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Direito Administrativo

Professora Tatiana Marcello

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Direito Administrativo

DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 037 A 038)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA III – o prazo de validade do concurso público


FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto
no edital de convocação, aquele aprovado
CAPÍTULO VII em concurso público de provas ou de pro-
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA vas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir car-
Seção I go ou emprego, na carreira;
DISPOSIÇÕES GERAIS V – as funções de confiança, exercidas ex-
clusivamente por servidores ocupantes de
Art. 37. A administração pública direta e indireta
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
serem preenchidos por servidores de car-
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
reira nos casos, condições e percentuais mí-
aos princípios de legalidade, impessoalidade,
nimos previstos em lei, destinam-se apenas
moralidade, publicidade e eficiência e, também,
às atribuições de direção, chefia e asses-
ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Cons-
soramento; (Redação dada pela Emenda
titucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 19, de 1998)
I – os cargos, empregos e funções públicas
VI – é garantido ao servidor público civil o
são acessíveis aos brasileiros que preen-
direito à livre associação sindical;
cham os requisitos estabelecidos em lei, as-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei; VII – o direito de greve será exercido nos
(Redação dada pela Emenda Constitucional termos e nos limites definidos em lei espe-
nº 19, de 1998) cífica; (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 19, de 1998)
II – a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em VIII – a lei reservará percentual dos cargos
concurso público de provas ou de provas e e empregos públicos para as pessoas por-
títulos, de acordo com a natureza e a com- tadoras de deficiência e definirá os critérios
plexidade do cargo ou emprego, na forma de sua admissão;
prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei IX – a lei estabelecerá os casos de contrata-
de livre nomeação e exoneração; (Redação ção por tempo determinado para atender a
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de necessidade temporária de excepcional in-
1998) teresse público;
X – a remuneração dos servidores públicos
e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39

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somente poderão ser fixados ou alterados XIV – os acréscimos pecuniários percebidos
por lei específica, observada a iniciativa por servidor público não serão computados
privativa em cada caso, assegurada revisão nem acumulados para fins de concessão de
geral anual, sempre na mesma data e sem acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re-
gulamento) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são
XI – a remuneração e o subsídio dos ocu- irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
pantes de cargos, funções e empregos pú- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
blicos da administração direta, autárquica e 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
fundacional, dos membros de qualquer dos pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores XVI – é vedada a acumulação remunerada
de mandato eletivo e dos demais agentes de cargos públicos, exceto, quando houver
políticos e os proventos, pensões ou outra compatibilidade de horários, observado em
espécie remuneratória, percebidos cumu- qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re-
lativamente ou não, incluídas as vantagens dação dada pela Emenda Constitucional nº
pessoais ou de qualquer outra natureza, 19, de 1998)
não poderão exceder o subsídio mensal, em a) a de dois cargos de professor; (Redação
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- 1998)
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal b) a de um cargo de professor com outro
do Governador no âmbito do Poder Execu- técnico ou científico; (Redação dada pela
tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e
c) a de dois cargos ou empregos privativos
o subsidio dos Desembargadores do Tribu-
de profissionais de saúde, com profissões
nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
regulamentadas; (Redação dada pela Emen-
vinte e cinco centésimos por cento do sub-
da Constitucional nº 34, de 2001)
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do XVII – a proibição de acumular estende-se a
Poder Judiciário, aplicável este limite aos empregos e funções e abrange autarquias,
membros do Ministério Público, aos Procu- fundações, empresas públicas, sociedades
radores e aos Defensores Públicos; (Reda- de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, ciedades controladas, direta ou indireta-
19.12.2003) mente, pelo poder público; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XII – os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não po- XVIII – a administração fazendária e seus
derão ser superiores aos pagos pelo Poder servidores fiscais terão, dentro de suas áre-
Executivo; as de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação
forma da lei;
de quaisquer espécies remuneratórias para
o efeito de remuneração de pessoal do ser- XIX – somente por lei específica poderá ser
viço público; (Redação dada pela Emenda criada autarquia e autorizada a instituição
Constitucional nº 19, de 1998) de empresa pública, de sociedade de eco-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei

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complementar, neste último caso, definir as (Redação dada pela Emenda Constitucional
áreas de sua atuação; (Redação dada pela nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I – as reclamações relativas à prestação dos
XX – depende de autorização legislativa, em serviços públicos em geral, asseguradas a
cada caso, a criação de subsidiárias das en- manutenção de serviços de atendimento ao
tidades mencionadas no inciso anterior, as- usuário e a avaliação periódica, externa e
sim como a participação de qualquer delas interna, da qualidade dos serviços; (Incluído
em empresa privada; pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI – ressalvados os casos especificados II – o acesso dos usuários a registros admi-
na legislação, as obras, serviços, compras nistrativos e a informações sobre atos de
e alienações serão contratados mediante governo, observado o disposto no art. 5º, X
processo de licitação pública que assegu- e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-
re igualdade de condições a todos os con- nal nº 19, de 1998)
correntes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as con- III – a disciplina da representação contra o
dições efetivas da proposta, nos termos da exercício negligente ou abusivo de cargo,
lei, o qual somente permitirá as exigências emprego ou função na administração públi-
de qualificação técnica e econômica indis- ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
pensáveis à garantia do cumprimento das 19, de 1998)
obrigações. (Regulamento) § 4º Os atos de improbidade administrativa
XXII – as administrações tributárias da importarão a suspensão dos direitos políti-
União, dos Estados, do Distrito Federal e cos, a perda da função pública, a indisponi-
dos Municípios, atividades essenciais ao bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-
funcionamento do Estado, exercidas por rio, na forma e gradação previstas em lei,
servidores de carreiras específicas, terão re- sem prejuízo da ação penal cabível.
cursos prioritários para a realização de suas § 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-
atividades e atuarão de forma integrada, crição para ilícitos praticados por qualquer
inclusive com o compartilhamento de ca- agente, servidor ou não, que causem pre-
dastros e de informações fiscais, na forma juízos ao erário, ressalvadas as respectivas
da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda ações de ressarcimento.
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público
§ 1º A publicidade dos atos, programas, e as de direito privado prestadoras de servi-
obras, serviços e campanhas dos órgãos ços públicos responderão pelos danos que
públicos deverá ter caráter educativo, infor- seus agentes, nessa qualidade, causarem a
mativo ou de orientação social, dela não po- terceiros, assegurado o direito de regresso
dendo constar nomes, símbolos ou imagens contra o responsável nos casos de dolo ou
que caracterizem promoção pessoal de au- culpa.
toridades ou servidores públicos.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
§ 2º A não observância do disposto nos in- restrições ao ocupante de cargo ou empre-
cisos II e III implicará a nulidade do ato e a go da administração direta e indireta que
punição da autoridade responsável, nos ter- possibilite o acesso a informações privile-
mos da lei. giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio-
§ 3º A lei disciplinará as formas de partici- nal nº 19, de 1998)
pação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:

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§ 8º A autonomia gerencial, orçamentá- noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
ria e financeira dos órgãos e entidades da por cento do subsídio mensal dos Ministros
administração direta e indireta poderá ser do Supremo Tribunal Federal, não se apli-
ampliada mediante contrato, a ser firmado cando o disposto neste parágrafo aos sub-
entre seus administradores e o poder públi- sídios dos Deputados Estaduais e Distritais
co, que tenha por objeto a fixação de metas e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda
de desempenho para o órgão ou entidade, Constitucional nº 47, de 2005)
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 38. Ao servidor público da administração
direta, autárquica e fundacional, no exercício de
I – o prazo de duração do contrato; mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
II – os controles e critérios de avaliação de nal nº 19, de 1998)
desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes; I – tratando-se de mandato eletivo federal,
estadual ou distrital, ficará afastado de seu
III – a remuneração do pessoal." cargo, emprego ou função;
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às II – investido no mandato de Prefeito, será
empresas públicas e às sociedades de eco- afastado do cargo, emprego ou função, sen-
nomia mista, e suas subsidiárias, que rece- do-lhe facultado optar pela sua remunera-
berem recursos da União, dos Estados, do ção;
Distrito Federal ou dos Municípios para pa-
gamento de despesas de pessoal ou de cus- III – investido no mandato de Vereador, ha-
teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- vendo compatibilidade de horários, perce-
tucional nº 19, de 1998) berá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do
§ 10. É vedada a percepção simultânea de cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
proventos de aposentadoria decorrentes do dade, será aplicada a norma do inciso ante-
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune- rior;
ração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma IV – em qualquer caso que exija o afasta-
desta Constituição, os cargos eletivos e os mento para o exercício de mandato eletivo,
cargos em comissão declarados em lei de li- seu tempo de serviço será contado para to-
vre nomeação e exoneração. (Incluído pela dos os efeitos legais, exceto para promoção
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) por merecimento;
§ 11. Não serão computadas, para efeito V – para efeito de benefício previdenciário,
dos limites remuneratórios de que trata o no caso de afastamento, os valores serão
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas determinados como se no exercício estives-
de caráter indenizatório previstas em lei. se.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47,
de 2005) (...)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do


caput deste artigo, fica facultado aos Esta-
dos e ao Distrito Federal fixar, em seu âm-
bito, mediante emenda às respectivas Cons-
tituições e Lei Orgânica, como limite único,
o subsídio mensal dos Desembargadores
do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a

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CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

Conceitos Introdutórios

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito


Administração Federal e dos Municípios.
Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)


Administração • Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)
Indireta • Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)
• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

1.1. Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros
princípios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

Princípio da Legalidade
A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua
atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei
permite ou determina.
Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer
tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o
administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine.
Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o administrador
público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do

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povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus
representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.

Princípio da Impessoalidade
O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do
intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa.
Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente,
determinados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém,
a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser
considerado nulo por desvio de finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela
administração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal
do agente público pela sua atuação como administrador.
Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição
de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a
exigência de licitações públicas para contratações pela administração.

Princípio da Moralidade
A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a
atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é
legal é honesto.
Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.

Princípio da Publicidade
Esse princípio é tratado sob dois prismas:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos
gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público – enquanto
não for publicado, o ato não pode produzir efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de forma
mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo.

Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir
os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico,
melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador
deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse
público do ato.

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Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros
princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não
se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim
de ter maior eficiência.

Conceito de Agente Público

Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não,
com ou sem remuneração.
Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente,
do exercício de alguma função estatal.

Classificação/Espécies dos Agentes Públicos

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Os agentes públicos podem ser classificados em:
a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam
por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado
desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices),
Parlamentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de
Estado...
b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido
amplo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza
profissional e remunerada. Dividem-se em:
•• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a
regime estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.
•• Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime
celetista – CLT)
•• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem
emprego público, exercendo função pública remunerada e temporária).
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo”
abrange essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores
temporários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor
Estatutário. Vejamos o esquema:

c) Particulares em colaboração com o Estado – são os que desempenham função pública


sem vínculo com o Estado, também chamados de “agentes honoríficos”. Segundo Celso
Antônio Bandeira de Mello, essa categoria é composta por:
•• Requisitados de serviço (mesários, jurados do Tribunal do Juri, convocados para o
serviço militar);
•• Gestores de negócios públicos (pessoas que atuam em situações emergenciais quando
o Estado não está presente, como alguém que chega antes dos bombeiros a um
incêndio e presta socorro);
•• Contratados por locação civil de serviços (a exemplo de um jurista famoso que é
contratado para fazer um parecer);
•• Concessionários e permissionários (os que trabalham nas concessionárias e
permissionárias de serviço público, exercendo função pública por delegação estatal);
•• Delegados de função ou ofício público (é o caso dos que exercem serviços notariais).

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d) Agentes Militares (Forças Armadas, Policiais Militares e Corpos de Bombeiros Militares)


– Quem compõe os quadros permanentes das forças militares possui vínculo Estatutário
especial, ou seja, seu regime jurídico é regido por lei específica, não se confundindo com os
Estatutos aplicáveis aos servidores públicos civis.

Cargo, Emprego e Função Pública

Cargo Público
Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submetidos
ao regime estatutário.
A Lei nº 8.112/1990 define: “Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis
unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo,
com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por
lei”.
Cargos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito público.

Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao
regime celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam

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por meio de concurso público para ocupar empregos públicos , de natureza essencialmente
contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los,
sob relação trabalhista”.
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Indireta. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e
do Banco do Brasil (sociedade de economia mista); lembrando que CESPE considera que
“dirigentes” dessas instituições, que não sejam do quadro de empregados, são regidos por
regime próprio e não pela CLT.

Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e
as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
Não há concurso público para preenchimento de função pública.

AGENTES PÚBLICOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Cargos, empregos e funções públicas

São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei).

Exigência de concurso público

A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Cargo em Comissão e Função de Confiança – as funções de confiança, exercidas exclusivamente
por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-
se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

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Cargo Público

Efetivo Comissão

Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)

Sem
Estabilidade
estabilidade
Criação e extinção do cargo público

Criação Lei

Cargo Público Lei


(se ocupado)
extinção
Decreto
Autônomo
(se vago)

Prazo de validade do concurso

O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual
período; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá
ser prorrogado por mais 1 ano apenas.

Prioridade de nomeação

Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em


concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

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Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas indicado no
edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade do concurso.

Direito à livre associação sindical

É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas
ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).

Direito de greve

O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém,
ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que
regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). Também é
proibido ao militar fazer greve.

Reserva de percentual aos portadores de deficiência

A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva de vagas
para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a deficiência é
compatível ou não com as atribuições do cargo.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de
se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas
oferecidas no concurso.

Fixação e revisão geral da remuneração

A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente


poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

Teto remuneratório

Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos
Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado
subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; II – nos
Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o

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Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados
Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.

Teto Absoluto Nenhum agente público pode receber remuneração maior do que Ministro do STF

Subteto
Não pode receber remuneração
Agentes Públicos Âmbito
maior que a do
Municipais Geral Prefeito
Estaduais e Distritais Poder Executivo Governador
Poder Legislativo Deputados Estaduais ou Distritais
Poder Judiciário Desembargadores do TJ

Paridade de Vencimentos

Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

• Paridade de Vencimentos: Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do


Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Executivo
$$$

Judiciário Legislativo

Mandato eletivo

Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

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I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.

Mandato eletivo
Mandato Eletivo
Ao servidor
• Aoinvestido
servidor em mandato
investido eletivo aplicam-se
em mandato as seguintes
eletivo aplicam-se disposições:
as seguintes disposições:

Ømandato federal, estadual ou üficará afastado do cargo, recebendo $ do mandato.


distrital
Ømandato de Prefeito üserá afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela remuneração do cargo ou a do mandato;

Ømandato de vereador: ühavendo compatibilidade de horários, perceberá a


remuneração do cargo + a do mandato (acumulará);
ünão havendo compatibilidade de horários, será
afastado e poderá optar pela remuneração do cargo ou
a do mandato (regra do Prefeito).

Irredutibilidade de vencimentos e subsídios

Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são


irredutíveis, respeitando-se o teto tratado acima.

Acumulação de cargos públicos

É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e funções,


abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; porém
é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto):
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas.

Acumulação lícita:

Acumulação de proventos com remuneração

É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40, art. 42 e 142, CF)
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração.

Atos de Improbidade Administrativa

Os atos de improbidade administrativa importarão:


a) a suspensão dos direitos políticos,
b) a perda da função pública,
c) a indisponibilidade dos bens,
d) e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
e) sem prejuízo da ação penal cabível.

Responsabilidade por danos

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Portanto, quem responde
pelos danos causados a terceiros por agentes públicos são as respectivas pessoas jurídicas;
porém, se houver culpa ou dolo do agente, o Poder Público poderá cobrá-lo o ressarcimento.

www.acasadoconcurseiro.com.br 801
SLIDES – DISPOSIÇÕES GERAIS

Direito Administrativo

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Administração Pública na
Constituição Federal

Disposições Gerais
(art. 37 a 38)

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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

Conceitos Introdutórios

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito


Administração Federal e dos Municípios.
Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)


Administração • Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)
Indireta • Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)
• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública

• Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência...

• Tratam-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando


que há outros princípios aplicáveis.

www.acasadoconcurseiro.com.br 803
• Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:

Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

• 1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

• A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou


autorize sua atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública
está condicionada ao que a lei permite ou determina.

• Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que


“podem fazer tudo o que a lei não proíba”, no âmbito da administração
pública esse princípio significa que o administrador “só pode fazer o que a lei
autorize ou determine”.

• Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o


administrador público não pode agir de acordo com sua própria vontade e
sim de acordo com o interesse do povo, titular do poder. Como, em última
instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus representantes,
pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.

804 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• 2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
• O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a
satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si
ou determinada pessoa.
• Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa -
inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequencia benefícios
ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao
interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de
finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades
desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal
- é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como
administrador.
• Ex.: imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo
efetivo ou emprego público; exigência de licitações públicas para contratações
pela administração.

• 3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE

• A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé.


Não basta que a atuação do administrador público seja legal, precisa ser
moral também, já que nem tudo que é legal é honesto.

• Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é


considerado nulo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 805
• 4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

• Esse princípio é tratado sob dois prismas:


a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos
atos administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o
patrimônio público - enquanto não for publicado, o ato não pode produzir
efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa - finalidade de
possibilitar, de forma mais ampla possível, controle da administração pública
pelo povo.

• 5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

• O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998.


Visa a atingir os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais
simples, rápido e econômico, melhorando a relação custo/benefício da
atividade da administração pública.

• O administrador deve ter planejamento, procurando a melhor solução para


atingir a finalidade e interesse público do ato.

• Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível
afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior
eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio
da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência.

806 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

Agente Público

• Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):

Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou


transitoriamente, do exercício de alguma função estatal.

Agentes
Públicos

Agentes Administrativos Particulares em Agentes Militares


Agentes Políticos colaboração
(Servidores Estatais ou (Agentes (Estatuto/Lei
Servidores Públicos em honoríficos) Específica)
sentido amplo)

Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)

cargo emprego função


público público pública

www.acasadoconcurseiro.com.br 807
Servidores Públicos Empregados Públicos Servidores Temporários

Cargos Públicos (efetivos


Empregos Públicos Função Pública
ou em comissão)

Regime Estatutário ou Regime Celetista ou Contrato com prazo


Legal Trabalhista (CLT) determinado

Administração Direta, Empresas Públicas e Soc.


Autarquias e Fundações de Economia Mista

Agentes Públicos na Constituição Federal

• Cargos, empregos e funções públicas

• São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,


assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

• (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de pesquisa


científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos
desta Lei).

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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Exigência de concurso público

• A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração.

• Cargo em Comissão e Função de Confiança - as funções de confiança, exercidas


exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

Cargo Público

Efetivo Comissão

Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)

Sem
Estabilidade
estabilidade

www.acasadoconcurseiro.com.br 809
Criação e extinção do cargo público

Criação Lei

Cargo Público Lei


(se ocupado)
extinção
Decreto
Autônomo
(se vago)

• Prazo de validade do concurso


• O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável 1 vez, por
igual período.

• Prioridade de nomeação
• Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
• Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas
indicado no edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade
do concurso.
• Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

810 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Direito à livre associação sindical

• É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

• Direito de greve

• O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; porém, ainda não há regulamentação legal, o que fez com que o STF
decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na
iniciativa privada (Lei nº 7783/89).

ØObs.: Essas duas regras são aplicáveis apenas ao servidores públicos civis, já que a
CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).

• Reserva de percentual aos portadores de deficiência

• A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas


portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

• Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva


de vagas para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a
deficiência é compatível ou não com as atribuições do cargo.

• Obs.: Lei 8.112/90, art. 5, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o


direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais
pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso.

www.acasadoconcurseiro.com.br 811
• Fixação e revisão geral da remuneração

• A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39


somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e
sem distinção de índices.

• Teto remuneratório

• Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal
pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto).
• Há também o chamado subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá
ganhar mais do que o prefeito; II – nos Estados e Distrito Federal, se Poder
Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o Governador, se Poder
Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados Estaduais ou
Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
• Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas
de caráter indenizatório previstas em lei.

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• Paridade de Vencimentos: Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do


Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Executivo
$$$

Judiciário Legislativo

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Mandato eletivo

• Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

Ømandato federal, estadual ou üficará afastado do cargo, recebendo $ do mandato.


distrital
Ømandato de Prefeito üserá afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela remuneração do cargo ou a do mandato;

Ømandato de vereador: ühavendo compatibilidade de horários, perceberá a


remuneração do cargo + a do mandato (acumulará);
ünão havendo compatibilidade de horários, será
afastado e poderá optar pela remuneração do cargo ou
a do mandato (regra do Prefeito).

• Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;

• Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse.

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• Irredutibilidade de vencimentos e subsídios

• Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos


públicos são irredutíveis, respeitando-se o teto tratado acima.

• Acumulação de cargos públicos

• É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e


funções; porém é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI
(teto):
a) a de 2 cargos de professor;
b) a de 1 cargo de professor com 1 técnico ou científico;
c) a de 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
Obs.: também 1 de vereador + 1 cargo, emprego ou função.

• A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,


fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

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Acumulação lícita:

• Acumulação de proventos de aposentadoria + remuneração de cargo


• É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40,
art. 42 e 142, CF) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.

• Regra: vedada a acumulação


• Exceção:
a) cargos acumuláveis na atividade;
b) cargo em comissão;
c) cargo eletivo.

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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Atos de Improbidade Administrativa

• Os atos de improbidade administrativa importarão:


Øsuspensão dos direitos políticos,
Øperda da função pública,
Øindisponibilidade dos bens,
Øressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
Øação penal cabível.

• Responsabilidade por danos

• As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

• Portanto, quem responde pelos danos causados a terceiros por agentes


públicos são as respectivas pessoas jurídicas; porém, se houver culpa ou
dolo do agente, o Poder Público poderá cobrá-lo o ressarcimento.

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Direito Administrativo

DOS SERVIDORES PÚBLICOS (ART. 039 A 041)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA III – as peculiaridades dos cargos. (Incluído


FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Fede-
ral manterão escolas de governo para a for-
CAPÍTULO VII mação e o aperfeiçoamento dos servidores
públicos, constituindo-se a participação nos
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA cursos um dos requisitos para a promoção
na carreira, facultada, para isso, a celebra-
Seção II ção de convênios ou contratos entre os en-
DOS SERVIDORES PÚBLICOS tes federados. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
18, de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de
cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer re-
competência, regime jurídico único e planos de
quisitos diferenciados de admissão quando
carreira para os servidores da administração pú-
a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela
blica direta, das autarquias e das fundações pú-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
blicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal
mandato eletivo, os Ministros de Estado e
e os Municípios instituirão conselho de política
os Secretários Estaduais e Municipais serão
de administração e remuneração de pessoal,
remunerados exclusivamente por subsídio
integrado por servidores designados pelos res-
fixado em parcela única, vedado o acrésci-
pectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda
mo de qualquer gratificação, adicional, abo-
Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº
no, prêmio, verba de representação ou ou-
2.135-4)
tra espécie remuneratória, obedecido, em
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
e dos demais componentes do sistema re- (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
muneratório observará: (Redação dada pela de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito
I – a natureza, o grau de responsabilidade Federal e dos Municípios poderá estabele-
e a complexidade dos cargos componen- cer a relação entre a maior e a menor re-
tes de cada carreira; (Incluído pela Emenda muneração dos servidores públicos, obede-
Constitucional nº 19, de 1998) cido, em qualquer caso, o disposto no art.
II – os requisitos para a investidura; (Inclu- 37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional
ído pela Emenda Constitucional nº 19, de nº 19, de 1998)
1998)

www.acasadoconcurseiro.com.br 819
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- II – compulsoriamente, com proventos pro-
diciário publicarão anualmente os valores porcionais ao tempo de contribuição, aos
do subsídio e da remuneração dos cargos e 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-
empregos públicos. (Incluído pela Emenda tenta e cinco) anos de idade, na forma de
Constitucional nº 19, de 1998) lei complementar; (Redação dada pela
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distri- Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
to Federal e dos Municípios disciplinará a III – voluntariamente, desde que cumprido
aplicação de recursos orçamentários pro- tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
venientes da economia com despesas cor- cício no serviço público e cinco anos no car-
rentes em cada órgão, autarquia e funda- go efetivo em que se dará a aposentadoria,
ção, para aplicação no desenvolvimento de observadas as seguintes condições: (Reda-
programas de qualidade e produtividade, ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
treinamento e desenvolvimento, moderni- de 15/12/98)
zação, reaparelhamento e racionalização a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
do serviço público, inclusive sob a forma de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-
adicional ou prêmio de produtividade. (In- co anos de idade e trinta de contribuição, se
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de mulher; (Redação dada pela Emenda Cons-
1998) titucional nº 20, de 15/12/98)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-
organizados em carreira poderá ser fixada mem, e sessenta anos de idade, se mulher,
nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda com proventos proporcionais ao tempo de
Constitucional nº 19, de 1998) contribuição. (Redação dada pela Emenda
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe- Constitucional nº 20, de 15/12/98)
tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal § 2º Os proventos de aposentadoria e as
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e pensões, por ocasião de sua concessão, não
fundações, é assegurado regime de previdên- poderão exceder a remuneração do respec-
cia de caráter contributivo e solidário, median- tivo servidor, no cargo efetivo em que se
te contribuição do respectivo ente público, dos deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, rência para a concessão da pensão. (Reda-
observados critérios que preservem o equilíbrio ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, 19.12.2003) § 3º Para o cálculo dos proventos de apo-
sentadoria, por ocasião da sua concessão,
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime serão consideradas as remunerações utili-
de previdência de que trata este artigo se- zadas como base para as contribuições do
rão aposentados, calculados os seus pro- servidor aos regimes de previdência de que
ventos a partir dos valores fixados na forma tratam este artigo e o art. 201, na forma da
dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda lei. (Redação dada pela Emenda Constitu-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) cional nº 41, 19.12.2003)
I – por invalidez permanente, sendo os pro- § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-
ventos proporcionais ao tempo de contri- térios diferenciados para a concessão de
buição, exceto se decorrente de acidente aposentadoria aos abrangidos pelo regime
em serviço, moléstia profissional ou doença de que trata este artigo, ressalvados, nos
grave, contagiosa ou incurável, na forma da termos definidos em leis complementares,
lei;(Redação dada pela Emenda Constitucio- os casos de servidores: (Redação dada pela
nal nº 41, 19.12.2003) Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

820 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

I – portadores de deficiência; (Incluído pela § 8º É assegurado o reajustamento dos be-


Emenda Constitucional nº 47, de 2005) nefícios para preservar-lhes, em caráter per-
II – que exerçam atividades de risco; (Inclu- manente, o valor real, conforme critérios
ído pela Emenda Constitucional nº 47, de estabelecidos em lei. (Redação dada pela
2005) Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

III – cujas atividades sejam exercidas sob § 9º O tempo de contribuição federal, esta-
condições especiais que prejudiquem a dual ou municipal será contado para efeito
saúde ou a integridade física. (Incluído pela de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) respondente para efeito de disponibilidade.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de 15/12/98)
de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, em relação ao disposto no § 1º, III, § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer
"a", para o professor que comprove exclu- forma de contagem de tempo de contribui-
sivamente tempo de efetivo exercício das ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu-
funções de magistério na educação infantil cional nº 20, de 15/12/98)
e no ensino fundamental e médio. (Redação § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI,
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de à soma total dos proventos de inatividade,
15/12/98) inclusive quando decorrentes da acumula-
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- ção de cargos ou empregos públicos, bem
rentes dos cargos acumuláveis na forma como de outras atividades sujeitas a contri-
desta Constituição, é vedada a percepção buição para o regime geral de previdência
de mais de uma aposentadoria à conta do social, e ao montante resultante da adição
regime de previdência previsto neste artigo. de proventos de inatividade com remune-
(Redação dada pela Emenda Constitucional ração de cargo acumulável na forma desta
nº 20, de 15/12/98) Constituição, cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, e de
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-
fício de pensão por morte, que será igual: tucional nº 20, de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 41, 19.12.2003) § 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
me de previdência dos servidores públicos
I – ao valor da totalidade dos proventos do titulares de cargo efetivo observará, no que
servidor falecido, até o limite máximo esta- couber, os requisitos e critérios fixados para
belecido para os benefícios do regime geral o regime geral de previdência social. (Inclu-
de previdência social de que trata o art. 201, ído pela Emenda Constitucional nº 20, de
acrescido de setenta por cento da parcela 15/12/98)
excedente a este limite, caso aposentado
à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) te, de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração bem como
II – ao valor da totalidade da remuneração de outro cargo temporário ou de emprego
do servidor no cargo efetivo em que se deu público, aplica-se o regime geral de previ-
o falecimento, até o limite máximo estabe- dência social. (Incluído pela Emenda Consti-
lecido para os benefícios do regime geral de tucional nº 20, de 15/12/98)
previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela § 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-
excedente a este limite, caso em atividade ral e os Municípios, desde que instituam
na data do óbito. (Incluído pela Emenda regime de previdência complementar para
Constitucional nº 41, 19.12.2003) os seus respectivos servidores titulares de

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cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das equivalente ao valor da sua contribuição
aposentadorias e pensões a serem concedi- previdenciária até completar as exigências
das pelo regime de que trata este artigo, o para aposentadoria compulsória contidas
limite máximo estabelecido para os bene- no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu-
fícios do regime geral de previdência social cional nº 41, 19.12.2003)
de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen- § 20. Fica vedada a existência de mais de um
da Constitucional nº 20, de 15/12/98) regime próprio de previdência social para os
§ 15. O regime de previdência complemen- servidores titulares de cargos efetivos, e de
tar de que trata o § 14 será instituído por mais de uma unidade gestora do respectivo
lei de iniciativa do respectivo Poder Executi- regime em cada ente estatal, ressalvado o
vo, observado o disposto no art. 202 e seus disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela
parágrafos, no que couber, por intermédio Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
de entidades fechadas de previdência com- § 21. A contribuição prevista no § 18 deste
plementar, de natureza pública, que ofere- artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
cerão aos respectivos participantes planos proventos de aposentadoria e de pensão
de benefícios somente na modalidade de que superem o dobro do limite máximo es-
contribuição definida. (Redação dada pela tabelecido para os benefícios do regime ge-
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) ral de previdência social de que trata o art.
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex- 201 desta Constituição, quando o beneficiá-
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 rio, na forma da lei, for portador de doença
poderá ser aplicado ao servidor que tiver incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons-
ingressado no serviço público até a data da titucional nº 47, de 2005)
publicação do ato de instituição do corres- Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
pondente regime de previdência comple- exercício os servidores nomeados para cargo de
mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- provimento efetivo em virtude de concurso pú-
nal nº 20, de 15/12/98) blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
§ 17. Todos os valores de remuneração con- nal nº 19, de 1998)
siderados para o cálculo do benefício pre- § 1º O servidor público estável só perderá o
visto no § 3° serão devidamente atualiza- cargo: (Redação dada pela Emenda Consti-
dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda tucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I – em virtude de sentença judicial transita-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proven- da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons-
tos de aposentadorias e pensões conce- titucional nº 19, de 1998)
didas pelo regime de que trata este artigo
que superem o limite máximo estabelecido II – mediante processo administrativo em
para os benefícios do regime geral de pre- que lhe seja assegurada ampla defesa; (In-
vidência social de que trata o art. 201, com cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
percentual igual ao estabelecido para os 1998)
servidores titulares de cargos efetivos. (In- III – mediante procedimento de avaliação
cluído pela Emenda Constitucional nº 41, periódica de desempenho, na forma de lei
19.12.2003) complementar, assegurada ampla defesa.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
tenha completado as exigências para apo- de 1998)
sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, § 2º Invalidada por sentença judicial a de-
III, a, e que opte por permanecer em ativi- missão do servidor estável, será ele reinte-
dade fará jus a um abono de permanência grado, e o eventual ocupante da vaga, se es-

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tável, reconduzido ao cargo de origem, sem cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
direito a indenização, aproveitado em outro do aproveitamento em outro cargo. (Reda-
cargo ou posto em disponibilidade com re- ção dada pela Emenda Constitucional nº 19,
muneração proporcional ao tempo de ser- de 1998)
viço. (Redação dada pela Emenda Constitu- § 4º Como condição para a aquisição da es-
cional nº 19, de 1998) tabilidade, é obrigatória a avaliação especial
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- de desempenho por comissão instituída
necessidade, o servidor estável ficará em para essa finalidade. (Incluído pela Emenda
disponibilidade, com remuneração propor- Constitucional nº 19, de 199

1. Obrigatoriedade de regime jurídico único

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua compe-


tência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. Cada ente da Federação deve definir se o re-
gime de todos os seus servidores (em sentido amplo) será celetista ou estatutário. Essa regra
foi alterada pela EC 19/1998, eliminando o regime único. Porém, o STF suspendeu a eficácia
da nova redação, passando a constar novamente a redação original (de regime jurídico único).
Por exemplo, a Lei nº 8.112/1990 institui o regime estatutário para todos os servidores civis da
União, autarquias e fundações públicas Federais.

2. Estabilidade
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta,
sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art.
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limi-
te de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Mu-
nicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências:
a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b)

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exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servi-
dor estável poderá perder o cargo.

3. Reintegração
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o even-
tual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.

4. Disponibilidade
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.

5. Aposentadoria
Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência (Regime
Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário, mediante contribui-
ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para
a aposentadoria.
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome-
ação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, o regime geral aplicável aos trabalhadores
da iniciativa provada regidos pela CLT.
Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei (integrais);
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de
idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei Complementar 152/2015)
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício
no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribuição,
se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.

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SLIDES – DOS SERVIDORES PÚBLICOS

• Obrigatoriedade de regime jurídico único


• Regime Jurídico é o conjunto de regras (direitos e deveres) que regem a
relação entre o servidor e a Administração. Pode ser estatutário/legal ou
celetista/trabalhista.

• A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito


de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas.

• Cada ente da Federação deve definir se o regime de todos os seus servidores


será celetista ou estatutário. Essa regra foi alterada pela EC 19/1998,
eliminando o regime único. Porém, o STF suspendeu a eficácia da nova
redação, passando a constar novamente a redação original (de regime jurídico
único). Por exemplo, a Lei nº 8.112/1990 institui o regime estatutário para
todos os servidores civis da União, autarquias e fundações públicas Federais.

Direitos Trabalhistas aplicáveis aos Servidores

• Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo
o exigir.

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• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
• IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
• VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
• VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
• IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
• XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
• XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;

• XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;


• XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do
normal;
• XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o
salário normal;
• XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
120 dias;
• XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
• XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos,
nos termos da lei;
• XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
• XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

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• Estabilidade

• É a garantia de permanência no serviço público.

• São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para


cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público + avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.

3 anos

Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório

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• A estabilidade não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor
público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.

• Também poderá perder o cargo por despesa de pessoal acima dos limites
legais (art. 169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade
Fiscal) estabelece que o limite de despesa com pessoal da União é de 50% da
receita líquida, enquanto dos Estados e Municípios é de 60%. Ultrapassados
esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: a) reduzir em
pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos
limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.

Reintegração

• Invalidada por sentença judicial (ou decisão administrativa) a demissão do servidor


estável, será ele reintegrado.

• O eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem


direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.

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Disponibilidade

• Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.

Está disponível? Vou aproveitar!

• Aposentadoria

• Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado
regime de previdência (Regime Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para a
aposentadoria.

• Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de


livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de
emprego público, aplica-se o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja,
o regime geral aplicável aos trabalhadores da iniciativa provada regidos pela CLT.

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• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (integrais);
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei
Complementar 152/2015)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.

Aposentadoria

• Por invalidez permanente.

• Compulsoriamente.
ü75 anos de idade.

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• Voluntariamente (10 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo efetivo


que se aposentar):

• 60 anos de idade + 35 de contribuição (Integral);


• Ou 65 anos de idade (Proporcional ao tempo de contribuição).

• 55 anos de idade + 30 de contribuição (Integral);


• Ou 60 anos de idade. (Proporcional ao tempo de contribuição).

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Direito Administrativo

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – LEI Nº 8.429/92

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes do patrimônio ou da receita anual, limitan-
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no do-se, nestes casos, a sanção patrimonial à
exercício de mandato, cargo, emprego ou fun- repercussão do ilícito sobre a contribuição
ção na administração pública direta, indireta ou dos cofres públicos.
fundacional e dá outras providências.
Art. 2º Reputa-se agente público, para os efei-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que tos desta lei, todo aquele que exerce, ainda
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a que transitoriamente ou sem remuneração, por
seguinte lei: eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entida-
des mencionadas no artigo anterior.
CAPÍTULO I
Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
no que couber, àquele que, mesmo não sendo
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por agente público, induza ou concorra para a prá-
qualquer agente público, servidor ou não, con- tica do ato de improbidade ou dele se beneficie
tra a administração direta, indireta ou funda- sob qualquer forma direta ou indireta.
cional de qualquer dos Poderes da União, dos Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, hierarquia são obrigados a velar pela estrita ob-
de Território, de empresa incorporada ao patri- servância dos princípios de legalidade, impesso-
mônio público ou de entidade para cuja criação alidade, moralidade e publicidade no trato dos
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra assuntos que lhe são afetos.
com mais de cinqüenta por cento do patrimô-
nio ou da receita anual, serão punidos na forma Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio públi-
desta lei. co por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do
agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressar-
Parágrafo único. Estão também sujeitos às cimento do dano.
penalidades desta lei os atos de improbida-
de praticados contra o patrimônio de enti- Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, per-
dade que receba subvenção, benefício ou derá o agente público ou terceiro beneficiário
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão pú- os bens ou valores acrescidos ao seu patrimô-
blico bem como daquelas para cuja criação nio.
ou custeio o erário haja concorrido ou con-
Art. 7º Quando o ato de improbidade causar le-
corra com menos de cinqüenta por cento
são ao patrimônio público ou ensejar enrique-

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cimento ilícito, caberá a autoridade administra- des referidas no art. 1º por preço superior
tiva responsável pelo inquérito representar ao ao valor de mercado;
Ministério Público, para a indisponibilidade dos
bens do indiciado. III – perceber vantagem econômica, direta
ou indireta, para facilitar a alienação, per-
Parágrafo único. A indisponibilidade a que muta ou locação de bem público ou o for-
se refere o caput deste artigo recairá sobre necimento de serviço por ente estatal por
bens que assegurem o integral ressarcimen- preço inferior ao valor de mercado;
to do dano, ou sobre o acréscimo patrimo-
nial resultante do enriquecimento ilícito. IV – utilizar, em obra ou serviço particular,
veículos, máquinas, equipamentos ou ma-
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao terial de qualquer natureza, de propriedade
patrimônio público ou se enriquecer ilicitamen- ou à disposição de qualquer das entidades
te está sujeito às cominações desta lei até o li- mencionadas no art. 1° desta lei, bem como
mite do valor da herança. o trabalho de servidores públicos, emprega-
dos ou terceiros contratados por essas enti-
dades;

CAPÍTULO II V – receber vantagem econômica de qual-


quer natureza, direta ou indireta, para to-
DOS ATOS DE IMPROBIDADE
lerar a exploração ou a prática de jogos de
ADMINISTRATIVA azar, de lenocínio, de narcotráfico, de con-
trabando, de usura ou de qualquer outra
Seção I atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal
DOS ATOS DE IMPROBIDADE vantagem;
ADMINISTRATIVA QUE IMPORTAM VI – receber vantagem econômica de qual-
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO quer natureza, direta ou indireta, para fazer
declaração falsa sobre medição ou avaliação
Art. 9º Constitui ato de improbidade adminis-
em obras públicas ou qualquer outro ser-
trativa importando enriquecimento ilícito aufe-
viço, ou sobre quantidade, peso, medida,
rir qualquer tipo de vantagem patrimonial inde-
qualidade ou característica de mercadorias
vida em razão do exercício de cargo, mandato,
ou bens fornecidos a qualquer das entida-
função, emprego ou atividade nas entidades
des mencionadas no art. 1º desta lei;
mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamen-
te: VII – adquirir, para si ou para outrem, no
exercício de mandato, cargo, emprego ou
I – receber, para si ou para outrem, dinhei-
função pública, bens de qualquer natureza
ro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
cujo valor seja desproporcional à evolução
vantagem econômica, direta ou indireta, a
do patrimônio ou à renda do agente públi-
título de comissão, percentagem, gratifica-
co;
ção ou presente de quem tenha interesse,
direto ou indireto, que possa ser atingido ou VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer
amparado por ação ou omissão decorrente atividade de consultoria ou assessoramen-
das atribuições do agente público; to para pessoa física ou jurídica que tenha
interesse suscetível de ser atingido ou am-
II – perceber vantagem econômica, direta
parado por ação ou omissão decorrente das
ou indireta, para facilitar a aquisição, per-
atribuições do agente público, durante a ati-
muta ou locação de bem móvel ou imóvel,
vidade;
ou a contratação de serviços pelas entida-

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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

IX – perceber vantagem econômica para in- rendas, verbas ou valores do patrimônio de


termediar a liberação ou aplicação de verba qualquer das entidades mencionadas no
pública de qualquer natureza; art. 1º desta lei, sem observância das for-
malidades legais e regulamentares aplicá-
X – receber vantagem econômica de qual- veis à espécie;
quer natureza, direta ou indiretamente,
para omitir ato de ofício, providência ou de- IV – permitir ou facilitar a alienação, permu-
claração a que esteja obrigado; ta ou locação de bem integrante do patri-
mônio de qualquer das entidades referidas
XI – incorporar, por qualquer forma, ao seu no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de
patrimônio bens, rendas, verbas ou valores serviço por parte delas, por preço inferior
integrantes do acervo patrimonial das enti- ao de mercado;
dades mencionadas no art. 1° desta lei;
V – permitir ou facilitar a aquisição, permu-
XII – usar, em proveito próprio, bens, ren- ta ou locação de bem ou serviço por preço
das, verbas ou valores integrantes do acer- superior ao de mercado;
vo patrimonial das entidades mencionadas
no art. 1º desta lei. VI – realizar operação financeira sem obser-
vância das normas legais e regulamentares
Seção II ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
DOS ATOS DE IMPROBIDADE
VII – conceder benefício administrativo ou
ADMINISTRATIVA QUE CAUSAM fiscal sem a observância das formalidades
PREJUÍZO AO ERÁRIO legais ou regulamentares aplicáveis à espé-
cie;
Art. 10. Constitui ato de improbidade adminis-
trativa que causa lesão ao erário qualquer ação VIII – frustrar a licitude de processo licita-
ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje per- tório ou de processo seletivo para celebra-
da patrimonial, desvio, apropriação, malbarata- ção de parcerias com entidades sem fins
mento ou dilapidação dos bens ou haveres das lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
entidades referidas no art. 1º desta lei, e nota- (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014)
damente: (Vigência)
I – facilitar ou concorrer por qualquer for- IX – ordenar ou permitir a realização de
ma para a incorporação ao patrimônio par- despesas não autorizadas em lei ou regula-
ticular, de pessoa física ou jurídica, de bens, mento;
rendas, verbas ou valores integrantes do
X – agir negligentemente na arrecadação de
acervo patrimonial das entidades mencio-
tributo ou renda, bem como no que diz res-
nadas no art. 1º desta lei;
peito à conservação do patrimônio público;
II – permitir ou concorrer para que pessoa
XI – liberar verba pública sem a estrita ob-
física ou jurídica privada utilize bens, ren-
servância das normas pertinentes ou influir
das, verbas ou valores integrantes do acer-
de qualquer forma para a sua aplicação ir-
vo patrimonial das entidades mencionadas
regular;
no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares apli- XII – permitir, facilitar ou concorrer para
cáveis à espécie; que terceiro se enriqueça ilicitamente;
III – doar à pessoa física ou jurídica bem XIII – permitir que se utilize, em obra ou
como ao ente despersonalizado, ainda que serviço particular, veículos, máquinas, equi-
de fins educativos ou assistências, bens, pamentos ou material de qualquer nature-

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za, de propriedade ou à disposição de qual- XX – liberar recursos de parcerias firmadas
quer das entidades mencionadas no art. 1° pela administração pública com entidades
desta lei, bem como o trabalho de servidor privadas sem a estrita observância das nor-
público, empregados ou terceiros contrata- mas pertinentes ou influir de qualquer for-
dos por essas entidades. ma para a sua aplicação irregular. (Incluído
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
XIV – celebrar contrato ou outro instrumen-
to que tenha por objeto a prestação de ser- XXI – liberar recursos de parcerias firmadas
viços públicos por meio da gestão associada pela administração pública com entidades
sem observar as formalidades previstas na privadas sem a estrita observância das nor-
lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) mas pertinentes ou influir de qualquer for-
ma para a sua aplicação irregular. (Incluído
XV – celebrar contrato de rateio de consór- pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
cio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formali- Seção II-A
dades previstas na lei.(Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
11.107, de 2005) 2016) (Produção de efeito)
XVI – facilitar ou concorrer, por qualquer DOS ATOS DE IMPROBIDADE
forma, para a incorporação, ao patrimônio ADMINISTRATIVA DECORRENTES
particular de pessoa física ou jurídica, de DE CONCESSÃO OU APLICAÇÃO
bens, rendas, verbas ou valores públicos
INDEVIDA DE BENEFÍCIO FINANCEIRO
transferidos pela administração pública a
entidades privadas mediante celebração de OU TRIBUTÁRIO
parcerias, sem a observância das formali-
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade
dades legais ou regulamentares aplicáveis
administrativa qualquer ação ou omissão para
à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro
2014) (Vigência)
ou tributário contrário ao que dispõem o caput
XVII – permitir ou concorrer para que pes- e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº
soa física ou jurídica privada utilize bens, 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei
rendas, verbas ou valores públicos transfe- Complementar nº 157, de 2016) (Produção de
ridos pela administração pública a entidade efeito)
privada mediante celebração de parcerias,
sem a observância das formalidades legais Seção III
ou regulamentares aplicáveis à espécie; (In- DOS ATOS DE IMPROBIDADE
cluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigên- ADMINISTRATIVA QUE ATENTAM
cia) CONTRA OS PRINCÍPIOS DA
XVIII – celebrar parcerias da administração ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
pública com entidades privadas sem a ob-
servância das formalidades legais ou regu- Art. 11. Constitui ato de improbidade adminis-
lamentares aplicáveis à espécie; (Incluído trativa que atenta contra os princípios da admi-
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) nistração pública qualquer ação ou omissão que
viole os deveres de honestidade, imparcialida-
XIX – agir negligentemente na celebração, de, legalidade, e lealdade às instituições, e no-
fiscalização e análise das prestações de con- tadamente:
tas de parcerias firmadas pela administra-
ção pública com entidades privadas; (Inclu- I – praticar ato visando fim proibido em lei
ído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) ou regulamento ou diverso daquele previs-
to, na regra de competência;

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II – retardar ou deixar de praticar, indevida- co ou receber benefícios ou incentivos fis-


mente, ato de ofício; cais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica
III – revelar fato ou circunstância de que da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
tem ciência em razão das atribuições e que dez anos;
deva permanecer em segredo;
II – na hipótese do art. 10, ressarcimento
IV – negar publicidade aos atos oficiais; integral do dano, perda dos bens ou valo-
V – frustrar a licitude de concurso público; res acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
se concorrer esta circunstância, perda da
VI – deixar de prestar contas quando esteja função pública, suspensão dos direitos po-
obrigado a fazê-lo; líticos de cinco a oito anos, pagamento de
VII – revelar ou permitir que chegue ao co- multa civil de até duas vezes o valor do dano
nhecimento de terceiro, antes da respectiva e proibição de contratar com o Poder Públi-
divulgação oficial, teor de medida política co ou receber benefícios ou incentivos fis-
ou econômica capaz de afetar o preço de cais ou creditícios, direta ou indiretamente,
mercadoria, bem ou serviço. ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
VIII – descumprir as normas relativas à ce- cinco anos;
lebração, fiscalização e aprovação de contas
de parcerias firmadas pela administração III – na hipótese do art. 11, ressarcimento
pública com entidades privadas. (Redação integral do dano, se houver, perda da fun-
dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) ção pública, suspensão dos direitos políticos
de três a cinco anos, pagamento de multa
IX – deixar de cumprir a exigência de requi- civil de até cem vezes o valor da remunera-
sitos de acessibilidade previstos na legisla- ção percebida pelo agente e proibição de
ção. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) contratar com o Poder Público ou receber
(Vigência) benefícios ou incentivos fiscais ou credití-
cios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja
sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
CAPÍTULO III
Parágrafo único. Na fixação das penas pre-
Das Penas vistas nesta lei o juiz levará em conta a ex-
Art. 12. Independentemente das sanções pe- tensão do dano causado, assim como o pro-
nais, civis e administrativas previstas na legis- veito patrimonial obtido pelo agente.
lação específica, está o responsável pelo ato de
improbidade sujeito às seguintes cominações,
que podem ser aplicadas isolada ou cumulativa-
mente, de acordo com a gravidade do fato: (Re-
CAPÍTULO IV
dação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). DA DECLARAÇÃO DE BENS
I – na hipótese do art. 9°, perda dos bens Art. 13. A posse e o exercício de agente público
ou valores acrescidos ilicitamente ao pa- ficam condicionados à apresentação de decla-
trimônio, ressarcimento integral do dano, ração dos bens e valores que compõem o seu
quando houver, perda da função pública, patrimônio privado, a fim de ser arquivada no
suspensão dos direitos políticos de oito a serviço de pessoal competente.(Regulamento)
dez anos, pagamento de multa civil de até
§ 1º A declaração compreenderá imóveis,
três vezes o valor do acréscimo patrimonial
móveis, semoventes, dinheiro, títulos,
e proibição de contratar com o Poder Públi-

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ações, e qualquer outra espécie de bens e do, se esta não contiver as formalidades es-
valores patrimoniais, localizado no País ou tabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição
no exterior, e, quando for o caso, abrange- não impede a representação ao Ministério
rá os bens e valores patrimoniais do cônju- Público, nos termos do art. 22 desta lei.
ge ou companheiro, dos filhos e de outras
pessoas que vivam sob a dependência eco- § 3º Atendidos os requisitos da represen-
nômica do declarante, excluídos apenas os tação, a autoridade determinará a imedia-
objetos e utensílios de uso doméstico. ta apuração dos fatos que, em se tratando
de servidores federais, será processada na
§ 2º A declaração de bens será anualmente forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº
atualizada e na data em que o agente pú- 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se
blico deixar o exercício do mandato, cargo, tratando de servidor militar, de acordo com
emprego ou função. os respectivos regulamentos disciplinares.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, Art. 15. A comissão processante dará conheci-
a bem do serviço público, sem prejuízo de mento ao Ministério Público e ao Tribunal ou
outras sanções cabíveis, o agente públi- Conselho de Contas da existência de procedi-
co que se recusar a prestar declaração dos mento administrativo para apurar a prática de
bens, dentro do prazo determinado, ou que ato de improbidade.
a prestar falsa.
Parágrafo único. O Ministério Público ou
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá en- Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a
tregar cópia da declaração anual de bens requerimento, designar representante para
apresentada à Delegacia da Receita Federal acompanhar o procedimento administrati-
na conformidade da legislação do Impos- vo.
to sobre a Renda e proventos de qualquer
natureza, com as necessárias atualizações, Art. 16. Havendo fundados indícios de respon-
para suprir a exigência contida no caput e sabilidade, a comissão representará ao Minis-
no § 2° deste artigo . tério Público ou à procuradoria do órgão para
que requeira ao juízo competente a decretação
do seqüestro dos bens do agente ou terceiro
que tenha enriquecido ilicitamente ou causado
CAPÍTULO V dano ao patrimônio público.
DO PROCEDIMENTO § 1º O pedido de seqüestro será processa-
ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO do de acordo com o disposto nos arts. 822 e
JUDICIAL 825 do Código de Processo Civil.
§ 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à
investigação, o exame e o bloqueio de bens,
autoridade administrativa competente para que
contas bancárias e aplicações financeiras
seja instaurada investigação destinada a apurar
mantidas pelo indiciado no exterior, nos ter-
a prática de ato de improbidade.
mos da lei e dos tratados internacionais.
§ 1º A representação, que será escrita ou
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordi-
reduzida a termo e assinada, conterá a qua-
nário, será proposta pelo Ministério Público ou
lificação do representante, as informações
pela pessoa jurídica interessada, dentro de trin-
sobre o fato e sua autoria e a indicação das
ta dias da efetivação da medida cautelar.
provas de que tenha conhecimento.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conci-
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a
liação nas ações de que trata o caput.
representação, em despacho fundamenta-

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§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, § 9º Recebida a petição inicial, será o réu
promoverá as ações necessárias à comple- citado para apresentar contestação. (Inclu-
mentação do ressarcimento do patrimônio ído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
público. 2001)
§ 3º No caso de a ação principal ter sido § 10. Da decisão que receber a petição ini-
proposta pelo Ministério Público, aplica-se, cial, caberá agravo de instrumento. (Incluí-
no que couber, o disposto no § 3º do art. do pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. 2001)
(Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)
§ 11. Em qualquer fase do processo, reco-
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no nhecida a inadequação da ação de improbi-
processo como parte, atuará obrigatoria- dade, o juiz extinguirá o processo sem jul-
mente, como fiscal da lei, sob pena de nu- gamento do mérito. (Incluído pela Medida
lidade. Provisória nº 2.225-45, de 2001)
§ 5º A propositura da ação prevenirá a ju- § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inqui-
risdição do juízo para todas as ações pos- rições realizadas nos processos regidos por
teriormente intentadas que possuam a esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o,
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. do Código de Processo Penal.(Incluído pela
(Incluído pela Medida provisória nº 2.180- Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
35, de 2001)
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também
§ 6º A ação será instruída com documentos se considera pessoa jurídica interessada o
ou justificação que contenham indícios sufi- ente tributante que figurar no polo ativo da
cientes da existência do ato de improbidade obrigação tributária de que tratam o § 4º do
ou com razões fundamentadas da impossi- art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº
bilidade de apresentação de qualquer des- 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela
sas provas, observada a legislação vigente, Lei Complementar nº 157, de 2016)
inclusive as disposições inscritas nos arts.
16 a 18 do Código de Processo Civil. (Inclu- Art. 18. A sentença que julgar procedente ação
ído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de civil de reparação de dano ou decretar a perda
2001) dos bens havidos ilicitamente determinará o
pagamento ou a reversão dos bens, conforme
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada
juiz mandará autuá-la e ordenará a notifi- pelo ilícito.
cação do requerido, para oferecer manifes-
tação por escrito, que poderá ser instruída
com documentos e justificações, dentro do
prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida CAPÍTULO VI
Provisória nº 2.225-45, de 2001) DAS DISPOSIÇÕES PENAIS
§ 8º Recebida a manifestação, o juiz, no Art. 19. Constitui crime a representação por ato
prazo de trinta dias, em decisão fundamen- de improbidade contra agente público ou ter-
tada, rejeitará a ação, se convencido da ceiro beneficiário, quando o autor da denúncia
inexistência do ato de improbidade, da im- o sabe inocente.
procedência da ação ou da inadequação da
Pena: detenção de seis a dez meses e mul-
via eleita. (Incluído pela Medida Provisória
ta.
nº 2.225-45, de 2001)
Parágrafo único. Além da sanção penal, o
denunciante está sujeito a indenizar o de-

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nunciado pelos danos materiais, morais ou III – até cinco anos da data da apresentação
à imagem que houver provocado. à administração pública da prestação de
contas final pelas entidades referidas no pa-
Art. 20. A perda da função pública e a suspen- rágrafo único do art. 1o desta Lei. (Incluído
são dos direitos políticos só se efetivam com o pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou
administrativa competente poderá deter-
minar o afastamento do agente público do CAPÍTULO VIII
exercício do cargo, emprego ou função, sem DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
prejuízo da remuneração, quando a medida
se fizer necessária à instrução processual. Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta s
lei independe: Art. 25. Ficam revogadas as Leis nº 3.164, de 1º
de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro
I – da efetiva ocorrência de dano ao pa-
de 1958 e demais disposições em contrário.
trimônio público, salvo quanto à pena de
ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171º da In-
12.120, de 2009). dependência e 104º da República.
II – da aprovação ou rejeição das contas FERNANDO COLLOR
pelo órgão de controle interno ou pelo Tri-
bunal ou Conselho de Contas. Célio Borja

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto


nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a re-
querimento de autoridade administrativa ou
mediante representação formulada de acordo
com o disposto no art. 14, poderá requisitar a
instauração de inquérito policial ou procedi-
mento administrativo.

CAPÍTULO VII
DA PRESCRIÇÃO
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as
sanções previstas nesta lei podem ser propos-
tas:
I – até cinco anos após o término do exercí-
cio de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança;
II – dentro do prazo prescricional previsto
em lei específica para faltas disciplinares
puníveis com demissão a bem do serviço
público, nos casos de exercício de cargo efe-
tivo ou emprego.

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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

SLIDES - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – LEI Nº 8.429/92

Lei nº 8.429/1992
• Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.

• A improbidade administrativa é uma imoralidade qualificada pelo dano ao erário,


trazendo vantagem para o ímprobo ou a outrem. O agente público deve agir com
honestidade e boa-fé, não se valendo dos poderes e facilidade do cargo para obter
vantagem pessoal ou para favorecer terceiros (José Afonso da silva).

• Improbidade na CF:

• Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de: V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

• Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que


atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: V - a probidade na
administração.

• Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão:


Ressarcimento ao erário,
Indisponibilidade dos bens (medida cautelar – não é sanção),
Perda da função pública (após o trânsito em julgado),
Suspensão dos direitos políticos (após o trânsito em julgado),
sem prejuízo da ação penal cabível (obs.: ato de improbidade por si só não é crime).

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• Não há sanção penal ao agente ímprobo na LIA (Ação de Improbidade é Ação Civil
Pública).

• Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na


legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às sanções
da LIA, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente.

• O ímprobo também está sujeito às sanções éticas (Decreto 1.171/94).

Disposições Gerais

• Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou


não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território,
de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da
receita anual (entidade controlada), serão punidos na forma desta lei.

• Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de


improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção,
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de
50% do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

• Onde há $ público, pode haver ato improbidade.

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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

• Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior
(ato de improbidade próprio).

• Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (ato de improbidade
impróprio).

• STF:
ØParticular sozinho não pratica improbidade; precisa haver conluio com o agente.
ØAgente político que responde por crime de responsabilidade não responde pela LIA,
mas sim por legislação própria (Lei 1.079/50 – que é mais severa).
ØEstagiário que atua no serviço público também está sujeito à responsabilização da
LIA (STJ).

Agentes
Públicos

Agentes Administrativos Particulares em Agentes Militares


Agentes Políticos colaboração
(Servidores Estatais ou (Agentes (Estatuto/Lei
Servidores Públicos em honoríficos) Específica)
sentido amplo)

Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)

cargo emprego função


público público pública

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Administração
Sujeito Passivo
Pública (Art. 1º)
Ato de
Improbidade Agente Público
Sujeito Ativo ou Particular em
conluio (Art. 2º)

• Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar


pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

• Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou


culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

• Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro


beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

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• Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou


ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável
pelo inquérito representar ao MP, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
• Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá
sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o
acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

• Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se


enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor
da herança.

Atos de Improbidade Administrativa (rol exemplificativo)


Atos que Importam
Enriquecimento Ilícito Ideia de que o agente se
beneficiou
(dolo)

Atos que Causam


Prejuízo ao Erário Ideia de que alguém se
beneficiou
(dolo ou culpa)

A.I. Atos que Atentam


Contra os Princípios da
Administração Pública Ideia de subsidiariedade
(dolo)

Atos decorrentes de
concessão ou aplicação
indevida de benefício
financeiro ou tributário

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Atos de Improbidade Administrativa

• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito

• Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento


ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício
de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no
art. 1° desta lei, e notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem,
gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,


permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas
entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,


permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal
por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou


material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores
públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para


tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de
contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
tal vantagem;

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VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer


declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro
serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou


função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou


assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba


pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para


omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou


valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1°
desta lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

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• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: (STF – tem que ter havido dano $)

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio


particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do


patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a
prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço


superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares


ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

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VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades


legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para


celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los
indevidamente;

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou


regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz


respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir
de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho
de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades
previstas na lei;

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia


dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.

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XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio
particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos
transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração
de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;

XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a
entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a


observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de


contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;

XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades


privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular.

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• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da


Administração Pública

• Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele


previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da


respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar
o preço de mercadoria, bem ou serviço.

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas


de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.

IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na


legislação.

www.acasadoconcurseiro.com.br 851
• Diferenciar:

ØFrustrar licitude de procedimento licitatório – ato que gera lesão ao erário


ØFrustrar licitude de concurso público – ato contra princípios

Penas
Øperda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
Øressarcimento integral do dano, quando houver;
Øperda da função pública;
Øsuspensão dos direitos políticos;*
Øpagamento de multa civil;*
Øproibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário.*

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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

Penas

AI Suspensão dos
direitos políticos
Multa Civil Proibição de
contratar ou
receber incentivo
público

Enriquecimento 8 a 10 anos Até 3x o $ acrescido 10 anos


Ilícito (9º)

Lesão ao Erário (10) 5 a 8 anos Até 2x o $ do dano 5 anos


Atenta contra 3 a 5 anos Até 100x valor da 3 anos
Princípios (11) remuneração.

Da Declaração de Bens

• A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de


declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser
arquivada no serviço de pessoal competente.

• A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público


deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

• Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos
bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

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Procedimento Administrativo e Processo Judicial

• Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para


que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade,
que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do
representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de
que tenha conhecimento.

• A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou
pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar.

• O MP, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal
da lei, sob pena de nulidade.

• Obs.: Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra
agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
• Não se trata de “crime” por improbidade e sim de denunciação caluniosa feita
contra quem não praticou ato de improbidade.

854 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

Prescrição

• As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:

I - até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de


função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares


puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo
efetivo ou emprego.

III - até 5 anos da data da apresentação à administração pública da prestação de


contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.

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Estatuto dos Funcionários Públicos Civis de SP

Professor Leandro Roitman

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Legislação Específica

LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968

CAPÍTULO VII TÍTULO VI


DO DIREITO DE PETIÇÃO
Dos Deveres, das Proibições e das
Art. 239. É assegurado a qualquer pessoa, física Responsabilidades
ou jurídica, independentemente de pagamento,
o direito de petição contra ilegalidade ou abuso
de poder e para defesa de direitos. (NR)
CAPÍTULO I
§ 1º Qualquer pessoa poderá reclamar so- DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES
bre abuso, erro, omissão ou conduta incom-
patível no serviço público.(NR) Seção I
§ 2º Em nenhuma hipótese, a Administra- DOS DEVERES
ção poderá recusar-se a protocolar, enca-
minhar ou apreciar a petição, sob pena de Art. 241. São deveres do funcionário:
responsabilidade do agente. (NR) I – ser assíduo e pontual;
•• redação dada pelo artigo 1º, I da Lei II – cumprir as ordens superiores, represen-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. tando quando forem manifestamente ile-
Art. 240. Ao servidor é assegurado o direito de gais;
requerer ou representar, bem como, nos termos III – desempenhar com zelo e presteza os
desta lei complementar, pedir reconsideração trabalhos de que for incumbido;
e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trinta)
dias, salvo previsão legal específica. (NR) IV – guardar sigilo sobre os assuntos da
repartição e, especialmente, sobre despa-
•• redação dada pelo artigo 1º, I da Lei chos, decisões ou providências;
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
V – representar aos superiores sobre todas
as irregularidades de que tiver conhecimen-
to no exercício de suas funções;
VI – tratar com urbanidade as pessoas; (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º da Lei Com-
plementar nº 1096, de 24/9/2009.
VII – residir no local onde exerce o cargo ou,
onde autorizado;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1097
VIII – providenciar para que esteja sempre VI – promover manifestações de apreço ou
em ordem, no assentamento individual, a desapreço dentro da repartição, ou tornar-
sua declaração de família; -se solidário com elas;
IX – zelar pela economia do material do Es- VII – exercer comércio entre os companhei-
tado e pela conservação do que for confia- ros de serviço, promover ou subscrever lis-
do à sua guarda ou utilização; tas de donativos dentro da repartição; e
X – apresentar -se convenientemente traja- VIII – empregar material do serviço público
do em serviço ou com uniforme determina- em serviço particular.
do, quando for o caso;
Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário:
XI – atender prontamente, com preferên-
cia sobre qualquer outro serviço, às requi- I – fazer contratos de natureza comercial e
sições de papéis, documentos, informações industrial com o Governo, por si, ou como
ou providências que lhe forem feitas pelas representante de outrem;
autoridades judiciárias ou administrativas, II – participar da gerência ou administração
para defesa do Estado, em Juízo; de empresas bancárias ou industriais, ou de
XII – cooperar e manter espírito de solida- sociedades comerciais, que mantenham re-
riedade com os companheiros de trabalho, lações comerciais ou administrativas com o
Governo do Estado, sejam por este subven-
XIII – estar em dia com as leis, regulamen- cionadas ou estejam diretamente relaciona-
tos, regimentos, instruções e ordens de ser- das com a finalidade da repartição ou servi-
viço que digam respeito às suas funções; e ço em que esteja lotado;
XIV – proceder na vida pública e privada na III – requerer ou promover a concessão de
forma que dignifique a função pública. privilégios, garantias de juros ou outros fa-
vores semelhantes, federais, estaduais ou
Seção II municipais, exceto privilégio de invenção
DAS PROIBIÇÕES própria;

Art. 242. Ao funcionário é proibido: IV – exercer, mesmo fora das horas de tra-
balho, emprego ou função em empresas,
I – Revogado estabelecimentos ou instituições que te-
nham relações com o Governo, em matéria
•• revogado pelo artigo 2º da Lei Comple-
que se relacione com a finalidade da repar-
mentar nº 1.096, de 24/09/2009.
tição ou serviço em que esteja lotado;
II – retirar, sem prévia permissão da autori-
V – aceitar representação de Estado estran-
dade competente, qualquer documento ou
geiro, sem autorização do Presidente da Re-
objeto existente na repartição;
pública;
III – entreter-se, durante as horas de traba- VI – comerciar ou ter parte em sociedades
lho, em palestras, leituras ou outras ativida- comerciais nas condições mencionadas no
des estranhas ao serviço; item II deste artigo, podendo, em qualquer
IV – deixar de comparecer ao serviço sem caso, ser acionista, quotista ou comanditá-
causa justificada; rio;
V – tratar de interesses particulares na re- VII – incitar greves ou a elas aderir, ou prati-
partição; car atos de sabotagem contra o serviço pú-
blico;
VIII – praticar a usura;

1098 www.acasadoconcurseiro.com.br
Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman

IX – constituir-se procurador de partes ou II – pelas faltas, danos, avarias e quaisquer


servir de intermediário perante qualquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os
repartição pública, exceto quando se tratar materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu
de interesse de cônjuge ou parente até se- exame ou fiscalização;
gundo grau;
III – pela falta ou inexatidão das necessárias
X – receber estipêndios de firmas fornece- averbações nas notas de despacho, guias e
doras ou de entidades fiscalizadas, no País, outros documentos da receita, ou que te-
ou no estrangeiro, mesmo quando estiver nham com eles relação; e
em missão referente à compra de material
ou fiscalização de qualquer natureza; IV – por qualquer erro de cálculo ou redu-
ção contra a Fazenda Estadual.
XI – valer-se de sua qualidade de funcioná-
rio para desempenhar atividade estranha às Art. 246. O funcionário que adquirir materiais
funções ou para lograr, direta ou indireta- em desacordo com disposições legais e regula-
mente, qualquer proveito; e mentares, será responsabilizado pelo respectivo
custo, sem prejuízo das penalidades disciplina-
XII – fundar sindicato de funcionários ou de- res cabíveis, podendo-se proceder ao desconto
les fazer parte. no seu vencimento ou remuneração.
Parágrafo único. Não está compreendida Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda
na proibição dos itens II e VI deste artigo, a Estadual, o funcionário será obrigado a repor,
participação do funcionário em sociedades de uma só vez, a importância do prejuízo causa-
em que o Estado seja acionista, bem assim do em virtude de alcance, desfalque, remissão
na direção ou gerência de cooperativas e ou omissão em efetuar recolhimento ou entra-
associações de classe, ou como seu sócio. da nos prazos legais.
Art. 244. É vedado ao funcionário trabalhar sob Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo an-
as ordens imediatas de parentes, até segundo terior, a importância da indenização poderá ser
grau, salvo quando se tratar de função de con- descontada do vencimento ou remuneração
fiança e livre escolha, não podendo exceder a 2 não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte
(dois) o número de auxiliares nessas condições. do valor destes.
Parágrafo único. No caso do item IV do pa-
rágrafo único do art. 245, não tendo havido
CAPÍTULO II má-fé, será aplicada a pena de repreensão
DAS RESPONSABILIDADES e, na reincidência, a de suspensão.

Art. 245. O funcionário é responsável por todos Art. 249. Será igualmente responsabilizado o
os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa- funcionário que, fora dos casos expressamente
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente previstos nas leis, regulamentos ou regimentos,
apurados. cometer a pessoas estranhas às repartições, o
desempenho de encargos que lhe competirem
Parágrafo único. Caracteriza-se especial- ou aos seus subordinados.
mente a responsabilidade:
Art. 250. A responsabilidade administrativa não
I – pela sonegação de valores e objetos con- exime o funcionário da responsabilidade civil ou
fiados à sua guarda ou responsabilidade, ou criminal que no caso couber, nem o pagamento
por não prestar contas, ou por não as to- da indenização a que ficar obrigado, na forma
mar, na forma e no prazo estabelecidos nas dos arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar
leis, regulamentos, regimentos, instruções em que incorrer.
e ordens de serviço;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1099
§ 1º A responsabilidade administrativa é in- infração e os danos que dela provierem para o
dependente da civil e da criminal. (NR) serviço público.
§ 2º Será reintegrado ao serviço público, no Art. 253. A pena de repreensão será aplicada
cargo que ocupava e com todos os direitos por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
e vantagens devidas, o servidor absolvido cumprimento dos deveres.
pela Justiça, mediante simples comprova-
ção do trânsito em julgado de decisão que Art. 254. A pena de suspensão, que não excede-
negue a existência de sua autoria ou do fato rá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso
que deu origem à sua demissão. (NR) de falta grave ou de reincidência.

§ 3º O processo administrativo só poderá § 1º O funcionário suspenso perderá todas


ser sobrestado para aguardar decisão judi- as vantagens e direitos decorrentes do exer-
cial por despacho motivado da autoridade cício do cargo.
competente para aplicar a pena.(NR) § 2º A autoridade que aplicar a pena de sus-
•• §§ acrescentados pelo artigo 2°, I da Lei pensão poderá converter essa penalidade
Complementar nº 942, de 6/6/2003. em multa, na base de 50% (cinqüenta por
cento) por dia de vencimento ou remunera-
ção, sendo o funcionário, nesse caso, obri-
gado a permanecer em serviço.
TÍTULO VII
Art. 255. A pena de multa será aplicada na for-
Das Penalidades, da Extinção da ma e nos casos expressamente previstos em lei
Punibilidade e das Providências ou regulamento.
Preliminares (Nr) Art. 256. Será aplicada a pena de demissão nos
casos de:
•• redação dada pelo artigo 1º, II da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003 I – abandono de cargo;
II – procedimento irregular, de natureza gra-
ve;
CAPÍTULO I III – ineficiência no serviço;
DAS PENALIDADES E
IV – aplicação indevida de dinheiros públi-
DE SUA APLICAÇÃO
cos, e
Art. 251. São penas disciplinares: V – ausência ao serviço, sem causa justificá-
I – repreensão; vel, por mais de 45 (quarenta e cinco) dias,
interpoladamente, durante 1 (um) ano.
II – suspensão;
§ 1º Considerar-se-á abandono de cargo,
III – multa; o não comparecimento do funcionário por
mais de (30) dias consecutivos ex-vi do art.
IV – demissão;
63.
V – demissão a bem do serviço público; e
§ 2º A pena de demissão por ineficiência no
VI – cassação de aposentadoria ou disponi- serviço, só será aplicada quando verificada
bilidade a impossibilidade de readaptação.
Art. 252. Na aplicação das penas disciplinares Art. 257. Será aplicada a pena de demissão a
serão consideradas a natureza e a gravidade da bem do serviço público ao funcionário que:

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Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman

I – for convencido de incontinência pública •• incisos acrescentados pelo artigo 2º,


e escandalosa e de vício de jogos proibidos; II da Lei Complementar nº 942, de
6/6/2003.
II – praticar ato definido como crime contra
a administração pública, a fé pública e a Fa- Art. 258. O ato que demitir o funcionário men-
zenda Estadual, ou previsto nas leis relativas cionará sempre a disposição legal em que se
à segurança e à defesa nacional; (NR) fundamenta.
•• redação dada pelo artigo 1º, II da Lei Art. 259. Será aplicada a pena de cassação de
Complementar nº 942, de 6/6/2003. aposentadoria ou disponibilidade, se ficar pro-
vado que o inativo:
III – revelar segredos de que tenha conheci-
mento em razão do cargo, desde que o faça I – praticou, quando em atividade, falta gra-
dolosamente e com prejuízo para o Estado ve para a qual é cominada nesta lei a pena
ou particulares; de demissão ou de demissão a bem do ser-
viço público;
IV – praticar insubordinação grave;
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pú-
V – praticar, em serviço, ofensas físicas con- blica;
tra funcionários ou particulares, salvo se em
legítima defesa; III – aceitou representação de Estado es-
trangeiro sem prévia autorização do Presi-
VI – lesar o patrimônio ou os cofres públi- dente da República; e
cos;
IV – praticou a usura em qualquer de suas
VII – receber ou solicitar propinas, comis- formas.
sões, presentes ou vantagens de qualquer
espécie, diretamente ou por intermédio de Art. 260. Para aplicação das penalidades previs-
outrem, ainda que fora de suas funções mas tas no art. 251, são competentes:
em razão delas;
I – o Governador;
VIII – pedir, por empréstimo, dinheiro ou
quaisquer valores a pessoas que tratem de II – os Secretários de Estado, o Procurador
interesses ou o tenham na repartição, ou Geral do Estado e os Superintendentes de
estejam sujeitos à sua fiscalização; Autarquia;

IX – exercer advocacia administrativa; e III – os Chefes de Gabinete, até a de suspen-


são;
X – apresentar com dolo declaração falsa
em matéria de salário-família, sem prejuízo IV – os Coordenadores, até a de suspensão
da responsabilidade civil e de procedimento limitada a 60 (sessenta) dias; e
criminal, que no caso couber. V – os Diretores de Departamento e Divisão,
XI – praticar ato definido como crime he- até a de suspensão limitada a 30 (trinta)
diondo, tortura, tráfico ilícito de entorpe- dias.
centes e drogas afins e terrorismo; (NR) Parágrafo único. Havendo mais de um infra-
XII – praticar ato definido como crime con- tor e diversidade de sanções, a competên-
tra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou cia será da autoridade responsável pela im-
ocultação de bens, direitos ou valores; (NR) posição da penalidade mais grave. (NR)

XIII – praticar ato definido em lei como de •• redação dada pelo artigo 1º, III da Lei
improbidade. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1101
Art. 261. Extingue-se a punibilidade pela pres- cessárias à apuração da responsabilidade
crição: pela sua ocorrência. (NR)
I – da falta sujeita à pena de repreensão, •• redação dada pelo artigo 1º, III da Lei
suspensão ou multa, em 2 (dois) anos; Complementar nº 942, de 6/6/2003.
II – da falta sujeita à pena de demissão, de Art. 262. O funcionário que, sem justa causa,
demissão a bem do serviço público e de cas- deixar de atender a qualquer exigência para
sação da aposentadoria ou disponibilidade, cujo cumprimento seja marcado prazo certo,
em 5 (cinco) anos; terá suspenso o pagamento de seu vencimento
ou remuneração até que satisfaça essa exigên-
III – da falta prevista em lei como infração cia.
penal, no prazo de prescrição em abstrato
da pena criminal, se for superior a 5 (cinco) Parágrafo único. Aplica-se aos aposentados
anos. ou em disponibilidade o disposto neste ar-
tigo.
§ 1º A prescrição começa a correr:
Art. 263. Deverão constar do assentamento in-
1. do dia em que a falta for cometida; dividual do funcionário todas as penas que lhe
2. do dia em que tenha cessado a continua- forem impostas.
ção ou a permanência, nas faltas continua-
das ou permanentes.
§ 2º Interrompem a prescrição a portaria CAPÍTULO II
que instaura sindicância e a que instaura DAS PROVIDÊNCIAS
processo administrativo.
PRELIMINARES (NR)
§ 3º O lapso prescricional corresponde:
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
1. na hipótese de desclassificação da infra- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
ção, ao da pena efetivamente aplicada;
Art. 264. A autoridade que, por qualquer meio,
2. na hipótese de mitigação ou atenuação, tiver conhecimento de irregularidade praticada
ao da pena em tese cabível. por servidor é obrigada a adotar providências
visando à sua imediata apuração, sem prejuízo
§ 4º A prescrição não corre: das medidas urgentes que o caso exigir. (NR)
1. enquanto sobrestado o processo admi- •• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
nistrativo para aguardar decisão judicial, na Complementar nº 942, de 6/6/2003.
forma do § 3º do artigo 250;
Art. 265. A autoridade realizará apuração preli-
2. enquanto insubsistente o vínculo funcio- minar, de natureza simplesmente investigativa,
nal que venha a ser restabelecido. quando a infração não estiver suficientemente
§ 5º Extinta a punibilidade pela prescrição, caracterizada ou definida autoria. (NR)
a autoridade julgadora determinará o regis- § 1º A apuração preliminar deverá ser con-
tro do fato nos assentamentos individuais cluída no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
do servidor.
§ 2º Não concluída no prazo a apuração, a
§ 6º A decisão que reconhecer a existência autoridade deverá imediatamente enca-
de prescrição deverá desde logo determi- minhar ao Chefe de Gabinete relatório das
nar, quando for o caso, as providências ne- diligências realizadas e definir o tempo ne-
cessário para o término dos trabalhos. (NR)

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Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman

§ 3º Ao concluir a apuração preliminar, a au- do descontado da pena de suspensão eventual-


toridade deverá opinar fundamentadamen- mente aplicada. (NR)
te pelo arquivamento ou pela instauração
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
de sindicância ou de processo administrati-
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
vo. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. TÍTULO VIII
Art. 266. Determinada a instauração de sindi-
cância ou processo administrativo, ou no seu Do Procedimento Disciplinar (Nr)
curso, havendo conveniência para a instrução
ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete,
por despacho fundamentado, ordenar as se-
guintes providências: (NR) CAPÍTULO I
I – afastamento preventivo do servidor,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (NR)
quando o recomendar a moralidade admi- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
nistrativa ou a apuração do fato, sem pre- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
juízo de vencimentos ou vantagens, até 180
(cento e oitenta) dias, prorrogáveis uma Art. 268. A apuração das infrações será feita
única vez por igual período; mediante sindicância ou processo administrati-
vo, assegurados o contraditório e a ampla defe-
II – designação do servidor acusado para o
sa. (NR)
exercício de atividades exclusivamente bu-
rocráticas até decisão final do procedimen- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
to; Complementar nº 942, de 6/6/2003.
III – recolhimento de carteira funcional, dis- Art. 269. Será instaurada sindicância quando a
tintivo, armas e algemas; falta disciplinar, por sua natureza, possa deter-
IV – proibição do porte de armas; minar as penas de repreensão, suspensão ou
multa. (NR)
V – comparecimento obrigatório, em perio-
dicidade a ser estabelecida, para tomar ci- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ência dos atos do procedimento. Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 1º A autoridade que determinar a instau- Art. 270. Será obrigatório o processo adminis-
ração ou presidir sindicância ou processo trativo quando a falta disciplinar, por sua natu-
administrativo poderá representar ao Che- reza, possa determinar as penas de demissão,
fe de Gabinete para propor a aplicação das de demissão a bem do serviço público e de
medidas previstas neste artigo, bem como cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
sua cessação ou alteração. (NR) (NR)
§ 2º O Chefe de Gabinete poderá, a qual- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
quer momento, por despacho fundamenta- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
do, fazer cessar ou alterar as medidas pre-
vistas neste artigo. (NR) Art. 271. Os procedimentos disciplinares puniti-
vos serão realizados pela Procuradoria Geral do
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei Estado e presididos por Procurador do Estado
Complementar nº 942, de 6/6/2003. confirmado na carreira. (NR)
Art. 267. O período de afastamento preventivo •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
computa-se como de efetivo exercício, não sen- Complementar nº 942, de 6/6/2003.

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CAPÍTULO II linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclu-
DA SINDICÂNCIA sive, cônjuge, companheiro ou qualquer inte-
grante do núcleo familiar do denunciante ou do
Art. 272. São competentes para determinar a acusado, bem assim o subordinado deste. (NR)
instauração de sindicância as autoridades enu- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
meradas no artigo 260. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Parágrafo único. Instaurada a sindicância, o Art. 276. A autoridade ou o funcionário desig-
Procurador do Estado que a presidir comu- nado deverão comunicar, desde logo, à autori-
nicará o fato ao órgão setorial de pessoal. dade competente, o impedimento que houver.
(NR) (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 273. Aplicam-se à sindicância as regras pre-
vistas nesta lei complementar para o processo Art. 277. O processo administrativo deverá ser
administrativo, com as seguintes modificações: instaurado por portaria, no prazo improrrogável
de 8 (oito) dias do recebimento da determina-
I – a autoridade sindicante e cada acusado ção, e concluído no de 90 (noventa) dias da cita-
poderão arrolar até 3 (três) testemunhas; ção do acusado.(NR)
II – a sindicância deverá estar concluída no § 1º Da portaria deverão constar o nome e
prazo de 60 (sessenta) dias; a identificação do acusado, a infração que
lhe é atribuída, com descrição sucinta dos
III – com o relatório, a sindicância será en- fatos, a indicação das normas infringidas e
viada à autoridade competente para a deci- a penalidade mais elevada em tese cabível.
são. (NR) (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. § 2º Vencido o prazo, caso não concluído
o processo, o Procurador do Estado que o
presidir deverá imediatamente encaminhar
ao seu superior hierárquico relatório indi-
CAPÍTULO III cando as providências faltantes e o tempo
necessário para término dos trabalhos. (NR)
DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO (NR) § 3º O superior hierárquico dará ciência dos
fatos a que se refere o parágrafo anterior e
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei das providências que houver adotado à au-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. toridade que determinou a instauração do
Art. 274. São competentes para determinar a processo. (NR)
instauração de processo administrativo as auto- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ridades enumeradas no artigo 260, até o inciso Complementar nº 942, de 6/6/2003.
IV, inclusive. (NR)
Art. 278. Autuada a portaria e demais peças
•• redação dada pelo artigo 1º, V preexistentes, designará o presidente dia e hora
da Lei Complementar nº 942, de para audiência de interrogatório, determinando
6/6/2003. a citação do acusado e a notificação do denun-
Art. 275. Não poderá ser encarregado da apura- ciante, se houver. (NR)
ção, nem atuar como secretário, amigo íntimo
ou inimigo, parente consangüíneo ou afim, em

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§ 1º O mandado de citação deverá conter: § 1º A oitiva do denunciante deverá ser


(NR) acompanhada pelo advogado do acusado,
próprio ou dativo. (NR)
1. cópia da portaria;
§ 2º O acusado não assistirá à inquirição do
2. data, hora e local do interrogatório, que denunciante; antes porém de ser interroga-
poderá ser acompanhado pelo advogado do do, poderá ter ciência das declarações que
acusado; aquele houver prestado. (NR)
3. data, hora e local da oitiva do denuncian- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
te, se houver, que deverá ser acompanhada Complementar nº 942, de 6/6/2003.
pelo advogado do acusado;
Art. 280. Não comparecendo o acusado, será,
4. esclarecimento de que o acusado será por despacho, decretada sua revelia, prosse-
defendido por advogado dativo, caso não guindo-se nos demais atos e termos do proces-
constitua advogado próprio; so. (NR)
5. informação de que o acusado poderá •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
arrolar testemunhas e requerer provas, no Complementar nº 942, de 6/6/2003.
prazo de 3 (três) dias após a data designada
para seu interrogatório; Art. 281. Ao acusado revel será nomeado advo-
gado dativo. (NR)
6. advertência de que o processo será ex-
tinto se o acusado pedir exoneração até o •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
interrogatório, quando se tratar exclusiva- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
mente de abandono de cargo ou função,
bem como inassiduidade. Art. 282. O acusado poderá constituir advogado
que o representará em todos os atos e termos
§ 2º A citação do acusado será feita pessoal- do processo. (NR)
mente, no mínimo 2 (dois) dias antes do in-
terrogatório, por intermédio do respectivo § 1º É faculdade do acusado tomar ciência
superior hierárquico, ou diretamente, onde ou assistir aos atos e termos do processo,
possa ser encontrado. (NR) não sendo obrigatória qualquer notificação.
(NR)
§ 3º Não sendo encontrado em seu local
de trabalho ou no endereço constante de § 2º O advogado será intimado por publi-
seu assentamento individual, furtando-se o cação no Diário Oficial do Estado, de que
acusado à citação ou ignorando-se seu pa- conste seu nome e número de inscrição na
radeiro, a citação far-se-á por edital, publi- Ordem dos Advogados do Brasil, bem como
cado uma vez no Diário Oficial do Estado, no os dados necessários à identificação do pro-
mínimo 10 (dez) dias antes do interrogató- cedimento. (NR)
rio. (NR) § 3º Não tendo o acusado recursos financei-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei ros ou negando-se a constituir advogado, o
Complementar nº 942, de 6/6/2003. presidente nomeará advogado dativo. (NR)

Art. 279. Havendo denunciante, este deverá § 4º O acusado poderá, a qualquer tempo,
prestar declarações, no interregno entre a data constituir advogado para prosseguir na sua
da citação e a fixada para o interrogatório do defesa. (NR)
acusado, sendo notificado para tal fim. (NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.

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Art. 283. Comparecendo ou não o acusado ao -se precatória para esse efeito à autoridade
interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias do domicílio do depoente. (NR)
para requerer a produção de provas, ou apre-
sentá-las. (NR) § 4º São proibidas de depor as pessoas que,
em razão de função, ministério, ofício ou
§ 1º O presidente e cada acusado poderão profissão, devam guardar segredo, salvo se,
arrolar até 5 (cinco) testemunhas. (NR) desobrigadas pela parte interessada, quise-
rem dar o seu testemunho. (NR)
§ 2º A prova de antecedentes do acusado
será feita exclusivamente por documentos, •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
até as alegações finais. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 3º Até a data do interrogatório,será desig- Art. 286. A testemunha que morar em comar-
nada a audiência de instrução. (NR) ca diversa poderá ser inquirida pela autoridade
do lugar de sua residência, expedindo-se, para
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
Complementar nº 942, de 6/6/2003. intimada a defesa.
Art. 284. Na audiência de instrução, serão ouvi- § 1º Deverá constar da precatória a síntese
das, pela ordem, as testemunhas arroladas pelo da imputação e os esclarecimentos preten-
presidente e pelo acusado. (NR) didos, bem como a advertência sobre a ne-
Parágrafo único. Tratando-se de servidor cessidade da presença de advogado.
público, seu comparecimento poderá ser § 2º A expedição da precatória não suspen-
solicitado ao respectivo superior imediato derá a instrução do procedimento.
com as indicações necessárias. (NR)
§ 3º Findo o prazo marcado, o procedimen-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei to poderá prosseguir até final decisão; a
Complementar nº 942, de 6/6/2003. todo tempo, a precatória, uma vez devolvi-
Art. 285. A testemunha não poderá eximir-se da, será juntada aos autos. (NR)
de depor, salvo se for ascendente, descendente, •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
cônjuge, ainda que legalmente separado, com- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
panheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou
filho adotivo do acusado, exceto quando não for Art. 287. As testemunhas arroladas pelo acusa-
possível, por outro modo, obter-se ou integrar- do comparecerão à audiência designada inde-
-se a prova do fato e de suas circunstâncias. (NR) pendente de notificação.(NR)
§ 1º Se o parentesco das pessoas referidas § 1º Deverá ser notificada a testemunha
for com o denunciante, ficam elas proibidas cujo depoimento for relevante e que não
de depor, observada a exceção deste artigo. comparecer espontaneamente. (NR)
(NR)
§ 2º Se a testemunha não for localizada, a
§ 2º Ao servidor que se recusar a depor, defesa poderá substituí-la, se quiser, levan-
sem justa causa, será pela autoridade com- do na mesma data designada para a audi-
petente adotada a providência a que se re- ência outra testemunha, independente de
fere o artigo 262, mediante comunicação do notificação. (NR)
presidente. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
§ 3º O servidor que tiver de depor como tes- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
temunha fora da sede de seu exercício, terá
direito a transporte e diárias na forma da Art. 288. Em qualquer fase do processo, pode-
legislação em vigor, podendo ainda expedir- rá o presidente, de ofício ou a requerimento da

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defesa, ordenar diligências que entenda conve- Art. 290. Somente poderão ser indeferidos pelo
nientes. presidente, mediante decisão fundamentada,
os requerimentos de nenhum interesse para o
§ 1º As informações necessárias à instrução esclarecimento do fato, bem como as provas ilí-
do processo serão solicitadas diretamente, citas, impertinentes, desnecessárias ou protela-
sem observância de vinculação hierárquica, tórias. (NR)
mediante ofício, do qual cópia será juntada
aos autos. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 2º Sendo necessário o concurso de técni-
cos ou peritos oficiais, o presidente os re- Art. 291. Quando, no curso do procedimento,
quisitará, observados os impedimentos do surgirem fatos novos imputáveis ao acusado,
artigo 275. (NR) poderá ser promovida a instauração de novo
procedimento para sua apuração, ou, caso con-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei veniente, aditada a portaria, reabrindo-se opor-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. tunidade de defesa. (NR)
Art. 289. Durante a instrução, os autos do pro- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
cedimento administrativo permanecerão na re- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
partição competente. (NR)
Art. 292. Encerrada a fase probatória, dar-se-á
§ 1º Será concedida vista dos autos ao acu- vista dos autos à defesa, que poderá apresentar
sado, mediante simples solicitação, sempre alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias. (NR)
que não prejudicar o curso do procedimen-
to. (NR) Parágrafo único. Não apresentadas no pra-
zo as alegações finais, o presidente desig-
§ 2º A concessão de vista será obrigatória, nará advogado dativo, assinando-lhe novo
no prazo para manifestação do acusado ou prazo. (NR)
para apresentação de recursos, mediante
publicação no Diário Oficial do Estado.(NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 3º Não corre o prazo senão depois da pu-
blicação a que se refere o parágrafo anterior Art. 293. O relatório deverá ser apresentado no
e desde que os autos estejam efetivamente prazo de 10 (dez) dias, contados da apresenta-
disponíveis para vista. (NR) ção das alegações finais. (NR)
§ 4º Ao advogado é assegurado o direito § 1º O relatório deverá descrever, em rela-
de retirar os autos da repartição, mediante ção a cada acusado, separadamente, as irre-
recibo, durante o prazo para manifestação gularidades imputadas, as provas colhidas e
de seu representado, salvo na hipótese de as razões de defesa, propondo a absolvição
prazo comum, de processo sob regime de ou punição e indicando, nesse caso, a pena
segredo de justiça ou quando existirem nos que entender cabível. (NR)
autos documentos originais de difícil res-
tauração ou ocorrer circunstância relevante § 2º O relatório deverá conter, também, a
que justifique a permanência dos autos na sugestão de quaisquer outras providências
repartição, reconhecida pela autoridade em de interesse do serviço público. (NR)
despacho motivado. (NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Complementar nº 942, de 6/6/2003. Art. 294. Relatado, o processo será encaminha-
do à autoridade que determinou sua instaura-
ção. (NR)

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•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei § 1º Toda e qualquer juntada aos autos se
Complementar nº 942, de 6/6/2003. fará na ordem cronológica da apresentação,
rubricando o presidente as folhas acresci-
Art. 295. Recebendo o processo relatado, a au- das. (NR)
toridade que houver determinado sua instaura-
ção deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir § 2º Todos os atos ou decisões, cujo original
o julgamento ou determinar a realização de dili- não conste do processo, nele deverão figu-
gência, sempre que necessária ao esclarecimen- rar por cópia. (NR)
to de fatos. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 301. Constará sempre dos autos da sindi-
Art. 296. Determinada a diligência, a autorida- cância ou do processo a folha de serviço do in-
de encarregada do processo administrativo terá diciado. (NR)
prazo de 15 (quinze) dias para seu cumprimen-
to, abrindo vista à defesa para manifestar-se em •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
5 (cinco) dias. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.

•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 302. Quando ao funcionário se imputar cri-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. me, praticado na esfera administrativa, a autori-
dade que determinou a instauração do processo
Art. 297. Quando escaparem à sua alçada as administrativo providenciará para que se instau-
penalidades e providências que lhe parecerem re, simultaneamente, o inquérito policial. (NR)
cabíveis, a autoridade que determinou a instau-
ração do processo administrativo deverá propô- Parágrafo único. Quando se tratar de crime
-las, justificadamente, dentro do prazo para jul- praticado fora da esfera administrativa, a
gamento, à autoridade competente. (NR) autoridade policial dará ciência dele à auto-
ridade administrativa. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 298. A autoridade que proferir decisão de-
terminará os atos dela decorrentes e as provi- Art. 303. As autoridades responsáveis pela con-
dências necessárias a sua execução. (NR) dução do processo administrativo e do inquéri-
to policial se auxiliarão para que os mesmos se
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei concluam dentro dos prazos respectivos. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 299. As decisões serão sempre publicadas Complementar nº 942, de 6/6/2003.
no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de
8 (oito) dias, bem como averbadas no registro Art. 304. Quando o ato atribuído ao funcionário
funcional do servidor. (NR) for considerado criminoso, serão remetidas à
autoridade competente cópias autenticadas das
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei peças essenciais do processo. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 300. Terão forma processual resumida, Complementar nº 942, de 6/6/2003.
quando possível, todos os termos lavrados pelo
secretário, quais sejam: autuação, juntada, con- Art. 305. Não será declarada a nulidade de ne-
clusão, intimação, data de recebimento, bem nhum ato processual que não houver influído
como certidões e compromissos. (NR) na apuração da verdade substancial ou direta-

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mente na decisão do processo ou sindicância. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
(NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 309. Não será instaurado processo para
Complementar nº 942, de 6/6/2003. apurar abandono de cargo ou função, bem
como inassiduidade, se o servidor tiver pedido
Art. 306. É defeso fornecer à imprensa ou a ou- exoneração. (NR)
tros meios de divulgação notas sobre os atos
processuais, salvo no interesse da Administra- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ção, a juízo do Secretário de Estado ou do Pro- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
curador Geral do Estado. (NR)
Art. 310. Extingue-se o processo instaurado ex-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei clusivamente para apurar abandono de cargo
Complementar nº 942, de 6/6/2003. ou função, bem como inassiduidade, se o in-
diciado pedir exoneração até a data designada
Art. 307. Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo para o interrogatório, ou por ocasião deste. (NR)
exercício, contados do cumprimento da sanção
disciplinar, sem cometimento de nova infra- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ção, não mais poderá aquela ser considerada Complementar nº 942, de 6/6/2003.
em prejuízo do infrator, inclusive para efeito de
reincidência.(NR) Art. 311. A defesa só poderá versar sobre força
maior, coação ilegal ou motivo legalmente justi-
Parágrafo único. A demissão e a demissão a ficável. (NR)
bem do serviço público acarretam a incom-
patibilidade para nova investidura em car- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
go, função ou emprego público, pelo prazo Complementar nº 942, de 6/6/2003.
de 5 (cinco) e 10 (dez) anos, respectivamen-
te. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei CAPÍTULO V
Complementar nº 942, de 6/6/2003. DOS RECURSOS (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
CAPÍTULO IV Art. 312. Caberá recurso, por uma única vez, da
DO PROCESSO POR ABANDONO decisão que aplicar penalidade. (NR)
DO CARGO OU FUNÇÃO E POR
§ 1º O prazo para recorrer é de 30 (trinta)
INASSIDUIDADE (NR) dias, contados da publicação da decisão im-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei pugnada no Diário Oficial do Estado ou da
Complementar nº 942, de 6/6/2003. intimação pessoal do servidor, quando for o
caso. (NR)
Art. 308. Verificada a ocorrência de faltas ao
serviço que caracterizem abandono de cargo § 2º Do recurso deverá constar, além do
ou função, bem como inassiduidade, o supe- nome e qualificação do recorrente, a expo-
rior imediato comunicará o fato à autoridade sição das razões de inconformismo. (NR)
competente para determinar a instauração de § 3º O recurso será apresentado à autorida-
processo disciplinar, instruindo a representação de que aplicou a pena, que terá o prazo de
com cópia da ficha funcional do servidor e ates- 10 (dez) dias para, motivadamente, manter
tados de freqüência. (NR) sua decisão ou reformá-la. (NR)

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§ 4º Mantida a decisão, ou reformada par- § 3º Os pedidos formulados em desacordo
cialmente, será imediatamente encaminha- com este artigo serão indeferidos. (NR)
da a reexame pelo superior hierárquico.
(NR) § 4º O ônus da prova cabe ao requerente.
(NR)
§ 5º O recurso será apreciado pela autorida-
de competente ainda que incorretamente •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
denominado ou endereçado. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.

•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 316. A pena imposta não poderá ser agra-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. vada pela revisão. (NR)

Art. 313. Caberá pedido de reconsideração, que •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
não poderá ser renovado, de decisão tomada Complementar nº 942, de 6/6/2003.
pelo Governador do Estado em única instância, Art. 317. A instauração de processo revisional
no prazo de 30 (trinta) dias. (NR) poderá ser requerida fundamentadamente pelo
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu
Complementar nº 942, de 6/6/2003. curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente ou irmão, sempre por intermédio
Art. 314. Os recursos de que trata esta lei com- de advogado. (NR)
plementar não têm efeito suspensivo; os que
forem providos darão lugar às retificações ne- Parágrafo único. O pedido será instruído
cessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato com as provas que o requerente possuir ou
punitivo. (NR) com indicação daquelas que pretenda pro-
duzir. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 318. A autoridade que aplicou a penalida-
de, ou que a tiver confirmado em grau de recur-
CAPÍTULO VI so, será competente para o exame da admissi-
DA REVISÃO (NR) bilidade do pedido de revisão, bem como, caso
deferido o processamento, para a sua decisão
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei final. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 315. Admitir-se-á, a qualquer tempo, a re- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
visão de punição disciplinar de que não caiba
mais recurso, se surgirem fatos ou circunstân- Art. 319. Deferido o processamento da revisão,
cias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis será este realizado por Procurador de Estado
de procedimento, que possam justificar redu- que não tenha funcionado no procedimento
ção ou anulação da pena aplicada. (NR) disciplinar de que resultou a punição do reque-
rente. (NR)
§ 1º A simples alegação da injustiça da de-
cisão não constitui fundamento do pedido. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
(NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 2º Não será admitida reiteração de pedido Art. 320. Recebido o pedido, o presidente pro-
pelo mesmo fundamento. (NR) videnciará o apensamento dos autos originais
e notificará o requerente para, no prazo de 8

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(oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou re-


querer outras provas que pretenda produzir.
Parágrafo único. No processamento da re-
visão serão observadas as normas previstas
nesta lei complementar para o processo ad-
ministrativo. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 321. A decisão que julgar procedente a re-
visão poderá alterar a classificação da infração,
absolver o punido, modificar a pena ou anular
o processo, restabelecendo os direitos atingidos
pela decisão reformada. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 322. O dia 28 de outubro será consagrado
ao “Funcionário Público Estadual”.
Art. 323. Os prazos previstos neste Estatuto se-
rão todos contados por dias corridos.
Parágrafo único. Não se computará no pra-
zo o dia inicial, prorrogando-se o vencimen-
to, que incidir em sábado, domingo, feriado
ou facultativo, para o primeiro dia útil se-
guinte.

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