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Editorial _______________________________________________________________________________________________
Queridos Leitores:
Setembro nos reporta, em termos de história maçônica, a uma grande conquista – nossa Independência de Portugal. Vale
ressaltar que o Dia do Maçom foi escolhido fazendo alusão a esse grande movimento maçônico, tema que já elucidamos na edição
anterior.
Há de se registrar que, neste mês, além do Brasil, no dia 7, países como Ubesquistão (1), Vietnã (2), Macedônia (8), Costa
Rica (15), México (16), Chile (18), Malta e Belize (21), e outras nações, através de movimentos libertários, possibilitaram a seus
povos valores como a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade.
Setembro, também, nos faz lembrar a maior Revolução da história brasileira – a Farroupilha – também, iniciada dentro
de um Templo maçônico.
Tudo isso é um passado que muito nos orgulha, mas devemos entender que já passou da hora de sacudirmos a poeira do
passado e voltarmos a escrever novas páginas de nossa história.
As espadas, canhões e garruchas, armas do passado, deram lugar a outras bem mais eficazes. Não mais se faz necessário,
para exigirmos nossos direitos, o derramamento de sangue. As conquistas do passado nos concederam o direito do voto, para,
com ele, nos libertarmos das bastilhas da atualidade.
Em respeito aos hercúleos esforços de valorosos Irmãos do passado, às inúmeras injustiças sociais do presente e às
futuras gerações, façamos, de nosso voto, uma arma libertária da prisão dos grilhões que os maus políticos nos impõem. Votemos
com consciência! Pensemos no que os candidatos poderão oferecer à coletividade, à cidade, e não a nós, a nossa classe
profissional ou religiosa.
Votar tem que ser, mais do que tudo, um ato altruístico, pelo fato de ser a única ferramenta de mudança da sociedade.
Enquanto nos contentarmos em, apenas, reclamarmos e a nos divertirmos com as piadas políticas dos “inocentes” programas de
humor, desperdiçamos um valiosíssimo tempo e oportunidade, que bem melhor seria usado, para analisarmos o candidato ideal
que deveremos eleger nas urnas.
Pensemos nisso! O Arte Real está fazendo sua parte alertando, conscientizando e fazendo luz sobre tão importante tema.
Essa é a parte que nos cabe como veículo de informação. Façamos, na urna, a parte que nos cabe: votemos com consciência!
Em falando de feitos do passado, a matéria do escritor maçônico João Durão, “A Maçonaria na Independência do Brasil”,
retrata muito bem isso. Já a coluna Matéria da Capa, que traz o texto “Shamballah”, de autoria do insigne Professor Henrique
José de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, trata, como ninguém jamais ousou tratar, da Ilha Imperecível,
reservada, tão somente, Àqueles que atingiram elevado Grau de Consciência para ali adentrarem.
A coluna Os Grandes Iniciados, também, ousadamente, apresenta “Melk-Tsedek – O Monarca Universal”; Sacerdote do
Altíssimo e Rei de Salém, o mais misterioso ser das Sagradas Escrituras! Em Destaques, oferecemos, de autoria do Irmão Eliseu
Mocitaiba, a matéria “O Segredo Entre Colunas”.
A coluna Ritos Maçônicos, ainda, abordando o R∴E∴A∴A∴, fala sobre sua cor, em matéria assinada pelo saudoso
escritor maçônico José Castellani, com o título “A Cor Púrpura do R∴E∴A∴A∴”.
Tem sido um exercício muito gratificante e salutar estar à frente desse trabalho, principalmente, quando registramos,
através de mensagens de nossos leitores, o quanto nossa Revista tem sido útil para o crescimento maçônico-cultural de cada um,
para o enriquecimento dos momentos de estudo em Loja e para o despertar de um estado de consciência mais elevado dos nossos
leitores.
A cada edição, agradeço ao Pai Celestial por me permitir a oportunidade de ser um canal de sua Vontade, e me imponho,
cada vez mais, a responsabilidade de produzir uma Revista com muita seriedade, em respeito e à altura de nossos seletos leitores.
Temos dedicado nosso tempo, já muito escasso, na certeza de que a Revista Arte Real, consciente do seu dever de bem
informar, vem cumprindo seu primoroso papel. Colaborem conosco enviando suas sinceras considerações sobre esse trabalho,
que vem sendo confeccionado carinhosamente, para o crescimento de todos nós.
Afinal, “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”, bem dizia o escritor e poeta português Fernando Pessoa.
Encontramos-nos na próxima edição!
" Um sofrimento é sempre uma advertência, pior para quem não sabe compreendê-la.
Quando a natureza puxa a corda, é porque caminhamos ao contrário;
quando ela nos castiga, é que o perigo está perto.
Ai, então, de quem não reflete!".
Eliphas Levi
Nesta Edição ______________________________________________________________________________________
Capa – Shamballah – A Ilha Imperecível...........................Capa Ritos Maçônicos – A Cor Púrpura do REAA .......................8
Editorial.....................................................................................2 Trabalhos – A Maçonaria na Independência do Brasil...........9
Matéria da Capa - Shamballah..............................................3 - Maçonaria e Astrologia.......................................12
Informe Cultural – VI Enama.........................................4 Reflexões – Um Sonho Maçônico.........................................14
Destaque - O Segredo Entre Colunas..................................... .5 - Você e Deus........................................................16
Os Grandes Iniciados – Melki-Tsedek – o Monarca Universal.....6 Boas Dicas – Sites /Indicação de Livros / Edições Anteriores.. 16
Shamballah
Dedicado à Helena Petrovna Blavatsky
6º ENAMA
Encontro Nacional de Maçonaria Adonhiramita
Francisco Feitosa
"... os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos
filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma
divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente".
Platão
Os Grandes Iniciados ____________________________________________________________
Trabalhos __________________________________________________________________________________
Trabalhos __________________________________________________________________________________
Maçonaria e Astrologia
Carlos Galvão
Ven∴M∴- Assimilado ao planeta Júpiter (número 6), forma fria e exata. Ele é o controlador rígido da ordem dos
que, no panteão dos deuses babilônicos, simbolizava a processos e cioso pela documentação dentro das normas.
sabedoria. Rege a visão, a prosperidade, a misericórdia, a Assimilado à Lua, pois reflete as conclusões legais do Orador.
liturgia, o sacerdócio, o mestre e a Tes∴- Associado a Cronos
felicidade. (Saturno, para os romanos), pai de Zeus
Orad∴- Está relacionado com e filho de Urano, um dos deuses
Mercúrio (número 2), o planeta que rege primordiais, que, com Géia (a Terra),
a expressão da Verdade, pois é o estava no início de todas as coisas;
“enviado de Deus”. Mercúrio tem asas simboliza a riqueza. Recebe a simbologia
nos pés e é o porta-voz, aquele que dá as da Lua (número 1) em sua atividade. A
boas vindas e domina os escritos. atividade de receber os metais e de
Associado ao Sol, pois dele emana a Luz, organizar o movimento financeiro da
como guarda da lei maçônica, que é, Loja é considerada por lidar com a frieza
além de responsável pelas peças de dos números fria e calculista, além de
arquitetura. inflexível. A Lua rege a família, a cidade,
1o Vig∴- Associado ao planeta o lar e o corpo; portanto rege o Templo.
Marte, o Senhor da guerra, simbolizando M∴de Cer∴- Assimilado ao
a força. Marte rege o início, a coragem, o planeta Mercúrio, o deus veloz e astuto.
pioneirismo e o impulso. Está relacionado ao planeta Sol. O Sol
2o Vig∴- Assimilado ao planeta (número 4) caminha diariamente pelo
Vênus, feminilizado na Mitologia Céu, levando e trazendo a existência, a
babilônica e que, sendo a deusa mágica verdade e a justiça. É ele que anima a
da fertilidade e do amor, simboliza a beleza. Vênus rege a vida e que circula no Oriente e no Ocidente.
harmonia, o prazer, a alegria e a beleza, como reflexo da *Além do Irmão Carlos Galvão, também, são
manifestação do Gr∴Arq∴do Un∴. autores deste trabalho os IIr∴ João Paganelo e Eduardo
Gennari, todos MM∴MM∴ - A∴R∴L∴S∴ Thomaz Idineu
Secr∴- Relaciona-se com o planeta Saturno (número
7). É ele o responsável de gravar, para a eternidade, os fatos de Galera, GOB - São Paulo- Brasil
Reflexões _____________________________________________________________________________________
Um Sonho Maçônico
Pery Francisco Assis Shikida
continuar prestigiando os recém-iniciados, agora, também, com abra a sua mão direita, e eu os colocarei na sua palma.
suas famílias. Portanto, foram uma tarde e noite dedicadas à - Abri-a e recebi do G∴A∴D∴U∴ os três objetos
Maçonaria de Toledo (PR), aliás, corrijo, da Maçonaria Universal. descritos por ele. Já estava feliz pela honra de estar diante do
Cansado (a minha decrepitude física, naturalmente, já dá G∴A∴D∴U∴, e, com três “presentes” Dele, mais ainda... Foi
sinais do tempo), mas, feliz, cheguei a casa e logo adormeci... Foi quando ouvi a seguinte explicação:
quando tive um “sonho” maçônico... Sonhei que estava numa – − Meu filho, da esquerda para a direita, o primeiro
Sessão Magna de Iniciação e eu era o profano a ser iniciado. Com objeto representa a Sabedoria; o segundo e do meio, a
a minha idiossincrasia maçônica, às vezes, penso ser necessário Dignidade; o último, mas não menos importante, o Amor. Eu
voltarmos no tempo, mormente para a Câmara de Reflexões, para os coloquei nessa ordem para que os mesmos possam
refletirmos sobre a nossa jornada maçônica. interligar-se. Explico melhor, disse o G∴A∴D∴U∴:
Em um determinado momento do maravilhoso percurso
da Iniciação, fui levado pelo meu Ir∴Terr∴, vejam bem, ao
G∴A∴D∴U∴; só podia ser um “sonho”, uma parábola feliz! O
Ir∴Terr∴ me levou até uma porta, abriu-a e disse:
− Ande três passos em frente e pare, o G∴A∴D∴U∴
virá até você. Não posso ir além dessa porta, e devo fechá-la
após a sua entrada. Ninguém, em nosso mundo físico, pode
ver o G∴A∴D∴U∴.
Entrei, andei os três passos e parei. Com a visão
totalmente obnubilada, logo pude ouvir uma Voz dizendo:
− Meu filho, nesse momento, dar-lhe-ei três coisas
muito importantes; gostaria que você colocasse na sua mão.
Estarrecido, só fiquei ouvindo, aliás, esse é um dos
sentidos mais aguçados em nossa Iniciação.
Então disse o G∴A∴D∴U∴:
- São três coisas que gostaria que você levasse por
toda a sua vida maçônica e, se possível, não as perdesse.
− A Sabedoria, sozinha, é perigosa, pois muitos usam entre a ligação da Dignidade com o Amor, mas o traço da
dessa Virtude para o mal; são sábios para criar bombas ultra Sabedoria ficou um pouco distante e não pude ver uma linha
modernas, planos econômicos mirabolantes, que não visam à nítida, ligando a Sabedoria com a Dignidade. Por acaso,
distribuição eqüitativa de renda, construindo uma vida estou vendo alguma coisa errada?
egocêntrica e voltada para si mesmos. Porém, um serdigno, O G∴A∴D∴U∴, após uma pausa momentânea,
por si só, já é um sábio, e, quando se vincula Sabedoria com respondeu-me:
Dignidade, certamente, fatos bonitos serão gerados para toda
a Humanidade. − É da natureza dos homens essa “descolagem” da
Sabedoria com a Dignidade, e uma certa afeição entre a
− O Amor, sozinho, também, pode não se comportar
Dignidade e o Amor, disse o G∴A∴D∴U∴. Quando os criei e
bem, por isso, às vezes, existem “amores doentios”, “crimes ele foram a sua “evolução”, pude constatar que, quanto mais
passionais”, etc. Contudo, se a Dignidade estiver presente no a sociedade ia aprendendo novas coisas, mais a natureza era
Amor, com certeza, você saberá conjugar o verdadeiro destruída, quanto mais uma pessoa estudava, mais se voltava
sentido do verbo Amar. Lembre-se de que nada se perde por para coisas materiais, para o mundo ao seu redor... Há,
um Digno Amor e tudo se ganha por Amar com Dignidade... evidentemente, raras exceções. Contudo, tais exceções
Ou seja, uma pessoa digna sabe amar, souberam ligar a Sabedoria com a
mas nem toda forma de amar é digna; Dignidade, e o Amor com a Dignidade.
novamente, vejam os casos de Enfim, foram sábios na arte do amor e
fanatismo que existem no Mundo, tudo amaram imbuídos da arte da
em nome de um falso “amor”. sabedoria, sabe por quê? Porque
− Então, a Dignidade, que, procuraram, dentro de suas almas,
para o oriental, significa honra, é o elo algo de belo, que pudesse completar o
de ligação desses sentimentos que elo entre os três atributos. Quando dei
coloco em sua mão, disse o para vocês a essência desses três
G∴A∴D∴U∴. Não obstante, ser “presentes”, deixei-lhes a
somente digno não é louvar a responsabilidade de ligá-los; cabe-lhes
existência humana, é preciso que a a construção e o constante polimento
dignidade interaja com outros da letra “M” em suas vidas, assim,
sentimentos. Agora, gostaria que você estarão construindo um Mundo
fechasse a mão direita, que eu Melhor para todos. Vale lembrar, no
abençoarei estes três objetos entanto, que seus destinos não cabem
simbólicos. em suas mãos, porém são as suas mãos
que dão a toada de seus destinos...
Fechei-a e senti a Mão do Com esse sentimento, poderão olhar
G∴A∴D∴U∴ sobre as minhas; foi para dentro de si mesmos, vendo uma
quando começaram a esquentar os letra “M” justa e perfeitamente
objetos que estavam comigo. Senti que construída em seus caracteres.
eles estavam deixando-me uma marca. Quando ouvi essas últimas
O G∴A∴D∴U∴, com sua sapiência, me tranqüilizou dizendo: palavras, acordei imediatamente, feliz e aliviado, por ter vivido
− Não se assuste, isto é para você levar por toda a sua um momento especial de um “sonho”. Imediatamente, olhei
vida. Os objetos, que eu coloquei na sua mão, irão “marcá-la”, para a minha mão, agora, com outro olhar (o da alma), e
formando uma certa letra e deixando, no seu corpo, a enxerguei justamente um formato de um “M”, com o Amor, a
essência do eu que lhe falei, depois eles (os objetos) Dignidade e a Sabedoria em equilíbrio. Enfim, descobri que o
desaparecerão. elo, que ligava esses atributos, sempre estivera dentro de mim;
a minha visão e o meu modo de vida não-fraternos é que não
Com efeito, foi isto que ocorreu... O G∴A∴D∴U∴ me permitiam enxergá-lo. Estava, novamente, iniciado para a
disse-me que seria dada uma permissão para que eu pudesse vida Maçônica... Agora, por meio de um “sonho”!!!
ver a letra, que se formou na minha mão, e, assim, enxergasse • O autor é membro da A∴R∴L∴S∴ Willy Barth do
a verdadeira essência daquilo que estava sendo dito.
Entretanto, seria somente isso que poderia ver, sem poder, em Or∴ de Toledo – PR.
hipótese alguma, enxergar o próprio G∴A∴D∴U∴. Ele me
deu a Luz; pude ver que, na minha mão, havia se formado uma
letra “M”. Isso feito, novamente, voltei-me ao meu peculiar
cenário obnubilidado da Iniciação.
Então, o G∴A∴D∴U∴ me perguntou o que eu havia
visto na minha mão; respondi que havia visto uma letra “M”;
Ele ponderou:
− Sim, essa letra “M”, que, para o profano, pode
significar “modo” de vida, “método” de conduta, etc., para
você, significa Maçonaria.
Quando o G∴A∴D∴U∴ me perguntou se eu tinha
alguma dúvida, eu logo disse:
− G∴A∴D∴U∴, o meu “M” ficou justo para os traços
Reflexões _____________________________________________________________________________________
Você e Deus
Madre Tereza de Calcutá
BoasDicas _____________________________________________________________________________________________
Sites
Recomendo uma visita ao site :
http://maconariabrasil.wordpress.com
- trabalhos maçônicos de autoria do Ir∴ Carlos Alberto Carvalho
Pires
Livros
Indico o livro “Jesus e a Moral Maçônica” de autoria do Irmão
Francisco Mello Siqueira, pela editora Método. Acessem o link
abaixo:
http://www.salmo133.org/s133/AR/livraria/Selo_Titulos_Res.php
Arte Real – Edições Anteriores
As edições anteriores se encontram disponíveis para download
no site www.entreirmaos.net
Obrigado por prestigiar nosso trabalho. Temos um
encontro marcado na próxima edição!!!
A rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, que se apresenta como mais
um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída,
diretamente, via Internet, para cerca de 11.000 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do
exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares
de nossos leitores.
Editor Responsável, Diagramação e Editoração Gráfica: Francisco Feitosa
Revisão: João Geraldo de Freitas Camanho
Colaboradores nesta edição: Carlos Galvão, Dirceu Goulart, Eduardo Gennari,
Eliseu Mocitaiba, Henrique José de Souza, João Ferreira Durão, João Paganelo,
José Castellani.
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