que se Leandro pagasse o valor,
conseguiria quitar toda a dívida que Leandro tinha em 60 dias; que
acompanhou o Leandro outras vezes no escritório e o Sr. Buiati
sempre dizia que ia conseguir, mas que ainda precisava de algumas
assinaturas, da Receita ou algo do tipo; que Leandro pagou por esses
créditos, sendo que o depoente estava presente nesse momento.

DEPOIMENTO TESTEMUNHA- Parte Autora: (...) Às perguntas do Autor,


respondeu: que a empresa de Leandro perdeu, salvo engano, 3 contratos,
pois precisava das certidões da Receita Federal para comprovar que estava
em dia; que sabe que foi dado um prazo por Buiati a Leandro; que foi
comentado ao depoente que esse prazo seria de 90 dias; que conhece a
existência desse tipo de negócio de compra e venda de créditos tributários;
que esses negócios dão certo na prática. Às perguntas do Réu, respondeu:
que não viu contrato referente a essa negociação, mas viu e-mails trocados
entre Leandro e Buiati, pois sempre iam com cópia para o depoente; que
Leandro foi quem comentou a respeito do prazo de 90 dias e que nos
e-mails também era possível aferí-lo; que não participou de nenhuma
reunião entre as partes; que se recorda do contrato do STJ que foi perdido,
porque era um valor alto; que dos demais não se recorda, pois são muitos
contratos; que não se recorda a data em que foi feito o parcelamento.

De acordo com o depoimento pessoal do representante legal da


parte autora, a obrigação assumida pela Requerida no contrato verbal, acerca da

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realização da compensação dos créditos, deveria ter ocorrido no prazo de 60


(sessenta) dias.
O depoimento pessoal da primeira testemunha da parte autora
confirma que o cumprimento da obrigação deveria ocorrer no prazo de 60 (sessenta)
dias. O depoimento pessoal da segunda testemunha da parte requerente, por sua
vez, indica que o prazo para o cumprimento da obrigação seria de 90 (noventa) dias.
Ainda, na correspondência eletrônica de fl.38, enviada pelo
representante legal da Requerida ao representante da Autora, no dia 22/10/2013 - 8
(oito) meses após o contrato - o representante da Ré esclareceu que estaria
finalizando o processo, pleiteando o prazo de uma semana para conclusão. Aduziu,
ainda, que repararia todos os prejuízos eventualmente sofridos.
Analisando-se os depoimentos prestados, bem como a
correspondência eletrônica de fl.38, ao que tudo indica, o contrato verbal entabulado
entre as partes deveria ter sido cumprido em prazo determinado, em 60 (sessenta)
ou 90 (noventa) dias, contudo, não houve o cumprimento da obrigação assumida na
avença.
No depoimento pessoal de fl.194, o representante da Requerida
reconhece que houve demora para o cumprimento do contrato, ensejando a emissão
de cártulas no montante pago pela Demandante, com o intuito de ressarci-la.
Houve, portanto, falha na prestação do serviço, mostrando-se
evidente o dano, bem como o nexo de causalidade, considerando-se que, ante a
ausência de cumprimento da obrigação assumida por meio de contrato verbal de
prestação de serviços, houve o pagamento em atraso dos débitos tributários que se
tinha a intenção de compensar, acarretando a incidência de juros moratórios e multa.
Dessa forma, deve a Requerida ressarcir os danos materiais sofridos
pela Autora, relativos aos juros e multas incidentes sobre os tributos pagos em
atraso, no montante de R$184.240,00 (cento e oitenta e quatro mil duzentos e
quarenta reais), consoante documento de fl.40, não impugnado em sede de
contestação.
Quanto aos consectários legais, nota-se que a correção monetária
deve incidir desde o desembolso e aos juros de mora desde a citação, nos termos
do artigo 405 do Código Civil.
Dos danos morais
Segundo o teor do Enunciado n.227 do c. Superior Tribunal de
Justiça: "a pessoa jurídica pode sofrer dano moral". Entretanto, sua configuração
depende da cabal demonstração de dano à sua honra objetiva, comprovada por
meio da demonstração do abalo da imagem da parte supostamente ofendida no

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meio em que desempenha as suas atividades. Em outras palavras, mostra-se


necessária a demonstração de que o seu "bom nome" restou negativamente
afetado.
Nesse sentido, aliás, é o posicionamento deste Egrégio. Confira-se:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. PROTESTO. CARTA DE ANUÊNCIA. PRAZO


RAZOÁVEL. DANO MORAL. PESSOA JURÍDICA. I- O lapso temporal
ocorrido entre o pagamento da dívida e a entrega da carta de anuência para
baixa do protesto não foi excessivo a ponto de causar dano moral à
empresa-autora. II - O dano moral indenizável da pessoa jurídica é
aquele passível de atingir sua honra objetiva, representada pela
credibilidade e bom nome na praça comercial, o que não ficou
configurado. III - Apelação desprovida. (Acórdão n.872202,
20140111266698APC, Relator: VERA ANDRIGHI, Revisor: ESDRAS
NEVES, 6ª Turma Cível, Data de Julgamento: 27/05/2015, Publicado no
DJE: 09/06/2015. Pág.: 356).

CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


DE DÉBITO. REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. PESSOA JURÍDICA.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. SENTENÇA MANTIDA. 1. Apesar de ser
possível a pessoa jurídica sofrer dano moral, nos termos da Súmula
227 do Superior Tribunal de Justiça, ela deve demonstrar a ocorrência
de dano à sua honra objetiva, pois esta não se presume. 2. No caso dos
autos, não se demonstrou de forma cabal, dano a honra objetiva ou efetivo
prejuízo causados à empresa autora, sendo que os transtornos por que
passou, não são suficientes para ensejar reparação por danos morais, não
se desincumbindo de provar o fato constitutivo do seu direito (art. 333, I do
CPC). 3. Se a verba honorária foi bem fixada, quando da apreciação do juiz
sentenciante, que observou a proporcionalidade na forma do art. 21 do
CPC, deve ser mantida. 4. Recurso conhecido e desprovido. (Acórdão
n.862424, 20110111293100APC, Relator: SEBASTIÃO COELHO, Revisor:
MARIA DE LOURDES ABREU, 5ª Turma Cível, Data de Julgamento:
22/04/2015, Publicado no DJE: 27/04/2015. Pág.: 321).

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Analisando-se a documentação coligida aos autos, observa-se que a


Autora recebeu correspondências eletrônicas colacionadas às fls.43/44, havendo a
Casa da Moeda do Brasil solicitado a regularização de certidão conjunta de tributos
federais e dívida ativa, que se encontrava em atraso e estando sujeita a
penalidades.
Com efeito, em decorrência na falha de prestação de serviço,
ante a ausência de compensação dos débitos tributários, mostrou-se inviável
que a Requerente emitisse certidão conjunta de débitos relativos aos tributos
federais e à dívida ativa, com a qual demonstraria a sua regularidade fiscal,
consoante se observa à fl.37.
De tal sorte, não há dúvidas de que parte autora sofreu graves
prejuízos, com o abalo da sua imagem perante o mercado, ante a
impossibilidade de demonstração da sua regularidade fiscal.
No particular, tenho como caracterizado o nexo de causalidade entre
a conduta praticada pela Requerida, ora Apelada, e o dano experimentado pela
Demandante, ora Apelante, devendo esta ser indenizada pelos danos morais
experimentados pela conduta abusiva praticada pela Ré.
Do quantum indenizatório
No tocante ao quantum indenizatório, vale frisar que a fixação
dessa verba não pode promover o enriquecimento ilícito da parte, cujos danos
morais restarem reconhecidos. A quantia arbitrada deve reparar o prejuízo sem
proporcionar o locupletamento do ofendido.
No caso, entendo que o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais)
mostra-se razoável, pelas razões que passo a expor.
Boris Padron Kauffmann, após analisar precedentes do STJ,
menciona alguns critérios que devem nortear a fixação do valor da indenização: "em
relação ao autor do ato danoso, o grau de sua culpa e o seu porte econômico; em
relação ao ofendido, o nível socioeconômico; em relação ao ato, a sua
potencialidade danosa. Tudo temperado com a moderação". Ao concluir a obra,
afirma: "não deve se transformar em causa de enriquecimento, e nem desestimular a
atividade lícita. A palavra chave é, sem dúvida, a 'razoabilidade', critério que deve
imperar na fixação da quantia compensatória dos danos morais" (O dano moral e a
fixação do valor indenizatório. Revista de Direito do Consumidor. vol. 39, p. 75, jul.
2001).
Para além do postulado da razoabilidade, a jurisprudência,

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tradicionalmente, elegeu parâmetros (leia-se regras) para a determinação do valor


indenizatório.
Entre eles, encontram-se, por exemplo: (a) a forma como ocorreu o
ato ilícito: com dolo ou com culpa (leve, grave ou gravíssima); (b) o tipo de bem
jurídico lesado: honra, intimidade, integridade etc.; (c) além do bem que lhe foi
afetado a repercussão do ato ofensivo no contexto pessoal e social; (d) a
intensidade da alteração anímica verificada na vítima; (e) o antecedente do agressor
e a reiteração da conduta; (f) a existência ou não de retratação por parte do ofensor.
Antes de fixar o quantum, oportuno mencionar Cláudio Roberto
Kobayashi que, ao definir o alcance e a extensão do procedimento da
responsabilidade objetiva do fornecedor - para o caso do direito consumerista -,
assinala: "... a responsabilidade do fornecedor é objetiva, e, portanto, a vítima não
tem a necessidade de comprová-lo, contudo o juiz deverá observar o grau de culpa
do fornecedor, quanto estiver na eminência de estipular o valor do montante
indenizatório" (KOBAYASHI, Cláudio Roberto dos Santos. A fixação do valor da
indenização por danos morais nas relações de consumo: um estudo das sentenças
do Tribunal de Justiça de Goiás de 2009 a 2010. Revista de direito privado. v. 13, n.
49, p. 189-224, jan./mar. 2012).
Vejamos alguns elementos extraídos dos autos que, aliados a esses
critérios traçados pela jurisprudência e pela doutrina, auxiliam na fixação do quantum
indenizatório.
Quanto à forma como ocorreu o ato ilícito, constato culpa grave da
Requerida, haja vista que a falha na prestação do serviço decorreu da ausência de
cumprimento de prazo previsto pela própria Demandada para o cumprimento da
obrigação assumida no contrato de prestação de serviço. Não houve retratação por
parte do ofensor, considerando-se que a Ré apresentou contestação às fls.133/138,
sustentando que não teria havido estipulação de prazo para a realização da
compensação do débito tributário. Ainda, quanto à repercussão do ato ofensivo no
contexto pessoal, nota-se que a ausência do cumprimento da obrigação de
compensação dos débitos tributários acarretou a perda de contratos de prestação de
serviço pela parte autora, ante a inviabilidade de emissão de certidão conjunta, com
o intuito de demonstrar a sua regularidade fiscal, bem como o pagamento do débito
em atraso, com a incidência de multa e juros.
Partindo da premissa levantada e considerando a conduta praticada
pela Ré, bem como levando em conta os demais critérios para o arbitramento do
valor da condenação, incluindo-se a capacidade econômica do ofensor e a função
desestimulante para a não reiteração do ilícito, tenho como razoável o valor de

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R$20.000,00 (vinte mil reais), em atenção às particularidades do caso.


Forte nessas razões, DOU PROVIMENTO ao recurso de apelação
, para julgar procedentes os pedidos iniciais, condenando a Requerida ao
pagamento de R$184.240,00 (cento e oitenta e quatro mil duzentos e quarenta reais)
a título de danos materiais, com a incidência de correção monetária desde o
desembolso e juros de mora desde a citação; bem como condená-la ao pagamento
de danos morais, no importe de R$20.000,00 (vinte mil reais).
Ante a novel sucumbência, condeno a Ré ao pagamento das custas
processuais e dos honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, nos termos do artigo 20, §3º, do Código de Processo Civil.
É o meu voto.

O Senhor Desembargador GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA - Revisor


Com o relator.

A Senhora Desembargadora FÁTIMA RAFAEL - Vogal


Com o relator.

DECISÃO

CONHECER E DAR PROVIMENTO, UNÂNIME

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