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A figura 2.1 mostra os resultados típicos, obtidos por exemplo com uma barra de
liga de alumínio, em vários ensaios de carga axial monotonamente crescente e com
.
velocidade de deformação controlada ε = cte.
As várias curvas apresentam uma parte linear ou proporcional e uma parte não
linear com inclinação menor. A inclinação desta segunda parte é sempre positiva em um
.
ensaio com velocidade de carga controlada (σ = cte) mas poderia ser negativa quando
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antes da rotura e chamada ductilidade. Quando o material tem pouca ductilidade, isto é,
rompe com pequena deformação, é chamado frágil.
.
A modificação da curva σ − ε com ε é uma característica do comportamento
.
viscoso, conseqüentemente dependente do tempo. Para ε muito pequeno tem-se o
processo de carga “estático”, que será utilizado para definir a relação tensão-deformação na
teoria de plasticidade independente do tempo.
.
Os fenômenos de alteração da curva σ − ε com ε , o creep e a relaxação são
manifestações do comportamento elastoplástico viscoso dos materiais reais que não serão
representadas nesta teoria restrita de plasticidade.
Se for executada uma série de ensaios de carga monótona até um valor qualquer
σ * seguida de um descarregamento monótono até zero, os resultados obtidos serão dos
dois tipos mostrados na figura 2.3 dependendo do valor da tensão σ * .
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O valor de tensão σ * que distingue os dois comportamentos e a tensão de
escoamento inicial, ou limite de elasticidade σ Y . Qualquer processo de carga e
descarregamento com tensões (de tração) menores que σ Y é reversível no sentido de que
quando a tensão volta ao valor inicial também se reproduz o valor inicial da deformação.
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Figura 2.5 Efeito Bauschinger
-
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O material não lembra a parte da história do processo constituída de variações de
tensão e deformação puramente elásticos. Se diz então que a deformação é função da
história lembrada ou gravada. Este é então um material com memória evanescente e cuja
história lembrada deve ser representada pelos valores atuais de alguns parâmetros de
estado, por exemplo a própria deformação, a deformação permanente ou o trabalho plástico
dissipado. Estes parâmetros serão denotados nestas notas pelo símbolo h. O
comportamento depende da história no sentido que o valor destes parâmetros somente é
conhecido quando se tem a história do processo como dado. O valor destes parâmetros de
história lembrada h, somente é modificado em processos plásticos e permanece constante
em processos puramente elásticos.
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Outras aleações de alumínio e o aço doce mostram um comportamento diferente
em alguns aspectos ao descrito até aqui. O comportamento mostrado na figura 2.8,
correspondente à parte do processo em que a tensão permanece constante é chamado de
escoamento plástico.
Em certo sentido esta fase é análoga ao fluxo de um fluído, com a diferença de que
no fenômeno plástico a taxa de deformação não é uma função da tensão como acontece
nos fluídos. Veremos mais adiante que existem em plasticidade relações análogas às
equações
. 1 . 1
ε= σ ou γ = τ
µ µ
correspondentes a fluídos newtonianos porém com o parâmetro µ dependente do próprio
processo plástico e não apenas do material como no caso da viscosidade.
Este material que apresenta escoamento plástico tem uma tensão de plastificação
σ Y independente do processo plástico anterior e portanto independente da história
lembrada. Em conseqüência, não apresenta endurecimento por deformação nem efeito
Bauschinger.
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2.2 - MODELOS DE MATERIAIS ELASTOPLÁSTICOS
A análise das experiências descritas na seção 2.1 permite formalizar modelos para
representar o comportamento dos materiais elastoplásticos. A teoria de plasticidade que
será desenvolvida nas seções seguintes está baseada nas hipóteses restritivas
apresentadas a seguir.
Nesta teoria, o tempo entra nas equações apenas como um parâmetro capaz de
definir a ordem de precedência dos eventos. Se um determinado “tempo” é utilizado então
qualquer outro relacionado com este por uma função monótona crescente é igualmente
apropriado. As equações são então indiferentes a uma mudança de escala no tempo. O
único tipo de fluxo possível nestas condições é o escoamento plástico não viscoso
característico dos materiais idealmente plásticos. Com efeito, uma relação de tipo fluxo
viscoso newtoniano
. 1
ε= σ
µ
pode ser integrada se µ for independente do tempo, e para σ constante como ocorre no
escoamento plástico, resultando em
ε (t ) = ε 0 + σ (t )
. 1
µ
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relação esta que não é indiferente à escala de tempo. No modelo que será desenvolvido, o
nível de tensão determina apenas se é possível que aconteça uma velocidade de
deformação. Em alguns casos particulares (von Mises) serão utilizadas relações do tipo
.
ε =σ µ
porém com µ dependente do processo e do tempo.
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