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2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Capítulo 1
INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO
1.1. Conceito
O Direito Administrativo está intimamente ligado ao surgimento do Estado
liberal. Com o crescimento do individualismo nas relações privadas, os próprios
cidadãos passaram a exigir uma maior participação do Estado nas relações regidas pelo
Direito Privado, fazendo com que o Estado passasse a limitar o exercício dos direitos
individuais em benefício do bem-estar da sociedade.
A partir daquele momento, o Direito Administrativo alcançou sua autonomia,
passando a integrar as matérias do ramo do Direito Público Interno, regulando as
relações que envolvem a administração pública e seus administrados.
1.2. Objeto
Modernamente, o Direito Administrativo visa regular as atividades
administrativas de forma a satisfazer os direitos fundamentais. Isso quer dizer que o
objeto desse ramo do Direito não se restringe apenas a regular as relações jurídicas de
Direito Público, mas todas as relações entre a administração pública e administrados,
sejam elas de Direito Público ou de Direito Privado.
Importante destacar que o Direito Administrativo abrange também as
atividades inerentes à administração pública, mas que por algum motivo é exercida
por particular sob o regime do Direito Público, por exemplo, nas concessões de serviço
público.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
1.4. Fontes
O Direito Administrativo brasileiro não encontra regulamentação em um corpo
de lei específico. Na verdade, as normas de cunho administrativo encontram previsão
no texto constitucional e em leis esparsas, além de outros diplomas normativos, como
atos, decretos, medidas provisórias e regulamentos.
Essas normas constituem a principal fonte do Direito Administrativo, mas não
podemos deixar de citar também como fonte a jurisprudência, a súmula vinculante, a
doutrina e os costumes.
Por último, e não menos importante, os princípios também são fontes do
Direito Administrativo, porém esse tema será tratado com mais profundidade no
capítulo 2.
1.5. Características
O Direito Administrativo, assim como os demais ramos do Direito, possui
características próprias; são elas:
Resolução de questões
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
1. (Ano: 2017 – Banca: IBADE – Órgão: PC/AC – Prova: Delegado de Polícia Civil)
Quanto aos temas órgão público, Estado, Governo e Administração Pública, assinale a
alternativa correta.
a) O denominado “Estado em Rede” tem como uma de suas características marcantes
a viabilização da participação do cidadão na atuação administrativa do Estado. Neste
contexto, as audiências públicas e as consultas públicas podem ser apontadas como
exemplos deste modelo.
b) A noção de órgão público é aplicada apenas ao Poder Executivo, inexistindo órgãos
públicos no Poder Judiciário e no Poder Legislativo.
c) Fala-se em Administração Pública Introversa para frisar a relação existente entre
Administração Pública e administrados.
d) Governo é pessoa jurídica de direito público que possui aptidão para titularizar
direitos e contrair obrigações.
e) A Administração Pública Gerencial, também denominada de racional, tem como
uma de suas características marcantes o acentuado controle sobre processos, tendo o
concurso público, a licitação, a desapropriação e o processo administrativo disciplinar
como alguns de seus institutos ícones.
Gabarito: A
Justificativas:
a) CORRETA – A ideia do “Estado em Rede” está relacionada a administração pública
gerencial. Neste modelo de administração, busca-se uma maior participação dos
cidadãos na administração pública, sendo exemplo dessa participação, as audiências
públicas e as consultas públicas.
b) ERRADA – Todos os Poderes possuem órgãos públicos, pois estes são resultantes do
fenômeno da desconcentração.
c) ERRADA – A questão diz respeito a Administração Extroversa. A administração
Introversa é aquela que se refere aos vínculos internos, ou seja, o vínculo entre os
órgãos, agentes públicos e entidades.
d) ERRADA – O Governo não possui personalidade jurídica.
e) ERRADA – A alternativa trata da Administração Pública Burocrática, também tida por
racional.
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Gabarito: Errado
Justificativa: O Direito Público incide nas relações entre o Estado e a Sociedade, em
que há a predominância da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado. No
tocante as ações de responsabilização civil do estado é imprescindível a leitura do art.
37, §6o da CRFB.
Gabarito: Errado
Justificativa: Os costumes constituem importante fonte do Direito Administrativo, ao
lado das leis, da jurisprudência, costumes e precedentes administrativos.
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Capítulo 2
PRINCÍPIOS
2.1. Conceito
Princípio é uma das fontes do Direito e se caracteriza por ser o conjunto dos
valores fundamentais de um ordenamento jurídico.
Na atual concepção, os princípios são considerados normas jurídicas, possuindo
forte atuação ao lado das regras jurídicas no controle da atuação estatal. Essa
normatividade dos princípios veio com o surgimento do neoconstitucionalismo,
momento em que a forte visão positivista do Direito foi superada. O reconhecimento
da normatividade dos princípios é o principal elemento que caracteriza o pós-
positivismo.
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Súmula 346 do STF: A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus
próprios atos.
Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Resolução de questões
1. (Ano: 2017 – Banca: VUNESP – Órgão: Câmara de Mogi das Cruzes/SP – Prova:
Procurador Jurídico). Com relação aos princípios da Administração Pública, é correto
afirmar que:
a) a ampla defesa e o contraditório são considerados direitos e garantias fundamentais
do acusado, mas o ordenamento jurídico brasileiro hodiernamente não os recepciona
como princípios da Administração Pública.
b) a Administração, orientada pelo princípio da eficiência, pode revogar seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou anulá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade.
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Gabarito: D
Justificativas:
a) ERRADA – O contraditório e a ampla defesa são princípios constitucionais aplicáveis
ao Direito Administrativo. Estão previstos no art. 5o, LV da CRFB.
b) ERRADA – Trata-se de questão tratada na Súmula 473 do STF, em que a
administração pode anular seus próprios atos (quando eivados de vícios) ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade.
c) ERRADA – A razoabilidade é princípio explícito previsto no art. 2o da Lei 9784/99.
d) CORRETA – Trata-se de norma prevista no art. 11, VI e 12 da Lei 8429/92.
e) ERRADA – A segurança jurídica e interesse público estão previstos no art. 2º da Lei
9.784/99.
2. (Ano: 2016 – Banca: UFMT – Órgão: DPE/MT – Prova: Defensor Público). Em relação
aos princípios constitucionais do direito administrativo brasileiro, numere a coluna da
direita de acordo com a da esquerda.
1 – Razoabilidade
2 – Segurança jurídica
3 – Impessoalidade
4 – Finalidade
( ) O princípio em causa é uma faceta da isonomia e sua aplicação concreta está
presente em situações diversas previstas no regime jurídico-administrativo, a exemplo
da exigência de concurso público para provimento de cargos públicos.
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Gabarito: C
3. (Ano: 2016 – Banca: VUNESP – Órgão: TJ/RJ – Prova: Juiz Substituto). Assinale a
alternativa que corretamente discorre sobre os princípios do Direito Administrativo.
a) O princípio da publicidade possui repercussão infraconstitucional, com
regulamentação pela Lei de Acesso à Informação (Lei Federal n° 12.527/11) na qual
foram contempladas duas formas de publicidade – a transparência ativa e a
transparência passiva –, aplicáveis a toda a Administração Direta e Indireta, mas não
incidentes às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos do
orçamento, como ocorre por contrato de gestão.
b) Pelo princípio da continuidade do serviço público, não podem os serviços públicos
ser interrompidos, visto que atendem a necessidades prementes e inadiáveis da
coletividade, e, portanto, não é permitida paralisação temporária de atividades,
mesmo em se tratando de serviços prestados por concessionários e permissionários,
mediante pagamento de tarifa, como fornecimento de energia, ainda que o usuário
esteja inadimplente.
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Gabarito: E
Justificativas:
a) ERRADA – A Lei nº. 12527/2011 incidirá, no que couber, às entidades privadas sem
fins lucrativos que recebam recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante
subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordos, ajustes
ou outros instrumentos congêneres.
b) ERRADA – A concessionária de acordo com entendimento do STJ poderá sim
interromper o fornecimento, desde que haja prévia notificação do usuário.
c) ERRADA – A autotutela é princípio administrativo, conforme súmulas 346 e 347 do
STF.
d) ERRADA – Nem todos os atos de improbidade administrativa têm como requisito o
dano patrimonial ao erário. O STJ entende que o ato previsto no art. 11 da Lei
8.429/92 dispensa a prova do dano (REsp 1214605/SP).
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Capítulo 3
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3.1. Introdução
Administração pública é o conjunto de órgãos, entidades e agentes que
integram a estrutura administrativa. O Estado brasileiro possui sua organização
administrativa estabelecida no texto da Constituição Federal de 1988.
Antes de adentrarmos no tema da organização da administração pública
brasileira, é de extrema importância a definição de alguns pontos para a compreensão
dessa matéria.
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3.3.1. Centralização
A centralização é caracterizada pelo exercício das atividades pelo próprio
Estado por meio dos seus entes, órgãos e agentes. É a própria administração direta
que atua para atender ao fim estatal.
3.3.2. Desconcentração
A desconcentração diz respeito à organização interna dentro de uma mesma
estrutura, ou seja, a atividade administrativa também é exercida pelo próprio Estado,
mas por mais de um órgão público mediante repartição de competências.
3.3.3. Descentralização
Ocorre a descentralização quando o Estado transfere a função administrativa
para uma terceira pessoa, que integre a administração pública direta. Para que haja
descentralização é imprescindível a existência de duas pessoas: o Estado e a pessoa
que receberá a atribuição para executar o serviço.
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1.o setor Diz respeito ao próprio Estado por meio da administração pública direta e
indireta.
Resolução de questões
Gabarito: Errado
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2. (Ano: 2017 – Banca: FUNECE – Órgão: UECE – Prova: Advogado). Assinale a opção
que arrola somente exemplos de pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da
Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização legal, sob
a forma de sociedade anônima e com capitais públicos e privados, para a exploração
de atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos.
a) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Banco do Brasil
b) Petróleo Brasileiro S/A e Eletrobrás.
c) Petróleo Brasileiro S/A e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
d) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Gabarito: B
Justificativa: Para resolver esta questão é fundamental uma leitura atenta do
enunciado. É correta a alternativa “B”, pois é a única que menciona apenas Sociedades
de Economia Mista.
3. (Ano: 2016 – Banca: IBADE – Órgão: Câmara de Santa Maria Madalena/RJ – Prova:
Procurador Jurídico). A descentralização administrativa ocorre quando o Estado
desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras pessoas, e não pela
administração direta. Sobre as autarquias, é correto afirmar que são:
a) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração indireta,
instituídas pelo Poder Público, mediante autorização específica, sob qualquer forma
jurídica e com capital exclusivamente público, para a exploração de atividades
econômicas ou para a prestação de serviço público.
b) a personificação de um patrimônio ao qual é atribuída uma finalidade específica não
lucrativa, de cunho social.
c) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração indireta,
instituídas pelo Poder Público, mediante autorização de lei específica, sob a forma de
sociedade anônima, com participação obrigatória de capital privado e público, sendo
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Gabarito: B
Justificativas:
a) ERRADA – Traz o conceito de empresa pública.
b) ERRADA – Traz o conceito de fundação.
c) ERRADA – Traz o conceito de sociedade de economia mista.
d) CORRETA – Traz o conceito de autarquia, cujo conceito legal está previsto no art. 5º,
I, do Decreto-Lei n.º 200/67.
e) ERRADA – Traz o conceito de consórcio público.
4. (Ano: 2016 – Banca: FCC – Órgão: DPE/ES – Prova: Defensor Público). O regime
jurídico constitucional e legal vigente aplicável às entidades da administração indireta
dispõe que:
a) os servidores das fundações criadas pelo Poder Público sempre se vinculam ao
regime geral de previdência social.
b) a remuneração dos empregados das empresas estatais que se dediquem à atividade
econômica em sentido estrito não está sujeita ao teto remuneratório constitucional.
c) as associações públicas não são consideradas entidades da administração indireta,
em razão de seu regime especial.
d) aos dirigentes das agências executivas é assegurado o desempenho de mandato
fixo, durante o qual não podem ser exonerados, senão por motivo justo, apurado
mediante processo administrativo em que estejam assegurados a ampla defesa e o
contraditório.
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Gabarito: E
Justificativas:
a) ERRADA – Nas fundações públicas de direito público incidirá o regime estatutário, já
nas de direito privado, incidirá o regime celetista.
b) ERRADA – As estatais que receberem recursos para pagamento de pessoal e custeio
estarão sujeitas ao teto constitucional.
c) ERRADA – As associações públicas são produtos do consórcio público.
d) ERRADA – Essas prerrogativas são aplicáveis apenas às agências reguladoras.
e) CORRETA – Nos termos do art. 39. da CRFB, a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e
planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e
das fundações públicas (Vide ADIN nº 2.135-4).
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Capítulo 4
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
4.1. Introdução
Entende-se por administração pública direta o conjunto entre os entes
federativos e seus respectivos órgãos. A atuação desses entes dá-se por meio dos seus
órgãos de forma centralizada.
4.2.1. Conceito
Decorrentes do fenômeno da desconcentração, os órgãos públicos são
repartições internas dentro da estrutura de uma pessoa política ou jurídica, ausentes
de personalidade jurídica própria. Possuem como objetivo principal tornar a
administração pública mais eficiente e por isso são dotados de autonomia gerencial.
Esses órgãos estabelecem com o seu ente ou entidade criadora uma verdadeira
relação de subordinação.
São três as teorias que visam estabelecer uma definição de órgão público, são elas:
Teoria do mandato: o agente público é um verdadeiro mandatário do Estado;
Teoria da representação: o agente público é um verdadeiro representante do
Estado;
Teoria do órgão (criada por Otto Gierke): os agentes manifestam a vontade
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ente municipal.
Nesse sentido: REsp 1.164.017⁄PI, 1ª Seção, Rel. Min. Castro Meira, DJe de 6.4.2010.
(REsp 1.429.322/AL, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 20/02/2014)
4.2.5. Classificação
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Resolução de questões
1. (Ano: 2016 – Banca: BIO-RIO – Órgão: SAAE de Barra Mansa – Prova: Advogado). De
acordo com a legislação vigente, qual das situações descritas abaixo NÃO se enquadra
como sendo um benefício concedido às pessoas jurídicas de direito público?
a) Presença das cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos.
b) Prescrição quinquenal para todo e qualquer direito ou ação em face da Fazendo
Pública.
c) Prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.
d) Imunidade tributária no que diz respeito ao patrimônio, renda e serviços.
Gabarito: C
Justificativa: A alternativa incorreta é a “C”, pois de acordo com o art. 183, §1 o da Lei
nº 13.105/2015 (NCPC) a Fazenda Pública goza de prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais, tendo início a contagem dos prazos a partir da intimação
pessoal de seus representantes legais, sendo possível que esta intimação ocorra por
remessa dos autos, carga destes ou através de intimação por meio eletrônico.
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Capítulo 5
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
5.1. Conceito
A administração pública indireta resulta do fenômeno da descentralização,
sendo composta pelas pessoas jurídicas criadas para exercerem atividades
administrativas vinculadas ao ente federativo criador.
Integram a administração pública indireta: as autarquias, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e as fundações públicas (de Direito Privado e de
Direito Público). Cada uma dessas entidades possui características próprias que serão
apresentadas nos próximos tópicos.
5.2. Autarquias
Autarquia é pessoa jurídica de Direito Público criada por lei para exercer
atividade típica do Estado, integrando a estrutura da administração pública indireta.
De acordo com a legislação em vigor, autarquia é serviço autônomo, criado por
lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para desempenhar
atividades típicas da administração pública que requeiram uma gestão descentralizada.
5.2.3. Objeto
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5.2.5. Patrimônio
O patrimônio das autarquias é considerado bens públicos. Decorre da
transferência dos bens do ente criador, passando a pertencer à entidade criada. Tais
bens gozam dos mesmos privilégios dos bens públicos em geral.
5.2.8. Peculiaridades
As autarquias gozam de imunidade tributária dos impostos referentes aos bens,
renda e serviços vinculados as finalidades essenciais das suas atividades;
As autarquias gozam de certas prerrogativas processuais em razão de serem
enquadradas no conceito de Fazenda Pública.
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Súmula 556 do STF (regra) – É competente a Justiça Comum para julgar as causas em
que é parte sociedade de economia mista.
Súmula 517 do STF (exceção) – As sociedades de economia mista só têm foro na
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Resolução de questões
1. (Ano: 2017 – Banca: IBADE – Órgão: PC/AC – Prova: Delegado de Polícia Civil).
Considerando os temas da centralização e descentralização administrativa, da
concentração e desconcentração administrativa, bem como dos entes da
administração indireta, assinale a alternativa correta.
a) A possibilidade de nomeação, pelo chefe do Poder Executivo, dos dirigentes das
autarquias públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações é
consequência da hierarquia existente entre a Administração direta e a Administração
indireta.
b) As agências reguladoras são espécies de empresas públicas. Têm por finalidade a
normatização técnica de serviços públicos e atividades econômicas.
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c) Caso o Estado do Acre edite uma lei criando uma autarquia pública, fala-se em
desconcentração administrativa, mantendo-se, assim, a hierarquia entre o novo ente
da Administração indireta e a Administração direta.
d) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar ou à lei ordinária, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
e) A agência executiva, autarquia de regime especial, tem por forte característica a
operacionalidade e a eficiência. Seu qualificativo como agência executiva é
temporário, pois, de ordinário, depende de instrumento firmado perante a
Administração direta.
Gabarito: E
Justificativas:
a) ERRADA – Não há hierarquia entre Administração Pública Direta e Administração
Pública Indireta.
b) ERRADA – As agências reguladoras são espécie de autarquia de regime especial.
c) ERRADA – A edição de lei para criação de autarquia diz respeito ao fenômeno da
descentralização e não da desconcentração.
d) ERRADA – Nos termos do art. 37, XIX da CRFB, somente por lei específica poderá ser
criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação.
e) CORRETA.
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Gabarito: C
Justificativa: A alternativa “C” é a incorreta, pois autarquia é criada por lei para
executar atividades típicas da Administração Pública.
3. (Ano: 2016 – Banca: FAURGS – Órgão: TJ/RS – Prova: Juiz de Direito Substituto).
Sobre a Administração Pública indireta, assinale a alternativa correta.
a) As agências reguladoras têm a forma de autarquia especial, regem-se pelo direito
público, são dotadas de personalidade jurídica de direito público e integram a
administração pública indireta.
b) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios, criadas somente por lei federal para executar
exclusivamente quaisquer atividades de prestação de serviços públicos da
administração pública federal.
c) As empresas públicas, com a finalidade de explorar atividade econômica, são
instituídas exclusivamente pela União, dotadas de personalidade jurídica de direito
público e têm a forma de sociedades anônimas.
d) Os empregados das sociedades de economia mista e das empresas públicas, por
serem regidos exclusivamente pela Consolidação das Leis do Trabalho, são nomeados
independentemente de prévia aprovação em concurso público.
e) Todas as entidades que compõem a administração pública indireta possuem
personalidade jurídica de direito público.
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Gabarito: A
Justificativas:
a) CORRETA – As agências reguladoras são autarquias especiais, regidas por normas de
direito público e integram a administração pública indireta.
b) ERRADA – Nos termos do inciso XIX do art. 37 da CRFB, somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação.
c) ERRADA – As empresas públicas, com a finalidade de explorar atividade econômica,
não são instituídas exclusivamente pela União, são regidas por normas de direito
privado, podendo, em regra, assumir qualquer forma societária.
d) ERRADA – O concurso público é obrigatório para todo e qualquer ente da
Administração Pública Indireta.
e) ERRADA – As autarquias e fundações possuem personalidade de Direito Público,
enquanto que as empresas públicas e as sociedades de economia mista, possuem
personalidade jurídica de Direito Privado.
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Capítulo 6
CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
O STF trata a concessão e a permissão como sinônimos, haja vista que o art. 175, PÚ, I
da CRFB afastou qualquer distinção entres esses institutos. ADIMC 1491/DF
(Informativo 117)
Concessão Permissão
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6.5. Autorização
A doutrina majoritária reconhece a autorização como forma de delegação de
serviço público, sendo esta considerada mero ato administrativo precário e
discricionário.
Resolução de questões
1. (Ano: 2016 – Banca: VUNESP – Órgão: Prefeitura de Mogi das Cruzes/SP – Prova:
Procurador Jurídico). Assinale a alternativa que corretamente disserta sobre
características do instituto das concessões.
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Gabarito: A
Justificativas:
a) CORRETA – O Poder Público transfere a execução do serviço público através da
outorga ou delegação. Na outorga há transferência da titularidade e execução do
serviço para pessoa jurídica de direito público, enquanto que na delegação transfere-
se a execução para pessoa jurídica de direito privado.
b) ERRADA – A resposta correta está no inciso II do art. 2o da Lei 8987/95.
c) ERRADA – Nos termos do art. 25 da Lei 8.987/1995, incumbe à concessionária a
execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos
causados ao poder concedente. Portanto, a responsabilidade do concessionário será
objetiva.
d) ERRADA – A tarifa cobrada é, na verdade, preço público e não taxa.
e) ERRADA – A responsabilidade será objetiva.
2. (Ano: 2016 – Banca: IBADE – Órgão: Câmara de Santa Maria Madalena/RJ – Prova:
Procurador Jurídico). O acordo de concessão de serviço público é espécie de:
a) ato condição
b) ato de expediente
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
c) ato de império
d) ato subjetivo
e) ato regra
Gabarito: A
Justificativa: Para responder a questão é importante conceituar os atos de cada
alternativa.
a) Ato condição é o ato pelo qual se insere pessoa física ou jurídica em regime jurídico
pré estabelecido, com normas já definidas.
b) Ato de expediente são atos internos da Administração Pública, referentes a sua
rotina.
c) Ato de império é o ato praticado de ofício pelo agente público, sendo aplicável aos
seus administrados.
d) Ato subjetivo, ou ato individual, é aquele praticado por indivíduo, nos limites da lei,
que configurem efeitos jurídicos nas relações em que estão inseridos.
e) Ato regra é o ato proferido por autoridade competente que contém comandos
gerais e abstratos.
Feita a distinção de cada ato, conclui-se que a concessão está inserida no contexto do
ato condição, sendo, portanto, a alternativa “A” a correta.
3. (Ano: 2016 – Banca: FCC – Órgão: DPE/ES – Prova: Defensor Público). A Lei Federal
nº 8.987/1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de
serviços públicos:
a) obriga as concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos
Estados e no Distrito Federal, a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de
vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento
de seus débitos.
b) não se aplica no âmbito estadual, visto que se trata de lei destinada apenas a
regular a concessão e permissão de serviços públicos pela União.
c) veda a prestação delegada de serviços públicos por pessoas físicas, admitindo seja
feita somente por pessoas jurídicas e consórcios de empresas que demonstrem
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Gabarito: A
Justificativa:
a) CORRETA – Trata-se da redação do art. 7o-A da Lei 8987/95.
b) ERRADA – Nos termos do art. 1o e 2o da Lei 8987/95, a concessão e permissão
incidem sobre os serviços públicos da União, estados, DF e Municípios.
c) ERRADA – O serviço poderá ser exercido por pessoa física quando se tratar de
permissão (art. 2o IV da Lei 8987/95).
d) ERRADA – A concessão será precedida de licitação na modalidade concorrência (art.
2o, II e III da Lei 8987/95).
e) ERRADA – Ao concessionário é possibilitada a utilização de outras fontes de receita
com o objetivo de favorecer a modicidade das tarifas (art. 9o e 11 da Lei 8987/95).
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Gabarito: D
Justificativa:
a) ERRADA – A inversão das fases da licitação é uma faculdade (art. 18-A da Lei
8987/95).
b) ERRADA – A reversão incidirá apenas sobre os bens reversíveis não amortizados ou
depreciados (art. 36 da Lei 8987/95).
c) ERRADA – Primeiro deve-se decretar a intervenção, para depois instaurar o processo
administrativo (art. 32 e 33 da Lei 8987/95).
d) CORRETA – Trata-se de disposição do art. 36 da Lei 8987/95.
e) ERRADA – A arbitragem poderá ser adotada no contrato de concessão (art. 23-A da
Lei 8987/95).
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Capítulo 7
TERCEIRO SETOR
7.1. Conceito
Terceiro Setor diz respeito às entidades da sociedade civil sem fins lucrativos,
que celebram parcerias com o Estado para desempenhar atividades socialmente
relevantes. Essas entidades devem ser sempre de Direito Privado (associações ou
fundações).
7.2. Características
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São exemplos de serviço social autônomo: SESC, SESI, SENAI, SENAT, SEBRAE, e
SEST.
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pela EC 19/1998.
7.5. Licitação
É entendimento majoritário a desnecessidade de licitação para a formalização
de parcerias com o Terceiro Setor, uma vez que elas possuem natureza jurídica de
convênio. No entanto, o poder público deverá respeitar o princípio da impessoalidade
ao firmar parcerias com essas entidades.
Resolução de questões
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Gabarito: B
Justificativa:
a) ERRADA – O termo de parceria é o instrumento firmado entre o Poder Público e as
entidades qualificadas como OSCIP destinado à formação de vínculo de cooperação
entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público (art.
9o da Lei 9790/99).
b) CORRETA – O termo de colaboração é o instrumento pelo qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública com OSC para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que
envolvam a transferência de recursos financeiros (art. 2o, VII da Lei 13019/14).
c) ERRADA – O convênio decorre de acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que
discipline a transferência de recursos financeiros e que tenha como partícipe, de um
lado, órgão ou entidade da administração pública federal, e, de outro lado, órgão ou
entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, ou ainda, entidades
privadas sem fins lucrativos, que visem a execução de programa de governo (art. 1 o, I
do Dec 6170/07).
d) ERRADA – O acordo de cooperação é o instrumento pelo qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública com OSC para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de
recursos financeiros (art. 2, VIII-A da Lei 13.019/14).
Gabarito: Certo
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
3. (Ano: 2017 – Banca: CESPE – Órgão: TJ/PR – Prova: Juiz Substituto). Acerca das
entidades paraestatais e do terceiro setor, assinale a opção correta.
a) Segundo o STF, o procedimento de qualificação pelo poder público de entidades
privadas como OS prescinde de licitação.
b) Segundo o STF, as atividades de saúde, ensino e cultura devem ser viabilizadas por
intervenção direta do Estado, não podendo a execução desses serviços essenciais ser
realizada por meio de convênios com organizações sociais.
c) Cumpridos os requisitos legais, caso uma OS requeira a qualificação como OSCIP, o
poder público deverá outorgar-lhe o referido título, pois se trata de decisão vinculada
do ministro da Justiça.
d) Caso uma OSCIP ajuíze ação cível comum de rito ordinário, o foro competente para
o julgamento da causa será a vara da fazenda pública, se existente na respectiva
comarca, já que se trata de uma entidade que integra a administração pública.
Gabarito: A
Justificativa:
a) CORRETA – O STF julgou parcialmente procedente a ADI 1923/DF, interpretando
conforme a Constituição as normas que dispensam licitação em celebração de
contrato de gestão.
b) ERRADA – O STF na ADI 1923/DF manteve a redação o art. 1o da Lei 9637/98, que
dispõe que o Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao
ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e
preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.
c) ERRADA – Nos termos do art. 2º, IX, da Lei 9790/99, a OS não pode ser qualificadas
como OSCIP.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
d) ERRADA – A OSCIP, por ser pessoa jurídica de direito privado não integrante da
Administração Pública, deverá sujeitar-se às regras processuais aplicáveis às pessoas
jurídicas de direito privado.
4. (Ano: 2016 – Banca: VUNESP – Órgão: Prefeitura de Mogi das Cruzes/SP – Prova:
Procurador Jurídico). A Lei Federal nº 13.019/14 institui um instrumento por meio do
qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela Administração Pública com
organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco, sendo que tais parcerias decorrem de planos de trabalho propostos pelas
organizações da sociedade civil e envolvem a transferência de recursos financeiros. A
referida lei define esse instrumento como termo de:
a) fomento.
b) colaboração.
c) parceria.
d) chamamento público.
e) gestão.
Gabarito: A
Justificativa: O termo de colaboração é o instrumento pelo qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública com OSC para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que
envolvam a transferência de recursos financeiros (art. 2o, VII da Lei 13019/14).
O termo de parceria é o instrumento firmado entre o Poder Público e as entidades
qualificadas como OSCIP destinado à formação de vínculo de cooperação entre as
partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público (art. 9 o da Lei
9790/99).
O chamamento público é o procedimento destinado a selecionar OSC para firmar
parceria, no qual se garanta a observância dos princípios da isonomia, da legalidade,
da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
O Contrato de Gestão é o ajuste celebrado pelo Poder Público com órgãos e entidades
da Administração direta, indireta e entidades privadas ampliando-lhes a autonomia
gerencial, orçamentária e financeira ou para prestação de variados auxílios com
fixação de metas de desempenho na consecução de seus objetivos.
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Capítulo 8
SERVIÇO PÚBLICO
1. Conceito
Não há na doutrina um consenso a cerca do conceito de serviço público. A
doutrina majoritária brasileira adota o conceito amplo em que o serviço público é toda
atividade criada por lei, cujo o titular é o Estado ou particular delegatário, com o
objetivo de atender ao interesse público, sendo submetida ao regime do Direito
Público.
2. Criação
O serviço público é atividade criada pela lei ou pela Constituição.
3. Princípios
Ao longo da evolução histórica, diversos princípios foram absorvidos pelo
campo do serviço público. Abaixo, listaremos os principais princípios reconhecidos pela
doutrina majoritária:
Esta questão chegou no STJ a partir do conflito entre duas normas: o art. 22 do CDC e
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4. Classificação
A doutrina estabelece diversos critérios para a classificação do serviço público.
Vejamos abaixo as mais importantes:
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5. Modalidades
A prestação do serviço público poderá ser prestada de forma direta ou indireta.
Será direta quando a prestação for executada pela própria administração pública, e,
indireta, quando prestada por um particular por meio de um contrato de concessão ou
permissão de serviço público.
6. CDC
Conforme a legislação em vigor, os serviços públicos submetem-se às regras do
Código de Defesa do Consumidor (CDC).
A doutrina diverge bastante quanto a amplitude da aplicação do CDC aos
serviços públicos. Diversas teorias surgiram para debater o tema, sendo tese
majoritária atualmente a incidência do CDC apenas aos serviços individuais (uti singuli)
remunerados por meio de tarifa.
Resolução de Questões
Gabarito: C
Justificativa:
a) ERRADA – Conforme art. 16 da Lei 8987/95, a outorga não terá caráter de
exclusividade, salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica justificada.
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2. (Ano: 2017 – Banca: IBADE – Órgão: PC/AC – Prova: Delegado de Polícia Civil).
Quanto ao tema dos serviços públicos e sua disciplina constante da Lei n° 8.987/1995,
assinale a alternativa correta.
a) Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o poder concedente
autorizará a assunção do controle ou da administração temporária da concessionária
por seus financiadores e garantidores com quem não mantenha vínculo societário
direto, para promover sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da
prestação dos serviços. Esta administração temporária, uma vez autorizada, acarretará
responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação, encargos,
ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
b) No exercício da fiscalização, o poder concedente terá acesso aos dados relativos à
administração, contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros da
concessionária. Ademais, tal fiscalização será feita por intermédio de órgão técnico do
poder concedente ou por entidade com ele conveniada, e, periodicamente, conforme
previsto em norma regulamentar, por comissão composta de representantes do poder
concedente, da concessionária e dos usuários.
c) Entende-se por concessão serviço público a delegação de sua prestação, feita pelo
poder concedente, mediante licitação, nas modalidades de concorrência ou
contratação integrada, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
d) Como o contrato de concessão de serviço público não é considerado um contrato
administrativo e, portanto, não pode conter cláusulas exorbitantes, o poder
concedente não possui atribuição para aplicação de penalidades regulamentares e
contratuais. Por outro lado, a bem do interesse público, poderá a Administração
intervir na prestação do serviço sempre que este não estiver sendo prestado de modo
adequado.
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Gabarito: B
Justificativa:
a) ERRADA – Na forma do art.27 § 5º da Lei 8987/95, a administração temporária
autorizada não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em
relação à tributação, encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com
terceiros, inclusive com o poder concedente ou empregados.
b) CORRETA – Conforme art. 30, PÚ da Lei 8987/95, no exercício da fiscalização, o
poder concedente terá acesso aos dados relativos à administração, contabilidade,
recursos técnicos, econômicos e financeiros da concessionária. A fiscalização será feita
por intermédio de órgão técnico ou por entidade com ele conveniada, e,
periodicamente.
c) ERRADA – A resposta se encontra no art. 2o, II da Lei 8987/95, na concessão de
serviço público a delegação de sua prestação, será feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e
por prazo determinado.
d) ERRADA – Nos termos do art. 4o da Lei 8987/95, a concessão de serviço público,
precedida ou não da execução de obra pública, será formalizada mediante contrato.
e) ERRADA – Neste caso, ocorrerá encampação e não caducidade.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Gabarito: C
Justificativa:
a) CORRETA – Conforme §1o do art. 1o da Lei 11107/05, o consórcio público constituirá
associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.
b) CORRETA – Nos termos do art. 5o da Lei 12846/13.
c) ERRADA – De acordo com o art. 2o, § 1o da Lei 11.079/04.
d) CORRETA – Conforme Art. 5°, XXV da CRFB.
e) CORRETA – Conforme §1o, art. 6o da Lei 8789/95.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Capítulo 9
PODERES ADMINISTRATIVOS
1. Conceito
Poderes administrativos são prerrogativas que a Administração Pública possui
para que, no exercício das suas atividades, concretize os interesses da coletividade.
Estes poderes podem ser utilizados de forma isolada ou conjunta.
No exercício desses poderes, a Administração Pública deverá atuar
estritamente conforme as hipóteses impostas da lei (poder vinculado) ou poderá atuar
fazendo um juízo de conveniência e oportunidade, tendo uma maior liberdade de
atuação, mas sempre dentro dos limites legais (poder discricionário).
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Legislação (ou ordem de polícia): diz respeito a edição de normas que limitam e
condicionam o exercício de atividades privadas e uso de bens. Está atrelado ao
princípio da legalidade.
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Das fases apresentadas, as únicas que estão sempre presentes em qualquer poder de
polícia são: a legislação e a fiscalização. Isso ocorre, pois o consentimento existirá
quando for necessária a expedição de licença ou autorização; e, a sanção quando
houver alguma irregularidade.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Resolução de Questões
1. (Ano: 2017 – Banca: FCC – Órgão: TJ/SC – Prova: Juiz Substituto). Sobre o exercício
do poder disciplinar da Administração Pública, é correto afirmar que tal poder:
a) é exercido somente em face de servidores regidos pelas normas estatutárias, não se
aplicando aos empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho.
b) admite a aplicação de sanções de maneira imediata, desde que tenha havido prova
inconteste da conduta ou que ela tenha sido presenciada pela autoridade superior do
servidor apenado.
c) é aplicável aos particulares, sempre que estes descumpram normas regulamentares
legalmente embasadas, tais como as normas ambientais, sanitárias ou de trânsito.
d) é extensível a sujeitos que tenham um vínculo de natureza especial com a
Administração, sejam ou não servidores públicos.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Gabarito: D
Justificativa:
a) ERRADA – O poder disciplinar aplica-se a todos os servidores, estatutários e
celetistas.
b) ERRADA – É vedada a aplicação de sanções de maneira imediata, por violação ao
contraditório e ampla defesa, bem como ao devido processo legal.
c) ERRADA – Diz respeito aos demais poderes administrativos.
d) CERTA – O poder disciplinar incide sobre todos aqueles que possuem vínculo
especial com a administração pública.
e) ERRADA – A Lei 8112/90 e Lei 8429/92 permitem o afastamento cautelar do
servidor.
2. (Ano: 2017 – Banca: IBADE – Órgão: PC/AC – Prova: Delegado de Polícia Civil). No
que tange aos Poderes e Deveres da Administração Pública e dos administradores
públicos, assinale a alternativa correta.
a) O dever-poder de polícia pode ser integralmente delegado a pessoas jurídicas de
direito privado.
b) De acordo com o Supremo Tribunal Federal, o exercício da competência
regulamentadora, no contexto do dever-poder normativo, não é exclusivo do Chefe do
Poder Executivo. Assim, atos normativos podem ser exarados por agências reguladoras
ou mesmo por órgãos colegiados da Administração direta ou indireta.
c) De ordinário, a noção de dever-poder hierárquico compreende a possibilidade do
chefe expedir ordens aos seus subordinados, contudo, este dever-poder não comporta
a possibilidade de controle ou mesmo a revisão de atos do subordinado pelo superior
hierárquico.
d) O dever-poder normativo é incompatível com a existência dos denominados
regulamentos autorizados, porque questões técnicas devem ser tratadas por leis e não
por regulamentos expedidos no contexto da função administrativa.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Gabarito: B
Justificativa:
a) ERRADA – É possível a delegação das fases de consentimento e fiscalização do poder
de polícia.
b) CERTA – Trata-se da deslegalização (despolitização), pela qual as agências
reguladoras podem inovar no ordenamento em relação as normas técnicas.
c) ERRADA – No poder disciplinar é possível sim o controle ou revisão dos atos
administrativos.
d) ERRADA – O dever-poder normativo é compatível com a existência dos
denominados regulamentos autorizados.
e) ERRADA – No poder de polícia a administração pública atua numa posição de
supremacia, através da imposição de limites e obrigações aos particulares.
Gabarito: Certo
Justificativa: A noção de administração pública compreende-se a partir de dois
sentidos: objetivo e subjetivo. O sentido objetivo consiste na defesa do interesse
público, enquanto que o sentido subjetivo consiste no exercício da função
administrativa.
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Gabarito: C
Justificativa: No AgRg no AREsp 476062 SP, o STJ reconheceu a possibilidade do
PROCON aplicar multas relacionadas às transgressões ao CDC.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Capítulo 10
ATO ADMINISTRATIVO
1. Conceito
Ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que se caracteriza por ser
ato unilateral da Administração Pública ou de particular delegatário, sujeitos ao regime
do Direito Público para a produção de efeitos jurídicos com a finalidade de atender o
interesse público.
Os atos administrativos são típicos do Poder Executivo, mas também poderão
editar esses atos o Poder Legislativo e Judiciário no exercício de gestão interna.
Por vezes a Administração atua no âmbito do Direito Privado, isso ocorre
através das entidades que atuam no domínio econômico, como por exemplo, as
empresas públicas e sociedades de economia mista. Nestes casos, os atos emitidos por
essas entidades também serão considerados administrativos, quando editados no
exercício de atividade administrativa por imposição constitucional, sendo impugnáveis
através de mandado de segurança.
2. Fato administrativo
Trata-se de eventos materiais que repercutem no mundo jurídico. Em regra, é
mera consequência dos atos administrativos.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
5. Atributos do ato
São atributos do ato administrativo: a presunção de legitimidade,
imperatividade e autoexecutoriedade.
Por este atributo presume-se que ato administrativo está conformidade com o
ordenamento. Este atributo é inerente a todo administrativo, independentemente de
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
5.2. Imperatividade
5.3. Autoexecutoriedade
6. Classificação
Compostos: quando editados por dois órgãos. Sendo que um define o conteúdo do
ato, enquanto que o outro verifica a legitimidade.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Revogável: são os atos que podem ser revogados a qualquer momento pelo
critério da conveniência e oportunidade;
Irrevogáveis: são os atos que não podem ser revogados pela administração.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
O jurista francês Léon Duguit classifica os atos em: ato-regra, ato-condição e ato
subjetivo. O ato-regra, são aqueles que criam comandos gerais e abstratos. O ato-
condição é aquele praticado a partir de um ato-regra. Por fim, o ato subjetivo são
aqueles que criam situações concretas e pessoais. Esta classificação não é muito
aceita pela doutrina brasileira, mas seu estudo é importante, pois é tema cobrado por
algumas bancas de concurso.
7. Espécies
São atos gerais e abstratos, cujo objetivo é dar o fiel cumprimento a lei. Estes
atos possuem conteúdo semelhando ao de uma lei, mas não inovam no ordenamento
jurídico. É exemplo de ato normativo o decreto regulamentar.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
Certidão;
Atestado;
Parecer;
Apostila;
São atos que restringem direitos ou impõem obrigações aos que estiverem em
desconformidade com a lei. São exemplos de atos punitivos as multas e apreensões.
8. Extinção
8.1. Anulação
A anulação ocorrerá quando o ato possuir vício de legalidade. A ilegalidade do
ato está na sua origem, sendo assim, sendo anulado o ato, essa extinção terá efeito
retroativo. Porém em certas ocasiões por razões de segurança jurídica, o ato ilegal
poderá surtir efeito por decisão devidamente motivada, modulando-se assim os seus
efeitos. Vide súmula 473 do STF.
8.2. Caducidade
Ocorre a caducidade quando o ato administrativo editado deixar de ser
compatível com nova norma jurídica.
8.3. Cassação
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
8.4. Revogação
Ocorre a revogação quando o ato for extinto por critério de conveniência e
oportunidade da própria Administração Pública.
9. Convalidação ou sanatória
A convalidação ou sanatória ocorrerá sempre que o ato possuir vício sanável.
Neste caso, a convalidação surtirá efeitos retroativos. Poderá ser:
Voluntária: quando decorrer de manifestação da própria administração, por
meio de ratificação, reforma ou conversão;
Involuntária: opera-se pelo decurso do tempo. É a denominada decadência
administrativa.
Resolução de Questões
Gabarito: C
Justificativa: A alternativa “C” está incorreta, pois o Poder Judiciário não revoga ato
administrativo, apenas anula.
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CARREIRAS JURÍDICAS 2017.2 – DIREITO ADMINISTRATIVO
papeis que tramitam pelas repartições públicas, preparando para a decisão de mérito a
ser proferida pela autoridade competente, são classificados como:
a) Atos de império.
b) Atos de gestão.
c) Atos de expediente.
d) Atos normativos.
Gabarito: C
Justificativa: A questão diz respeito aos atos de expediente, mas vamos conceituar os
atos que estão nas outras alternativas.
→ Atos de império são aqueles praticados pela administração e impostos aos
particulares sem prévia autorização judicial. Há presença de supremacia do interesse
público.
→ Atos de gestão são aqueles praticados pela administração como se pessoa privada
fosse.
→ Atos normativos são aqueles que contém comando geral do Poder Executivo.
Gabarito: Errado
Justificativa: O silêncio da administração é fato administrativo e não ato.
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Capítulo 11
PROCESSO ADMINISTRATIVO
1. Conceito
O processo administrativo nada mais é que uma sequência de atos pelo qual é
possível obter uma decisão administrativa. Em âmbito federal, essa sequência de atos
é regulada pela Lei 9784/1999.
2. Classificação
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3. Princípios
3.3. Oficialidade
Por este princípio a Administração pode instaurar e dar impulso ao processo,
independentemente de provocação da parte interessada.
3.5. Publicidade
O processo administrativo deve ser transparente, com ampla publicidade de
todos os atos.
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3.7. Motivação
Este princípio garante a motivação de todos os atos administrativos.
3.8. Gratuidade
O princípio da gratuidade veda a cobrança de despesas processuais nos
processos administrativos, salvo quando for estipulado em lei.
3.9. Participação
O novo modelo de Administração Pública é pautado numa maior participação
popular, é daí que decorre o princípio da participação.
3.10. Recorribilidade
Garante as partes a possibilidade de interposição de recursos contra decisões
em processos administrativos.
5. Recursos
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5.4. Revisão
Através da revisão é possível solicitar a qualquer momento a revisão da decisão
quando surgir fato novo ou circunstância relevante.
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Resolução de Questões
1. (Ano: 2017 – Banca: MPE/PR – Órgão: MPE/PR – Prova: Promotor Substituto). Sobre
competência administrativa, assinale a alternativa incorreta:
a) A Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo), ao tratar da competência, prevê
que os atos de delegação e de avocação deverão ser publicados no meio oficial.
b) A delegação e a avocação são instrumentos de transferência temporária e
excepcional de competências.
c) Segundo a Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo), não pode ser objeto de
delegação a edição de atos de caráter normativo, as decisões de recurso
administrativo e os atos de competência exclusiva.
d) A Constituição Federal de 1988 admite casos de delegação de atos normativos.
e) A Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo) não traz vedação expressa e
absoluta à subdelegação de competência.
Gabarito: A
Justificativa: Para responder essa questão, é necessária leitura atenta da Lei 9784/99.
a) ERRADA – De acordo com o art. 14 da referida lei, apenas a delegação e sua
revogação deverão ser publicados em meio oficial.
b) CERTA – Nos termos do §2o do art. 14, a delegação é revogável a qualquer tempo.
Da mesma forma, é permitida a avocação temporária de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior, conforme art. 15 da lei.
c) CERTA – A justificativa para esta alternativa está no art. 13 da lei.
d) CERTA – A justificativa para esta alternativa está no art. 68 e seus parágrafos da
referida lei.
e) CERTA.
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( ) Certa
( ) Errada
Gabarito: Certa
Justificativa: A afirmativa está correta e encontra fundamento no art. 14, §3 o da Lei
9784/99 e na Súmula 510 do STF.
Gabarito: Certo
Justificativa: A afirmativa está correta, pois nos termos do art. 1°, PÚ da Lei 9784/99,
nos processos administrativos deverão adotar formas simples, suficientes para
propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos
administrados. Ainda, nesta lei, o art. 22 explicita que os atos do processo
administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir.
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4. (Ano: 2017 – Banca: TRF 2ª Região – Órgão: TRF 2ª REGIÃO – Prova: Juiz Federal
Substituto). Analise as assertivas e, ao final, marque a opção correta:
I – No recurso administrativo, a reformatio in pejus é inconstitucional, por violar o
princípio da especialidade e da segregação das funções;
II – Das decisões administrativas cabe recurso, em regra, apenas nos aspectos que se
referem à legalidade do decidido, e a admissibilidade de que o recurso reveja o mérito
(conveniência e oportunidade) depende de explícita previsão legal, pena de afronta à
competência dos agentes públicos, previamente definida em lei;
III – É inconstitucional a exigência de depósito em dinheiro, ou arrolamento de bem,
para admissibilidade de recurso administrativo; é admissível, porém, a exigência de
fiança ou outra caução.
a) Apenas a assertiva II está correta.
b) Todas as assertivas são erradas.
c) Apenas a assertiva III é correta.
d) Apenas as assertivas I e III são corretas.
e) Todas as assertivas são corretas.
Gabarito: B
Justificativa: Na questão, todas as assertivas estão erradas. Vamos analisar o erro de
cada um delas.
I – Conforme PÚ do art. 64 da Lei 9784/99, se do recurso decorrer gravame à situação
do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da
decisão.
II – Nos termos do art. 56 da Lei 9784/99, das decisões administrativas cabe recurso,
em face de razões de legalidade e de mérito.
III – A Súmula Vinculante no 21 determina que é inconstitucional a exigência de
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso
administrativo. Da mesma forma, o art. 56, §2o da Lei 9784/99, a interposição de
recurso administrativo independe de caução, salvo exigência legal.
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Capítulo 12
LICITAÇÃO
1. Conceito
Em regra, toda vez que a Administração Pública for contratar ela deverá realizar
um procedimento prévio denominado licitação. A licitação tem por objetivo buscar a
proposta mais vantajosa observando sempre o princípio da isonomia.
A licitação terá como objeto o conteúdo do contrato a ser realizado,
estabelecendo a Lei 8666/93 quatro objetos: as obras, os serviços, compras e
alienações.
No que tange aos serviços em geral, podemos defini-los como terceirização. O TCU
entende que só será legitima quando se tratar de contratação para o exercício de
atividade-meio da Administração em preservação a regra do Concurso Público
(Acórdão 391/2009 do TCU).
2. Princípios
O processo de licitação, além de respeitar os princípios expressos na
Constituição, deverá observar alguns princípios específicos. São eles:
2.1. Competitividade
O princípio da competitividade indica que a Administração Pública deverá
buscar a proposta mais vantajosa. Quanto mais a licitação for competitiva, mais
vantajosa será a proposta para a Administração.
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5. Destinatários
Conforme legislação em vigor, são destinatários do processo de licitação os
entes da Administração Pública Direta e Indireta, bem como as entidades controladas
direta ou indiretamente pelo Estado.
6. Contratação direta
A regra para contratação pelo Poder Público é a licitação. No entanto, a lei em
vigor estabelece algumas situações em que o Poder Público poderá contratar
diretamente, seja por ser inviável por ausência de competição ou inconveniente.
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7. Modalidades de licitação
A legislação estabelece algumas modalidades de licitação cujos critérios devem
ser observados pela Administração Pública. Estas modalidades estão previstas na Lei
8666/93 (concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão), Lei 10520/2002
(pregão) e Lei 9986/2000 (consulta).
7.1. Concorrência
É a modalidade utilizada para contratações de grande vulto, sendo cabível para
valores acima de R$ 1.500.000,00 nas contratações de obras e serviços de engenharia
e valor acima de R$ 650.000,00 para compras e demais serviços. É a regra para os
processos licitatórios e está prevista no art. 23 da Lei 8666/1993.
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7.3. Convite
Convite é modalidade de licitação prevista no art. 23 da Lei 8666/1993 exigível
para contratações de menor vulto. Desta forma, as obras e serviços de engenharia de
valor até R$ 150.000,00 e compras e demais serviços até R$ 80.000,00 seguirão a
modalidade convite. Importante lembrar que, em relação aos consórcios aplicar-se-ão
as mesmas regras mencionadas no item anterior.
Poderão participar do convite os convidados (cadastrados ou não) e os não
convidados (mas cadastrados) que manifestarem interesse até 24 horas antes da
apresentação das propostas. Mas atenção:
Súmula 248 do TCU: Não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas
à seleção, na licitação sob a modalidade Convite, impõe-se a repetição do ato, com a
convocação de outros possíveis interessados ressalvados as hipóteses previstas no
parágrafo 7º, do art. 22, da Lei nº 8.666/1993.
7.4. Concurso
Haverá o concurso para escolha de trabalho técnico, artístico e científico,
mediante entrega de prêmio ou remuneração. Esta modalidade está prevista no art. 22
da Lei 8666/1993.
A modalidade concurso não se confunde com o concurso público, pois na
primeira o objetivo é a contratação de trabalho, e, na segunda o objetivo é o
provimento de cargo ou emprego público.
7.5. Leilão
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7.6. Pregão
O pregão é modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns.
Está previsto na Lei 10520/2002.
Entende-se por bem ou serviço comum aqueles cujos padrões de desempenho
possam ser objetivamente definidos no edital, por meios das especificações usuais no
mercado.
7.7. Consulta
São as licitações realizadas pelas agências reguladoras. Encontra previsão na Lei
9986/2000. Esta modalidade será cabível quando não for possível a realização de
licitação na modalidade pregão.
8. Procedimento
O procedimento licitatório variará de acordo com a modalidade adotada.
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8.3. Habilitação
Nesta fase a Administração Pública verificará a idoneidade do particular que
com ela deseja contratar. A habilitação deve observar os requisitos estabelecidos em
lei, são eles:
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8.4. Julgamento
Nesta fase, a Administração Pública irá selecionar a melhor proposta através
dos seguintes critérios objetivos: menor preço, melhor técnica, técnica e preço, e,
maior lance ou oferta.
Ao término, a Administração Pública estabelecerá uma ordem classificatória em
que será declarado o vencedor da licitação.
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9. Anulação e revogação
Ocorrerá anulação da licitação quando for verificada alguma ilegalidade no
procedimento, podendo ser declarada pela própria Administração Pública ou pelo
Poder Judiciário. Pode ser declarada a qualquer momento, não gerando, em regra o
dever de indenizar.
Já, a revogação ocorrerá por razões de interesse público ou de fatos
supervenientes devidamente comprovados. Somente a Administração Pública poderá
revogar licitação, podendo ser feita a qualquer momento. De acordo com a doutrina
majoritária, a revogação gera direito de indenização pelas despesas realizadas pelo
vencedor da licitação.
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Resolução de Questões
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Gabarito: C
Justificativa: A resposta da questão é verificada a partir de uma leitura atenta do art.
51 e parágrafos da Lei 8666/93.
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IV – Quando os autores dos crimes previstos na referida lei forem ocupantes de cargo
em comissão ou exercerem função de confiança em órgão da administração pública
direta ou indireta, a pena imposta será acrescida da terça parte.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens III e IV estão certos.
b) Apenas os itens I, II e III estão certos.
c) Apenas os itens I, II e IV estão certos.
d) Todos os itens estão certos.
Gabarito: C
Justificativa: Na questão, os itens I, II e IV estão corretos. Vamos analisar o erro do
item III.
III – A correção está no art. 103 da Lei 8666/93, será admitida ação penal privada
subsidiária da pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, aplicando-se, no que
couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do CPP.
Os demais itens encontram fundamento nos seguintes artigos:
I – art. 89 e 99, §2o da Lei 8666/93.
II – art. 100 da Lei 8666/93.
IV – art. 84, § 2o da Lei 8666/93.
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c) Caberá ao contratado optar por uma das seguintes garantias: caução, seguro-
garantia e fiança bancária.
d) Constitui motivo para a rescisão do contrato o atraso superior a 60 (sessenta) dias
dos pagamentos devidos pela Administração, decorrentes de obras, serviços ou
fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao
contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até
que seja normalizada a situação.
e) A Lei nº 8.666/93 estabelece a possibilidade de alteração contratual por acordo
entre as partes, com as devidas justificativas, tanto para fatos decorrentes da teoria da
imprevisão como resultantes de fato do príncipe.
Gabarito: D
Justificativa:
a) CERTA – A alternativa encontra fundamento no §2o do art. 64 da referida lei.
b) CERTA – A alternativa encontra fundamento no §2o e 3o do art. 56 da referida lei.
c) CERTA – A alternativa encontra fundamento no §1o, incisos I, II e III do art. 56 da
referida lei.
d) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no inciso XV do art. 78 da referida lei.
e) CERTA – A alternativa encontra fundamento no inciso II, d, do art. 65 da referida lei.
4. (Ano: 2017 – Banca: IBADE – Órgão: PC/AC – Prova: Delegado de Polícia Civil). No
que tange às licitações públicas e aos contratos administrativos, com base na Lei n°
8.666/1993 e no Regime Diferenciado de Contratações Públicas (Lei n° 12.462/2011), é
correto o que se afirma em:
a) Por ser incompatível com o regime jurídico de Direito Público, a Lei n° 8.666/1993
veda expressamente a aplicação supletiva dos princípios da teoria geral dos contratos
aos contratos administrativos.
b) O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) aplica-se às licitações
necessárias à realização das obras e serviços de engenharia para construção,
ampliação e reforma e administração de estabelecimentos penais e de unidades de
atendimento socioeducativo. Contudo, às licitações relativas às ações no âmbito da
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Gabarito: E
Justificativa:
a) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no art. 54 DA Lei 8666/93.
b) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no inciso VII, do art. 1 o da Lei
12462/11.
c) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no inciso II, a, do art. 65 da Lei
8666/93.
d) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no inciso XXIX, do art. 24 da Lei
8666/93.
e) CERTA – A alternativa encontra fundamento nos incisos II, IV, V e §1 o do art. 8o da
Lei 8666/93.
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Capítulo 13
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1. Conceito
É o contrato firmado entre a Administração Pública e um particular para a
execução de atividades de relevante interesse público. Estes contratos possuem duas
espécies, são elas:
2. Características
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3. Sujeitos do contrato
São partes no contrato administrativo a Administração Pública e o particular.
5. Cláusulas exorbitantes
As cláusulas exorbitantes caracterizam-se pelo desequilíbrio contratual e estão
previstas no art. 58 da Lei 8666/1993. Vejamos abaixo as cláusulas exorbitantes
previstas na legislação.
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Quando se tratar rescisão por culpa da Administração, esta rescisão deverá dar-
se por meio de acordo na via administrativa ou mediante sentença decorrente da
propositura de ação judicial.
5.3. Fiscalização
A Administração Pública tem a obrigação de fiscalizar a execução do contrato.
5.4. Sanções
No caso de inexecução do contrato, seja parcial ou total, a Administração
Pública poderá aplicar as seguintes sanções: advertência, multa, suspensão temporária
de participação em licitação, impedimento de contratar com a Administração por até 2
anos e declaração de idoneidade.
6. Equilíbrio econômico-financeiro
O equilíbrio econômico-financeiro garante ao contratado e a Administração
Pública a manutenção das condições pactuadas no contrato. Vejamos alguns
mecanismos utilizados para a manutenção deste equilíbrio.
6.1. Reajuste
O reajuste garante a preservação do valor do contrato em decorrência da
inflação. É aplicado anualmente por meio de índices de preços gerais, setoriais ou que
reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados no contrato.
Trata-se de cláusula necessária nos contratos que incidirá sempre sobre as
cláusulas econômicas e sobre fatos previsíveis.
6.2. Revisão
A revisão decorre da lei, podendo incidir em qualquer cláusula contratual.
Restaura o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, pois referem-se a fatos
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6.4. Repactuação
A repactuação é admitida nos contratos de terceirização de serviços, devendo
considerar a variação de custos comprovada pelo contratado. Esta só poderá ser
efetivada após 12 meses.
Contratações previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24 da Lei
8666/1993;
8. Prorrogação
A prorrogação do contrato é exceção. Sendo admitida se observar os seguintes
requisitos:
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9. Inexecução contratual
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c) apenas a I e a III.
d) apenas a II e a III.
e) a I, a II e a III.
Gabarito: E
Justificativa:
I – A assertiva encontra fundamento no RE 760931/DF (Informativo 862 do STF).
II – A assertiva encontra fundamento no §2o do art. 71 da Lei 8666/93.
III – A assertiva encontra fundamento no art. 71 da Lei 8666/93 e na ADC 16.
2. (Ano: 2017 – Banca: CESPE – Órgão: TJ/PR – Prova: Juiz Substituto). O art. 58 da Lei
n.º 8.666/1993 prevê que o regime jurídico dos contratos administrativos por ela
instituído confere à administração a prerrogativa de prever cláusulas exorbitantes.
Ocorre que alguns contratos celebrados pela administração apenas incidem ou podem
incidir parcialmente em cláusulas exorbitantes, pois são regidos predominantemente
por normas de direito privado. Nesse sentido, assinale a opção que apresenta contrato
celebrado pela administração, regido por normas do direito público, e pelas
disposições do citado art. 58, independentemente de compatibilidade com as regras
contratuais do direito privado.
a) contrato de locação em que o poder público seja locatário
b) contrato de seguro
c) contrato de financiamento
d) contrato de prestação de serviço técnico profissional de fiscalização de obras e
serviços
Gabarito: D
Justificativa: A questão encontra fundamento nos arts. 13, IV e 62, §3 o, I da Lei
8666/93.
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a) em relação ao primeiro termo aditivo, não haveria óbice jurídico, já que a alteração
final foi de 15% (quinze por cento), não tendo ocorrido a superação do limite legal de
25% (vinte e cinco por cento);
b) em relação ao primeiro termo aditivo, haveria óbice jurídico em razão da supressão
resultante de acordo entre as partes ultrapassar o limite de 25% (vinte e cinco por
cento);
c) em relação ao primeiro termo aditivo, haveria óbice jurídico porque acréscimos e
supressões devem ser contabilizados isoladamente, sem qualquer compensação,
tendo sido ultrapassado o limite de 25% (vinte e cinco por cento);
d) em relação ao segundo termo aditivo, haveria óbice jurídico em razão da
impossibilidade legal de substituição da garantia durante a execução do contrato;
e) em relação ao segundo termo aditivo, não haveria óbice jurídico para que as partes
contratantes, de comum acordo, substituíssem títulos da dívida pública por uma
garantia hipotecária.
Gabarito: C
Justificativa: Resolve-se a questão com uma leitura atenta do art. 65, §§ 1o e 2o da Lei
8666/93.
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Gabarito: D
Justificativa: Para resolver a questão, deve ser feita uma leitura atenta do RE
760931/DF (informativo 862 do STF). Importante, ainda, leitura da Súmula 331 do TST.
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Capítulo 14
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ORDEM ECONÔMICA
2. Fundamento
A ordem econômica fundamenta-se na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, conforme disposto no art. 170 da Constituição Federal de 1988.
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3. Espécies de intervenção
O Estado pode intervir na economia direta (quando o Estado atua na produção
de bens e serviços) ou indiretamente (quando impõe normas, regulação...).
As principais formas de intervenção do Estado na economia são: planejamento,
regulação, fomento, repressão ao abuso econômico e exploração direta da atividade
econômica.
4. Planejamento
A Intervenção do Estado na economia requer que seja feito um planejamento a
fim de indicar os motivos, meios e as metas que deverão ser implementadas para
atingir o interesse público.
O objetivo principal do planejamento encontra fundamento no Princípio da
Eficiência (art. 174 da CRFB).
Existem diversos instrumentos para que o planejamento se efetive. Os
principais são: o plano geral de governo, os programas sociais, o orçamento anual e o
programa financeiro de desembolso.
5. Regulação
Entende-se por regulação a atuação do Estado com o fim de coordenar
determinadas atividades privadas, garantindo a livre concorrência e a prestação de
serviços públicos. Trata-se de forma de intervenção indireta do Estado na economia. A
atividade regulatória do Estado possui as seguintes características: edição de normas,
implementação delas, fiscalização pelo cumprimento delas e punição pelas infrações.
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6. Fomento
Entende-se por fomento os incentivos estatais para o desenvolvimento de
determinadas atividades com o objetivo de satisfazer o interesse público. O fomento
encontra previsão no art. 174 da Constituição Federal de 1988.
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1. (Ano: 2016 – Banca: FCC – Órgão: PGE/MT – Prova: Procurador do Estado). O Estado
X pretende criar estrutura administrativa destinada a zelar pelo patrimônio ambiental
estadual e atuar no exercício de fiscalização de atividades potencialmente causadoras
de dano ao meio ambiente. Sabe-se que tal estrutura terá personalidade jurídica
própria e será dirigida por um colegiado, com mandato fixo, sendo que suas decisões
de caráter técnico não estarão sujeitas à revisão de mérito pelas autoridades da
Administração Direta. Sabe-se também que os bens a ela pertencentes serão
considerados bens públicos. Considerando-se as características acima mencionadas,
pretende-se criar uma:
a) agência reguladora, pessoa de direito público, cuja criação se dará diretamente por
lei.
b) agência executiva, órgão diretamente vinculado ao Poder Executivo, cuja criação se
dará diretamente por lei.
c) associação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e
se efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente.
d) agência executiva, entidade autárquica de regime especial, estabelecido mediante
assinatura de contrato de gestão.
e) fundação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se
efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente.
Gabarito: A
Justificativa:
a) CERTA – Encontra fundamento no art. 4o da Lei 9986/00.
b) ERRADA – Encontra fundamento no art. 51, II da Lei 9649/98.
c) ERRADA – Encontra fundamento no art. 52, §1o da Lei 9649/98.
d) ERRADA – Encontra fundamento no art. 51, II da Lei 9649/98.
e) ERRADA – A alternativa conceitua uma fundação privada.
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Capítulo 15
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
1. Conceito
A intervenção do Estado na propriedade nada mais é que a imposição de
restrições ou de condições na propriedade para atender questões de interesse público
e a função social da propriedade.
2. Modalidades
Nossa legislação divide a intervenção do Estado na propriedade em dois
grandes grupos: intervenção restritiva e intervenção supressiva.
3. Servidão
Trata-se de um direito real público que autoriza que a Administração Pública
utilize propriedade imóvel particular para execução de obras ou serviço de interesse
público. Embora se assemelhe com o instituto da servidão prevista no Direito Civil,
uma não se confunde com a outra, pois a primeira ocorre no bojo de uma relação
privada enquanto que a servidão administrativa ocorre para atender interesse público.
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3.2. Indenização
Em regra, não há pagamento de indenização em decorrência da instituição da
servidão, pois não há perda de propriedade. No entanto, o proprietário do imóvel
poderá ser indenizado pelos eventuais danos ou prejuízos que o imóvel vier a sofrer.
Sendo necessário indenizar, a quantia não poderá elevar-se até o valor do bem.
Na indenização deverá estar incluso: juros moratórios, juros moratórios, correção
monetária, honorários advocatícios e despesas judiciais.
3.2. Extinção
A servidão administrativa é, em regra, permanente, permanecendo assim,
enquanto for necessária para que se atinja os objetivos que motivaram a sua
instituição.
4. Requisição
A requisição administrativa ocorre quando em situação de perigo público
iminente, o Estado utiliza um bem (móvel ou imóvel) pertencente a particular para
atender alguma situação urgente. Está previsto no art. 5o, XXV da Constituição Federal
de 1988.
4.1. Indenização:
O proprietário só será indenizado pelos danos que o bem vier a sofrer, sendo o
pagamento realizado após a utilização do bem.
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(STF - MS: 25295 DF, Relator: Min. JOAQUIM BARBOSA, Data de Julgamento:
20/04/2005, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-117 DIVULG 04-10-2007
PUBLIC 05-10-2007 DJ 05-10-2007 PP-00022 EMENT VOL-02292-01 PP-00172)
5. Ocupação temporária
Ocupação temporária é a forma de intervenção estatal na propriedade em que
o Estado usa temporariamente imóvel particular para execução de obra e serviço
público.
5.2. Indenização
O pagamento de indenização está condicionado aos danos que o imóvel vier a
sofrer por conta da ocupação.
6. Limitação
A limitação administrativa é o meio pelo qual a Administração Pública impõe
obrigações ao proprietário de imóvel, para que a propriedade atenda a sua função
social. É forma de intervenção na propriedade que deriva do poder de polícia.
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7. Tombamento
O tombamento visa a proteção do patrimônio histórico e cultural, por
manifestação expressa da Administração Pública. Está previsto no art. 216, § 1 o da
Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelo Decreto-lei 25/1937.
7.1. Objeto
O tombamento pode ser realizado em bem móvel ou imóvel.
7.4. Efeitos
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7.5. Indenização
A indenização depende da comprovação de prejuízo, sendo de 5 anos o prazo
prescricional para propositura de ação indenizatória.
8. Desapropriação
Desapropriação é forma de intervenção drástica/supressiva na propriedade
pela qual o Estado transfere para si a propriedade de bem imóvel alheio em razão de
utilidade ou necessidade pública, e, interesse social. Trata-se de forma originária de
aquisição da propriedade.
Esta forma de intervenção encontra fundamento no art. 5 o, XXIV do testo
constitucional, que dispõe o seguinte: “a lei estabelecerá o procedimento de
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante
justa e prévia indenização em dinheiro”.
8.1. Modalidades
Despropriação comum (ou ordinária): é a desapropriação por utilidade pública
ou necessidade pública, ou por interesse social, com justa e prévia indenização
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8.2. Procedimento
Fase declaratória: é a fase inicial da desapropriação em que o Poder Público
declara a existência de necessidade pública ou interesse social. Essa declaração
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8.3.3. Sentença
A sentença põe fim ao processo de desapropriação, autorizando a imissão
definitiva na posse para o expropriante, com a devida transcrição da propriedade no
RGI.
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Resolução de Questões
Gabarito: B
Justificativa:
a) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no art. 243 da CRFB.
b) CERTA – A alternativa encontra fundamento no art. 243 da CRFB e no RE 635336/PE
(Informativo 851 do STF).
c) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no RE 635336/PE (Informativo 851 do
STF).
d) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no RE 635336/PE (Informativo 851 do
STF).
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Gabarito: D
Justificativa:
a) ERRADA – A tredestinação lícita o Poder Público dá ao bem expropriado destinação
diversa daquela prevista no decreto expropriatório.
b) ERRADA – Na desapropriação indireta o Poder Público se apropria do bem
particular, sem observar os requisitos da desapropriação.
c) ERRADA – Só é possível a desistência da desapropriação quando o pagamento da
indenização não tiver se consumado.
d) CERTA – Retrocessão é a reversão da desapropriação, quando não for dada a
destinação pública ao bem.
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Gabarito: C
Justificativa:
a) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no art. 14 do Dec 25/1937.
b) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no art. 14 do Dec 25/1937.
c) CERTA – A alternativa encontra fundamento no art. 12, §1o do Dec 25/1937.
d) ERRADA – A alternativa encontra fundamento no art. 17 do Dec 25/1937.
Gabarito: Certo
Justificativa: A afirmativa está correta. Trata-se do instituto da servidão administrativa
que encontra fundamento na Supremacia do Interesse Público sobre o Privado.
Gabarito: C
Justificativa: O direito à preempção municipal encontra amparo art. 25 do Estatuto da
Cidade (Lei 10.257/01).
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Capítulo 16
BENS PÚBLICOS
1. Conceito
A doutrina majoritária conceitua bem público a partir da redação do art. 98 do
Código Civil, pelo qual é considerado bem público os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno.
Há discussão acerca dos bens pertencente à pessoa jurídica de Direito Privado,
pertencente à Administração Pública. Nestes casos, sujeitar-se-ão ao regime jurídico
do bem publico aqueles bens que estiverem sendo utilizados na prestação de algum
serviço público.
2. Características
Os bens públicos possuem algumas características que os distinguem dos bens
privados, que formam o regime jurídico dos bens públicos. Vejamos elas:
2.2. Impenhorabilidade
A penhora nada mais é que o ato de constrição judicial de bens do devedor
para satisfazer o credor. Os bens públicos não são suscetíveis de penhora por
disposição prevista no texto constitucional.
2.3. Imprescritibilidade
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Os bens públicos são imprescritíveis, ou seja, não podem ser adquiridos por
meio de usucapião.
2.4. Não onerabilidade
Os bens públicos não podem ser gravados em garantia real, ou seja, não podem
ser dados em penhor, anticrese e hipoteca.
3. Classificação
Indisponíveis por natureza: são os bens de natureza não patrimonial que não
podem ser alienados e nem onerados;
Patrimoniais indisponíveis: são os bens afetados por uma destinação pública e
que por isso a Administração Pública não pode dispor;
Patrimoniais disponíveis: são os bens que podem ser alienados, na forma que
a lei estabelecer.
4. Afetação e desafetação
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5.3.1. Autorização
Ato administrativo discricionário e precário que concede ao particular o uso de
bem público, baseado em critério de conveniência e oportunidade.
5.3.2. Permissão
Ato administrativo discricionário e precário que concede ao particular o uso de
bem público, atendendo interesse público e privado.
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5.3.3. Concessão
Contrato administrativo que concede ao particular o uso de bem público para
atender interesse público.
6. Espécies
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6.6. Ilhas
São as elevações de terra acima do nível das águas. Pode ser: marítima
(costeira ou oceânica), fluvial ou lacustre.
Resolução de Questões
1. (Ano: 2017 – Banca: VUNESP – Órgão: TJ/SP – Prova: Juiz Substituto). Considerando-
se o regime jurídico dos bens públicos, pode-se afirmar que:
a) a eles não se aplica o princípio da função social da propriedade, em razão do regime
de impenhorabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade.
b) a eles se aplica, com grau diferenciado, o princípio da função social da propriedade,
em relação aos bens de uso comum do povo.
c) a eles se aplica o princípio da função social da propriedade, em grau diferenciado,
em relação aos bens dominiais.
d) a eles se aplica o princípio da função social da propriedade que incide
indistintamente e com mesmo grau de intensidade, dada sua função normativa, sobre
todo o ordenamento jurídico e sobre o domínio público e particular.
Gabarito: C
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Justificativa: Nos termos do art. 5o, XXIII da CRFB, a propriedade deverá atender a sua
função social. Nos bens públicos, os bens de uso comum do povo e os bens de uso
especial já cumprem a sua função social. Nos bens dominicais este principio terá
incidência em grau diferenciado.
Gabarito: B
Justificativa: Esta questão encontra fundamento no AgInt no REsp 1482422/RJ, julgado
em 22/11/2016 e publicado no DJe 30/11/2016.
3. (Ano: 2017 – Banca: FCC – Órgão: TJ/SC – Prova: Juiz Substituto). A propósito do uso
dos bens públicos pelos particulares, é correto afirmar que:
a) as concessões de uso, dada a sua natureza contratual, não admitem a modalidade
gratuita.
b) o concessionário de uso de bem público exerce posse ad interdicta, mas não exerce
posse ad usucapionem.
c) a autorização de uso, por sua natureza precária, não admite a fixação de prazo de
utilização do bem público.
d) a Medida Provisória n° 2.220/2001 garante àquele que possuiu como seu, por cinco
anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados
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Gabarito: B
Justificativa:
a) ERRADA – A concessão de uso pode ocorrer de forma onerosa ou gratuita.
b) CERTA – Encontra fundamento no art. 102 do Código Civil.
c) ERRADA – A autorização de uso transfere o uso do bem público por período de curto
período.
d) ERRADA – De acordo com a MP 2220/01, a utilização do bem deve ser para moradia
própria ou da família, e não para fins comerciais como está descrito na alternativa.
e) ERRADA – A permissão de uso depende de procedimento licitatório prévio.
Gabarito: Certo
Justificativa: O usucapião é forma originária de aquisição de bens, na forma do art.
1238 do Código Civil. Neste caso, o Município poderá alegar usucapião, desde que
observados os requisitos do Código Civil.
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Capítulo 17
AGENTES PÚBLICOS
1. Conceito
Agentes públicos são as pessoas responsáveis por externalizar a vontade do
Estado e pelo exercício da função pública.
2. Espécies
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São as pessoas que exercem função pública de forma transitória, mas que não
ocupam cargo ou emprego público. Também são chamados de agentes honoríficos.
3. Cargo Público
Para iniciar este tópico, é impostante estabelecer uma distinção entre cargo,
emprego e função pública. Desta forma:
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3.3.1. Originário
O provimento originário ocorre quando o ocupante não possui vínculo anterior
com a Administração Pública. É formalizado através da nomeação de candidato
aprovado em concurso público, salvo exceções previstas na constituição (ministros do
STF e STJ e o quinto constitucional).
3.3.2. Derivado
O provimento derivado ocorre quando o ocupante já possui vínculo anterior
com a Administração Pública. São formas de provimento derivado:
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3.3.3. Vacância
Ocorre vacância quando determinado cargo não estiver ocupado. São fatos que
ensejam vacância, conforme determina a legislação brasileira: exoneração, demissão,
promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo e falecimento.
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5. Estabilidade
Estabilidade é garantia de permanência no cargo conferida ao servidor público
estatutário que ocupa cargo efetivo, após três anos de efetivo exercício (estágio
probatório) e com aprovação na avaliação especial de desempenho.
6. Vitaliciedade
Vitaliciedade é garantia de permanência no cargo conferida ao servidor que
ocupa cargo vitalício, após o efetivo exercício no prazo de dois anos (estágio de
vitaliciamento). Por se tratar de uma garantia mais forte que a estabilidade, o
ocupante de cargo vitalício só poderá ser demitido após sentença judicial transitada
em julgado.
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7. Concurso Público
O concurso público é a regra para o provimento de cargos públicos, salvo
estipulação em contrário. Trata-se de obrigatoriedade imposta pelo art. 37 do texto
constitucional, este próprio dispositivo enumera as situações em que o concurso será
inexigível. São elas: ocupantes de cargo em comissão, servidores temporários,
ministros dos tribunais superiores e dos Tribunais de Contas, magistrados que
ingressarem pelo quinto constitucional, agentes de saúde, agentes de combate à
endemias e ex-combatentes que participaram de operações bélicas na Segunda Guerra
Mundial.
8. Remuneração
O sistema de remuneração dos servidores públicos divide-se em dois grandes
grupos: vencimentos e subsídios. Entende-se por vencimento o somatório das parcelas
fixas e das vantagens pecuniárias. Já os subsídios são parcelas únicas fixadas por lei,
sendo vedado o recebimento de vantagens.
9. Associação sindical
A Constituição garante ao servidor o direito à livre associação sindical,
conforme art. 37, VI.
10. Greve
Aos servidores públicos é garantido o direito de greve, sendo necessária a
edição de lei ordinária específica para regulamentar este direito. Até o momento tal
norma ainda não foi editada.
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Resolução de Questões
Gabarito: E
Justificativa:
a) ERRADA – O cadastro de reserva é meio idôneo para o aproveitamento de
candidatos.
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b) ERRADA – Estes candidatos não possuem direito subjetivo à nomeação, mas sim
mera expectativa de direito.
c) ERRADA – Neste caso, a discricionariedade não é exercida livremente, deve-se
avaliar de forma racional e eficiente a necessidade de novas convocações durante a
validade do certame.
d) ERRADA – O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso não gera
automaticamente o direito à nomeação para os candidatos aprovados fora do número
de vagas previstas no edital.
e) CERTA.
Gabarito: E
Justificativa: Esta questão trabalha com questão debatida pelo STF em sede de
repercussão geral no RE 612975/MT e RE 602043/MT, julgados em 26 e 27/4/2017
(Informativo 862).
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3. (Ano: 2017 – Banca: FCC – Órgão: DPE/PR – Prova: Defensor Público). Sobre Agentes
Públicos e Princípios e Regime Jurídico Administrativo, é correto afirmar:
a) O princípio da impessoalidade destina-se a proteger simultaneamente o interesse
público e o interesse privado, pautando-se pela igualdade de tratamento a todos
administrados, independentemente de quaisquer preferências pessoais.
b) São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações públicas, as
empresas públicas, as sociedades de economia mista, e as subsidiárias destas duas
últimas. As subsidiárias não dependem de autorização legislativa justamente por
integrarem a Administração Pública Indireta.
c) As contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de origem pública
prescindem de autorização específica para fins do exercício do controle externo.
d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público aplica sanções por
infrações administrativas pelos servidores públicos. Trata-se de exercício de Poder de
Polícia com base na hierarquia.
e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato vinculado,
concedida desde que cumpridos os requisitos objetivamente definidos em lei.
Gabarito: C
Justificativa:
a) ERRADA – O princípio da impessoalidade visa a proteção de interesse público.
b) ERRADA – A criação de subsidiárias dependem de autorização legislativa.
c) CERTA.
d) ERRADA – A alternativa diz respeito ao poder disciplinar e não ao poder de polícia.
e) ERRADA – A licença é ato negocial e vinculado.
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Capítulo 18
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
1. Conceito
Diz respeito a obrigação que o Estado tem de indenizar os danos materiais e
morais praticados por seus agentes, quando estiverem atuando na qualidade de
agente público.
2. Evolução
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função pública.
Dano: é a lesão provocada em algum bem jurídico. O dano poderá ser:
material ou moral. Entende-se por dano material a lesão no patrimônio da
vítima, podendo subdividir-se em dano emergente ou lucro cessante. É dano
moral aquele que incide sobre os direitos da personalidade.
Nexo de causalidade: deve haver uma relação entre a conduta do Estado e o
dano sofrido pela vítima. Nosso ordenamento jurídico adota a teoria da
causalidade direta e imediata para explicar o nexo de causalidade, para esta
teoria, será causa necessária do dano, o evento que se vincular direta e
imediatamente com ele.
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6. Pessoas responsáveis
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9. Ação de regresso
O texto constitucional em seu art. 37, §6o garante à Administração Pública o
direito de regresso. Desta forma as pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
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Gabarito: D
Justificativa:
I – Encontra fundamento no RE 852475/SP.
II – Encontra fundamento no RE 669069/MG.
III – Encontra fundamento no RE 669069/MG.
IV – Encontra fundamento no RE 669069/MG.
2. (Ano: 2017 – Banca: FCC – Órgão: DPE/PR – Prova: Defensor Público). Conforme o
estudo da responsabilidade civil do estado e dos agentes públicos:
a) na hipótese de dano causado a particular por agente público no exercício de sua
função, os tribunais superiores assentaram a possibilidade de ajuizamento pelo lesado
de ação de reparação de danos diretamente contra o autor do fato, devendo nesse
caso, ser perquirida apenas a conduta, nexo causal e os prejuízos.
b) na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão transitada em
julgado, em regra, não fará jus o servidor aos salários que deixou de receber, mas
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apenas a equitativa compensação, sob o fundamento de que deveria ter sido investido
em momento anterior.
c) constitui caso de concorrência de culpa o suicídio de detento ocorrido dentro de
estabelecimento prisional do estado, devendo haver redução proporcional do valor da
indenização.
d) afastada a responsabilidade criminal do servidor por inexistência daquele fato ou de
sua autoria, restará automaticamente repelida a responsabilidade administrativa.
e) aplica-se o prazo prescricional quinquenal previsto no Decreto n° 20.910/1932 às
ações indenizatórias ajuizadas contra Fazenda Pública, afastando-se a incidência do
prazo trienal previsto no Código Civil em razão do critério da especialidade normativa.
Gabarito: E
Justificativa:
a) ERRADA – Tal questão foi debatida no RE 327904/SP, RE 344133/PE e no RE
720275/SC.
b) ERRADA – Trata-se de questão debatida no RE 724347/DF.
c) ERRADA – Questão debatida no REsp 1.305.259/SC e no RE 841526/RS em sede de
repercussão geral.
d) ERRADA – Súmula 18 do STF.
e) CERTA – Encontra fundamento no art. 1o da Lei 9494/97.
Gabarito: Certo
Justificativa: A afirmativa encontra fundamento no RE 591.874/MS.
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Capítulo 19
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Conceito
Controle da administração pública diz respeito ao conjunto de instrumentos
que possibilitam a fiscalização da atividade administrativa pela própria Administração
Pública ou por órgãos externos.
2. Espécies
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3. Controle administrativo
O controle administrativo é prerrogativa conferida à Administração Pública
para o controle dos seus próprios atos. Decorre do princípio da autotutela. Em regra,
ocorre por meio de processo administrativo instaurado de ofício ou por pessoa
interessada (em decorrência do direito de petição).
4. Controle legislativo
O controle legislativo sobre os atos da Administração Pública incide nos
critérios políticos e financeiros. Abaixo listamos os principais casos de controle
legislativo:
6. Controle judicial
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Ação de improbidade Aplicar sanções aos agentes públicos que praticarem atos de
administrativa improbidade.
Resolução de Questões
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Gabarito: C
Justificativa: A questão encontra fundamento nas lições de Celso Antônio Bandeira de
Mello.
I – A discrição administrativa decorre da hipótese da norma, finalidade da norma e,
inclusive, do mandamento da norma.
II – No uso da discricionariedade deve-se ponderar: a possibilidade do agente decidir
pela solução pertinente, coisa que a vinculação não permitiria; a lei permite o uso da
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discricionariedade que poderá ser utilizada ou não, conforme o caso concreto; e, por
fim, o controle da discricionariedade ocorrerá por critérios de razoabilidade.
III – A hipótese de discricionariedade administrativa sempre corresponderá uma
situação concreta em que se identifica que a decisão do administrador não é tida como
intangível. O agente público deverá fazer a melhor escolha, sob pena de anulação do
ato.
IV – O uso da discricionariedade encontra quatro fundamentos: intenção legal de
conferir a discricionariedade; impossibilidade do legislador em prever todas as
situações; inviabilidade de suprimir a discricionariedade; e, impossibilidade de negar a
discricionariedade.
2. (Ano: 2017 – Banca: CESPE – Órgão: TJ/PR – Prova: Juiz Substituto). No que se refere
à discricionariedade administrativa e ao controle judicial dos atos administrativos,
assinale a opção correta.
a) Não havendo previsão legal sobre o tema, o STF tem admitido que o Poder Judiciário
determine a atualização da tabela do imposto de renda.
b) Segundo o entendimento do STF, não havendo flagrante ilegalidade ou
inconstitucionalidade, o Poder Judiciário não pode interferir em critérios fixados por
banca examinadora de concurso público.
c) Segundo o STF, a determinação judicial para que a administração pública realize
obras ou reformas emergenciais em presídios fere a separação dos poderes, mesmo
que a melhoria preste-se a garantir a integridade física dos presos.
d) Não se admite o controle judicial dos atos discricionários.
Gabarito: B
Justificativa: Esta questão encontra fundamento no RE 632853/CE, pelo qual o Poder
Judiciário não poderá interferir em critérios fixados por banca examinadora de
concurso.
3. (Ano: 2017 – Banca: FGV – Órgão: ALERJ – Prova: Procurador). Determinada agência
de fomento estadual, enquadrada como instituição financeira, é instada pelo
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Gabarito: C
Justificativa: Resolve-se a questão a partir da leitura do MS 33340/DF, constante no
Informativo 787 do STF. Tal MS trata de operações de crédito realizadas pelo BNDES.
4. (Ano: 2016 – Banca: CESPE – Órgão: PGE/AM – Prova: Procurador do Estado). Acerca
do controle administrativo interno e externo, julgue o item a seguir.
“As comissões parlamentares de inquérito são instrumentos de controle externo
destinados a investigar fato determinado em prazo determinado, mas desprovidos de
poder condenatório”.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito: Certo
Justificativa: Esta questão está fundamentada no art. 58, §3o da CRFB.
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Capítulo 20
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
1. Conceito
A ação de improbidade administrativa tem por objetivo impôr sanções àqueles
que praticarem atos de improbidade administrativa e encontra regulamentação legal
na Lei 8429/1992. Está intimamente ligada ao princípio da juridicidade.
2. Controle da improbidade
3. Sujeitos
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5. Prescrição
Na forma da lei, o prazo prescricional será de:
6. Procedimento
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Gabarito: B
Justificativa: Resolve-se esta questão a partir da leitura do REsp 1.177.910/SE,
constante no Informativo 577 do STJ.
2. (Ano: 2017 – Banca: IBADE – Órgão: PC/AC – Prova: Delegado de Polícia Civil). Tendo
em vista as disposições da Lei n° 8.429/1992, que trata da improbidade administrativa,
é correto o que se afirma em:
a) Por ser o ato ímprobo extremamente pernicioso para a sociedade, as ações ou
omissões, dolosas ou culposas, que importem enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário
ou violação de princípios da Administração Pública, serão passíveis de aplicação das
sanções constantes da Lei de Improbidade Administrativa.
b) No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público beneficiário os bens ou
valores acrescidos ao seu patrimônio. Por uma lacuna legislativa, esta sanção não
alcança os terceiros beneficiários da conduta ímproba.
c) Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a tortura de preso
custodiado em delegacia praticada por policial não constitui ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública, mas sim uma
questão a ser resolvida exclusivamente na esfera penal.
d) Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, nos casos de dispensa
ilegal de procedimento licitatório mediante fracionamento indevido do objeto licitado
em que o Poder Público deixa de contratar a melhor proposta, veda-se
peremptoriamente a pena de ressarcimento ao erário porque sua admissão implicaria
prejuízo ao erário in re ipsa, o que, para aquela Corte, é um caso não admitido de
responsabilização objetiva por improbidade administrativa.
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Gabarito: E
Justificativa:
a) ERRADA – Apenas os atos de improbidade que causam lesão ao erário podem
assumir a forma culposa. O erro da alternativa está em generalizar e afirmar que todos
os atos de improbidade podem ser cometidos de forma culposa.
b) ERRADA – Não há lacuna legislativa em relação ao terceiro. Art. 6o da Lei 8.429/92.
c) ERRADA – A tortura de preso em custódia constitui ato de improbidade
administrativa, conforme REsp 1.177.910/SE, constante no Informativo 577 do STJ.
d) ERRADA – É possível a pena de ressarcimento ao erário nos casos de dispensa ilegal
de procedimento licitatório mediante fracionamento indevido do objeto licitado, trata-
se de entendimento firmado no REsp 1.214.605/SP.
e) CERTA – A alternativa encontra fundamento no art. 10, XXI da Lei 8.429/92.
Gabarito: Certo
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Justificativa: Trata-se de situação prevista no art. 17, §1o da Lei 8.429/92. Este artigo
havia sido alterado pela MP 703/2015 que, no entanto, perdeu a sua eficácia em maio
de 2016. Não esqueça de manter seu material de estudos atualizado.
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