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Panorama da Pesquisa em Paleontológica;

Panorama da Extensão em Paleontologia;


Gargalos a serem superados;
Novas descobertas paleontológicas no Paraná.
A Paleontologia , ciência que estuda e investiga os
fósseis, vai muito além do interesse pelos dinossauros
e nos revela uma fascinante história da vida no
Planeta Terra!

Instrumentaliza e é instrumentalizada
pela Biologia e Geologia
BIOLOGIA PALEONTOLOGIA GEOLOGIA
A Ciência da Vida A Ciências dos Fósseis A Ciência da Terra

Fornece subsídios para o Fornece uma dimensão do Fósseis são utilizados como
estudo dos fósseis. tempo em que os grandes ferramentas para datação e
ecossistemas atuais se ordenação das sequências
estabeleceram. Informações sedimentares, contribuindo
complementares às teorias para o detalhamento da
MORFOANATOMIA E evolutivas. coluna cronogeólogica.
FISIOLOGIA COMPARADA

Ajudam na interpretação dos FÓSSEIS-GUIA


ambientes antigos de FÓSSEIS-ÍNDICE
SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA sedimentação, bem como na
identificação das mudanças
ocorridas na superfície do
planeta através do tempo
geológico
Núcleo de Estudos
Os paleontólogos sempre se direcionam para um determinado núcleo de estudos.

Principais Núcleos
Estudo dos vegetais de um modo geral.

Estudo dos animas vertebrados, é mais atrativo e


carrega um grande número de paleontólogos.

Estudos de moluscos (biválvios e gastrópodes),


braquiópodes, equinóides e conchostráceos.

Estudo de microfósseis (espículas de esponjas, dentes de


peixes, espinhos de equinóides, polens e esporos vegetais
e, carapaças complexas como as dos protistas,
conchostráceos e micromoluscos.

Estudo dos icnofósseis, como pegadas, perfurações,


escavações, marcas de repouso e coprólitos.
O Objeto de análise da Paleontologia é o
FÓSSIL.
Mas, o que é um fóssil?
?
A palavra fóssil originou-se do termo latim fossilis = extraído da terra. O
primeiro a utilizar o termo fóssil foi o alemão George Bauer, mais conhecido
como Georgius Agricola, no século XVI.

São restos ou vestígios de seres vivos que


habitaram a terra e que foram
Carvalho, 2001
preservados.

• SOMATOFÓSSEIS
São subdivididos em:
• ICNOFÓSSEIS
SOMATOFÓSSEIS
ICNOFÓSSEIS
Fóssil Vivo – Um termo equivocado
Fóssil?
Fossilização - Preservação dos Fósseis
A fossilização representa a quebra do ciclo natural da vida e portanto deve ser vista
como um fenômeno excepcional.

A fossilização é comum?
Preservação de Partes Moles – EVENTO EXTREMAMENTE RARO!

Nódulos em Âmbar
Congelamento
Mamutes lanosos (Sibéria)
Coleta de Fósseis

• Como regra básica durante a coleta, fazer a compartimentação


do terreno em quadrantes. Deve-se levantar a orientação
azimutal da concentração fossilífera no afloramento.

• Deve-se dar preferência à coleta de blocos de rochas contendo


as concentrações fossilíferas e não a coleta individual de fósseis,
pois várias feições importantes poderão ser perdidas.

• Em muitos casos os blocos deverão ser seccionados, para a


observação, em corte, das feições bioestratinômicas.
E 2
N 0
A 1
D 4
E
F

V
FORMAS DE APLICAÇÃO
Uso Econômico - Petróleo

Uso de microfósseis, como


Foraminíferos para determinação
de bacias sedimentares com
grande potencial de geração e
acumulação de hidrocarbonetos.
Uso estratigráfico dos fósseis
Ordenar cronologicamente os estratos geológicos a partir de seu conteúdo fóssil.
Teoria da Deriva continental e da Tectônica de
Placas
Tempo Geológico
 Escala do Tempo Geológico (Gradstein & Ogg, 1996)
Eon Era Período Época
atual
Fanerozóico Cenozóico Quaternário Holoceno
Pleistoceno
2
Neógeno Plioceno
Mioceno
Paleógeno Oligoceno 24
Eoceno
Paleoceno
Mesozóico Cretáceo 65 Grande Extinção
Jurássico

Triássico

248 Grande Extinção


Paleozóico Permiano
(Ma)
Carbonífero
Devoniano
Siluriano
Ordoviciano
Cambriano Explosão da vida
545
Proterozóico

2.500
Arqueano

(Ma) 4.560
Presença do Homem
No momento em que mudanças climáticas e outros
fatores de descontrole colocam em risco o destino da
civilização humana, é sempre bom resgatar a visão de
um passado mais remoto e verificar a fragilidade dos
sistemas naturais que sustentam a vida. (MAZING e
WEINSCHÜTZ, 2012)
As espécies evoluem, atingem o seu domínio máximo e
depois declinam e se extinguem.
Temos a tendência de acreditar que não
pertencemos a este ciclo, mas também fazemos
parte dele e o destino da espécie humana não
será diferente.
„Explosão‟ da vida
Pesquisa Paleontológica no Brasil

A primeira referência bibliográfica de


fósseis no Brasil ocorre com a
descoberta de fósseis por Manuel Aires
de Casal.

 Relata a ocorrência de restos de


mamíferos pleistocênicos na vila de
Minas do Rio de Contas – BA.

 Publicação do livro - CHOROGHAPHIA


BRAZILICA, em 1817
Principais centros de Pesquisa
 O esforço de muitos pesquisadores, muitas vezes formados em universidades
estrangeiras, serviu de grande incentivo à outras universidades (brasileiras)
investirem em centros de pesquisas em paleontologia...

USP – P. P. Zoologia URC – Universidade Regional do Cariri


P. P. Geociência
USP - Ribeirão Preto UNC – Universidade do Contestado – Mafra
Unesp - Rio Claro – SC.
Unicamp – P. P. Geociências
UNG – Universidade de Guarulhos - SP
UEPG – P. P. Geografia
UFPR – P. P. Geologia

UFRGS – P. P. Paleontologia e Estratigrafia


UFSM – P. P. Paleobiologia e Estratigrafia

UFRJ – Museu Nacional


UERJ – P. P. Estratigrafia e Paleontologia
Meios de divulgação (Científico)
Depósitos e Sítios fossilíferos

Os depósitos fossilíferos , os sítios paleontológicos e os


fósseis que apresentam valores científico, educativo e
cultural que devem ser preservados para as gerações
futuras. (UNESCO, 1970)
• Atualmente são 42 sítios paleontológicos brasileiros descritos e
aprovados pela SIGEP – COMISSÃO BRASILEIRA DE SÍTIOS
GEOLÓGICOS E PALEOBIOLÓGICOS - ou seja, reconhecidos por
seu valor científico, educacional e cultural.

 Dentre eles, 4 também são reconhecidos como Monumentos


Naturais (como descrido pelo SNUC) por iniciativas dos Poderes
Executivos estaduais (3) e municipal (1):

http://sigep.cprm.gov.br
Monumento na entrada da cidade de Mata- RS
Icnofósseis da Usina
Porto Primavera, SP (Sigep 013)

 O Sítio exibe icnofósseis de dinossauros do início do


cretáceo (Aprox. 80 M. A.) em arenitos da Formação Caiuá, no
município de Rosana – Extremo oeste do estado de São Paulo.

 O achado fóssil está condicionado à construção de uma


Hidrelétrica (Porto Primavera).
2001
2014
Normas jurídicas
 No brasil, a Paleontologia está amparada por lei antigas;

 Leis muito restritivas;

- Constituição Federal de 1988 – Fóssil como um PATRIMÔNIO CULTURAL


NACIONAL – Sob proteção do poder público.
-
Decreto nº 72.312 de 1973 – Promulga a convenção da ONU de 1970
sobre o combate ao tráfico de patrimônio (cultural).
Decreto nº 98.830 de 30/01/1990 e Portaria nº 55 de 14/03/1990:
Restrição à pesquisa paleontológica realizada por estrangeiros no Brasil.
Artigos 163 e 180 do código penal – Proteção ao patrimônio fossilífero.

Projeto de Lei nº 245 de 1996 – Marco legal da Pesquisa paleontológica.


A paleontologia atual no Brasil encontra-se em via de
consolidação, apesar dos gargalos:

Falta de cooperativismo entre os pesquisadores


da área (preferem o corporativismo);

Pouca divulgação do desenvolvimento de


pesquisas paleontológicas em nosso país;

Principal meio de divulgação da ciência: MUSEUS

Regulamentação jurídica mais clara e com menos


burocracia.

Maior fomento às pesquisas.


Disseminar o conhecimento da História da Terra é fundamental
para tornar a população melhor preparada para entender o
papel do homem no planeta em que vive e do qual é
inteiramente dependente.

Como divulgar o
conhecimento
Paleontológico?
O estudo da Paleontologia encontra-se,
infelizmente, concentrado nos centros de
pesquisa e universidades, muitas vezes não
sendo (re)conhecida pela população em
geral....

Conhecimento
Paleontológico
desenvolvido nas
Universidades

?
SOCIEDADE
Extensão

“A extensão universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o


Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre
universidade e sociedade.” (PLANO NACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA).

- Até a década de 1980  assistencialismo


- Após a década de 1980  Levar conhecimento à sociedade
- Atualmente a atividade extensionista é compreendida como um
projeto de integração sociedade-universidade (via de mão
dupla).
- A extensão universitária é a „demolição‟ dos muros da
universidade. É a intergradação entre o teórico e o prático.
“Se decoro, esqueço.
Se vejo, me lembro.
Se faço, aprendo.”
Provérbio chinês
 Os museus têm se demonstrado um
dos espaços mais eficientes no que
tange a divulgação do conhecimento
paleontológico.
Histórico - Museus

Gabinete de curiosidades, séc. XV,


Nápole.
Museu: "uma instituição permanente, sem fins
lucrativos, a serviço da sociedade e do seu
desenvolvimento, aberta ao público e que adquire,
conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos
materiais do homem e de seu entorno, para
educação e deleite da sociedade". (ICOM, 2001)
Portanto, trata-se de uma AÇÃO EXPOSITIVA
que vislumbra a educação não-formal de nossa
sociedade.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14203.shtml
Na educação formal, o problema continua.....
Em uma aula de paleontologia do curso de C.
Biológicas, foi feita a seguinte pergunta:
E algumas respostas:

“São restos de seres vivos.”

“ É a mumificação de seres vivos que não existem mais.”

“Restos de organismos que não existem mais.”

“São dinossauros que foram preservados até hoje”


Qual o nível de conhecimento
paleontológico o alunos possui
quando ingressa na universidade?
.......formação dos professores?

 ...... materiais didáticos?

 Diretriz curricular não contempla esta


ciência?

 Deturpações sobre o conhecimento


paleontológico.
No ano de 2012, os alunos do curso de graduação em
Ciências Biológicas desenvolveram um projeto em que
analisavam o “problema” de se trabalhar a
paleontologia no ensino médio.

Em entrevista com o corpo docente de uma escola


de Maringá, constataram a seguinte situação:
“Nossos livros didáticos não dão apoio para
trabalhar o assunto.” (Professor de ciências)

“Acredito que o professor responsável pela


disciplina de biologia tenha mais conhecimento
para trabalhar isso com os alunos.” (Professora
de Geografia)

“Fica difícil trabalhar a „paleonto‟ em minha aula


porque o tempo é curto e os alunos não dariam
muita atenção já que não „cai‟ no vestibular”
(Professor de Biologia)

“Como posso falar disso em minha aula se eu não


tive esta disciplina na minha graduação?”
(Professor de geografia)
• Diferente do que ocorre com o Ensino Superior, a
Paleontologia não faz parte do currículo
formal de nenhuma disciplina escolar.

• Desta forma ela é abordada de maneira


esporádica e extremamente pontual em
Geografia, Biologia e Ciências.
 O que se observa é a escassez de livros
didáticos que trabalhem a Paleontologia e os
que contém, demandam em grande parte de
revisões conceituais e complementações.
(Mello et al, 2005)

Júnior & Porpino, 2010 realizaram um


estudo de cinco livros didáticos de
Biologia - Programa Nacional do Livro
para o Ensino Médio (PNLEM) (BRASIL,
2006).
Para a análise dos conteúdos foram selecionados
alguns temas básicos de Paleontologia :
conceito de fósseis, processos de fossilização,
importância dos fósseis, datação de fósseis e
tempo geológico e suas subdivisões
RESULTADO
Principais problemas verificados

- Falta de conhecimento sobre a Paleontologia;

- Integração da Paleontologia com outras ciências;

- “Existe paleontologia além dos dinossauros?”

- Limitação das pesquisas paleontológicas no Brasil –


Restrição legal;

- Homem e dinossauros viviam juntos.

- Bagagem de uma educação informal criacionista.


Campanhas publicitarias, programas infantis e entretenimento de uma forma
geral – ajudam ou atrapalham na educação não formal de nossos educandos?
LEVANTAMENTO SOBRE A PERCEPÇÃO DOS
ESTUDANTES DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ACERCA DO CONHECIMENTO SOBRE
PALEONTOLOGIA
Arthur - Graduado em Geografia
OBJETIVO DA PESQUISA

OBJETIVO GERAL

 Realizar um levantamento relacionado à percepção


dos acadêmicos do primeiro ano de ciências
biológicas em duas diferentes instituições
localizadas no município de Maringá/PR, referente
à ciência Paleontológica.
O QUESTIONÁRIO

 O questionário foi aplicado na UNICESUMAR no


dia 01/10/2015, enquanto o mesmo foi aplicado
na UEM nos dias 20 e 23/10/2015. No total 46
acadêmicos foram entrevistados. A seguir vamos
analisar os resultados obtidos:
QUESTÃO 2: VOCÊ ESTUDO ALGO RELACIONADO A
PALEONTOLOGIA NO ENSINO MÉDIO?
QUESTÃO 3: EM CASO POSITIVO, EM QUAL
MATÉRIA?
QUESTÃO 4: EM QUAL DISCIPLINA VOCÊ ACHA QUE
DEVERIA APLICAR A PALEONTOLOGIA NO ENSINO MÉDIO?
QUESTÃO 5: VOCÊ ACHA IMPORTANTE O ENSINO
DA PALEONTOLOGIA?
QUESTÃO 6: O QUE VOCÊ CONSIDERA SER A
PALEONTOLOGIA

 Opção A: ciência que estuda os dinossauros e grandes anfíbios que


viveram no passado (incorreta);
 Opção B: Ciência que estuda todas as formas de vidas em épocas
geológicas passadas (correta);
 Opção C: Ciência que estuda anfíbios, mamíferos e repteis
(dinossauros) que viveram no passado (incorreta);
 Opção D: Ciência que estuda repteis (dinossauros) e a evolução da
espécie humana do passado (incorreta);
 Opção E: Ciência que estuda a evolução dos seres vivos (incorreta).
QUESTÃO 6 - RESULTADO
CONCLUSÃO

 a) Deficiência de material didático e paradidático;

 b) Deficiência na formação dos alunos e


professores/educadores;

 Distanciamento entre Universidade-Sociedade.


Alguns trabalhos demonstram outros caminhos que
têm auxiliado na divulgação do conhecimento
paleontológico:

Solução
 PROJETOS DE EXTENSÃO  Ensino+Pesquisa

Oportunidade de acesso direto da


comunidade ao conhecimento e
desenvolvimento científico gerado nos
centros e unidades acadêmicas

TURISMO PALEONTOLÓGICO – Além da divulgação do


conhecimento paleontológico, auxilia na conscientização da preservação dos
depósitos fossilíferos e trazem alternativa de renda para muitas populações carente.

- Pode contribuir para a valorização e conservação


do patrimônio fóssil brasileiro (Aplicação PEA).
- Demanda criação de Parques – Lei nº 9985/2000
 Mídia – Passar do entretenimento para a difusão
da informação.
Internet

http://www.avph.com.br/dinossauros.htm

http://www.ufrgs.br/paleodigital/
Um desafio para todos!

- Superar os problemas oriundos da falta de uma


política educacional mais efetiva no que diz respeito ao
ensino da Paleontologia e o fomento à pesquisa e
extensionismo universitário!

Resumindo: “Todos gostam da paleontologia


mas ninguém sabe o que é a PALEONTOLOGIA”
Uma nova porta se abre...

Cabe a nós, enquanto acadêmicos, educadores e


pesquisadores a responsabilidade de alavancar a
ciência paleontológica, superando os problemas e
apontar os caminhos que possibilitarão a
expansão da pesquisa e do conhecimento acerca
desta fascinante ciência.
Muito
Obrigado!
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CARVALHO, I.S. (ed.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. v. 1. 3ª ed. Interciência. São Paulo. 2010.

LABOURIAU-SALGADO, M.L. História Ecológica da Terra. 2ª ed. Edgard Blücher. São Paulo. 2001.

TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.M.; TAIOLI, F. (orgs.). Decifrando a Terra. 2ª ed. Companhia Editora
Nacional. São Paulo. 2009.

MANZIG, P. C. e WEINSCHUTZ, Luiz. Museus e Fósseis da Região Sul do Brasil. Editora Germânica: Marechal Cândido
Rondon, 2012.

SUGUIO, K. Geologia sedimentar. Edgard Blücher. São Paulo. 2003.

PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J.; JORDAN, T.H. Para entender a Terra. 4ª ed. Bookman. Porto Alegre. 2008.

CAVINATO, M.L. Fósseis: guia prático. Nobel. São Paulo. 1998.

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