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O laboratório tem como foco principal o fornecimento de insumos para pesquisa básica, mas também é
capaz de atuar no apoio à produção de biofármacos e vacinas, sempre em parceria com laboratórios
nacionais, além de conduzir estudos próprios. A Plataforma funcionará tanto a partir da oferta de um
portfólio de moléculas já prontas, entre as quais estão enzimas proteolíticas, como no suporte ao
desenvolvimento de biomoléculas, de acordo com a demanda específica de cada projeto ou pesquisador.
Em média, podem ser produzidas dez moléculas por mês, podendo chegar a 20, dependendo da
complexidade de cada encomenda e do volume de projetos em andamento.
Um dos destaques da iniciativa é a possibilidade de redução do tempo e dos custos para o fornecimento
desse tipo de moléculas. Marcius Almeida já atua há anos na clonagem e produção proteínas
recombinantes, e identificava a necessidade de um centro de excelência capaz de atender as
necessidades de pesquisas de ponta em biologia estrutural. “Um dos grandes gargalos da pesquisa
brasileira é o desenvolvimento de protocolos para purificação de proteínas. Geralmente, isso costuma ser
feito em projetos de mestrado, que levam dois anos. Ou então é necessário importar, a preços
exorbitantes”, explica Almeida.
Outra característica importante é a atuação em conjunto entre pesquisadores da equipe da PAB e de
outros institutos de pesquisa. Marcius Almeida trouxe a sua própria experiência de campo. “Já costumava
atuar em parceria em diversos projetos, entrando com minha expertise na purificação de proteínas.
Recentemente, tivemos, por exemplo, a publicação de um trabalho com os professores Renato Sampaio,
Katia Cabral e a então mestranda Adalgisa Wiecikowski”, relata o idealizador da PAB, referindo-se a
artigo publicado em agosto passado na Protein Expression and Purification, que pode ser acessado na
íntegra no site do periódico. O trabalho foi desenvolvido ainda em espaço provisório da Plataforma, entre
2016 e o início do primeiro semestre de 2017. A prática da colaboração é marca ainda de um centro de
multiusuários como o Cenabio.
A cerimônia de inauguração aconteceu na segunda-feira pela manhã. O evento foi marcado pelas falas do
diretor do Cenabio, Adalberto Vieyra; do diretor de Pesquisa, Ensino e Extensão do mesmo centro,
Marcius Almeida; do diretor geral do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, Bruno Leite
Moreira; e do reitor da UFRJ, Roberto Leher. Também estiveram presentes o diretor do Instituto de
Ciências Biomédicas (ICB) da UFRJ, Luiz Eurico Nasciutti; o diretor da unidade de Microscopia Avançada
do Cenabio, Kildare Rocha de Miranda; o coordenador do INCT de Biologia Estrutural e Bioimagem
(Inbeb), Jerson Lima Silva, e a vice-diretora do Cenabio, Fernanda Tovar Moll. Representando as
agências de financiamento de pesquisa que apoiaram à Plataforma, estavam o diretor de Ciências
Agrárias, Biológicas e da Saúde (DABS/PRE) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), Marcelo Marcos Morales, e a diretora de Tecnologia da FAPERJ, Eliete Bouskela.
A sede oficial do laboratório ocupa uma área construída de 140 m2, em dois pavimentos. Além do
ambiente de pesquisa, a edificação tem também um espaço para a interação da equipe, onde serão
realizados cafés da manhã científicos, entre outros eventos. O laboratório integra a Unidade de Biologia
Estrutural do Cenabio, fazendo parte também do Inbeb.
O projeto foi desenvolvido com aportes financeiros da FAPERJ e apoio do CNPq e da Associação de
Usuários de RMN do Brasil (AUREMN), da qual Fabio Ceneviva Lacerda Almeida é presidente. O apoio
do diretor do Cenabio, Adalberto Vieyra, também foi fundamental para a implantação do laboratório.