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Sexualidade e saúde

Licenciatura em Ensino Básico

Universidade Pedagógica

Gaza

2018
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Licenciatura em Ensino Básico

Trabalho de investigação, sobre Sexualidade e saúde ,


para efeitos de avaliação na Higiene e Saúde Escolar

Sob orientação do dra. Isabel

Universidade Pedagógica

Gaza

2018
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Índice

2.Referencial teórico ....................................................................................................................... 5

2.1.Conceitos............................................................................................................................... 5

2.2.Direitos sexuais ..................................................................................................................... 7

2.3.Direitos sexuais de crianças e adolescentes .......................................................................... 8

2.4.Infecções de transmissão sexual ........................................................................................... 9

2.4.1.Sintomas......................................................................................................................... 9

2.4.2.Modos de transmissão .................................................................................................... 9

2.4.3.Consequências das ITS ................................................................................................ 10

2.4.4.O que fazer quando tiver ou suspeitar de uma ITS ...................................................... 10

2.4.5.Medidas de prevenção das ITS .................................................................................... 10

2.5.Gravidez indesejável na adolescência e contracepção ........................................................ 10

2.5.1.Tipos de métodos contraceptivos ................................................................................. 11

2.5.2.Naturais: ....................................................................................................................... 11

2.5.3.Métodos não naturais ................................................................................................... 12

2.5.4.Métodos Barreira ......................................................................................................... 12

2.5.5.Métodos Hormonais ..................................................................................................... 12

2.5.6.Métodos Cirúrgicos ...................................................................................................... 13

2.5.6.Contracepção de emergência ....................................................................................... 13

3.Conclusão................................................................................................................................... 14

4.Referencias bibliográficas .......................................................................................................... 15


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1.Introdução

O presente trabalho de pesquisa intitulado “Sexualidade e saúde” surge na cadeira de Higiene e


Saúde Sexual, no âmbito de apresentação de trabalhos em grupo, para fins de avaliação em
grupo.

Nas Escolas do Ensino Básico do nosso país assiste-se ocultação dos aspectos da Sexualidade,
ate mesmo ausência dela. Vários são os estudos desenvolvidos com objectivo de estudar o nível
de conhecimento, atitudes, sentimentos de conforto dos formandos, identificando-se os métodos
usados e o modelo de Educação Sexual desenvolvido em salas de aulas.

Procura-se sempre aferir qual o nível de conhecimentos, atitudes e sentimentos de desconforto,


os futuros professores do ensino básico, têm para leccionação de Sexualidade que métodos de
ensino e modelos de Educação Sexual são usados e desenvolvidos em salas de aulas.

Para a materialização do presente trabalho cingiu-se em método de consulta bibliográfica que


consistiu na leitura e interpretação de diferentes obras que abordam sobre a temática ligada a
sexualidade e saúde.
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2.Referencial teórico

2.1.Conceitos

 Sexualidade

Na perspectiva de PINTO (2009) a sexualidade aborda aspectos físicos, psico-emocionais e


socioculturais relativos à percepção e controle do corpo como complexo que pressupõe dimensões
biológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais.

Para López et all apud Vilar et all (2008:72) a sexualidade é sim uma forma de viver a ternura,
comunicação, os afectos, o prazer, a reprodução e os vínculos afectivos”.

Na óptica de Vilaça (2008) sexualidade é uma descrição geral para a série de crenças,
comportamentos, relações e identidades socialmente construídas e historicamente modeladas que se
relacionam com o que Michel Foucault denominou “o corpo e seus prazeres”.

Neste caso pode-se entender sexualidade como conceitos biológicos relacionados à reprodução
humana, mas que abrangem também a discussão sobre valores e concepções de mundo e do homem.

WAS1 (1997) “Sexualidade é uma parte integral da personalidade de todo ser humano cujo
desenvolvimento total depende da satisfação de necessidades humanas básicas, como desejo de
contacto, intimidade, expressão emocional, prazer, carinho, amor. A Sexualidade é construída
através da interação entre os indivíduos e as estruturas sociais. O total desenvolvimento da
sexualidade é essencial para o desenvolvimento individual, interpessoal e social”

 Saúde sexual

Na perspectiva da OMS2 (2002 apud VILAR & SOUTO, 2008:78) saúde sexual é um estado de
bem-estar físico, emocional, mental e social relacionado com a sexualidade e não apenas a
ausência de doença. A saúde sexual requer uma atitude positiva face à sexualidade e ao
relacionamento sexual bem como à possibilidade de ter prazer e experiências sexuais seguras
livres de coerção, discriminação e violência.

1
(World Association for Sexology)
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Organização Mundial de Saúde
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Entende-se por “saúde sexual o desenvolvimento de habilidade de mulheres e homens gozarem e


expressarem a sua sexualidade, não comprometido de riscos de DTS, gravidez não desejada, coerção,
violência e discriminação. Contudo, é a integração dos aspectos somáticos, emocionais, intelectuais e
sociais do ser sexual, de maneira a enriquecer positivamente e a melhorar a personalidade, a
capacidade de comunicação com outras pessoas e o amor” (KULAMBELA, 2016:77).

Face a estes conceitos, Saúde sexual é o resultado de um ambiente que reconhece, respeita e
exercita estes direitos sexuais.

Na óptica de MS3 (2006:3) “Direitos Sexuais são direitos fundamentais da pessoa humana. Assim como o
direito à vida, à igualdade, à liberdade e à segurança, entre outros, os direitos sexuais e reprodutivos
também integram o rol de direitos e merecem protecção constitucional”.

Os direitos sexuais são direitos humanos universais baseados na liberdade inerente, dignidade e
igualdade para todos os seres humanos.

Na óptica do MS (2012) Infecções de Transmissão Sexual são doenças que se transmitem através
do contacto sexual pela boca (boca no órgão sexual masculino ou feminino), pela penetração do
pénis na vagina e/ou pela penetração do pénis no ânus, sem protecção.

As infecções de transmissão sexual (ITS) são doenças causadas por micróbios que se transmitem
por contacto sexual. Estas infecções podem ter consequências graves se não forem tratadas
correctamente.

3
Ministerio de Saúde
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2.2.Direitos sexuais

Durante o XV Congresso Mundial de Sexologia, ocorrido em Hong Kong (CHINA), entre 23 e


27 de Agosto, a Assembleia Geral da WAS (World Association for Sexology) aprovou as
emendas para a Declaração de Direitos Sexuais, decidida em Valência, no XIII Congresso
Mundial de Sexologia, em 1997.

Para assegurarmos que o seres humanos e a sociedade desenvolvam uma sexualidade saudável,
os seguintes direitos sexuais devem ser reconhecidos, promovidos, respeitados, defendidos por
todas as sociedades de todas as maneiras

 O DIREITO À LIBERDADE SEXUAL

A liberdade sexual diz respeito à possibilidade dos indivíduos em expressar seu potencial sexual.
No entanto, aqui se excluem todas as formas de coerção , exploração e abuso em qualquer época
ou situação da vida.

 O DIREITO À AUTONOMIA SEXUAL

Este direito envolve habilidade de uma pessoa em tomar decisões autônomas sobre a própria vida
sexual num contexto de ética pessoal e social. Também inclui o controle e o prazer de nossos
corpos livres de tortura, mutilações e violência de qualquer tipo.

 O DIREITO À PRIVACIDADE SEXUAL

O direito de decisão individual e aos comportamentos sobre intimidade desde que não interfiram
nos direitos sexuais dos outros.

 O DIREITO À IGUALDADE SEXUAL

Liberdade de todas as formas de discriminação, independentemente do sexo, gênero, orientação


sexual, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou físicas.

 O DIREITO AO PRAZER SEXUAL


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Prazer sexual, incluindo auto-erotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e
espiritual.

 O DIREITO À EXPRESSÃO SEXUAL

A expressão sexual é mais que um prazer erótico ou actos sexuais. Cada indivíduo tem o direito
de expressar a sexualidade através da comunicação, toques, expressão emocional e amor.

 O DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO SEXUAL

Significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio e ao estabelecimento de outros tipos


de associações sexuais responsáveis.

 O DIREITO ÀS ESCOLHAS REPRODUTIVAS LIVRES E RESPONSÁVEIS

É o direito em decidir ter ou não filhos, o número e o tempo entre cada um, e o direito total aos
métodos de regulação da fertilidade.

 O DIREITO À INFORMAÇÃO BASEADA NO CONHECIMENTO CIENTÍFICO

A informação sexual deve ser gerada através de um processo científico e ético e disseminado em
formas apropriadas e a todos os níveis sociais.

 O DIREITO À EDUCAÇÃO SEXUAL COMPREENSIVA

Este é um processo que dura a vida toda, desde o nascimento, e deveria envolver todas as
instituições sociais.

 O DIREITO À SAÚDE SEXUAL

O cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a prevenção e tratamento de todos os
problemas sexuais, preocupações e desordens.

2.3.Direitos sexuais de crianças e adolescentes

As crianças e adolescentes têm os seguintes direitos sexuais:


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 Crianças e adolescentes têm o direito de serem ouvidos, respeitados e atendidos em suas


legítimas reivindicações;
 Crianças e adolescentes têm o direito a uma educação que promova sua condição de ser em
formação, garantindo um desenvolvimento pleno e saudável;
 Uma criança tem o direito de conhecer seu corpo;
 Uma criança tem o direito de descobrir sua masculinidade e feminilidade;
 Um adolescente tem o direito à descoberta e ao exercício de sua sexualidade junto a seus
pares;
 Um adolescente tem o direito a livre expressão de sua orientação afectivo-sexual;
 Um adolescente tem o direito a relação consensual amorosa;
 Crianças e adolescentes têm o direito a dizer não a toda forma de abuso e exploração sexual
seja incesto, pornografia ou prostituição;
 Crianças e adolescentes têm o direito a dizer não a toda forma de violência e maus tratos seja
verbal, físico ou psicológico.

2.4.Infecções de transmissão sexual

As ITS podem ser curáveis e não curáveis. As infecções curáveis mais conhecidas são a
gonorreia e a sífilis. Entre as não curáveis temos o HIV e SIDA, mas também o herpes e os
condilomas.

2.4.1.Sintomas

 Comichão e dor ao urinar ou durante o acto sexual


 Corrimento com cor diferente ou mau cheiro
 Feridas nos orgãos genitais•
 Dor no baixo ventre
 Comichão nos orgãos genitais

2.4.2.Modos de transmissão

 Transfusão de sangue contaminado


 Contacto sexual pela boca, vagina ou anus, sem protecção
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 Utilização de instrumentos cortantes não esterilizados

2.4.3.Consequências das ITS

 Infertilidade
 Abortos frequentes
 Partos prematuros (crianças que nascem antes dos 9 meses)
 Dor que não passa na parte baixa da barriga
 Gravidez fora do útero
 Cancro no útero, trompas ou ovários
 Cegueira, atraso mental e feridas na Pele

2.4.4.O que fazer quando tiver ou suspeitar de uma ITS

 Dirija-se com o seu parceiro/a uma


 Unidade Sanitária sempre que suspeitar duma ITS

2.4.5.Medidas de prevenção das ITS

 Uso de preservativo;
 Retardar o início das relações sexuais;
 Fidelidade mútua;
 Evitar ter muitos parceiros.

2.5.Gravidez indesejável na adolescência e contracepção

“Uma gravidez indesejada na adolescência ocorre por várias razões: porque o método contraceptivo
falhou ou pela má utilização do mesmo; porque não se utilizou qualquer protecção durante as
relações sexuais; por falta de informação; pela existência do pensamento mágico de que “só acontece

aos outros”, ou ainda, por crenças e mitos à volta das relações sexuais”(BASTOS ,2003).

Métodos contraceptivos são processos que permitem evitar uma gravidez não desejada e têm
como objectivo impedir que o espermatozóide encontre o ovócito II ou que o embrião se
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implante no útero. Alguns destes métodos servem para evitar doenças sexualmente
transmissíveis.

2.5.1.Tipos de métodos contraceptivos

Naturais – consistem em calcular o período fértil e, desta forma, evitar que ocorra fecundação.
Assim, durante este período, devem evitar-se as relações sexuais – abstinência periódica;

Não naturais – impedem a gravidez através de dispositivos locais, de medicamentos com


hormonas sexuais sintéticas ou de intervenção cirúrgica. Podem classificar-se em mecânicos,
químicos e cirúrgicos.

2.5.2.Naturais:

Método de Ogino/knauss ou do calendário: método que permite calcular os dias férteis da


mulher através do cálculo da ovulação. Este cálculo pode ser aplicado para um ciclo sexual de 28
dias. O período fértil situa-se próximo da ovulação, aproximadamente, entre o 10º e o 16º dia
desde do início da menstruação;

Método da temperatura: método que permite calcular o período fértil, através da avaliação da
temperatura do corpo da mulher. Esta temperatura sofre, após uma descida acentuada, uma
subida desde a ovulação até ao início da próxima menstruação.

Método de billings ou do muco cervical: Método que permite calcular o período fértil da
mulher com base na análise das propriedades, produzido pelo útero, que escorre pela vagina.
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Durante o período fértil (cerca de 5 dias), verificam-se alterações no muco (fica transparente,
elástico e escorregadio ), que atinge o máximo elasticidade quando distendido entre dois dedos.

2.5.3.Métodos não naturais

a) Barreira: impedem o encontro dos gâmetas;

b) Hormonais: impedem a ovulação;

c) Cirúrgicos: obstrução da progressão dos gâmetas;

d) Contracepção de emergência.

2.5.4.Métodos Barreira

a) Preservativo:

 Masculino: invólucro de borracha muito fino, descartável, que é desenrolado sobre o


pénis erecto, antes da relação sexual;

 Feminino: invólucro de borracha que se coloca no interior da vagina;

 Diafragma: Cúpula de borracha fina, com um arco de metal flexível. É introduzido na


vagina, sobre o colo do útero, pela mulher, antes da relação sexual;

 Espermicidas: Cremes, geleias ou espumas, que são utilizados antes das relações sexuais;

 Dispositivo intra-uterino (Diu):dispositivo metálico ou plástico colocado no interior do


útero por um médico especialista;

2.5.5.Métodos Hormonais

a) Pílula combinada: Comprimidos constituídos por diferentes combinações de hormonas


sexuais sintéticas (estrogénios e progesterona), que alteram o ciclo sexual normal;
b) Minipílula: Comprimido constituído por progesterona sintética
c) Contraceptivos injectáveis: Injecções de elevada dosagem de hormonas sexuais
sintéticas;

d) Adesivo: Aplicado sobre a pele (nádegas, contas, braços ou abdómen), liberta,


lentamente, hormonas sexuais sintéticas;

e) Implante subcutâneo: Pequeno dispositivo introduzido na parte superior do braço, sob a


pele, que liberta diariamente doses de hormonas sexuais sintéticas;
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f) Anel vaginal: Anel de borracha introduzido no colo do útero, com hormonas sexuais
sintéticas.

2.5.6.Métodos Cirúrgicos

a) Vasectomia: Pequena cirurgia, feita no homem, na qual são cortados ou bloqueados os


canais deferentes. Desta forma, os espermatozóides não são expelidos durante a
ejaculação;

b) Laqueação das trompas de Falópio: Pequena cirurgia, feita na mulher, na qual são
cortadas ou bloqueadas as trompas de Falópio

2.5.6.Contracepção de emergência

a) Pílula do dia seguinte: Comprimidos com doses elevadas de estrogénio e progesterona


sintéticas. A primeira dose deve ser administrada durante as 72 horas a seguir á relação
sexual e a segunda 12 horas depois da primeira dose.
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3.Conclusão

Saúde sexual é um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social relacionado com a sexualidade e
não apenas a ausência de doença. A saúde sexual requer uma atitude positiva face à sexualidade e ao
relacionamento sexual bem como à possibilidade de ter prazer e experiências sexuais seguras livres de
coerção, discriminação e violência.

Nas nossas aldeias temos vistos casos de gravidez com muitos adolescente em estudo tudo isso
devido ao desconhecimento da saúde sexual, dos métodos contraceptivos e seu uso, a timidez, o não
abordar-se aprofundamento conteúdos do género na escola.

Os Métodos contraceptivos são processos que permitem evitar uma gravidez não desejada e têm
como objectivo impedir que o espermatozóide encontre o ovócito ou que o embrião se implante
no útero. Alguns destes métodos servem para evitar doenças sexualmente transmissíveis e podem
ser:

 Naturais – consistem em calcular o período fértil e, desta forma, evitar que ocorra
fecundação. Assim, durante este período, devem evitar-se as relações sexuais – abstinência
periódica;
 Não naturais – impedem a gravidez através de dispositivos locais, de medicamentos com
hormonas sexuais sintéticas ou de intervenção cirúrgica. Podem classificar-se em mecânicos,
químicos e cirúrgicos.
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4.Referencias bibliográficas

 (UP (UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA DE MOÇAMBIQUE). GÉNERO,


SEXUALIDADE E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO. REV. MOÇAMBICANA DE
CIÊNCIAS E ESTUDOS DA EDUCAÇÃO-KULAMBELA. Vol.III. Nº. 10. Agosto-
Novembro, 2016, 157p. Departamento de Pesquisa e Publicação. Delegação de Montepuez,
Cabo-Delgado, Moçambique, 2016, 157p. 81)
 Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006.
 VILAÇA, M. T. M. Formação contínua de professores/as na educação em sexualidade orientada
para a acção: a (auto) supervisão como processo de transformação da identidade e práticas dos/as
professores/as, 2010. In F. Teixeira; e tal., Sexualidade e Educação Sexual: Politicas
Educativas, Investigação e Práticas. (pp.352–361). Braga: CIEd.
(http://www.ua.pt/cidtff/PageText.aspx?id=11400)

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