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SÍNTESE
A educação oferecida pela Igreja demonstrou ser desigual, uma vez que as oportunidades
disponíveis para o branco eram muitos mais férteis do que para o não-branco. O branco, português,
filho da elite, recebia uma educação completa, extensa, diversificada. Já o ensino dado aos povos
brancos mais populares era mais simplificado, porém já garantia o básico: ler, escrever e contar. No
entanto, a educação oferecida aos negros, índios e mestiços era ainda mais infrutuosa, já que a
Igreja só garantia a eles os ensinamentos catequéticos e necessários para o batismo, com o intuito de
levá-los ao caminho cristão para servir a Deus.
Benci foi um dos nomes responsáveis pela reformulação da escravidão colonial. Sua obra
Economia Cristã, dividida em quatro discursos, recomenda certas medidas para os colonos
governarem os seus escravos: o alimento, a doutrina, o castigo e o trabalho. Em sua obra, ele
considera os senhores não só como coordenadores do escravo no ambiente de trabalho, mas também
como responsáveis pela doutrinação dele. Jorge Benci é a favor da utilização da punição física, por
parte dos senhores, como um método de disciplina. No entanto, ele justifica a violência como um
ato religioso, repreensível, que não ofenderia a Deus se estivesse dentro dos limites de agressão.
Portanto, o objetivo de Benci foi, simultaneamente, colonizador, missionário, moral e evangélico.
Padre Antonio Vieira, famoso pela sua estilística literária barroca, difere de Benci quanto
ao uso do castigo físico, e inclusive denuncia esse tipo de prática que, para ele, é totalmente
desumana. Entretanto, Vieira não discorda com a escravidão de outros povos, e até aconselha que
eles aceitem a condição inferior sob a qual vivem. Para Pe. Antonio Vieira, os senhores não
deveriam utilizar de práticas escravistas “fora da lei”, nem de castigos brutais; a escravidão deveria
existir, porém de modo legal e sem punições severas que ferissem a dignidade humana.
O Padre Manuel Bernardes, por sua vez, assemelha-se a Benci, e até recorre a partes da
Economia Cristã em sua obra A Nova Floresta ou Sylva de Vários Apopthegmas. O autor em
questão também explora valores similares aos de Benci, como a doutrina, a repreensão, o castigo, o
comer, o vestir e os deveres que os senhores deveriam ter para com os escravos.
Manuel Ribeiro Rocha, através de sua obra Etíope Resgatado, Empenhado, Sustentado,
Corrigido, Instruído e Libertado, leva adiante o trabalho feito por Benci em Economia Cristã, e
enfatiza a proposta de harmonizar a escravidão com o cristianismo. Os dois autores aproximam-se
dos mesmos pontos em suas obras: ambos percebem a importância da defesa da dignidade do negro
escravo e também denunciam os abusos cometidos contra ele. Mas em contraste com Benci, Ribeiro
Rocha sugere uma solução jurídica para a liberdade dos escravos.
O autor busca, nesse artigo, dar luz à fase pombalina e evidenciar, principalmente, as
mudanças no sistema de ensino que ocorreram naquela época.
Além das mudanças na educação e na economia, a própria cultura foi modificada com a
expulsão dos jesuítas. No estado da Amazônia, são introduzidas, nas aldeias, um emaranhado de
influências antijesuíticas e claramente portuguesas (para reforçar a identidade de quem governava a
região): premiações para os que falam português, estimulação de casamentos interétnicos,
nomeação de aldeias com termos em português.
Portanto, a partir de 1759, deu-se o início de uma era que redefiniria os padrões impostos,
anteriormente, pelos jesuítas. O norte e o nordeste brasileiro ganharam uma surpreendente
influência portuguesa, que baniu os antigos costumes e idiomas, substituindo este pelo português e
aquele pelos valores culturais de Portugal.
O texto aborda, a princípio, o contexto histórico por trás do início de uma nova era que
teve início em 1930 e que se encerrou em 1945. Durante toda era vargas, o Brasil passou, tão
abruptamente, por mudanças econômicas, políticas, sociais e educacionais. A sociedade brasileira
foi marcada por uma reorganização política, pelo desenvolvimento capitalista e pela severa
centralização do poder. E fora do Brasil, o mundo enfrentava os ecos de duas guerras mundiais e da
grande depressão de 1929, que culminaram numa série de desarticulações principalmente
econômicas: dívidas externas, redução de importações, carência dos meios de pagamento, etc.
Diante dessa situação internacional, Vargas apostou num plano nacionalista para manter o
Brasil de pé e recuperar a economia do país. Foi evidente a preocupação com a produção do café,
naquele período, uma que vez que ele continuava sendo o produto mais exportado, ao lado do
algodão. O Estado buscou, também, controlar a monopolização do câmbio para aumentar as
exportações, para captar a moeda estrangeira e controlar a balança comercial. No entanto, devido às
dificuldades vinculas à dificuldade de exportar, Vargas teve de amadurecer o plano
desenvolvimentista.
A industrialização brasileira, durante o Estado Novo de Vargas, não pôde ser deixada de
lado, uma vez que o mundo estava sendo dominado pelas novas tecnologias. As indústrias do Brasil
organizaram-se sob a forma de monopólios e sob o suporte do Estado. Foi criada, a partir de uma
aliança entre Brasil e Estados Unidos, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e mais tarde a
Fábrica Nacional de Motores, a Petrobras e a Eletrobras.
Frente a esse problema, o Brasil passa por uma série de reformas para tentar atenuar os
problemas relacionados à natureza educacional e a sua infraestrutura.
A primeira, formulada por Francisco de Campos, estabelece três eixos. O ensino superior, o
ensino médio e a organização da escola brasileira, que exigia a criação de um sistema nacional de
educação. No que diz respeito ao ensino superior, Francisco propôs a implantação do Estatuto das
Universidades Brasileiras. Já no ensino secundário, estabelece-se o currículo seriado, a frequência
obrigatória, dois ciclos, sendo um fundamental e outro complementar, e a exigência de habilitação
nele para conseguir ingressar no ensino superior.
Mais tarde, vieram à tona as reformas de Gustavo Capamena, que deram início à Lei
Orgânica do Ensino Industrial. O ensino se dividiu em dois ciclos: o primeiro previa quatro
modalidades de ensino: o ensino industrial básico, o ensino de mestria, os ensinos artesanal e de
aprendizagem. O segundo previa o ensino técnico industrial e o ensino pedagógico. Além desses, a
formação industrial era complementada com cursos extraordinários e avulsos.
Outras três reformas foram efetuadas pelo ministro Gustavo Capamena: as Leis Orgânicas,
Normal e Agrícola.
A terceira versava sobre o ensino agrícola e previa, também, dois ciclos: o primeiro era
voltado para a formação (iniciação agrícola e mestria), aperfeiçoamento e especialização; e o
segundo, que garantia o curso de técnico agrícola e cursos pedagógicos para formação de docentes
desta área.