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Percepção social:

Como chegamos a entender as pessoas

O ser humano é um ser social, ou seja, tem necessidade de conviver em um


grupo no qual possa se reconhecer e identificar.

A percepção social parte da busca de como compreendemos e formamos


opiniões sobre pessoas ao nosso redor e através do comportamento não
verbal, expressões faciais, movimentos corporais e tom de voz construir
conclusões sobre as mesmas.

Comportamento Não-Verbal

O comportamento não verbal é a forma como nos comunicamos sem a


aplicação direta da fala.

Quando transmitimos uma mensagem para alguém, a maneira como falamos,


enfatiza o sentido real da linguagem, isto é, um gesto, abaixar sobrancelhas,
um sorriso, olhar revirado são exemplos que podem proporcionar um melhor
entendimento e percepção ao ouvinte.

Mesmos que a linguagem seja rica de informações, a forma como


pronunciamos a mensagem é de grande relevância para a interpretação.

Expressões Faciais da Emoção

As expressões faciais é uma das mais importantes vertentes da comunicação


não-verbal, é ela que vai dar sentido e vida as frases.

Para todos os seres humanos, as emoções primárias (raiva, felicidade,


surpresa, medo nojo e tristeza) são transmitidas por meio do semblante de
cada indivíduo e todos possuem capacidade de codifica-las e decifra-las ,
portanto é transcultural, ou seja, não é necessário passar por experiências para
a compreensão, pois isto já faz parte da condição de ser humano.
Recentemente foi apontado que além das principais emoções, podem existir
outras manifestações emocionais expressadas pela face durante a
comunicação, tais como ansiedade, desprezo e embaraço, porém é necessário
que sejam aplicadas outras pesquisas para identificar se a expressão é
universal ou somente faz parte de certa sociedade. No entanto decodificar
emoções não é uma tarefa fácil, principalmente quando o organismo apresenta
uma mistura emocional, uma parte da face manifesta um tipo de emoção e a
outra parte uma diferente.

Outros Canais de Comunicação Não-Verbal

Além das expressões faciais, existem outros canais de comunicação não verbal
como o contato visual e os emblemas (gestos com mãos e braços com
significado) que dependem e são inseridos na cultura de cada sociedade, não
são universais e por isto em cada região o sentido dessas expressões podem
ser alteradas.

Comunicação Não-Verbal em Múltiplos Canais

Para construir uma percepção correta da comunicação não verbal, é


necessário que seja observado o contexto por inteiro, e não uma parte, pois
mesmo que ainda não perceba um comportamento, é possível decodificar a
linguagem por meio de outros sinais, como um tom de voz diferente ou um
gesto incomum e assim formar julgamento sobre o ambiente.

Diferenças de Sexo na Comunicação Não-Verbal

Pesquisas apontam que em países onde há a cultura de que as mulheres são


oprimidas tendem a decodificar melhor as pistas não verbais do que os
homens, devido a distinção dos papéis sócias, neste sentido, enquanto os
homens fazem o papel de provedor as mulheres desempenha a atividade
ocupacional e de cuidados com a prole. Embora tenham vantagem neste
quesito, os homens por sua vez, apresentam melhor julgamento ao identificar
um individuo que mente, Rosenthal e DePaulo (1979), indica que isto ocorre
pelo fato de que as mulheres são mais polidas que os homens, ou seja, apesar
de decifrar sinais sem a fala direta de mentiras, tendem a optar por desassocia-
los para ser gentil com o ouvinte.

No geral é possível construir percepção sobre as pessoas através da maneira


como se comunicam umas com as outras por meio de atitudes, emoções e
características pessoais.

Teorias Implícitas de Personalidade: Preenchendo as Lacunas

A teoria da personalidade indica determinados tipos de traços de personalidade


que apresentam o indivíduo (Anderson & Sedikides, 1990; Sedikides &
Anderson, 1994; Sherman & Klein, 1994; Shneider 1973), ou seja, pré
definimos características que estão ligados a personalidade, portanto não é
preciso conviver com alguém para formar uma concepção sobre quem ela é.

Em cada sociedade existe uma cultura e linguagem diferente tais que geram
vários conceitos distintos sobre teorias implícitas de personalidade que
influenciam na impressão sobre outras pessoas

O uso de atalhos mentais quando formamos impressões

Ao formar uma impressão sobre alguém nossa interpretação, experiência


pessoal ou uma prontidão de informação (determinada ideia que esteja
acessível no pensamento naquele momento, mesmo que não tenha relação
alguma, é associada com o evento) tendem interferir na construção da
impressão sobre o indivíduo.

Atribuição de causalidade: Respondendo a pergunta “Por quê?”

Apenas pelo simples ato de observar alguém podemos formar conclusões


sobre sua personalidade e os traços que a compõem através da comunicação
não verbal, embora seja prático, ainda é muito superficial, pois existem
comportamentos que só serão decifrados quando é descoberto o motivo pelo
qual levou a aquela ação e a teoria da atribuição de causalidade explica
justamente isto, a maneira como compreendemos a razão que motivam certas
condutas.

A natureza do processo de atribuição de causalidade

Para Fritz Heider (1958), a forma como o indivíduo percebe o outro dentro da
sociedade, a busca sobre uma suposta explicação ou causa para determinado
comportamento e a partir disto obter conclusões, é uma psicologia “ingênua” ou
“do senso comum”, pois tendem chegar a duas atribuições: interna, julgando
que o resultado da ação faz parte da personalidade do indivíduo ou externa,
decide que a causa é motivada por outra ação dentro do contexto que esta por
sua vez influenciou o comportamento. E baseado nisto, dependendo da
situação, a conclusão pode ser diferente nos dois sentidos devido a
acessibilidade de informações.

Teoria da inferência correspondente: Dos atos às disposições

A teoria da inferência, formulada por Jones e Davis (1965), é uma das bases
para o julgamento de como uma pessoa se comporta de determinada maneira
está ligada a expectativa que damos ao comportamento do outro. Temos a
expectativa criada a partir do grupo onde o individuo está inserido (um chefe de
cozinha que concluiu mestrado em educação física), e a expectativa baseadas
na forma como o individuo se comportou no passado (um abusador que se
torna pedagogo). Esperamos sempre determinado comportamento e escolhas
de uma pessoa, e através dessa escolha fazemos inferências sobre sua
personalidade, fazemos julgamentos através do que julgamos que seria a
escolha da maioria e esperamos que este definisse quem estamos observando.
Quando na realidade, uma ação inesperada nos diz muito mais a respeito do
individuo em questão.

O Modelo de covariação: Atribuições internas versus atribuições externas

Este tema está relacionado a qual atribuição dar a situação: interna ou externa.
Segundo Harold Kelley (1967) o modelo de covariação pode ser usado em
situações diferentes e ao alongo do tempo, ele é conjunto de informações que
nos ajudarão a chegar a uma conclusão sobre o caso.

O processo de atribuição por cavariação é formada por três tópico que para se
chegar ao julgamento verificamos qual dos fatores, ou se a soma deles dá mais
clareza a atribuição.

Inflormação de consenso: como diferentes pessoas se comportam diante do


mesmo estímulo.

Informação de distinvidade: como a pessoa cujo comportamento este sendo


analisado reage a outros estímulos.

Informação da consistência: a freqüência como comportamento do ator e do


estímulo se repetem.

Para chegar a uma conclusão decidimos qual das informações tem mais peso.

O erro fundamental de atribuição: As pessoas como psicólogos da


personalidade

A atribuição de características da personalidade das pessoas tem tido uma


maior peso do que as condições de influencias externas sofridas. Há uma forte
tendência em se atribuir explicações de comportamentos baseados mais nos
fatores internos que nos externos. E subestimar essas influências, ignorar as
situações vividas é um grave erro cometido.

Começamos a fazer uma atribuição interna (o que percebemos) supondo que o


comportamento da pessoa foi devido a alguma coisa a ela inerente, mas
dificilmente passamos para o segundo passo que é a atribuição das influencias
da situação, pois esta exige de nós mais esforço.

A cultura pode variar nos resultados sobre a tendência das atribuições


disposicionais (atribuição de características próprias e automáticas) ou das
situacionais (influencia do contexto na ação).

A diferença entre ator e observador

O ator tem mais clareza e dispõe mais de atribuições situacionais quando


descrevem a si mesmo pois sabem o que vivenciaram no decorrer da sua vida
do que o observador que por sua vez, atribui mais características
disposicionais.
Atribuições interesseiras

Quando descrevemos o nosso sucesso estamos carregados de auto-estima e


por isso o descrevemos com atribuições internas, já quando fracassamos as
atribuições são internas. Temos interesse em nos dar crédito, ou simplesmente
criar uma desculpa pra tentar explicar o motivo do fracasso pois o individuo
tende a camuflar a realidade quando esta se torna uma ameaça para ele. Além
de sempre querermos passar ao outro uma boa imagem a nosso respeito, por
isso o uso das atribuições externas são utilizadas nas explicações de erro.

Uma das formas de atribuição é o otimismo realista é uma forma de nos


proteger do perigo, é como se preferíssemos acreditar que as coisas ruins não
acontecem conosco, mas que podem muito bem acontecer ao outro.

Até que ponto são precisas nossas atribuições e impressões?

É difícil atribuir a um estranho, características que eles verdadeiramente


possuem sem que haja um contato mais profundo com este. Um amigo sabe
mais ser mais exato ao descrever um individuo do que aquele mal acabara de
conhecer.

Porque nossas impressões sobre os ouros são às vezes errôneas?

Dificilmente acertamos quando descrevemos o outro por causa de nosso


automatismo muitas das vezes erramos ao julgar o comportamento de alguém,
pois na maioria das vezes deixamos de lado a situação em que o individuo se
encontra e julgamos apenas o momento.

Outra razão para isso é o uso dos esquemas que temos construídos. Em geral
é utilizamos deles para preencher as respostas que não temos e tão pouco não
procuramos buscar, pra descrever o que enxergamos de determinada pessoa,
ou simplesmente continuamos a usar os esquemas anteriormente constituídos,
o que chamamos de primeira impressão.

Por que parece que nossas impressões são corretas?

Podemos apontar três principais erros. O primeiro deles é que temos visões
limitadas sobre as pessoas. Mesmo que você more com a sua mãe e tenha um
grande contato com ela, não saberá, por exemplo, como é o comportamento
dela no seu ambiente de trabalho, novamente julgamos a situação, o momento.
Mas se essa atribuição é o suficiente para você, ok!

Em segundo lugar, a forma como o esquema foi anteriormente construído,


influenciará na forma como agirá com as pessoas e estas, na maioria das
vezes, será recíproca com você, o que só confirmará e tornará o esquema mais
sólido.
E por ultimo, quando mais pessoas estão de acordo com nossa atribuição faz
que ela nos passe a certeza de que estamos corretos.

A medida em que vamos nos conhecendo melhor e paramos para analisar o


porque de determinada coisa nos ter acontecido, podemos também usar isso
para com os outros e antes de atribuir características sobre suas
personalidades, precisamos deixar de lado os atalhos e analisar toda a
situação e contexto em que o individuo se encontra.

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