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O gráfico obtido num sismógrafo - sismograma - indica as características das diferentes propagações das ondas sísmicas. Um
sismograma, em período de calma sísmica, apresenta o aspecto de uma linha reta com apenas algumas oscilações. Quando ocorre um
sismo, os registros tornam-se mais complexos e com oscilações bastante acentuadas, mostrando a amplitude das diferentes ondas
sísmicas.
Índice
Principio de funcionamento
Sismômetro
Transdutor de velocidade
Acelerômetro
Sismômetros não inerciais
Parâmetros principais
Faixa de frequência
Resposta em frequência
Sensibilidade
Faixa dinâmica
Linearidade
Ganho e saída
História
Ver também
Referências
Ligações externas
Principio de funcionamento
Devido aos equipamentos que medem oscilações terrestres estarem necessariamente localizados sobre a superfície da Terra,
movimentando-se com ela, a maioria dos sensores sísmicos são baseados na inércia de uma massa suspensa por uma mola, sendo que
a massa tenderá a se manter parada quando ocorrer um deslocamento.[1] Porém, o principio da inércia define que só se pode observar
que um corpo está em movimento se ele possuir uma aceleração não nula. Como o interesse sismológico geralmente é medir o
deslocamento da crosta terrestre, é medida a aceleração ou a velocidade da superfície e então integrada uma vez (no caso da
velocidade) ou duas vezes (no caso da aceleração).
Onde é a constante elástica da mola e é a massa. Se a frequência de deslocamento do solo for próximo a frequência de
ressonância, o movimento relativo da massa será maior, e para frequências menores que a de ressonância o movimento relativo
diminui. Por isso, os sismógrafos possuem tipos diferentes para diferentes faixas de frequência, devido a dificuldade de se registrar
[1]
deslocamentos com frequência menor que a de ressonância.
Sismômetro
O sensor que realiza a medida relativa a inércia da massa para indicar o deslocamento do solo é chamado de sismômetro, sendo a
[1]
parte mais cara de um sismógrafo. Atualmente os sismômetros inerciais são baseados principalmente em dois tipos:
Transdutor de velocidade
Sismógrafos utilizando este método se baseiam em umenrolamento que se move em um campo magnético. A saída do enrolamento é
proporcional a velocidade relativa da massa. Este arranjo pode ser feito com tanto com o enrolamento fixo e o ímã se movendo com a
massa, quanto com um ímã fixo e o enrolamento se movendo com a massa. É comum colocar um resistor no ligado ao enrolamento
para amortecer o sismômetro, pois quando é induzida corrente no enrolamento, o movimento da massa sofrerá a resistência da força
magnética induzida.[1] A diferença de potencial entre as pontas do enrolamento é medida através de uma eletrônica, sendo através da
sua variação gerado o sismograma.
Acelerômetro
Sismógrafos atuais que utilizam acelerômetro como sensor são chamados de FBA,
do inglês Force Balanced Accelerometer (Acelerômetro Balanceado por Força, em
tradução literal), utilizando o principio do balanço de forças.[1] Este sensor utiliza
um transdutor de deslocamento, que é um capacitor de placas paralelas fixas com
uma placa móvel entre elas.[2] Esta placa se desloca com a massa, e para posições
fora do equilíbrio o transdutor gera uma corrente através do enrolamento através de
um resistor R em um ciclo de realimentação negativa de modo que a polaridade da
corrente gere uma força que seja igual e oposta a inércia da massa, tentando impedir
o movimento relativo da massa. Esta corrente é linearmente proporcional a
aceleração do solo, por isso a aceleração do solo é então medida pela voltagem sobre
o resistor.[1]
Faixa de frequência
Não existe atualmente nenhum instrumento que cubram toda a faixa de frequências
possíveis de ocorrer, que vai de cerca de 0,00001 Hz podendo alcançar frequências
de até 1000 Hz, por isso os instrumentos são geralmente são referidos pela sua faixa
de frequência. Embora existam equipamentos com faixas de frequência
relativamente grandes, chamados de instrumentos Broad Band (banda larga) ou Very
Broad Band, os custos geralmente crescem com o aumento da faixa de frequência do
equipamento.
Resposta em frequência
Sismógrafo utilizando acelerômetro.
Os sensores possuem uma faixa de frequência onde a resposta é quase instantânea,
O movimento da massa altera a
isto significa que embora um sensor possua uma faixa de frequência grande de capacitância do transdutor, gerando
atuação, ele pode ser otimizado apenas para um pequeno intervalo. uma corrente através do resistor R,
possibilitando a medida da voltagem
V proporcional a aceleração da
Sensibilidade massa.
É a expressão do menor sinal que pode ser resolvido pelo instrumento, sendo
atualmente limitada pelo ruído gerado pelas partes eletrônicas do sensor e do gravador
.
Faixa dinâmica
Faixa dinâmica é a proporção entre o maior e o menor sinal que um sensor pode identificar
, e é dada em unidades de decibéis.
Linearidade
Idealmente se deseja um sensor que a entrada se comporte linearmente com a saída. Um sensor considerado bom possui linearidade
melhor que 1%.
Ganho e saída
O ganho é dado em V/ms-1 para sensores de velocidade e em V/g para acelerômetros, sendo quanto maior melhor, porem é
atualmente facilmente compensado pela sensibilidade do gravador. É importante que o nível máximo de saída do sensor seja menor
que o nível máximo de entrada do gravador.
História
O primeiro sismógrafo conhecido é o sismoscópio, inventado na China por
Zhang Heng em 132, sendo chamado em chinês de Houfeng Didong Yi. Este
aparelho consistia em oito esferas de bronze, cada uma sustentada pela boca
estátuas de dragões. Quando ocorria um tremor de terra, por menor que fosse,
a boca do dragão abria e a bola caía na boca aberta de um dos oito sapos de
metal que se encontravam em baixo. O aparelho permitia determinar, desse
modo, a direção de propagação do sismo. Embora existam documentos
explicando parcialmente este sismoscópio, nunca foi encontrado o original, e o
mecanismo que ligava o pendulo interno fazendo a boca do dragão se abrir
[4]
quando houvesse um tremor ainda é alvo de debates.
Ver também
Zhang Heng
Ligações externas
Sismógrafo de Lehman, por Luis Ricardo Sarti (projeto de construção de um sismógrafo de Lehman a partir de
componentes de baixo custo).
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