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PN-0502-00084
Critérios de SSMA para Projetos de Engenharia
SUMÁRIO
1 OBJETIVO ...................................................................................................................................................... 1
2 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................... 2
3 RESPONSABILIDADE ................................................................................................................................... 6
6 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................................................... 8
7 OUTRAS CONSIDERAÇÕES....................................................................................................................... 22
1 OBJETIVO
Este Padrão Normativo tem por objetivo definir os critérios de projeto nas áreas de
Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) e os padrões que devem ser seguidos
nos projetos de novos empreendimentos e/ou modificações dos empreendimentos
existentes. Esses critérios foram elaborados de forma a minimizar o potencial de
acidentes e/ou incidentes que poderiam vir a causar perdas (danos) às pessoas, à
2 REFERÊNCIAS
Esses padrões podem tornar-se obrigatórios desde que referenciados como tal nos
critérios de projeto das diversas disciplinas.
2.3.1- Nacionais
2.3.2- Internacionais
3 RESPONSABILIDADE
4 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS
Emissão Fugitiva: Emissão caracterizada por uma liberação difusa e, portanto, não
pontual de compostos orgânicos voláteis, provenientes dos sistemas de vedação de
Este padrão normativo foca os aspectos de SSMA voltados aos critérios de projeto
dos empreendimentos Braskem e considera a forma limpa, segura e saudável de
realização das atividades.
6 DESENVOLVIMENTO
6.1.1- O lay-out de qualquer instalação industrial deve permitir fácil acesso aos
hidrantes de água, canhões monitores e válvulas do sistema de combate a incêndio.
Um mínimo de duas alternativas deve ser disponibilizado para acesso de pessoas às
viaturas de combate e aos outros aparatos de emergência, em lados opostos da
unidade de processo e, sempre que possível, perpendicularmente à direção
predominante do vento;
Para as viaturas de emergência também devem ser previstos no mínimo dois acessos
aos locais sinistrados.
6.2.1- Geral
6.2.1.1- Devem ser usadas grades de aço nos degraus das escadas e pisos;
6.2.1.7- Deve ser instalada escada de lance para acesso de um nível da estrutura
para outro, nas operações que exijam trânsito freqüente entre os níveis e para acesso
às plataformas de operação de qualquer equipamento que exija atenção rotineira
durante as operações. Também deve ser instalado esse tipo de escada em locais
onde os níveis superiores são acessados diariamente, ou a cada turno, ou quando
pessoas necessitam portar ferramentas ou equipamentos à mão para realizarem suas
tarefas;
6.2.1.9- Todas as paredes especificadas como sendo “paredes corta-fogo”, devem ser
classificadas para duas horas de resistência ao fogo. Todas as aberturas nessas
paredes tais como portas e dutos, devem ter a mesma classificação. As Normas NBR
11742, NBR 10636 e NBR 14432 e FM 1-21 devem ser consultadas;
6.2.1.12- Caso sejam instaladas clarabóias nos telhados dos prédios (inclusive
galpões/armazéns), elas devem ser protegidas por uma grade de aço sobre a
clarabóia ou projetadas para suportar uma carga máxima igual à suportada pelo
telhado;
6.2.1.13- Pelo menos dois meios de saída devem ser providos em todas as áreas de
processo em que são manipulados materiais inflamáveis e que tenham área maior do
que 20 m2 ou onde a saída direta for obstruída por equipamentos contendo esses
tipos de materiais. Em áreas onde materiais inflamáveis são processados, a distância
máxima a percorrer para uma saída não deve exceder 25 m. Em áreas onde materiais
combustíveis são manipulados/armazenados (galpões/armazéns), a distância máxima
a percorrer para a saída não deve exceder 60 m;
6.2.2.2- Prédios fechados nos quais são manuseadas poeiras combustíveis devem
ser projetados com ventilação que atenda aos requisitos da NFPA 68;
6.2.2.3- No caso de haver ventilação contra explosão no prédio, as paredes das salas
do prédio (que são normalmente ocupadas) e/ou aquelas adjacentes às escadas de
saída, devem ser 5 vezes mais resistentes do que a parede de alivio, conforme a
Folha de Dados 1-44 do FM.
Para pressões de explosões desenvolvidas por poeira combustível específica, a
Folha de Dados 7-76 do FM, Quadro 1 deve ser consultada;
6.2.2.4- Devem ser providos no mínimo dois meios de saída de cada andar, conforme
a NFPA 101. As escadas devem ser localizadas em um poço fechado resistente a
fogo por 1 hora (para prédios até 3 andares) e por 2 horas (para prédios com mais de
3 andares). Alternativamente pode ser projetada uma escada externa aberta,
separada do prédio por uma parede resistente a fogo. Essa parede deve estender-se
por 3 m de cada lado das escadas;
6.2.2.6- Áreas para manuseio de poeira combustível devem possuir estações de água
de serviço, de modo a permitir que essas áreas sejam limpas, quando necessário.
Áreas onde poeiras combustíveis são manuseadas ou onde possa haver acúmulo das
mesmas, devem possuir instalações para limpeza com aspiradores de pó por sistema
fixo de limpeza à vácuo ou com aspiradores portáteis. Os sistemas portáteis devem
ser projetados para atender a classificação elétrica da área, de modo a evitar o risco
de explosão no recipiente coletor de poeira. São necessários no mínimo 3
aspiradores portáteis de pó para cada andar do prédio;
6.2.2.8- A sala de controle deve ser separada das áreas operacionais por paredes à
prova de fogo e, caso possa ocorrer entrada de poeira combustível proveniente de
áreas adjacentes, a mesma deve ser pressurizada segundo os requisitos da NFPA
496.
Deve ser avaliada a resistência dessas paredes à ondas de sobrepressão
provenientes de explosões internas/externas.
6.2.3- Armazém
6.2.3.3- Para produtos Classe IV, em consonância com a NFPA 30, o projeto deve
seguir os requisitos do FM 8-25. Para estocagem em prateleiras, devem ser
instalados sprinklers de acordo com a NFPA 13 ou FM 8-9. Estações de mangueira
também devem ser instaladas.
Nota: As estações de mangueira e das válvulas de sprinkler devem
localizar-se em locais de fácil acesso no caso de um incêndio e devem ser
protegidas de danos por choque de veículos.
6.2.4.1- Geral
6.2.4.1.1- Se por exigência do processo o óleo térmico necessitar ser aquecido acima
de seu ponto de fulgor, o sistema de óleo térmico deve ser instalado
preferencialmente em área externa ou em uma sala vedada;
6.2.4.1.2- Esta área deve possuir um sistema de drenagem para contenção e coleta
de qualquer derrame de óleo, capaz de encaminhar tais derrames a um local seguro;
6.2.4.1.4- O reservatório de óleo deve ser pressurizado com gás inerte com teor de
oxigênio inferior a 8%;
6.2.4.1.5- Caso o sistema seja instalado dentro de um prédio, o mesmo deve ser
protegido por sprinklers automáticos, projetados de acordo com os requisitos
constantes no PN-0502-00093.
6.2.4.3.1- O sistema de óleo térmico deve ser instalado a uma distância mínima de
7,5 m de qualquer prédio ou isolado por parede resistente a 2 horas de fogo. Se for
usada parede resistente ao fogo, ela se estenderá no mínimo por 3 m para cada lado
do equipamento e verticalmente por 7,5 m acima do mesmo;
6.2.4.3.2- O prédio deve ser aberto em pelo menos dois lados para prover ventilação
natural.
critérios do projeto original da planta. A nova especificação deve ser aprovada pela
Braskem;
6.3.7- Devem ser instaladas plataformas de acesso nos equipamentos que requeiram
manutenção e/ou inspeção de rotina, ou onde o acesso é necessário durante paradas
de emergência;
6.3.8- O “sistema de água potável” não deve ser interligado com qualquer outro
sistema de água industrial (incêndio, clarificada, desmineralizada, etc). Da mesma
forma, o “sistema de ar respirável” deve ser independente do “sistema de nitrogênio”
e dos demais sistemas de ar;
6.3.9- Todas as malhas de controle e equipamentos devem ser projetados para falhar
no modo “seguro”;
forem utilizadas mangueiras comuns para água, vapor e ar, elas devem ser
projetadas para a pressão máxima de operação. Para uma maior segurança do
projeto, deve ser considerada a possibilidade de utilizar mangueiras de cores
diferentes, com diferentes conexões, para diferentes serviços, conforme PN-0502-
00073;
6.3.15- Nas situações onde a pressão ou vácuo puder exceder os valores de projeto
de um vaso, o mesmo deve possuir um sistema de alívio de emergência, projetado
segundo o API 520 (para vasos de pressão) e API 2000 (para tanques de estocagem
atmosférico/baixa pressão).
Todos os dispositivos de alívio devem descarregar em posições seguras e suas
tubulações de descarga devem ser adequadamente suportadas para evitar
movimento durante as descargas;
6.3.23- Serviços com hidrogênio, substâncias cáusticas e gás sulfúrico devem seguir
os requisitos constantes nos PN-0502-00043 e PN-0502-00065;
6.3.25- Quando tensões significativas podem ocorrer na haste e/ou bocal de válvulas,
devido ao comprimento e/ou peso dos seus atuadores ou à vibração do conjunto, as
válvulas e atuadores devem ser adequadamente suportados, para eliminar este
efeito;
6.3.27- Todas as válvulas que contenham fluidos com pelo menos 5% de poluentes
orgânicos perigosos para o ar (HAPs) ou 10% de compostos orgânicos voláteis
(VOCs) devem ser posicionadas de tal maneira que seja possível a monitoração das
emissões fugitivas, conforme requerido pelas regulamentações ambientais. Estas
válvulas devem ser do tipo “baixa emissão”, fornecidas com sistema de carga ativa ou
similar (ex: fole interno) para controle de emissão fugitiva, em consonância com o PN-
0502-00043;
6.3.29- Para tubulações que transportam cloro líquido ou gasoso, devem ser seguidas
as recomendações do Chlorine Institute (Pamphlet 6 e 60).
6.4.3- Caso exista estrada de ferro na unidade industrial, seus trilhos devem ser
devidamente aterrados em consonância com os requisitos do PN-0502-00060;
6.4.4- Deve ser provida iluminação de emergência (do tipo com reinício instantâneo),
nas áreas em que são necessárias ações em caso de emergência e para identificar
as saídas e suas respectivas rotas, conforme a NBR 10898;
6.4.5.2- No caso dos transformadores a óleo, esse óleo não deve conter nenhuma
substância química do tipo PCB (Ascarel);
6.4.5.3- Devem ser providos meios para conter ou drenar o fluido de isolamento para
uma área segura. O sistema de contenção deve consistir de um fosso ou área
cercada
6.4.6- Os cabos devem ser do tipo retardante de chama, não propagador de fogo,
atendendo à IEEE Test 383, FM Group II, ou equivalente, referentes à propagação
de chamas;
6.4.9- Uma conexão terra flexível deve ser provida nas estações de
carregamento/descarregamento de caminhões, trailers e vagões ferroviários de GLP,
líquidos inflamáveis ou partículas de poeira combustível;
6.4.11- A iluminação das diversas áreas de trabalho deve prover os valores mínimos
de iluminância especificados na NBR 5413 e API RP 540, além dos requisitos
constantes na NR 17 (Ergonomia);
6.5.1- Geral
6.5.1.3.1- Devem ser instaladas válvulas de controle dos sprinklers, para cada
sistema independente, e todas elas devem localizar-se em áreas/locais de fácil
acesso num evento de incêndio;
6.5.1.3.3- Todas as tubulações desse sistema devem ser projetadas com caimento,
para permitir sua drenagem após o uso;
6.5.2.1- O sistema de água para combate a incêndio deve ser projetado para ser
exclusivo à proteção contra incêndios;
6.5.2.2- A linha de sucção das bombas de incêndio deve ser dimensionada para a
condição de todas as bombas operando simultaneamente;
6.6.2- Não deve ser utilizado amianto ou quaisquer outros materiais que o contenham;
6.6.4- Devem ser instaladas birutas (ou outro equipamento similar) em pelo menos
dois locais estratégicos do site, distantes um do outro.
Tais equipamentos devem ser iluminados de modo que sejam facilmente visíveis
pelas pessoas à noite;
6.6.6.3- Devem ser providos de água potável, para o mínimo de 25 minutos na vazão
mínima de 75 lit/min para os chuveiros e 1,5 lit/min para os lava-olhos;
6.6.6.5- A distância máxima a ser percorrida para um chuveiro e/ou estação lava-
olhos deveria ser de 15 m. O projeto não deve exigir que o acidentado se dirija a
outros andares para ter acesso a esses equipamentos;
6.7.1- Devem ser adotados critérios de projeto que evitem a exposição das pessoas
aos agentes de riscos químicos (líquidos, vapores, gases e poeiras), físicos (ruído,
vibrações, radiações, calor, etc) e ergonômicos (posturas inadequadas, movimentos
repetitivos, levantamento de peso, etc).
Nesse aspecto, a exemplo das questões ambientais, devem ser seguidas as
recomendações resultantes da aplicação da técnica do IAAI.
6.7.3.2- Do ponto de vista legal, devem ser considerados como requisitos mínimos os
exigidos pela NR 17 (Ergonomia) e Resolução no 9, de 16/01/2003, da ANVISA
(Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados
Artificialmente de Uso Público e Coletivo);
7 OUTRAS CONSIDERAÇÕES
7.2.1.3- Emissões Fugitivas - Toda nova instalação deve ser projetada com vistas a
minimizar emissões fugitivas de substâncias perigosas e/ou odoríferas. Cada
instalação deve ter um programa de monitoramento dessas emissões, de modo a
minimizá-las;