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Resenha A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak

Oito anos depois, o best seller de Markus Zusak volta aos holofotes devido ao
lançamento do filme inspirado na obra. Ainda não assisti à adaptação, mas voltei à
minha resenha do livro escrita em 2007 para relembrar as impressões que tive ao
terminar a leitura. Há diversos romances contemporâneos, assim como filmes, que
tratam da 2ª Guerra Mundial, mas este é um dos que me causaram uma boa impressão
devido a uma trágica cena final digna de Sófocles, ou talvez nem tanto.

Vejam o que eu pensei sobre o livro em 2007, quando recém tinha começado meu
curso de Letras (hoje sou formado há 3 anos).

No momento em que escrevo isso, faz apenas 2 minutos que terminei de ler A MENINA
QUE ROUBAVA LIVROS. E vou admitir pra vocês. Há muito que uma história não me
arrepiava tanto.

Também acabo de perceber que, se algum dia tive pretensões como crítico literário,
foram grandes ilusões. Um crítico precisa ser mais racional e analítico, já eu, sou
facilmente conquistado por uma simples história diferente, porém profunda.

Sou um bom leitor.

Ou um bom apreciador da arte, talvez.

Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.

Liesel Meminger é a menina que nossa narradora — a morte — encontrou três vezes. A
garotinha conseguiu tapeá-la nas três.

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Impressionada, a ceifadora de almas decide nos contar sua trajetória, pois, como ela
mesma diz, em seu ramo de trabalho, o único dom que lhe salva é a distração. Ela
mantém sua sanidade.

Apresentando

A Alemanha nazista.

Uma menina com um irmão morto.

Um livro preto com letras prateadas.

Neve.

Dois pais de criação.

A mulher com punhos de ferro.

O enrolador de cigarros.

Um judeu escondido no porão.

Palavras…

…e bombas.

. Eis um pequeno fato .

Você vai morrer.

A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento em que eu chegar para buscar
você? Que dirá o céu?

. Uma pequena teoria .

As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim,

mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão

de matizes e entonações a cada momento que passa.

Uma só hora pode constituir em milhares

de cores diferentes — amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões


enevoadas.

No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.

Primeiro aparece uma coisa branca. Do tipo ofuscante. É muito provável que alguns de
vocês achem que o branco não é realmente uma cor, e todo esse tipo batido de
absurdo. O branco é sem dúvida uma cor e, pessoalmente, acho que você não vai
querer discutir comigo.

. Um anúncio tranqüilizador .

Por favor, mantenha a calma, apesar da ameaça anterior.

Sou só garganta…

Não sou violenta.

Não sou maldosa.

Sou só um resultado

Ei, acorde! Ela não está atrás de você, ela sequer procura você. Ela só chega quando é
tarde demais. E faz o seu trabalho.

Como eu falei, parece muito mais humano passar as sensações que um livro possa
trazer.

Alegria.

Ternura.

Tristeza.

Euforismo.

Solidão.

Orgulho.

Medo…
…e a Morte.

Foi nos livros que Liesel viu a oportunidade de fugir daquilo tudo que a perseguia. Ela
esquecia do irmão morto com um olho aberto, no chão do vagão do trem.

Ensinaram-na a ler. Um certo enrolador de cigarros e um acordeonista.

No abrigo, durante os bombardeios, ela sacudia as palavras para manter todos mais
calmos. E longe de mim. Era a sacudidora de palavras.

Até que um dia ela escreveu seu próprio livro.

Até que um dia as sirenes não tocaram para avisar sobre as bombas.

Até que um dia a rua Himmel foi devastada.

Até que um dia só sobrou a menina que roubava livros nos escombros de um porão
raso demais para suportar.

Uma sobrevivente.

Um acordeão quebrado.

Um beijo tarde demais.

Um livro perdido e devolvido em tempo.

Venha comigo, quero lhe contar uma história. Vou lhe mostrar uma coisa.

. A nota final de sua narradora .

— Os seres humanos me assombram.

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