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Ψ AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA

DE FRADES
PSICOLOGIA B 12º ANO
TESTE DE DIAGNÓSTICO
Ano lectivo 2010/2011

GRUPO I
Leia atentamente o seguinte texto de Isabel Leal, psicóloga e professora de
Psicologia Clínica no ISPA. O artigo foi publicado na revista Caras:

Dos usos dos psicólogos


Sempre que acontece um qualquer acidente trágico, a comunicação social faz
eco da mobilização de psicólogos para o apoio às vítimas.
As razões porque a banal mobilização destes técnicos, que fazem parte de
equipas de saúde, merece um especial destaque são tão curiosas como
contraproducentes.
Pareceria razoável que, em casos excepcionais, se disponibilizassem todos os
recursos disponíveis, todos eles importantes e meritórios. Para lá dos bombeiros e dos
diferentes técnicos intervenientes nos salvamentos, têm de existir as equipas de saúde
onde os paramédicos, os enfermeiros, os médicos, os assistentes sociais e mais quem for
preciso e fizer sentido, nomeadamente os psicólogos, façam o seu trabalho o melhor que
podem e sabem, seguramente.
Mas, ao realçar o papel dos psicólogos e insistir no facto de as vítimas terem
apoio psicológico, como se isso não fosse absolutamente normal e não fizesse parte de
um protocolo de gestão deste tipo de situações, presta-se um mau serviço. Por um
extenso conjunto de razões: porque é injusto ressaltar o papel de uns, ignorando
completamente o de outros e mencionando, na passada, o de mais alguns; porque a
relativa novidade da profissão se presta a ignorâncias e desconhecimentos vários, do
público em geral e das próprias vítimas, que não sabem o que os psicólogos têm para
oferecer; porque, tal como as coisas são postas, até parece que se despacha rapidamente
o choque e o trauma da situação, o real sentimento de quem sofre, na invocação de que
há quem trate disso. Do que se sabe, é legítimo concluir que, quando acontecem
situações inusitadas, acontecimentos inesperados e de grande impacto emocional
negativo, ninguém está verdadeiramente preparado para lidar com isso. Não existem
defesas humanas que dêem para tudo ou aguentem o confronto com os piores medos de
forma impassível. O papel dos psicólogos não é, nem poderia ser, o de ajudar a
branquear situações complexas, diminuir o impacto do acontecimento ou desenvolver o
conformismo das vítimas. O papel dos psicólogos nestas situações, como em tantas
outras é fazer o que aprenderam a fazer: ajudar as pessoas nas suas específicas
condições e particularidades a usar, o melhor possível, todos os recursos de que
dispõem. O que, sendo muito, é, apenas, o seu trabalho.
Isabel Leal

Responda às questões que se seguem (cada resposta não deverá ultrapassar as 7


linhas).
1) Identifique o tema que a autora aborda no texto.
2) Regista duas formas negativas de interpretar o papel dos psicólogos numa
situação de catástrofe.
3) Indica algumas das funções dos psicólogos referidas no texto.
4) Regista alguns comportamentos que o psicólogo não deve assumir nas
condições referidas no texto.
5) Escreve a frase do texto que mais significado teve para ti. Justifica a tua
escolha.

Na avaliação deste teste-diagnóstico 80% da cotação é atribuída à interpretação do texto


e 20% à avaliação das competências de comunicação escrita em língua portuguesa.

O professor

António Paulo Gomes


Rodrigues
CORRECÇÃO DO TESTE DE DIAGNÓSTICO

1. – A autora aborda a forma como os psicólogos são encarados, sobretudo nas


situações de catástrofe.
2. – As formas negativas de encarar os psicólogos numa situação de catástrofe são,
fundamentalmente: (dar mais importância ao papel dos psicólogos do que a
outros técnicos; considerar-se que os psicólogos resolvem os traumas e o choque
causado por acidente trágico).
3. – Os psicólogos devem ajudar as pessoas a lidar com as situações difíceis
partindo dos recursos das próprias pessoas. Não cabe ao psicólogo resolver os
problemas resultantes das situações difíceis vividas pelas pessoas. É com elas e a
partir delas que as situações traumáticas podem ser encaradas e superadas.
4. – O psicólogo, nas situações referidas, não deve: (levar as pessoas negar as
situações problemáticas (não branquear situações complexas); diminuir o
impacto emocional que resulta de uma acidente trágico; promover o
conformismo das pessoas).

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