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Introdução
Problemas com posturas seja no trabalho, seja durante o período de descanso, sempre
estiveram presentes em nossas vidas e provavelmente estarão ainda por muito tempo.
O problema é que a maioria das pessoas não se preocupa em manter uma postura
adequada, gerando com isso, uma série de reflexos como dores e incômodos que
geralmente acabam causando muitos transtornos no dia a dia. Para solucionar esse
problema e ensinar o indivíduo a se comportar adequadamente, foi criada a técnica da
RPG, que como veremos ao longo do curso, nada mais é do que um método de
fisioterapia que visa corrigir exatamente problemas posturais.
Veremos também, alguns dos principais problemas e lesões causadas por posturas
inadequadas e como podem ser tratadas.
Bom curso!
Conceitos e definições
Olá,
Por fim, apresentaremos, de forma bem humorada, algumas dicas de posturas que
devem ser observadas no dia a dia para evitar que surjam doenças e lesões decorrentes
das más posturas.
Bom estudo!
A RPG®, através de suas posturas, faz com que essas duas estruturas musculares
trabalhem de forma harmoniosa, como um todo (por isso a palavra ”global”) evitando
ou recuperando problemas de postura e consequentemente as dores e incômodos
causados por ela.
Apesar de ter grande importância a manutenção de uma postura correta, poucas vezes
reparamos como nos esquecemos em mantê-la de forma adequada. Pare neste momento e
observe a forma como você está sentado diante do computador. Certamente não está da
maneira correta.
Agora procure sentar direito, apoiando os dois ossos mais pontudos do glúteo na cadeira,
mantendo os pés corretamente plantados no chão, os ombros levemente para trás e a coluna
reta. Tente fazer isso inspirando e expirando com a mesma frequência. Na maioria dos casos,
você vai sentir certo desconforto, tendo a impressão que, agora sim, seu corpo está
desalinhado. Na verdade, está é a posição mais adequada para ter como padrão.
Porém, nem tudo é culpa sua. Claro que observando com cuidado o que fazemos durante o dia
e mudando esses conceitos, viveríamos muito melhor, no entanto, há fatores, como a própria
gravidade, que estão fora de nosso alcance e também contribui com a sua força para
comprimir nossos músculos enrijecendo ainda mais nossa estrutura corporal.
Outro problema que até está ao alcance de todos, mas poucos notam a sua importância é a
respiração. Durante o movimento respiratório, costumamos inspirar o ar com determinada
força, mas não o espiramos com a mesma energia, a não ser quando estamos gritando ou
tossindo. Tanto é verdade que, quando tossimos muito durante o dia, terminamos esse dia
com dor no peito. Dor esta, causada pela ausência de movimentos musculatórios na expiração.
Tudo isso causa grande desequilíbrio no corpo e, equilíbrio, é fundamental para nos
mantermos de pé. Assim, acabamos compensando isso em outras posturas como colocarmos a
cabeça para frente, elevarmos os ombros, entortar a pisada, parar de se movimentar
mantendo as costas arqueadas e várias outras posturas que prejudicam a nossa saúde.
Para Mézières, cada vez que tentava diminuir a curva de um segmento da coluna
vertebral, a curva era deslocada para outro segmento. Concluiu então que a única forma
de alcançar o resultado desejado era considerar o corpo como um todo, cuidando dele,
desta mesma maneira.
Assim, Souchard, grande entusiasta do Método Mézières, ensinou-o durante dez anos
no Centro Mézières, localizado no sul da França. Aproveitando-se de seu profundo
conhecimento em anatomia, fisiologia e biomecânica, além de conhecimentos em
acupuntura, reflexologia e cinesiologia e de um trabalho de pesquisa profunda que
durou aproximadamente 15 anos, permitiu-lhe embasar a técnica hoje conhecida como
RPG®.
Souchard não concordava com a fisioterapia tradicional que trata apenas o local lesionado.
Para ele, o sistema muscular trabalha de forma integrada, causando interferências umas nas
outras. Para ficar mais claro o que queremos dizer, vamos demonstrar com um exemplo
proposto pela Sociedade Brasileira de RPG®:
Imagine que você torça o tornozelo direito. Certamente, vai começar a mancar. Como reflexos
dessa ação, você vai enrijecer os músculos posteriores da perna, fazer dobrar o joelho,
entortar a bacia, endurecer a coluna e elevar o ombro esquerdo. Dias depois, o incomodo do
tornozelo acaba e você para de mancar, mas com o passar dos dias, você começa a sentir
muita dor no ombro esquerdo.
A fisioterapia tradicional vai tratar seu ombro, porém isso não vai adiantar muita coisa, pois o
problema está espalhado pelo corpo. Na RPG® se começa a tratar da dor para chegar à sua
causa. Assim, quando você alinha o ombro, descobre a deformidade na coluna, que colocada
em seu lugar, desvenda o problema na bacia e assim por diante, até chegar ao tornozelo
torcido.
Método Tradicional
2) Para manter a posição, caso contrário, o homem cairia para frente pelo
excesso de peso de suas vísceras;
Como já vimos no tópico anterior, o método de RPG® criado por Philippe Souchard
busca tratar as desarmonias do corpo humano como um todo e ao mesmo tempo,
considera as necessidades individuais de cada paciente. Essa técnica busca atender
não só pacientes com problemas físicos, como também aqueles que procuram
desenvolver um melhor equilíbrio e harmonia do seu corpo.
A RPG combinada com pilates criou um conceito de tratamento ainda mais completo,
priorizando a musculatura profunda estabilizadora da coluna vertebral e articulações
periféricas. Neste sentido, a RPG australiana busca o reequilíbrio da musculatura local
e global do corpo, sendo a primeira composta por músculos mais profundos e mais
resistentes, responsáveis pelo posicionamento ideal da coluna e da pelve,
proporcionando um eixo alinhado e a segunda composta pelos músculos mais
superficiais, responsáveis pelos movimentos mais amplos do corpo e com maior
capacidade de força.
A coluna vertebral é responsável por manter o corpo em uma posição ereta, sendo
considerado o principal eixo de movimentação do corpo, recebendo um grande volume
de peso e por consequência, projetando a sua carga para os membros inferiores.
Nesta fase também, os pais devem observar como seus filhos se comportam quanto a postura;
se estão com uma postura ereta ou uma postura curvada e desalinhada, a maneira como se
sentam, quanto tempo passam na mesma posição, entre outras características que possam
indicar futuros problemas para a coluna. Caso notem algumas alterações é preciso buscar
orientação médica para correção imediata.
Esta fase é marcada pela utilização do corpo para as diversas atividades físicas que
marcam este período. Devido ao tempo em que o individuo fica a disposição do trabalho
que exerce, acaba surgindo muitos problemas de posicionamentos inadequados,
sobrecarga nas articulações, excesso de movimentos, estresse, entre outros. Aqui ainda
dá tempo de buscar ajuda médica.
Fase 3 – Idosa com certo aproveitamento, dependendo de como lidou com as duas
fases anteriores.
Esta fase de aposentadoria, geralmente se colhe os frutos plantados nas duas fases
anteriores. Conseguiu-se manter uma postura adequada ou corrigir posturas
desalinhadas, terá uma velhice tranquila. Caso não tenha tomado nenhuma atitude a esse
respeito, ainda será possível adotar procedimentos para recuperá-la, no entanto, sem a
mesma eficiência de etapas anteriores.
1) Lentos que acabavam por relaxar vagarosamente e apresentar uma cor vermelha
forte;
Somente em 1973, um século depois, após uma longa pesquisa realizada por Burke,
confirmou essa classificação criada por Ranvier e também introduziu um terceiro tipo
de músculo que apresentava características intermediárias entre os lentos (vermelhos) e
os rápidos (pálidos), chamado simplesmente de músculo intermediário.
Assim, o músculo esquelético passa a apresentar as seguintes classificações:
Tipo de Velocidade de
Tipo de fibra Denominação dada
neurônio condução do impulso
muscular por Burke
associado nervoso
• De condução
rápida
• De célula FF "Fast fatigable"
Fibra rápida Alta
grande Rápida fadiga
• De axônio
espesso
• De condução
lenta
Fibra lenta • De célula Baixa S "Slow" Lenta
pequena
• De axônio fino
Fibra • De condução F "Fast resistent"
Intermediária
intermediária rápida Rápida, resistente
Como pode observar na tabela acima, estamos apresentando cada músculo como “fibra
muscular”, isso porque cada músculo esquelético é formado por diversas fibras
musculares que se diferenciam pelo tipo de inervação e pelas propriedades elétricas
como visto na tabela.
Para tentar tornar mais claro o entendimento sobre músculos rápidos e lentos ou
dinâmicos e estáticos, vamos utilizar o tríceps sural que tem sido o músculo mais
utilizado para estudos.
1) Músculo Sóleo – Composto por fibras de contração lenta e que não se cansam
rapidamente;
2) Músculo Gastroctêmio – Composto por fibras de contração mais rápida e que podem
desenvolver tensão maior que o sóleo, porém por um curto espaço de tempo.
Assim, Burke concluiu que com as características apresentadas acima, os músculos estáticos
são importantes para a manutenção da postura enquanto que os músculos dinâmicos são
importantes para a realização do movimento.
Desta forma, se observarmos a figura acima, veremos que na imagem “A”, com o corpo em
repouso, o sóleo, nosso músculo estático, está em constante atividade, trabalhando para que
o corpo mantenha o equilíbrio sob a ação da gravidade.
É sempre importante lembrar que a RPG® é uma técnica de fisioterapia que trata o
corpo como um todo, baseando-se no alongamento de músculos encurtados seja por
questões posturais ou pela ação do tempo. Assim, considera que o sistema muscular
deve ser avaliado de forma integrada, no qual os músculos estão organizados em
conjuntos conhecidos como Cadeias Musculares.
Segundo Tanaka e Farah, em sua obra intitulada “Anatomia Funcional das Cadeias
Musculares”, o estudo de tais cadeias, uma vez que são formadas por músculos
gravitacionais que trabalham de forma sinérgica, facilita o entendimento da função
muscular, da biomecânica da postura, bem como de suas alterações.
Segundo Souchard, os músculos se organizam nas seguintes cadeias musculares
estáticas: posterior, anterior, inspiratória, ânteromedial do ombro, anterior do braço e
ânteromedial do quadril, que passamos a analisar com mais detalhes, a seguir:
Cadeia Mestra Posterior
- Pelvitrocanterianos;
- Glúteo Máximo;
- Ísquios Tibiais;
- Poplíteo;
- Tríceps Sural;
- Plantares;
- Espinhais.
Esta morfologia será mais afetada por distorções da panturrilha e da região posterior da
coxa, entorse de tornozelos, dores lombares, dorsais e cervicais.
- Esternocleidomastóideos;
- Longo do Pescoço;
- Escalenos;
- Intercostais.
Estes músculos têm a importante função de manter o tórax e o sistema fibroso profundo,
suspender o diafragma e a massa visceral. Esse sistema de suspensão é de extrema
importância, uma vez que responde pela manutenção do aparelho respiratório.
Cadeia Inspiratória
Esta é a cadeia responsável pela manutenção das atividades inspiratórias. É constituída
por:
Além disso, o indivíduo não poderá mais alongar a coluna cervical, soltar os ombros ou
corrigir a lordose lombar sem acarretar o bloqueio inspiratório. O bloqueio do
diafragma eleva exageradamente a parte inferior do tórax, limitando a sua ventilação.
Para obter o seu relaxamento é preciso expirar descendo primeiro o alto do tórax, depois
as costelas inferiores e por fim a contração do abdômen.
- Coracobraquial;
- Subescapular;
- Peitoral Maior.
Sua retração impede que o braço realize movimentos de elevar-se e abrir-se livremente.
- Coracobraquial;
- Bíceps;
- Braquial;
- Supinador longo;
- Todos os músculos anteriores do antebraço;
- Face tênar e hipotênar.
O encurtamento desta cadeia leva a flexão do cotovelo e dos dedos, limitando todo o
movimento de extensão dos músculos.
- Iliopsoas;
- Fáscia Ilíaca;
- Adutores Pubianos.
Seu encurtamento escava a região lombar, báscula a pelve para a frente e limita a
abertura das pernas.
- Piramidal;
- Glúteo máximo;
- Tensor da fáscia lata.
Souchard afirma ainda que qualquer tentativa de alongar a extremidade de uma cadeia
muscular vai provocar um encurtamento em outra parte dessa cadeia. Portanto, para ter
sucesso no alongamento de um músculo, é preciso trabalhar com as duas extremidades
da cadeia, impedindo que se tenha qualquer tipo de compensação.
Manter uma postura correta é fundamental para evitar dores e desconfortos no corpo.
Nossos músculos estão preparados e prontos para realizar todas as atividades que
desejarmos, como caminhar, sentar, correr, pular ou simplesmente ficar parado em pé.
O mesmo não aconteceu, a meu ver, no que concerne a função estática. Nossa
morfologia, seja ela boa ou má, depende da tonicidade e da resistência fibroelástica de
músculos cuja função é predominantemente estática, e isto, independente de qualquer
contração.
Ora, desde sempre nossa profissão esteve obcecada pela noção de fraqueza muscular e,
portanto, pela necessidade de exercícios de fortalecimento.
Não me parece lógico fazer musculação concêntrica - e assim encurtá-los ainda mais -
de músculos já enrijecidos pelo exercício repetitivo de suas funções.
Mas esta noção de “cadeias musculares” é prática, para fazer facilmente compreender
que um alongamento analítico, de um só músculo da cadeia, se transmitirá
automaticamente e se perderá, sob forma de compensação, em um ponto qualquer da
cadeia à qual ele pertence. É preciso então, para ser eficaz, proceder a um alongamento
total da cadeia muscular. Daí a expressão Reeducação Postural GLOBAL.
Que me seja permitido enfim atrair a atenção do leitor para o fato de que a RPG® é um
método complexo, o que significa que sua boa aplicação depende de terapeutas bem
formados em RPG® original, por mim e por minha equipe, excluindo toda e qualquer
pirataria simplificadora, adaptativa ou simplesmente comercial.
Philipe SOUCHARD - Autor do método
http://www.sbrpg.com.br/publica13.asp
Olá,
Nesta unidade, veremos as principais doenças que podem ser tratadas pela aplicação da
técnica de RPG®.
Não vamos nos ater a qual técnica será aplicada a cada problema muscular, uma vez que
este assunto será tema da próxima unidade do nosso curso.
Doenças Ortopédicas – Pés planos, joelhos para fora ou para dentro, joanetes,
escolioses, dores cervicais e dorsais.
Doenças Neurológicas – Hérnias de disco e labirintite.
Doenças Reumatológicas – Artrites, artroses, bursite e tendinite.
Doenças Respiratórias – Asma e bronquite.
Doenças Somáticas – Estresse, distúrbios circulatórios e digestivos.
Doenças Oculares – Estrabismo.
Boa aula.
Esta doença é muito comum em adolescentes de ambos os sexos, uma vez que estes,
não possuem muita preocupação com a adoção de posturas adequadas, tendo maus
hábitos ao sentar, andar, estudar ou mesmo em pé, conversando com os amigos.
Quanto ao tratamento desse problema, é possível obter bons resultados quando ainda a
deformidade é apenas em consequência de postura incorreta. Neste caso, o tratamento
pode ser feito por meio de exercícios de fisioterapia, pela troca de colchões usados por
outros mais firmes e adequados e, em casos mais graves, o uso de coletes ortopédicos e
palmilhas posturais, até que se complete o período de crescimento.
Dentre as técnicas de fisioterapia mais eficazes, destacamos a própria RPG®, pois como
já vimos, trata-se de um método totalmente isento de medicamentos que consiste apenas
na manipulação da coluna vertebral e dos membros envolvidos no tratamento.
2.2 – Hiperlordose
1 – Lordose normal
2 – Hiperlordose
No entanto, nem tudo é motivado pela busca do corpo perfeito. Há situações como as
gestantes que passam a apresentar a hiperlordose quando tentam compensar o peso da
barriga jogando a coluna para trás, assumindo com isso, uma postura inadequada. Na
maioria dos casos, após o parto, a musculatura permanece flácida, dificultando o retorno
à postura correta.
A hiperlordose torna-se evidente quando o indivíduo passa a sentir muitas dores nas
costas, principalmente quando realiza atividades que exigem a extensão da coluna
lombar, como permanecer muito tempo em pé. Como a flexão do tronco alivia a dor,
esta pessoa prefere permanecer sentada ou deitada.
Esta é uma doença que quanto mais cedo for detectada, mais fácil será o seu tratamento.
Assim, é importante que ao sentir dores nas costas, o indivíduo procure um médico que
irá realizar os seguintes exames:
- Exame de radiografia para complementar o exame físico. Este exame vai identificar
possíveis deformidades na coluna vertebral
Como se trata de uma doença que não possui um tratamento específico, o fisioterapeuta
deverá planejar um programa de tratamento onde destacará a recuperação física,
funcional e postural do paciente. Entre os métodos mais eficientes de tratamento estão o
alongamento e a RPG® que tem trazido resultados surpreendentes para o paciente.
2.3 – Escoliose
Como já vimos anteriormente, a coluna vertebral, vista por trás, deve ser reta e alinhada.
Assim, como observado na figura acima, a escoliose é um desvio da coluna vertebral
tanto para a esquerda quanto para a direita resultando em um formato de “S”.
- Infantil: Aparecem antes dos três anos de idade e se não forem cuidadas, podem se
tornar muito graves.
Colete de Milwaukee
O colete deve ser usado por 23 horas diárias, com uma hora para realização de
exercícios e higiene pessoal. Quanto ao tempo de uso do colete, vai depender da
regressão da curvatura, podendo ser usado por anos a fio. A retirada do colete deve ser
gradativa, devendo utilizá-lo apenas a noite, até que haja o amadurecimento completo
do esqueleto do paciente.
2.4 – Cervicalgia
A coluna cervical é considerada o elo flexível entre o crânio e o tronco, fazendo com
que a cabeça realize uma movimentação adequada. Também é sua função dar suporte ao
pescoço e proteção às estruturas vasculares e do sistema nervoso.
Por tamanha importância, a coluna cervical merece cuidados especiais que nem sempre
são oferecidos a ela, trazendo como consequência, dores, tensões e rigidez a esta região.
Estes problemas que podem causar desde pequenos desconfortos até dores
incapacitantes são conhecidos como cervicalgia (cervical=região do pescoço +
algia=dor).
O diagnóstico dessa doença pode ser realizado clinicamente, apenas com a observação
das características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Outros exames
como radiografia, tomografia e ressonância magnética auxiliam o médico a determinar o
tamanho da lesão e em que região da coluna ela está localizada.
O tratamento da cervicalgia deve ser, inicialmente, direcionado para a diminuição das
dores. Apresentando uma melhora no quadro, inicia-se o trabalho sobre a causa das
dores. Entre as diversas técnicas para solução do problema, podem ser utilizadas: terapia
manual, recursos de eletrotermofototerapia, exercícios para alongamento e
fortalecimento muscular e atividades posturais como a própria RPG®.
2.5 – Artrose
Esta doença afeta tanto homens quanto mulheres e está ligada intimamente ao
envelhecimento, surgindo, na maioria dos casos, por volta dos 40 ou 50 anos de idade,
mas tendo um grau mais elevado em pessoas de aproximadamente 70 anos. Podem
ocorrer casos em que a doença aparece de maneira precoce, principalmente em casos de
traumatismo ou doenças congênitas que possam afetar as articulações.
Os casos mais prováveis para o surgimento da artrose são anomalias nas células que
sintetizam os componentes da cartilagem, representados pelo colágeno e os
proteoglicanos. Neste caso, a cartilagem pode formar cavidades que enfraquecem a
medula do osso, causando o problema. Outra causa, pode estar vinculada ao
crescimento excessivo do osso nas bordas das articulações interferindo no seu
funcionamento normal e podendo causar dor.
Os sintomas surgem aos poucos através da dor em uma ou algumas articulações como
dos dedos, pescoço, região lombar, quadril e joelhos. Outro sintoma é a rigidez que em
alguns casos, costuma desaparecer em alguns minutos depois de se manter em
inatividade, como acordar depois de uma noite de sono. Em alguns casos, as
articulações perdem completamente a mobilidade podendo permanecer rígida em uma
posição incorreta ou inadequada, piorando ainda mais a lesão provocada pela artrose. Os
joelhos podem sofrer distensões de seus ligamentos que tal maneira que deixa o joelho
instável, causando muita dor e sofrimento.
Em casos mais graves, a artrose do pescoço ou da zona lombar pode causar sérios
distúrbios como sensações estranhas, dor e fraqueza em braços ou pernas. Pode causar
ainda problemas de visão, náuseas e vômitos quando há a compressão dos vasos
sanguíneos que chegam à parte posterior do cérebro.
Alguns acreditam que a artrose é inerente a idade, assim como a mudança na pele e a chegada
dos cabelos brancos. Porém, é possível evitar os fatores que a favoreçam, como o sobrepeso
que causa sobrecarga nas articulações.
Outro fator importante que pode ajudar na prevenção da artrose, é a prática de exercícios
físicos como caminhar, andar de bicicleta ou nadar, principalmente, aqueles exercícios que não
ofereçam grandes impactos para as articulações. A dor é um bom indicador de limite, uma vez
que ao sentir dor durante o exercício, é sinal que é melhor diminuir o ritmo para que não force
tanto as articulações.
Outro tratamento que costuma ser eficiente são aqueles com uso de calor local, como a
parafina misturada ao óleo mineral, a uma temperatura de 48 ºC a 51 ºC que costumam
aliviar as dores, principalmente das articulações dos dedos.
Quando a artrose afeta o pescoço, os melhores resultados são atingidos por massagens
realizadas por terapeutas profissionais através de tração dos músculos e aplicação de
calor intenso e ultrassons.
Em último caso, o indivíduo pode recorrer à cirurgia quando outros tratamentos não
oferecerem solução adequada para o problema da dor. É comum intervenções cirúrgicas
que substituem a articulação natural, principalmente dos quadris ou joelhos, por uma
prótese artificial que, na maioria dos casos, traz bons resultados para o paciente,
melhorando a mobilidade e reduzindo consideravelmente a dor no local.
2.6 – Lombalgias
Os sintomas mais comuns são citados como uma dor na parte inferior da coluna, logo
acima das nádegas, na altura da cintura. É uma dor que começa de forma discreta e vai
aumentando progressivamente e agravando-se com a ausência de mobilidade da região.
Geralmente é acompanhada de contratura muscular.
Quando ocorrem crises de dor, elas podem durar alguns dias, gerando desconfortos em
certas posições como exemplo quando a pessoa tenta se manter em pé ou sentada de
forma ereta. A dor chega a tal ponto de desconforto que passa a gerar no indivíduo
distúrbios emocionais em relação a sua vida social e profissional.
Dor aguda – quando o problema perdura por apenas algumas semanas, podendo ocorrer
novamente em outras oportunidades.
Em geral essa dor não gera problemas mais graves de saúde, não tendo progressividade
acentuada. Por outro lado, existem situações em que esta dor na coluna ganha
proporções e torna-se um problema médico. Neste sentido, destacamos os seguintes
casos:
3) Dores muito fortes causadas por traumas em acidentes de carro ou quedas, devendo
ser rapidamente avaliadas por um médico para excluir o risco de lesão ou fratura.
4) Casos em que a dor do paciente pode ser decorrente de fraturas por osteoporose ou
mieloma múltiplo, exigindo atenção médica imediata.
Para este tipo de problema, é muito difícil estabelecer um tratamento padrão, uma vez
que nem todos os tratamentos funcionam para os diversos tipos de dores na coluna e
diversos perfis de indivíduos. Neste sentido, o mais indicado e que costuma atender um
grande número de pacientes, é o repouso, medicação para a dor e programas de
fisioterapia.
Porém é necessário atentar para alguns cuidados. O repouso, em casos de dores muito
fortes com espasmos da musculatura, não pode ultrapassar mais que 3 dias, devendo o
paciente, depois desse período, voltar a se movimentar. No caso de dores mais leves, o
paciente é orientado a manter as atividades do dia a dia, mas com ressalvas, como
movimentos bruscos, esportes de contato, entre outros que podem agravar o problema.
Outra técnica que ajuda a diminuir a dor é a aplicação de gelo e calor, de maneira
alternada, o que ajuda a relaxar os músculos, diminuindo a dor e a inflamação. Os
profissionais orientam para que sejam realizadas compressas quentes por
aproximadamente 20 minutos e logo em seguida compressas geladas por mais 20
minutos, devendo ser repetido de 2 a 3 vezes por dia.
Quando o quadro de dor mais grave passar, o paciente é orientado a retornar às suas
atividades no trabalho e iniciar atividades físicas controladas o mais breve possível, o
que facilita na recuperação. E claro, será orientado por um profissional competente a
realizar os programas de fisioterapia e posturais mais adequados.
1) Dor intensa na região inferior do dorso que desce ao longo das pernas;
3) Dor na coluna;
6) Dor no pé;
A dor pode ser mais grave quando a pessoa se inclinar, fazer esforços, tossir ou se
levantar depois de permanecer sentada. Por outro lado, pode se atenuar com o repouso
de costas, quando se mantém ereta ou quando caminha.
As causas para o surgimento da hérnia de disco podem ser as mais variadas possíveis.
Podem surgir por fatores genéticos, onde a herança genética é responsável por até 60%
das causas. Pode ser provocada também, por um longo período de exposição à vibrações
combinadas com levantamento de pesos, como exemplo, podemos citar os motoristas de
caminhão que realizam viagens até o porto e ainda ajudam a descarregar o caminhão.
Estes apresentam grande tendência a desenvolver uma hérnia de disco.
Outros fatores que podem levar à uma hérnia de disco:
Assim como outras doenças que já estudamos, o diagnóstico da hérnia de disco pode ser
realizado clinicamente, levando em conta as características dos sintomas. Exames
complementares como radiografias e ressonância magnética, ajudam a localizar o local exato e
o tamanho da lesão.
Tendinite e bursite são inflamações do tecido macio ao redor dos músculos e ossos,
geralmente em locais como ombros, joelhos, cotovelos, punhos e tornozelos.
A tendinite é especificamente uma inflamação ou irritação em um tendão, ou seja, uma
faixa de cordas fibrosas que prendem os músculos aos ossos. Os tendões são
responsáveis por tracionar os músculos junto aos ossos, com o objetivo de realizar um
movimento do corpo.
Os locais mais sensíveis, onde é mais comuns sentir esses sintomas são os ombros,
cotovelos, pulsos, dedos, quadris, joelhos, tornozelos e pés.
Em geral, tanto a tendinite quanto a bursite, são causadas por um trauma em razão do
excesso de atividade, seja no lazer ou no trabalho. Especificamente, a tendinite é o
resultado mais frequente para a lesão por esforço repetitivo (LER) enquanto que a
bursite é causada, em sua maioria, por um excesso na utilização de um músculo ou por
um trauma direto a uma articulação.
Essas lesões são vistas com mais frequência em pessoas mais velhas, uma vez que com
o passar dos anos, os tendões ficam menos flexíveis e mais susceptíveis à lesões.
Outro fator que pode levar a uma lesão são infecções, artrite, gota, doença da tireoide e
diabetes que podem causar inflamação na bursa ou no tendão.
É importante ressaltar que o diagnóstico por radiografia é ineficaz, uma vez que tanto
bursa quanto tendões, não são visíveis nestes exames. No entanto, como nas demais
doenças, podem ser fundamentais para excluir anormalidades ósseas e definir o local e o
grau da lesão.
Outro teste comum neste tipo de problema, é aquele realizado com a aspiração do local
por agulha, ou seja, o médico pode retirar o fluido da área inflamada para realizar um
teste a fim de excluir infecções ou outras doenças como artrite reumatoide ou diabetes.
O tratamento tem por objetivo recuperar a bursa ou o tendão lesionado. Neste sentido, a
primeira etapa de tratamento consiste em reduzir a dor e inflamação do local com
repouso, compressão, elevação e anti-inflamatórios.
Como dissemos no início desse tópico, a tendinite pode ser causada pela LER (Lesão
por Esforço Repetitivo). No entanto, muitos já ouviram falar dessa tal LER, mas não
sabe o que ele significa.
Importante ressaltar aqui, a diferença entre LER e DORT. O termo DORT significa
Distúrbio Osteo-muscular Relacionado ao Trabalho e refere-se especificamente a
doenças causadas pelo trabalho enquanto a LER é um conjunto de doenças causadas
tanto pelo trabalho quanto pelo dia a dia, ou seja, para se contrair a LER, basta que se
repita os movimentos de forma contínua, seja trabalhando, seja em momentos de lazer,
como atividades esportivas que exijam grande esforço físico. No entanto, para muitos,
LER e DORT significam a mesma coisa, chegando a denominar esse distúrbio como
LER/DORT.
Entre as principais vítimas desse distúrbio estão as pessoas que costumam passar horas
em frente ao computador, com destaque para digitadores, jornalistas, publicitários,
bancários, programadores, entre outros.
1) Tenossinovites
2) Tendinites
3) Epicondilite
4) Síndrome do túnel do carpo
5) Bursites
6) Dedo em gatilho
7) Síndrome do desfiladeiro torácico
8) Síndrome do pronador redondo
9) Mialgias
Os sintomas da LER, são um pouco diferentes dos sintomas das outras doenças que
elencamos nesse tópico. Em geral é caracterizado por uma dor semelhante a dor de
reumatismo ou uma dor parecida com aquela que sentimos quando seguramos algum
objeto com o braço esticado por muito tempo, sem movimentá-lo. Ocorre um
formigamento e dores que dão a sensação de queimadura.
A figura abaixo identifica as regiões mais afetadas pela LER:
Etapa 1 Se a doença for identificada nesta fase, caracterizada por algumas pontadas, pode ser curad
facilmente.
Etapa 2 Dor mais intensa, porém tolerável, mais localizada, acompanhada de calor e formigamento
Nem o repouso consegue, nesta fase, fazer com que a dor diminua por completo.
Etapa 3
Incapacidade para certas funções simples.
Dores insuportáveis e só pioram tornando a parte afetada dolorida, sem força e deformada
Etapa 4
paciente tem depressão, ansiedade, insônia e angústia.
Fonte: Ministério do Trabalho
Olá,
Nesta unidade você vai conhecera RPG® na prática. Tentaremos oferecer, da forma
mais didática possível, algumas informações quanto às técnicas e princípios do método.
Apresentaremos também, o foco da RPG® que são as suas oito posturas, destacando
cada uma delas e as áreas do corpo que deverão atender.
Por fim, você vai conhecer o Stretching Global Ativo, uma técnica baseada na RPG®
que tem por objetivo realizar autoposturas.
Bom estudo.
3.1 – Técnicas
Exame do Paciente
Este exame deve ser realizado em pé, seguindo algumas normas como:
É importante deixar claro que este exame deve ser realizado com o objetivo de verificar
qual a postura habitual do paciente, ou seja, a postura que o deixa confortável, sem
forçar uma postura correta. É importante analisar as consequências da postura
inadequada, para depois se chegar as causas.
Imagine a situação: Um paciente chega ao consultório com uma dor nas costas. O
fisioterapeuta realiza o exame frontal, lateral e de costas e verifica que este paciente
apresenta um problema postural no quadril esquerdo e na região sacro-lombar. Verifica
também que existe uma elevação do ombro cada vez que o pé esquerdo toca o chão.
Por fim, com a correção postural do joelho, mantendo em posição correta, é revelada
uma antiga lesão do joelho, uma entorse do ligamento lateral interno que havia sido
encoberta pela má postura e pelo mecanismo de defesa do corpo e não curada.
Se levarmos em consideração que cada músculo realiza mais de uma função, poderemos
concluir que toda tentativa de alongar um músculo em uma determinada função, resulta
numa compensação nas demais funções exercidas por ele, o que deve ser impedido sob
pena de todo o processo realizado pelo fisioterapeuta resultar em nada e ainda agravar a
postura do paciente.
Por outro lado, todo tensionamento de um músculo retraído traciona a inserção livre, ou
seja, puxando o osso, pode desordenar outros músculos que haviam se retraído em
função desse comportamento. Como exemplo, cada vez que os espinais se apresentam
retraídos, toda tração na nuca acarreta um exagero na lordose lombar e, inversamente,
toda correção desta, aumenta a lordose cervical.
O mais importante aqui é saber que o tensionamento realizado de maneira correta, com
as correções das compensações à medida que aparecem, permite reconstruir o histórico
de retrações do paciente, tratando-o no todo e de forma adequada.
Posturas
Com isso, tende a ganhar cada vez mais amplitude articular, sem ultrapassar a
normalidade e sempre preservando a forma correta.
Respiração
A expiração deve ser exercida de forma normal, sem o controle da boca ou mesmo da
laringe, ampliando-se progressivamente em razão do relaxamento dos músculos
inspiratórios.
Assim como as técnicas, há alguns princípios do tratamento que devem ser observados
para que a RPG® seja realizada com eficiência. Vamos a eles:
1) Cada tratamento deve ser realizado de forma individual, adotando-se as posturas mais
adequadas depois de um minucioso exame no paciente.
3) Sabendo que os sintomas surgem, na maioria dos casos, em lugares diferentes das
verdadeiras causas e, geralmente, com algum retardo, todo tratamento deve ser o mais
abrangente possível.
Trabalho expiratório
Como vimos no tópico anterior, a maioria dos músculos situados acima da cintura são
inspiratórios e toda tentativa de correção da lordose lombar implica em um bloqueio
inspiratório. Cada exercício deve ser feito impedindo-se formalmente o bloqueio
inspiratório e insistindo na expiração, que deverá ser progressiva e exercida de forma
ampla e livre, sem controle da boca ou da laringe.
Trabalho expiratório
Como vimos no tópico anterior, a maioria dos músculos situados acima da cintura são
inspiratórios e toda tentativa de correção da lordose lombar implica em um bloqueio
inspiratório. Cada exercício deve ser feito impedindo-se formalmente o bloqueio
inspiratório e insistindo na expiração, que deverá ser progressiva e exercida de forma
ampla e livre, sem controle da boca ou da laringe.
Posturas
Como vimos também, as posturas devem ser mantidas pelo maior tempo possível para
um melhor aproveitamento do método. Os momentos desagradáveis que surgem ao
manter a postura por um longo tempo, devem ser corrigidos, na medida do possível, por
manobras na pele que visem amenizar a sensação de incômodo.
O fisioterapeuta para decidir qual a postura mais indicada para determinado tratamento,
deve levar em consideração as seguintes análises:
Em geral, a duração de uma consulta de RPG® não deve ultrapassar uma hora,
compreendendo duas posturas. Quanto à sua periodicidade, o ideal é que se repita
semanalmente, mas em caso de urgência, pode ser realizada de duas a três consultas na
semana.
Não há prazo definido para a duração do tratamento, pois tudo vai depender do tipo de
patologia apresentada pelo paciente. Pode durar apenas uma consulta, no caso de uma
simples dor na coluna, ou vários anos caso se trate de uma escoliose evolutiva ou um
problema neurológico.
3.3 – As Posturas
Como vimos, as posturas serão indicadas depois que o fisioterapeuta realizar um exame
minucioso, observando as sete zonas do corpo do paciente:
- Cervical;
- Ombros;
- Dorsal;
- Lombar;
- Quadris;
- Joelhos;
- Pés.
Para que possa indicar a postura correta para atender às necessidades do paciente, além
da análise dessas sete zonas, deverá levar em consideração os sintomas apresentados
pelo paciente e os exames radiográficos ou de ultrassonografia que tenha realizado, para
assim, indicar os exercícios de respiração e as posturas a serem seguidas.
O tratamento é fundamentado em oito posturas para cada grupo muscular que deve ser
mantida pelo paciente pelo tempo indicado e realizado em movimentos lentos, graduais
e progressivos que duram em média 20 minutos cada.
1) a nuca
2) o tórax e a respiração
3) a coluna vertebral
4) os ombros
5) os cotovelos
6) as mãos
7) a pelve
8) o quadril
9) os joelhos
10) os pés
3 - A Postura Em Pé No Centro:
Esta postura tem por objetivo amenizar as dores lombares e problemas de coluna como
escoliose.
1) a coluna vertebral
2) o quadril
3) os joelhos
4) os pés
5) o equilíbrio
6) o esquema corporal
4 - A Postura Rã No Chão, Braços Abertos:
Esta postura procura alongar a cadeia de músculos posteriores e ajudar nos problemas
de "ombros caídos".
Nesta postura, o terapeuta irá trabalhar as seguintes regiões do corpo:
1) a nuca
2) o tórax e a respiração
3) a coluna vertebral
4) os ombros
5) os cotovelos
6) as mãos
7) a pelve
8) o quadril
9) os joelhos
10) os pés
1) a nuca
2) o tórax e a respiração
3) a coluna vertebral
4) os ombros
5) os cotovelos
6) as mãos
7) a pelve
8) o quadril
9) os joelhos
10) os pés
6 - A Postura Sentada:
1) a coluna vertebral
2) o quadril
3) os joelhos
4) o esquema corporal
Esta postura é recomendada para dores lombares e doenças como hérnia de disco.
1) a coluna torácica
2) a região lombar
3) a pelve
4) o quadril
5) os joelhos
6) os pés
Esta postura, além de tratar dores na nuca e cifose, trabalha a musculatura dos ombros.
Nesta postura, o terapeuta irá trabalhar as seguintes regiões do corpo:
1) a nuca
2) o tórax e a respiração
3) a coluna vertebral
4) os ombros
5) os cotovelos
6) as mãos
7) a pelve
8) o quadril
9) os joelhos
10) os pés
Autoposturas
Estas posturas estão baseadas no Stretching Global Ativo (SGA), que por sua vez, se
baseia na RPG®, como veremos a seguir:
O SGA, também foi criado por Philippe Souchard e tem suas bases científicas nos
princípios da Reeducação Postural Global® (RPG®). Trata-se de um alongamento
progressivo e não forçado, aplicado de forma global e específica para cada indivíduo.
Essa técnica solicita a execução de vários músculos ao mesmo tempo, com a diferença
de que aqui, não existem muitas compensações em outras partes do corpo, podendo ser
realizado sozinho, sem a necessidade de um fisioterapeuta. Os exercícios preservam o
eixo e o espaço das articulações, as curvaturas da coluna e os seus discos intervertebrais.
O SGA utiliza posturas de alongamento e a musculação em alongamento
contrarresistência, com a duração de até 10 minutos cada postura. As sessões de 50
minutos podem ser individuais ou em grupo, com uma frequência de no mínimo 2 vezes
por semana. Pode ser realizado por pessoas de todas as idades, a partir da pré-
adolescência.
A seguir, apresentaremos as principais posturas a serem praticadas:
AUTOPOSTURA RÃ NO AR COM BRAÇOS ABERTOS
Progressão
Deitado sobre as costas, pernas dobradas, joelhos juntos, cole as nádegas contra a
parede e apoie o sacro no chão.
Posicione os braços a 90º, com os cotovelos estendidos, palmas das mãos viradas para
cima e desenrole os seus ombros, ou seja, desça os ombros procurando apoiá-los no
chão.
Abra os braços progressivamente, mantendo a atenção na respiração para que ela não
seja bloqueada.
Em seguida, com os braços ainda abertos e estendidos ao máximo, vire as palmas das
mãos para o chão e dobre os punhos e dedos para cima.
Novamente irá realizar outra insistência, com a ajuda de uma assistente, sobre a
extensão dos punhos e dedos.
Realinhe os braços em uma posição de 45º, com os cotovelos estendidos e palmas das
mãos viradas para cima. Desenrole os ombros.
Prestando a atenção para não perder o contato com a parede e nem descolar o sacro do
chão, tente separar os joelhos o máximo que conseguir.
Agora, de forma progressiva, estenda os joelhos, mantendo as pernas abertas, sem voltar
a fechar as coxas.
Ainda sem perder o contato das nádegas com a parede e do sacro com o chão, procure
estender completamente os joelhos, virando as pontas dos pés para sua direção.
Da mesma forma que na postura anterior, você pode realizar insistências de 3 segundos
que favorecerá um aumento na amplitude dos músculos.
Junte os joelhos com as pernas esticadas, mantendo-os ligeiramente rodados para fora.
Puxe as pontas dos pés em sua direção.
Com a ajuda de um assistente, realize uma nova insistência sobre a flexão dorsal dos
pés.
Tente dobrar um dos joelhos ao máximo, mantendo a outra perna estendida. Cruze a
perna dobrada para o outro lado da perna estendida.
Procure realizar esta postura sem rodar a bacia, que você manterá no lugar com uma das
mãos. Repita o exercício com a outra perna.
Dobre os dois joelhos ao máximo sem descolar a bacia do chão.
Enrole uma toalha, deixando-a com uma espessura de aproximadamente 8 cm. Coloque-
a debaixo de seus ante-pés e alongue os dedos dos pés.
Ainda com a toalha na mesma posição, ponha-se de cócoras com as palmas das mãos no
chão e joelhos e tornozelos unidos.
Ajuste a posição das costas, alinhando cabeça, região dorsal e bacia. Posicione os braços
ao longo do tronco, mantendo os ombros relaxados. Gire ligeiramente os joelhos para
fora mantendo-os nesta posição.
Com a ajuda de um assistente, apoie a parte posterior do crânio contra a sua mão que
deverá puxar ligeiramente para si. Mantenha os pés e tornozelos unidos.
De forma bem progressiva, estenda os joelhos, mantendo-os sempre em rotação externa,
inclinando o corpo para frente. Expire profundamente. Lembre-se de manter a cabeça, o
dorso e a bacia sempre alinhados.
Esta postura trabalha os seguintes grupos musculares: Grande cadeia anterior, adutores,
psoas-ilíacos, músculos anteriores da perna, músculos profundos da nádega, fascia-lata.
Deitado de costas no chão, com as pernas dobradas e joelhos unidos, expire
profundamente, insistindo com a mão sobre a descida do alto do tórax.
Bascule a bacia para frente com a ajuda das mãos e dos abdominais.
Com a parte posterior do crânio apoiada no chão, alongue sua nuca manualmente.
Reposicione os braços em 45º, mantendo os cotovelos estendidos e as palmas das mãos
voltadas para cima. Desça os ombros procurando apoiá-los no chão.
Mantendo as plantas dos pés unidas, procure afastar seus joelhos o máximo que puder.
Lembre-se de não arquear a região lombar e nem relaxar a propulsão anterior da bacia.