0 calificaciones0% encontró este documento útil (0 votos)
60 vistas4 páginas
A resenha discute o texto "Foucault decodificado" de Hayden White que analisa a filosofia de Michel Foucault e como ele desconstrói o pensamento histórico linear e a noção de que o homem pode ser estudado por ciências como se fosse um objeto. A resenha também discute como as ciências humanas perderam o entendimento da linguagem e da subjetividade humana, levando ao "óbito do homem". Por fim, aponta que a razão é descontínua na história e que é necessário retomar
A resenha discute o texto "Foucault decodificado" de Hayden White que analisa a filosofia de Michel Foucault e como ele desconstrói o pensamento histórico linear e a noção de que o homem pode ser estudado por ciências como se fosse um objeto. A resenha também discute como as ciências humanas perderam o entendimento da linguagem e da subjetividade humana, levando ao "óbito do homem". Por fim, aponta que a razão é descontínua na história e que é necessário retomar
A resenha discute o texto "Foucault decodificado" de Hayden White que analisa a filosofia de Michel Foucault e como ele desconstrói o pensamento histórico linear e a noção de que o homem pode ser estudado por ciências como se fosse um objeto. A resenha também discute como as ciências humanas perderam o entendimento da linguagem e da subjetividade humana, levando ao "óbito do homem". Por fim, aponta que a razão é descontínua na história e que é necessário retomar
no ensino superior, no curso de Docência no ensino superior, das Faculdades metropolitanas unidas - FMU.
Prof. Dr. Leandro Seawright Alonso
RESENHA
WHITE, Hayden. Trópicos do Discurso. São Paulo: Edusp, 2001. p. 253-283.
O texto Foucault decodificado traz a discussão muitas das dúvidas que
povoam o discurso colocado nas obras de Michel Foucault onde a linha Filosófica é fundamentada na linguagem e os tradicionais conectivos lógicos substituídos pela ironia e a metáfora, que compõem ou integram a poética. Colocando como elemento central alguns tropos da retórica analisados a partir da teoria linguística do estruturalismo fazendo despontar a incompreensão do homem perante si mesmo. Fazendo ruir as ciências que estudam o homem por não haver logrado êxito em fundamentar uma teoria do homem basta observar que mesmo a mais simples relação analisada pela ótica poética levanta indícios de uma linguagem oculta, sob as brumas do superficial entendimento, usado pelas chamadas por Foucault de anticiências. Desmantelando o pensamento de uma história retilínea ou com ordenação lógica e que a partir desse ponto perderam-se essas ciências em seu próprio vazio construído com a sua conivência a docilizar os corpos, ao ponto que autor cita Foucault, preconizando a morte do homem no seu âmago, no seu estado de consciência mais profundo e em sua humanidade. Apesar de Foucault não trazer uma resposta a essa questão o autor lembra que ele deixa de forma implícita qual é a problemática, pois a história está disposta em ilhas separadas que formam arquipélagos de saber e que não há ligações contínuas entre elas, lógica ou organização concisa em sua disposição, pois o homem que no passado usou a retórica e o desenvolvimento da linguagem perdera o entendimento dessa mesma que foi fator fundamental para o homem sair das cavernas, criar o vínculo social e desenvolver a retórica sendo do escopo da linguagem a mais refinada representações da mente humana em sua plenitude e subjetividade, se perdeu na lógica binária das ciências humanas que deixam exposta a sua própria ignorância a respeito do outro, do exótico ou intolerável não se pode mensurar a dor de outro sujeito senão entendo a dor do sujeito "eu" , se me abstraio para entender o outro, esse é o caminho que leva a despedida da razão. Logo há algo intrínseco no homem que parece da licantropia e que desperta com a sede do poder, que embriaga e enturvece os sentidos descartando a melhor qualidade do homem que é a sua humanidade. Deixando assim a razão em desuso, já que a razão de forma mais simplificada, é organização do pensamento em palavras de maneira coesa e compreensível, se consideramos a razão pelo a ótica da história não podemos nos furtar a observação de que ela é descontinua e até mesmo desconexa, se compararmos a física de Newton com a física quântica é um salto tão grande que demostra não haver nenhuma continuidade entre ambas. Precisamos de uma lógica distinta a cada razão temporal, necessariamente precisamos retomar o ponto onde o homem se perdeu. Notadamente hoje a globalização e o neoliberalismo levam o homem a seus extremos enquanto alguns saciam sua fome de consumo morrem ao mesmo tempo milhares vítimas da pior pobreza que é a falta de humanidade no “humanos”.