Está en la página 1de 2

O Jejum e a expulsão de demônios

Passagens bíblicas:

Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, disseram: Porque


não pudemos nós expulsá-lo? E Jesus lhes disse: Por causa da vossa PEQUENA
FÉ; [...]Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela ORAÇÃO e pelo
JEJUM [grifo nosso]. Mt 17. 19-21.
E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, EXPULSARÃO
DEMÔNIOS; falarão novas línguas [grifo nosso]; Mc 16.17

Este breve estudo pretende esclarecer o equívoco de uma falácia que põe
em dúvida a prática do jejum na vida do cristão. Tal equívoco está baseado na
interpretação de uma passagem que se encontra no livro de Mateus, capitulo
17. 14-21 e Marcos, capitulo 16.17 transcritos acima. Na passagem de Mateus,
vemos que os discípulos de Jesus não puderam expulsar o demônio de um
lunático porque, segundo Jesus, a FÉ deles era pequena e a casta espiritual só
poderia ser expulsa com JEJUM e ORAÇÃO.

A confusão consiste em defender que o jejum é uma prática desnecessária


porque após a ressureição (Mc 16,17), Jesus não teria exortado ao jejum como
uma necessidade para a expulsão de demônios, mas “em meu nome,
EXPULSARÃO DEMÔNIOS”. A conclusão dessa premissa é que se fosse preciso
jejuar para expulsar demônios, logo essa prática teria mais poder do que o nome
de Jesus para fazê-lo, além disso, nessa passagem Jesus não mencionou o
jejum para realizar tal feito exorcista, como tinha feito na passagem de Mateus.

Avaliaremos essa posição pela análise do conhecimento linguístico e da


hermenêutica bíblica. Do ponto de vista linguístico podemos analisar a
interpretação semântica pelo conhecimento subtendido e pressuposto.
Primeiramente temos que considerar que os discípulos já tinham expulsado
demônios na missão dos setenta (Lc 10.17), mas nesse caso tratava-se de uma
casta, ou seja, um caso diferenciado (Ef. 6.12; Dn 10.13). Utilizando o pronome
anafórico “Esta casta”, Jesus põe em evidência uma informação não dita, mas
subtendida, em outras palavras quis dizer que “esta casta e não outras, só
poderia ser expulsa pela fé, oração e o jejum, diferenciando a situação, mas
também citou outros fatores para o fracasso dos discípulos como a pouca fé.
Além disso, traçar um paralelo entre o cristo ressurreto e os
ensinamentos de seu ministério pode criar um divisor de águas perigoso para a
interpretação bíblica porque ameniza os ensinamentos de cristo durante seu
ministério terreno e vai de encontro com a própria ordem do Senhor ressurreto:
“ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que
eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” Mt
28.10. Se tal equívoco interpretativo fosse considerado poderíamos afirmar que
se Jesus não mencionou o jejum em Mc 16.17 como um subsidio para a
expulsão de demônios e, logo, isso é uma evidência para não pratica-lo, então
também a oração e a fé mencionada em Mateus 17 também não seriam, uma
vez que isso não foi recomendado por Jesus e o único pré-requisito seria utilizar
seu nome. Isso não é verdade, uma outra passagem que podemos utilizar para
refuta-la é Atos 19:

13E alguns dos exorcistas judeus, ambulantes, tentavam


invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham
espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a
quem Paulo prega. 14 Os que faziam isto eram sete filhos
de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. 15Respondendo,

porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus e bem


sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?16 E, saltando neles
o homem que tinha o espírito maligno e assenhoreando-se
de dois, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e
feridos, fugiram daquela casa.

A partir dela percebemos que a autoridade para expulsar demônios está


condicionada aqueles que perseveram piedosamente em oração, em uma vida
de comunhão com Jesus através de uma fé autêntica. O princípio no texto lido
é outro: onde há pouca fé, há pouca oração e jejum (Mt. 17.19,20). Onde há
muita oração e jejum resultante da dedicação genuína a Deus e à sua Palavra,
há abundância de fé. Se os discípulos estivessem vivendo uma fé viva de oração
e jejum como Jesus ensinou e praticou, poderiam ter resolvido o caso.

É importante frisar que o jejum é considerado por alguns líderes como


uma tradição judaica ou um ato legalista. Apesar de negarmos o judaísmo na
igreja moderna, e o fazemos bem, o certo é que a igreja cristã moderna
incorporou simbolicamente muitas dessas práticas, principalmente as que

También podría gustarte