Está en la página 1de 112
O Contrato Social ee om Martins Fontes Pucas obras marcaram tanto 3 histria dd literatura plicn, Ninguém nega que (0 Contato Sociales care os principais tenor neste ampo. ‘Todo empreendimento intelectual ou aris importante aac ao mesmo tem- po de uma insaisfaio e de um impulso de entasimo, Por mais que Rovsseat aj diferente de seus predecesors, neste aspeco est em stuago semelhante. Em sun refleno politia, junto com ua pro funda insatistago existe um entusiasmo adoro. Instisfcso dante da sored «deem que vives us insciigds considera shrundas epernicioas. Entsiaamo dian- te ds ida de uma ordem social eacal- mente diferente, onde a obediéndia lei fran, pelo acordo de todos, a liber the de cada um Eases dos sentimenton guiam seu penta mento regendo a prépra consrusio de ddoutrina ews argiteuea secrets, outro lado, o sucesso do uo leva-nos com fregiéncia a esquecer o subtilo: Principios do Dieta Poca. Rowseau colocase no plano dagulo que mais tarde se chamaré o dineito pblico gel ‘ou ands eoiageral do Fstado.O.pro- ‘ema em toma do qual Rousseau ri condenar a sua reflexio pola € pres mente oda justificaio do poder, ox me thor da autoridadesuprema que Se impse 1 todor os membros da colevidade O CONTRATO SOCIAL PRINCIPIOS DO DIREITO POLITICO J.-J. Rousseau TOMO BEAD Martins Fontes oP 198 Prefito. Ps ‘Gronologia = Rousseau e seu tempo. xxv Nota desta edigao. xox (0 CONTRATO SOCIAL 1 Adverténcia. 3 Livro 1. Objeto deste primeizo live 9 1 Das primeiras sociedades. 10 Do direto do mais fore 2 IN. Da eseravid0 B ¥, De como sempre € preciso remontar a uma 4) ___ imei convengao. 49 VI Do pacto social (20 VII, Do soberano i VII. Do estado evi 25 TX. Do dominio real 2 Lore 1. A soberania ¢ inaienavel IL A soberana ¢ indivisvel, TIL Se a vontade geral pode err IV. Dos limites do poder soberano, V. Do direito de vida e de more VE Da ei VIL. Do legisiador VIIL. Do povo. TX. Continuagao. X. Continuagao..n XL Dos divers sistemas de legislaao XIl, Divisio das les. toro Itt 1. Do governo em ger I Do principio que constiul as diversas for. ‘mas de governo. IL, Divisio dos governos IV. Da democraca ¥. Da anstocracia Vi. Da monarquia. VIL. Dos govesnos mists. VII Nem toda forma de governo convésn a to- dos os paises « : 1X, Dos indicios eum bom govern X. Do abuso do governo e de sua tendéncia « degenerat XI. Da mote do coxpo politico Xl Como se mantém a autoridade soberana 3 a 3 9 54 36 9 a 65 be 103 107 108 Ill, Continuagio. XIV, Contiouagao. XV. Dos deputados ou representantes XXVI_A insituicao do governo no € um conato XVIL. Da insiuiglo do governo XVII Meio de prevenir as usurpagies do govern oo 1 A vontade geral € indestruvel I. Dos sufrgios. ML Das eleigoes. 1. Dos comicios romanos V, Do tibunato Vi. Da ditadura VIL. Da census VIL Da religito civil. TX, Conelusto Notas. 109 m na n7 18 ha 12s 18 BI 134 46 v9 152 155 197 169 De JeanJacques crianga, Rousseau escreve: “Ima sginava-he grego ou romano,” Entendamos que se entu- siasmava pelo heroismo civismo dos herbis de Plu- ‘arco. Genebra pareca-Ihe uma cidade da. Antiguidade. ogo deiea sua patra; tanto em Savéia como em Paris fempenha-se numa busca incessante de si mesmo. Aos tint e um anos, um acaso 0 envia a Veneza, como se retro do embaixador da Panga. Os venezianos nio sto ‘espartanos, Diante dos costumes corrompidos e do mat governo, € provavelmente um dos primeiros a ver, nos tempos modernos, que “tudo estava ligado a politica” Sim, mas hi um circulo, pois o govemo depende dos costumes que estimula. A primera tarefa nao € formar bons cidadoe? A politica supde uma boa educagao, O ppensamento de Rousseau est esborado. O espeticulo da Franga confirma seu diagnéstico. Logo sonha escrever Institutions pabtiques, & bons autores 20 mesmo tempo fem que compoe seu Discours sur lindgalté, depots, para a Bncilopédia,o arigo Economie politique, Em 9 de abril de 1756, recuse para Montmorency € estbelece seu plano de trabalho. Primeto resumir e co- rmentar os trabalhos do abade de SaincPerte,cujos ma rusertos le poss, sobre a Paix perptucl © a Pox ysynodie, govemo pelos conselhos. Em seguida realizar trés grandes projet: terminar as Institutions polgues Iniciadas em 1751, escrever a Morale seni, sobre 4 harmonia ene a felicidade e a vise, reunc sas lias sobre a educaclo.Intertompido pela composi impre- visa de La noutelle Helos, perde a coragem de taba lar em suas Institutions politiques, Estas devam te dias pares, uma sobre os pincpios do direto polico (uta sobre as relages ete Gx povos, Conserv a pr mein e queimou o reo. © confeide desis és obras concretizouse na redo do tatado sobre a educacto, nie, co quinto lo tata de politic. as publica simultaneamente seus prncpios do direito politi sob 6 tulo de O contrao social 17628 impossivel dexae de notar que Se miantém a Tigagao estreita entre a politi- ‘cea edveago, que Rousset i encontrava em A Rep ‘ica de Patio. Para nés, a poltica € a ane de adminisar uma s- cledade, de manternela a paz socal, de wansformar a Tegslagso para adapesla As modlficagdes acanetadas pela histéria, de controlar as diversas atvidades dos ho- tens de tal modo que a8 insuigoes seam juts e ef Cazes, de regula as elagdes entre o Extado e os outos Eaados.Falamos de poticafinanceia, escolar, econd- mica, social Mas a enfase € outa quando a palavra se ples 4 are de conquisar ov de conservar 0 povetno. Rouseau ceramente no ignora esses problemas. Sabe, em paricolr, que a politica €, como se dss, a ate do Possve cleo most quando ralocina sobre casos con- {retos: 4 Polbna, a Crsega, Genebra, ou quando esc ‘eo antigo Bconomie poltique, Também sabe que spor rpc ‘de conceber uma ciéncia poltica que busca as leis que “resultam da natureza das coisas”: Montesquieu forneceu os principios em seu O expt das Kis B)>Roussea ‘io ambiciona refazor ea Binder, Rem exudar @ politica em si mesma, mas determina seu Fandament, 0s “principio do dteto politico". Mon em Primeio huge usta socilogd, Rousseas € Fl6sofo, Beier ca cae Cs Eee os eee bo tajto enconra accessriamente a politica. Nao se ppreende o que os homens podem admitie os meios de formé-los. Sobre esse saber, 0 Legislador estabelece um sistema de leis, das quais moitas sto arbiterias, até mesmo surpreendentes, mas respondem 3 finalidade da Cidade. A evidéncia de muitos precetos de Moisés nao se impoe: proibiczo das imagens, sabi, tabus alimenta- fes, regras de cisamento ou de partlha de bens. Seu papel € obrigar constantemente 0 povo a sentir-se uno, Sob uma lei, em sua diferenga de todos os outros, En- tregarse a habitos que the dio uma s6 alma, Num outro estilo, Licurgo 0 fez em Esparta, e Rousseau tentou imitlos, quando seus amigos poloneses, ranomados ela iminéncia do pergo, pirate conselho Mas € preciso ssdnalar que 0 Leislador no € nem soberano, nem magisrado, Permanece fort do pov pode scr earangero, Prope um seria que o scbersno adota. Depois se retira. Portanto € um pedagogo, que busca & mancia de fazer homens, pond as ena um dciptina que as mode ar setrarem sen F um mediagor ene jsga para € oS ates uma expec cde genio univer, que se inpbe peo prego de ua inspiragio e empreende a “desnaturagio” dos homens, 0 _que significa: fazé-los sair do isolamento, de seu egocen- temo espontino, obi osase verem como elementos ‘de um too, como “unitadesfraconiia’ en abso ts, ubmetido Te io 6, 0 ever, capanes de vencer Sitmesmos, logo, viewoso.Acrescentemos QUE, ars qUE as consis sam bem eaarecds € os hbion sa {oso itera da les devera srt Esa espécie de raconalim, espinal e mor, € um dos pontosdelcacos da dvi. Ene o invids lismo e © univesalsmo, Rowsens quero cist. Para cle, po hi amor fraternal de tds» humanidaderaa- Se os iraos que no se vem passe dispensat dear © proximo. A boa Cidade, realmente un, orga, per manece na media de nossa experinca, no ene ite ‘esses demasiado dvergntes,podemos penta, que Ine aml, Mais lm, ours Gace existe. Rousea ¢ adversirio do cosmopaitsmb que dest ss Singular ‘dades,denanca utopia do bom abade de Saint Pere Sobre'a paz universal. Para ele as cides tem povcos ats com as ouase vivem ma aurea econdmica Peranecem ente sino ado de natrera.Mesmo que Pst existam, 21 manera antiga, leis de hospitalidade, nao hi conitato socal universal. Em termos bergsonianos, diga- mos que a moral civca de Rousseau € fechada, © problema coloca-se quase da mesma maneira para a religito, fermento da unidade espiritual. Ovigario sa boiano ensina que a verdadeira religto € natural, isto 6, sensata, mostrando um Deus autor ¢ guardiio de toda ordem, c6smica e moral, ea imonalidade da alma. A rell- so assegura a consciéncia moral e foralece o homem fem seu dever. A moral do ateu € sem fundamento, sua adesio ao contrato social, sem garania:ndo participa da alma da cidade, ndo tem lugar ali. A religiao civ unica fs coragbes sem forgar as consciéacas, pois ela. nao impoe nada que nio seja sensato, inclusive 0 reconhecl- mento do cariter sagrado do contrato. Nao & intolerant, [As formas do culko ndo concemem as consciéncas, s30 ‘da aleada do governo, “etarutéias’, dirt Kan, e entram no sistema das les. liberdade das consciéncls s6 tela sentido se coexisissem tradicionalmente varias religioes Mas a vontade geral no pode ir mais longe que a ret 80 natural Talver Rousseau tivesse nostalgia do tempo em que cada Cidade possua seus deuses, mas € preciso que se coloque a questio do criianismo, ao qual o vigitio dava sua adesio, Enguanto exprime a religio natural, nada dizer, com a condigio de que nio se tome “fanitico”, intolerante. Mas ele pretende ser uma relgito universal, {que no limita 0 préximo ao concidaddo: no poderia por- tanto aceitar 0 cvismo como principio titimo. Sob certos aspectos, 0 esto no pode ser totalmente cidadio. Na Cidade fechada, vamos dizer, ele representa a moral saber, Cenamente Rousseau proclama a universslidade da conscigncla moral € 0 vigitio repelia expressamente as anomalias moris que tas ajantes descrevem aqui ou ali £ um ponto em que o pensamento de Rousseau se ‘embaraca por nto haver considerado, como Kant 0 cere ‘ura, um estatuto do génewm humano, '& um aspecto importante de sua atiude. Se & um ‘tant sticente quanto a considera a fala como 0 mo- delo da sociedade politic, as duas insituigdes sto no en tanto pensadas em conexio.O casamento é una decis20, lum contrato social panicular entre duas pessoas, ea fa: ni, assim que os filos tm uso da razao, deixa de ser ‘natural para se tornarcontratual. Nesse sentido, poderia- mos vera Cidade como uma grande familia, onde a edu cacao é pablica, logo coletva. Como toda familia, nlo ppoderia ser iimitada sem disipar a forga de sentimento {que une seus membros. ‘Temas duas versbes de O contrato social. prime'- 1, que $6 foi publicada no final do século XIX, parece ter sido redigida por volta de 1758. Nao oferecem dife- rengas doutrinais imponantes. Rousseau modiicou a frdem das duas primeteas partes para tomas mais coe- fentes. A primeira comecava com a sociedade geral do _género bumano (cap. 1), que fazia a ligagdo entre 0 Discurso € O contrato social. Esse capitulo suprimido cede lugar na versio definitva a uma polémica contra as. Soutrinas adversas, A questio da soberania € passada para o segundo livro, Rousseau refaz 0 capitulo da rel ‘pio civil que era demasiado polemico na primeira ver- ‘Sho, Termina o terceio livro esbogado ¢, fel a seus pri melros amores, inroduz. num quarto capitulos sobre 2 “policia® roman, para mostrar eomo funciona “um Con: selho de duzentos mil homens’ prgace = ivr, proido ma Feansa, condenado em Ge- ifundivse lentamee- Foi julgado dif che- ‘Fada da Revolugio fez com que 0 lessem: falaram muito dle, ¢ as vezesnele se inspiraram, como, por exemplo, Robespiere ¢ SaintJust. Para homens 2s volas com & acto politica urgente, ele esava um pouco afastado dos fatos € preciso sobretudo assnalar 0 ulto extraoring fio prestado a Jean-Jacques ap6s sua morte. ‘Transfor mmaram © autor de O contrato socal em mito & em si bolo estimulante ca reconsrugao polite. Sua estva ‘em Paris, sua transeréncia para 0 Panthéon, 0 decteto de 7 de maio de 1794, instuindo os dogmas da religito do vig saboiano, x40 0 Apices disso, Liga assy 2 Revolugio, sua obra participa dos julgamentos e dos sentimentos contraditrios susctados por esse momento \ecisivo de nossa histra, Aw cerea de 1830, Rousseau ermanece atyal Despertri paixdes até 0 inicio de ‘nosso século. Enigementes, na_Alemanha, Kant, Fich Hegel faziam deleum cissiso da flosoia oda ser quaifcado como utopia, porque se mane tém no nivel dos principios, no abstrato. Const6i a smiquina, diz ele, cabe aos outs fazéla funcionar. Es: ‘abeleceram-se duas tradigdes inversas: uns Item em O. Contras apotogia & a deta, da Bondade do ‘Povo. Outros comipreendem ali a aniecipagio do que jhamames regimes toalitinos.Isolan-se e “emalgamse Faciimente os texios. No enianto, esis duas scries de ‘conseqténcias que s¢ extriem deles menosprezam, a ‘nosso ver, fto de que para Rousseau a autoridade no nem 0 pow, em sua realidade, nem 0 poder politico, mas a @zio escareida pela conseiéaia Soberano em Aieito5 powo € digno dele se raz em 5\ a vontade ge- {ral ndo suas paixdes ou seus preconceitos; mesmo sen} do possivel admitir que as paixdes e os preconceltos lanulam por sua oposi¢o, hé maior probablidade de sna maioria exprima a vontade geral. Quanto 20 gover 30, ele se exerce legtimamente somente nos limites de ‘uma lei que ele mo faz, © 0 Legisador inspirado perma rece sem poder. Assim, o herbi messiinico que nosso tempo conheceu, com 0 aparlho de sua policia € ploracio de sua propaganda cienfica, nto tem relacio ‘com a doutrina humanista de.O. contro, Ele ve chara propriamenteo tno, Ceramente Rousseau sabe que os homens so mal-educados, pouco esclarecidos, com fre~ ‘qdencia pervertdos 2 ponto de ignorar sua consciéncia, Datizada preconceto, subordinando seu julgamento 2s palxdes. Nunca tém em vist, a maneira de Maquiavel, ‘que se possa explorilos. Mas, sobrenido, okamos 20 es: sencial, 20 tema que di sua verdadeirs, e sempre atval, signifcacao politica 2 Rousseau 'A politica implica antes de tudo a educacio do cida- dio, Apenas homens esclarecidos nao se detxario enga- ‘ar por insidioses propagandss, erdo como tnica paixio ‘amor pela pris, x6 eles poderto estabelecer uma so- Cedade jusa. Enquanto no formos capazes deste esfor- ‘0, permaneceremos escravos. Como moralsta © como flosofo, Rousseau anuncia que os homens sio responsi- veis pela sociedad que fazem, qualquer que set a escusa sociologica que possam encontrar, © contato social nto term interesse historic, & a condigto implica de todo jul- ‘gamento politico. A Cidade s6 existe tendo em vist 0 ‘bem do homem, isto €, sua realizagio como vootade es- Clarecida. Sendo as siuagdes demogrificas, econdmicas ‘04 outras que sto, nto nos devemos entregar a'um des. Pre tino que tansformasia os homens em simples objets, ‘mas nos referimos aos objetvos da Cidade, determing. dos pelo contto, No nos debzaremos mal ede nem pelos demagogos, os homens das palates, nem pelos tec ocratas, 0s homens do destino, ato ensinava que, no xado bem institu, om fotos seram rls eo es fe sofas 0 & mb edocadores De eso, basa lembrat 203 homens que amar a si mesmo, essa indicagio ds nas turea,€ desearse verdaderamente lve, io ibis Rousseau era suicientemente cco acerea de seus ‘oncemporinos, até mesmo de ses compatriots, para tao eraergar a decacia das insttuigbes eds cost mes f por so que se pesuadiu de que a zona de 3520 do horem de boa vontade agora nao podia estenderse ‘muito além da fanaa e que seu tatado de educa se lmiou a esse dominio. talvez os pais ainda postam ec car seus flhos de acordo com a ratreza, 0 qv sgifea Sensatamente Mas iscreveu O contro sola n0 Ble Sev aluino nao ignora os reveses eos disabores, a ambi G20 do mesve € que o verdadeio homer termina se Immpondo sobre aqueles que nfo passam de excavos. Mulipliquemos os mies etalvex chegue o dia em que ventura da cidade antiga poder recomecat sob via forma nova Pere Burglin Cronologia Rousseau e seu tempo L.A Preparacao (1712-1742) 1712. 28 de juno, Nasce em Genebra Jean-Jacques Rows- seau, segundo filho de Isaac Rousseau © de Su anne Berard, Esta morte em 7 de julho, Betkeley: Didlogos entre Hylas ¢ Philonous. 1712-1722. Rousseau vive com seu pai, ¢sob sua influén- ia 1 romanegs, sobretuda Plutagco.” 1713, Nascimento de Diderot 1714, Leibniz: Monadolagie. 1715, Morte de Luis X0V. 1721. Fundagio da primeira loja magdnica na. Franca Montesquieu: Letre persanes. 1722-1724, Issac Rousseau muda-se para Nyon em 1722 Jean-Jacques © seu primo Abmham Bernard so ‘mandados para Bossey, onde sio pensionisias do pastor Lambercier. 1722, J-S. Bach: Cravo bem temperado, 1724, Nascimento de Kant, 725, Aprendizado com o gravador Ducommun, 1727, Mome de Newton. 1728, 14 de margo, Rousseau abandons Genebra tor nase calico. No dia 21 encontra a Sr. de Warens fem Annecy. Em 21 de abril abjura em Tusim. Tra- balla como lacaio e secretaro. 1729-1731, Apos um ano de servga na casa de panticula- es na tli, Rousseau vai viver em casa da Sra. de ‘Watens em Annecy, mais tarde em Chambery. Aprenders diversos oficios, especialmente misica, sgens 2 Suiga (1730-1731), a Pars Gunho-agosto de 1730, ‘Outubro de 1731-junho de 1732, Roussea trabalha no cadasto de Savoia, 1734, Montesquieu: Considérations. Voltaire: Lettres anglaises. 4.1735 ou 1736, Primeira estada em Charmettes (Chambéry), ‘casa de campo da Sra, de Wazens, onde comegs a 1738-1739, Em Charmettes, Rousseau prossegue sua edu- ‘cago clentfica, terri, flosoica e compoe seu smagasin d ides. 1739 Hume: Traité de la nature bumaine. Frédéric I: Anti Macbiavel 174021741, Estada em Lyon como preceptor dos filhos de ‘Mably, fungio em que nao se sai bem. Escreve © ‘Prog! pour l@ducation de M. de Sainte-Marie. Ea tra em contato com 0 filsofo Bordes © com 0 ci urgito Parisot LH Os Anos Partstenses (1742-1756) 1742, Depois de sua chegada a Paris, Rousseau apresen- ta 8 Academia de Ciencias seu Projet concernant dde nouveatessignes pour la musique. ona 1743-1744, Relagdes com os Dupin e com os Francuel Co- ‘mega a escrever uma Opera: Les muses galantes. Rousseau passa uma temporada em Veneza como secretirio do embaixador da Franca. Descobre a im- portincia da politica 1745, Amizade com Diderot. Primeira apresentagio de Les ‘muses galantes. Inicio de sa ligagio com Thérése Levasseur. Deixaré seus fllhos no Enfante-Trouvés Gsilo de cangas abanddonacs). 1746, Secretirio da Sra. Dupin, Rousseau tabalha com ela fem um livre sobre as mulheres. Publicaglo do Essa! sur lorigine des connaissances bumaines, de Con dilac. C748) Moneesquicu publica Oespinto das les T7A9. Rousseau escreve os ages sobre misica da Bncy clopadie, Em outubro, na estrada de Vincennes, Indo vistar Diderot, que est preso, I no Mercure de France o tema do concurso da Academia de Dijon: Seo restabelecimento das ciénciase das ar- 1s contrbusu para purficar os costumes; tem uma inspiracao repentina. Buffon comeca a publicar sua Histrla natural _— Nascimento de Goethe. 41750)9 de julho. O Discours de Rousseau sobre as cién- clas e as artes € laureado, Esse aque contra 3 ¢ viliagio parisense ter grande repercussio e seré ‘objeto de polémicas de 1750 a 1752. 1751, Voltaire: Le sidelede Louis XV. Inicio da publicagao da Encyclopaie. 1752, outubro. Le devin eliage, letra e mvisica de Rouse ‘eau, € representada em presenga de Luis XV. 0 Autor se retira sem querer ser apresentado, Em de Se pea teeta tenemos easeee eae 1053, noone ee eretoan pa medi Be ee ees cee ol cel ee eaeter ee eccrine tenet ee ae ee Mecicodeiehperietrrete Sere reas, =~, recusamelhe o ingresso & Opera (dezembro). agen te ee eee ge Pare eee ees So 175 Puberl dseando Dsus com ma de pire para taba baie Some Ve Bnet conch oa ke ee oe UIA Solldao de Montmorency (1756-1762) 1756, 9 de abell. Rousseau instaka-se em Ermitage, casa de campo da Sra, DEpinay. Comeca a meditar c= bre os amores de Saint-Preux e Jule 18 de agosto. Carta a Volar sobre 0 wemor de ter- ru em Lisboa e a Providéncia 1736, Nascimento de Mozart, Voltaire: Essay Su les moeurs. Margués de Mirabeat: lam des hommes. 1757. Idlio com a Sea, de Houdeto. Bega com Grimm, ‘Sra. DEpinay e Diderot. Em dezembo insal-se no ‘Mootlouis em Montmorency. Coat. 1758, Rousseau responde a0 artigo de Alembert sobre Genebra, publicado no tomo VII da Encyclopédie 4 Lettre a M. d'Alembert sur ls spectacles. Porque Rousseau nado quer o teatro que Voltaire e seus amigos queriam ver estabelecido em Genebra, RoUs- Seau termina a redacao de La noweelle Heloise e ‘comeca a preparar Emile. Abandona a idéla de cescrever suas Insitutions potiques, Trabalha so- ‘re os manuscritos do abade de Saint-Pierre (1658. 1748), Quesnay; Tableau économique. 1759, Voltaire publica Candide, que Rousseau ro le. Ami zade com o marechale Sra. de Luxembourg, Condenacio da Encyclopédie 1769, Franklin: invengao do para. 1761, janeiro. Publcacio e sucesso de La nowwelle Hé- toss, {2782 ani, Rossa cacteve a ut cars aobio- ‘grificas a Malesherbes, O contnato social € publi ‘cad em abril e Emile em maio. IV, Os Anos Ervantes (1762-1770) 1762, 9 de juno, Condenagao de Bimtlee processos con- tra o autor, que foge e se refugia em Ywerdon (14 de junho), depois em MOtiers (10 de julho), no principado de Neuchatel, que pertence ao rei Fre= derico da Prissia. Em 19 de junho Fimilee O com {rato social sio queimados em Genebra, Em 28 de ‘agoso pastoral conta mile de Chrstophe de Bea ‘mont, arcebispo de Pars. Rousseau respontle pars se defender a Lares & Christophe de Beaumont, aque seri publiada em margo do ano seine 1763, Rousseau renuncin 4 bunguesa de Genebra. Seu compatriotaTronchin publica as Lettres dries de a campagne 1764, Rousseau responde a Tronchin através das Les derites dela montage, onde aca 0 proces ile ado conta ele e examina a instics religions © Civs de Genebra. So publeads no fim de outubro. Enpenlase em reg um projeo de consul par a Gorsega, Taba em suas Confessions =>) Wolaie: Dictionnaire piesopbique 1765) Rousseau, que pratca sua seligio, desntende-se ~” com 0 pastor e com os habitantes de Motes. ES- tadas naa de Saint Phere im outubro € explo peo Pequeno Consetho de Berna. f festa em Exsusbugo (oovembr) eem Pars (dezembro) (27) Panda para a Inglaterra com Hume 7. Rousseau, que (des ‘com HOA volta & Frings ese instala no fim de fsbo em Trye, em ‘Beauvaiss, em casa do principe de Cont. Seu Dic tionnaire de musique’ posto a vena em Pais no final de novembro. James Watt constr a méquina a vapor. 1768.Deixa Trye em meados de junho, pass por Lyon, Grenoble, Chambery se instala em Bourgoin no Dauphin€ em agosto, No da 30 case-se com Thé- Ree cromatit V. Parts, Oltmos Anos (1770-1778) 1770, fm ari, Rousseav deixa Monguin, onde tinh se estabeleido no fim de janeito de 1758. Em jino irsalase em Pars, na rua Pte. Comega a fazer letras privadas das Confess Nascimento dediegeD 1771 Comego de sas relagdes com Berardin de Saint Pere Lures publics das Gonfessons. Con sas Conidraton sure gousernement de Poog- ne esr a pedi de Wiehorky 172, Kascmento de Reardo, de Foure, de Novalis © de Coleridge. Fim da publicago da Eneclpée 173, Rowse eceve ses Dales comeyados 9 a0 titer Reuss jug de eanacues pr defen der sus obra emia Peson pret poser 174, Mone de ais XV 1775, Representa de Plgmalona ComédieFanaise 176,24 de fever, Roustens no consegue deposiar Seu manuserto dos Dialogues no atarmor de Novre Dame. Em sbi dri na ut sa ear 1 out francais cimant encore laste la t= 16, Componigio dos dos prineios Paseos de ‘Rivers promeneur soar Declargto de independéncia das colénias ingle sas.na America, Thomas Fane: The Common So- Se. Adam Smith: A riquesa das nage. 177. Composite dos cinco Pasir suites {@778) Compost dos Since Pastor Rousenndiige se n0 dia 20 de maio a Ermenonvll, 3 casa do St De Girardin. Therese vai ter com ele no dia 26 Rousseau morre no dia 2de jlho e 6 enterrado no sia 4 na iha dos Peuplers, que logo se tomara umn local de peregrinagio. Mone de Voltaire (10 de maio) Goethe: sphigente (primeira verso) VIA Gl6rta Postuma 1782, Poblicago das obras de Rousseau em Genebra pelos cuidados de um comit®. Ente 0s inéaitos: 05 textos sobre o abade de Saint Piere (apenas 08 e- ‘aut sur la pate perpétuellehaviam sido public dos em 1761) a primeira parte das Confessions, os Dialogues. as Réveres. 1788, Mme. de Sal publica suas Lettres sur fe caractere tes écrit deJ-f. Rousseau 1789-1791, Assembléia Consttuinte 1790, julho, © busto de Rousseau € carregado triunfal- mente em Pars. 1791, janho. A rua Plitiée gana © nome de J-J. Rous- 21 de dezembro. A Assembleia Consttunte apro- ‘va a realizaglo de uma estitua de Rousseau € a concessio de uma pensio para sua viva, 1792. 0 Conselho Geral de Genebra anula 0 decretolan- «ado contra Rousseau. Queda da monarquia 1794, 7 de maio, Por decreto da Conveneio, 0 pove fran ‘és reconhiece a existéncia de Deus, as sangoes da vida fumurae a imonalidade da alma, crag 26 de setemibro, Thérése Levasseur oferece & Con- vvengio um manuscrio das Confessions, 9-11 de outubro, Transferencia dos restos de Rows- seau para o Panthéon, A cerimOnia & seguida de festas solenes em Lyon e em diversas cidades, 1795. Kant publica seu livro: Para a paz perp. 1801. Dia 12 de jlho Thérése Levasseur more em Ples sis Belleville, pero de Ermenonville Nota Desta Edicao A presente raducto fol fia a partir do texto da edi- ‘io orginal de 1762, As notas indicadas por asteriscos e apresentadas no pé da pagina sao de JJ. Rousseau. ‘As notas indicadas por nimeros e apresentadas no final do livo sto de JM, Fateaud e M. C. Barholy,pre- pparadas para a edigdo da obra publicada na série Univers des Letzes Borda, Ed. Bordas, Pais; selecionadas, a+ ‘duzidas e adapeadas por Marla Ermantina Galvio G. Pe- 0 tor O CONTRATO SOCIAL ou Principios do Direito Politico pordeh Rowseau,cidadio de Genebra fede acquas ‘Dicarns ges, eid, Xt Adverténcia ste pequeno tratado fot extratdo de uma obra mats extensa, empreendida outrora sem nenbuma consulta {as minbas forcas e de bd muito abandonada. Dos diver- ‘05 trechos que se poderiam tirar do que estava pronto, tate 6 0 mais considerdvel e pareceu-me 0 menos indig- node se oferecido-ao publico, O reso fa ndo existe mats, Livro ‘Quero indagar se pode exist, na ordem civil, lgu- sma regra de adminisragio legtima e segura, consderan- do 08 homens tais como sio e as leis tis como podem ser. Procurarel sempre, nesta investgacio, allar © que 0 direlo permite a0 que 0 interesse prescreve, a fim de {que 2 justiga ea utlidade ado se encontrem divididas no na matéra sem provar 2 impordncia de meu| wssunto, Penguniar-me-do se sou principe ov legislador 2 escrever sobre politica. Respondo que no, © quel 'ss0 mesmo escrevo sobre politic. Fosse eu princ legisldor, ndo perderia meu tempo dizendo o qu [deve Ser feito: ou o fara, ou me calara. ‘Nascido cidadio de um Estado livre e membro do Soberan’, por frgil que sej a influéncia de minha opi- ido nos negocios pablicas, 0 direto de votar basta para Iimpor-me o dever de instuirme a esse respeito. Todas as veres que medito sobre 0s governos, sinto-me feliz por encontrar sempre, em minhas reflexdes, novos moti- vos para amar 0 do meu pats! cartravo 1 Objfeto Deste Primetro Livro © homer, thoade, Aquele que se cr senhor dor outros nfo deta “Ge ser mais ecravo que ees. Como se de essa mudan- {22 lgnore-o.O que pode eg I” Creto poder resolver sta questo, Se eu consierase apenas a fora eo efeto que dela deriva, dita: enquanto um povo € obrigado a obedecer © 0 faz, age bem: assim que pode saci ese ago © 0 fax, age melhor tina; porque, recobrando a ibewade pelo mesmo deo que Ia tina arebatado, ou cle te ako em retomla ou no tinham em ha tae. Mas a sdemsocial € um direto sugrado, que serve de base part todos os demals, Tal cre, erento, no adem dana ‘ureza fndase, pos, emicontendies, Ttase de saber

También podría gustarte