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Encontrei uma barata na cozinha

Eu olhei prá ela

Ela olhou prá mim

Ofereci a ela

Um pedaço de pudim

O curioso foi que ela...

Ela disse: Sim!

Vem cá ficar comigo

Sim! Goste de tudo que eu gosto

Sim! Vem cá ficar comigo

Sim! Vem, kafka...

Ofereci a ela

Um disco do Sex pistols

Ofereci a ela

Uma batida de limão

Perguntei se ela

Gostava dos Beatles

Perguntei se ela

Era de escorpião...

Ela disse: Sim!

Vem cá ficar comigo

Sim! Goste de tudo que eu gosto

Sim! Vem cá ficar comigo

Sim! Vem, kafka...


Você mora na barata ribeiro

Num edifício

Que tem um buraco

Perto do chuveiro

Já se drogou com detefon

Insetizan, fumou baygon

Tudo quanto é tipo de veneno

Você acha bom...

Sim!

Vem cá ficar comigo

Sim! Goste de tudo que eu gosto

Sim! Vem cá ficar comigo

Sim! Vem, kafungá...

Como posso evitar

Essa coincidência

Encontrar uma barata

Com a minha aparência

Como posso evitar...

La Cucaracha La Cucaracha

Tome cuidado com a

Sandália de borracha...(2x)

Sim!
Vem cá ficar comigo

Sim! Goste de tudo que eu gosto

Sim! Vem cá ficar comigo

Sim! Vem, kafka...

La Cucaracha La Cucaracha

Tome cuidado com a

Sandália de borracha...(2x)

Quem leu a biografia do escrito tcheco, sabe que ele teve uma educação severa e muito pouco,
libertaria. Tanto é, que Kafka era por excelência um menino doente com um monte de alergia e que faz
dele um escritor obscuro com suas historias sarcásticas que mostravam a essência monstruosas da
humanidade. Nessa historia, podemos ver que Gregor acorda de um sono agitado onde mal teve um
descanso bem dormido para se transformar em um inseto – a barata veio porque a cor desse inseto era
castanho e seu dorso era cheio de ondulados com muitas pernas, além das asas. Talvez o escritor tenha
colocado essa característica, para realmente quem entende perceber que Samsa se transformou em uns
dos insetos mais nojentos que existe – esse inseto podemos colocar como uma culpa, a culpa e a
consciência de uma mentira ou de está tão longe de suas origens. Kafka por ter sua origem judia, foge
dessa origem e faz o caminho de não acreditar em nada e carregar essa culpa de negar sua origem – isso
acontece com outros escritores que é muito visível – e colocar essa origem num niilismo radical, não
restando nada. Esse nada é criado como uma implosão da educação rígida com uma bomba atômica,
uma bomba de revolta atômica. Podemos ver inúmeros exemplo dentro de todas as áreas, onde a
educação rígida se torna algo como um “terreno fértil” para as ideias que muitas vezes, faz desse ser
humano um gênio e mostra a ele o lado mais sombrio do ser humano. O critico literário Harold Bloom
disse assim de Kafka: “Quando pensamos no escritor judaico por excelência, temos de pensar em Kafka,
que se furtava à própria audácia, não acreditava em nada, e confiava apenas no pacto de ser um
escritor.”. Não vejo Kafka como um escritor judaico, sim teve uma educação judaica rígida, mas vejo
como um escravo de sua origem e escravo dessa educação que ainda que não se acredite em nada,
ainda era prisioneiro de sua origem. Mas metamorfoseava essa culpa em desespero e certa fobia da
solidão, porque essa solidão fazem dele uma criatura diferente, faz dele uma criatura que todos vê e
rejeitam como se fosse algo “repugnante” que não faz parte de um mundo feliz (ou as pessoas pensam
estarem felizes) e transforma isso em uma culpa e essa culpa faz pensar que é um solitário no mundo e
não será nunca compreendido.

Nessa imagem só consegui enxergar Kafka, sua rejeição ao seu “sagrado” judaísmo, faz dele um inseto,
um ser nojento que afasta dele até de sua família e isso lhe dará milhares de motivos para se isolar e
escrever essas novelas. Mas como Espinosa (1632-1677), que também teve origem judaica, não
esqueceu muito da sua educação e faz o caminho de educar, mostra que se afastar de sua origem se
transformara em um inseto como o filosofo Espinosa vai ensinar a ética judaica dentro da filosofia.
Como até Nietzsche (1844-1900) ainda mostra sua origem protestante (aqui chamados de evangélicos),
onde ele quer mostrar a origem dessa cultura e escorrega – até os mestres falham – em analisar o
cristianismo numa perspectiva platônica e nem sempre Platão era um idealista e sim, um filosofo
metafísico e ao mesmo tempo político. Em analise tanto do texto de Harold Bloom ou da imagem,
muitas pessoas enxergaram a religião como uma vilã de todas as desgraças humanas e todas as idiotices
que vimos. Mas vejo na religião uma ideologia e no final, cada pessoa faz dela uma leitura do seu
conceito sagrado, do seu conceito onde terá mais conforto ideologicamente. Kafka fez sua leitura
sagrada como uma prisão, seu pai fez tudo isso com ele por culpa da religião onde seu pai recebeu as
instruções – assim como Nietzsche culpa a religião cristã de ter uma Irmã neurótica e chata, muito mais
quando casa com o inútil antissemita, e de ter uma mãe protestante rígida e doente. Além de ter
magoas profundas de ter amado a Andreas Salomé e essa o ter rejeitado por ver nele só um mestre, a
cultura europeia era a culpada e carregou também a culpa de não ter seguido a cultura e ter uma vida
comum – e nela estava essa prisão, nela estava a rejeição de toda a comunidade, nela estava a solidão
de pensar e duvidar como um moralismo aprisionado com os “bons” costumes. Esse “bons costumes”
geram a crise de identidade que hoje, com o advento democrático em massa, gerou outra maneira de
manifestação.

Se for mesmo uma barata – fato curioso que a barata é parenta do cupim – ela tem a característica de
ter medo e esperar a noite para se alimentar o que é podre ou o que esta no chão. Será que ele quis
dizer que Gregor Samsa tinha medos além da culpa? Não sei…minha leitura é a visão preconceituosa
que a sociedade que enxerga os seres diferentes como seres que não podem conviver com o ser
humano e se colocam como “perfeitos”. Não existe nada esteticamente dentro do universo que tenha a
perfeição tanto geometricamente, quanto aparentemente corporal, uns tem os traços característicos de
seu código genético. A obscuridão na obra kafkaniana é a sombra que foi construída dentro da moral
onde o ser humano foi educado e seus segredos que não podem ser revelados por não serem aceitos e
que podem, chatear outras pessoas e na cosmovisão humana, precisamos das outras pessoas. Por que
precisamos de outras pessoas se somos indivíduos que temos em si, nossas próprias características?
Quando temos nossa próprio esclarecimento, não precisamos de nada como tutor moral e nem uma
desculpa esfarrapada como pilar de uma revolta.

Não quero me estender muito, mas a novela se resume em nos mostrar a cruel condição humana,
interesse, falta de amor e atitudes grotescas que uma pessoa pode cometer em relação aos outros, por
mais próximos que sejam só pelo fato de não aceitar certas “diferenças”.

O personagem principal dessa história é Gregório, que também poderia ser Maria (e por que não
“Viviany Beleboni”? [2]). Na obra de Kafka, Gregório era um homem comum, um trabalhador, como
muitos, em um labor que não satisfazia a sua felicidade, mas que muito servia para ajudar a sua família.
Até que, em um dia como outro qualquer, o personagem falta ao trabalho. Sua ausência leva seu chefe
até a sua casa. E lá acontece o encontro com a realidade aparentemente fria e assustadora,
principalmente sob o ponto de vista de quem não consegue ver o invisível (a alma do ser, em sua
dignidade). Quando ninguém da família teria aberto a porta do quarto de Gregório, o chefe provoca
essa situação e, juntos, se deparam com um grande inseto, com descrições semelhantes a de uma
barata.

Uma barata gigante? Não sei exatamente, porque o autor faz questão, em seu jogo de palavras, de
deixar tal fato subentendido. Mas, com certeza, naquela narrativa, Gregório se sentia o mais assustador
de todos os insetos. Então, a primeira reflexão: será essa também a dor de quem sente a rejeição em
razão do que exterioriza? Não sei. Só sei que o fato do livro muito se assemelha à realidade de
protagonistas do mundo real que por vezes agonizam na luta para tentar voltar à sua “condição
natural”, em um conflito claro entre o ser e as imposições sociais.

A temática de “A metamorfose”, na interpretação através dos olhos de quem lê, muito mais fala de um
indivíduo isolado do seu meio, despido de sua “humanidade”, heterodeterminado pelas condições
sociais, visto por outros como um inseto, em meio em que só se aceita quem é igual, do que sobre uma
mera transformação genética.

No estilo “kafkiano” de escrever, o autor haure, através de metáforas, a denúncia sobre as graves
violações ocorridas à Dignidade da Pessoa Humana. O livro “A Metamorfose” nos mostra um indivíduo
excluído do sistema de relações humanas, subtraído da qualidade inerente à sua personalidade, sem
autonomia e autodeterminação. Um indivíduo do qual furtaram a própria dignidade.

HISTORIA

Gregor Samsa é um caixeiro-viajante que se sente sobrecarregado pela profissão e desmotivado pelo dia
a dia cansativo das atividades laborais que cumpre rigorosamente, sente-se reduzido a um inseto.
Mantém-se no emprego para pagar as dívidas dos pais, sentindo-se oprimido pelo trabalho e pela
família.

O trabalho o toma mentalmente e está acima de suas próprias condições humanas.

Grete Samsa é a irmã de Gregor Samsa.

O caixeiro-viajante, numa determinada manhã acorda com dores no corpo, sentindo-se impossibilitado
a cumprir a sua rotina de trabalho, mesmo pressionado pela família e pelo gerente da firma à porta de
seu quarto, não encontrava forças para se colocar de pé e pronto à encarar as pessoas e as obrigações
do trabalho.

Na descrição do texto, Gregor sofre uma metamorfose, tornando-se num inseto incapacitado para o
trabalho e atividades humanas. Perante o seu estado, houve estranhamento e repulsa por parte da
família e do gerente da firma. Grete, a sua irmã, apesar de ter soluçado quando Gregor encontrava-se
abatido e trancado no quarto, estava ausente na missão de trazer um médico que o socorresse e, sua
ausência, fazia falta a Gregor no momento em que ele necessitava se justificar ao gerente.

Gregor, devido a seu estado, torna-se num estorvo assustador na casa. Horas depois, Gregor é isolado e
trancado em seu quarto, a vinda do médico é dispensada. Gregor passa a ser tratado com
distanciamento e certo nível de desprezo. Grete Samsa, inicialmente, presta uma atenção distanciada
do irmão. Devido ao seu espanto e temor deixa restos de alimentos da família no quarto do irmão e,
pouco a pouco, investiga o que lhe agrada a ser como um inseto.

A irmã era responsável por mantê-lo alimentado, ela suspirava, invocava aos santos, percebia o que ele
realmente comia, mas com o pesar que recaía sobre toda a família (mãe, pai e irmã).

A família acaba deixando Gregor isolado no quarto e só sua irmã se preocupa em levar-lhe diversos tipos
de comida, tentando adivinhar qual lhe agradará. Sua mãe tem medo e nem quer vê-lo.
Gregor, que tinha assumido as despesas do lar como caixeiro-viajante, passou a ser oprimido a manter
as obrigações da casa. O pai tem que buscar um emprego de contínuo, e a menina também acha um
trabalho de balconista. Gregor Samsa sobrevive em seu quarto, cada vez mais afastado da natureza
humana, embora ainda preocupado com o destino de sua família.

Gregor, agora era um inseto, e sentia a perda do afeto dos pais em relação a ele, o mesmo afeto se
perdia em relação a irmã. Grete Samsa cuida do irmão de maneira distante, sem buscar uma real
solução, pois não suportava vê-lo num corpo de inseto, para não escandalizá-la. Gregor se refugiava sob
o canapé para não ser visto por ela e por ninguém.

A irmã havia resolvido retirar todos os móveis do quarto de Gregor, para que ele tivesse todo o espaço
que um inseto necessita ter. A mãe discordou decidindo manter os móveis na esperança que Gregor, um
dia, retornasse à condição humana. Grete insistiu e retirou o armário, deixando as paredes livres. Gregor
circularia livremente pelas paredes do quarto, intimidando a entrada de todos em seus aposentos. A sua
irmã, se dirigia ao cômodo mais para cumprir tarefas de “manutenção” do que para prestar algum tipo
de afeto ou atitude em favor de seu irmão.

Pouco a pouco, Gregor passou a se sentir maltratado e a família passou a se virar financeiramente para
cobrir as faltas da renda de Gregor, um inseto desempregado. Gregor sente a rejeição da irmã que,
antes de sair para trabalhar, deixava em seu quarto qualquer alimento às pressas. Gregor ao incomodar
os inquilinos da casa (a família tentava manter na casa uma pensão para conseguir uma renda
complementar), torna-se alvo da expulsão por parte da própria irmã.

Nas palavras de Grete Samsa conclui-se o seu desprezo pelo irmão: “É preciso que isso vá para fora”. No
fim, Gregor, um inseto muito ferido e isolado, morre sem gerar compadecimentos profundos na casa,
todos passam a pensar em seus empregos e em suas próprias vidas.

Morrendo, é jogado no lixo. A família se sente livre e começa a fazer planos para casar a menina. Pode-
se dizer que nessa hora Kafka inventa o realismo fantástico (ao apresentar em um contexto real um fato
fantástico) e dá, também, alguma mostra do expressionismo em que se baseariam outras de suas
histórias, como "O Processo" por exemplo, em que há a importância das posturas e movimentos dos
personagens para criar o clima de pesadelo caracterizando suas obras.

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