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EXPERIMENTO - SONHOS

Introdução (Werlis)

Roberta (Rute).

Victor (David).

Gestalt-terapeuta (Neto)

Conclusão (Karla)

Roberta (26 anos) e Victor (28 anos) se conheceram, por meio de um grupo de
amigos, na universidade e estão juntos há 2 anos. Roberta é formada em engenharia e
Victor é formado em artes cênicas. Atualmente, têm ocorrido alguns desentendimentos
entre o casal, pois Roberta é uma mulher muito ciumenta e possessiva. Victor, por sua
vez, é um homem bastante extrovertido e carismático, que busca viver intensamente.
Ele tem muitos amigos e gosta de ir para festas à noite. Sua esposa, porém, prefere ficar
em casa organizando as atividades da empresa em que trabalha.

Inicialmente, o casal se dava muito bem, pois acreditavam que se completavam,


apesar de terem personalidades bastante divergentes. Porém, nos últimos meses,
Roberta e Victor têm discutido bastante. Roberta acha que Victor não se importa com
ela e teme perder seu amor. Ela tem muito ciúme das amigas de seu esposo, que
trabalham com ele no teatro. Victor diz que ama sua esposa, contudo, se sente sufocado
e gostaria de ter mais liberdade.

Ambos estão incomodados com a atual situação deste relacionamento, por isso,
procuraram um atendimento psicológico para casais. Roberta e Victor estão fazendo há
quatro meses psicoterapia de casais com o gestalt-terapeuta Leonardo Oliver.

SONHO

Roberta está caminhando em uma praia sozinha. Ela caminha lentamente e observa o
mar. O sol está quente; muito quente. Isso incomoda Roberta, pois ela está descalça.
Porém ela continua a caminhar. Seus cabelos voam bastante, pois há uma grande
ventania na praia. De repente, Roberta olha para o horizonte e ver Victor caminhando de
mãos dadas com uma mulher. Eles estão de costas, por isso, Roberta não consegue ver
quem é essa mulher. Victor e essa mulher misteriosa estão rindo bastante e começam a
correr pela praia (PASSADO – TEMPO EM QUE SE CONHECERAM); eles parecem
estar felizes. Roberta observa furiosamente essa situação e resolve enfrentá-los. Ela
corre em direção a eles e grita: Victor! Eles escutam e ficam paralisados, ainda de
costas. Então, Roberta toca no ombro da mulher misteriosa; Quando essa mulher vira,
Roberta lhe olha e percebe que essa mulher não tem rosto. Roberta fica assustada e sai
correndo. Depois disso, Roberta acorda e fica angustiada.
ACOLHIMENTO INICIAL

1. Diálogo entre o terapeuta e o casal.


2. Roberta relata o sonho e o terapeuta propõe explorar esse sonho, por meio de uma
atividade.

EXPERIMENTO

RUTE: eu estou caminhando sozinha eu uma praia.

NETO: Como é essa praia?

RUTE: ela é bonita, grande, muito grande... mas é muito sozinha, deserta; poucos têm
coragem de habitá-la.

NETO: Poucos tem coragem de habitá-la? Como assim?

RUTE: é que ela é deserta e misteriosa... as pessoas geralmente preferem contemplar


praias povoadas e alegres... embora eu ache as desertas mais interessantes! Eu gosto de
ficar sozinha de vez enquanto... de refletir, pensar.

NETO: Pensar em quê?

RUTE: na vida, no meu trabalho, em meu esposo, em mim mesma. Sabe, essa praia
pode até ser deserta e estranha, mas ela tem um lindo mar.

NETO: E o que você está fazendo?

RUTE: eu estou observando o mar... é imenso, a agua é bem limpa... o problema é esse
sol. Tá muito quente!

NETO: pq esse sol é um problema?

RUTE: Pq ele incomoda, queima a pele, sufoca as pessoas. Ele é muito quente. Seria
bom encontrar uma sombra para me esconder dele. E eu tô descalça.

NETO: o que você vai fazer, então?

RUTE: Eu continuo andando. Por mais que isso me machuque muito!

NETO: tem alguém caminhando com vc?

RUTE: Não. eu tô sozinha... Eu sempre tô sozinha.

NETO: Sempre sozinha?

RUTE: sim... sempre!

NETO: e o seu esposo? Onde ele está?

RUTE: Eu estou caminhando sozinha e vejo o Victor. Ele está ali... bem ali...
caminhando com uma mulher. Eu não conheço essa mulher. Não dá pra ver direito
quem é essa safada pq eles estão de costas. Eles estão de mãos dadas e parecem felizes.
Eu tô com muita raiva pq enquanto eu tô aqui sozinha, sofrendo... o Victor tá se
divertindo com outra... eu tô com muita raiva.
NETO: O que vc pretende fazer?

RUTE: eu vou desmascará-los e vou bater nele e nela!

NETO: De que modo vc vai fazer isso?

RUTE: eu estou caminhando em direção a eles, só que não consigo alcançá-los pq eles
estão distantes de mim. Então, eu corro bastante para tentar alcança-los. Eu me
aproximo de Victor e grito seu nome: Victor! Eles estão próximos a mim agora. Eu
pego no ombro da mulher misteriosa e ele vira para mim! Ela está me encarando agora e
eu estou muito assustada pq essa mulher estranha não tem rosto. Eu estou correndo no
meio da praia e estou muito confusa e assustada.

NETO: Se vc pudesse falar algo para essa mulher sem rosto, o que vc falaria?

RUTE: eu perguntaria “ Vc quer roubar meu marido”. Vc destruiu meu casamento. Por
isso, eu te odeio! Neu e victor éramos felizes, mas vc se intrometeu entre nós e
atrapalhou tudo

NETO: Quem vc acha que é essa mulher?

RUTE: (silêncio)... (eu não sei!)

NETO: Ela te lembra alguém?

RUTE: não... não lembra. É claro que não lembra... silencio... pera... eu tô lembrando
de algo agora. Mas é uma bobagem. Esquece!

NETO: Tudo que vc falar aqui será importante! Sinta-se a vontade para falar o que
desejar!

RUTE: (risos...) é que a forma como ela e o victor sorriam e se abraçavam me fez
recordar o período em que eu e o victor namorávamos... a gente se dava tão bem, a
gente se divertia, conversava. Era tão bom aquele tempo. Que pena que já passou e que
não vai mais voltar.

NETO: Como vc se sente diante disso?

RUTE: mal... muito mal!

NETO: tudo isso que vc acabou de relatar... o que é que significa para vc?

RUTE: que eu era feliz e que agora eu não sou.

NETO: Pq vc não é mais feliz?

RUTE: pq ela roubou minha felicidade.

NETO: ela? Ela quem?

RUTE: essa mulher... essa mulher sem rosto me tirou tudo! Acabou com a minha vida.

NETO: E agora, vc sabe quem é essa mulher? (silencio... choro) (eu acho que sou eu
mesma.
NETO: pq vc acha isso?

RUTE: pq eu me afastei do victor... eu sou a culpada (choro).

Neste momento, Victor se levanta e abraça sua esposa.

VICTOR: Não, querida. A culpa não é apenas sua. Não pense isso! Eu também sou
culpado. Eu poderia ter tentado te compreender e te apoiar, mas acabei me distanciando
de vc!

O psicólogo finaliza a sessão.


Recontar o sonho como se estivesse acontecendo no presente.

 O sonhador e auxiliado a representar partes de seu sonho como aspectos de sua


própria existência — uma elaboração do sonho como presente, em vez de como
historia passada, e como ação, em vez de uma base para interpretação. O sonho se
transforma em ponto de partida para uma experiência completamente nova.

 Isto e, todos os componentes do sonho, grandes ou pequenos, humanos ou não-


humanos, são representações do sonhador. E minha técnica evolui cada vez mais no
sentido de nunca, nunca interpretar. Apenas espelhar (backfeeding), provendo uma
oportunidade para a outra pessoa descobrir a si mesma.

 Além disso, conforme o sonhador reconhece seu parentesco com os numerosos


aspectos de seu sonho, ele esta também ampliando seu próprio senso de diversidade,
ampliando sua experiência do eu e centrando-se em seu mundo, em vez de fraciona-
lo arbitrariamente em o mundo lá fora e eu — nunca os dois devem se encontrar.

 Embora seja possível trabalhar com o sonho apenas como uma projeção, esta e uma
preferencia de estilo em vez de um dogma teórico. O gestalt-terapeuta tem uma gama
de alternativas dentre as quais pode escolher aquilo que lhe pareça o modo mais
eficaz de trabalhar o material do sonho. A escolha pode depender do paciente
específico, que pode trabalhar melhor de uma ou de outra perspectiva. Ou pode
depender do próprio terapeuta, que conhece sua habilidade especial e trabalha de
maneiras que sejam compatíveis com seu estilo pessoal. Contudo, de uma
perspectiva teórica completa, o sonho e sem duvida mais do que uma projeção de
diversos aspectos do sonhador; ele e um estágio no qual o contato pode ser ativado
de modo a retratar a existência presente do sonhador. Alguns desses contatos são
assustadores, alguns são perturbadores, alguns são deliciosos, alguns são confusos,
alguns são tocantes, alguns são práticos — eles se estendem em todas as formas que
o contato pode assumir.

 “Você pode contar o sonho novamente? Viva-o como se ele fosse sua própria vida, e
veja se você pode entender mais sobre a sua vida".

 Colocando-a em contato com o ambiente do sonho.

 Repita isso e o diga para o grupo importante preocupar-se com o corpo do sonhador.

 Mas o sonho pode também ser usado como um ponto de partida para descobertas
sobre os relacionamentos presentes com outros membros do grupo ou com o
terapeuta ou com o reconhecimento de uma posição existencial que pode ser
explorada usando o sonho apenas como um ponto de partida.

 Qualquer que seja a direção que a experiência do sonho tome, ela ira manter uma
relevância natural para seu relacionamento com as outras pessoas e para sua
awareness de si mesmo e sua posição diante do seu mundo. Qualquer que seja a
direcao que a experiência do sonho tome, ela ira manter uma relevância natural para
seu relacionamento com as outras pessoas e para sua awareness de si mesmo e sua
posição diante do seu mundo.

 Pedi a Bud que falasse com cada um dos personagens do sonho, e ao fazer isso ele
reconheceu uma parte de si em cada um deles.

 Ir além das facetas puramente projetivas do sonho e chegar a confrontação deste com
o mundo ativo.

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