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Entrevista com
Vicente Aguiar, da equipe
de desenvolvimento do
Noosfero
FORUM
http://revista.espiritolivre.org | #009 | Dezembro 2009 Porque o cidadão
consciente deveria
optar pelo
software livre
REDES SOCIAIS
CAPA COMUNIDADE COLUNA
O que fazer se alguém Comunidade Sol Cezar Taurion fala sobre
clonar seu perfil?! Software Livre smartphones
COM LICENÇA
SUMÁRIO
CAPA
28 10 cuidados que devemos
tomar em redes sociais
Suas informações dizem tudo
TECNOLOGIA
Podcast por que ouve
36 Aumenta o som...
COTIDIANO
38 Os 10 mandamentos do
usuário
O problema está entre o teclado e a
cadeira...
83 AGENDA 06 NOTÍCIAS
FERRAMENTA
39 Google Go
O Google ataca de novo!
FORUM COMUNIDADE
41 Por que o cidadão
consciente deveria optar
54 OSUM
Open Source University Meeting
pelo software livre - Parte 2
Pensamento livre e dispersão do
conhecimento
56 Comunidade Sol Software
Livre
Do norte do Brasil para o mundo!
45 Tecnologia da Informação e
as Escolhas Políticas
Todo mundo tem direito...
EMPREGABILIDADE
59 Os bichos da Terceira Idade
E você está preparado para o mercado?
GRÁFICOS
45 Criando tecidos no Inkscape
Agora a roupa é com você!
EDUCAÇÃO
47 SVG
Gráficos para todos
62 O uso dos programas de
simulação em educação e
treinamento
Uma proposta interessante!
73 EMSL'09 - Itajubá/MG
Relato do evento
10 LEITOR
79 3º Encontro PHP-PB - João
Pessoa/PB
12 PROMOÇÕES Relato do evento
QUADRINHOS
Os Levados da Breca
81 Nanquim2 - Helpdesk
Natal
NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Por João Fernando Costa Júnior e Francilvio Roberto Alff
Ubuntu 10.04 Lucid Lynx disponível para tes- FreeNAS também adotará completamente o
tes pinguim
No último dia 10, foi publi- O FreeNas, uma das
cada a primeira versão mais famosas soluções
Alpha do Ubuntu 10.04 Lu- NAS, esta prestes a utili-
cid Lynx. É possível fazer zar LINUX como seu sis-
o download através do si- tema operacional oficial.
te oficial. Como todos sa- Voker Theile, o desenvol-
bemos bem, não é vedor principal do Free-
recomendável instalar NAS, anunciou que a
uma versão Alpha 1 em computadores finais, próxima versão do Free-
mas é interessante testá-lo em uma máquina vir- NAS necessitará de uma recompilação de gran-
tual ou em um computador de testes. de parte das funções fundamentais para
A versão final é esperada paro o dia 29 de Abril eliminar algumas limitações atuais e será basea-
de 2010 e enquanto isso nos próximos meses se- da no DEBIAN. O projeto tem o nome de Open-
rão publicadas várias versões Alpha e Beta, co- MediaVault.
mo previsto do plano de desenvolvimento: 14 A versão 0.7 está entrando em fase de desenvol-
Janeiro – Alpha 2, 25 Fevereiro – Alpha 3, 18 vimento neste mês. O problema maior para os
Março – Beta 1, 8 Abril – Beta 2, 22 Abril – Relea- usuários atuais parece ser o destino do ZFS,
se Candidate, 29 Abril – Definitive Release. que infelizmente no Linux é disponível somente
através do FUSE.
O Browser do Google agora também fala Li- Inkscape 0.47 finalmente disponível
nux e Mac As coisas este mês pare-
Depois de um ano de es- cem andarem verso o ru-
pera, Google anunciou a mo certo também para
primeira versão provisó- os amantes de gráficos.
ria do browser para usuá- Finalmente foi lançada a
rios Apple e Linux. O que nova versão de Inksca-
a gigante da Internet nos pe. Agora todos os curio-
dá como prêmio de conso- sos que ainda não
lação pelo atraso dessa conhecem este progra-
release são as mais de ma que faz muito bem o trabalho de softwares
300 extensões, úteis muito uteis para o navega- como Freehand, CorelDraw, Xara X e Illustrator.
dor. Google Mail Checker e RSS Subscriptions As principais novidades dessa versão são: Sal-
estão entre os mais votados. Como na versão pa- vamento automático, novo sistema de alinha-
ra Windows, Chrome suporta linguagens open mento, suavização de nós automático,
standard como o HTML 5. O Google garante exportação para PS e EPS. Para conferir a lista
que o navegador segura as pontas no Gnome as- completa das novidades e provar a nova versão
sim como no KDE. As atualizações são através visite o site www.inkscapebrasil.org.
do System Package Manager.
Brazil: The New Spam King* (by Forbes) O Pinguim mostra a cara no netbook
A empresa americana de De a cordo com a ABI Rese-
San Francisco, Cisco Sys- arch, em 2009 o linux aboca-
tems divulgou na última se- nhou a fatia de 32 por cento
mana de Novembro que o dos sistemas vendidos com
Brasil ultrapassou os EUA os NetBooks. A empresa esti-
em numero de mensagens in- ma ainda que 2013 essa per-
desejadas enviadas via mail, centual subirá, e
assim chamadas SPAM. No ultrapassará em percentual as vendas de netbooks
ano, as mensagem desse gênero ultrapassaram dotados de Windows, que ainda é muito difusa nos
os 7 trilhões, contra pouco mais de 6,6 trilhões países menos desenvolvidos.
de mensagens de procedência americana. Pa- Em um estudo recente sobe os Dispositivos Ultra
trick Peterson, da Revista Forbes, declarou que Portáteis (UMDs), cerca de 35 milhões de netbo-
este episódio não é nada de inesperado, e que oks foram fabricados em 2009*. A ABI Research
o Brasil está sofrendo a mesma onda de lixo ele- não divulgou abertamente o percentual de cada sis-
trônico pela qual passaram outros países em de- tema operacional, mas nos deu a boa notícia que
senvolvimento que tiveram contato rápido com a 32 porcento desses computadores (11 milhões) fo-
rede mundial de computadores. ram vendidos com sistemas linux-based (* Estimati-
va para todo o ano de 2009, incluindo o mês de
Flash!!! O Google acha o que você fotografou dezembro).
Na última segunda-
feira, 7 de dezem- Chrome agora também tem suas extenções
bro, a gigante da In- Foi anunciado oficialmente
ternet anunciou as extensões para Google
um novo serviço. A Chrome, que seguem o con-
novidade agora é a possibilidade de utilizar ima- ceito do Google, sendo fá-
gens obtidas através de um celular para realizar ceis de instalar. Uma outra
buscas com o Google.com. Chamado Google peculiaridade das extenções
Goggles, é em versão beta, mas já é disponível para Chrome é o fato que
para a compra. elas sejam executadas cada
O sistema roda a partir da versão 1.6 do An- uma em um processo próprio, evitando assim
droid (O.S. para celulares com a marca Google), crashes inesperados do navegador por culpa de
e é capaz de reconhecer desde quadros de Leo- uma extenção com bugs. Se você quiser testar
nardo da Vinci, até vinhos das melhores canti- as novas extensões para Chrome, a primeira coi-
nas do mundo, passando por cartões, pontos sa que deve fazer é instalar a versão para de-
turísticos e logotipos. Através da conexão GPS senvolvedores e depois basta ir em "extensões"
combinada com a Internet, os resultados são exi- a partir do menu do navegador. Até o momento
bidos imediatamente, facilitando assim a navega- são mais de 300 os plugins disponíveis. Agora o
ção. O serviço, como já dito, não é uma versão Google Chrome esta realmente pronto para compe-
final, pois ainda precisa de melhorias para o reco- tir com o browser da Fundação Mozilla. Quem vo-
nhecimento de algumas categorias de imagens. cês acham que levará a melhor nessa disputa?
Esse release foi lançado sob licença GPLv3, Em Portugal o aparelho já esta a venda por
mesmo que essa não agrade muito a Linux Foun- aproximadamente 350 euros. Na Itália sai um
dation. pouco mais barato, podendo ser encontrado por
299 euros. A Acer não divulgou se disponibiliza-
rá o celular ao mercado brasileiro.
Palm contra Artifex, a decisão será nos tribu-
nais
IBM será o novo ninho da raposa
A Artifex Software anunci-
ou que entrará com uma Não é nenhuma novidade
ação judicial contra a que os ventos que sopram
Palm Inc's por violação dentro da IBM trazem sem-
da licença GPL do softwa- pre iniciativas em prol ao
re muPDF desenvolvido open source. Dessa vez a
pela mesma empresa. A empresa de Armonk deci-
Artifex argumenta que a diu padronizar FireFox co-
Palm utiliza a arquitetura mo navegador do grupo.
do muPDF em seu "PDF Viewer" sem o poces- A implementação deve ser concluída até o inver-
so de uma licença comercial. no do próximo ano. Uma das motivações da
O muPDF é coberto das licenças GPL ou comer- IBM é a necessidade de uma plataforma com al-
cial, assim a Palm teria violado a licença GPL to desempenho para a migração de seus proces-
por não possuir uma comercial, utilizando o códi- sos para W3 On Demand Workplace.
go para fins comerciais. Não é a primeira vez
que a Palm tem problemas com a violação de li-
cenças. Podemos citar o caso do USB Buss em Quer contribuir?
janeiro deste ano, e do Office Compatible Pack Então participe entrando em contato
de alguns anos atrás. através do email revista@espiritolivre.org
EMAILS,
SUGESTÕES E
COMENTÁRIOS Ayhan YILDIZ - sxc.hu
Nesta última edição de 2009 o que não poderia Não curso nível superior ainda, no próximo ano
deixar de faltar são os comentários de nossos sim (Sistemas da Informação). Eu aconcelho a
leitores, dizendo o que acham da Revista todos a lerem a revista, posto em meu site
Espírito Livre. Contribua você também, envian- (www.binoinformatica.com), mando por email
do suas sugestões e críticas. Abaixo listamos al- aos amigos.
guns comentários que recebemos nos últimos Albino Biasutti Neto - Vila Velha/ES
dias:
Acho que a revista é uma ferramenta muito forte
Achei uma iniciativa muito interessante que dis- na divulgação dessa ideologia do software livre,
põe de informações sobre esse mundo maravi- que devia ser adotada ainda mais por professio-
lhoso do software livre, que não se vê no dia dia nais de T.I e usuários finais mesmo.
na web, adorei... e viciei na Revista. Parabéns... Edmilson N. de Jesus - Goianésia/GO
Fabio Soares da Silva - São Paulo/SP
Vocês até podem achar engraçado, mais nunca
Muito interessante, e pertinente para quem ini- tinha ouvido falar desta revista, e por incrivel
cia com software livre, ou para quem quer ficar que pareça estou baixando todas agora, sem fa-
por dentro das novidades... lar que esta matéria do "Linux no desktop" está
André Campos Rodovalho - Goiânia/GO ótima... Não sei como vocês não divulgam ela
mais.
Acompanho a revista há pouco tempo, somente Fernandes Macedo Ribeiro - Goiânia/GO
pela internet. Para mim é a melhor fonte de infor-
mação para o gênero. Acompanho a revista a pouco tempo. Ela está
Bruno Roberto Gomes - Gurupi/TO me trazendo bons conhecimentos, além de tudo
nos deixa por dentro dos eventos atuais.
Finalmente uma revista que nos incentiva a Bernardo S. de Castro - Rio de janeiro/RJ
abrir os olhos para um novo horizonte infinito di-
ferente do que as outras (Windows xP) que sem- Uma ótima revista para usuários de softwares li-
pre nos limitava ao máximo. vres, com os mais interessantes e diversificados
Jardel Benedito de Oliveira Pontes - Apiaí/SP assuntos para todos leitores.
Hugo Nicodemos A. de Brito - Recife/PE
Desde que começei a usar o Linux e Software Li-
vre tenho acompanhado a revista a cada edição Uma excelente fonte de comunicação sobre
e isso não tem muito tempo (4 meses). Preten- software livre, disseminando e informando so-
do expadir o Open Source e GNU/Linux em bre a cultura open source.
meu estado, fazendo palestras, eventos, etc... Janderson Batista Abreu - Três Marias/MG
Revista ótima, matérias interessantes. Como su- Uma revista muito completa, que motiva as pes-
gestão enfocaria mais as possibilidades de traba- soas à utilizarem software livre, e mostra todos
lhar comercialmente com Software Livre, como os beneficios da sua utilização!
suporte e consultoria. Renato C. N. de Almeida - Votuporanga/SP
Michel Baldasso - Porto Alegre/RS
Uma excelente fonte de informação que deve
Uma boa revista começa com um bom plano edi- ser absorvida ao máximo, vale a pena. Ler não
torial e uma missão definida e é isso que a Revis- é perda de tempo, é um investimento em nossa
ta Espirito Livre faz de melhor, por isso está consciência e conhecimento.
conquistando cada vez mais leitores. Noellen Samara da Silva - Várzea Paulista/SP
José Mário de M. Lemos - Ipojuca/PE
Acompanho a revista desde a Edição de Núme-
É uma revista sensacional, além de ser sobre ro 3, sou fanático pela iniciativa do Software Li-
Software Livre. Nada mais justo do que ser cola- vre, sempre que possível ajudo no incentivo de
borativa. Estão de Parabéns. Ajudo-a divulgan- programas de código aberto e sempre sou eu
do no meu blog e para os meus amigos. que ajudo meus colegas de sala em suas dificul-
Pedro Henrique F. Mendes - Taguatinga/DF dades no sistema Linux. Uso em meu computa-
dor o Big Linux 4.2 e já usei por um bom tempo
Maravilhosa, conteudo atuais e com visual leve, o Ubuntu. Sempre fui usuário de Windows, mas
agradável de ser ler. Conheci a pouco tem a re- agora me "libertei" e agora sou fã e contribuo
vista e estou maravilhado. Estou espelhando o com esse sistema. A revista chegou no momen-
link para muitos amigos meus. Abraços para a to exato, pois minhas principais dúvidas foram
equipe da Revista Espírito Livre. esclarecidas através dela. Valeu!
Jefferson Cleyton Pausen Xavier - Vitória/ES Sitonir de Oliveira Peixoto - Aracoiaba/CE
Excelente. Não deixa nada a desejar em rela- Sua abordagem é interessante, pois utiliza de
ção às revistas tradicionais e conta com a vanta- quadrinhos, breves notícias, ou seja, a galera
gem de ser grátis e digital, possibilitando que eu da Espírito Livre "anda" acertando os gostos do
escolha onde e como lê-la. seu público-alvo, não deixando o leitor entedia-
Edson S. de Souza - Belo Horizonte/MG do ou desinteressado.
Juliett de Medeiros Correia - Gravatá/PE
O que eu acho? Resumindo em três palavras:
Cria, Discute e Informa. Acho que software e cul- Excelente divulgador do espírito do software li-
tura livre nunca foram abordados de forma me- vre, conteúdo entusiástico e numa linguagem
lhor, ela (a Revista Espírito Livre) transmite de convincente.
forma dinâmica e bem estruturada uma realida- João Carlos Pereira Netto - Ilha Solteira/SP
de que finalmente chegou até nós, e continuará
abrindo novas mentes, livre-pensar é só pen- Me sinto cada vez mais livre a cada nova
sar.; ) publicação da revista. Seu conteúdo é
Gabriel J. R. Rafael - Campina Grande/PB impressionante!
Daniel dos Santos Moura - Parnaíba/PI
Perfeita para a difusão do pensamento livre e pa-
ra a educação dos jovens no sentido lato da pala- Uma revista super séria, profissional e que tem
vra "Liberdade". uma excelente interação com seus leitores!
Marcos Sedassari - Poços de Caldas/MG Diogo Freitas - São Paulo/SP
PROMOÇÕES
Na edição #008 da Revista Espírito Livre tivemos diversas promoções bem como promoções através
de nosso site e canais de relacionamento com os leitores, como o Twitter e o Identi.ca, onde
sorteamos diversos brindes, entre eles associações, kits, cds, inscrições a eventos e camisetas.
Abaixo, segue a lista de ganhadores de cada uma das promoções. Fique ligado!
KimPouss- sxc.hu
Por uma discreta fresta eles observam Valdid, Tungstênio: Claro! Temos que estabelecer
num canto, pensativo e tagarela. metas, criar um cronograma de ação e mandar
ver! Vamos nos reunir todos os dias nessa hora
pra discutir como anda nosso projeto.
Minotaur: Já sei, vou me chamar Gnú! Afinal,
melhor ser gnú do que um boi, né véi? É, vou Seamonkey: Que saco!
ser o Gnú agora!
Tungstênio: Temos que encontrar os dois
Ele se levanta e caminha até o restante do anônimos pra ver se eles vâo fazer parte da
grupo. equipe. Se não forem, teremos que lidar com
eles.
Gnú: Chefe! Eu agora me chamo Gnú! Não me
chamo mais Minotaur! Gnú: O Darrell e a Pandora?
Tungstênio: Tudo bem, se prefere assim. Tungstênio: Claro, e quem mais seria? O Lula
Vamos aproveitar e nos reunir. Pessoal! Ele e a Xuxa é que não!
agora é Gnú!
Seamonkey: Peraí! Como assim lidar com eles?
Seamonkey se aproxima, do outro lado e o
chefe se volta para ela. Tungstênio se aproxima de Seamonkey a
encarando dessa vez sério.
Tungstênio: E então, Seamonkey? Como foi o
resultado dos testes de infectabilidade do Tungstênio: Não podemos aceitar obstáculos
ationvir? aos nossos planos.
Seamonkey: Ah, vai tomar vai! Darrell: Vamos sair daqui. Não é mais seguro.
Temos que pensar bem em como podemos agir.
Tungstênio: Seamonkey, nós temos que
cumprir com um cronograma! Pandora: Mas não era melhor a gente ficar
mais pra descobrir o plano deles?
Seamonkey: Qual?
Darrell: Até parece que você não conhece o
Tungstênio: Do projeto de Dominação Mundial! Oliver... Ouviu não? Uma reunião por dia...
Cronograma e não sei o que mais... Eles não
Seamonkey: De novo essa história!? vão sair do canto em menos de uma semana!
Pandora: Mas Bem, ó... Gnú: Mas Tungstênio? Como é que somos uma
empresa de tecnologia que nem tem mais
Darrell: Além do mais, vão escrever tudo pelas computador!? Assim fica difícil...
paredes. Daqui a uns dias a gente vem aqui de
novo. Montanha: Verdade. Precisamos de umas
máquinas...
Pandora: Está bem, bora lá.
Tungstênio: Vamos dar um jeito de
providenciar isso.
Mas lá dentro da Sysatom a discussão
prossegue. Seamonkey: Como os marmanjos planejam
usar? Com mãos de pedra, de ferro e de boi?
Tungstênio: Montanha, quero que você
prossiga com os testes de infectabilidade. Montanha: Mais respeito, ô mulher-cuspe!
Montanha: Claro, chefe. Vai deixar com uma Tungstênio: Parem os dois! Vamos dar um jeito
mulher essas coisas, dá nisso. Deixa que eu nisso.
cuido.
Gnú: É bom! Senão como é que vou ver as
Tungstênio: Muito bem. tirinhas do nerdson?
nokia.com
Smartphones
Por Cezar Taurion
Este ano participei de vári- basicos em qualquer celular. E aplicativos, o Android Market
os eventos de Open Source. E nem me atrevo a dizer o que se- (http://www.android.com/mar-
na imensa maioria deles, nas rá o smartphone de 2019... ket/). O Maemo (http://mae-
conversas de cafézinho, surgia O que roda nestes disposi- mo.nokia.com/), sucessor mais
a clássica pergunta: “voce tivos? Já está claro que as pla- sofisticado do Symbian tam-
acha que um dia o Linux vai taformas Open Source bém é um sistema Linux-ba-
substituir o Windows nos dominam este cenário. An- sed. Por sua vez, pelo menos
PCs?”. Para mim esta é uma droid, Maemo, Symbian (se tor- nos próximos anos, o Symbi-
questão de pouca importância. nando Open Source, sob an, deve continuar liderando o
Os PCs fazem parte de uma fa- licença Eclipse Public Licence mercado, mas agora sob o mo-
se da evolução da TI e deve- agora em 2010) e outros sabo- delo Open Source
mos prestar atenção no que res de Linux já estão próximos (http://www.symbian.org/).
está vindo aí. Não no retrovisor. de deter 60% do mercado. Os Este movimento em dire-
E o que vem por aí? Com- sistemas proprietários RIM ção à Open Source deve mu-
putação em Nuvem e os (BlackBerry OS) e Apple ficam dar bastante as regras do jogo
smartphones! Vamos começar com cerca de 30% e o Win- no cenário de smartphones.
pelos smartphones. Estes dispo- dows Mobile com a pequena Primeiro, a ativa participação
sitivos ainda são menos de parcela de 10%. de comunidades de desenvol-
20% dos celulares fabricados vedores e o fato de não ser
no mundo, mas em pouco O Android, na minha opi-
nião será o “flavor” Linux mais mais necessário pagar-se por
mais de cinco anos já serão a royalties, como no modelo ado-
maioria. São verdadeiros e po- consistente destes dispositi-
vos. Já está sendo adotado tado pelo Windows Mobile, de-
derosos computadores, e es- ve acelerar o ciclo de
tão evoluindo muito por diversos fabricantes como
Motorola, Samsung, SonyErics- inovações e lançamentos de
rapidamente. Há dez anos o novos modelos. O valor comer-
iPhone era futurologia. Daqui a son, LG e HTC, e possui um ca-
tálogo com milhares de cial de sistemas operacionais
dez anos seus recursos serão
para computação móvel vai ser Chrome e suas aplicações. cesso do Google será a aceita-
cair bastante. Isto vai afetar O Google afirmou que seu códi- ção do modelo de computação
em muito a Microsoft, que tem go será Open Source e eu acre- em nuvem. Este modelo com-
seu modelo de negócios neste dito que será baseado na putacional vai se consolidar
cenário baseado na venda de li- licença GPLv2. Usando o ker- nos próximos anos e muitas
cenças e royalties. Algumas es- nel do Linux, o Chrome aprovei- das atuais limitações e restri-
timativas apontam que os ta todo o desenvolvimento já ções serão minimizadas ou até
royalties do Windows Mobile si- feito em drivers e a sua imensa mesmo eliminadas.
tuam-se entre 15 e 25 dólares comunidade de desenvolvedo- Portanto, voltando a per-
por unidade vendida. Na mi- res. gunta inicial, na minha opinião,
nha opinião, o Windows Mobile O Chrome OS será inicial- em menos de dez anos, o mer-
vai ser relegado a nichos de mente centrado nos netbooks, cado de dispositivos de acesso
mercado, ficando espremido en- um mercado que cresce a ca- à Internet (que será basicamen-
tre a forte e crescente presen- da dia. Os netbooks são máqui- te constituído por smartphones
ça de sistemas Linux-based de nas voltadas a operarem em e netbooks) estará sendo domi-
um lado, e por alguns sistemas nuvens computacionais. Uma nado pelo modelo de Computa-
proprietários, como o da Apple parcela significativa da base ins- ção em Nuvem, Open Source
e seu iPhone, de outro. talada de netbooks já roda Li- e sistemas Linux-based. O ci-
Mas, o cenário da compu- nux e este numero deve clo atual, dominado pelo PC e
tação nos dispositivos “cliente” aumentar à medida que mais e o Windows será cada vez me-
ainda vai mudar mais. Há pou- mais destas máquinas equipa- nos importante. Será visto pelo
cos meses o Google anunciou das com processadores ARM espelho retrovisor...
um novo sistema operacional entrarem no mercado.
para PCs e netbooks, open O que o Chrome nos sina-
source, baseado no kernel do liza? Que nos próximos anos
Linux, chamado de Chrome assistiremos a uma batalha inte- Para mais informações:
OS. Este sistema deve, em prin- ressante pelo mercado de PCs
cípio, estar disponivel a partir Site Symbian
e netbooks, quando dois mode- http://www.symbian.org
do segundo semestre do ano los de negócio diferentes esta-
que vem. rão em choque. O modelo Site Maemo
O Chrome OS colide dire- tradicional, como o da Micro- http://maemo.nokia.com
tamente com o modelo estabe- soft, e o do Google. A rede de
lecido da indústria de sistemas valor do Google é baseado na Site Android
operacionais para PCs, domina- economia do grátis, onde o http://www.android.com/market
do hoje pela Microsoft com seu software é meio para vender
Windows. O Chrome OS é ori- mais anúncios. Os exemplos es-
entado ao modelo de computa- tão se encaixando: o Chrome
ção em nuvem e na verdade OS, o browser Chrome, o Goo-
sua arquitetura, baseado nas gle Gears, Google Apps e o Go-
CEZAR TAURION é
poucas informações disponí- ogle AppEngine. Esta rede de Gerente de Novas
veis, me parece o browser Chro- valor é diferente do modelo da Tecnologias da IBM
Brasil.
me rodando um sistema de Microsoft, que obtém sua recei- Seu blog está
janelas em cima de um kernel ta exatamente da venda de li- disponível em
www.ibm.com/develo
Linux. Ou seja, o Chrome OS cenças de seus softwares. perworks/blogs/page/
é uma plataforma para o brow- Um ponto chave para o su- ctaurion
pessoa...
Para mais informações:
Roberto Salomon
Blog do Roberto Salomon:
http://rfsalomon.blogspot.com
aquele passo a mais e colabo- liderança deste colaborador é
rar também na administração reconhecida pela comunidade Artigo na Wikipédia sobre
destes projetos. Cheguei à con- que a ele delega cada vez Software Livre
clusão que é preciso um tipo es- mais capacidade de representa- http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_li
pecial de pessoa: um ção sem, no entanto, abrir mão vre
empreendedor que reconheça da sua capacidade de decisão.
o valor da comunidade e do al- Este colaborador especi-
cance social do projeto. al, lidera sabendo que amanhã
Infelizmente, este tipo de uma nova liderança virá. Um no-
empreendedor não se encon- vo colaborador se destacará e
tra em abundância no merca- a comunidade reconhecerá nes-
do. Chamo esta figura de ta pessoa uma nova liderança.
empreendedor social. É um ti- Esta aparente fragilidade das li-
po especial de colaborador deranças em comunidades de
que permite que o projeto cres- Software Livre me parece ser,
ça sem sufocá-lo. Alguém que na verdade, uma grande força.
sabe liderar e não apenas diri- A liderança existe porque há co-
ROBERTO
gir e que, via de regra, nasceu laboração e não imposição. Pro- SALOMON é
dentro da própria comunidade. jetos onde os lideres se arquiteto de software
na IBM e voluntário
Isto distingue o empreendedor apegam ao aparente poder ten- do projeto
tradicional deste empreende- dem a ser "forqueadas" (ou se- BrOffice.org.
dor social que coordena proje- ria "forcadas"?) com maior
tos ligados a Software Livre. A frequência que outras onde os
Entrevista com
Vicente Aguiar,
da equipe de
desenvolvimento
do Noosfero
[5] Ruby:
http://www.ruby-lang.org
Vou fugir um pouco do outras pessoas cometendo e nião em um fórum qualquer ou,
meu temário usual aqui na revis- consegui assim escapar de bo- fazer um comentário em algum
ta, para escrever um pouco so- as enrascadas na rede. Com blog, tomamos esta decisão
bre algumas lições que aprendi base nesta minha experiência, com base no nosso fígado e
nos últimos anos participando eu gostaria de deixar alguns não com base em nosso discer-
de redes sociais e tratando ne- conselhos a vocês (vai que al- nimento. Isso normalmente
las de temas um tanto quanto guém por aí se anima de enfren- ocorre quando lemos alguma
complicados. tar online algumas batalhas coisa que nos irrita ou incomo-
Quem me acompanha onli- semelhantes às que eu tenho da profundamente e a dica que
ne, sabe que eu tenho uma ver- enfrentado). deixo, como um estressado
dadeira compulsão por confesso, é a seguinte: Antes
escrever e adoro um bom deba- de enviar o que você escreveu
1. Você publica informações no momento dos nervos à flor
te, e quando apareceu o Twit- nas redes com muita facilida-
ter então, a coisa só piorou da pele, vá tomar um copo
de, mas é quase impossível d'agua e dar uma volta. Quan-
ainda mais. Depois de alguns removê-las
anos vivendo esta vida meio pú- do voltar, se ainda concordar
Muitas vezes quando va- com tudo o que escreveu, po-
blica e meio privada, eu acabei mos escrever alguma coisa em
aprendendo com erros que vi de enviar.
redes sociais, dar nossa opi-
4. Aprenda a ouvir (e no ca- ras das pessoas que estão por la fora”, entrei em contato com
so da rede, a ler) ali debatendo. o blogueiro e o avisei que ele
Esta foi a lição mais difícil havia escrito uma série de coi-
que tive que aprender em toda sas que não condiziam com a
a minha vida, e confesso que 5. Saiba reconhecer um erro, realidade e que ele não conhe-
hoje ela é a lição que conside- e se desculpar cia a pessoa sobre a qual esta-
ro mais importante. Quem me Errar é humano e é impor- va escrevendo (aliás, a
conhece sabe que eu sou mui- tante saber reconhecer que er- próxima dica é baseada nisso).
to intempestivo e por isso, faço rou, e de alguma forma tentar
se desculpar, ainda que a retra- Ele então se retratou no
um esforço enorme para segu- próprio blog. Na verdade de for-
rar minha irresistível vontade tação quase nunca tenha a
mesma divulgação que o erro ma muito tímida, nos comentá-
de sair escrevendo ou falando rios, mas isso já foi o suficiente
(e esta regra vale também pa- cometido.
para que meu amigo entrasse
ra contatos ao vivo, e principal- Um dos casos mais inte- em contato com ele e lhe mos-
mente reuniões de trabalho). ressantes que acompanhei trasse que havia cometido
Em diversas ocasiões, ao nos últimos anos, foi um ata- uma injustiça.
me segurar e ouvir ou ler com que pessoal feito por um blo-
atenção, acabei descobrindo gueiro a um amigo meu, que
que mais gente pensava como por acaso tem o mesmo sobre- 6. Evite sempre fazer ata-
eu ou que eu havia interpreta- nome de um famoso político ques pessoais e se os fizer,
do de forma equivocada o que paulista, mas não tem nenhum esteja preparado para as con-
tinha sido escrito ou dito. Sem- parentesco com ele e é uma sequências
pre é mais fácil defender uma pessoa que pode ser considera- A coisa mais difícil que
posição quando alguém já a da quase a antítese do tal políti- existe hoje em dia é diferenciar
apresentou antes, e isso não co. as pessoas das empresas ou
deve ser considerado como “co- O blogueiro escreveu organizações às quais elas es-
vardia”. Se após uma rodada uma série de besteiras sobre tão associadas. É difícil, mas é
inicial de comentários ninguém uma entrevista que este amigo estritamente necessário no
apresentou o ponto que você havia dado a um portal, e no mundo de hoje.
gostaria de levantar, aí chega meio das besteiras tentava as- Quem acompanha o meu
a oportunidade adequada de fa- sociar o meu amigo ao político, trabalho nos últimos anos, sa-
zê-lo e neste momento, você dizendo que eram “farinha do be que eu tenho batido de fren-
já terá tido tempo suficiente pa- mesmo saco”. te com uma certra empresa
ra entender e analisar as postu- cuja sede fica em Redmond, e
Quando vi a tamanha “bo-
sabe também, que faço cons-
tantemente diversas denúncias
sobre as práticas e atividades
questionáveis desta empresa,
Sempre é mais fácil defender mas sempre procuro criticar a
empresa e não as pessoas
uma posição quando alguém já a que estão trabalhando nela.
apresentou antes... Esta dica é muito impor-
tante, pois aquele cara que fez
Jomar Silva um comentário babaca e que
você quer chamar de burro no
Orkut, pode ser o seu chefe da- que o que é piada aqui no Bra- 8. Muito cuidado com o pre-
qui a seis meses (ou ainda ser sil pode ser uma terrível ofen- conceito!
o entrevistador da empresa em sa em outro país, ou ser algo Nenhum ser humano é
que você sempre sonhou traba- absolutamente sem sentido perfeito, e por mais que saiba-
lhar). por lá (ao invés de ser o “engra- mos que ser preconceituoso é
As vezes em que eu citei çadinho” da turma, você vai fa- péssimo, todos somos, e isso
nominalmente alguém nos zer papel de grosso, ou de é fato! Não conheci até hoje
meus textos de forma negati- idiota). um ser humano que não fosse.
va, antes de fazê-lo eu pensei Esta dica vale para quem Pode demorar, mas algum dia
muito e só o fiz após respon- gosta de frequentar redes no você acaba descobrindo.
der a duas perguntas: Posso exterior e para quem escreve Quando falamos de redes
sustentar o que vou escrever em outros idiomas, como é sociais, este cuidado precisa
aqui na frente de um Juiz? Te- meu caso, pois escrevo no ser redobrado, ainda mais com
nho como provar o que estou meu blog em português, inglês a tentação de fazer parte de
escrevendo? e espanhol e, por vezes, perco certas comunidades engraçadi-
Por isso, tenham certeza mais tempo adequando as pia- nhas no Orkut (eu sou corinthi-
de que eu ainda não publiquei das dos textos (pois não sei es- ano, paulista e adoro
nem 10% das histórias que co- crever sem bom humor) do rock'n'roll... só aí vocês já con-
nheço e que adoraria comparti- preparando o conteúdo dos seguem identificar uma cente-
lhar com todo o mundo. mesmos. na de comunidades “Eu
Lembre-se sempre do jor- odeio...” que eu poderia me ani-
Lembre-se que muitos pro- mar a fazer parte).
cessos por calúnia, injúria e di- nalista iraquiano atirando um
famação estão em nossos sapato no presidente Bush. Pior do que fazer parte
tribunais hoje em dia, e grande Aqui no Brasil ele não passaria destas comunidades, é ainda
parte deles tem como meio as de um tonto pois, se pôde ati- achar bonito exibir nela todo o
redes sociais. rar um sapato, por que não jo- seu preconceito. E novamente,
gou logo alguma coisa que não se esqueça que a pessoa
tivesse impacto físico maior? (ou as pessoas) que é vítima
7. Piadas são diretamente de- Porém no Iraque, aquela é do seu ataque hoje, pode te en-
pendentes da cultura de ca- uma das piores ofensas que contrar cara a cara na próxima
da região! se pode fazer. esquina (ou na próxima sala
Embora eu já tenha visto de reunião).
grandes bolas fora neste senti-
do, sendo feitas entre as diver-
sas regiões do Brasil, as
piores que já vi até hoje foram
feitas por brasileiros em discus-
sões internacionais (um exem-
Sempre é mais fácil defender
plo regional disso é que a uma posição quando alguém já a
primeira vez que me chama-
ram de “pai d'égua” no Pará eu apresentou antes...
confesso que fiquei meio invo-
cado :) ). Jomar Silva
9. “Diga-me com quem an- sua foto :)... será que valeria a Encerro a lista no item
das e direi quem tu és” pena “entrevistar” o sujeito ? 10, mas acho que existem mui-
Ouvi essa expressão do Se ele fosse um cara legal, tos outros que poderiam fazer
meu pai a vida toda, e ela nun- quem me garante em qual lu- parte dela, e acredito que vo-
ca fez tanto sentido como quan- gar ele estaria mentindo, no Or- cês também pensam assim.
do eu comecei a me aventurar kut ou na entrevista? Por isso, recomendo que fa-
em redes sociais. Acho que deu para enten- çam a sua própria lista e dei-
É muito comum, hoje em der, né ;)? xem ela colada bem à vista
dia, a busca de informações so- perto do seu computador. Lem-
bre pessoas nas redes sociais brar destas coisas pode te pou-
e isso é utilizado por qualquer 10. Mais vale ser feliz, do par muita dor de cabeça.
cidadão que procura conhecer, que ter razão! Não incluí na lista o que
ou tentar saber mais informa- Aprendi essa com um pro- eu acho mais importante de tu-
ções, sobre uma outra pessoa. fessor da pós graduação, e mui- do, quando o assunto é o com-
Quando o “curioso” em ques- tas vezes ela me salvou de portamento em redes sociais:
tão é um recrutador ou o res- discussões online interminá- SEJA VOCÊ MESMO! É muito
ponsável por uma contratação veis e que já tinham perdido chato descobrir que aquele ca-
em uma empresa qualquer, a seu propósito há algum tempo ra legal e divertido no mundo
coisa se complica ainda mais. (na verdade me salvou de mui- virtual é um mala sem alça, ba-
tas outras discussões que tive baca e chato no mundo real, e
Há alguns anos, eu preci- na vida também).
sava contratar alguns desenvol- olha que conheço alguns as-
vedores para trabalhar em um Existem pessoas que sim- sim (xi... fiz um ataque pesso-
novo projeto na empresa onde plesmente não querem enten- al... tá bom: se a carapuça
eu trabalhava. Recebi cente- der. Não é que elas não serviu, fique com ela, seu cha-
nas de currículos e depois de consigam, não tenham capaci- to).
fazer uma pré seleção com ba- dade, não se esforcem... elas
se nas experiências e forma- simplesmente se recusam!
ção do pessoal, não me Já vi muita gente perden-
aguentei e fui dar uma olhada do um baita tempo discutindo
sobre o que o Google e o Or- e debatendo com pessoas des-
kut me falavam daqueles ca- te tipo e em quase todos os ca-
ras. Foi até divertido! sos, tudo aquilo foi pura perda
Um dos desenvolvedores de tempo.
em questão, fazia parte de Isso é comum acontecer JOMAR SILVA é en-
uma infinidade de comunida- genheiro eletrônico e
nos casos onde as pessoas es- Diretor Geral da
des do Orkut, do tipo “Eu tão ali defendendo posições ODF Alliance Latin
odeio...” (uma delas e talvez a que não são exatamente as po- America. É também
coordenador do gru-
mais leve era “Eu odeio Co- sições delas, mas as posições po de trabalho na
rinthiano”), diversas sobre hábi- que lhes mandaram (ou paga- ABNT responsável
pela adoção do ODF
tos etílicos e entorpecentes e ram) para defender. Vocês de- como norma brasilei-
algumas sobre desvios sexu- vem imaginar que eu enfrento ra e membro do OA-
ais. Parte de seus amigos ain- SIS ODF TC, o
gente assim quase sempre, comitê internacional
da utilizavam partes do corpo heim? que desenvolve o pa-
normalmente ocultas como drão ODF (Open Do-
cument Format).
Jo
se
p
Al
ta
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xc
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Os 10 mandamentos
do usuário
Por João Marcello Pereira
Google Go
Por Flávia Jobstraibizer
Não é de hoje que o Google vem inovando quanto qualquer linguagem compilada e tão fácil
em tecnologias, e apostando no mercado mundi- de programar como uma linguagem interpretada.
al de software livre. Desde o final de 2007, por Quem programa ou já programou em C, te-
exemplo, três brilhantes programadores - como rá surpresas, pois a linguagem possui muitas de
é usual na renomadíssima equipe da empresa -: suas características, embora suas sintaxes se-
Robert Griesemer, Rob Pike e Ken Thompson co- jam em sua maioria muito diferentes. O Pascal
meçaram a desenvolver uma nova linguagem pa- também foi uma inspiração para o desenvolvi-
ra atender a alguns projetos existentes. Em mento da linguagem.
meados do meio do ano de 2008, um dos profis-
sionais criou um compilador para a linguagem Um exemplo claro das mudanças do Go
que gerava códigos em C. A partir daí a lingua- em relação ao C de onde foi baseado é no mo-
gem tomou realmente forma e no final de 2008, mento da declaração de variáveis como expres-
Ian Taylor começou a desenvolver independente- sões.
mente um front-end para o então já batizado Go. Enquanto com C você declararia que: int *
Foi divulgado pela equipe de desenvolvi- x, y; o que proporcionaria a x um ponteiro, mas
mento, que a linguagem estava sendo criada não ao y, no Go a mesma declaração seria: var
por conta de antigas frustrações dos desenvolve- x, y * int; , o que informa que ambos parâme-
dores com linguagens já existentes e então deci- tros são ponteiros.
diram pegar o que de melhor havia em cada Outra novidade é o uso de := para declara-
uma delas e incluir no desenvolvimento do Go, ções curtas de argumentos, como por exemplo
que inicialmente foi construído para fazer parte em C: var x uint64 = 1; em com o Go ficaria al-
de projetos internos do Google. go como: x := uint64(1); .
Uma das características da linguagem é a O Go não funciona em plataformas Win-
facilidade de programação, com tipagens dinâmi- dows. Foi criado e desenvolvido para ser utiliza-
cas e ao mesmo tempo, código compilado, o do com Linux, Unix, BSDs e Mac OS X, e
que torna a linguagem tão segura e eficiente embora a equipe divulgue que apóia desenvolve-
dores que estejam interessados em criar uma dis- Para criar o ambiente inicial de desenvolvi-
tribuição para Windows, até o momento não há mento do Go, certifique-se de que a variável de
mostras de que isso será de fato realizado. Pos- ambiente $GOBIN ou $HOME/bin está apontan-
sui licença BSD, e sua instalação é bastante sim- do corretamente pars o path do compilador, exe-
plificada. cutando o seguinte:
Um dos pré-requisitos para a instalação do
$ cd $GOROOT/src
Go é o compilador gccgo, baseado no já famoso
$ ./all.bash
compilador GNU gcc. O pacote gccgo poderá
ser baixado do repositório em: Se tudo correr bem, você obterá uma men-
svn://gcc.gnu.org/svn/gcc/branches/gccgo . Exis- sagem como:
te aindauma série de pré requisitos que seu siste-
ma deve atender para receber o gccgo, porém --- cd ../test
atendidos estes (que podem ser informados no 0 known bugs; 0 unexpected bugs
momento da instalação, o restante do processo Na próxima edição, vamos aprender a criar
é simplificado, como você pode ver a seguir: scripts com o Go. Até lá!
svn checkout svn://gcc.gnu.org/svn/gcc/branches/gccgo
gccgo
mkdir objdir
cd objdir
../gccgo/configure --enable-languages=c,c++,go Para mais informações:
make
Site oficial da Linguagem GO
make install
http://golang.org/
Como o gcc, o compilador gccgo funciona
da mesma forma. Para criar um arquivo .go exe- Site pessoal Flávia Jobstraibizer
cute: http://www.flaviajobs.com.br
gccgo-c meuscript.go
dos questionados, e a sociedade tenderá a vol- que aqueles que pensam que a abordagem de-
tar-se contra eles se atitudes mais enérgicas e veria ser puramente técnica, vêem apenas uma
frequentes acontecerem. Não há como impedi- pequena parte de um problema que é imensa-
rem que seu modelo fracasse, e isso parece ser mente maior. Se o conhecimento deve ser aber-
apenas uma questão de tempo, como a história to apenas para permitir que seja auditado ou
tem demonstrado. No entanto, como o objetivo reutilizado por outros, onde colocaremos as
principal é o lucro, não o fornecimento e dissemi- montanhas de lixo tecnológico, que a indústria
nação de tecnologia, é provável que abando- insiste em criar, todos os anos, para garantir
nem o modelo, e criem um outro, quando os que seus lucros cresçam indefinidamente. Isso
custos se tornarem altos demais para manterem não é problema do desenvolvedor, já que ele é
o negócio lucrativo. É ruim para os defensores apenas pago para fazer o que lhe mandam, sem
da difusão do conhecimento porque deixa a soci- questionar se o mundo onde ele vive está sendo
edade estagnada, presa e acomodada a um mo- destruído pela própria empresa que lhe paga?
delo estanque, mas dominante devido à A questão da difusão do conhecimento é
disseminação, ainda que ilegal, de parte do co- uma questão filosófica, política e ideológica, mui-
nhecimento proprietário. Momentaneamente, is- to mais do que técnica. Antes de sermos desen-
so é benéfico para os defensores da volvedores, engenheiros, técnicos, filósofos ou
apropriação do conhecimento, mas essa situa- professores, somos todos seres humanos. A cul-
ção não pode se sustentar indefinidamente, já tura de apropriação, posse e consumo está tão
que o modelo exige prazos de obsolescência pla- impregnada em todos nós, que sequer temos
nejada cada vez menores de forma a sucatear senso crítico de avaliar se o que acreditamos é
versões antigas para substituí-las por novas pa- bom para nós e para nossos filhos, ou não. Sim-
ra garantir as margens de lucro. Isso gera monta- plesmente acreditamos que é bom ter dinheiro,
nhas cada vez maiores de lixo tecnológico e um sucesso, o smartphone da moda, a última ver-
enorme problema ambiental que ninguém, ain- são do software mais popular, ou o computador
da, sabe como resolver. A estagnação, por sua com os recursos tecnológicos de uma nave es-
vez, impede a transformação e o avanço do co- pacial, mas raramente avaliamos o que isso in-
nhecimento. O modelo estanque dominante impe- flui no resto da sociedade. Isso é um problema
de a livre expressão da criatividade, inerente da “sociedade”, não nosso. A “sociedade”, per-
aos jovens, e retarda o desenvolvimento das ge- sonificada na figura do “governo”, ou das “orga-
rações futuras. O problema ambiental gerado pe- nizações” tem de resolvê-lo, como se cada um
la obsolescência planejada também será de nós não fôssemos parte dessa mesma socie-
cobrado deles. dade agonizante. Alguém inventará uma tecnolo-
Por que os movimentos ditos “livres”, em es- gia milagrosa que nos salvará, pensamos.
pecial o do software livre, devem ser vistos co- Raramente pensamos que, com nossas atitu-
mo movimentos político-ideológicos? Uma das des, podemos fazer o que nos cabe como inte-
maiores críticas de vários colaboradores do grantes dessa sociedade, pensando que, talvez,
software livre, geralmente os que estão envolvi- não tenhamos força suficiente para mudar nada.
dos em seu desenvolvimento ou na implantação Além do mais, todo mundo faz igual, todo mun-
de sistemas, é a excessiva politização e a tentati- do usa pirata, todo mundo usa o PPT, o XLS e o
va de certos indivíduos de tornar a questão ideo- DOC, é tão cômodo, porque abandonar essa co-
lógica, e não puramente técnica. Esse cisma, modidade em favor de uma sociedade melhor e
em finais da década de 1990, levou à criação de mais justa, uma utopia? Deixemos que nossos
um movimento paralelo chamado de “código filhos e netos resolvam esse “salseiro” que nós
aberto”, ou “open source“. Ocorre, no entanto, criamos.
que a tecnologia disponível poderia ser utilizada e, ao contrário, deve ser potencializado. A abran-
por qualquer um, então, qualquer um poderia pro- gência do conceito vai além do software, e mui-
duzir as peças de seus veículos, qualquer um po- to além das consequências que podemos
deria se tornar um especialista nessa tecnologia imaginar. O movimento do software livre é ape-
e qualquer um poderia oferecer serviços de su- nas a ponta de um imenso iceberg, que poderá
porte. A questão da garantia deveria, então ser transformar toda a nossa sociedade. Cada um
totalmente revista. Os preços tenderiam a baixar de nós pode ajudar nessa mudança, na sua me-
e o conhecimento da manutenção e da constru- dida, “internalizando” o conhecimento que nos
ção dos veículos seria pulverizada a milhões de está disponível. Nossa atitude mostrará o quan-
técnicos ao redor do mundo, pequenas montado- to aceitamos e aplicamos esse conhecimento.
ras surgiriam, mas os interesses das grandes Atitudes com foco no bem comum fatalmente
montadoras poderiam ser resguardados pela ca- nos levarão à utilização e disseminação do
pacidade de investimento em plantas maiores e software livre e suas ideias. Atitudes com foco
com mais recursos tecnológicos, devido à capaci- no nosso próprio umbigo, nos levarão a utilizar o
dade de investimento. As vendas seriam regiona- que nos for mais conveniente. Não estou pre-
lizadas, mas a empresa perderia mercado? gando a morte dos produtos proprietários ou o
Pouco provável. A estrutura para se construir fechamento das empresas capitalistas. Estou
uma linha de produção automobilística é extrema- propondo apenas uma pequena mudança de ati-
mente cara e os prazos de retorno do investimen- tude de cada cidadão, com relação ao que julga
to são bastante grandes. A qualidade dos ser melhor para si, para seus familiares e para
produtos não fabricados pelas montadoras seri- sua sociedade. Estou sugerindo uma pequena
am de responsabilidade dos próprios montado- reflexão que não tem custo, mas, cujo resultado
res menores, auditados pela sociedade através pode mudar muita coisa. Estou procurando de-
de órgãos reguladores. As melhorias tecnológi- monstrar como nós, pessoas comuns, podemos
cas seriam difundidas para todos os outros mon- fazer alguma coisa para melhorar nosso mundo,
tadores, fazendo com que carros melhores contribuindo para resolver os graves problemas
surgissem através da discussão das ideias dos que o afetam hoje, cuja conta será paga por nos-
projetistas com toda a sociedade. Os próprios sos filhos e netos.
veículos poderiam ser construídos com materi-
ais mais duráveis e “atualizados” com as novas
tecnologias que fossem surgindo da rede de cola-
boradores. Os materiais substituídos poderiam Para mais informações:
ser projetados para serem reciclados. Uma enor- Artigo na Wikipedia sobre Software Livre
me rede de pequenas empresas surgiria em tor- http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_Livre
no dessa tecnologia, gerando empregos e
dividindo responsabilidades. Os enormes custos Artigo na Wikipedia sobre Pirataria
com advogados seriam consideravelmente dimi- http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirataria_moderna
nuídos, isso só para dizer algumas poucas vanta-
gens. A estrutura criada para a proteção dos
direitos autorais é extremamente cara e ineficien- PAULO DE SOUZA LIMA é técnico em
eletrônica formado pelo CEFET/MG,
te. Enfim, as possibilidades são limitadas ape- bacharel em administração pela UFPR e
nas à nossa imaginação. estudante de história e filosofia autodidata.
Autor do blog Alma Livre onde discute
Neste artigo, procurei mostrar porque o con- sobre software livre, cidadania, ética,
ceito ideológico e político que o software livre e filosofia e sociedade. Utiliza software livre
desde 1998 e, desde 2004, divulga e
do “produto livre” tem não deve ser abandonado incentiva o uso dele por empresas,
governo e sociedade.
Tecnologia da
informação e as
escolhas críticas
Por Fernando Leme
criação de uma sociedade li- denúncia e das gravações en- padrão ISO e não está atento
vre, justa e fraterna. Ideal que, volvendo o governo do DEM quando uma grande empresa
longe de ser poesia, é um obje- no DF, acabou por citar uma sé- de informática financia partidos
tivo a ser perseguido por todos rie de empresas, dentre as políticos em troca de favores
aqueles que lutam pela criação quais a responsável pelos pro- na compra e contratação de
de um mundo mais justo. Este dutos Microsoft no Brasil, que seus serviços.
Estado traz consigo a necessi- teriam financiado campanhas Deve-se reconhecer dois
dade de tornar público tudo e possivelmente esquemas de grupos aqui. A comunidade em
aquilo que tem potencial para corrupção em troca de “benefíci- torno do Software Livre é apar-
nos fazer atingir este objetivo; os futuros”. A imaginação se en- tidária, apolítica. Está preocu-
não é por outro motivo que to- carrega de entender. pada com o desenvolvimento e
dos os processos são públicos A iniciativa privada tem to- a divulgação do produto que
(em regra), que exigimos licita- do o direito de competir em usam e em que acreditam. O
ções, que a Legislação e a pres- quaisquer áreas que o Estado cidadão, por outro lado, deve
tação de contas dos diversos lhe outorga esta possibilidade. reconhecer quais pessoas e
entes estatais (governo fede- Mas há outras em que a compe- partidos estão envolvidos com
ral, estados e municípios) de- tência para atuar deve ser de a busca da liberdade e autono-
vem ser e estar disponíveis ao ambos. Do empresário priva- mia em informática. Quais os
acesso de todos. do, em busca da maximização responsáveis pelas políticas
Enquanto amplia-se a pre- do lucro, e do gestor público, públicas que permitirão que ha-
ponderância de relações media- em busca da máxima racionali- ja descentralização dos forne-
das pela informática, amplia-se dade no uso dos recursos e no cedores de produtos e
porporcionalmente a necessida- maior benefício social possí- serviços de TI e consequente
de da busca de soluções li- vel. É óbvio que existem e exis- distribuição da renda, aumento
vres, públicas, que sejam o tirão soluções tecnológicas da competitividade e desenvol-
alicerce das políticas de Esta- específicas, possivelmente pri- vimento.
do. Aí é que está o problema. vadas, competindo em regras Ou, parafraseando Leni-
comuns de mercado, devida- ne: Todo mundo tem direito ao
mente reguladas e pagando im- software e todo mundo tem di-
A influência do poder postos, mas existem e
econômico sobre as es- reito igual.
existirão também áreas em
colhas políticas que uma alternativa livre esta-
Do ponto de vista teórico rá disponível ao cidadão, tra-
ninguém nunca dirá que prefe- zendo consigo todos os
re pagar por alguma coisa se é benefícios da liberdade.
possível obter outra melhor de
FERNANDO LEME é
graça. Esta, que é uma das escritor, músico e
grandes vantagens do softwa- O software apartidário professor.
re livre, é também a origem de O público, o cidadão mé- Particularmente
influenciado por
sua fraqueza quando o conside- dio, não está atento a uma bata- questões relativas ao
ramos diante de relações políti- lha de bastidores, em que sua software e cultura
livres, sociologia e
cas nem sempre pautadas educação, sua liberdade e seu filosofia do direito.
pelo mais puro interesse públi- dinheiro são postos em jogo. Escreve
regularmente para o
co. Não estava atento quanto à ba- blog “Universo Fer”,
Durval Barbosa, autor da talha inglória que acabou por re- http://fernandohleme.
wordpress.com.
conhecer o OOXML como um
Criando tecidos
no Inkscape
Por Carlos Eduardo Mattos da Cruz
Neste tutorial vou demonstrar como é sim- drão, e escolha a opção Cloth (bitmap).
ples criar o ilusão de tecido utilizando a ferramen-
ta editar cores do nosso software de desenho
vetorial favorito o Inkscape.
Primeiro vá na caixa de ferramentas e sele-
cione a ferramenta Criar retângulo ou quadrado
ou digite F4. Crie um quadrado de 10 cm x
10 cm, pinte da cor que desejar, no meu caso es-
colhi azul escuro.
SVG:
GRÁFICOS PARA TODOS
Por Luiz Eduardo Borges
Figura 1: SVG não perde a resolução com zoom, pois são imagens Figura 2: O Inkscape adota o SVG como formato nativo
vetoriais
O mais lindo e
colaborativo dos projetos
Por Clayton Lobato
lissalou66 - flickr.com
No ano de 2003, fui ao Fó- vemos que desbravar um ção é classificada como uma
rum Internacional de Software caminho talvez ainda não per- organização não-governamen-
Livre (FISL), em Porto Alegre, corrido por outros grupos. tal (ONG) e, pelo seu estatuto,
juntamente com dois amigos, Juntamente com mais qua- nenhum dos seus dirigentes
Marcelo e Jansen, para conhe- tro pessoas, Amanda, Aman- pode receber pelo exercício
cer um pouco mais do movimen- dia, Rommel e Rômulo, das funções de direção. Portan-
to de software livre. O evento fundamos, no dia 04 de janeiro to, o funcionamento das suas
foi fundamental para nos moti- de 2004, a Associação Comuni- atividades é baseado no volun-
var e entender que o software li- dade Sol Software Livre. Ape- tariado. A seguir, será apresen-
vre não está relacionado sar de não ter os dados tado um breve histórico da
apenas com questões tecnológi- necessários para afirmar, é bas- Comunidade e algumas das su-
cas, mas também com outros tante provável que a Comunida- as principais atividades.
ideais de liberdade e de com- de Sol tenha sido a segunda Dentre as suas diversas
partilhamento do conhecimen- associação criada com o objeti- atividades realizadas, pode-se
to. vo de difundir os ideais do movi- afirmar que as principais foram
Na volta para a nossa ci- mento de software livre no a divulgação dos ideais do mo-
dade, Manaus, estávamos dis- País. A primeira foi a Associa- vimento de software livre na
postos a falar com outras ção Software Livre (ASL), funda- Região Norte e o convencimen-
pessoas sobre o que vimos no da no dia 11 de setembro de to de que os programas livres
evento e trazer essa discussão 2003. A Comunidade Sol é ape- já alcançaram um estágio de
para a nossa realidade local. nas alguns meses mais nova amadurecimento que podem
Assim, após inúmeras discus- que a ASL. ser considerados como a solu-
sões de como conseguir alcan- A Comunidade Sol Softwa- ção mais adequada para em-
çar um número maior de re Livre é uma associação com presas e órgãos públicos. Isso
pessoas, chegamos à conclu- sede da cidade de Manaus, es- foi importante porque muitas
são de que um dos passos inici- tado do Amazonas, e que, en- pessoas se identificaram com
ais seria criar uma associação. tre outros objetivos, busca os ideais de liberdade do movi-
Na época, não tínhamos refe- difundir os ideais do movimen- mento e acabaram se tornando
rências de como fazer isso e ti- to de software livre. A associa- vetores de propagação. Além
das pessoas que foram conven- locais de trabalho e estudo. In- criar um projeto para escrever
cidas pelos ideais, muitos gesto- clusive, várias entidades toma- um livro sobre software livre. O
res começaram a perceber ram a Comunidade Sol como livro não deveria abordar ape-
que o software livre seria uma referência e também resolve- nas questões técnicas, pois já
alternativa válida para um mer- ram formalizar a criação de enti- existem inúmeras obras sobre
cado tão competitivo. dades locais. isso, mas que tentasse abor-
A principal forma de divul- Além do público de estu- dar o software livre sobre diver-
gação do movimento de softwa- dantes e professores, muitos sos aspectos, como o aspecto
re livre encontrada pela gestores, incluindo os de ór- social, o seu modelo de negóci-
Comunidade Sol foi a realiza- gão público, ao comparecem a os, as questões legais e mo-
ção do Encontro de Software Li- esse tipo de evento, começam rais no uso do software livre,
vre do Amazonas (ESLAM). O a se questionar sobre a impor- além do próprio aspecto tecno-
evento teve quatro edições e tância da adoção do software li- lógico. Assim, em julho de
se tornou um dos principais en- vre. Muitos começam a 2008, escrevi um projeto e sub-
contros do gênero no País. Na pesquisar e tentar entender es- meti para aprovação em as-
última edição, por exemplo, rea- se novo modelo, seja de negóci- sembléia na Comunidade Sol.
lizada no ano de 2007, o even- os, seja de desenvolvimento, O projeto foi aprovado por una-
to teve mais de 1.700 pessoas que é o software livre. Esse ti- nimidade e a própria associa-
inscritas e contou com a apre- po de questionamento acaba ção iria patrocinar os seus
sentação de palestrantes de di- por tornar o movimento mais po- custos.
versos lugares. pular. Para escrever um livro
O ESLAM tem uma reper- Ao participar de eventos com o objetivo de ser uma refe-
cussão em toda a região Norte sobre software livre, percebi rência no assunto, havia a ne-
e vale mencionar a forma co- que sempre surgiam as mes- cessidade da colaboração de
mo muitos dos participantes mas dúvidas. Qual é a diferen- pessoas com experiência no te-
chegam ao evento. Por exem- ça entre software livre e ma e com diversas formações.
plo, devido à peculiaridade geo- software gratuito? Como é pos- Assim, foi criado o livro “A Re-
gráfica do nosso Estado, sível ganhar dinheiro usando volução do Software Livre”, e
talvez seja o único evento do software livre? É possível utili- escrito por dez autores: Alexan-
gênero em que as pessoas zar apenas software livre? En- dre Oliva, Christiano Ander-
vão de barco. É o caso das pes- tre tantas outras perguntas. son, Cezar Taurion, Jansen
soas de Santarém, do Estado Inclusive, vale mencionar que Sena, Marcelo Ferreira, Pauli-
do Pará, que precisam pegar alguns palestrantes, também no Michellazo, Pedro Mizuka-
um barco, durante várias ho- acostumados a escutar esse ti- mi, Pedro Rezende, Rubens
ras, para chegar em Manaus. po de questionamento, prepa- Queiroz e Tiago de Melo. Além
ram palestras específicas para desses autores, o livro ainda
A importância desse tipo conta com o prefácio de Jon
de encontro é que muitos dos tirar essas dúvidas, como é o
caso da palestra do Rubens “maddog” Hall, presidente da
participantes retornam às suas Linux Internacional e um dos
cidades e fazem a coisa aconte- Queiroz, com o título “Tudo o
que você sempre quis saber principais divulgadores dos ide-
cer por lá, através da realiza- ais de software livre pelo mun-
ção de eventos, criação de GNU/Linux mas tinha vergo-
nha de perguntar.” [1] do.
grupos de usuários, além de im-
pulsionar a adoção do softwa- Isso serviu de motivação O projeto do livro incluía
re livre em seus respectivos para que eu tivesse a idéia de ainda a distribuição de exemp-
lares para diversas instituições
de ensino e pesquisa, bibliote- vre. A razão para afirmar isso dos ideais desse movimento
cas, universidades, escolas, ór- é que tenho percebido que a social.
gãos públicos, entre outros. maioria dos projetos de softwa- Infelizmente, não tenho
Isso foi realizado e a relação re livre ainda são tocados pe- uma resposta pronta para esse
completa pode ser encontrada las mesmas pessoas de problema que identifiquei, qual
nos endereços [2] e [3]. O livro antigamente e que houve pou- seja, a falta de renovação de lí-
foi lançado no Latinoware, em ca renovação. Por exemplo, deres no movimento de softwa-
outubro de 2009, na cidade de apesar de ter citado apenas al- re livre, mas quero aproveitar
Foz do Iguaçu. Portanto, te- guns dos vários projetos que a esse espaço para tentar abrir
mos aí a realização de mais Comunidade Sol realizou, as uma discussão com os leitores
um projeto, vindo do Norte do pessoas que participam ativa- dessa revista. Agradeço aqui a
País, idealizado e patrocinado mente são as mesmas da sua oportunidade e saudações li-
pela Comunidade Sol, seus origem. E, pelo que eu tenho vres a todos.
membros e pelas pessoas que acompanhado, isso vem ocor-
sempre acreditaram na serieda- rendo em todo o cenário nacio-
de do nosso trabalho. nal.
A Comunidade Sol foi res- Tanto é verdade, que bas-
ponsável por realizar parcerias ta observar, por exemplo,
com outras entidades em proje- quem são as pessoas que lide-
tos de inclusão digital e tam- ram os principais projetos de
bém criou cursos de software livre. Ou mesmo,
pós-graduação em desenvolvi- quem são as pessoas que es-
mento em software livre na Uni- tão na organização dos gran-
versidade Federal do des eventos. Na grande
Amazonas (UFAM) e na Univer- maioria das vezes, as pessoas
sidade Estadual do Amazonas envolvidas são aquelas que já
(UEA). Além desses cursos de militam no movimento há mui- Para mais informações:
pós-graduação, vários outros tos anos e raramente se vê ca- [1] Site Rubens Queiroz
surgiram, como o curso de De- ras novas nesses eventos. http://www.dicas-l.com.br/cursos
senvolvimento de Software, do Estou concluindo esse
Centro Universitário do Norte ano a minha participação co- [2] Site Comunidade Sol Software
(UNINORTE), que mudou a mo diretor-geral da Comunida- Livre
sua grade curricular, incluindo de Sol, em que estive à frente http://www.comunidadesol.org
diversas disciplinas sobre desde 2006, e, apesar de ter re-
software livre. Por exemplo, já alizado vários projetos, chego [3] Site pessoal Tiago Eugenio de
no primeiro período, o aluno es- à conclusão de que devemos Melo
tuda uma disciplina chamada repensar como conseguir no- http://www.tiagodemelo.info
de Introdução ao Software Li- vas pessoas que participem ati-
vre e GNU/Linux. vamente. Sim, porque o TIAGO EUGÊNIO
Diante desses projetos re- número de pessoas que usam DE MELO é Diretor-
alizados, surge a seguinte ques- software livre aumenta a cada Geral da ONG
Comunidade Sol
tão: quais são os próximos ano, mas isso não é suficiente, Software Livre.
passos? A meu ver, o próximo pois é importante que tenha-
passo é renovar os participan- mos pessoas que sempre lem-
tes do movimento de software li- brem a todos a importância
muladores para computadores um carro dentre os vários mode- do conhecimento não está dis-
e de simulação em geral, com los fabricados pela indústria na- seminada e não foi percebida
o uso da inteligência artificial cional e rodaria com ele pelas e compreendida de todo ainda.
para criar, desenvolver e adap- principais ruas e avenidas da Acrescentemos o mapa
tar situações novas e inespera- capital paulista. Ou de Belo Ho- da cidade e teremos um pro-
das ao usuário. Neste rizonte, Rio de Janeiro, Curiti- grama extremamente útil (E
programa em particular, ao con- ba, Brasília, etc. Não estou SEM SIMILAR NO MERCADO
trário dos demais simuladores falando de GPS. O simulador MUNDIAL) para cada motoris-
no mercado, não existe uma in- não só mostraria o interior de ta.
terface com botões e barras de um Corsa, Uno ou Kombi, mas
rolamento. Em vez disso, te- veríamos através do para-brisa Se restringirmos as op-
mos os formulários, cartas e pla- o trânsito e os prédios que exis- ções de escolha para determi-
nilhas com a diagramação tem na Av. Paulista ou Viaduto nada marca de veículo, a
típica dos anos 30 e 40. A simu- do Chá, mesmo que de forma montadora poderia financiar o
lação começa com o comandan- geometrizada e simplificada. O desenvolvimento e distribuição
te dando as instruções aos programa exigiria que o motoris- deste simulador. Acredito que
pilotos antes de cada missão. ta seguisse pelas ruas e aveni- se uma montadora fizesse is-
Vem a decolagem, o encontro das de acordo com todas as so, oferecendo o simulador pa-
com o objetivo, o retorno e, por normas e procedimentos do Có- ra o motorista na compra de
fim, o debriefing da missão, on- digo Nacional de Trânsito e um carro de sua marca, as de-
de se analisam os resultados al- dos conceitos e diretrizes da Di- mais montadoras teriam que
cançados. A seguir, nova reção Defensiva, mostrando er- correr atrás e lançar os simula-
missão ou a saída do jogo: ros e acertos na sua maneira dores de seus veículos.
uma licença concedida pelo co- de condução do veículo, bem Encartado numa edição
mandante, com o passe para a como a manutenção do mes- domingueira em jornais com a
saída da base e a foto da namo- mo, isto é, calibração adequa- Folha de São Paulo e O Esta-
rada com quem o piloto irá se da dos pneus, peso da do de São Paulo, num final de
encontrar. Se o piloto é um 2° bagagem, uso do cinto de segu- semana a distribuição deste
tenente, seu alojamento é o co- rança, etc. CD atingiria um universo com
mum com vários beliches e um O simulador deverá tam- mais de 500.000 leitores, um
aquecedor central; se é um ofi- bém mostrar a inércia, atrito e recorde entre programas de si-
cial superior, seu alojamento é derrapagens próprias do modo mulação e treinamento. E o
uma suíte com lareira. de dirigir cada veículo em parti- mesmo ainda pode ser adota-
cular, carro ou caminhão, por do pelas auto-escolas e esco-
exemplo, de acordo com as las de 2° grau que tem aulas
A ideia de segurança no trânsito. “A in-
E se ampliássemos esse condições da pista e do tempo,
velocidade e estado dos formática pode revolucionar a
conceito de interface com máxi- educação” - campanha da Re-
ma similitude com a realidade, pneus, etc. Esta tecnologia já
existe em qualquer videogame de Globo na TV.
desde a abertura do programa,
para os mais diversos treina- de corridas disponível no mer- Videogame de corrida:
mentos, como a Direção Defen- cado. Mas o conceito de que es- Need For Speed Underground.
siva? Imaginem a distribuição ta surpreendente tecnologia Texturas, luzes, reflexos, sons
de um programa com a simula- seja profundamente considera- e efeitos especiais contribuem
ção do trânsito de São Paulo, da para uso em treinamento e para garantir a atenção e total
capital. O usuário escolheria educação em diversas áreas envolvimento do jogador. Ao in-
de experiência e formação da de Hollywood, com a certeza logias juntas podem fazer pela
equipe de desenvolvimento mo- de que as vendas cobrirão os melhoria do ensino.
delando o simulador com as ca- custos e ainda sobrará muito Com esforço e dedicação
racterísticas desejadas, com para lucrar, quanto lucrará to- podemos ter a chance de inici-
ajuda de pedagogos, psicólo- da uma sociedade ao fazer ar uma revolução conceitual
gos, engenheiros de seguran- uso de programas educacio- no uso e desenvolvimento de
ça, pilotos, etc. nais assim? É possível mensu- programas de educação e trei-
Num país tão grande, rar? namento, criando um enorme
180 milhões de brasileiros po- Apresentando estes con- mercado para uso em todas as
dem ser beneficiados por simu- ceitos numa reunião com o De- áreas do conhecimento huma-
ladores assim, já que partamento de Processamento no, em particular no tocante à
educação é condição sine qua de Dados da Universidade do segurança e temas afins, pois
non em um mundo globaliza- Estado de Santa Catarina erros e acidentes que ocorram
do. Pessoalmente acho que es- (UDESC), um dos professores serão sempre de forma virtual,
tamos apenas esboçando a presentes lembrou que um si- sem vítimas, podem ser anali-
ponta do iceberg no contexto mulador assim para o ensino sados posteriormente para que
do treinamento e educação. de eletrônica seria extremamen- não venham a acontecer na re-
Tornar possível que alu- te útil, pois economizaria no or- alidade.
nos de história participem da çamento do Departamento de
Revolução Francesa, fazendo Engenharia Eletrônica, termi-
nando com o gasto decorrente Contato
com que perambulem pelos Nilton Pessanha Saraiva
mesmos palácios, ruas e be- da queima constante de placas
e transistores nas aulas do labo- Rua Alberto Kroehne 146,
cos por onde andaram Napo- Atiradores
leão e Danton, traz uma ratório, pois os alunos montari-
am circuitos virtuais. CEP 89203-115 Joinville, SC
sinergia com o educando que niltonpess@hotmail.com
nenhum livro, mesmo multimí-
dia, permite. Neste exemplo, o Resumindo
potencial de temas é 6.000 Estou propondo que a co-
anos de história humana! E o munidade do software livre dê
que esperar em termos de mer- o primeiro passo nesta dire-
cado para simuladores para trei- ção, discutindo e produzindo
namento de equipes de programas de simulação com
vendas, administração de em- este conceito para a área de
presas, primeiros socorros, téc- educação, utilizando todos os ti-
nicas de manutenção, etc. É pos de textura, Inteligência Arti-
só pararmos de brincar de Sim NILTON PESSA-
ficial, modelagem de objetos NHA SARAIVA é De-
City e usarmos esta mesma tec- que os videogames da atualida- signer Gráfico
nologia para o ensino, não dei- de já utilizam, acrescidos de
formado pela UFRJ,
atuou como repórter
xando de lado a preocupação uma pesquisa pedagógica do fotográfico e caricatu-
com o visual e a diversão. uso deste conceito de simula-
rista de jornais do
Rio de Janeiro, lecio-
Se um novo game pode ção para treinamento e de nou editoração eletrô-
nica no SENAC e na
custar até U$100.000.000,00 uma séria preocupação em tor- Fundação Softville,
para seus produtores, o mes- nar este tipo de programa um atualmente trabalha
mo que uma superprodução exemplo do que as novas tecno- em propaganda em
Joinville, SC.
O Profissional
da Informação
na Educação
Superior
Coletando informações para a abertura de novos cursos
da informação da educação?
- Como pensar e construir o profissional da infor-
mação na educação?
- Como esses profissionais da informação, que
atuam na educação, pensam e como eles preci-
...quando nos
sam pensar no surgimento de novos cursos supe- referimos ao profissional
riores em uma região que está em constante e
rápida mudança? da informação, a imagem
- Como será o trabalho do profissional da infor-
mação na descoberta pela abertura de novos cur- que emerge é a de um
sos superiores?
profissional eminentemen-
Habilidades do Profissional da informação te técnico...
Barreto (2002) afirma que o profissional da
informação
Wesley A. Gonçalves
(...) se encontra, nesta atualidade, em um pon-
to entre o passado e o futuro. Convive com ta-
refas e técnicas tradicionais de sua profissão,
mas precisa atravessar para uma outra reali-
dade, onde estão indo seus clientes e apren-
der a conviver com o novo e o inusitado,
11ª - ter flexibilidade e polivalência;
numa constante renovação da novidade. 12ª - atualização profissional constante;
(BARRETO, 2002, p. 21) 13ª - capacidade de entender e gerenciar episó-
Conforme citado pela autora Danielle Thia- dios de diferentes naturezas e aplicações;
go Ferreira em seu artigo, (2003), o Profissional 14ª - habilidade na identificação de clientes e for-
da informação possui um ranking de habilidades necedores;
exigido pelo mercado de trabalho sendo: 15ª - habilidade na identificação de parceiro
Wesley A. Gonçalves
A partir das informações obtidas no item
anterior e a partir do momento que o novo curso
atendeu a todas as questões colocadas anterior-
mente, ele é incluído no PDI da instituição e defi-
Deve-se considerar a enorme diferença pe- ne-se um ano para sua implantação.
la busca da informação para abertura de novos
cursos superiores, que há entre o ensino público
Outros processos de informação utilizados
e privado.
pelo profissional da informação da Faculdade
Entre ambos, as informações neste artigo Por se tratar de uma instituição de ensino
se referem ao ensino privado, desta forma não superior, pode-se afirmar que o fluxo de informa-
analisamos o profissional da informação da insti- ções é satisfatório. Os canais de comunicação
tuição pública. funcionam perfeitamente, tanto internamente
quanto externamente.
Coleta, Processamento, Disseminação da in- Existe na instituição um profissional de Re-
formação lações Públicas, cuja responsabilidade é realizar
Toda instituição de ensino superior do país o intercâmbio entre a Faculdade e a comunida-
é obrigada, por força de lei, a protocolar no Minis- de. É trazido para dentro da instituição às aspira-
tério da Educação (MEC) o seu plano de Desen- ções e anseios da sociedade no que se refere
volvimento Institucional (PDI) para um período ao ensino superior.
de 05 (cinco) anos. A cada 05 (cinco) anos a ins- Internamente as informações passam pe-
tituição tem que renovar o seu PDI. los respectivos setores até a sua hierarquia mai-
O PDI protocolado no MEC poderá ser apro- or, sendo então definidos as ações que
vado ou não. Sendo aprovado, a instituição deve- deverão ser seguidas a partir das informações
rá implementá-lo dentro do período citado prestadas.
anteriormente.
No PDI a instituição descreve suas metas Conclusão
e sua atuação dentro dos próximos 05 (cinco) O Profissional da informação que tanto es-
anos, relando inclusive, quais os novos cursos tudamos e vivenciamos, tem o seu papel vital e
Suas habilidades são essenciais para o de- GONDIM, Sônia Maria Guedes. Perfil profissional e
senvolvimento, implantação e a operação de dis- mercado de trabalho: relação com formação
positivos para “filtrar, analisar, sintetizar e acadêmica pela perspectiva de estudantes
universitários. Estud. psicol. (Natal), jul.dez. 2002, vol.7,
disseminar” as informações. no.2, p.299-309. ISSN 1413-294X.
DIAS, Marco Antonio Rodrigues. Trade in higher VALENTIM, Marta Lígia. "Formação: competências e
education: can we maintain the idea of public good?. habilidades do profissional da
Educ. Soc., Campinas, v. 24, n. 84, 2003. Disponible informação" in Formação do profissional da informação.
en: São Paulo, Polis, 2002. p. 117-132.
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0
101-73302003000300005&lng=es&nrm=iso>. Acesso el: SANTOS, Jussara Pereira. "O moderno profissional da
21 Nov 2006. doi: 10.1590/S0101-73302003000300005. informação: o bibliotecário e seu perfil face aos novos
tempos" in Informação & Informação, v.1, n.1, p.5-13,
DIAS, Marco Antonio Rodrigues. Trade in higher 1996.
education: can we maintain the idea of public good?.
Educ. Soc., Campinas, v. 24, n. 84, 2003. Disponible
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0
101-73302003000300005&lng=es&nrm=iso>. Aceso el:
21 Nov 2006. doi: 10.1590/S0101-73302003000300005
Relato do evento
Por Flávia Suares
RELATO DO EVENTO
Por Filipo Tardim
No dia 20 de Outubro foi realizado o 1º Fó- dores” é manter os usuários presos aos “an-
rum de Software Livre de Duque de Caxias – zóis”, e das artimanhas contidas na grande rede
Tecnologia e Cultura Livre. (Internet). Mencionou o caso da Amazon, que
O fórum contou com presença do ilustre di- deletou e-books de seus clientes, e da Nvidia,
retor executivo da Linux Internacional, John 'Mad- que lançou um upgrade de bios que desativava
dog' Hall, e de colunistas assíduos da Revista uma função nas placas. “São poderes demais
Espírito Livre: Alexandre Oliva e Jomar dos San- para uma empresa”, enfatizou, e como não po-
tos Silva, além do próprio criador e editor, João dia deixar de ser, falou da Microsoft, que possui
Fernando Costa Júnior. o domínio sobre o sistema Windows, onde ela
decide o que será instalado no computador do
Maddog fez a fala de abertura e assistiu a cliente, e não o próprio.
todas as demais palestras da plateia.
A palestra surpreendeu a plateia, que em
Alexandre Oliva foi o primeiro palestrante. determinados momentos disse falas do tipo “es-
Com o tema A isca, o anzol e a grande rede (Es- tou totalmente fisgado”, “a todo momento caio
pírito Livre nº 2), explicou, através de uma analo- nas armadilhas”, entre outras.
gia muito interessante, os perigos das “iscas”
contidas nos softwares, cujo objetivo dos “pesca- A segunda palestra foi a de João Fernando
Costa Júnior, que de forma muito bem humora- .odt para .zip. Com isso mostrou que as informa-
da apresentou o processo de criação da Revista ções contidas no texto estariam totalmente legí-
Espírito Livre, feita 100% com ferramentas de có- veis no arquivo content.xml, presente no interior
digo aberto, como por exemplo o Scribus (na do formato odt.
apresentação foi mostrada uma página da revis- Jomar chamou a atenção ainda para a ven-
ta aberta para edição), Gimp e Inkscape, usan- da casada: o formato fechado (doc) exige um
do como Sistema Operacional o Ubuntu. Tudo software proprietário (Microsoft Office) , que por
isso rodando num modesto PC com apenas 512 sua vez exige um sistema operacional (Win-
MB de RAM, o que portanto seria uma tarefa im- dows), que só roda em uma determinada arqui-
possível de se realizar caso optasse pelo softwa- tetura (PC). Esses dados trouxeram à memoria
re proprietário. da plateia o novo formato docx, padrão do Offi-
“Na Revista, você conversa com o criador ce 2007, que é incompatível com versões anteri-
do programa”, disse João ao se referir às entre- ores do próprio pacote Office, e que é inútil
vistas que sempre estão presentes, em especial renomear a extensão, tirando o x do final.
as da 7ª edição, que trouxe uma entrevista com A palestra foi um sucesso no sentido que
Bruno Coudoin, criador do Gcompris, e Bill Ken- muitos perceberam a importância da adoção do
drick, criador do Tux Paint. padrão aberto.
A primeira palestra da tarde foi a de Jomar Em seguida, Henrique Rabelo de Andrade
dos Santos Silva, que falou sobre “ODF: Passa- falou sobre o e-UNI – Educação à distância nas
do, Presente e Futuro”. Partindo do exemplo universidades. Contou como a UNIRIO desen-
dos hieróglifos egípcios, que só foram decifra- volveu o programa, a partir do Moodle, das suas
dos em 1822, a partir da descoberta da Pedra características, implantação e da importância da
de Rosetta, disse que também estaríamos escre- EaD.
vendo hieróglifos ao adotar o formato proprietá-
rio, onde só o criador do programa de edição Logo após, foi montada a mesa 4CMBr –
saberia decifrar o código caso, no futuro, o pro- Casos de sucesso municipais. Luís Felipe Cos-
grama não existisse mais. Ao contrário, o ODF, ta apresentou o projeto 4CMBr, que significa
utilizando-se de um formato xml aberto, pode Comunidade, Conhecimento, Colaboração e
ser facilmente “decifrado”, e pediu para a plateia Compartilhamento dos Municípios Brasileiros.
realizar a experiência de renomear um arquivo Voltado para a gestão pública, procura apresen-
tar soluções baseadas em Software Livre, como
por exemplo o i-Educar (Espírito Livre nº 7).
Martin Simas explicou como a prefeitura
de Arraial do Cabo utiliza o software livre em
sua gestão e como os moradores têm acesso
aos serviços em qualquer lugar do mundo, utili-
zando inclusive a tecnologia mobile.
Marcelo Massao falou um pouco das bele-
zas naturais de Silva Jardim e do projeto de in-
clusão digital de crianças carentes, utilizando o
software educativo Gcompris.
Na mesma linha, Ana Cristina do Amaral
relatou a experiência na utilização de Software
Figura 3: Palestra do Jomar Silva
Livre nas escolas do município de Mesquita.
Maddog de fato foi a grande atração do torial com Inkscape e Segurança em servidores
evento, ora requisitado em inúmeras fotos, ora GNU/Linux, e no final foram sorteados brindes,
elogiado pelos organizadores. No entanto é im- entre eles camisetas, tux de pelúcia e produtos
portante dizer que a plateia não estava lá ape- da Linux Small.
nas para ouvi-lo. Prova disso é que um grande Sem dúvidas o Fórum foi um sucesso! Fi-
número de pessoas ficaram para assistir a últi- cou com gostinho de quero mais ao ser realiza-
ma palesta do dia, feita por Paulino Michelazzo, do em apenas um dia, mas que, a exemplo de
apesar do avançar da hora. E quem ficou não Porto Alegre, sinalizou não ficar apenas no I,
se arrependeu. De forma totalmente cômica, Pau- mas que nos próximos anos virão o II, III, etc, e
lino arrancou risos e admirações ao explicitar co- quem sabe não terá sua agenda ampliada.
mo criar e administrar uma empresa livre. Falou
de seu trabalho na Fábrica Livre e foi categórico Parabéns aos organizadores, aos pales-
ao afirmar que para se ingressar no ramo é preci- trantes e, principalmente, aos participantes pelo
so acreditar no Software Livre, mesmo que no co- interesse no SL.
meço você quebre, o que é natural (ele quebrou
quatro vezes, disse). Falou ainda que não dá im-
portância a diplomas, valorizando apenas a com- Para mais informações:
Site oficial do evento:
petência, o que fez alguns arregalarem os
http://www.forumsoftwarelivre.com.br/
olhos. Muitos quiseram entregar-lhe um currícu-
lo, quando disse que deixa os funcionários joga- FILIPO TARDIM é graduando em Letras
rem X-Box quando estão estressados. Mas pela UFRJ, professor da rede municipal de
Duque de Caxias, ajuda a implementar o
deixou bem claro que, para ser bem sucedido, é Linux nas escolas públicas do município e
preciso “ralar”, e é o que todos os seus funcioná- participa do desenvolvimento do Lineduc –
rios fazem. Linux Educacional Duque de Caxias.
O dia 31 de outubro de 2009, foi um sába- A novidade desta edição ficou por conta da
do especial para mais de 200 pessoas da Paraí- realização do desafio PHP. Os competidores, di-
ba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. vididos em duplas, tiveram que resolver aos se-
Nesse dia foi realizado o III Encontro PHP-PB guintes desafios http://tinyurl.com/yl3km89.
(http://www.php-pb.net), no auditório do Shop- Foram premiadas as duas duplas que resolve-
ping Sebrae em João Pessoa-PB. ram os desafios em menos tempo.
Entre os participantes estavam desenvolve- E por falar em prêmios, vários brindes fo-
dores com larga experiência em desenvolvimen- ram doados pelos parceiros/patrocinadores e
to de sistemas WEB, empresários, professores, sorteados entre os participantes. O evento con-
estudantes e iniciantes. Eles tiveram a oportuni- tou ainda com transmissão ao vivo para a WEB,
dade de assistir a apresentações de palestras para aqueles que não puderam estar presentes
que abordaram as novidades do PHP 5.3, PHP ao local do evento.
nas Nuvens, Wordpress, casos de sucesso de Para participar de tudo isso, cada partici-
CMS em PHP, redirecionameno de URLs com pante teve que levar apenas um kilo de alimento
Apache, PHP anti-patterns, a arquitetura MVC não perecível para ser doado a APAE-JP. No to-
do Zend Framework e PHP no mundo mobile. tal foram arrecadados 179 Kg.
AÉCIO PIRES é Ad m in is t ra d o r d e
s is t e m a s d a Dyn a vid e o , p ó s -g ra d u a n d o
e m Se g u ra n ç a d a In fo rm a ç ã o (iDEZ),
g ra d u a d o e m Re d e s d e Co m p u t a d o re s
(IFPB) e t ra d u t o r d o TCOS (Th in Clie n t
Figura 3: Alimentos arrecadados Op e ra t in g Sys t e m ).
Participe!
www.campus-party.com.br
QUADRINHOS
Por Wesley Samp, Wallisson Narciso e José James Figueira Teixeira
OS LEVADOS DA BRECA
http://www.OSLEVADOSDABRECA.com
NANQUIM2
NATAL
AGENDA
DEZEMBRO / 2009 Data: 15/12/2009 JANEIRO / 2010
Local: Campinas/SP
Evento: Minicurso gratuito – In- Evento: Campus Party Brasil
trodução a Google Go Evento: 2º TI Verde 2010
Data: 15/12/2009 Data: 16/12/2009 Data: 25 a 31/01/2010
Local: São Paulo/SP Local: São Paulo/SP Local: São Paulo/SP