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EDUARDO MURGEL
Engenheiro mecânico pela Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo.
Consultor na área de engenharia ambiental e
especialista em poluição do ar.
POLUIÇÃO DO AR
Editora Moderna
Sumário
POLUIÇÃO DO AR.................................................................2
ntrodução...............................................................................................................................................3
2 16
4 34
6 60
7 75
Introdução
1
ATMOSFERA E SUAS VARIAÇÕES
A MORTE VINDA DO AR
COMO É A ATMOSFERA
A composição da atmosfera varia muito em
função da parcela considerada. Na prática, ela
pode ser dividida em três porções principais: a
baixa atmosfera ou troposfera, que se estende
até 12 quilômetros de altitude, ultrapassando,
assim, os limites máximos atingidos pela vida
terrestre — essa é uma região onde ocorre
intensa movimentação dos componentes
gasosos —; a estratosfera, que pode atingir até
100 quilômetros de altitude; e, acima disso,
está a ionosfera, que recebe esse nome porque
nessa região as radiações ultravioleta da luz so-
lar, muito intensas, decompõem as moléculas
em átomos e íons. Apenas a troposfera tem,
pois, contato direto com os seres vivos. Ela é o
elemento básico para a sobrevivência dos orga-
nismos aeróbios, que utilizam oxigênio livre em
sua respiração. A troposfera serve também
como fonte de nitrogênio e umidade,
indispensáveis a todos os seres vivos. Assim
sendo, salvo questões muito específicas, como
a camada de ozônio na estratosfera, todos os
estudos sobre poluição do ar se referem às
regiões de baixa atmosfera.
A atmosfera, ao contrário do que parece à pri-
meira vista, não é composta apenas por gases.
Existe uma porção sólida, formada por poeira
em suspensão, pólen, microrganismos etc. Há,
ainda, uma porção líquida, composta de
gotículas resultantes da condensação do vapor
d'água, na forma de nuvens, neblinas e chuvas.
Mas, sem dúvida, a principal parcela é gasosa.
A porção sólida da atmosfera, chamada de
"material particulado", pode ser inorgânica ou
orgânica. Ela varia muito de um lugar para
outro, e a cada momento, conforme os ventos e
outros fenômenos naturais ou não. As
partículas inanimadas ou inorgânicas podem
ser formadas por grãos de terra e areia (que,
elevados e transportados vento, chegam a
atingir milhares de quilômetros), por material
de origem vulcânica (proveniente de erupções
que, por vezes, formam enormes "nuvens" que
se espalham por grandes regiões), bem como
pelos sais originados da espuma do mar, a
chamada "maresia" (que chegam a ser
encontrados a mais de 1.000 quilômetros da
costa e, às vezes, depositados em altas
montanhas). As partículas orgânicas são as de
origem vegetal (grãos de pólen, esporos de
fungos e bactérias) ou animal (pequenos
insetos, aranhas etc.).
A água é o elemento mais variável no ar, seja
como vapor (forma gasosa), seja na forma
líquida (nuvens, neblinas e chuvas). Em um
deserto, a porção de vapor d'água na atmosfera
é praticamente nula. Já em uma floresta
tropical úmida, existe cerca de 5% de água na
composição do ar. É justamente isso que torna
os ambientes tão distintos entre si. Seres adap-
tados, por exemplo, a lugares secos não
sobrevivem em regiões úmidas e vice-versa.
A porção gasosa do ar é composta de
aproximadamente 78% de nitrogênio (N 2 ) e
21% de oxigênio (O 2 ). Esses elementos pratica-
mente independem de tempo e localização. O
1% restante é formado por uma infinidade de
gases. Entre eles estão os poluentes
atmosféricos. Os chamados "gases nobres"
(argônio, neônio, hélio, criptônio e xenônio) são
inertes, isto é, não reagem quimicamente com
outras substâncias e respondem por 0,93% da
composição do ar natural. Cerca de 0,03% do ar
é constituído de dióxido de carbono, ou gás
carbônico (CO 2 ), e o restante é composto por
metano (CH 4 ), hidrogênio (H 2 ), óxido nitroso
(NO 2 ) e ozônio (O 3 ). Assim, em condições
naturais, podemos considerar que, para cada
10 mil moléculas de ar, temos
aproximadamente:
2
OS SERES VIVOS E O AR
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
CICLO DO CARBONO
CICLO DA ÁGUA
A RESPIRAÇÃO
3
O que é a Poluição do Ar
HISTÓRIA DA POLUIÇÃO DO AR
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
4
AS FONTES DE POLUIÇÃO DO AR
A QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS
COMPOSTOS NITROGENADOS
COMPOSTOS ORGÂNICOS
OXIDANTES FOTOQUÍMICOS
Material Particulado
EFEITOS ESTÉTICOS
EFEITOS TÓXICOS
A AÇÃO TÓXICA
6
OS TÓ X IC O SATMOSFÉRICOS MAIS COMUNS
Monóxido de Carbono
BENZENO
COMPOSTOS DE ENXOFRE
COMPOSTOS DE NITROGÊNIO
OS OXIDANTES FOTOQUÍMICOS
O TEMPO DE EXPOSIÇÃO
CHUVAS ÁCIDAS
10
As Indústrias
A "REVOLUÇÃO MECÂNICA"
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
11
Os Veículos
O TRÁFEGO
A MEDIDA DA POLUIÇÃO
PARTÍCULAS
HIDROCARBONETOS TOTAIS
OXIDANTES TOTAIS
Os hidrocarbonetos desprendidos na
atmosfera têm tendência a reagir com os
óxidos de nitrogênio, originando, entre outros
produtos, o ozônio. Este, por sua vez, é muito
mais ativo quimicamente do que o oxigênio
molecular normal. O ozônio é responsável por
reações de oxidação com outras substâncias,
formando compostos tóxicos. Em todas essas
reações, a luz solar intervém como fonte de
energia. Por isso se fala, de um modo
abrangente, em oxidantes fotoquímicos ou
oxidantes totais, para a quantidade total de
oxidantes (representados pelo ozônio)
existentes no ar. Sua presença é denunciadora
de ação fotoquímica que, potencialmente,
poderá dar origem a novos produtos nocivos.
ÓXIDOS DE NITROGÊNIO
DIÓXIDO DE ENXOFRE
DISPERSÃO
PRECIPITAÇÃO
ASSIMILAÇÃO BIOLÓGICA