Winfried Hassemer

Francisco Muñoz Condi

Introducción a la
Criminología y a la
Política criminal

itbros
 r 1

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índice
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Prólogo I
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Abreviaturas I
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INTRODUCCIÓN
CUESTIONES GENERALES

Capitulo I
L A C R I M I N A U D A D Y LA REACCIÓN SOCIAL A L A M I S M A C O M O
OBJETO D E E S T U D I O

A. LAS DOS F O R M A S BÁSICAS DE C O N O C I M I E N T O SOBRE LA C R I M I N A L I D A D

Y SU C O N T R O L : SABER N O R M A T I V O Y SABER EMPÍRICO
B. EL OBJETO DE L A C R I M I N O L O G Í A
1 . Criminalidad, delito y conducta desviada
2. Los protagonistas: delincuente y víctima
3. Las formas de control social de la criminalidad. Control social formal e informal
C. LA POLÍTICA C R I M I N A L : ENTRE LA CiRIMINOLOGÍA Y EL D E R E C H O PE-
NAL

O Winfried Hassemer PRIMERA PARTE

Francisco Muñoz Conde LOS PROTAGONISTAS DEL CONFLICTO PENAL

© T I R A N T LO B L A N C H
EDITA: T I R A N T L O B L A N C H
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Procedimiento de quejas.
Capítulo II
EL S/VBER C R I M I N O L Ó G I C O SOBRE LOS PROTAGONISTAS D E L
C O N F L I C T O PENAL
*
A. ELSABER C R I M I N O L Ó G I C O C O M O SABER SOBRE LOS PROTAGONISTAS D E L
C O N F L I C T O P E N A L : A U T O R Y VÍCTIMA, LAS T E O R Í A S CRlMINOLÓCiiCAS. 31
B. CLASIFICACIÓN D E LAS TEORÍAS C R I M I N O L Ó G I C A S 33
Capítulo 111
EL P R I M E R P R O T A G O N I S T A : EL A U T O R D E L D E L I T O . T E O R Í A S SOBRE
EL A U T O R D E L D E L I T O
f
A. T E O R Í A S B I O L Ó G I C A S , PSIQUIÁTRICAS Y PSICOLÓGICAS 37
1. Los presupuestos científicos 39
a) L a tesis de L o M B R O S O 40
b) Las tesis psiquiátricas 42
6 índice índice 7

c)
L.as tesis psicológicas: los trastornos de la personalidad como factor determinante b) Problemas de denuncia H'^
de la criminalidad 44 c) Problemas de esclarecimiento 113
d) La teoría de los tipos de autor y la Criminología nacionalsocialista 48 d) Problemas relacionados con el ejercicio de la acusación y la instrucción del
e) Teorías basadas en la predisposícióngenética y cromosómica. Las investigaciones sumario
sobre genielos 51 e) Problemas relacionados con la existencia de óbices procesales 117
2. Valoración criminológica de estas teorías 53 f) Problemas relacionados con la condena 117
a) Errores y posibilidades de las teorías biológicas 53 C. EL P U N T O DE PARTIDA I D E O L Ó G I C O . L A C R I M I N O L O G Í A C O M O CRÍTICA
b) Insuficiencias de las teorías psicológicas individuales 56 SOCIAL 119
D. LA TEORÍA DEL E T I Q U E T A M I E N T O 121
E. VALORACIÓN C R I M I N O L Ó G I C A D E L A T E O R Í A D E L E T I Q U E T A M I E N T O . . . . 126
Capítulo ¡V 1. Aciertos 127
B. T E O R Í A S D E L A SOCIALIZACIÓN D E F I C I E N T E 2. Desaciertos 128
F. NUEVAS T E N D E N C I A S C R I M I N O L Ó G I C A S : I N C R E M E N T A R EL C O N T R O L
1. Antecedentes de las teorías de la socialización deficiente. Las teorías ecológicas de P E N A L Y ACABAR C O N L A I M P U N I D A D 130
la Escuela de Chicago 65
2. Brokcn homes (hogares rotos) 70
3. "Teoría de los contactos diferenciales 73 Capitulo VU
4. SuhcultLiras y neutralización 76 EL O T R O P R O T A G O N I S T A : L A V Í C T I M A
5. Valoración criminológica de las teorías de la socialización deficiente 80
A. CONSIDERACIONES PREVIAS 138
B. EL INTERÉS C R I M I N O L Ó G I C O POR L A VÍCTIMA D E L D E L I T O : LA V I C T I M O -
Capítulo V LOGÍA 141
C. T E O R Í A S DE L A E S T R U C T U R A SOCIAL D E F E C T U O S A 1. Las encuestas de victimizaclón 142
2. Algunos grupos de víctimas 145
1. La teoría de la anomia 87 a) Las mujeres maltratadas 145
2. Los efectos individuales de la anomia. Tipos de adaptación individual 91 b) Los menores 146
3. Críticas y correcciones a la teoría de la anomia: desigualdad de oportunidades y c) Las víctimas de la violencia política y policial 147
resignación social. La teoría de la frustración 93 C. EL M A R C O J U R Í D I C O : LA N E U T R A L I Z A C I Ó N D E L A V Í C T I M A 149
a) La tesis de CI.OWARO/ O H I . I N : la desigualdad de oportunidades 95 D. T E N D E N C I A S P O L Í T I C O - C R I M I N A L E S E N RELACIÓN C O N L A V Í C T I M A 151
b) La tesis de H Y M A N y M I R Z U C H I : la resignación social 96 Excurso 1 : Los '•delitos sin victima" 156
c) Otros planteamientos socio-cslructuralcs: la teoría de la frustración de A G - Excurso 2: La «Victimodogmática» 157
Niíw 98
4. Valoración criminológica de los análisis socio-estructurales 98
SEGUNDA PARTE
CRIMINOLOGÍA DE LA REACCIÓN SOCIAL FRENTE A LA
Capítulo VI CRIMINALIDAD.
T E O R Í A S Q U E C R I T I C A N EL M O D O T R A D I C I O N A L D E L A
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE LA POLÍTICA CRIMINAL
INVESTIGACIÓN Y E L A B O R A C I Ó N C O N C E P T U A L D E L A
DELINCUENCIA
Capítulo VIH
A. I N T R O D U C C I Ó N : D E L ESTUDIO DE LAS CAUSAS D E L A C R I M I N A L I D A D A L
LOS DIVERSOS M O D E L O S D E R E A C C I Ó N S O C I A L F R E N T E A L A
ESTUDIO DE LOS PROCESOS D E C R I M I N A L I Z A C I Ó N 105
C R I M I N A L I D A D : LAS T E O R Í A S D E L A PENA
|P EL P U N I O D I : PAR'IIDA: L A CIFRA OSCURA C O M O D A T p I N F O R M A T I V O
D E LA R E A L I D A D C R I M I N A L . EL R E L A T I V O V A L O R I N F O R M A T I V O D E LAS
A. I N T R O D U C C I Ó N : LOS L Í M I T E S N O R M A T I V O S D E L A R E A C C I Ó N F R E N T E A
ESTADÍS TICAS C R I M I N A L E S 109
LA C R I M I N A L I D A D
1. Consideraciones generales 109
B. EL M A R C O T E Ó R I C O D E LAS T E O R Í A S D E LA PENA: R E T R I B U C I Ó N VERSUS
2. Factores que inciden en la formación de la cifra oculta de la criminalidad 113
P R E V E N C I Ó N Y SU I N C I D E N C I A E N L A C R I M I N O L O G Í A Y E N LA POLÍTICA
a) Problemas de percepción 113
CRIMINAL
 índice Índice

Capitulo ¡X 3. La teoría del «merecimiento empírico» de R O B Í N S O N i

L A PREVENCIÓN ESPECIAL 4. Valoración criminológica de la teoría de la retribución i
B. OTRAS F O R M A S D E REACCIÓN SOCIAL A L A C R I M I N A L I D A D D E CARÁCTEH
I L A P R E V E N C I Ó N ESPECIAL POSITIVA: LA RESOCIALIZACIÓN D E L D E L I N - NO PUNITIVO ;
9 C U E N T E C O M O E I N DE L A PENA D E PRISIÓN. CRÍTICAS A L C O N C E P T O D E 1. Abolicionismo 1
.«RESOCIALIZACIÓN- 171 2. La reparación del daño /
I L A S «ANTINOMIAS DE LOS FINES DE LA P E N A - Y SU REPERCUSIÓN E N EL
, ÁMBITO PENITENCIARIO 177
1 . La abolición de la pena de prisión de corta duración y sus alternativas 181
_ Excurso: La prisión preventiva 183
• 2. La reducción de la pena de prisión de larga duración 184
- L A P R E V E N C I Ó N ESPECIAL N E G A T I V A : LA PENA DE PRISIÓN C O M O SIMPLE
[ A S E G U R A M I E N T O O INOCUIZACIÓN D E L C O N D E N A D O 186
1 . La prisión perpetua 186
2. La agravación de la pena para los reincidentes y delincuentes habituales 191
3. Las medidas de seguridad 195
a) El inrernamicnto en «custodia de seguridad» 196
b) La libertad vigilada 197
Excurso: La '•castración química» como forma de tratamiento de los delincuentes
sexuales 198

; fA,ri.
Capítulo X
LA PREVENCIÓN GENERAL
•8
T E O R Í A S D E LA P R E V E N C I Ó N GENERAL 205
1 . La pena como coacción psicológica 205
2. La teoría psicoanalítica 205
3. La teoría de la «rational choice» 206
VALORACIÓN D E ESTAS T E O R Í A S 207
1 . El problema normativo 207
2. Los problemas empíricos 209
a) El conocimiento de las normas penales 209
b) La motivación por las normas penales ; 211
C LAS RELACIONES E N T R E EL SISTEMA P E N A L Y OTRAS F O R M A S D E C O N -
T R O L SOCIAL 214
P LA PENA C O M O C O N F I R M A C I Ó N Y A S E G U R A M I E N T O DE OTROS SISTEMAS
D E C O N T R O L S O C I A L : L A P R E V E N C I Ó N G E N E R A L POSITIVA 217 *
f,. C R I M I N O L O G Í A D E L A V I D A C O T I D I A N A Y PREVENCIÓN G E N E R A L 220
1. La teoría de la «tolerancia cero» 220
2. La prevención situacional de la criminalidad 225

Capítulo XI ; -^.\ ,
U T I L I D A D V E R S U S JUSTICIA

V EL REGRESO D E L R E T R I B U C I O N I S M O . JUSTICIA V E R S U S U T I L I D A D 232

1 . La teoría del merecimiento de V O N H I R S C H 233
2. La tesis del control social de HiRSCHr y GoTTFREDSON 234

-•y
PRÓLOGO

La p r e s e n t e o b r a se basa, en p a r t e , en la « I n t r o d u c c i ó n a la C r i m i n o l o g í a » q u e
a m b o s a u t o r e s p u b l i c a m o s en esta m i s m a e d i t o r i a l en el a ñ o 2 0 0 1 , q u e ha s i d o
t a m b i é n t r a d u c i d a al p o r t u g u é s p o r C i n t i a T o l e d o y p u b l i c a d a en B r a s i l en 2 0 0 8 .
S i n e m b a r g o , c o m o se p u e d e o b s e r v a r ya p o r el n u e v o t í t u l o « I n t r o d u c c i ó n a la
C r i m i n o l o g í a y a la P o l í t i c a c r i m i n a l » , su c o n t e n i d o se h a m o d i f i c a d o p r o f u n -
d a m e n t e , l o q u e j u s t i f i c a q u e se p r e s e n t e c o m o u n a n u e v a o b r a y n o c o m o u n a
c o n t i n u a c i ó n o s e g u n d a e d i c i ó n de la a n t e r i o r . D e esta r e e l a b o r a c i ó n se ha e n c a r -
g a d o p e r s o n a l m e n t e F r a n c i s c o M U Ñ O Z C O N D E , a u n q u e s i e m p r e en c o n t a c t o y de
acuerdo c o n W i n f r i e d H A S S E M E R .

Su o b j e t i v o p r i n c i p a l es s e r v i r de base a la e n s e ñ a n z a de d o s a s i g n a t u r a s «In-
t r o d u c c i ó n a la C r i m i n o l o g í a » y « P o l í t i c a c r i m i n a l y p r e v e n c i ó n y t r a t a m i e n t o d e
la d e l i n c u e n c i a » , d e l n u e v o G r a d o en C r i m i n o l o g í a .

A g r a d e c e m o s u n a vez m á s a la e d i t o r i a l T i r a n t l o B l a n c h su g e n e r o s i d a d , y
e s p e c i a l m e n t e su v a l i o s a a y u d a a la P r o f e s o r a t i t u l a r d e D e r e c h o p e n a l C a r m e n
L ó p e z P e r e g r í n , q u i e n n o s o l o h a r e v i s a d o y c o r r e g i d o el t e x t o , s i n o q u e t a m b i é n
ha h e c h o i m p o r t a n t e s s u g e r e n c i a s q u e n a t u r a l m e n t e h a n s i d o t e n i d a s en c u e n t a .

Los AUTORES

Sevilla! Frankfurt am Main, 29 de julio de 2012

Capítulo l

L a criminalidad y la reacción social a la misma como

objeto de estudio

Sumario: A. Las dos formas básicas de conocimiento sobre la criminalidad y su control: s.il" •
normativo y saber empírico, 6. El objeto de la Criminología. 1. Criminalidad, delito y condu. i.
desviada. 2. Los protagonistas: delincuente y víctima. 3. Las formas de control social di- 1.
criminalidad. Control social formal e informal. C. La Política criminal: entre la Criminoiogi.i «
el Derecho penal.

A. LAS DOS F O R M A S BÁSICAS D E C O N O C I M I E N T O S O B R E LA

CRIMINALIDAD Y SU C O N T R O L : SABER N O R M A T I V O Y SABER
EMPÍRICO

Pocas r e a l i d a d e s sociales e s t á n t a n e x t e n d i d a s a l o l a r g o del t i e m p o y el espacin

c o m o la c r i m i n a l i d a d y las f o r m a s d e r e a c c i ó n s o c i a l f r e n t e a la m i s m a ; « C r i m e n y
C a s t i g o » es a l g o m á s q u e el a f o r t u n a d o t í t u l o d e u n a n o v e l a del g r a n e s c r i t o r rusc
F c o d o r D o s t o i e v s k i , es u n a a m a r g a r e a l i d a d q u e c u a l q u i e r a puede e x p e r i m e n t a l
en c u a l q u i e r p a r t e d e l m u n d o , b i e n c o m o a u t o r de u n d e l i t o , b i e n c o m o v í c t i m a , y
n o solo c o m o m e r o espectador.

L a c o n v i v e n c i a , a la q u e e s t a m o s o b l i g a d o s p a r a a s e g u r a r la r e p r o d u c c i ó n d i
la especie f i u m a n a y la s u p e r v i v e n c i a de la m i s m a , g e n e r a c o n f l i c t o s q u e necesa-
r i a m e n t e t i e n e n q u e resolverse p a r a a s e g u r a r su c o n r i n u i d a d . Sería i d e a l q u e los
conflictos p u d i e r a n siempre resolverse m e d i a n t e u n discurso, pactos o convencio-
nes a t r a v é s de los c u a l e s sus p r o t a g o n i s t a s a c o r d a r a n u n a s o l u c i ó n p a c í f i c a a los
m i s m o s . P e r o este m o d e l o i d e a l de d i s c u r s o p a r a la s o l u c i ó n de los c o n f l i c t o s so-
ciales es p r á c t i c a m e n t e u n a u t o p í a difícil de l o g r a r . L a e x p e r i e n c i a f i i s t ó r i c a h a b i -
d a hasta el m o m e n t o d e m u e s t r a q u e la s o l u c i ó n de u n c o n f l i c t o , s o b r e t o d o de los
o r i g i n a d o s p o r las f o r m a s de c o m p o r t a m i e n t o q u e m á s g r a v e m e n t e c u e s t i o n a n las
bases de la c o n v i v e n c i a c o m o s o n los c o n f l i c t o s c r i m i n a l e s , casi s i e m p r e se l l e v a a
c a b o a t r a v é s de la r e p r e s i ó n o el s a c r i f i c i o d e l o s intereses de u n a de las p a r t e s , en
b e n e f i c i o o s a l v a g u a r d i a de los de la o t r a .

T e n e r q u e a d m i t i r u n a s o l u c i ó n r e p r e s i v a , es decir, q u e se i m p o n e o p u e d e i m -
p o n e r s e c o a c t i v a m e n t e , a la m a y o r í a de los c o n f l i c t o s sociales n o q u i e r e d e c i r q u e
la s o l u c i ó n t e n g a q u e ser a r b i t r a r i a o p r o d u c t o de la ley d e l m á s f u e r t e . E n a l g ú n
m o m e n t o se hace p r e c i s a la r e g u l a c i ó n o b j e t i v a d e l c o n f l i c t o ; es decir, la c r e a c i ó n
de unas n o r m a s , q u e n o s o l o s i r v e n de o r i e n t a c i ó n , s i n o t a m b i é n de m o d e l o v i n -
c u l a n t e p a r a su s o l u c i ó n . Es v e r d a d q u e , en s i t u a c i o n e s e x t r e m a s , es m u y p r o b a b l e
18 Wiiilricil 1 l.isM-iTU-r - Friiriciscn Muñoz Conde Introducción a la criminología y a la política criminal 19

q u e s o l a m e n t e r i j a la ley del m á s f u e r t e , f i n l o d o caso, en las sociedades m o d e r n a s la P s i c o l o g í a , la A n t r o p o l o g í a o c u a l q u i e r o t r a c i e n c i a , d e c a r á c t e r n o j u r í d i c o , q u e

c i v i l i z a d a s se r e c u r r e p r i n c i p a l m e n t e p a r a resolver los c o n f l i c t o s a d e t e r m i n a d a s se o c u p e de e s t u d i a r la r e a l i d a d d e l c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o en s o c i e d a d .
n o r m a s , c r e a d a s c o n a n t e l a c i ó n y d e s v i n c u l a d a s d e l caso c o n c r e t o , q u e d e b e n ser
D e t o d o s los saberes e m p í r i c o s q u e s u m i n i s t r a n d a t o s p a r a e l a b o r a r las d e c i -
a p l i c n t l a s p o r los ' r r i b i m a l e s de Justicia c o n o b j e t i v i d a d y d i s t a n c i a m i e n t o , s i n d e -
siones y t e o r í a s j u r í d i c a s , el m á s c o m p l e j o y c o n f u s o es el q u e t i e n e q u e ver c o n
jarse l l e v a r píir el a|-)asionainientü, la e s p o n t a n e i d a d y la c o y u n t u r a l i d a d d e l caso
la c r i m i n a l i d a d , sus causas y e f e c t o s , y c o n las f o r m a s de c o n t r o l s o c i a l de la m i s -
c o n c r e t o . Id D e r e c h o , a d i f e r e n c i a de o t r a s i n s t a n c i a s de c o n t r o l y s o l u c i ó n d e l o s
m a . L a Criminología, q u e es la C i e n c i a q u e d e b e r í a s u m i n i s t r a r y e n g l o b a r t o d o
c o n f l i c t o s , es utia f o r m a de s o l u c i ó n y c o n t r o l a l t a m e n t e f o r m a l i z a d a , q u e s o l o
ese saber, se e n c u e n t r a t o d a v í a en sus i n i c i o s y, a pesar de su m á s q u e c e n t e n a r i a
p e r m i t e la s o l u c i ó n q u e p r e v i a m e n t e esté p r e s c r i t a . Es decir, s o l a m e n t e a t r a v é s
e x i s t e n c i a , sigue a ú n s i n r e s o l v e r o e x p l i c a r s a t i s f a c t o r i a m e n t e la m a y o r í a d e los
de u n a s n o r m a s p r e v i a m e n t e existentes, creadas p o r las d i s t i n t a s i n s t a n c i a s q u e
e n i g m a s y p r o b l e m a s q u e p l a n t e a su p r i n c i p a l o b j e t o de e s t u d i o : la c r i m i n a l i d a d .
t i e n e n p o d e r p a r a e l l o , i n t e r p r e t a d a s en sede t e ó r i c a p o r la l l a m a d a C i e n c i a del
Q u i z á p o r q u e este o b j e t o se s u s t r a e a u n a o b s e r v a c i ó n p u r a m e n t e e m p í r i c a , q u i z á
D e r e c h o y a p l i c a d a s en la p r á c t i c a p o r los T r i b u n a l e s de J u s t i c i a , es c o m o el D e r e -
p o r q u e su p r o p i a r e a l i d a d t i e n e m u c h a s caras q u e n o p u e d e n ser a n a l i z a d a s o
c h o s o l i i c i o i i a los casos m á s c o n f h c t i v o s q u e genera la c o n v i v e n c i a h u m a n a .
e s t u d i a d a s desde u n p u n t o d e v i s t a u n i t a r i o o u n i d i m e n s i o n a l , q u i z á p o r q u e su
Cn ningún caso la solución del conflicto criminal se deja en manos de sus propios pro- p r o p i a e x i s t e n c i a es t a m b i é n u n p r o d u c t o n o r m a t i v o q u e , c o m o t a l , n o p u e d e ser
tagonistas, e incluso en los casos en que ello se permita (estado do necesidad, legítima o b j e t o de u n e s t u d i o e s t á t i c o e i n m u t a b l e p o r e n c i m a d e l e s p a c i o y del t i e m p o ,
defensa), los protagonistas que quieren invocar la solución jurfdicamenle correcta tienen c o m o si de las leyes d e la M a t e m á t i c a , la Eísica o la Q u í m i c a se t r a t a r a .
que regirse en su comportamiento, directa o indirectamente, por el aprendizaje jurídico
que hayan tenido en sus procesos de socialización, que poslcriormente tienen que ser
Confróntense al respecto las distintas concepciones que hay en el momento presente en
confrontados con la decisión de un Tribunal de Justicia.
cualquiera de nuestras modernas sociedades democráticas respecto al aborto, la eutana-
sia, la pena de muerte, la creación de seres clónicos, la experimentación con embriones,
el consumo de algunas drogas, etc., y saqúense las consecuencias que de las mismas se
N o es p o r e l l o e x t r a ñ o q u e los e s t u d i o s o s del D e r e c h o , y n o s o l o de) D e r e c h o
derivan para una consideración puramente criminológica de estos problemas.
p e n a l , t e n g a n u n a « f i j a c i ó n » n o r m a t i v a , q u e a veces es casi u n a o b s e s i ó n , q u e h a
l i e c h o q u e la c r e a c i ó n , i n t e r p r e t a c i ó n y a p l i c a c i ó n de las n o r m a s j u r í d i c a s sea su
casi i'mica, p o r n o d e c i r e x c l u s i v a , p r e o c u p a c i ó n o t a r e a . E l l o en sí n o s e r í a m a l o A pesar de e l l o , n a d i e p o n e h o y en día en d u d a la n e c e s i d a d d e l c o n o c i m i e n t o

si la r e a l i d a d s o c i a l a la q u e se r e f i e r e n las n o r m a s j u r í d i c a s fuese i n m u t a b l e y e m p í r i c o de la c r i m i n a l i d a d y su c o n t r o l , t a n t o p a r a el j u r i s t a i n t e r e s a d o en estos

e s t u v i e r a p r e v i a y c l a r a m e n t e d e l i m i t a d a , p e r o d e s g r a c i a d a m e n t e esa r e a l i d a d es p r o b l e m a s , c o m o p a r a los p r o f e s i o n a l e s de o t r a s r a m a s del saber ( p s i c ó l o g o s , m é -

m á s c o m p l e j a , r i c a y c a m b i a n t e de l o q u e el p r o p i o t e j i d o n o r m a t i v o c o n s t r u i d o d i c o s , s o c i ó l o g o s y t r a b a j a d o r e s sociales, p r i n c i p a l m e n t e ) , q u e m u c h a s veces en

cn t o r n o a ella refleja o c r i s t a l i z a . N i s i q u i e r a la c r e a c i ó n c o n t i n u a d a de n o r m a s el e j e r c i c i o de sus p r o f e s i o n e s , o i n c l u s o c o m o especialistas, t i e n e n q u e o c u p a r s e

j u r í d i c a s o la i n t e r p r e t a c i ó n m á s i m a g i n a t i v a de las m i s m a s p u e d e p r e v e r t o d a s las t a m b i é n de estos t e m a s . L a n e c e s i d a d de u n a c o l a b o r a c i ó n y de u n a c o m u n i c a c i ó n

facetas y v a r i a n t e s q u e p u e d e p r e s e n t a r la r e a l i d a d q u e p r e t e n d e n r e g u l a r . A veces estrecha e n t r e unos y o t r o s c o n o c e d o r e s o especialistas en el t e m a es, p u e s , e v i d e n -

i n c l u s o la r e a l i d a d p r e s e n t a n u e v o s casos y c o n f l i c t o s q u e las n o r m a s j u r í d i c a s n o te y n o es c u e s t i o n a d a a b s o l u t a m e n t e p o r n a d i e .

han p o d i d o p r e v e r n i , p o r t a n t o , resolver. . L a r e l a c i ó n e n t r e el saber n o r m a t i v o y el saber e m p í r i c o p r o p i o de c a d a u n a

de estas f o r m a s de a b o r d a r la m i s m a r e a l i d a d n o es, s i n e m b a r g o , i d í l i c a , s i n o
En t o d o c a s o , es e v i d e n t e q u e la t e o r í a y la p r a x i s j u r í d i c a s q u e n o c o n o z c a n ,
c o n f l i c t i v a y tiene t o d a v í a m u c h o s p u n t o s de f r i c c i ó n , en los q u e a veces e n t r a n en
t a n t o a la h o r a d e crear, c o m o d e i n t e r p r e t a r y a p l i c a r las n o r m a s j u r í d i c a s , la
a b i e r t o e n f r e n t a m i e n t o la s o l u c i ó n q u e p r o p o n e u n a p a r t e , la n o r m a t i v a , y la q u e
r e a l i i h u l a la q u e las m i s m a s se r e f i e r e n , e s t á n d e s t i n a d a s a l f r a c a s o , y es p o s i b l e
p r o p o n e la o t r a , la e m p í r i c a , n o s i e n d o r a r o q u e a veces esta sea u n a de las causas
e t i i o n c c s t | i i e el c o n f l i c t o se s o l u c i o n e al m a r g e n de las n o r m a s j u r í d i c a s o c o n
d e la p r o p i a d i s f u n c i ó n e i n e f i c a c i a de las n o r m a s j u r í d í c o - p e n a l c s en la s o l u c i ó n
o t r a s n o r i i K i s t ] u e los p r o p i o s p r o t a g o n i s t a s del c o n f l i c t o creen e s p o n t á n e a o c o -
de d e t e r m i n a d o s c o n f l i c t o s , o q u e el p r o p i o saber e m p í r i c o c a r e z c a de i n f l u e n c i a
yunturaimeiite.
en la r e g u l a c i ó n j u r í d i c a de u n d e t e r m i n a d o p r o b l e m a .
D e a h í la i m p o r t a n c i a q u e t i e n e q u e , p a r a e v i t a r la c e g u e r a f r e n t e a la r e a l i d a d
q u e m u c h a s veces tiene la r e g u l a c i ó n j u r í d i c a , el saber normativo, es decir, el j u r í - Sin ir más lejos, es probable, por ejemplo, que uno de ios problemas que más gravemen-
d i c o , d e b a i r s i e m p r e a c o m p a ñ a d o , a p o y a d o e i l u s t r a d o p o r el saber empírico, es te aquejan a las sociedades modernas, e! tráfico y ef consumo de determinadas drogas
ilegales, no se pueda resolver por el divorcio existente entre una realidad empíricamente
decir, p o r el c o n o c i m i e n t o de l a r e a l i d a d q u e le b r i n d a n la S o c i o l o g í a , la E c o n o m í a ,
comprobada, que demuestra la ineficacia e incluso el carácter criminógeno de las ñor-
 20 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
mas penales puramente represivas, y una regulación penal que cada vez tiende más al
aumento de la dureza y a la inlervcnción represiva sin que ello haya supuesto una reduc-
ción del problema que se pretende resolver. Tampoco la falta de eficacia preventiva de la
pena de muerte en la reducción de las formas más graves de la criminalidad ha determi-
nado todavía en muchos países su eliminación, del mismo modo que tampoco se quiere
renunciar para determinadas formas de criminalidad muy graves a las penas privativas
de libertad de larga duración o incluso a la prisión perpetua, a pesar de la demostración
empírica de su carácter contraproducente para la resocializatión de los condenados.
B. E L O B J E T O D E LA CRIMINOLOGÍA
1. Criminalidad, delito y conducta desviada
Si se p r e g u n t a h o y en día p o r el o b j e t o de la C r i m i n o l o g í a n a d i e d u d a r á en
r e s p o n d e r q u e p r i n c i p a l m e n t e es el e s t u d i o ( e m p í r i c o ) de la c r i m i n a l i d a d , e n t e n -
d i e n d o p o r t a l «el c o n j u n t o de t o d a s las a c c i o n e s u o m i s i o n e s p u n i b l e s d e n t r o
d e u n d e t e r m i n a d o á m b i t o t e m p o r a l y e s p a c i a l » . E n este s e n t i d o se considera
p r e f e r i b l e u t i l i z a r en este á m b i t o el t é r m i n o « c r i m i n a l i d a d » q u e el de « d e l i t o » ,
p o r q u e a q u e l e v o c a u n a c o n s i d e r a c i ó n g l o b a l m á s a d e c u a d a p a r a d e s c r i b i r el o b -
j e t o de la C r i m i n o l o g í a c o m o c i e n c i a de c a r á c t e r s o c i a l , q u e la i n d i v i d u a l a la q u e
se a l u d e c o n el t é r m i n o « d e l i r o » . P e r o r e a l m e n t e , f u e r a de esta p e r s p e c t i v a , n o
hay u n a diferencia de c o n t e n i d o entre u n o y o t r o término, aunque para m u c h o s
en esta d i f e r e n c i a c i ó n s o c i a l o i n d i v i d u a l h a y a y a u n a t o m a de p o s t u r a r e s p e c t o
a la o r i e n t a c i ó n c i e n t í f i c a q u e debe d á r s e l e a esta m a t e r i a . ¿ E s el d e l i t o a n t e t o d o
Tin h e c h o i n d i v i d u a l , o es u n h e c h o s o c i a l e n e l q u e , ¡ u n t o c o n los i n d i v i d u a l e s ,
-hay q u e t e n e r en c u e n t a T t a m b i é h o t r o s t a c t o r e s sociales, c u l t u r a l e s , e c o n ó m i c o ^
_ e t c . ? S i n a d e l a n t a r a h o r a c u e s t i o n e s q u e s e r á n t r a t a d a s m á s a t í e l a n t e , se p u e d e
d e c i r y a q u e n i j a c r i m i n a l i d a d se p u e d e e x p l i c a r e s t r i c t a m e n t e desde el p u n t o de
v i s t a de las c i e n c i a s sociales, n i el d e l i t o desde la e x c l u s i v a ó p t i c a de las c i e n c i a s
^ _ h u m a n a s . Se t r a t a s i m p l e m e n t e de u t i l i z a r u n t é r m i n o l o s u f i c i e n t e m e n t e g e n é r i c o
q u e p e r m i t a , desde el p r i n c i p i o , hacerse u n a i d e a de la c o n s i d e r a c i ó n g e n e r a l q u e
de este p r o b l e m a p r e t e n d e la C r i m i n o l o g í a . T a m b i é n p o d r í a e m p l e a r s e el t é r m i n o
« d e l i n c u e n c i a » , p e r o este t é r m i n o t i e n e en el i d i o m a e s p a ñ o l u n a c o n n o t a c i ó n p e -
y o r a t i v a y, p o r t a n t o , p o c o c i e n t í f i c a , q u e l o h a c e m e n o s i d ó n e o p a r a d e n o m i n a r
el o b j e t o de la C r i m i n o l o g í a .
P e r o i n c l u s o a d m i t i e n d o q u e el e s t u d i o ( e m p í r i c o ) de la c r i m i n a l i d a d es el o b -
^ j e t o p r i n c i p a ! d e la C r i m i n o l o g í a , p r o b a b l e m e n t e m u c h o s dirán t a m b i é n q u e la
C r i m i n o l o g í a n o p u e d e q u e d a r c i r c u n s c r i t a a l e s t u d i o de l o q u e el D e r e c h o p e n a l
d e c a d a p a í s en c a d a m o m e n t o h i s t ó r i c o c o n s i d e r a q u e debe ser o b j e t o de u n a san-
c i ó n p e n a l . E n p r i m e r l u g a r , p o r q u e el D e r e c h o p e n a l es c a m b i a n t e y v a r í a de u n
p a í s a o t r o , l o q u e i m p i d e c o n s i d e r a r sus d e c i s i o n e s y d e f i n i c i o n e s c o m o u n o b j e t o
Introducción a la criminología y a la política criminal 21
i n m u t a b l e susceptible de i n v e s t i g a c i ó n e m p í r i c a . E n s e g u n d o lugar, p o r q u e si «i
a t r i b u y e a la C r i m i n o l o g í a este p a p e l m e r a m e n t e e x p l i c a t i v o d e l o q u e el D e r e c h o
p e n a l de c a d a p a í s , en c a d a m o m e n t o h i s t ó r i c o , c o n s i d e r a debe ser c a s t i g a d o ¡n
n a l m e n t e , se le a s i g n a u n a i m p o r t a n c i a s e c u n d a r i a , c a r e n t e de a u t o n o m í a , y se l.i
c o n v i e r t e en una « m e r a c i e p c i a a u x ' i i a r del D e r e c h o p e n a l » . P e r o es q u e c o n ello
se p i e r d e a d e m á s u n a i m p o r t a n t e f u n c i ó n q u e la C r i m i n o l o g í a , c o m o t o d a activi
d a d i n t e l e c t u a l q u e p r e t e n d a ser c i e n t í f i c a , t a m b i é n d e b e c u m p l i r : la c r í t i c a , en esu
caso la c r í t i c a de su p r o p i o o b j e t o de r e f e r e n c i a , el D e r e c h o p e n a l . L a necesidad i f
c o n f r o n t a r la r e g u l a c i ó n j u r í d i c o - p e n a l c o n la r e a l i d a d , la d e t e r m i n a c i ó n d e q u é c .
l o q u e en u n m o m e n t o d e t e r m i n a d o r e q u i e r e de la i n t e r v e n c i ó n p e n a l o debe sct
t r a s l a d a d o a o t r o s sistemas d e c o n t r o l s o c i a l o de r e g u l a c i ó n j u r í d i c a n o p e n a l s
el a n á l i s i s c r í t i c o de la eficacia de las n o r m a s penales en la s o l u c i ó n de u n detet
m i n a d o p r o b l e m a o b l i g a n a u n a c o n t i n u a revisión d e l o b j e t o de la C r i m i n o l o g í . i
y a e x t e n d e r l a a o t r o s á m b i t o s p e r i f é r i c o s d e la c r i m i n a l i d a d , p e r o í n t i m a m e n t t
r e l a c i o n a d o s c o n la m i s m a y c o n su c o n t r o l .
Surge a s í , c o m o c r í t i c a a l c a r á c t e r m e r a m e n t e a u x i l i a r d e l D e r e c h o p e n a l c o n
el q u e se c o n c i b i ó o r i g i n a r i a m e n t e la C r i m i n o l o g í a , u n a a m p l i a c i ó n de su o b j e t o
a o t r a s f o r m a s de « c o n d u c t a d e s v i a d a » ( p o r e j e m p l o , p r o s t i t u c i ó n , d r o g a d í c c i ó n ) .
d i s t i n t a s a las d e c l a r a d a s l e g a l m e n t e c o m o c r i m i n a l e s , y a o t r a s f o r m a s d e reac-
c i ó n s o c i a l d i s t i n t a s a las c o n s e c u e n c i a s j u r í d i c a s p r e v i s t a s p a r a la c o m i s i ó n de
u n d e l i t o j L a c u e s t i ó n , desde el p u n t o de v i s t a c o n c e p t u a l , parece en la m o d e r n a
C r i m i n o l o g í a y a d e f i n i t i v a m e n t e resuelta a f a v o r de esta o p c i ó n , y e l l o es l ó g i c o ,
pues e v i d e n t e m e n t e si se le q u i e r e a t r i b u i r a la C r i m i n o l o g í a u n a i m p o r t a n c i a
c i e n t í f i c a a u t ó n o m a , debe e x t e n d e r s e su o b j e t o m á s allá de los e s t r i c t o s límites
de las n o r m a s j u r í d i c o - p e n a Ies y c o n v e r t i r l a en u n a c i e n c i a q u e se o c u p a de la
« c o n d u c t a d e s v i a d a » en g e n e r a l y de las f o r m a s de c o n t r o l s o c i a l , f o r m a l e i n f o r -
m a l , de la m i s m a . E l l o n o d e b e p r e o c u p a r a l D e r e c h o p e n a l , que a u m e n t a así las
p o s i b i l i d a d e s de a d a p t a r sus n o r m a s a u n a r e a l i d a d s i e m p r e c a m b i a n t e q u e n o
q u e d a d e f i n i t i v a m e n t e d e f i n i d a y d e l i m i t a d a de u n a vez p o r t o d a s y p a r a s i e m p r e
c o n u n a d e t e r m i n a d a r e g u l a c i ó n j u r í d i c a , s i n o q u e p r o b a b l e m e n t e t e n g a q u e ser
r e f o r m a d a o m o d i f i c a d a a la v i s t a de los n u e v o s c o n o c i m i e n t o s que s o b r e la r e a -
l i d a d le d a la C r i m i n o l o g í a .
A h o r a b i e n , l o q u e n o p u e d e hacer la C r i m i n o l o g í a (o a l g u n o s c r i m i n ó l o g o s
c o n d e t e r m i n a d o s o b j e t i v o s p o l í t i c o s ) es s u s t i t u i r a l D e r e c h o p e n a l y saltarse a
la t o r e r a d e t e r m i n a d o s p r o c e d i m i e n t o s q u e e n el E s t a d o de D e r e c h o s o n v i n c u -
lantes a la h o r a d e d e t e r m i n a r l e g i s l a t i v a m e n t e q u é h e c h o s d e b e n ser e l e v a d o s a
la c a t e g o r í a de d e l i t o y, j u d i c i a l m e n t e , la f o r m a y el m o d o en q u e esa regulación
l e g a l debe a p l i c a r s e al c a s o c o n c r e t o . Q u e este es u n p e l i g r o r e a l lo d e m u e s t r a n las
m u c h a s f o r m a s « c u a s i p e n a l e s » de c r i m i n a l i z a c i ó n q u e se h a n p r e c o n i z a d o p a r a
el c o n t r o l de p e r s o n a s q u e , s i n h a b e r c o m e t i d o h e c h o s d e l i c t i v o s , se e n c u e n t r a n
s e g ú n a l g u n o s d a t o s c r i m i n o l ó g i c o s en s i t u a c i ó n de « p e l i g r o s i d a d s o c i a l » . N o

Wltill Ivil I (duariiin ITÍIDCÍSCO Muñoz Conde
t iiltf IIIKI.I ilr l.i |>i<iMiiin , 1,1 v a g a i K i a , ¡a m e n d i c i d a d y alg,unas f o r m a s
ghivi-H de i l t n u . i i l f p r t i i i c t u i.is g i i i c r a n s i t u a c i o n e s p r o c l i v e s a la c o m i s i ó n d e d e l i -
lii», « n l u r t o d o por las l o t i i l n . iones ile m n r g i n a c i ó n s o c i a l en las q u e v i v e n m u c h a s
pi'iHonttk p e i h T i a i n i l e s , i estos « g r u p o s de r i e s g o » . P e r o de a h í a c o n v e r t i r l o s ya
i l i i e t i . t n i e i i i i - p o i eso en d e l i n c u e n t e s , a u n sin h a b e r c o m e t i d o h e c h o s d e l i c t i v o s ,
V piopuginn i i i e d i d . i s de c o n t r o l , c o r n o el i n t e r n a m i e n t o f o r z o s o en c e n t r o s de
t t a b i i | o , r r e d u c i u i ó n o d e s h a b i t i i a c i ó n , q u e en n a d a se d i f e r e n c i a n de las v e r d a -
i t e i . i s petiiís o (le las t i i e t l i d a s de s e g u r i d a d p o s d e l i c t i v a s , h a y u n s a l t o c u a l i t a t i v o
' i d c o l o g K o i i i c o n i p a t i b i e c o n los p r i n c i p i o s d e l E s t a d o d e m o c r á t i c o de D e r e c h o .
M m h o iii.iK gr ave es q u e se d e c l a r e n , p o r p r e j u i c i o s sociales a b s o l u t a m e n t e i n f u n -
A.uUts y c t i r e n i e s de base c i e n t í f i c a , t a m b i é n c o m o supuestos de p e l i g r o s i d a d s o c i a l
la realr/iu ión d e c o n d u c t a s q u e a l g u n o s c o n s i d e r a n i n m o r a l e s , c o m o el a d u l t e r i o
" i rlionrosexualidad.
M ( o i i c e p t o de d e l i t o eS p o r t a n t o , y debe ser a d e m á s p o r i m p e r a t i v o c o n s t i -
. i r i , rnrial (cfr., p o r e j e m p l o , a r t . 2 5 . 1 de la C o n s t i t u c i ó n e s p a ñ o l a ) , u n c o n c e p t o
li g a l , D e l i i o es, pues, s o l o la c o n d u c t a c a s t i g a d a c o m o t a l p o r u n a ley p r e v i a m e n t e
c M s i r n t e a su c o m i s i ó n . N a t u r a l m e n t e , e x i s t e n o t r a s c o n c e p c i o n e s s o b r e l o q u e
(jebe ser o n o ser d e l i t o , desde el p u n t o de vista filosófico, m o r a l o sociológico, que
n o s i e m p r e c o i n c i d e n c o n el c o n c e p t o l e g a l . L a C r i m i n o l o g í a debe t a m b i é n o c u -
l>.rrse d e estas c o n c e p c i o n e s y d e las r a z o n e s q u e las f u n d a m e n t a n , y c o m p a r a r l a s
i < MI l.r d e f i n i c i ó n l e g a l , s a c a n d o de e l l o las c o n c l u s i o n e s q u e sean p e r t i n e n t e s p a r a
e l . i b n r . i r u n a P o l í t i c a c r i m i n a l y p r o p o n e r r e f o r m a s legales, c r i m i n a l i z a d o r a s o
iles( r m i i n a l i z a d o r a s .
I I c o n c e p t o legal de d e l i t o n o es, p o r l o d e m á s , u n c o n c e p t o p u r a m e n t e f o r -
m a l o l a i i t o l ó g i c o , s i n o t a m b i é n m a t e r i a l . L a c o n d u c t a d e l i c t i v a se c o n c i b e c o m o
l i n a c o n i i i i c t a n o c i v a s o c i a l n i c n t c , lesiva o p o r l o m e n o s p e l i g r o s a p a r a los bienes
j u r í d i c o s m á s i m p o r t a n t e s d e l i n d i v i d u o y de la s o c i e d a d , y p o r t a n t o la c o m p r o -
b a c i ó n e m p í r i c a de la n o c i v i d a d social de la c o n d u c t a es t a m b i é n u n a t a r e a de la
( i r i m i i i o l o g í a , a u n q u e m u c h a s veces, s o b r e t o d o c u a n d o se t r a t a de v a l o f e s ideales
de difícil a p r e h e n s i ó n ( c o m o la m o r a l s e x u a l ) o d e l i m i t a c i ó n ( c o m o la l i b e r t a d d e
e x p r e s i ó n ) , .sus a p o r t a c i o n e s sean escasas y n o p u e d a n d e s v i n c u l a r s e c o m p l e t a -
m e n t e de p r e j u i c i o s m o r a l e s , r e l i g i o s o s o p o l í t i c o s . Pero t a m b i é n cn estos casos
la h i i s ( ] i i e d a de d a t o s reales p o r e n c i m a de las c o n v i c c i o n e s y creencias s u b j e t i v a s
p u e d e d a r m a y o r s o l i d e z a las decisiones l e g i s l a t i v a s . / q u e el m a r c o de r e f e r e n c i a de la a c t i v i d a d c r i m i n o l ó g i c a . M u c h o m á s útil es, p o r
A veces l o q p c c a m b i a es la a c t i t u d s o c i a l f r e n t e a d e t e r m i n a d a s r e a l i d a d e s q u e
t r a d i c i o n a l m e i u e se h a n c o n s i d e r a d o a l m a r g e n de! D e r e c h o p e n a l , o r e s p e c t o a
las cuales ha h a b i d o u n a m a y o r t o l e r a n c i a y p e r m i s i v i d a d , y a h o r a se c o n s i d e r a
q u e d e b e n ser o b j e t o de c r i m i n a i i z a c i t m y de s a n c i ó n p e n a l . E l l o o b l i g a a i n -
t r o d u c i r n u e v a s i n c r i m i n a c i o n e s o a i n c r e m e n t a r las ya e x i s t e n t e s y a p e d i r u n a
m á s e n é r g i c a respuesta p o r p a r t e d e l D e r e c h o p e n a l p a r a s o l u c i o n a r e! p r o b l e m a .
Sucede e s t o a c t u a l m e n t e , p o r e j e m p l o , r e s p e c t o a los m a l o s t r a t o s en el á m b i t o
1
Introducción a la criminología y a la política criminal 23
f a m i l i a r , o en r e l a c i ó n c o n la e s p e c u l a c i ó n i n m o b i l i a r i a y financiera, el i m p a g o
de i m p u e s t o s , el f r a u d e d e s u b v e n c i o n e s , el b l a n q u e o de c a p i t a l e s o la p o l u c i ó n
m e d i o a m b i e n t a l . Pero t a m b i é n las n u e v a s t e c n o l o g í a s , la m a n i p u l a c i ó n g e n é t i c a ,
el m a n e j o de la i n f o r m á t i c a y de i n t e r n e t , y las p o s i b i l i d a d e s d e q u e se u t i l i c e n
p a r a c o m e t e r hechos d e l i c t i v o s , r e q u i e r e n la c r e a c i ó n d e n u e v a s t i p i c i d a d e s q u e
e r a n i n i m a g i n a b l e s hace a l g u n a s d é c a d a s . E l D e r e c h o p e n a l a ú n n o t i e n e u n m o -
d e l o p e r f e c t a m e n t e d i s e ñ a d o p a r a a b o r d a r l e g i s l a t i v a m e n t e estos p r o b l e m a s , q u e
c i e r t a m e n t e s o n d i s t i n t o s de los q u e t r a d i c i o n a l m e n t e h a n s i d o su o b j e t o p r i n c i -
p a l , p e r o n o cabe d u d a de q u e , en el f u t u r o , t e n d r á q u e o c u p a r s e c a d a vez m á s de
] estas c u e s t i o n e s y de q u e p a r a e l l o t e n d r á q u e u t i l i z a r l o s d a t o s q u e le s u m i n i s t r e n
o t r a s ciencias n o j u r í d i c a s , y e s p e c i a l m e n t e la C r i m i n o l o g í a .
1.a C r i m i n o l o g í a tiene t a m b i é n la m i s i ó n de e s t u d i a r c u á n d o el r e c u r s o a i D e -
r e c h o p e n a ! (a la c r i m i n a l i z a c i ó n d e c í ) n d u c t a s ) y a sus i n s t r u m e n t o s y a r s e n a l
t e ó r i c o es la f o r m a m á s a d e c u a d a p a r a r e s o l v e r d e t e r m i n a d o s p r o b l e m a s . E n este
s e n t i d o , a la C r i m i n o l o g í a le c o r r e s p o n d e , p o r t a n t o , la t a r e a de d e n u n c i a r c u á n d o
la f u n c i ó n d e l D e r e c h o p e n a l es p u r a m e n t e « s i m b ó l i c a » , s i n m a y o r e f i c a c i a e n la
s o l u c i ó n de los p r o b l e m a s o i n c l u s o c o n efectos c o n t r a p r o d u c e n t e s o « c r i m i n ó -
g e n o s » , e v i t a n d o así su m a n i p u l a c i ó n p o l í t i c a o q u e se d e s p i e r t e n en la p o b l a c i ó n
unas e x p e c t a t i v a s de s o l u c i ó n q u e l u e g o n o p u e d e n c u m p l i r s e e n la r e a l i d a d .
P o r t o d o l o e x p u e s t o , p u e d e decirse q u e el o b j e t o de la C r i m i n o l o g í a es, en
p r i m e r l u g a r , el e s t u d i o e m p í r i c o d e la c r i m i n a l i d a d t a l c o m o esta viene d e f i n i d a
en las n o r m a s penales d e c a d a p a í s ; p e r o t a m b i é n de o t r o s m u c h o s p r o b l e m a s q u e
d i r e c t a o i n d i r e c t a m e n t e e s t á n r e l a c i o n a d o s c o n la c r i m i n a l i d a d y su c o n t r o l .
2 . Los protagonistas: delincuente y víctima
D e l i m i t a d o así el o b j e t o de la C r i m i n o l o g í a , n o c a b e d u d a d e q u e se d i c e m u y
p o c o s o b r e los p r o b l e m a s c o n c r e t o s q u e l u e g o t i e n e n q u e ser o b j e t o de su p r e o c u -
p a c i ó n . A s í , p o r e j e m p l o , a u n q u e se h a b l e c o n s t a n t e m e n t e de la c r i m i n a l i d a d y
d e l d e l i t o , en el f o n d o estos s o n c o n c e p t o s a b s t r a c t o s o d e m a s i a d o g e n é r i c o s q u e ,
s a l v o en los casos en q u e se e s t u d i e n m a n i f e s t a c i o n e s c o n c r e t a s de los m i s m o s
( d e l i t o s c o n t r a la v i d a , c r i m i n a l i d a d financiera o medioambiental), no dan más
e j e m p l o , e s t u d i a r las c u e s t i o n e s r e l a c i o n a d a s c o n los p r o t a g o n i s t a s de la c r i m i n a -
l i d a d , el a u t o r del d e l i t o y la v í c t i m a , p o r q u e e l l o le d a y a u n a c o n c r e c i ó n al o b j e t o
q u e n o le d a la r e f e r e n c i a a la c r i m i n a l i d a d en a b s t r a c t o . Se d a a q u í , p o r t a n t o , u n a
p a r t i c u l a r i d a d del o b j e t o de la C r i m i n o l o g í a frente ai o b j e t o del D e r e c h o p e n a l ,
pues m i e n t r a s este p o r i m p e r a t i v o d e l p r i n c i p i o de l e g a l i d a d t i e n e q u e e m p e z a r
p o r el d e l i t o y p o r la d e l i m i t a c i ó n de la c o n d u c t a q u e - c o n a n t e l a c i ó n a su c o m i s i ó n
se p u e d e c o n s i d e r a r c o m o t a l , la C r i m i n o l o g í a se p r e o c u p a m á s d e las p e r s o n a s
 24 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
q u e se v e n i n v o l u c r a d a s en c! c o n f l i c t o d e l i c t i v o , c o m o p r o t a g o n i s t a s d e l m i s m o ,
b i e n c o m o a u t o r e s , b i e n c o m o v í c t i m a s , p o r q u e es a t r a v é s de su e s t u d i o , de las
r a z o n e s p o r las q u e se v e n e n v u e l t o s en u n c a s o c r i m i n a l , c o m o se c o m p r e n d e
m e j o r e m p í r i c a m e n t e e l p r o b l e m a de la c r i m i n a l i d a d . Ppr__eso, a u n q u e el o b j e t o
de la C r i m i n o l o g í a e s ^ l e s t u d i o e m p í r i c o de la c r i m i n a l i d a d c o m o p r o b l e m a , la
m a y o r í a d é Tas t e o r í a s c r i m i n o l ó g i c a s e x i s t e n t e s s o n t e o r í a s s o b r e el a u t o r y s o b r e
la v í c t i m a del d e l i t o , y s o b r e la f o r m a en q u e se llega a d e f i n i r y a t r i b u i r s o c i a l y
j u r í d i c a m e n t e este estatus.
p e a h í q u e la P r i m e r a Parte de este e s t u d i o la d e d i q u e m o s a los protagonistas
d e l c o n f l i c t o : d e l i n c u e n t e y v i c t i m a , y a l p a p e l q u e j u e e a n las j i r o p i a s i n s t i t u c i o n e s
en la a t r i b u c i ó n de estos r o l e s .
3. Las formas de control social de la criminalidad. Control social formal e
informal
P e r o , c o m o ya se ha d i c h o , la C r i m i n o l o g í a n o s o l o se o c u p a d e la c r i m i n a l i -
d a d y de sus p r o t a g o n i s t a s y de los p r o c e s o s de d e f i n i c i ó n , s i n o t a m b i é n de las
f o r m a s de r e a c c i ó n s o c i a l y j u r í d i c a a la m i s m a . T a m b i é n a q u í hay u n p a r a l e l i s m o
c o n el D e r e c h o p e n a l . D e l m i s m o m o d o q u e este n o s o l o se o c u p a d e l d e l i t o y de
su i m p u t a c i ó n a u n a p e r s o n a c o m o r e s p o n s a b l e d e l m i s m o , s i n o t a m b i é n de las
c o n s e c u e n c i a s j u r í d i c a s q u e , c o m o s a n c i ó n , se prevén p a r a su a p l i c a c i ó n a los
r e s p o n s a b l e s , t a m b i é n la C r i m i n o l o g í a t i e n e q u e o c u p a r s e de la f o r m a d e r e a c c i ó n
f r e n t e a la d e l i n c u e n c i a , de la eficacia d e l sistema de sanciones l e g a l m e n t e e x i s t e n -
tes y de ia i d o n e i d a d de las m i s m a s p a r a c u m p l i r f u n c i o n e s p r e v e n t i v a s d e c a r á c t e r
g e n e r a l ( i n t i m i d a t o r i a s o de r e s t a b l e c i m i e n t o de la c o n f i a n z a d e l o s c i u d a d a n o s
en la v i g e n c i a de las n o r m a s ) o especia! (de r e s o c i a l i z a c i ó n , de c o n t r o l del s u j e t o
c o n d e n a d o ) . A u n q u e i g u a l q u e s u c e d í a c o n el c o n c e p t o de d e l i t o , t a m b i é n a q u í
la C r i m i n o l o g í a tiene q u e p a r t i r del c o n c e p t o l e g a l de p e n a y de las s a n c i o n e s y
d e m á s c o n s e c u e n c i a s j u r í d i c a s q u e p u e d a n i m p o n e r s e al a u t o r de u n d e l i t o . Pero
e l l o n o i m p i d e , s i n o q u e a l c o n t r a r i o o b l i g a al e s t u d i o e m p í r i c o de los efectos de
esas s a n c i o n e s , a a n a l i z a r sus v e n t a j a s e i n c o n v e n i e n t e s t a n t o p a r a el i n d i v i d u o
c o n d e n a d o , c o m o p a r a la s o c i e d a d , a e l e g i r las m á s a d e c u a d a s p a r a c u m p l i r los
fines q u e l e g a l m e n t e t e n g a n a s i g n a d o s y a r e c h a z a r las q u e sean i n a d e c u a d a s , re-
c o m e n d a r a l t e r n a t i v a s n o p u n i t i v a s , etc.
P o r o t r a p a r t e , t a m b i é n en r e l a c i ó n c o n los sistemas de r e a c c i ó n f r e n t e a la
c r i m i n a l i d a d h a y q u e t e n e r en c u e n t a q u e estos n o s o n s i e m p r e los q u e o f i c i a l -
m e n t e se p r e v é n en las leyes y q u e , p o r d i v e r s a s r a z o n e s , ia respuesta a l d e l i t o n o
es s i e m p r e la p e n a ( o las m e d i d a s de s e g u r i d a d ) , s i n o q u e h a y o t r a s f o r m a s d e
s o l u c i ó n del c o n f l i c t o , a veces m á s eficaces, q u e las penales o f i c i a l m e n t e p r e v i s t a s .
L a C r i m i n o l o g í a t i e n e q u e o c u p a r s e t a m b i é n d e l e s t u d i o de esas o t r a s f o r m a s de
Introducción a la criminología y a la política criminal 2.5
r e a c c i ó n s o c i a l d e c a r á c t e r n o f o r m a l y de su i n c i d e n c i a e n el c o n t r o l de la c r i r i u
n a l i d a d y en las p e r s o n a s i m p l i c a d a s en u n c o n f l i c t o c r i m i n a l ( e f e c t o intimid^atu-
r i o , t r a t a m i e n t o p e n i t e n c i a r i o , resocialización, etc.).
A l e s t u d i o de la Criminología de la reacción social d e d i c a r e m o s , p u e s , la Se
g u n d a Parte de esta o b r a .
Fuera de nuestra consideración queda, entre otros temas, el estudio de los Métodos en Li
Criminología. Esto no quiere decir que dicho estudio no sea importante, sino simplemen
te que excede de los límites que nos hemos marcado en esta obra. No obstante, dentro
de la exposición de las diversas teorías criminológicas se hará referencia a los distintos
métodos usados o propugnados por ellas, ya que lo que permite estudiar empíricamente
los problemas que constituyen su objeto es precisamente el empleo de métodos de di-
verso origen científico que hacen de la Criminología en este sentido una de las ciencias
más plurales que existen. Lo que al mismo tiempo constituye su gran tragedia, pues dado
que et dominio total de las diversas metodologías y técnicas utilizadas es prácticamente
imposible, la aplicación de todas ellas desconectadas entre sí puede dar y, de hecho,
da una imagen de su objeto deformada por el punto de vista y la especialidad científica
de cada uno do los investigadores, lo que dificulta un modelo integral de Ciencia del
Derecho penal, que abarque el estudio dogmático jurídico, criminológico y político-cri-
minal, pero también un modelo integrado de ios conocimientos criminológicos mismos
en una visión unitaria que pueda denominarse universa Imente como aCriminoiogía»,
De ahí que no sea extraño que todavía bajo este nombre se estudien temas, problemas
y cuestiones que nada tienen que ver con los que bajo el mismo nombre se estudian en
otras exposiciones científicas, lo que sería realmente impensable en otras materias. No
obstante, en esta pluralidad metódica está el principal atractivo de la Criminología y la
riqueza de perspectivas que tiene la misma. A pesar de todas estas limitaciones, la Cri-
minología tiene, actualmente, un amplio campo en el que estudiar lodo lo relacionado
con la criminalidad, sus protagonistas y la reacción social frente a la misma, utilizando
para ello muchos saberes parciales y métodos de distinta procedencia que son precisos
para un conocimiento empírico de estas realidades y para una mejor regulación jurídica
de las mismas.
T^Tibiéryfuera de nuestra consideración queda la llamada Criminalística, o Policía cientí-
fica, que se ocupa del estudio de las diversas técnicas científicas aplicables en la investi-
gación d e u n d e j i t o . En este apartado se incluyen los datos que ofrecen diversas ciencias
erTIa obtenciónlfe pruebas que permitan el esclarecimiento del delito y la averiguación
de la identidad de sus autores. Para ello se emplea n;"pTind pal mente en la investigación
de los delitos contralla "vida, la iñtegndTd7ísTE3Trlá4ibertad sexual, mBodos especTficbs
dedaboratorio (identificación de A D N , restos de sangre, pelo, semen, etc.), investiga-
'cióñes corporales (en el taso de hórñíadio, la autopsia del cadáver), huellas dactilares,
balística etc., que en la medida en que ofrezcan datos científicamente fiables, son deci-
sivos para la investigación y posterior condena o absolución de los acusados por alguno
de estos delitos. Por supuesto, también otros datos científicos como el análisis de los
niveles de polución rnedioambiental, de la corrección de unos balances de una sociedad
mercarítTT) cío las transferencias bancarias a paraísos fiscales, o de la autenticidad de un
documéntTTCTjriFTñaical^ son también fundamentales en la investigación de
delitos como los delitos contra el medio ambiente, los financieros, el blanqueo de capi-
tales, la falsificación documental o de marcas industriales, etc., etc. Todo ello demuestra
la necesidad del conocimiento empírico también para la aplicación de las normas pe-
nales por los Tribunales de Justicia en el caso concreto, cuando estos conocimientos son
26 Winlrici! I lassemcr - Francisco Muñoz Conde
(Ici iMvos i.i (Icicrrnindción de la existencia y prueba de la realización de un delito
y la culpabilidad de sus autores. En la medida en que forman parte del saber empírico
necesario para completar el saber normativo, estos conocimientos empíricos pueden
englobarse también bajo el concepto de Criminología en sentido amplio y deben formar
parte de ios esludios curricuiares de ia carrera de Criminología,
C. L A POLÍTICA C R I M I N A L : E N T R E L A CRIMINOLOGÍA Y E L
D E R E C H O PENAL
D e t o d o l o d i c h o hasta a h o r a se d e d u c e q u e el saber n o r m a t i v o tiene c o m o
o b j e t o de referencia el Derecho penal, tanto c o m o Derecho penal material, que
s e j x u p a de los d e l i t o s y de las, c o n s e c u e n c i a s j u r í d i c a s y de su a p l i c a c i ó n , c o m o
D e r e c h o procesal p e n a l j q u e se o c u p a d e la f o r m a , a u t o r i d a d e s c o m p e t e n t e s
p r o c e d i m i e n t o s p a r a d e t e r m i n a r en el caso c o n c r e t o la e x i s t e n c i a del d e l i t o y la
rcspop'^abilirl.nd He sus a u t o r e s , e i m p o n e r l e s , en su c a s o , la c o n s e c u e n c i a j u r í d i c a
s a n c i o n a t o r i a p e r t i n e n t e . K l D e r e c h o p e n a l es o b r a d e l l e g i s l a d o r y t o d o s . Jueces y
c i u d a d a n o s , e s t á n v i n c u l a d o s a sus d e c i s i o n e s .
^ L a Criminología, en c a m b i o , se o c u p a d e l s a b e i L e t n p í r i c o s o b r e la c r i m i n a l i d a d
V su c o n t r o l . Su o b j e t o es m á s a m p l i o q u e e! d e l D e r e c h o p e n a l , el c e n t r o de su
interés s o n los d i v e r s o s f a c t o r e s , e t i o l ó g i c o s , i n d i v i d u a l e s y sociales, de la c r i m i n a -
l i d a d y de las diversas f o r m a s de c o n t r o l , f o r m a l e s e i n f o r m a l e s , d e la m i s m a .
E n t r e a m b o s t i p o s de saberes se e n c u e n t r a la Política criminal, qye ccmsiste
en el c o n j u n t o de d i r e c t r i c e s y decisiones q u e , a la v i s t a de los c o n o c i m i e n t o s y
concepciones existentes en la s o c i e d a d en u n m o m e n t o d a d o s o b r e la c r i m i n a l i d a d
y su c o n t r o l , d e t e r m i n a n la c r e a c i ó n de i n s t r u m e n t o s j u r í d i c o s p a r a c o n t r o l a r l a ,
p r e v e n i r l a y r e p r i m i r l a . Es p r i n c i p a l m e n t e u n a t a r e a q u e c o r r e s p o n d e a los p o l í -
ticos, t a n t o en el á m b i t o ' d e la A d n i i n i s i r a c i ó i i ( p o d e r e j e c u t i v o . G o b i e r n o ) , c o m o
d_el P a r l a m e n t o ( p o d e r l e g i s l a t i v o ) . F o r m a l m e n t e c o r r e s p o n d e a l p o d e r i e g í s l a t i v o
la tarea de c o n v e r t i r e n n o r m a s j u r í d i c a s los c o n o c i m i e n t o s c r i m i n o l ó g i c o s ; p e r o
en estas decisiones p a r t i c i p a d e u n a f o r m a m á s a m p l i a , si b i e n i n d i r e c t a m e n t e ,
t o d a la s o c i e d a d a t r a v é s de los m e d i o s de c o m u n i c a c i ó n , los p a r t i d o s p o l í t i c o s , las
distintas c o n c e p c i o n e s r e l i g i o s a s o i d e o l ó g i c a s , etc., q u e c r e a n m o v i m i e n t o s y g r u -
pos de presión a f a v o r o cn c o n t r a de d e t e r m i n a d a s o p c i o n e s p o l í t i c o - c r i m i n a l e s
( p r o v í c t i m a , p r o o a n t i a b o r t o , p r o - o a n t i p e n a de m u e r t e , etc.) q u e a veces t i e n e n
m á s peso en las decisiones p o l í t i c a s q u e los p r o p i o s c o n o c i m i e n t o s c r i m i n o l ó g i -
cos.
Esto p l a n t e a el p r o b l e m a de q u e la P o l í t i c a c r i m i n a l se c o n v i e r t a en u n a Poltti-
ca criminal electoralista, q u e c o n el f i n d e s a t i s f a c e r las d e m a n d a s del e l e c t o r a d o
(a veggg m a n i p u l a d a s p o r los m e d i o s de c o m u n i c a c i ó n ) , p r o m e t a s o í u c i o n e s a los
p r o b l e m a s de la c r i m i n a l i d a d y su c o n t r o l g u e n o s o n f a c t i b l e s o i n c l u s o p u e d e n
Introducción a la criminología y a la política criminal 27
ser c o n t r a p r o d u c e n t e s . E n t o d o c a s o la P o l í t i c a c r i m i n a l t i e n e c o m o b a r r e r a o
l í m i t e u n d e t e r m i n a d o s i s t e m a j u r í d i c o b a s a d o en el r e s p e t o y la g a r a n t í a de los
- J e r e c j i o s f u n d a m e n t a l e g j q u e c o n s t i t u y e n el f u n d a m e n t o del F.siadod^e Derecho.
L a P o l í t i c a c r i m i n a l e j e r c i d a f u e r a d e este m a r c o es la P o l í t i c a c r i m i n a l de u n E s t a -
. d o de N o D e r e c h o , es d e c i r , de u n E s t a d o t o t a l i t a r i o q u e a f u e r z a de q u e r e r a c a b a r
c o n ia c r i m i n a l i d a d a t o d a c o s t a y a c u a l q u i e r p r e c i o c o n v i e r t e a l E s t a d o y sus
I n s t i t u c i o n e s en i n s t a n c i a s c r i m i n a l e s q u e v i o l a n y r e p r i m e n d e r e c h o s f u n d a m e n -
tales de los c i u d a d a n o s , c r i m i n a l i z a n d o c o n d u c t a s q u e n o d e b e n ser c o n s i d e r a d a s
c o m o d e l i t o , a p l i c a n d o p e n a s d e s p r o p o r c i o n a d a s , u t i l i z a n d o m e d i o s ilegalt-s p a r a
o b t e n e r p r u e b a s , etc., etc.
E n t o d o c a s o , la P o l í t i c a c r i m i n a l d e l E s t a d o de D e r e c h o n o tiene s i e m p r e q u e
r e c u r r i r a l D e r e c h o p e n a l p a r a c o m b a t i r e f i c a z m e n t e la c r i m i n a l i d a d . S o b r e t o d o
, en el a s p e c t o p r e v e n t i v o , t i e n e q u e ser c o n s c i e n t e de q u e m u c h a s veces h a y o t r a s
y f o r m a s d e p r e v e n i r la d e l i n c u e n c Í a , t C o m o m e j o r a r el n i v e l c u l t u r a l , e d u c a t i v o y/^
e c o n ó m i c o , h a c e r u n a m e j o r p o l í t i c a de r e d i s t r i b u c i ó n de r e n t a s , a y u d a r a la p r o -
m o c i ó n e i n t e g r a c i ó n s o c i a l d e l o s m á s d é b i l e s c o n m e d i d a s de c a r á c t e r s o c i a l , •
p o s i b i l i t a r la r e i n s e r c i ó n s o c i a l de los q u e y a h a n s i d o c o n d e n a d o s , m e j o r a r el sis-
_tema p e n i t e n c i a r i o , e t c ^ f i k m p r e se h a d i c h o q u e la m e j o r P o l í t i c a c r i m i n a l es u n a
b u e n a Política social ( e c o n ó m i c a , e d u c a t i v a , etc.)//Y en el a s p e c t o r e p r e s i v o , t i e n e
q u e t e n e r en c u e n t a q u e j u n t o a c r i t e r i o s de J u s t i c i a , de p r o p o r c i o n a l i d a d , de res-
p o n s a b i l i d a d i n d i v i d u a l , etc., t a m b i é n d e b e n p o n d e r a r s e o t r a s r a z o n e s de u t i l i d a d
y necesidad del c a s t i g o , p o r q u e n o s i e m p r e la s a n c i ó n m á s g r a v e es la m á s a d e -
c u a d a y c a b e n , p o r e j e m p l o , p a r a m u c h o s d e l i t o s s a n c i o n e s a l t e r n a t i v a s a la p e n a
de p r i s i ó n , m e n o s g r a v o s a s p a r a el c o n d e n a d o y q u e p u e d e n b e n e f i c i a r t a m b i é n a
. las v í c t i m a s d e l d e l i t o , c o m o las s a n c i o n e s e c o n ó m i c a s , et t r a b a j o c o m u n i t a r i o o
el r e s a r c i m i e n t o d e l d a ñ o o c a s i o n a d o .
R e a l m e n t e , la P o l í t i c a c r i m i n a l c o m o t a l n o tiene a u t o n o m í a c i e n t í f i c a ; es s i m -
p l e m e n t e el r e s u l t a d o d e . a p l Í ! ; a ^ Í Q S _ c o n o c j m i e n t o s s o b r e la c r i m i n a l i d a t j y su
c o n t r o l , q u e b r i n d a la C r i m i n o l o g í a , p a r a a d o p t a r decisiones q u e c o n v e r t i d a s en
n o r m a s j u r í d i c a s d e t e r m i n a n el m a r c o en el q u e se d e b e n m o v e r los o p e r a d o r e s de
la A d m i n i s t r a c i ó n de J u s t i c i a en s e n t i d o a m p l i o ( P o l i c í a , M i n i s t e r i o F i s c a l , Jueces
y sistema p e n i t e n c i a r i o ) . N a t u r a l m e n t e , esas decisiones p o l í t i c a s d e b e n e n c u a d r a r -
se en unas d i r e c t r i c e s q u e v i e n e n i m p u e s t a s p o r el O r d e n a m i e n t o j u r í d i c o y q u e
s o n v i n c u l a n t e s p a r a t o d o s los p o d e r e s p ú b l i c o s , c u a l q u i e r a q u e sea el c r i t e r i o
c r i m i n o l ó g i c o q u e se c o n s i d e r e m á s c o n v e n i e n t e p a r a el c o n t r o l de la c r i m i n a l i -
d a d . L o s d o s g r a n d e s c r i t e r i o s q u e d e b e n i n s p i r a r la P o l í t i c a c r i m i n a l a la h o r a
de a d o p t a r decisiones s o b r e el c o n t r o l de la c r i m i n a l i d a d , la c r e a c i ó n de n u e v a s
figuras d e l i c t i v a s o la e l e c c i ó n de las m e d i d a s m á s a d e c u a d a s s o n , p o r u n l a d o , la
' . i d e a Justicia y, p o r o t r o , la d e »ri//da<Í._Principios c o m o el d e p r o p o r c i o n a l i d a d
e n t r e la g r a v e d a d de la p e n a y la g r a v e d a d d e l d e l i t t ¿ o de i n d i v i d u a l i z a c i ó n de
la r e s p o n s a b i l i d a d p e n a l , s o n c r i t e r i o s de J u s t i c i a ; p e r o t a m b i é n d e b e tenerse e n
28 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde

c u e n t a la eficacia, la i n c i d e n c i a en la o p i n i ó n p ú b l i c a de las d e c i s i o n e s , e l f u n c i o -
n a m i e n t o de los ó r g a n o s d e la A d m i n i s t r a c i ó n de J u s t i c i a , y el c o s t o de la m i s m a
V de las s a n c i o n e s penales y su a p l i c a c i ó n ; es decir, c r i t e r i o s de u t i l i d a d q u e n o
t i e n e n p o r q u é ser c o n t r a r i o s a los de J u s t i c i a , s i n o u n c o m p l e m e n t o n e c e s a r i o d e
los m i s m o s q u e debe p o n d e r a r s e a la h o r a de a d o p t a r las c o r r e s p o n d i e n t e s d e c i -
siones de P o l í t i c a c r i m i n a l .

PRIMERA PARTE

LOS PROTAGONISTAS
DEL C O N F L I C T O
PENAL
Capítulo II

El saber criminológico sobre los protagonistas del

conflicto penal

Sumario: A. El sal)er criminológico como saber sobre los protagonislas del conflicto penal: autor
y víctima. Las teorías criminológicas, B, Clasificación de las teorías criminológicas

A. E L SABER CRIMINOLÓGíCO C O M O SABER S O B R E L O S

PROTAGONISTAS D E L C O N F L I C T O PENAL: A U T O R Y VÍCTIMA.
LAS TEORÍAS CRIMINOLÓGICAS

A u n q u e el objeto de la Criminología, c o m o el p r o p i o o r i g e n e t i m o l ó g i c o d e la
p a l a b r a i n d i c a , es p r i n c i p a l m e n t e e l e s t u d i o ( e m p í r i c o ) d e la c r i m i n a l i d a d , es d e c i r ,
d e l c o n j u n t o de t o d a s !a a c c i o n e s u o m i s i o n e s p u n i b l e s d e n t r o d e u n d e t e r m i n a d o
á m b i t o t e m p o r a l y e s p a c i a l , en e l l e n g u a j e c o t i d i a n o y c n la a p r e c i a c i ó n v u l g a r
( a u n q u e t a m b i é n a veces en la e x p o s i c i ó n c i e n t í f i c a ) el f e n ó m e n o de la " c r i m i n a -
l i d a d » se suele e x p l i c a r c n c l a v e de e n f r e n t a m i e n t o e n t r e d o s a c t o r e s o p r o t a g o -
nistas: el a u t o r o , si se p r e f i e r e , el d e l i n c u e n t e , p o r u n l a d o , y la v í c t i m a , p o r o t r o .
Desde este p u n t o de v i s t a , el d e l i t o en p a r t i c u l a r y la c r i m i n a l i d a d en su c o n j u n t o
n o s e r í a m á s q u e la c o n s e c u e n c i a d e u n c o n f l i c t o e n t r e d o s p e r s o n a s o r o l e s , e n el
q u e a l g u i e n , el d e l i n c u e n t e , l e s i o n a i n j u s t a m e n t e los intereses d e o t r o , la v í c t i m a .

Esta i m a g e n t r a d i c i o n a l d e la c r i m i n a l i d a d n o c o i n c i d e , s i n e m b a r g o , e x a c t a -
m e n t e c o n la r e a l i d a d . C i e r t a m e n t e h a y a l g u n o s d e l i t o s ( p r i n c i p a l m e n t e los q u e
a f e c t a n a bienes j u r í d i c o s i n d i v i d u a l e s , c í ) m o s o n la v i d a , la i n t e g r i d a d f í s i c a , la
l i b e r t a d , el h o n o r , la i n t i m i d a d o la p r o p i e d a d p r i v a d a ) q u e m u c h a s veces, s o b r e
t o d o en sus f o r m a s de c o m i s i ó n d o l o s a s o i n t e n c i o n a l e s , s o n p r o d u c t o de u n c o n -
f l i c t o o de u n a c o n f r o n t a c i ó n d i r e c t a e n t r e d o s o m á s p e r s o n a s . P e r o n i s i q u i e r a
en estos casos el i n t e r é s c i e n t í f i c o q u e d e s p i e r t a n a m b a s p a r t e s d e l c o n f l i c t o es
e q u i l i b r a d o y d e l m i s m o v a l o r c r i m i n o l ó g i c o y n o r m a t i v o . El D e r e c h o p e n a l está
p e n s a d o p r i n c i p a l m e n t e c o m o u n sistema d e c o n t r o l f o r m a l i z a d o de la c r i m i n a -
l i d a d y d e c a s t i g o d e l d e l i n c u e n t e l l e v a d o a c a b o p o r los ó r g a n o s competentes
a t r a v é s de u n p r o c e d i m i e n t o c n el q u e ia v í c t i m a t i e n e u n p a p e l s e c u n d a r i o , o
i n c l u s o es « n e u t r a l i z a d a » , h a s t a el p u n t o de q u e p r á c t i c a m e n t e s o l o p u e d e a c t u a r
c o m o t e s t i g o o de f o r m a c o a d y u v a n t e c o n el M i n i s t e r i o Fiscal en el e j e r c i c i o d e la
a c u s a c i ó n c o n t r a el d e l i n c u e n t e , y s o l a m e n t e en a l g u n o s O r d e n a m i e n t o s j u r í d i c o s ,
c o m o el e s p a ñ o l , de f o r m a i n d e p e n d i e n t e c o m o a c u s a c i ó n p a r t i c u l a r . E n t o d o
caso, s a l v o en a l g u n o s s u p u e s t o s e x c e p c i o n a l e s d e d e l i t o s p e r s e g u i b l e s s o l o a i n s -
32 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
t a n c i a de p a r t e , el c a s t i g o d e l d e l i n c u e n t e n o d e p e n d e de la v o l u n t a d d e la v í c t i m a ,
n i esta tiene n i n g ú n d e r e c h o a t o m a r s e la J u s t i c i a p o r su m a n o , n i a c o n d i c i o n a r
a r b i t r a r i a m e n t e la a p l i c a c i ó n d e l D e r e c h o p e n a l en f u n c i ó n d e sus i n t e r e s e s , p o r -
q u e , p o r e j e m p l o , el a u t o r d e l d e l i t o le h a y a p a g a d o o i n d e m n i z a d o los d a ñ o s q u e
le h a y a o c a s i o n a d o , o p o r q u e , en d e f i n i t i v a , la v í c t i m a se m u e s t r e t a n m a g n á n i m a
q u e p e r d o n e a l d e l i n c u e n t e . E l m o d e r n o D e r e c h o p e n a l de los países c i v i l i z a d o s es
u n D e r e c h o p ú b l i c o q u e t r a t a p r e c i s a m e n t e de i m p e d i r q u e la v í c t i m a se t o m e la
J u s t i c i a p o r su m a n o , n e u t r a l i z á n d o s e su r e a c c i ó n i n d i v i d u a l o v e n g a n z a p e r s o n a l ,
p e r o t a m b i é n i m p i d i e n d o q u e d i s p o n g a a su a n t o j o de la p e r s e c u c i ó n d e l d e l i t o
y d e l c a s t i g o del d e l i n c u e n t e o t o r g a n d o el p e r d ó n al d e l i n c u e n t e a c a m b i o de la
s a t i s f a c c i ó n o r e p a r a c i ó n de sus intereses p a r t i c u l a r e s d a ñ a d o s p o r el d e l i t o . E l
D e r e c h o p e n a l v i v e , p o r t a n t o , d e la « n e u t r a l i z a c i ó n » de ta v í c t i m a y deja a esta
u n r e d u c i d o p a p e l en la p e r s e c u c i ó n y c a s t i g o d e l d e l i t o .
Eso hace q u e el i n t e r é s c r i m i n o l ó g i c o , el c o n o c i m i e n t o e m p í r i c o , se desplace
m á s h a c i a el a u t o r d e l d e l i t o , v e r d a d e r o p r o t a g o n i s t a del p r o c e s o p e n a l y p e r s o n a
s o b r e la q u e debe recaer, en su c a s o , la s a n c i ó n p e n a l . E n este s e n t i d o , casi t o d a s
las t e o r í a s e h i p ó t e s i s c r i m i n o l ó g i c a s son e l u c u b r a c i o n e s m á s o m e n o s f u n d a d a s
c i e n t í f i c a m e n t e s o b r e el a u t o r del d e l i t o y las p o s i b i l i d a d e s de i n c i d i r e n su c o m -
p o r t a m i e n t o t a n t o c o n m e d i d a s preventivas, c o m o represivas. N o obstante, c o m o
v e r e m o s m á s a d e l a n t e , c a d a vez crece m á s el interés del saber c r i m i n o l ó g i c o s o b r e
la v í c t i m a del d e l i t o , y n o s o l o p o r razones de p r o t e c c i ó n a la m i s m a , s i n o t a m b i é n
p o r q u e se c o n s i d e r a q u e e n la r e a l i z a c i ó n d e l d e l i t o la v í c t i m a , su c o m p o r t a m i e n -
t o , sus r e l a c i o n e s c o n e l a u t o r , etc., s o n u n f a c t o r de p r i m e r o r d e n p a r a e x p l i c a r la
g é n e s i s de la d e l i n c u e n c i a , su p r e v e n c i ó n y su c o n t r o l s o c i a l . D e t o d a s f o r m a s , este
i n t e r é s p o r la v í c t i m a n o p u e d e d e s p l a z a r la i m p o r t a n c i a del saber s o b r e el a u t o r
del d e l i t o , q u e es el eje en t o r n o al q u e g i r a t o d a la a c t u a c i ó n de ios ó r g a n o s de la
A d m i n i s t r a c i ó n de J u s t i c i a p e n a l .
P o r o t r a p a r t e , la i m p o r t a n c i a de la v í c t i m a q u e d a d i l u i d a en los d e l i t o s c o n
intereses d i f u s o s o c o l e c t i v o s , q u e n o i n c i d e n d i r e c t a m e n t e en i n t e r e s e s d n d i v i d u a -
les o de la p e r s o n a i n d i v i d u a l m e n t e c o n s i d e r a d a , s i n o de la c o l e c t i v i d a d . A s í , p o r
e j e m p l o , en los d e l i t o s c o n t r a el m e d i o a m b i e n t e , la s a l u d p ú b l i c a , ios c o n s u m i d o -
res, la o r d e n a c i ó n d e l t e r r i t o r i o , la A d m i n i s t r a c i ó n p ú b l i c a o el o r d e n e c o n ó m i c o
n o suele h a b e r u n a v í c t i m a de c a r á c t e r i n d i v i d u a l , e i n c l u s o en la c o n f i g u r a c i ó n
l e g a l de estos d e l i t o s n o es s i q u i e r a p r e c i s o q u e se llegue a p r o d u c i r u n d a ñ o per-
s o n a l , pues s o n d e l i t o s d e m e r o p e l i g r o g e n e r a l o de p e l i g r o h i p o t é t i c o . Se h a b l a
a q u í de « d e l i t o s s i n v í c t i m a s » ( « v i c t i m l e s s c r i m e s » ) o c o n « v í c t i m a s d i f u s a s » , en
los q u e las v í c t i m a s p o d e m o s ser t o d o s , la c o l e c t i v i d a d en s u c o n j u n t o , a u n q u e
o b v i a m e n t e t a m b i é n p u e d a n a f e c t a r a a l g u i e n en p a r t i c u l a r . E n estos d e l i t o s la
r e l a c i ó n d e l i n c u e n t e - v í c t i m a carece de t r a s c e n d e n c i a y es m e r a m e n t e a c c i d e n t a l ,
c o y u n t u r a l o a n ó n i m a . C u r i o s a m e n t e , t a m p o c o en estos d e l i t o s d e s p i e r t a m u c h o
i n t e r é s el saber e m p í r i c o s o b r e sus a u t o r e s . L a C r i m i n o l o g í a c l á s i c a s i g u e fijada en
/
i:
Introducción a la criminología y a la política criminal
el e s t u d i o d e l a u t o r de los d e l i t o s c o n t r a los intereses i n d i v i d u a l e s ( e s p e c i a l m r n i r
de los d e l i t o s c o n t r a la v i d a , la i n t e g r i d a d f í s i c a , la l i b e r t a d y l i b e r t a d s e x u a l , lii
p r o p i e d a d , e t c . ) , q u e s o n c i e r t a m e n t e los q u e p r o d u c e n m a y o r a l a r m a social t
el s e n t i m i e n t o m á s e x t e n d i d o de i n s e g u r i d a d c i u d a d a n a , p e r o q u e obviainnii.
n o s o n los ú n i c o s y a veces n i s i q u i e r a los m á s i m p o r t a n t e s . Las r a z o n e s de [un
q u é esto es así las e x p l i c a r e m o s m á s a d e l a n t e , c u a n d o a d e m á s del e s t u d i o d( 11
e t i o l o g í a de la c r i m i n a l i d a d v e a m o s t a m b i é n los p r o c e s o s de c r i m i n a l i z a c i ó n y
l l e g u e m o s a la c o n c l u s i ó n de q u e t a n i m p o r t a n t e o m á s q u e las causas p o r las q m
se llega a ser d e l i n c u e n t e es el p r o c e s o a t r a v é s d e l c u a l se decide q u é es lo gw
se castiga y q u é es l o q u e , en d e f i n i t i v a , se d e f i n e c o m o c r i m i n a l . T a m b i é n h a b i . i
q u e tener en c u e n t a q u e m u c h a s veces el a u t o r d e l d e l i t o es de a l g ú n m o d o vícn
m a , a su v e z , d e m u c h a s c i r c u n s t a n c i a s q u e n o d e p e n d e n de él o de las q u e él
es r e s p o n s a b l e en a b s o l u t o , y q u e le l l e v a n f a t a l m e n t e a la c o m i s i ó n de d e l i t o s
f a v o r e c e n su c o m p o r t a m i e n t o d e l i c t i v o , c o m o la i n j u s t a d i s t r i b u c i ó n d e la r i q m
za y de las o p o r t u n i d a d e s existentes p a r a el d e s a r r o l l o de la p e r s o n a l i d a d en l.i
s o c i e d a d , o los p r o p i o s c o n d i c i o n a m i e n t o s , b i o l ó g i c o s y p s í q u i c o s , o sus déficii .
d e s o c i a l i z a c i ó n p o r causa de su o r i g e n f a m i l i a r y s o c i a l , etc. Y o t r a s veces habr.i
q u e v a l o r a r a d e m á s q u e el q u e f o r m a l m e n t e llega a ser d e f i n i d o c o m o a u t o r d i l
d e l i t o h a y a s i d o d u r a n t e a ñ o s la v í c t i m a del q u e l u e g o , p o s t e r i o r y finalmente, re
s u l t ó f o r m a l m e n t e v í c t i m a del d e l i t o ( p i é n s e s e , p o r e j e m p l o , en la m u j e r q u e tra'.
ser m a l t r a t a d a s i s t e m á t i c a y b r u t a l m e n t e d u r a n t e a ñ o s p o r su m a r i d o , u n día I»
mata).
A pesar d e t o d a s estas reservas y d e la r e l a t i v i d a d de ia d i s t i n c i ó n e n t r e d e l i n
c u e n t e y v í c t i m a , debe m a n t e n e r s e esta e x p o s i c i ó n d u a l i s t a del saber c r i m i n o l ó g i
c o s o b r e los p r o t a g o n i s t a s d e l c o n f l i c t o p e n a l , n o s o l o p o r su estrecha r e l a c i ó n c o n
el f e n ó m e n o d e la c r i m i n a l i d a d , s i n o t a m b i é n p o r q u e p r á c t i c a m e n t e a t r a v é s de
la m i s m a se p u e d e e x p l i c a r t o d o el a r s e n a l a c t u a l m e n t e e x i s t e n t e de las t e o r í a s e
h i p ó t e s i s c r i m i n o l ó g i c a s . N o o b s t a n t e , en su m o m e n t o se h a r á n las m a t i z a c i o n e s ,
p u n t u a l i z a c i o n e s y a c t u a l i z a c i o n e s q u e sean necesarias p a r a e v i t a r g e n e r a l i z a c i o -
nes q u e falsean la r e a l i d a d o q u e d a n u n a visión d e l o b j e t o de la C r i m i n o l o g í a
e x c l u s i v a m e n t e a f e r r a d a a p r e j u i c i o s sociales o a c o n c e p c i o n e s i d e o l ó g i c a m e n t e
i n t e r e s a d a s en q u e s o l o se e s t u d i e n las m a n i f e s t a c i o n e s c r i m i n a l e s m á s f r e c u e n t e s
en las clases s u b a l t e r n a s , d e j a n d o en la p e n u m b r a las m á s c a r a c t e r í s t i c a s de las
clases d o m i n a n t e s .
B. CLASIFICACIÓN D E LAS TEORÍAS CRIMINOLÓGICAS
P r á c t i c a m e n t e casi t o d a s las t e o r í a s e x i s t e n t e s s o b r e la c r i m i n a l i d a d y sus c a u -
sas (teorías etiotógicas) s o n t e o r í a s o h i p ó t e s i s s o b r e p o r q u é se llega a ser d e l i n -
c u e n t e , es d e c i r , a u t o r d e l d e l i t o . L a a c e n t u a c i ó n de los aspectos i n d i v i d u a l e s , b i o -
34 W i n f n r d I LisM-nicr • Francisco Muñoz Conde
l ó g i c o s O p s i c o l ó g i c o s , t T i la g é n e s i s tic! d e l i r o d a n l u g a r a u n a Microcriminología,
c u y o e n f o q u e se d i r i g e l u i i d a i n e i i i a l m e n t e a l a u t o r del d e l i t o , b i e n c o n s i d e r á n d o l o
i n d i v i d u a l m e m c , b t c n M i u á m l o i o en cl g r u p o s o c i a l d o n d e v i v e , e n el q u e a p r e n d e
los c o m p l e | i ) s procesos s t R Í a l i / a d o r e s y en el q u e s u r g e n l o s c o n f l i c t o s d e l i c t i v o s .
I a a c e n t i i . i e n n i de los a s p e c t o s sociales c n la g é n e s i s d e l d e l i t o d a l u g a r a u n a
MacrocrtmmuUigia, t i i i e se o c u p a m á s d e l a n á l i s i s e s t r u c t u r a l de la s o c i e d a d e n la
( | i i e s u r g e el d e l i t o .
( l o r m i n a estos p l a n t e a m i e n t o s e t i o l ó g i c o s es q u e p r e t e n d e n e x p l i c a r la c r i m i -
i i . i l i d . u i c o m o r e s u l t a d o de u n a serie d e causas b i o l ó g i c a s , p s i c o l ó g i c a s o s o c i a l e s .
I r e n t e a estas t e o r í a s e t i o l ó g í c a s , q u e p r á c t i c a m e n t e h a n d o m i n a d o c l p e n s a -
m i e n t o c r i m i n o l ó g i c o desde sus i n i c i o s hasta n u e s t r o s d í a s , s u r g i ó en los a ñ o s 7 0
del s i g l o X X u n p l a n t e a m i e n t o e t i q u c t i s t a o d e f i n i c i o n i s t a [labeUmg approach),
q u e . i . i m l i i é n c o n diversas v a r i a n t e s , c o n s i d e r a la c r i m i n a l i d a d c o m o el r e s u l t a d o
de u n p r o c e s o de d e f i n i c i ó n y d e a t r i b u c i ó n d e esta c a l i f i c a c i ó n p o r los ó r g a n o s
e n c a r g a d o s de la p e r s e c u c i ó n d e l d e l i t o ( P o l i c í a ) y de la A d m i n i s t r a c i ó n d e J u s -
t i c i a ( l i i e c c s y T r i b u n a l e s ) . F.n estas t e o r í a s m á s q u e la c r i m i n a l i d a d c n sí m i s m a
y sus c a u s a s , interesa el p r o c e s o d e c r i m i n a l i z a c i ó n , las r a z o n e s p o r las q u e u n a s
p e r s o n a s l l e g a n a ser c o n s i d e r a d a s y d e f i n i d a s ( e t i q u e t a d a s ) c o m o d e l i n c u e n t e s y
otras no.
I T I cl m o m e n t o a c t u a l , n i n g u n o de estos p l a n t e a m i e n t o s d o m i n a c o m p l e t a m e n -
te el p e n s a m i e n t o c r i m i n o l ó g i c o , en el q u e c a d a vez e s t á n m á s e x t e n d i d a s t e o r í a s
e c l é c t i c a s q u e p r o c u r a n t o m a r de c a d a u n o d e l o s p l a n t e a m i e n t o s u n i l a t e r a l e s y a
e x i s t e n t e s l o q u e parece m á s r a z o n a b l e , útil o c o n v i n c e n t e , y r e c h a z a n l o m á s d i s -
c u t i b l e o m e n o s f u n d a m e n t a d o de l o s m i s m o s .
Sin e m b a r g o , a l g u n a s d e las m á s recientes t e o r í a s c r i m i n o l ó g i c a s se o c u p a n
p r i n c i p a l m e n t e de la r e a c c i ó n y d e l c o n t r o l de la c r i m i n a l i d a d , m á s q u e de sus
c a u s a s , y d e s t a c a n la n e c e s i d a d d e u n m a y o r y m á s eficaz c o n t r o l de la m i s m a ,
a c e n t u a n d o c u a n d o e l l o sea n e c e s a r i o l o s d i s p o s i t i v o s r e p r e s i v o s antes q u e l o s
p r e v e n t i v o s . E n esta d i r e c c i ó n se m u e v e n a l g u n a s t e n d e n c i a s s u r g i d á s en el seno
d e l o s m o v i m i e n t o s f e m i n i s t a s y e c o l o g i s t a s , q u e a l m e n o s en estos sectores e x i -
g e n u n a respuesta p u n i t i v a m á s c o n t u n d e n t e f r e n t e a los casos d e m a l o s t r a t o s y
a s e s i n a t o s de m u j e r e s c n el á m b i t o f a m i l i a r y de la r e l a c i ó n de p a r e j a , o a n t e los
c a d a vez m á s frecuentes y m á s g r a v e s casos de d a ñ o y p o l u c i ó n m e d i o a m b i e n t a l .
Estas y o t r a s t e o r í a s s i m i l a r e s ( t o l e r a n c i a c e r o , D e r e c h o p e n a l d e l e n e m i g o ) e n t r a n
m á s e n la c a t e g o r í a d e la Criminología de la reacción social, a la q u e d e d i c a m o s
la S e g u n d a Parte de este l i b r o .
E n esta o b r a , p o r su c a r á c t e r p r o p e d é u t i c o s o l o se hace u n a e x p o s i c i ó n r e s u m i -
d a d e las p r i n c i p a l e s a p o r t a c i o n e s e h i t o s d e estas t e o r í a s y u n a v a l o r a c i ó n d e las
m i s m a s e n el c o n t e x t o g l o b a l d e la C r i m i n o l o g í a , d e j a n d o su e s t u d i o m á s d e t a l l a -
d o p a r a o t r o s niveles s u p e r i o r e s d e l o s e s t u d i o s c r i m i n o l ó g i c o s , e n l o s q u e i n c l u s o
1
Introducción a la criminología y a la política criminal 35
c o n s t i t u y e n m a t e r i a s i n d e p e n d i e n t e s c o m o la P s i q u i a t r í a y la P s i c o l o g í a c r i m i n a l ,
la S o c i o l o g í a c r i m i n a l , la D e l i n c u e n c i a j u v e n i l , etc. E n t o d o c a s o , desde el p r i m e r
m o m e n t o debe tenerse en c u e n t a q u e , h o y p o r h o y , sigue s i e n d o una m i s i ó n i m p o -
sible d a r u n a e x p l i c a c i ó n s a t i s f a c t o r i a ú n i c a a la c r i m i n a l i d a d y sus c a u s a s , o d e
las r a z o n e s p o r las q u e se l l e g a a ser d e l i n c u e n t e o v í c t i m a de u n d e l i t o , e n t r e o t r a s
cosas p o r el p r o p i o c o n d i c i o n a m i e n t o h i s t ó r i c o , i d e o l ó g i c o y c u l t u r a l de estas r e a -
l i d a d e s q u e d i f i c u l t a u n a visión a b s t r a c t a y c o n p r e t e n s i o n e s de v a l i d e z u n i v e r s a l
y, al m i s m o t i e m p o , p o r la p l u r a l i d a d de aspectos y f a c t o r e s c o n c u r r e n t e s , i m p o s i -
bles de r e c o n d u c i r a u n d e n o m i n a d o r c o m ú n c o m o n o sea u n a vaga y d e m a s i a d o
a b s t r a c t a i n v o c a c i ó n a la p r o p i a c o n d i c i ó n h u m a n a de t o d o s ios i m p l i c a d o s en
este t i p o de p r o b l e m a s . Ya el m i s m o h e c h o de q u e se p r e t e n d a elevar a la c a t e g o r í a
de d o g m a u n d e t e r m i n a d o p l a n t e a m i e n t o (sea e t i o l ó g í c o o d e f i n i c i o n i s t a ) o b l i g a a
e x c l u i r o t r o s q u e , c o m o m í n i m o , t a m b i é n , c o m o saber p a r c i a l , a p o r t a n su p a r t i c u -
lar p u n t o d e v i s t a y a l g u n o s d a t o s r e l e v a n t e s q u e los o t r o s n o o f r e c e n .
I . o m i s m o sucede c o n las t e o r í a s s o b r e la f o r m a d e p r o c e d e r y r e a c c i o n a r a n t e
la c r i m i n a l i d a d q u e v a n desde la a c e n t u a c i ó n d e los a s p e c t o s p r e v e n t i v o s especia-
les, d e s t a c a n d o la i n c i d e n c i a p o s i t i v a ( r e i n s e r c i ó n s o c i a l ) y n e g a t i v a ( i n o c u i z a c i ó n ,
a s e g u r a m i e n t o ) en el d e l i n c u e n t e , h a s t a la d e l o s p r e v e n t i v o s g e n e r a l e s , m á s p r e -
o c u p a d a s p o r el e f e c t o q u e p u e d e n t e n e r las s a n c i o n e s p e n a l e s en la g e n e r a l i d a d
de l o s c i u d a d a n o s , b i e n i n t i m i d á n d o l o s p a r a q u e se a b s t e n g a n de c o m e t e r d e l i t o s ,
bien c o n f i r m a n d o su c o n f i a n z a en la eficacia d e las n o r m a s penales p a r a restable-
cer el o r d e n s o c i a l c o n c u l c a d o p o r el d e l i t o . I.a e l e c c i ó n de u n a u o t r a vía c o m o
f o r m a d e r e a c c i ó n a n t e el d e l i t o g e n e r a a c t i t u d e s c o n t r a d i c t o r i a s , q u e n o p u e d e n
resolverse a priori s i n tener c n c u e n t a o t r o s f a c t o r e s , el t i p o d e d e l i t o y las c i r c u n s -
tancias personales d e l d e l i n c u e n t e .
C o n t o d a s las reservas q u e h a y q u e tener c u a n d o se t r a t a de e x p l i c a r a l g u n a s
t e o r í a s q u e n o h a n c o n s e g u i d o m u c h a s veces p a s a r d e la m e r a h i p ó t e s i s o del p a r -
t i c u l a r i s m o q u e s o l o p e r m i t e a p l i c a r l a s en a l g ú n caso c o n c r e t o , p a s a m o s a h o r a a
e x p o n e r , s i n p r e t e n s i o n e s d e e x h a u s t i v i d a d , en la P r i m e r a Parte de esta o b r a l o s
aspectos m á s d e s t a c a d o s d e las d i s t i n t a s t e o r í a s y saberes a c u m u l a d o s s o b r e el
a u t o r d e l d e l i t o , la c r i m i n a l i d a d y l o s p r o c e s o s d e c r i m i n a l i z a c i ó n ; y en la Segunda
Parte, a q u e l l a s m á s r e l a c i o n a d a s c o n la r e a c c i ó n s o c i a l f r e n t e a ia c r i m i n a l i d a d .
E.sta e x p o s i c i ó n g l o b a l d e las d i v e r s a s t e o r í a s c r i m i n o l ó g i c a s p u e d e servir, a l
m i s m o t i e m p o , p a r a u n r á p i d o r e c o r r i d o p o r la Historia de la Criminología des-
de su a p a r i c i ó n a finales d e l s i g l o X I X c o m o d i s c i p l i n a c i e n t í f i c a c o n las t e o r í a s
l o m b r o s i a n a s s o b r e el delincuente nato, hasta el g i r o r a d i c a l q u e s u f r i ó a p a r t i r
del ú l t i m o c u a r t o d e l s i g l o X X c o n las t e o r í a s d e la c r i m i n a l i z a c i ó n o de ia c r i m i -
n a l i d a d c o m o r e s u l t a d o d e u n p r o c e s o de e t i q u e t a m i c n t o o d e f i n i c i ó n , p a s a n d o
p o r las t e o r í a s d e la s o c i a l i z a c i ó n d e f i c i e n t e y de los c o n f l i c t o s e s t r u c t u r a l e s q u e
t u v i e r o n su m á x i m o a p o g e o e n t r e l o s a ñ o s t r e i n t a y c i n c u e n t a del p a s a d o s i g l o ,
36 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde

así c o m o p o r las teorías de ¡a reacción social al delito, que s e r á n t r a t a d a s en la Capítulo III

S e g u n d a Parte de esta o b r a .
E l primer protagonista: el autor del delito. Teorías
sobre el autor del delito

A. TEORÍAS BIOLÓGICAS, PSIQUIÁTRICAS Y PSICOLÓGICAS

Sumarlo: 1. Los presupuestos cieatíficos. a) La tesis de L O M H R O S O . b) Las tesis psiqiii.iii»
Las tesis psicoiógicas: los trastornos de la personalidad como factor determinante de I
lidad. d) La teoría de los tipos de autor y la Criminología nacionalsocialista, e] Teorí.r. L.
en la predisposición genética y cromosómica. Las investigaciones sobre gemelos, 2, V.iL •
criminológica de estas teorías, a| Errores y posibilidades de las teorías biológicas, b] inm
cías de las teorías psicológicas individuales

CASOS:
1 . Mario padecía trastornos psíquicos, sobre todo desde que sufrió un accut
de tráfico en el que resultó gravemente lesionado y, según dictamen médioi. .
daños cerebrales. Dichos trastornos se agravaron por un excesivo consumo d.
cohol. Desde entonces Mario tenía un comportamiento agresivo y violento cim
hijos y su mujer, que decidió separarse planteando el correspondiente proceso ¡u
cial en el que solicitó quedarse cn el domicilio conyugal y la custodia de sus hn-
La Juez de Familia accedió a ello, pero concedió a Mario, con la oposición di
mujer, el derecho a estar con sus hijos los sábados por la tarde. En el transcurso •
uno de los encuentros, Mario estranguló a su hija de 4 años, en presencia del i>i-
hijo de 9, y luego se entregó voluntariamente en la Comisaría de Policía, declaran.i
que había matado a su hija «porque así le dejo a la madre una astilla clavada en •
corazón que le va a durar toda la vida».

2. Jesíís, joven tímido y apocado, pasó parte de su infancia en un orfanato

donde fue frecuentemente víctima de abusos sexuales por parte de un emplead.-
del mismo. Ya de adulto mostró tendencias homosexuales sobre todo hacia niño-,
de la edad que él tenia cuando estaba en el orfanato. El mismo se avergonzaba dr
esas tendencias que le costaba reprimir, sobre todo cuando se encentraba a sola--
con niños pequeños en parques, alrededores de los colegios, etc. Un día contado
con uno de esos niños y le propuso que le acompañara a comprar algunas golosi-
nas, llevándolo a un descampado, donde intentó abusar sexualmente de él. Ante
las protestas y llantos del niño, Jesús perdió el control y, temiendo ser descubierto,
con una piedra golpeó repetidas veces al niño en la cara, provocándole ta muerte.
Posteriormente, asustado, Jesús tapó el cadáver del niño con unas ramas y luego por
la noche se desembarazó de él tirándolo a un vertedero que había en las cercanías
del lugar del suceso.

3. Un ciudadano japonés residente en París recibía clases de alemán de una

joven y atractiva estudiante holandesa que acudía para ello a su apartamento dos
veces por semana. Enamorado de ella, un día le pidió tener relaciones sexuales, a
lo que la joven se opuso. Irritado por et rechazo, el ciudadano japonés le disparó
H Winliiril I t.isseiiirr - Francisco Muñoz Conde Introducción a la criminología y a la política criminal 39

líj/i iffiii ¡nsíolii, matándola. Luego descuartizó el cadáver y enterró los pedazos, 7. Tras ¡a invasión de Afganistán por la tropas americanas y de los países alia-
mendos nt dos maletas, en un bosque, guardando una parte del cuerpo (pechos y dos, cientos de jóvenes musulmanes, a los que se considera «enemigos combatien-
órganos genitales) en el frigorífico, comiéndoselos posteriormente. tes-, fueron internados en centros de detención, en los que fueron sometidos por un
grupo de agentes de los Servicios de Seguridad a duros interrogatorios, que, entre
•í. l.ntre ¡992 y ¡994 se denunció en varias ciudades del Norte de Alemania
otras técnicas, incluían someterlos a sofocación e inmersión de la cabeza en baldes
una sene de abusos sexuales de niños cometidos por un hombre ¡oven, de fuerte
de agua hasta casi el ahogamiento, aplicarles descargas eléctricas con electrodos
complexión, quien tapándose el rostro con una máscara se introducía de noche en
puestos en sus genitales, propinarles golpes y patadas en el cuerpo, clavarles astillas
dormitorios de internados y campamentos juveniles abusando de niños de entre 10
en la intersección de ¡as uñas, etc. F.n todo caso, actuaban con la aprobación de sus
y /.í íííios. a los que amenazaba con un cuchillo En septiembre de 2001 desapareció
superiores y siguiendo ¡as instrucciones emanadas de la propia Administración, que
de su domicilio el niño Dcnnis de 9 años, que fue encontrado semanas más tarde
únicamente prohibía expresamente que se aplicaran procedimientos violentos que
en otro lugar asesinado. Otros casos de abusos sexuales y asesinatos de niños se
supusieran el «fracaso irreversible de órganos vitales», es decir, la muerte.
produjeron durante esos años cometidos por un sujeto que igualmente se tapaba cl
rostro con una máscara. Por otra parte, algunos guardianes de dichos campos de detención se divertían
haciendo mofa de ¡os detenidos y de sus creencias religiosas, azuzándoles perros
El Í 5 de abril de 2011 la Policía detuvo a un hombre de 40 años, Martin N.,
agresivos, haciendo que se expusieran desnudos simulando junto con otros deteni-
pedagogo y monitor de campamentos juveniles, que confesó ser el autor de los he-
dos prácticas sexuales, e incluso orillándose en ellos o arrojándoles a la cara paños
chos descritos anteriormente. Eue acusado de más de veinte abusos sexuales y del
higiénicos femeninos ya usados. Todos estos son hechos de los que hay testimonios
asesinato de tres niños.
gráficos publicados en los medios de comunicación, y que han sido reconocidos y
5. Antonio, hombre agresivo y con antecedentes penales por lesiones, amenazas deplorados por la propia Administración americana, que en algunos supuestos ha
y violencia de género, tras estar unas horas paseando por el barrio entra en una igle- procedido a sancionar a algunos guardianes, pero que en el caso de los agentes en-
sia poco antes de comenzar la misa y sin mediar palabra se dirige al primer banco cargados de los interrogatorios ha aprobado e incluso alabado sus métodos como
disparando directamente en la cabeza con un revolver que llevaba escondido en una una forma eficaz de lucha contra el terrorismo, con la que «se han salvado muchas
raqueta de tenis a una mujer en avanzado estado de gestación, causándole la muerte vidas».
en el acto. Después dispara a otra mujer, a la que hiere gravemente, y dirigiéndose al
altar se pone de rodillas frente al mismo y se dispara un tiro en la boca, matándose. 8. El 19 de julio de 2012, James Holmes, de 24 años, estudiante de doctorado
No había ninguna relación ni conocimiento previo entre Antonio y sus victimas. en Neurociencia, entró a un cine de un suburbio de Denver, capital de Colorado
(USA), donde se estrenaba una película de la sene «Batman». Holmes iba vestido
6. En la ciudad noruega de Oslo, en el verano de 2011 un joven noruego de .? / de negro de pies a cabeza, con una máscara antigás y un chaleco anttbalas, como
años, Andrés Breivick, sin antecedentes penales, de buen nivel cultural y económi- uno de los personajes de la citada película. A continuación disparó indiscriminada-
co, de clara ideología uUraderechisla y racista, pero sin vinculación con grupos o mente con un fusil a las personas que allí se encontraban, matando a 12 e hiriendo
partidos políticos afines a su ideología, y al parecer actuando por su cuenta y riesgo a otras 59, algunas de extrema gravedad. Luego salió de la sala y se dirigió al apar-
y tras varios meses de preparación, hizo estallar varios explosivas en diversos cen- camiento, donde fue detenido por la Policía sin ofrecer resistencia.
tros gubernamentales de la capital, dirigiéndose luego a la isla de ütoya, cercana a
la costa y a unos cuarenta kilómetros de Oslo, cn la que se celebraba una reunión
de jóvenes del Partido Laborista Noruego. Sin mediar palabra comenzó a disparar
con un rifle de alta precisión contra los jóvenes allí reunidos, la mayoría de ellos
1. Los presupuestos científicos
adolescentes de entre ¡4 y ¡8 años. En total el doble atentado costó la vida a 77
personas, en su mayoría jóvenes y adolescentes. Unos meses después de su deten- L o p r i m e r o q u e se le o c u r r e a a l g u i e n q u e se c o n s i d e r a « n o r m a l » , y n o se a t r e v e •
ción un grupo de expertos psiquiatras dictaminó que Breivick padecía una psicosis n i s i q u i e r a a i m a g i n a r q u e p u e d a l l e v a r a c a b o u n h e c h o c o m o los r e l a t a d o s a l
esquizofrénica paranoica, que le hacia irresponsable de sus actos, y que lo que pro-
c o m i e n z o de este c a p í t u l o , es q u e el q u e a c t ú a a s í t i e n e « a l g o r o t o » e n su i n t e r i o r ,
cedía era su internamiento en un centro psiquiátrico. Posteriormente otro grupo de
q u e n o es « n o r m a l » , q u e t i e n e u n d e f e c t o , q u e a l g o q u e n o f u n c i o n a b i e n e n su
expertos psiquiatras consideró, cn cambio, que era plenamente responsable de sus
actos: cl juicio ya se ha celebrado y a julio de 2012 está pendiente de sentencia. mente.

Un caso similar sucedió en Arkansas en 1995. Uñ individuo llamado
puso una bomba en un edificio gubernamental provocando la muerte de
personas. McVeight fue declarado culpable, condenado a muerte y luego
sin que el Tribunal del Jurado admitiera que concurriera en él ningún tipo
malía o enfermedad mental que le eximiera o atenuara su responsabilidad,
McVeight A u n q u e p a r a v a l o r a r a tos a u t o r e s de este t i p o d e h e c h o s s i e m p r e ha h a b i d o y
doscientas h a b r á o p i n i o n e s , m á s o m e n o s f u n d a d a s , basadas e n la p r o p i a e x p e r i e n c i a y o b -
ejecutado, s e r v a c i ó n d e l a c o n d i c i ó n h u m a n a , estas c a r e c e n ógj v a l o r c i e n t í f i c o q u e r e q u i e r e n
de ano- las i n s t a n c i a s l e g i s l a t i v a s y j u d i c i a l e s q u e t i e n e n q u e d e c i d i r q u é es l o q u e h a y
y q u e hacer c o n este t i p o d e s u j e t o s . D u r a n t e s i g l o s se h a n f o r m u l a d o m u l t i t u d d e
40 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
t e o r í a s de c a r á c t e r m o r a l o r e l i g i o s o sobre las r a z o n e s de esta clase de c o m p o r t a -
m i e n t o s , d a d o q u e la p r e o c u p a c i ó n p o r los d e l i t o s v i o l e n t o s , q u e i m p l i c a n a t a q u e s
a la v i d a , a la p r o p i e d a d o la l i b e r t a d s e x u a l de las p e r s o n a s , h a n c o n s t i t u i d o el
n ú c l e o q u e ha s u s t e n t a d o u n a i m a g e n r e l a t i v a m e n t e c o n s t a n t e y h o m o g é n e a d e !
D e r e c h o p e n a l en t o d o s los p a í s e s de n u e s t r a á r e a de c u l t u r a o c c i d e n t a l e u r o p e a
a t r a v é s de los t i e m p o s . P e r o n o fue hasta m e d i a d o s d e l s i g l o X I X c u a n d o d i o c o -
m i e n z o el e s t u d i o c i e n t í f i c o de estos h e c h o s , c o n la a p l i c a c i ó n de u n a m e t o d o l o g í a ,
basada f u n d a m e n t a l m e n t e en la e x p e r i m e n t a c i ó n y en el e s t u d i o c i e n t í f i c o de la
i n d i v i d u a l i d a d c o r p o r a l y p s í q u i c a de los a u t o r e s de los m i s m o s . E l « p o s i t i v i s m o
c i e n t í f i c o » , q u e tiene sus o r í g e n e s en el I l u m í n í s m o y la I l u s t r a c i ó n d e l s i g l o X V I I I ,
i n f l u y ó en t o d a s las r a m a s del saber de la é p o c a , q u e ya en el s i g l o X I X , p a r a l e -
l a m e n t e a la R e v o l u c i ó n i n d u s t r i a l , p r o d u j e r o n u n e s p e c t a c u l a r d e s a r r o l l o de las
l l a m a d a s C i e n c i a s n a t u r a l e s ( F í s i c a , Q u í m i c a , B i o l o g í a ) y de la M e d i c i n a , p e r o
t a m b i é n de la C i e n c i a s s o c i a l e s , q u e c o m e n z a r o n a a p l i c a r tos m i s m o s m é t o d o s
de o b s e r v a c i ó n y e x p e r i m e n t a c i ó n p a r a i n v e s t i g a r , e x p l i c a r y p r e d e c i r el c o m -
p o r t a m i e n t o h u m a n o y s o c i a l : la i d e n t i f i c a c i ó n de los d i v e r s o s f a c t o r e s causales
c o n f o r m e a leyes d e t e r m i n i s t a s , la c l a s i f i c a c i ó n de los m i s m o s , la e v o l u c i ó n c o m o
ley i n e x o r a b l e a p l i c a b l e a t o d a s las especies ( D A R W I N ) , etc.
En este c a l d o de c u l t i v o n a c i ó la C r i m i n o l o g í a c o n la p r e t e n s i ó n de i d e n t i f i -
c a r las causas, b i o l ó g i c a s o sociales, d e la c r i m i n a l i d a d , i n v e s t i g a n d o p o r q u é las
p e r s o n a s se c o n v i e r t e n en d e l i n c u e n t e s , y las d i f e r e n c i a s e n t r e estos y las p e r s o -
nas q u e p o d r í a m o s l l a m a r n o r m a l e s . S e g u i d a m e n t e se e x p o n d r á n b r e v e m e n t e los
h i t o s m á s i m p o r t a n t e s de los p l a n t e a m i e n t o s q u e d i e r o n l u g a r a l n a c i m i e n t o de
la C r i m i n o l o g í a y la p o s t e r i o r e v o l u c i ó n q u e h a n e x p e r i m e n t a d o hasta n u e s t r o s
días, para c o m p r o b a r hasta qué p u n t o pueden servir para e x p l i c a r y c o m p r e n d e r
casos c o m o los q u e h e m o s e x p u e s t o al c o m i e n z o de este c a p í t u l o , y q u é t i p o de
s o l u c i o n e s p u e d e n darse a los m i s m o s .
• - • , ^ '
a) L a tesis de LoMBROSO
El i n i c i o de esta e t a p a c i e n t í f i c a , q u e d i o l u g a r a l n a c i m i e n t o de la C r i m i n o -
l o g í a c o m o d i s c i p l i n a c i e n t í f i c a a u t ó n o m a , se debe s o b r e t o d o a l m é d i c o i t a l i a n o
Cesare E O M B R O S O ( 1 8 3 5 - 1 9 0 9 ) , q u i e n en su o b r a L'Uomo delinquente [V ed.
1 8 7 6 , 5" e d . 1 8 9 7 ) , y p o s t e r i o r m e n t e en o t r a s m u c h a s , f o r m u l ó y d e s a r r o l l ó su
t e o r í a de! delincuente nato. U n a especie de ser a t á v i c o , d e g e n e r a d o , m a r c a d o p o r
una serie de e s t i g m a s c o r p o r a l e s p e r f e c t a m e n t e i d e n t i f i c a b l e s a n a t ó m i c a m e n t e ,
c o m o a n o m a l í a s del c r á n e o ( « e n o r m e fosa o c c i p i t a l m e d i a y u n a h i p e r t r o f i a d e l
v e r m e , a n á l o g a a la q u e se h a l l a en los v e r t e b r a d o s i n f e r i o r e s » ) , f r e n t e h u i d i z a ,
p o b l a d a s cejas, o r e j a s e n f o r m a de asa, p ó m u l o s p r o m i n e n t e s , b r a z a d a s u p e r i o r a
la e s t a t u r a , etc.
Inrroducción a la criminología y a ia política criminal' I
N a t u r a l m e n t e , el p r o p i o E O M B R O S O r e c o n o c i ó que esta d e s c r i p c i ó n c < i i i i
p e n d í a sobre t o d o a delincuentes violentos y que, j u n t o a ellos, h a b í a tanilm •
o t r o s t i p o s de d e l i n c u e n t e s q u e él c l a s i f i c a b a d i s t i n g u i e n d o e n t r e l o c o s m o i . i l ,
e p i l é p t i c o s , o c a s i o n a l e s y p a s i o n a l e s . A t r a v é s de las d i s t i n t a s e d i c i o n e s de su o\„ •
E O M B R O S O p a s ó desde u n p r i m e r e s t a d i o de a b s o l u t a i n d i s t i n c i ó n , a d i f e r e m i . . .
h a s t a diez t i p o s de d e l i n c u e n t e s , a u n q u e e l c u e r p o c e n t r a l de su t e o r í a l o sip.im
s i e n d o el d e l i n c u e n t e n a t o . T a m b i é n d e d i c ó t r a b a j o s al d e l i n c u e n t e p o l í t i c o , v •
la m u j e r d e l i n c u e n t e y la p r o s t i t u t a (este ú l t i m o en c o l a b o r a c i ó n c o n su discí|ml.
EERRARO). Y aunque finalmente, p o r i n f l u e n c i a de su d i s c í p u l o F E R R I ( S o c i o l o ) ; i ,
c r i m i n a l ) , r e c o n o c i ó t a m b i é n la r e l e v a n c i a de o t r o s f a c t o r e s de c a r á c t e r social i c
la g é n e s i s de la d e l i n c u e n c i a , m a n t u v o sus tesis b i o l o g i c i s t a s y a n t r o p o m ó r f i i .i
h a s t a el final de sus d í a s . V a l g a de m u e s t r a de estas a n o m a l í a s o p a r t i c u l a r i d a . l i
a n a t ó m i c a s q u e t a m b i é n c r e í a ver en o t r o s t i p o s d e d e l i n c u e n t e s , el s i g u i e n t e |>.i
saje s a c a d o de su o b r a c a p i t a l L'Uomo delinquente:
«Los ladrones llenen en general los rasgos de la cara y las manos muy movibles; su
ojos son pequeños, inquietos, muchas veces bizquean; cejijuntos; la nariz encorvail.i
respingona; escasa barba; cabello poco espeso; la frente casi siempre pequeña y huidi/,i
las orejas en forma de asa, l.os asesinos tienen una mirada fría, dura; sus ojos están in
yectados en sangre. La nariz grande; a menudo surcada de venas o aguileña; mandíbul.n
fuertes y huesudas; orejas largas; amplias mejillas; cabello rizado, abundante y oscuro,
barba frecuentemente escasa; labios delgados; colmillos grandes».
J u n t o c o n F E R R I y G A R Ü L M . O , q u i e n fue el p r i m e r o en u t i l i z a r c o m o t í t u l o d i
su o b r a el t é r m i n o « C r i m i n o l o g í a » , c o n s t i t u y e r o n la l l a m a d a Escuela P o s i t i v a o
« N u e v a S c u o l a » q u e , f r e n t e a la Escuela C l á s i c a , se c a r a c t e r i z a b a p o r la a p l i c a -
c i ó n de u n m é t o d o e x p e r i m e n t a l y p o r la n e g a c i ó n de la c u l p a b i l i d a d i n d i v i d u a l
y d e l l i b r e a l b e d r í o c o m o f u n d a m e n t o de la m i s m a . L a p r i n c i p a ! a p o r t a c i ó n de la
Escuela P o s i t i v a a l d e s e n v o l v i m i e n t o d e la C r i m i n o l o g í a n o s o n , sin e m b a r g o , las
tesis q u e d e f i e n d e n sus p r i n c i p a l e s r e p r e s e n t a n t e s , s i n o el m é t o d o e m p l e a d o p a r a
l l e g a r a f u n d a m e n t a r l a s . E n p l e n o a p o g e o de las C i e n c i a s n a t u r a l e s y d e l m é t o d o
e x p e r i m e n t a l , era l ó g i c o q u e se p r o p u g n a r a h a c e r l o m i s m o c o n el p r o t a g o n i s t a
p r i n c i p a l d e l d e l i t o : el d e l i n c u e n t e , s o m e t i é n d o l o a o b s e r v a c i ó n , a n a l i z a n d o y m i -
d i e n d o sus d a t o s c o r p o r a l e s , e s t a t u r a , p e s o , l o n g i t u d de los b r a z o s , i n v e s t i g a n d o
sus a n o m a l í a s a n a t ó m i c a s i n t e r n a s c u a n d o f a l l e c i d o s se les p r a c t i c a b a n a u t o p s i a s ,
m i d i e n d o sus c r á n e o s , c l a s i f i c á n d o l o s , etc. Y e l l o n o de u n a f o r m a a i s l a d a o ane-
c d ó t i c a , s i n o s i s t e m á t i c a m e n t e , a p u n t a n d o y c l a s i f i c a n d o los d a t o s y el r i c o m a t e -
r i a ! q u e e n c o n t r a b a n en los i n d i v i d u o s q u e s e r v í a n de o b j e t o de sus e x p e r i m e n t o s ,
p r i n c i p a l m e n t e reclusos c o n d e n a d o s p o r d i v e r s o s y m u y graves d e l i t o s (asesinos y
violadores, sobre t o d o ) .
 Wlnfrirtl I Ijisciiirr 1T;)IKÍSC<) Muñoz Conde
10 I l U lrhi« |>st(|iiiitlriciis
I I é x i t o (le L I S icsis l o m b r o s i a n a s f u e e n o r m e y y a a finales d e l s i g l o X I X h a -
buti) g f m ' i . u l o g i . m e . n i i l d a d de a d e p t o s en t o d o el m u n d o . C i e n t í f i c o s de las m á s
t l i v i ' t x i i s p i o i e d e i i c i a s se d e d i c a r o n a i n v e s t i g a r las a n o m a l í a s y d e f e c t o s c o r p o -
iiili-N de los d e l i n c u e n t e s , p e r o p r o n t o , a m e d i d a q u e l o s c o n o c i m i e n t o s s o b r e l o s
. o m l u i o n . i i n i e n t o s p u r a m e n t e a n a t ó m i c o s d e l c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o se c o n -
• . i i l i T . i t o i i i n s i i f i c i e i i i e s p a r a e x p l i c a r p o r sí solos las causas de la c r i m i n a l i d a d , se
p r o p u g n a r o n o t r a s tesis, e n p a r t e c o m p l e m e n t a r i a s , en p a r t e c r í t i c a s d e los p l a n -
i f . i m i e n t o . s l o m b r o s i a n o s . F u n d a m e n t a l en esta r e i n t e r p r c t a c i ó n de la e t i o l o g í a
i t i i n i n a l f u e r o n la P s i c o l o g í a y p r i n c i p a l m e n t e la P s i q u i a t r í a , q u e ya h a b í a a d q u i -
r i d o g r a n d e s a r r o l l o c o m o e s p e c i a l i d a d m é d i c a . Y f u n d a m e n t a l en la a p o r t a c i ó n
de la P s i q u i a t r í a es q u e esta n o s o l o se o c u p a de las e n f e r m e d a d e s m e n t a l e s d e base
s o m á t i c a p o s t u l a d a o c o n o c i d a , s i n o t a m b i é n d e las q u e s o n p u r a s r e a c c i o n e s v i -
v e n c i a l c s a n o r m a l e s ; d e a h í la d i s t i n c i ó n q u e h i z o el p s i q u i a t r a a l e m á n KRAEPEI.IN
e n t r e psicosis ( e n f e r m e d a d e s m e n t a l e s c o n base s o m á t i c a c o n o c i d a o p o s t u l a d a ,
e x ó g c n a s o e n d ó g e n a s ) y neurosis ( r e a c c i o n e s a n ó m a l a s s i n base s o m á t i c a ) , d i s -
l i n c i ó n q u e a s u vez g e n e r a b a o t r a s c l a s i f i c a c i o n e s . E n e f e c t o , p r o n t o se d e t e c t ó , y
i o M i i u o s ü f u e t a m b i é n c o n s c i e n t e de e l l o , q u e m u c h o s d e l i n c u e n t e s p r e s e n t a b a n
a n o m a l í a s p s í q u i c a s m á s i m p o r t a n t e s q u e las a n a t ó m i c a s p a r a e x p l i c a r la g é n e s i s
del c o m p o r t a m i e n t o c r i m i n a l . D e a h í a a s o c i a r « c r i m i n a l i d a d » c o n « e n f e r m e d a d
m e n t a l » o c o n ciertas a n o m a l í a s psíquicas n o había m á s que u n paso.
P e r o d o n d e se p r o d u c e u n a m a y o r v i n c u l a c i ó n e n t r e a n o m a l í a p s í q u i c a y d e -
l i n c u e n c i a es en la o b r a d e l p s i q u i a t r a a l e m á n K u r t S C H N F . I D E R , q u i e n en 1 9 2 3
d e s a r r o l l ó c l c o n c e p t o de personalidades psicopáticas {Die psychopathischen Per-
sdnlichkeiten), q u e n o p o d í a n i n c l u i r s e n i en las p s i c o s i s , n i c n las n e u r o s i s , p o r
t r a t a r s e de u n a f o r m a a n o r m a l d e p e r s o n a l i d a d c a r a c t e r i z a d a p o r u n a a l t e r a c i ó n
de l a c a p a a f e c t i v a , de l o s s e n t i m i e n t o s i n d i v i d u a l e s . S C H N E I D E R l l e g ó a e n u n c i a r
d i s t i n t a s f o r m a s de p e r s o n a l i d a d e s p s i c o p á t i c a s o p s i c ó p a t a s ( h i p e r t í m i c o s , d e -
p r i m i d o s , i n s e g u r o s de sí m i s m o s , f a n á t i c o s , c o n a f á n de n o t o r i e d a d ; l á b i l e s d e
h u m o r , d e s a l m a d o s , a b ú l i c o s y a s t é n i c o s ) , a s i g n a n d o a c a d a u n a de ellas d i s t i n t a s
f o r m a s de c o n d u c t a q u e p o d í a n t e n e r r e l e v a n c i a c r i m i n a l , s o b r e t o d o en el c a s o de
l o s desalmados, sujetos q u e c a r e c e n de c o m p a s i ó n , v e r g ü e n z a , s e n t i d o d e l h o n o r ,
r e m o r d i m i e n t o s y c o n c i e n c i a m o r a l , y a los q u e S C H N E I D E R c o n s i d e r a i n c o r r e g i -
bles.
P e r o l o m á s r e l e v a n t e d e esta c o n t r i b u c i ó n es q u e r e s a l t ó q u e este t i p o d e
a n o m a l í a s l o s o n m á s d e ! c a r á c t e r , q u e de la i n t e l i g e n c i a o de c u a l q u i e r o t r a f a c u l -
tad p s í q u i c a . T a m p o c o t i e n e n u n a base s o m á t i c a . Y l o m á s i m p o r t a n t e es q u e se
c o n s i d e r a a q u i e n e s las p a d e c e n p l e n a m e n t e r e s p o n s a b l e s de sus a c t o s , a pesar de
q u e p o r su p e r s o n a l i d a d t i e n e n u n a t e n d e n c i a a r e a l i z a r d e t e r m i n a d a s c o n d u c t a s
c r i m i n a l e s . E l c o n c e p t o de « p s i c o p a t í a » se c o n v i r t i ó p r o n t o en u n a especie d e
Introducción a la criminología y a la política criminal 43
c o n c e p t o de r e c o g i d a u t i l i z a d a p a r a i n c l u i r y e x p l i c a r t o d o s l o s c o m p o r t a m i e n t o s
a n ó m a l o s , s o c i a l o c r i m i n a l m e n t e h a b l a n d o , q u e n o s o n r e c o n d u c i b l e s a las e n -
f e r m e d a d e s m e n t a l e s p r o p i a m e n t e d i c h a s (psicosis y n e u r o s i s ) o a las o l i g o f r e n i a s
( r e t r a s o m e n t a l ) . Su c o n t e n i d o n o era n a d a p r e c i s o . E l m i s m o S C H N E I D E R d e f i n í a
las p e r s o n a l i d a d e s p s i c o p á t i c a s c o m o «aquellas personalidades que s u f r e n p o r
c a u s a de su a n o r m a l i d a d o p o r c u y a a n o r i n a l i d a d s u f r e la s o c i e d a d » , l o q u e en
v e r d a d a y u d a p o c o a su p r e c i s i ó n . E n la m o d e r n a P s i q u i a t r í a se le da m á s el s e n t i -
d o d e « s o c i ó p a t a s » , c o n c i b i é n d o l o s c o m o p e r s o n a s c o n t r a s t o r n o s en s u p r o c e s o
d e s o c i a l i z a c i ó n y en el a p r e n d i z a j e d e los v a l o r e s sociales b á s i c o s , q u e les l l e v a n
a p r o v o c a r c o n f l i c t o s en l a c o n v i v e n c i a y, p o r s u p u e s t o , a l a c o m i s i ó n de d e l i t o s .
N a t u r a l m e n t e , c o n esta c o n c e p c i ó n de los p s i c ó p a t a s se p u e d e c o n s i d e r a r q u e m u -
c h o s d e l i n c u e n t e s l o s o n , p o r q u e c o n f r e c u e n c i a la i n d i f e r e n c i a h a c i a l o s v a l o r e s
é t i c o s y j u r í d i c o s , la f a l t a de e s c r ú p u l o s , la a m b i c i ó n d e s m e d i d a , el e g o í s m o y l a
a u s e n c i a de s e n t i m i e n t o s d e c u l p a s o n los f a c t o r e s p r i n c i p a l e s d e d e t e r m i n a d o s t i -
p o s de d e l i t o s (y n o s o l o de l o s v i o l e n t o s , s i n o t a m b i é n y s o b r e t o d o , a l g o q u e m u -
c h a s veces se o l v i d a , de l o s g r a n d e s f r a u d e s p o r u n a f á n i n m o d e r a d o d e l u c r o e n
p e r j u i c i o de g r a n d e s m a s a s d e la p o b l a c i ó n ) . P e r o m á s q u e d a r u n a e x p l i c a c i ó n d e
la c r i m i n a l i d a d , d e s c r i b e s i m p l e m e n t e la p a r t e n e g a t i v a de la c o n d i c i ó n h u m a n a ,
q u e a f o r t u n a d a m e n t e t a m b i é n t i e n e o t r o s aspectos p o s i t i v o s , i n c l u s o c o i n c i d e n t e s
con l o s n e g a t i v o s e n l a m i s m a p e r s o n a , p o r l o q u e d i f í c i l m e n t e se p u e d e v a l o r a r en
si m i s m a c o m o u n a e x p l i c a c i ó n s u f i c i e n t e de la c o n d u c t a c r i m i n a l .
P o r o t r a p a r t e , la f a l t a de c o n e x i ó n de l a p s i c o p a t í a c o n f a c t o r e s b i o l ó g i c o s o
d e t e r m i n a d a s c o n s t i t u c i o n e s s o m á t i c a s d i f i c u l t a la p r u e b a de s u p r o p i a e x i s t e n c i a ,
y eso h a c e q u e de h e c h o se u t i l i c e c o m o a u n « c a j ó n d e s a s t r e » o a p a r t a d o c l a s i f i -
c a t o r i o en el q u e se I n c l u y e n t o d a s a q u e l l a s a n o m a l í a s d e l c o m p o r t a m i e n t o q u e n o
son encuadrabtcs c n otras categorías mejor delimitadas psiquiátricamente, c o m o
s o n las psicosis o las n e u r o s i s . D e a h í q u e , en la a c t u a l i d a d , e n las c l a s i f i c a c i o n e s
d e las e n f e r m e d a d e s m e n t a l e s , c o m o o c u r r e en la c o n o c i d a c o m o D S M - I V , se h a b l e
cn l u g a r de p s i c o p a t í a s de « t r a s t o r n o s d e la p e r s o n a l i d a d » . C o m o v e r e m o s m á s
a d e l a n t e , el p r o b l e m a f u n d a m e n t a l q u e p l a n t e a n l o s d e l i n c u e n t e s d i a g n o s t i c a d o s
c o m o p s i c ó p a t a s , o c o n t r a s t o r n o s d e l a p e r s o n a l i d a d , es h a s t a q u é p u n t o p u e d e n
ser c o n s i d e r a d o s r e s p o n s a b l e s de sus actos y, a u n q u e l o sean, c u á l es la m e j o r
f o r m a de t r a t a r y c o n t r o l a r sus t r a s t o r n o s . En la f o r m u l a c i ó n j u r í d i c a de las bases
de la i m p u t a b i l i d a d o c a p a c i d a d de c u l p a b i l i d a d ( v é a s e , p o r e j e m p l o a r t . 2 0 . 1 " y
2 " d e l C ó d i g o p e n a l e s p a ñ o l ) se c o n s i d e r a q u e las a n o m a l í a s p s í q u i c a s q u e afec-
tan a la i n t e l i g e n c i a y/o a la v o l u n t a d d e l s u j e t o e x c l u y e n o a l m e n o s r e d u c e n la
r e s p o n s a b i l i d a d d e l q u e las p a d e c e , c u a l q u i e r a q u e sea el n o m b r e p s i q u i á t r i c o q u e
se les d é a las m i s m a s ( p s i c o s i s , n e u r o s i s , d r o g o d e p e n d e n c i a ) . T a m b i é n el r e t r a s o
m e n t a l , o l i g o f r e n i a s en sus d i s t i n t a s clases y n i v e l e s , q u e n o s o n e x a c t a m e n t e u n a
e n f e r m e d a d m e n t a l , s i n o u n r e t r a s o d e la c a p a c i d a d i n t e l e c t u a l d e b i d o a d i v e r s a s
causas (genéticas, c r o m o s ó m i c a s , e n c e f a l o p a t í a s , a n o x i a cerebral p o r m a l a p r a x i s
'44 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
d u r a n t e el p a r t o , e t c . ) , p u e d e n d a r l u g a r a a l g ú n t i p o de c o m p o r t a m i e n t o d e l i c t i v o
d e l q u e el s u j e t o n o sea r e s p o n s a b l e o respecto del c u a l tenga u n a r e s p o n s a b i l i d a d
d i s m i n u i d a . Pero en los casos en los q u e la s u p u e s t a a n o m a l í a m e n t a l n o afecte
e s e n c i a l m e n t e a la c a p a c i d a d i n t e l e c t u a l o v o l i t i v a , el i n d i v i d u o en c u e s t i ó n , c l a -
s i f i c a d o o d i a g n o s t i c a d o c o n u n o u o t r o n o m b r e de ta t e r m i n o l o g í a p s i q u i á t r i c a ,
será c o n s i d e r a d o r e s p o n s a b l e de sus actos y, p o r t a n t o , c o n d e n a d o , en caso de
d e l i t o g r a v e , a largas penas de p r i s i ó n .
Aplicando los planteamientos psiquiátricos a los casos mencionados al principio de este
capítulo, sus autores podrían clasificarse del siguiente modo:
En el caso I puede haber una psicosis orgánica exógena, provocada por et daño cerebral
posterior a un accidente de circulación, exacerbada por el daño cerebral sobre todo en
caso de ingestión de bebidas alcohólicas. Pero tampoco cabe excluir una actitud machis-
ta, despreciativa de su mujer y de la mujer en general. Probablemente, este puede ser
también el diagnóstico sobre el sujeto del caso 5, en el que el sujeto podría padecer una
psicosis paranoica obsesiva contra las mujeres (especialmente contra las embarazadas),
potenciada por el consumo de drogas.
En el caso 3 el sujeto puede padecer una psicosis esquizofrénica (disociación de la reali-
dad) que le lleva al canibalismo.
En el caso 2 el sujeto puede padecer un trastorno neurótico provocado por los abusos
sexuales de los que fue víctima en su niñez, pero también un trastorno de personalidad.
En el caso 4 et sujeto tiene evidentemente un trastorno claro de la personalidad, en el que
no hay ninguna alteración de la inteligencia o la voluntad, sino de la capa afectiva de los
sentimientos y de los valores morales. Pero el problema de la pederastía que se plantea
en estos dos casos es difícil de catalogar como enfermedad mental y, por tanto, no puede
interpretarse solo en clave psiquiátrica, sino puramente psicológica (véase infra c).
Más difícil es catalogar como enfermos mentales a los sujetos mencionados en el caso 7,
o al autor del atentado que se mencionan en el caso 6 (Breivick), en el que se mezclan
ideas delirantes y paranoicas de contenido ideológico con una vida aparentemente nor-
mal, sin que previamente nadie hubiera observado en su comportamiento ningún dato
que hiciera presumir algún tipo de anomalía mental o inclinación a realizar ese tipo de
ai tividades criminales. La explicación de comportamientos de este tipo nos lleva a las
tesis psicológicas.
c) L a s tesis psicológicas: los trastornos de ta personalidad como factor de-
terminante de la criminalidad
L a s insuficiencias de ios p l a n t e a m i e n t o s p u r a m e n t e b i o l ó g i c o s y de los p s i q u i á -
t r i c o s p a r a e x p l i c a r las causas d e la c r i m i n a l i d a d , h i c i e r o n q u e la C r i m i n o l o g í a
c o m e n z a r a a fijar su a t e n c i ó n en u n a c i e n c i a , la P s i c o l o g í a , q u e m á s q u e a las c a u -
sas de c a r á c t e r p a t o l ó g i c o s o m á t i c o o p s i q u i á t r i c o d e t e c t a b l c s p r i n c i p a l m e n t e c o n
c r i t e r i o s b i o l ó g i c o s o m é d i c o s , se i n t e r e s a b a p o r las f a c u l t a d e s p s i c o l ó g i c a s i n m a -
teriales q u e c o n s t i t u y e n la p e r s o n a l i d a d de u n i n d i v i d u o : i n t e l i g e n c i a , v o l u n t a d ,
a f e c t i v i d a d p e n s a m i e n t o , m e m o r i a , etc. Ya el h e c h o de q u e a m u c h o s d e s ó r d e n e s
Introducción a la criminología y a la política criminal
m e n t a l e s n o se les p u e d a a t r i b u i r u n a base s o m á t i c a , c o m o es el caso de las II.i
m a d a s n e u r o s i s , h i z o p e n s a r q u e el c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o estaba r e l a c i o n a i l n
c o n el p r o c e s o de f o r m a c i ó n de la p e r s o n a l i d a d a t r a v é s de la i n t e r a c c i ó n y de l.i
e v o l u c i ó n desde la n i ñ e z , e t a p a en la q u e se p r o d u c e n m u c h o s c o n f l i c t o s q u e lueg< i
i n f l u y e n en el c o m p o r t a m i e n t o d e l i n d i v i d u o q u e los s u f r e .
E n este s e n t i d o , d e b e d e s t a c a r s e la figura del p s i q u i a t r a a u s t r í a c o S i g m u i u l
E R E U D , q u i e n ya desde sus p r i m e r o s e s t u d i o s a finales del s i g l o X I X r e c o n d u j o l . i
e x p l i c a c i ó n de la h i s t e r i a , q u e su m a e s t r o C H A R C O T a t r i b u í a a d e s ó r d e n e s b i o h i
g i c o s p r o p i o s d e la c o n d i c i ó n f e m e n i n a , a c o n f l i c t o s h a b i d o s en la n i ñ e z , deseos
sexuales r e p r i m i d o s , c o m p l e j o s c d í p i c o s , etc. A p a r t i r de este caso, d e s a r r o l l ó sii
t e o r í a d e l p s i c o a n á l i s i s , q u e n o c a b e d u d a s u p u s o u n h i t o en la e v o l u c i ó n de la Psi
c o l e g í a y en la e x p l i c a c i ó n de m u c h a s de las causas d e l c o m p o r t a m i e n t o h u m a i m
(delictivo o no).
E n g e n e r a l , t o d a s las t e o r í a s p s i c o l ó g i c a s c o i n c i d e n en q u e la p s i c o l o g í a de un
i n d i v i d u o d e p e n d e d e su p e r s o n a l i d a d , es d e c i r de su f o r m a de ser y c o m p o r t a r s e
en las diversas s i t u a c i o n e s d e la v i d a , c o m o p r o d u c t o de u n a p r e n d i z a j e y de un
p r o c e s o de a d a p t a c i ó n a l m u n d o c i r c u n d a n t e , a t r a v é s de diversas etapas que
c o m i e n z a n c o n el n a c i m i e n t o y c o n t i n ú a n d u r a n t e t o d a la v i d a , a u n q u e sea ya en
la adolescencia o p r i m e r a j u v e n t u d d o n d e q u e d a f o r m a d a en sus rasgos p r i n c i p a
les. D u r a n t e t o d o ese p r o c e s o e v o l u t i v o p u e d e n darse f a c t o r e s ( r e l a c i ó n c o n los
p a d r e s y el a m b i e n t e f a m i l i a r , c s c o l a r i z a c i ó n , etc.) q u e i n f l u y a n n e g a t i v a m e n t e en
la p e r s o n a l i d a d d e l i n d i v i d u o , d e s e n c a d e n a n d o f o b i a s , a g r e s i v i d a d , p r o b l e m a s de
c o m u n i c a c i ó n c o n o t r a s p e r s o n a s , t r a s t o r n o s de c o n d u c t a , etc. Eos t r a s t o r n o s de
la p e r s o n a l i d a d , u n a vez e s t a b l e c i d o s de m a n e r a p e r m a n e n t e , se m a n i f i e s t a n en
t o d o s los e l e m e n t o s q u e c o n f i g u r a n la p s i c o l o g í a de u n i n d i v i d u o , en la i n t e l i g e n -
c i a , en la v o l u n t a d , en los s e n t i m i e n t o s , en el p e n s a m i e n t o , p e r o s o b r e t o d o en la
a f e c t i v i d a d y en la c a p a c i d a d p a r a r e l a c i o n a r s e c o n o t r a s p e r s o n a s , y a u n q u e sus
efectos p u e d e n ser a l t e r a d o s y a u m e n t a d o s p o r u n a e n f e r m e d a d m e n t a l c o n c o m í
t a n t e , p o r c o n s u m o de d r o g a s o s i t u a c i o n e s d e t e n s i ó n e x t r e m a s , s o n , p o r d e f i -
n i c i ó n , i n d e p e n d i e n t e s d e las e n f e r m e d a d e s m e n t a l e s p r o p i a m e n t e d i c h a s , de a h í
q u e de a n t e m a n o se e x c l u y a el t é r m i n o p s i c o p a t í a , q u e a l u d e m á s a u n t r a s t o r n o
p a t o l ó g i c o q u e a u n a f o r m a especial de ser y de c o m p o r t a r s e .
Eos t r a s t o r n o s d e la p e r s o n a l i d a d se m a n i f i e s t a n de m u y diversas m a n e r a s q u e
suelen c a l i f i c a r s e c o m o « a n t i s o c i a l e s , n a r c i s i s t a s , p a r a n o i d e s , e s q u i z o i d e s » , etc.
(véase p o r e j e m p l o la c l a s i f i c a c i ó n q u e hace de los m i s m o s la D S M - I V ) , p e r o p u e -
d e n darse o t r a s m u c h a s f o r m a s d e m a n i f e s t a c i ó n d i f í c i l m e n t e r e c o n d u c i b l e s a u n
d e t e r m i n a d o g r u p o o a u n n ú m e r o l i m i t a d o de c a t e g o r í a s , y a q u e a veces s o n u n a
m e z c l a de v a r i a s .
D e s d e el p u n t o de v i s t a c r i m i n o l ó g i c o , t i e n e n m u c h o i n t e r é s p a r a i n t e n t a r c o m -
p r e n d e r los c o m p o r t a m i e n t o s d e l i c t i v o s q u e n o s o n r e c o n d u c i b l e s a las enfer-
 Wmfrici! 1 l . i s s e m i T - IT.incisco Muñoz Conde
iiinlñilt s m e n t a l e s p r o p i a m e n t e d i c h a s , p e r o q u e e n t r a n en la c a t e g o r í a d e c o m -
p . i i t . l í m e n l o s a n ó m a l o s q u e n o se c o r r e s p o n d e n c o n los p a t r o n e s de n o r m a l i d a d
d o i m n . u i t e s en la s o c i e d a d . L o s m i s m o s n o s i e m p r e d a n l u g a r a c o m p o r t a m i e n t o s
( I c l i e t i v u s , p e r o en s u p u e s t o s c o m o el r e l a t a d o en el caso 6 a l c o m i e n z o d e este
e i i p í i i i l o se p u e d e ver hasta q u e p u n t o u n c o m p o r t a m i e n t o p a r a n o í d e (e! t e m o r
a ver i n v a d i d o su p a í s y el m u n d o o c c i d e n t a l p o r sujetos p r o c e d e n t e s d e o t r a s
razas y c u l t u r a s ) , cl a f á n de n o t o r i e d a d y la a c t i t u d n a r c i s i s t a y d e s a f i a n t e m o s -
t r a d a d u r a n t e t o d o el p r o c e s o p o r el a u t o r d e l a t e n t a d o de O s l o , B r e i v i c k , c o n s i -
d e r á n d o s e u n « s a l v a d o r de la p a t r i a » q u e m e r e c e el r e c o n o c i m i e n t o s o c i a l , y la
a c t i t u d d e d e s p r e c i o h a c i a la v i d a de los j ó v e n e s a los q u e a s e s i n ó a s a n g r e fría
m i e n t r a s e s t a b a n i n d e f e n s o s a m e r c e d de los d i s p a r o s de su f u s i l , d e m u e s t r a n u n
g r a v e t r a s t o r n o de la p e r s o n a l i d a d q u e está en el o r i g e n d e su c o m p o r t a m i e n t o
c r i m i n a l . S i n d u d a , este t i p o d e t r a s t o r n o s se e n c u e n t r a n en m a y o r o m e n o r g r a -
d o en t e r r o r i s t a s y en «serial k i l l e r s » (asesinos en serie), a u n q u e en los p r i m e r o s
suele darse u n c o m p o n e n t e i d e o l ó g i c o o r e l i g i o s o q u e n o se d a en los s e g u n d o s .
*Así, p o r e j e m p l o , s u j e t o s c o m o el D r . S h i p p m a n en I n g l a t e r r a o el e n f e r m e r o d e
O l o t c n E s p a ñ a , q u e l l e g a r o n a asesinar a v a r i o s a n c i a n o s a c o g i d o s en c e n t r o s d e
t e r c e r a e d a d s u m i n i s t r á n d o l e s f á r m a c o s , suelen ser s u j e t o s de m e d i a n a e d a d , d e
n i v e l c u l t u r a l y e c o n ó m i c o m e d i o , c o n u n p u e s t o de t r a b a j o fijo y c o n u n a v i d a
a p a r e n t e m e n t e n o r m a l ; p e r o sus m o t i v a c i o n e s suelen ser m á s e c o n ó m i c a s o n a r -
cisistas q u e i d e o l ó g i c a s , a c t u a n d o c o n una g r a n f r i a l d a d e f e c t i v a y u n s e n t i m i e n t o
d e s u p e r i o r i d a d q u e les lleva a c o n s i d e r a r s e d u e ñ o s de la v i d a d e o t r a s p e r s o n a s a
las q u e c o n s i d e r a n i n f e r i o r e s e i n d i g n a s de seguir v i v i e n d o . Desde l u e g o , este t i p o
d e m o t i v a c i o n e s t a m b i é n p u e d e darse en los t e r r o r i s t a s , p e r o c n los a c t o s v i o l e n -
t o s d e m o t i v a c i ó n p o l í t i c a suelen p r e d o m i n a r m o t i v a c i o n e s d e c a r á c t e r a l t r u i s t a y,
s o b r e t o d o , a d i f e r e n c i a de l o q u e sucede c o n ios «serial k i l l e r s » , existe casi s i e m -
p r e u n a p o y o s o c i a l q u e c o n v i e r t e a sus a u t o r e s en h é r o e s o j u s t i f i c a sus a c c i o n e s
c o m o a c t o s d e g u e r r a . Pero t a m b i é n p u e d e darse este t i p o d e m o t i v a c i o n e s en l o s
s u j e t o s m e n c i o n a d o s en el caso 7, los f u n c i o n a r i o s p o l i c i a l e s y agentes g u b e r n a -
m e n t a l e s q u e , c o m o o c u r r e en los r e g í m e n e s p o l í t i c o s a u t o r i t a r i o s o en c e n t r o s
d e d e t e n c i ó n de p r i s i o n e r o s de g u e r r a c o m o , los de A b u C h r a i g t r a s la G u e r r a d e
I r a k , o e n los c a m p o s de c o n c e n t r a c i ó n d u r a n t e el r é g i m e n n a c i o n a l s o c i a l i s t a c n
A l e m a n i a , se d e d i c a n , c o n a p r o b a c i ó n t á c i t a o e x p r e s a de sus s u p e r i o r e s , a t o r t u -
r a r a los d e t e n i d o s , b i e n p a r a sacarles i n f o r m a c i ó n r e s p e c t o a sus a c t i v i d a d e s y sus
relaciones c o n g r u p o s terroristas, bien simplemente p o r p u r o sadismo, con á n i m o
de h a c e r l o s s u f r i r . E n este t i p o de s u j e t o s , q u e p o r l o d e m á s l l e v a n a p a r e n t e m e n t e
u n a v i d a s o c i a l y f a m i l i a r n o r m a l , el c o m p o n e n t e s á d i c o refleja u n c l a r o t r a s t o r n o
de p e r s o n a l i d a d , q u e se p o t e n c i a en la m e d i d a en q u e Sus a c c i o n e s s o n i n c l u s o
a l a b a d a s o c o n s i d e r a d a s p o r sus s u p e r i o r e s c o m o útiles y necesarias en la l u c h a
c o n t r a el t e r r o r i s m o , la c r i m i n a l i d a d o los e n e m i g o s d e la P a t r i a .
y
Introducción a la criminología y a la política criminal 47
O t r o s t r a s t o r n o s de la p e r s o n a l i d a d d a n l u g a r a c o m p o r t a m i e n t o s sexuales c r i -
m i n a l e s , t a n t o en el á m b i t o d e la a g r e s i ó n s e x u a l , c o m o en el de ios a b u s o s s e x u a l e s
de m e n o r e s . El c o n t r o l de la s e x u a l i d a d , desde los i m p u l s o s m á s e l e m e n t a l e s en la
n i ñ e z hasta los procesos m á s c o m p i e j o s d e la c o n v i v e n c i a e n p a r e j a o m a t r i m o n i o ,
es p a r t e i m p o r t a n t e c n la f o r m a c i ó n d e la p e r s o n a l i d a d . L a a t r i b u c i ó n de d i s t i n t o s
roles según cl s e x o , a c t i v o a l m a s c u l i n o , p a s i v o a l f e m e n i n o , t a m b i é n d e t e r m i n a
d i s t i n t a s f o r m a s de p e r s o n a l i d a d . I.a m a y o r a g r e s i v i d a d y c a r g a de v i o l e n c i a en c l
c o m p o r t a m i e n t o s e x u a l del h o m b r e se d e b e , en p a r t e , al a f á n p o s e s i v o de e x c l u s i -
v i d a d de la m u j e r , q u e d e t e r m i n a los celos, y a la r i v a l i d a d c o n o t r o s h o m b r e s . L o s
d e l i t o s sexuales v i o l e n t o s suelen .ser m á s frecuentes c n cl h o m b r e q u e en la m u j e r ;
p e r o t a m b i é n cn la v i o l e n c i a f a m i l i a r suele m á s f r e c u e n t e la v i o l e n c i a e j e r c i d a p o r
el h o m b r e s o b r e la m u j e r q u e a l c o n t r a r i o . L a p s i c o l o g í a e v o l u t i v a e x p l i c a q u e el
c o m p o r t a m i e n t o v i o l e n t o d e l h o m b r e s o b r e la m u j e r es p r o d u c t o de u n t r a s t o r n o
de la a d a p t a c i ó n p o r p a r t e d e l h o m b r e a ia c o n v i v e n c i a en p a r e j a , c u a n d o la m u j e r
n o a s u m e los roles q u e desde la p e r s p e c t i v a m a s c u l i n a s o n p r o p i o s d e la c o n d i c i ó n
d e m u j e r . D e s d e la p e r s p e c t i v a f e m i n i s t a se e x p l i c a el r o l t r a d i c i o n a l d e la m u j e r
c o m o v í c t i m a d e l s o m e t i m i e n t o a la h e g e m o n í a m a s c u l i n a , c o m o c o n s e c u e n c i a d e
su p a p e l en la r e p r o d u c c i ó n d e la especie y d e la r e p r e s i ó n d e su s e x u a l i d a d a l ser-
v i c i o de la s a t i s f a c c i ó n s e x u a l d e l h o m b r e . A e l l o se debe t a m b i é n su a p a ñ a m i e n t o
o m a r g i n a c i ó n de la v i d a s o c i a l , e c o n ó m i c a o p o l í t i c a . T o d o e l l o da l u g a r a q u e se
e x p l i q u e n t a m b i é n en clave c r i m i n o l ó g i c a las d i s t i n t a s f o r m a s de m a n i f e s l a c i ó n de
la p e r s o n a l i d a d , m a s c u l i n a y f e m e n i n a , cn cl á m b i t o de los d e l i t o s sexuales y v i o -
l e n t o s , o t o r g á n d o l e a l h o m b r e u n r o l p r e p o n d e r a n t e m e n t c d e l i c t i v o y a la m u j e r
u n o p r i n c i p a l m e n t e de v í c t i m a .
L o q u e estas tesis v i e n e n a d e m o s t r a r es q u e ios d i s t i n t o s t i p o s de p e r s o n a l i d a d
se f o r m a n p r i n c i p a l m e n t e , i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e c i e r t a s c a r a c t e r í s t i c a s s o m á t i -
cas o b i o l ó g i c a s , a t r a v é s de la i n t e r a c c i ó n y la c o n v i v e n c i a c o n o t r a s personas,
r e p e r c u t i e n d o t a n t o en e l c o m p o r t a m i e n t o s o c i a l en g e n e r a l , c o m o en el c r i m i n a l
en particular.
Parecidas e x p l i c a c i o n e s p u e d e n darse a los a b u s o s sexuales de m e n o r e s . La
t e n d e n c i a pederasta p u e d e deberse a u n c o n f l i c t o de i d e n t i d a d s e x u a l n o r e s u e l t o ,
o a h a b e r s i d o v í c t i m a de a b u s o s s e x u a l e s e n la n i ñ e z , y n o a t r a s t o r n o s m e n t a l e s
de c a r á c t e r p a t o l ó g i c o ( v é a s e c a s o 2 ) . Eos casos de a b u s o s sexuales de m e n o r e s
h a b i d o s en el seno de i n s t i t u c i o n e s r e l i g i o s a s d e d i c a d a s a la e d u c a c i ó n de m e n o -
res, d e n u n c i a d o s en los ú l t i m o s a ñ o s en H o l a n d a , A l e m a n i a , I r l a n d a , U S A , e t c . ,
d e m u e s t r a n q u e la t e n d e n c i a p e d e r a s t a p u e d e d a r l u g a r a tales a b u s o s c o m e t i d o s
m a s i v a m e n t e c u a n d o en el c o n t e x t o en el q u e se d a n e x i s t e u n p a c t o de s i l e n c i o
r e s p e c t o a tales p r á c t i c a s o se c o n s i d e r a t á c i t a m e n t e q u e n o s o n t a n graves c o m o
para cortarlos tajantemente o incluso denunciarlos.
E n t o d o c a s o , estos t r a s t o r n o s d e la p e r s o n a l i d a d p u e d e n d a r l u g a r a l n a c i m i e n -
t o d e t r a s t o r n o s m e n t a l e s g r a v e s y p o r t a n t o a p a t o l o g í a s q u e e n t r a n ya d i r e c t a -
48 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
m e n t e en el á m b i t o de la P s i q u i a t r í a . D e a h í q u e t a n t o en su d i a g n ó s t i c o , c o m o e n
su t r a t a m i e n t o h a y a a veces d i s c r e p a n c i a s e n t r e los especialistas, q u e se t r a d u c e n
t a m b i é n en decisiones j u d i c i a l e s c o n t r a d i c t o r i a s r e s p e c t o a si estos s u j e t o s d e b e n
ser o b j e t o de t r a t a m i e n t o c n u n c e n t r o e s p e c i a l i z a d o ( m a n i c o m i o ) , o s i m p l e m e n t e
c o n d e n a d o s a la pena c o r r e s p o n d i e n t e al d e l i t o c o m e t i d o ( c á r c e l ) .
I g u a l m e n t e , los t r a s t o r n o s de p e r s o n a l i d a d p u e d e n deberse a p r o c e s o s de s o c i a -
l i z a c i ó n deficientes q u e e s t u d i a r e m o s en el c a p í t u l o s i g u i e n t e .
d) La teoría de los tipos de autor y la Criminología nacionalsocialista
T a m b i é n la P s i c o l o g í a e s t u v o en sus o r í g e n e s f u e r t e m e n t e i n f l u e n c i a p o r las
t e o r í a s b i o l o g i c i s t a s , c o n s i d e r a n d o q u e h a b í a u n a r e l a c i ó n e n t r e la c o n s t i t u c i ó n
c o r p o r a l y la p e r s o n a l i d a d del s u j e t o . E n 1 9 2 1 , el p s i q u i a t r a a l e m á n K R E T S C H M E R
f o r m u l ó en su o b r a E s t r u c t u r a c o r p o r a l y c r i m i n a l i d a d su t e o r í a de q u e la c o n s t i -
t u c i ó n c o r p o r a l c o n d i c i o n a b a el c a r á c t e r de las p e r s o n a s y, p o r t a n t o , t a m b i é n u n a
c i e r t a p r e d i s p o s i c i ó n a la c o m i s i ó n de d e t e r m i n a d o s d e l i t o s .
A estos efecto.s d i s t i n g u i ó c u a t r o t i p o s de c o n s t i t u c i ó n c o r p o r a l ;
* Leptosómicos: p e r s o n a s de escasa e s t a t u r a ; t ó r a x l a r g o ; p e c h o h u n d i d o ;
cabeza p e q u e ñ a ; pies y m a n o s c o r t a s ; c a b e l l o r e c i o .
* Atléticos: personas de m e d i a n a estatura; t ó r a x ancho; m u s c u l a t u r a y estruc-
t u r a ósea fuertes; c u e l l o r o b u s t o ; r o s t r o u n i f o r m e ; grandes m a n o s y píes;
cabello fuerte.
* Pícnicos: p e r s o n a s de t ó r a x p e q u e ñ o , h u n d i d o , a b o v e d a d o ; f o r m a s r e d o n -
d e a d a s , f e m e n i n a s ; c u e l l o c o r t o ; cabeza g r a n d e y r e d o n d a ; r o s t r o a n c h o ;
m a n o s y pies c o r t o s ; c a b e l l o f i n o .
* Displásicos: personas con crecimiento a n o r m a l , cuerpo d e s p r o p o r c i o n a d o .
A cada u n o de estos t i p o s a t r i b u y ó K R E T S C H M E R diversas t e n d e n t i a s o d i s -
p o s i c i o n e s . A s í , p o r e j e m p l o , los l e p t o s ó m i c o s s o n m á s i n c l i n a d o s a la estafa y al
h u r t o ; los a t l é t i c o s a los d e l i t o s v i o l e n t o s ; los d i s p l á s i c o s a los d e l i t o s s e x u a l e s ; y
los p í c n i c o s s o n los q u e t i e n e n m e n o s i n c l i n a c i o n e s c r i m i n a l e s .
Si b i e n la i n v e s t i g a c i ó n la llevó a c a b o de f o r m a r i g u r o s a y m e t ó d i c a l l e g a n d o
a a n a l i z a r a m á s de c u a t r o m i l p e r s o n a s , su c o n t r i b u c i ó n ha t e n i d o m a y o r i m p o r -
t a n c i a p a r a la c l a s i f i c a c i ó n de g r u p o s de p e r s o n a s c n P s i c o l o g í a y P s i c o p a t o l o g í a
q u e p a r a la i n v e s t i g a c i ó n c r i m i n a l . E n la C r i m i n o l o g í a , sin e m b a r g o , d i o l u g a r a
la teoría de los tipos de autor o de los tipos de delincuentes (Tatertypenlehre),
muy u t i l i z a d a cn A l e m a n i a en la é p o c a n a c i o n a l s o c i a l i s t a , d o n d e e s t u v o i m p r e g -
n a d a de fuertes c o n n o t a c i o n e s racistas y se u t i l i z ó p a r a j u s t i f i c a r «la e l i m i n a c i ó n
(Austnerzung) d e los e l e m e n t o s d a ñ i n o s a l p u e b l o y a la r a z a » . A s í , p o r e j e m p l o ,
Introducción a la criminología y a la política criminal
el p e n a l i s t a a l e m á n E d m u n d M E Z G E R n o s o l o p r e c o n i z ó en su C r i m i n o l o g í a (cih
c i ó n o r i g i n a l p u b l i c a d a c n A l e m a n i a en 1 9 3 3 c o n el t í t u l o de «Kriminalpoliiilv
t r a d u c i d a al e s p a ñ o l c o n el t í t u l o de O i m i n o l o g í a , 1 9 4 1 ) u n a r e o r i e n t a c i ó i i >l<
la C r i m i n o l o g í a al s e r v i c i o de ia p o l í t i c a racista n a c i o n a l s o c i a l i s t a , s i n o que i n
1 9 4 3 r e d a c t ó j u n t o c o n su c o l e g a m u n i q u é s Eranz E X N E R ( a u t o r de u n a «Krimi
n a l b i o l o g i e » , t r a d u c i d a al e s p a ñ o l c o n el t í t u l o de B i o l o g í a c r i m i n a l , 1 9 4 6 ) , ¡XH
e n c a r g o del C i o b i e r n o n a c i o n a l s o c i a l i s t a , u n P r o y e c t o p a r a el « T r a t a m i e n t o de liv.
e x t r a ñ o s a la c o m u n i d a d » en el q u e d i r e c t a m e n t e , t r a s c l a s i f i c a r a los d e l i n c u e n u .
en d i f e r e n t e s g r u p o s ( p o r c o n f l i c t o , t í c a s i o n a l e s , p o r i n c l i n a c i ó n , p o r t e n d e n c i . i i
e i n c l u i r t a m b i é n o t r o s t i p o s d e c u i n p o r i a i n i e n t o s n o n e c e s a r i a m e n t e delictivi».
( m e n d i g o s , v a g o s , e t c . ) , p r o p o n í a su i n t e r n a m i e n t o en c a m p o s de c o n c e n t r a c i ó n
s o m e t i d o s a d u r a s c o n d i c i o n e s de t r a b a j o , en los casos m á s graves i n c l u s o p o i
t i e m p o i n d e f i n i d o . C o n e l l o se p r e t e n d í a d a r u n a base c i e n t í f i c a a la p o l í t i c a d i
e x t e r m i n i o q u e y a cn p l e n a S e g u n d a ( ¡ u c r r a M u n d i a l h a b í a e m p r e n d i d o el ( ¡ o
b i e r n o n a c i o n a l s o c i a l i s t a c o n t r a a q u e l l o s a los q u e l l a m a b a «el e n e m i g o i n t e r n o -
y M E Z G E R m á s s u t i l m e n t e c a l i f i c a b a de « e x t r a ñ o s a la c o m u n i d a d » {Gemeins
chaftsfremde); es d e c i r , g e n t e q u e , p o r p e r t e n e c e r a o t r a s razas l l a m a d a s «infc
riores» (judíos, gitanos) o p o r d e t e r m i n a d o s defectos degenerativos corporales
o p s í q u i c o s , se c o n v e r t í a n f á c i l m e n t e en d e l i n c u e n t e s o a s o c í a l e s , y d e b í a n , p o i
t a n t o , ser e x c l u i d o s , a p a r t a d o s del resto de la s o c i e d a d , i n t e r n á n d o l o s en c a m p o s
de c o n c e n t r a c i ó n , c o m o el d e D a c h a u , q u e el p r o p i o M E Z G E R s o l i c i t ó v i s i t a r en
1944 « p a r a o b s e r v a r d i r e c t a m e n t e a este t i p o de s u j e t o s » .
Estas tesis, i n f l u e n c i a d a s p o r el p l a n t e a m i e n t o e v o l u c i o n i s t a de D A R W I N , se
e n c o n t r a b a n y a e n los p l a n t e a i n i e i i t o s l o m b r o s i a n o s y cn o t r o s s i m i l a r e s de la
C r i m i n o l o g í a de a q u e l l a é p o c a , a u n q u e n o c o n la c r u d e z a e i n h u m a n i d a d c o n la
q u e l u e g o f u e r o n l l e v a d a s a la p r á c t i c a p o r el r é g i m e n n a c i o n a l s o c i a l i s t a . E n t o
das ellas latía u n a v i s i ó n d e l d e l i n c u e n t e c o m o u n i n d i v i d u o p a t o l ó g i c o , m u c h a s
veces d e b i d o a su h e r e n c i a q u e , i g u a l q u e p o d í a ser la causa de d e t e r m i n a d a s
enfermedades hereditarias, tamliiéii podría p r o v o c a r una personalidad c r i m i n a l
o m e r a m e n t e a s o c i a l . E n este s e n t i d o , h a y en la C r i m i n o l o g í a d e finales d e l s i g l o
XIX y p r i n c i p i o s d e l X X u n a v e r d a d e r a o b s e s i ó n p o r las causas h e r e d i t a r i a s de
a l g u n a s e n f e r m e d a d e s , p e r o t a m l i i é n de la d e l i n c u e n c i a , d a n d o l u g a r a c a m p a n a s
de e s t e r i l i z a c i ó n d e los p r e s u n t o s p o r t a d o r e s de estas a n o m a l í a s , q u e p o r e j e m p l o
c r i s t a l i z a r o n en la L e y p a r a la p r e v e n c i ó n de e n f e r m e d a d e s h e r e d i t a r i a s q u e se
a p r o b ó en la A l e m a n i a n a z i e n 1 9 3 3 , d o n d e se c a l c u l a q u e d u r a n t e a q u e l l a é p o c a
( 1 9 3 3 - 1 9 4 5 ) f u e r o n e s t e r i l i z a d a s unas 5 0 0 . 0 0 0 p e r s o n a s , p r i n c i p a l m e n t e m u j e r e s .
Pero t a m b i é n se l l e v a r o n se l l e v a r o n a c a b o este t i p o de p r á c t i c a s en a l g u n o s Es-
t a d o s de E s t a d o s U n i d o s de A m é r i c a y e n los p a í s e s e s c a n d i n a v o s , d o n d e se h a n
e s t a d o r e a l i z a n d o h a s t a hace r e l a t i v a m e n t e p o c o t i e m p o .
I g u a l m e n t e h u b o en a q u e l l a é p o c a , l o m i s m o q u e h o y , u n a g r a n p r e o c u p a c i ó n
p o r la d e l i n c u e n c i a h a b i t u a l , s o b r e t o d o r e s p e c t o a si su t r a t a m i e n t o d e b í a ser s i m -
 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
p l c i n r t i t r \.\n d e la p e n a , o el i n t e r n a m i e n t o p o r t i e m p o i n d e f i n i d o d e l
d e l i i u líente l i . i h i t u a l c a l i f i c a d o c o m o i n c o r r e g i b l e , a u n q u e n o h u b i e r a c o m e t i d o
d e l i t o s g r a v e s . K n este s e n t i d o , d e s t a c a la p r o p u e s t a d e l c a t e d r á t i c o de Derecho
p e n a l de la U n i v e r s i d a d de B e r l í n F r a n z V O N L I S Z T ( L a i d e a de fin en D e r e c h o p e -
n . i l ) . q u i e n a finales d e l s i g l o X I X p r o p u g n a b a la « i n o c u i z a c i ó n » de los d e l i n c u e n -
tes i n c o r r e g i b l e s , s o m e t i é n d o l o s a u n e s t r i c t o r é g i m e n d e « s e r v i d u m b r e p e n a l » ,
con t r a b a j o s f o r z a d o s , p é r d i d a de sus d e r e c h o s c i v i l e s , p e n a de a z o t e s , a i s l a m i e n t o
y a y u n o , r e f o r z a n d o su p r o p u e s t a c o n la s i g u i e n t e frase: « s u m i n i s t r a r l e s a l i m e n t o ,
a i r e , a l i m e n t a c i ó n , etc., s e g ú n p r i n c i p i o s r a c i o n a l e s , es a b u s a r d e los c o n t r i b u -
y e n t e s » . Estas p r o p u e s t a s y o t r a s s i m i l a r e s m u y en b o g a en a q u e l l a é p o c a d i e r o n
l u g a r a q u e en A l e m a n i a d u r a n t e c l r é g i m e n n a c i o n a l s o c i a l i s t a se a p r o b a r a u n a
L e y d e l d e l i n c u e n t e h a b i t u a l q u e en 1 9 3 3 i n t r o d u j o e n el C ó d i g o p e n a l a l e m á n
la m e d i d a de " i n t e r n a m i e n t o cn c u s t o d i a de s e g u r i d a d » , q u e p e r m i t í a la p r o l o n -
g a c i ó n de la p r i v a c i ó n de l i b e r t a d , u n a vez c u m p l i d a la pena de p r i s i ó n , de los
d e l i n c u e n t e s h a b i t u a l e s , i n t e r n á n d o l o s en los c a m p o s de c o n c e n t r a c i ó n , q u e f u e -
r o n c r e a d a s a! e f e c t o , s o m e t i é n d o l o s a t r a b a j o s f o r z a d o s y en c o n d i c i o n e s de v i d a
tan difíciles q u e d e t e r m i n a r o n la m u e r t e d e la m a y o r í a d e e l l o s . T a m b i é n h u b o
p r o p u e s t a s en el s e n t i d o d e a d e l a n t a r el c o n t r o l de los « a s o c i a l e s » , i n c l u s o antes
d e q u e c o m e t i e r a n a l g ú n d e t i t o , b a s á n d o s e p a r a e l l o en u n a « p e l i g r o s i d a d s o c i a l
p r e d e l i c t u a l » , c o m o s u c e d i ó c o n la L e y e s p a ñ o l a de v a g o s y m a l e a n t e s en 1933,
q u e f u e c o n t i n u a d a y p e r f e c c i o n a d a l u e g o en p l e n a d i c t a d u r a f r a n q u i s t a p o r la
L e y de p e l i g r o s i d a d y r e h a b i l i t a c i ó n s o c i a l d e 1 9 7 0 , q u e i n c l u í a e n t r e l o s supues-
t o s d e « p e l i g r o s i d a d s o c i a l » , la v a g a n c i a , la p r o s t i t u c i ó n , la d r o g o d e p e n d e n c i a , e l
a l c o h o l i s m o o la r e a l i z a c i ó n d e a c t o s de h o m o s e x u a l i d a d .
En t o d a s estas t e o r í a s se o b s e r v a u n p l a n t e a m i e n t o d i s c r i m i n a t o r i o y r a c i s t a
del d e l i n c u e n t e , o i n c l u s o d e l m e r a m e n t e « a s o c i a l » o « d i s i d e n t e s o c i a l » , c o n s i d e -
r á n d o l o c o m o el « o t r o » , el d i f e r e n t e , c o m o u n ser p a t o l ó g i c o p o r t a d o r de deter-
m i n a d o s e s t i g m a s c o r p o r a l e s o p s í q u i c o s , d e g e n e r a t i v o s , p r o d u c t o m u c h a s veces
de la h e r e n c i a , c u y a p r o p a g a c i ó n h a b í a q u e e v i t a r m e d i a n t e su e s t e r i l i z a c i ó n , su
e x c l u s i ó n s o c i a l e i n c l u s o su e l i m i n a c i ó n f í s i c a . P r á c t i c a m e n t e n o se a l u d e p a r a
n a d . i a o t r o t i p o de f a c t o r e s sociales o e c o n ó m i c o s , q u e p u e d e n estar t a m b i é n
en el o r i g e n de ia c r i m i n a l i d a d , n i a las d e f i c i e n c i a s d e l s i s t e m a s o c i a l , ai q u e en
n i n g ú n c a s o se c r i t i c a , c o m o n o sea p a r a s o l i c i t a r q u e p r o c e d a del m o d o m á s d u r o
y e n é r g i c o c o n t r a los d e l i n c u e n t e s c o n s i d e r a d o s c o m o a u t é n t i c o s e n e m i g o s d e la
sociedad.
Introducción a la criminología y a la política criminal 51
e) Teorías basadas cn la predisposición genética y cromosómica. Las inves-
tigaciones sobre gemelos
El f r a c a s o de los p l a n t e a m i e n t o s m á s b u r d o s d e las tesis l o m b r o s i a n a s , c o m o
e x p l i c a c i ó n de las causas de la c r i m i n a l i d a d a t r a v é s d e la c o n s t a t a c i ó n de d e t e r m i -
n a d a s a n o m a l í a s a n a t ó m i c a s en el c u e r p o d e los d e l i n c u e n t e s , y su u t i l i z a c i ó n c o n
finalidades racistas e i n c l u s o d e e x t e r m i n i o d e d e t e r m i n a d o s t i p o s d e d e l i n c u e n t e s
q u e h i z o c l r é g i m e n n a c i o n a l s o c i a l i s t a en A l e m a n i a e n t r e 1 9 3 3 y 1 9 4 5 , d e t e r m i n a -
r o n el d e s p r e s t i g i o de u n a C r i m i n o l o g í a o r i e n t a d a e x c l u s i v a m e n t e en c r i t e r i o s b i o -
l ó g i c o s . P e r o e l l o n o ha s u p u e s t o el a b a n d o n o t o t a l de las tesis b i o l ó g i c a s q u e , si
b i e n n o c o n las p r e t e n s i o n e s d e v a l i d e z a b s o l u t a c o n las q u e f o r m u l ó E O M B R O S O
su t e o r í a , y sin i n c u r r i r en los excesos d e la C r i m i n o l o g í a n a z i , sigue m a n t e n i e n -
do u n i m p o r t a n t e p u e s t o en la a c t u a l C r i m i n o l o g í a , d e b i d o s o b r e t o d o al a v a n c e
e n o r m e q u e en los ú l t i m o s a ñ o s e s t á n t e n i e n d o o t r a s ciencias c o m o la G e n é t i c a o
la N e u r o c i e n c i a , q u e c o n u n c i e r t o v a l o r p r e d i c t i v o c o n s i d e r a n q u e c i e r t o s d a t o s
b i o l ó g i c o s del ser h u m a n o a n i v e l e s g e n é t i c o s , c r o m o s ó m i c o s , e n d o c r i n o s , n e u r o -
fisiológicos, b i o q u í m i c o s , etc., p r e d i s p o n e n a la r e a l i z a c i ó n de c i e r t a s c o n d u c t a s y,
por t a n t o , a u m e n t a n t a m b i é n el riesgo d e c o m e t e r d e l i t o s . D i c h a s tesis t i e n e n en
su a p o y o los i m p o r t a n t e s a v a n c e s q u e en estas m a t e r i a s se h a n p r o d u c i d o e n los
ú l t i m o s a ñ o s , c u l m i n a d o s en la p u b l i c a c i ó n del m a p a y s e c u e n c i a c i ó n d e l g e n o m a
h u m a n o q u e n o cahe d u d a v a a p r o v o c a r t a m b i é n a l g u n a r e i n t e r p r e t a c i ó n de las
tesis b i o l ó g i c a s ya f o r m u l a d a s o la f o r m u l a c i ó n de n u e v a s tesis c u y o a l c a n c e y
c o n s e c u e n c i a s p a r a el D e r e c h o p e n a l a ú n n o se p u e d e n prever.
No o b s t a n t e , t a m p o c o estos c o n o c i m i e n t o s h a n a r r o j a d o h a s t a a h o r a n i n g ú n
d a t o c o n c l u y c n t e q u e p e r m i t a a t r i b u i r las causas d e la c r i m i n a l i d a d a d e t e r m i -
n a d o s f a c t o r e s b i o l ó g i c o s d e l ser h u m a n o , a u n q u e a l g u n o s de ellos sí p e r m i t e n
f o r m u l a r h i p ó t e s i s q u e p u e d e n ser de v a l o r en a l g u n o s casos. S e g u i d a m e n t e ex-
p o n e m o s las m á s i m p o r t a n t e s , q u e se a p o y a n en d e t e r m i n a d a s c a r a c t e r í s t i c a s q u e
se t r a n s m i t e n h e r e d i t a r i a m e n t e y q u e c o n s t i t u y e n , p o r t a n t o , la « c o n s t i t u c i ó n h e -
r e d i t a r i a » q u e r e c i b e c l i n d i v i d u o d e sus p r o g e n i t o r e s y le p r e d i s p o n e a r e a l i z a r
d e t e r m i n a d o s c o m p o r t a m i e n t o s en la v i d a . T a m b i é n a q u í h a y u n a a l t a dosis de
i n v e s t i g a c i ó n e m p í r i c a y u n a s bases i d e o l ó g i c a s , q u e se f u n d a m e n t a n s o b r e t o d o
en los p l a n t e a m i e n t o s d e D A R W I N s o b r e la e v o l u c i ó n d e las especies, y c n las t e o -
rías s o b r e las e n f e r m e d a d e s h e r e d i t a r i a s y su p r e v e n c i ó n m e d i a n t e la e s t e r i l i z a c i ó n
de sus p o r t a d o r e s (eugenesia) q u e p r e c o n i z a b a a finales d e l s i g l o X I X el m é d i c o
inglés F r a n c i s G A I . T O N , p a r i e n t e de D A R W I N .
- Así, el d e s c u b r i m i e n t o en l o s a ñ o s sesenta d e l p a s a d o s i g l o de u n n u e v o
c r o m o s o m a , el X Y Y o c r o m o s o m a de la d o b l e Y, h i z o pensar a a l g u n o s q u e e n
él se e n c o n t r a b a la e x p l i c a c i ó n d e las c o n d u c t a s v i o l e n t a s y agresivas, a u n q u e las
investigaciones posteriores l o h a n descartado c o m p r e t a m c n t e c incluso hay datos
q u e p a r e c e n d e m o s t r a r l o c o n t r a r i o . E f e c t i v a m e n t e , la trisomía cromosómica es
52 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
una a n o m a l í a q u e s o l o se d a en u n m í n i m o p o r c e n t a j e de la p o b l a c i ó n ( l o n o r m a l
s o n 2 3 p a r e s de c r o m o s o m a s : X X en la m u j e r y X Y en el h o m b r e ) , p e r o n o p a r e c e
t e n e r m a y o r i n f l u e n c i a c n el c o m p o r t a m i e n t o i n d i v i d u a l . L a r a z ó n p o r la q u e se
le a t r i b u y ó t a n t a i m p o r t a n c i a en la d e t e r m i n a c i ó n d e l c o m p o r t a m i e n t o v i o l e n t o
fue, a p a r t e de p o r ser m á s c a r a c t e r í s t i c o d e l v a r ó n , p o r q u e , e l i g i e n d o u n a vez m á s
s e s g a d a m e n t e u n d e t e r m i n a d o sector de la p o b l a c i ó n c o m o m u e s t r a , se i n v e s t i g ó
m á s y se d e t e c t ó su presencia en la p o b l a c i ó n r e c l u s a , en la q u e , p o r c i e r t o , el p o r -
c e n t a j e era t a m b i é n m í n i m o ( e n t r e u n 2 y u n 5 p o r c i e n t o de la m i s m a p r e s e n t a
esta a n o m a l í a , u n p o r c e n t a j e d i c h o sea de p a s o s i m i l a r a l e x i s t e n t e en l a p o b l a c i ó n
no reclusa).
- M a y o r i m p o r t a n c i a t i e n e n las i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e la c o n s t i t u c i ó n g e n é t i c a
y l a p o s i b i l i d a d de su t r a n s m i s i ó n h e r e d i t a r i a . Ya antes i n c l u s o d e q u e se l l e g a -
ra a l a l t o d e s a r r o l l o q u e a c t u a l m e n t e ha a l c a n z a d o la i n v e s t i g a c i ó n g e n é t i c a en
n u e s t r o s d í a s , se p e n s ó en que d e t e r m i n a d a s c a r a c t e r í s t i c a s o p e c u l i a r i d a d e s d e !
c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o se t r a s m i t e n h e r e d i t a r i a m e n t e , i g u a l q u e el c o l o r de l o s
ojos y muchas otras particularidades a n a t ó m i c a s , mentales, enfermedades, etc.
E r a l ó g i c o , p o r t a n t o , a t r i b u i r l e a este d a t o a l g u n a r e l e v a n c i a c n la e x p l i c a c i ó n
d e la c r i m i n a l i d a d . Y m á s q u e a t r a v é s de i n v e s t i g a c i o n e s g e n é t i c a s p r o p i a m e n t e
d i c h a s l l e v a d a s a c a b o en l a b o r a t o r i o s , se q u i s o c o r r o b o r a r esta h i p ó t e s i s c o n es-
tudios sobre gemelos, especialmente « u n i v i t c l i n o s » o « m o n o z i g ó t i c o s » , es d e c i r ,
p r o d u c t o de la f e c u n d a c i ó n de u n s o l o ó v u l o , en los q u e o b v i a m e n t e se p e n s a b a
se d a t a l s i m i l i t u d g e n é t i c a que esta m u y b i e n p o d r í a e x p l i c a r hasta q u é p u n t o el
c o m p o r t a m i e n t o viene y a d e t e r m i n a d o p o r l a h e r e n c i a .
Fue cl fisiólogo a l e m á n L A N G E q u i e n en 1 9 2 9 en u n l i b r o l l a m a d o « E l d e l i t o
c o m o d e s t i n o » o f r e c i ó d a t o s s o b r e las « c o n c o r d a n c i a s » de c o m p o r t a m i e n t o o b -
s e r v a d a s e n t r e l o s g e m e l o s m o n o z i g ó t i c o s o u n i v i t c l i n o s . El g r a d o d e c o n c o r d a n -
c i a o b s e r v a d o p o r L A N G E era n o s o l o r a z o n a b l e m e n t e a l t o e n t r e e l l o s ( 1 0 f r e n t e a
3 d i s c o r d a n c i a s ) , s i n o m u y s u p e r i o r a la o b s e r v a d a e n t r e los g e m e l o s b i v i t e l i n o s ,
es d e c i r , de ó v u l o s d i f e r e n t e s (2 c o n c o r d a n c i a s f r e n t e a 1 5 ) . P o s t e r i o r e s i n v e s t i g a -
c i o n e s d e o t r o s a u t o r e s h a n c o n f i r m a d o estos p o r c e n t a j e s , q u e a r r o j a n u n í n d i c e
a p r o x i m a d o de u n 6 7 , 3 p o r c i e n t o de c o n c o r d a n c i a s e n t r e l o s g e m e l o s u n i v i t c l i -
n o s , f r e n t e a u n 6 7 p o r c i e n t o de d i s c o r d a n c i a s e n t r e l o s b i v i t e l i n o s .
N o o b s t a n t e , estas i n v e s t i g a c i o n e s h a n s i d o c u e s t i o n a d a s p o r n o t e n e r en c u e n -
t a o t r o s f a c t o r e s de c a r á c t e r s o c i a l q u e p r o b a b l e m e n t e t a m b i é n i n c i d i e r o n e n la
c o n d u c t a de los gemelos u n i v i t c l i n o s , i n c l u s o más que los p r o p i o s factores gené-
t i c o s , y p o r q u e , p o r l o q u e a la c o n d u c t a c r i m i n a l se refiere, n o a r r o j a n r e s u l t a d o s
c u a n t i t a t i v a m e n t e d i f e r e n t e s de l o s q u e se d a n e n t r e o t r o s m i e m b r o s d e l m i s m o
g r u p o f a m i l i a r , i n c l u s o de los n o r e l a c i o n a d o s g e n é t i c a m e n t e ( a d o p t i v o s , p a r i e n t e s
p o l í t i c o s ) . O t r a s i n v e s t i g a c i o n e s m á s recientes s o b r e h e r m a n o s y g e m e l o s h a n d e -
m o s t r a d o q u e l a m i s m a c o n s t i t u c i ó n g e n é t i c a s i n la a d i c i ó n de f a c t o r e s de r i e s g o
d e c a r á c t e r s o c i a l carece de s i g n i f i c a d o c r i m i n o l ó g i c o , m i e n t r a s q u e d e n t r o d e l
Introducción a la criminología y a la política crimina!
m i s m o g r u p o f a m i l i a r , los h i j o s s i n n i n g ú n t i p o de v i n c u l a c i ó n g e n é t i c a m u
padres ( p o r e j e m p l o , l o s h i j o s a d o p t i v o s ) p u e d e n ser m a s p r o c l i v e s a la v i o l c m •
crecen en u n e n t o r n o f a v o r e c e d o r de la m i s m a . L o q u e d e m u e s t r a q u e , p o r i m i
t a n t e q u e sea el c o n d i c i o n a m i e n t o o la p r e d i s p o s i c i ó n g e n é t i c a en la e x p l u . i . •
de la c r i m i n a l i d a d c n a l g u n o s casos, m á s l o s o n d e u n m o d o g e n e r a l l o s l . u i n -
sociales o de o t r o t i p o .
- M á s r e c i e n t e m e n t e se h a n h e c h o i n v e s t i g a c i o n e s c o m o l a t o m o g r n f í i i
e m i s i ó n de p o s i t r o n e s ( F E T ) , en la q u e a t r a v é s d e l s c a n n e r se ha o b s e r v : i . l . .
actividad del cerebro ante d e t e r m i n a d o s e s t í m u l o s , c o n s t a t a n d o que en d c t i n '
n a d o s j ó v e n e s n o se detecta ya desde t e m p r a n a e d a d a c t i v i d a d e m o c i o n a ! cu
l ó b u l o p r e f r o n t a l , l o q u e p u e d e ser u n a e x p l i c a c i ó n de u n f u t u r o t r a s t o r n o dn
p e r s o n a l i d a d o p s i c o p a t í a , s i e m p r e c l a r o e s t á q u e se e n c u e n t r e n en u n m e d m i
v o r e c c d o r de este t i p o a l t e r a c i o n e s .
Exislen otras muchas teorías de carácter biológica sobre la criminalidad, pero qm-
diferencia de las genéticas, atribuyen la misma a determinadas alteraciones patológi. •
del sistema endocrino o neurofisioíógico. Conviene siquiera mencionar que en algim
investigaciones se alrihuyc la mayor proclividad para la comisión de delitos sexu.il
violentos a un exceso de testoslerona, las reacciones explosivas de violencia a disritim •
cerebrales mínimas o la mayor agresividad de la mujer durante la menstruación a I -
Iraslornos hormonales que durante la misma se producen, sin que ninguna de estas le
rías haya llegado a imponerse por sí sola como explicación válida de la criminalidad
tan siquiera favorecedora tic la misma más allá de lo que puedan servir para explica: <
comportamiento brusco o ineducado, o los cambios de humor repentino en determin..
dos momentos de ia vida (otidiana, situaciones y circunstancias habituales como la iali
de sueño, el estrés, el dolor, el hambre o el clima, sin que por ello se considere que esti'
son los factores que de un moriu general determinan nuestro comportamiento.
Mayor importancia tiene como explicación del mismo la ingesta de determinadas sustau
cías como el alcohol o cualquier otro tipo de drogas, legales o ¡legales, cuyo consunu-
modifica el comportamiento humano. Esto puede deberse a un consumo ocasional, qu'
en cantidad relevante altere las facultades psíquicas y lleve a comportamientos delictivo',
(conducción temeraria de un vehículo de motor, comportamientos violentos), o a un.:
ingesta habitual que lleve a la dependencia. Pero esto es más bien producto de un apren
dizaje social que incide de manera diferente en cada individuo y no puede ser utilizado
como explicación general de la criminalidad, salvo en los casos en los que la drogode
pendencia esté directamente relacionada con la comisión de un delito, como sucede en
los síndromes de abstinencia de la heroinomanía, los casos graves de alcoholismo, etc.,
que entran ya directamente dentro del grupo de las patologías mentales.
2 . Valoración criminológica de estas teorías
a) Errores y posibilidades de las teorías biológicas
Eos i n i c i a l e s i n t e n t o s c i e n t í f i c o s de e x p l i c a c i ó n e m p í r i c a d e l d e l i t o t e n í a n u n
p u n t o d e m i r a m u y e s t r e c h o : se l i m i t a b a n a o b s e r v a r al a u t o r c o n c r e t o , a i s l a d o
 Winíncd Hassemer - Francisco Muñoz Conde
lie M I n i i o i i i u , I I m e d i c o Cesare L O M B R O S O c o m b i n ó en su o b r a f u n d a m e n t a l ,
/ Uiinm ílflinqucnte, los c o n o c i m i e n t o s a n t e r i o r e s s o b r e la p e r s o n a d e l d e l i n c u e n -
ic l o i i sus p r o p i a s i n v e s t i g a c i o n e s en i n t e r n o s de e s t a b l e c i m i e n t o s penitenciarios
y r s l m i n i\ue lialiía d e s c u b i e r t o a l « d e l i n c u e n t e n a t o » , es d e c i r , u n i n d i v i d u o q u e ,
l>nr a d o l e c e r de d e t e r m i n a d a s a n o m a l í a s s o m á t i c a s , t i e n d e a c o n v e r t i r s e e n d e l i n -
t n e m e . Sus i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e los d e l i n c u e n t e s le l l e v a r o n a c o n c l u i r q u e los
h o m b r e s se d i s t i n g u e n e n t r e sí, t a n t o d e n t r o c o m o f u e r a de los m u r o s de la c á r c e l ,
p o r características biológicas y a n t r o p o l ó g i c a s . Posteriores investigaciones sobre
g e m e l o s mono y bizigóticos, la b ú s q u e d a de t a r a s g e n é t i c a s , de a n o m a l í a s c r o m o -
s ó m i c a s y de a n o r m a l i d a d e s c e r e b r a l e s c o m o p u e n t e s c o n la c o n d u c t a c r i m i n a l
l l e v a r o n — y l l e v a n h o y d í a — a s u g e r i r la h i p ó t e s i s de q u e t a m b i é n la d e l i n c u e n c i a
sea u n f e n ó m e n o b i o l ó g i c o o , p o r l o m e n o s , c o n d i c i o n a d o b i o l ó g i c a m e n t e .
L a s c o n s e c u e n c i a s d e estas t e o r í a s p a r a el D e r e c h o p e n a l s e r í a n , p o r u n l a d o ,
r e n u n c i a r al c o n c e p t o de c u l p a b i l i d a d , q u e se f u n d a m e n t a en la l i b e r t a d q u e t i e -
ne u n a p e r s o n a p a r a elegir e n t r e c o m e t e r u n d e l i t o o abstenerse de c o m e t e r l o . Si
la c o m i s i ó n d e u n d e l i t o se d e b e a defectos c o r p o r a l e s q u e t i e n e e l ser h u m a n o
d e s d e el n a c i m i e n t o , p o r h e r e n c i a o p o r c u a l q u i e r o t r a r a z ó n , es e v i d e n t e q u e n o
p u e d e r e p r o c h á r s e l e su c o m p o r t a m i e n t o d e l i c t i v o , d e l m i s m o m o d o q u e n o se le
p u e d e r e p r o c h a r c u a l q u i e r o t r a clase de p a t o l o g í a , física o m e n t a l . L a a c t i t u d del
D e r e c h o p e n a l f r e n t e a este t i p o de defectos b i o l ó g i c o s n o p u e d e ser o t r a q u e la
d e d e f e n s a de la s o c i e d a d f r e n t e a los d e l i n c u e n t e s a q u e j a d o s de estos p r o b l e m a s ,
p r o c u r a n d o t r a t a r esos d e f e c t o s (a veces c o n sistemas i n o c u i z a d o r e s , c o m o la es-
t e r i l i z a c i ó n o la c a s t r a c i ó n , o las i n t e r v e n c i o n e s q u i r ú r g i c a s en el c e r e b r o ) y, en la
m e d i d a en q u e n o sea p o s i b l e , a p a r t á n d o l o s de la v i d a s o c i a l en l i b e r t a d e n t a n t o
p e r s i s t a cl d e f e c t o b i o l ó g i c o q u e le lleva a la d e l i n c u e n c i a , l o q u e p u e d e d u r a r el
r e s t o d e sus d í a s .
A u n q u e a p r i n c i p i o s del s i g l o X X los a t a q u e s de las t e o r í a s b i o l ó g i c a s c o n t r a el
D e r e c h o p e n a l b a s a d o en la c u l p a b i l i d a d f u e r o n b i e n r e c i b i d o s y t u v i e r o n n u m e -
r o s o s p a r t i d a r i o s , p r o n t o e m p e z a r o n a detectarse sus f a l l o s e i n s u f i c i e n c i a s y f u e -
r o n o b j e t o de t o d a c í a s e de c r í t i c a s . Estas f u e r o n t a n d e m o l e d o r a s q u e i n c l u s o las
m á s m o d e r n a s i n v e s t i g a c i o n e s d e este t i p o , q u e e v i t a n los v i e j o s f a l l o s y o f r e c e n
f u n d a m e n t o s b i o l ó g i c o s m á s c o n f o r m e s c o n el a c t u a l d e s a r r o l l o d e la B i o l o g í a y la
G e n é t i c a , a p e n a s se m a n t i e n e n en el á m b i t o de la C r i m i n o l o g í a e s t a b l e c i d a .
N o o b s t a n t e , los d e s c u b r i m i e n t o s de las tesis b i o l ó g i c a s s o n l l a m a t i v o s y n o
c o m p l e t a m e n t e c a r e n t e s de v a l o r . A s í , la i n v e s t i g a c i ó n s o b r e g e m e l o s ha p u e s t o
d e m a n i f i e s t o q u e e n t r e los m o n o z i g ó t i c o s , q u e poseen la m i s m a c a r g a g e n é t i c a ,
la c o n d u c t a c r i m i n a l c o i n c i d e , se d a c n a m b o s Con u n a f r e c u e n c i a doblemente
m a y o r q u e e n t r e los h e t e r o z i g ó t l c o s . T a m b i é n el d e s c u b r i m i e n t o a m e d i a d p s de
la d é c a d a de los sesenta de la e x i s t e n c i a e n t r e c r i m i n a l e s p e l i g r o s o s del l l a m a d o
« c r o m o s o m a del a s e s i n o » h a s i d o u n d a t o i m p o r t a n t e ( a u n q u e d e s p u é s n o se h a y a
c o n f i r m a d o ) en la n u e v a d i m e n s i ó n q u e a b r e n p a r a e x p l i c a r el c o m p o r t a m i e n t o
/ /
Introducción a la criminología y a la política criminal 55
h u m a n o las bases e n d o c r i n a s y g e n é t i c a s . L a C r i m i n o l o g í a n o p u e d e d e j a r de
c o n t a r c o n que médicos, a n t r o p ó l o g o s y biólogos nos s o r p r e n d a n c o n nuevos
c o n o c i m i e n t o s q u e d o c u m e n t e n q u e la d e l i n c u e n c i a es t a m b i é n u n f e n ó m e n o c o n -
d i c i o n a d o h e r e d i t a r i a o g e n é t i c a m e n t e , s u p e r a n d o los p l a n t e a m i e n t o s m á s b u r d o s
de las tesis l o m b r o s i a n a s basadas en d a t o s q u e h o y n o p a r e c e n s i g n i f i c a t i v o s . D e
t o d o s m o d o s , tales p l a n t e a m i e n t o s n o se c o r r e s p o n d e n h o y p o r h o y c o n la i m a g e n
q u e s o b r e el a u t o r d e l d e l i t o o f r e c e n las m o d e r n a s t e o r í a s c r i m i n o l ó g i c a s . L a r a -
zón d e este d e s e n c u e n t r o n o es fácil de e x p l i c a r y r e q u i e r e t o d a v í a de u n a m a y o r
profundización.
L a s t e o r í a s b i o l ó g i c a s de la c r i m i n a l i d a d t i e n e n q u e l u c h a r en la a c t u a l i d a d
en u n t r i p l e f r e n t e . P o r u n a p a r t e , n i e g a n la base s o b r e la c u a l la d o c t r i n a p e n a l
t r a d i c i o n a l e s t i m a q u e se p u e d e f u n d a m e n t a r u n r e p r o c h e d e c u l p a b i l i d a d al a u t o r
de u n d e l i t o . Por o t r a p a r t e , n o o f r e c e n s o l u c i o n e s q u e p u e d a n o r i e n t a r la p r e v e n -
ción del d e l i t o q u e p u e d a n c o m e t e r este t i p o de p e r s o n a s . P o r ú l t i m o , las t e o r í a s
b i o l ó g i c a s t o d a v í a s u f r e n el d e s p r e s t i g i t ) en el q u e las s u m i ó la i d e o l o g í a p o l í t i c o -
c r i m i n a l d e l n a c i o n a l s o c i a l i s m o y de o t r o s r e g í m e n e s p o l í t i c o s t o t a l i t a r i o s , q u e
u t i l i z a r o n las t e o r í a s b i o l ó g i c a s y la de los t i p o s de a u t o r p a r a e l a b o r a r leyes r a -
cistas o m e d i d a s de c o n t r o l d e la l l a m a d a p e l i g r o s i d a d s o c i a l q u e se a t r i b u y e a los
s u j e t o s a q u e j a d o s de d e t e r m i n a d o s d e f e c t o s o p a t o l o g í a s .
T a m b i é n el D e r e c h o p e n a l a c t u a l se d i s t a n c i a d e estas t e o r í a s . Sus propuestas
generales s o b r e los f a c t o r e s a n t r o p o l ó g i c o s d e l d e l i t o a p e n a s h a n e j e r c i d o i n f l u e n -
cia c o n c r e t a en la l e g i s l a c i ó n o en la j u r i s p r u d e n c i a . P r á c t i c a m e n t e en n i n g u n o de
los casos e x p u e s t o s a l p r i n c i p i o d e este c a p í t u l o se h i z o u n e s t u d i o de la c o n s t i t u -
c i ó n b i o l ó g i c a , la e s t r u c t u r a c o r p o r a l o c u a l q u i e r o t r o d a t o s o m á t i c o q u e p u d i e r a
e x p l i c a r los c o m p o r t a m i e n t o s c r i m i n a l e s .
A la B i o l o g í a c r i m i n a l , c o m o e s t u d i o de las causas de la c r i m i n a l i d a d o de u n a
c i e r t a clase de c r i m i n a l i d a d , n o se r e c u r r e m á s q u e p a r a o b t e n e r respuesta a c o n -
cretas y precisas c u e s t i o n e s , y el p e n a l i s t a se reserva t a n t o el p l a n t e a m i e n t o d e las
m i s m a s , c o m o la v a l o r a c i ó n d e las respuestas q u e p u e d a n o f r e c e r s e . S o l a m e n t e e n
sus p r i m e r o s pasos, a l e n t a d o s p o r las o r i e n t a c i o n e s de las C i e n c i a s n a t u r a l e s de
finales del s i g l o X I X y c o m i e n z o s del s i g l o X X , las t e o r í a s b i o l ó g i c a s d e la c r i m i -
n a l i d a d se a v e n t u r a r o n a u n a c r í t i c a a f o n d o d e l D e r e c h o p e n a l , c o n la p r e t e n s i ó n
de i n s t a l a r s e c o m o C i e n c i a p e n a l f u n d a m e n t a l , q u e n o s o l o r e s p o n d a a las p r e g u n -
tas q u e se le p l a n t e e n s i n o q u e t a m b i é n p l a n t e e sus p r o p i a s p r e g u n t a s . P e r o esos
t i e m p o s ya p e r t e n e c e n a l p a s a d o .
E l p u n t o m á s débil d e la C r i m i n o l o g í a o r i e n t a d a b i o l ó g i c a m e n t e r a d i c a , en la
a c t u a l i d a d , en q u e h a d e f r a u d a d o las e x p e c t a t i v a s q u e h a n i n d u c i d o a l m o d e r n o
p e n s a m i e n t o p e n a l a f a v o r e c e r a la C r i m i n o l o g í a y a c o n f i a r e n su f u t u r o . D e s d e el
p u n t o de v i s t a de u n a p r e v e n c i ó n de la c r i m i n a l i d a d y de u n m e j o r c o n o c i m i e n t o
de las causas d e la m i s m a , el s i s t e m a p e n a l n o p u e d e e s p e r a r n a d a o m u y p o c o de
56 Winfried Hassemer - Francisco Muñoz Conde
las t e o r í a s b i o l ó g i c a s . U n a P o l í t i c a c r i m i n a l o r i e n t a d a a la p r e v e n c i ó n d e l d e l i t o
n o es p e n s a b l e desde las bases de estas t e o r í a s . L a s e x p l i c a c i o n e s b i o l ó g i c a s de l a
c o n d u c t a c r i m i n a l n o e s t á n e n c o n d i c i o n e s de f o r m u l a r de u n m o d o g e n e r a l a l -
t e r n a t i v a s a la J u s t i c i a p e n a ! . Si los d e f e c t o s q u e la B i o l o g í a c r i m i n a l r e v e l a c o m o
f a c t o r e s c r i m i n ó g c n o s se d e b e n s o l o a l a n a t u r a l e z a y n o a la c u l t u r a , su m o d i f i -
c a c i ó n se sustrae a la a c c i ó n de los h o m b r e s y de las i n s t i t u c i o n e s . U n a P o l í t i c a
c r i m i n a l f u n d a d a b i o l ó g i c a m e n t e s o l o p u e d e a d m i n i s t r a r la d e l i n c u e n c i a y, en el
m e j o r de los casos, a m i n o r a r en a l g ú n g r a d o sus e f e c t o s . P e r o p a r a l o q u e n o e s t á
e n c o n d i c i o n e s , en a b s o l u t o , es p a r a m o d i f i c a r l a .
b) Insuficiencias de las teorías psicológicas individuales
H o y n a d i e d i s c u t e ya que L O M B R O S O y su escuela i n c u r r i e r o n en e r r o r e s m e -
t o d o l ó g i c o s . E n p a r t i c u l a r , p a s a r o n p o r a l t o el q u e los i n t e r n o s de u n c e n t r o p e -
n i t e n c i a r i o n o e s t á n a i s l a d o s s o l a m e n t e en el p l a n o e s p a c i a l , s i n o t a m b i é n en el
s o c i a l y el p e r s o n a l , de t a l f o r m a q u e c u a n d o s o n t o m a d o s c o m o o b j e t o de i n v e s -
t i g a c i ó n n o se e s t á e s t u d i a n d o t a n s o l o las c a r a c t e r í s t i c a s p e r s o n a l e s q u e p u e d a n
l l e v a r l e s al d e l i t o , s i n o t a m b i é n , y de f o r m a i n e v i t a b l e , o t r a s c a r a c t e r í s t i c a s d e l o s
m i s m o s q u e s o n p r o d u c t o e s p e c í f i c o de la c o n d i c i ó n c a r c e l a r i a . P e r o la presencia
i n e l u d i b l e d e o t r a s c i r c u n s t a n c i a s ( c o m o , p o r e j e m p l o , la i n f l u e n c i a d e las r e l a c i o -
nes c o n l o s p a d r e s en la t e m p r a n a i n f a n c i a , la p e r t e n e n c i a a u n a c a p a s o c i a l o el
d e s e m p e ñ o de u n c o n c r e t o o f i c i o ) d e t e r m i n a la i m p o s i b i l i d a d de a i s l a r el o b j e t o de
i n v e s t i g a c i ó n d e n o m i n a d o «el c u e r p o c o m o f u e n t e de c r i m i n a l i d a d » d e esos o t r o s
f a c t o r e s n o c o r p o r a l e s y o b l i g a a s i t u a r l o en u n c o n t e x t o s o c i a l en e! q u e se h a i d o
f o r m a n d o s u p e r s o n a l i d a d a p a r t i r de sus c o n t a c t o s c o n el m u n d o c i r c u n d a n t e .
P e r o d e l m i s m o m o d o q u e se c r i t i c a la e x c e s i v a fijación de las t e o r í a s b i o l ó g i c a s
ai c u e r p o d e l d e l i n c u e n t e , t a m b i é n se p u e d e c r i t i c a r las t e o r í a s p s i c o l ó g i c a s q u e
b a s a n las t e n d e n c i a s c r i m i n a l e s en d e t e r m i n a d o s rasgos o t r a s t o r n o s d e la per-
s o n a l i d a d d e l i n d i v i d u o a i s l a d a m e n t e c o n s i d e r a d o , pues e l l o t o d o l ó m á s p u e d e
e x p l i c a r a l g u n o s casos c o n c r e t o s , p e r o n o a d m i t e g e n e r a l i z a c i o n e s , n i m u c h o m e -
n o s p u e d e o f r e c e r u n a respuesta válida p a r a t o d o t i p o de a c t o s c r i m i n a l e s . L a t e n -
d e n c i a q u e p u e d e t e n e r u n i n d i v i d u o c o n t r a s t o r n o de la p e r s o n a l i d a d a c o m e t e r
u n d e l i t o s e x u a l n o t i e n e m a y o r f u n d a m e n t o q u e la a t r i b u c i ó n q u e p u e d e hacerse
a las p e r s o n a s de tez m o r e n a de t e n e r u n a s e x u a l i d a d m á s f u e r t e . D e s d e l u e g o la
c a l i f i c a c i ó n d e u n a p e r s o n a c o m o a q u e j a d a de u n « t r a s t o r n o de la p e r s o n a l i d a d »
n i es u n p r o n ó s t i c o s e g u r o y fiable de q u e v a y a a r e a l i z a r d e l i t o s en el f u t u r o , n i u n
a r g u m e n t o s u f i c i e n t e p a r a e x p l i c a r el d e l i t o q u e y a h a y a c o m e t i d o .
Q u i e n desee esclarecer el f e n ó m e n o de la « d e s v i a c i ó n c r i m i n a l » a t r a v é s de
i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e l a c o n c r e t a p e r s o n a d e s v i a d a t i e n e q u e i n t r o d u c i r , e n t r e los
p r e s u p u e s t o s de a n á l i s i s , el h e c h o de q u e la d e s v i a c i ó n es u n f e n ó m e n o de i n t e -
i
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Introducción a la criminología y a la política criminal - ^
r a c c i ó n q u e se p r o d u c e e n t r e i n d i v i d u o s , q u e a d e m á s d e ! a u t o r suele haber u»
v í c t i m a , q u e p o s i b l e m e n t e es en a l g ú n m o d o d e p e n d i e n t e de a q u e l , o q u e l.i yt-.
p e n s i ó n al d e l i t o p u e d e s u r g i r d e s i t u a c i o n e s f a v o r a b l e s o d e s f a v o r a b l e s .
E n s í n t e s i s , d e b e t e n e r s e en c u e n t a q u e t o d o c o n o c i m i e n t o s o b r e los c o i u l u •>>
n a m i e n t o s b i o l ó g i c o s y p s í q u i c o s d e u n s u j e t o en r e l a c i ó n c o n u n d e l i t o s o l n •
s u s c e p t i b l e de e x p l i c a c i ó n si se p o n e en r e l a c i ó n c o n o t r o s d a t o s n o p u r a n u i i u
b i o l ó g i c o s n i p s i c o l ó g i c o s , y la r e l e v a n c i a de estos o t r o s d a t o s p a r a la e x p l i t . u
de la c o n d u c t a c r i m i n a l o b l i g a , en c o n s e c u e n c i a , a r e l a t i v i z a r a q u e l l o s cuium
mientas.
Las t e o r í a s p s i c o l ó g i c a s y p s i q u i á t r i c a s t i e n e n , s i n e m b a r g o , g r a n i m p o r t a r u i •
a la h o r a d e d e c i d i r e n la sentencia t r a s el c o r r e s p o n d i e n t e p r o c e s o p e n a l si <'
s u j e t o a u t o r d e l d e l i t o e s o n o i m p u t a b l e y en c o n s e c u e n c i a i m p o n e r l e u n a j i n i i
o s o m e t e r l o a u n a m e d i d a de s e g u r i d a d o t r a t a m i e n t o . E n estos c a s o s , la n o r m . i l i
d a d m e n t a l y la c a p a c i d a d d e l s u j e t o p a r a ser d e c l a r a d o r e s p o n s a b l e de sus a c i "
r e q u i e r e u n a v a l o r a c i ó n p s i q u i á t r i c a y p s i c o l ó g i c a d e l a u t o r d e l d e l i t o , d e su cap.i
t i d a d i n t e l e c t u a l , q u e le p e r m i t a c o n o c e r la i l i c i t u d de su h e c h o , y de su c a p a c i d . i i l
v o l i t i v a , q u e le p e r m i t a a c t u a r c o n f o r m e a d i c h a c o m p r e n s i ó n , q u e s o n los ó»<
e l e m e n t o s q u e s e g ú n el G ó d i g o p e n a l ( a r t . 2 0 . 1 " y 2") f u n d a m e n t a n l a i m p u t . i
b i l i d a d de u n s u j e t o . P e r o n i s i q u i e r a en estos casos el d i c t a m e n p e r i c i a l , a v e t i
c o n t r a d i c t o r i o e n t r e l o s e s p e c i a l i s t a s , p e r m i t e s i e m p r e u n j u i c i o d e f i n i t i v o s o b r e 11
c u l p a b i l i d a d , q u e en ú l t i m a i n s t a n c i a c o r r e s p o n d e d e t e r m i n a r a l o s jueces. L a p r o
p i a i n s e g u r i d a d en l o s d i a g n ó s t i c o s p s i q u i á t r i c o s y p s i c o l ó g i c o s r e p e r c u t e en un.i
j u r i s p r u d e n c i a v a c i l a n t e a l a h o r a d e d e c i d i r c u á n d o u n s u j e t o a q u e j a d o d e algún
t i p o de a n o m a l í a m e n t a l es r e s p o n s a b l e o n o de sus a c t o s . T a m b i é n en l a fase di
e j e c u c i ó n d e la p e n a ( p r i s i ó n ) o m e t l i d a p r i v a t i v a de l i b e r t a d ( c e n t r o de i n t e r n a
m i e n t o p s i q u i á t r i c o , c e n t r o de r e h a b i l i t a c i ó n de d r o g a d i c t o s ) se t i e n e n en c u e n i . i
las a l t e r a c i o n e s p s í q u i c a s o e n f e r m e d a d m e n t a l q u e p u e d e t e n e r el s u j e t o para
a d a p t a r el t r a t a m i e n t o q u e sea m á s i n d i c a d o p a r a d i c h a s a n o m a l í a s m e n t a l e s . Los
factores de t i p o b i o l ó g i c o q u e p u e d a n tener r e l a c i ó n c o n cl d e l i t o c o m e t i d o prác
t i c a m e n t e n u n c a s o n t e n i d o s en c u e n t a en la d e t e r m i n a c i ó n d e la r e s p o n s a b i l i d a d
del s u j e t o , y t a m p o c o e n c l t r a t a m i e n t o q u e l u e g o se l l e v e a c a b o en la e j e c u c i ó n
de la s a n c i ó n q u e se le h a y a i m p u e s t o .
En los casos expuestos al comienzo de este capitulo puede verse perfectamente el valor
relativo que hoy se concede a las teorías biológicas y a los condicionamientos patológicos
del autor del delito para explicar las causas de la criminalidad, y por qué estas solo sirven
para asesorar al Tribunal en cuestiones relacionadas con la imputabilidad del autor de un
delito en el caso concreto. Por lo demás, en ninguno de los casos el Tribunal ordenó, ni
ninguna de las partes solicitó, un estudio de las anomalías anatómicas, cromosómicas o
genéticas de los acusados. Lo único que lógicamente interesó, desdo el primer momento,
fue el diagnóstico de la patología mental del autor y la^averiguación de la influencia que
esta pudo tener en su comportamiento en el momento de realización de los hechos y, en
consecuencia, en su imputabilidad. La opinión de los expertos fue en cada juicio bastante