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Introdução
Histórico
• A idéia de a função do alimento ir além da
ação natural de nutrir surgiu em 1920 quando
foi adicionado iodo ao sal para combater o
bócio
Introdução
Histórico
• Em 1991 estes alimentos foram
definidos como “Alimentos para uso
específico de saúde” (Foods for Specified
Health Use - FOSHU) voltado à pesquisa
e regulamentação dos alimentos
funcionais.
Introdução
Histórico
• O objetivo era reduzir os
gastos com a saúde pública,
contendo o avanço de
Mercado para FOSHU
doenças crônico- Fonte: Japan Food Hygiene Association
degenerativas da população
• O programa é administrado
pelo Ministério da Saúde
japonês, e hoje registra
cerca de cem produtos com
alegação de propriedade
funcional.
Legislação para Alimentos Funcionais.
Introdução
Histórico
• O escritório Americano de Contas
Gerais (US Government Accountability
Office - GAO) define alimentos
funcionais como alimentos que se
declaram ter benefícios além da
nutrição básica.
Introdução
Histórico
• A FDA (Food and Drug Administration) regula
os alimentos funcionais, baseada no uso que se
pretende dar ao produto, na descrição presente
nos rótulos ou nos ingredientes do produto.
• Alimento
• Suplementos alimentares
• Alimento para usos dietéticos especiais
• Alimento-medicamento
• Droga
Legislação para Alimentos Funcionais.
Introdução
Histórico
• Na União Européia as alegações de
propriedades funcionais são proibidas
Introdução
Histórico
• No Reino Unido, o Ministério da
Agricultura, Pesca e Alimentos MAFF
(atualmente Board of Agriculture) define
alimentos funcionais como:
Regulamentação Brasileira
Agentes Reguladores
• No Brasil o setor de alimentos é regulamentado pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde embora
outros órgãos públicos como Ministério da Agricultura também
possuam regulamentos.
http://www.anvisa.gov.br/
http://www.agricultura.gov.br/
Regulamentação Brasileira
Definições
• A portaria n°398 de 30/04/99, da Secretaria de Vigilância
Sanitária do Ministério da Saúde do Brasil fornece a definição
de Alimento Funcional:
Regulamentação Brasileira
Definições
• A legislação, de 1999, é uma forma de controlar e fiscalizar o
mercado, para coibir abusos das indústrias e rotulagem
incorreta.
Regulamentação Brasileira
Definições
• Novos Alimentos e Ingredientes
Regulamentação Brasileira
Alimentos Funcionais
• A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 1999
publicou duas resoluções relacionadas aos alimentos funcionais:
Regulamentação Brasileira
Alimentos Funcionais
• Essas resoluções, também estabelecem normas e
procedimentos para registros de alimentos e/ou ingredientes
funcionais:
Regulamentação Brasileira
Alegações de Propriedades
• Nessas resoluções, faz-se a distinção entre alegação de
propriedade funcional e alegação de propriedade de saúde:
Regulamentação Brasileira
Alegações de Propriedades
Regulamentação Brasileira
Alegações de Propriedades
1 - Alegações de propriedades funcionais de nutrientes
com funções plenamente reconhecidas: São alegações de
função e/ou conteúdo para nutrientes e não nutrientes,
podendo ser aceitas aquelas que descrevem o papel
fisiológico do nutriente ou não nutriente no crescimento,
desenvolvimento ou nas funções normais do corpo.
Ou seja, é a alegação que descreve a função fisiológica de um
nutriente no crescimento, no desenvolvimento ou nas funções
normais do corpo.
Regulamentação Brasileira
Alegações de Propriedades
2 - Alegações de alimento com propriedades funcional:
É aquele capaz de desempenhar um efeito metabólico ou
fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento,
desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do
organismo humano.
Regulamentação Brasileira
Alegações de Propriedades
3 - Alegações de propriedade de saúde são aquelas que
afirmam, sugerem ou implicam a existência de relação entre o
alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à
saúde.
Regulamentação Brasileira
Alegações de Propriedades
Regulamentação Brasileira
Alegações de Propriedades
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Lista de “novos ingredientes” que quando utilizados em produtos dispensados da obrigatoriedade de registro,
estes produtos continuarão dispensados da obrigatoriedade.
Requisitos adicionais que devem ser atendidos nos produtos que utilizam
Ingrediente:
o ingrediente:
Declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar. Não é
Amido resistente com alto teor de amilose
permitido especificá-la abaixo do valor de fibra alimentar.
Beta-glucana de levedo de cerveja - Rotulagem:Especificar a fonte da beta-glucana (Saccahromyces cerevisiae)
Saccahromyces cerevisiae junto à declaração da mesma na lista de ingredientes do rótulo.
Colágeno Hidrolisado/gelatina hidrolisada Sem requisito adicional.
Rotulagem:
- incluir a seguinte informação: "Este produto pode ter efeito laxativo", para os
D-Tagatose
alimentos cuja porção única de consumo resulte em ingestão de D-tagatose
superior a 30 g.
- declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar. Não é
Frutooligossacarídeo - FOS
permitido especificá-la abaixo do valor de fibra.
Rotulagem:
Gelatina de peixe - incluir a frase de advertência em destaque e negrito: "Pessoas alérgicas a
peixes e crustáceos devem evitar o consumo deste produto".
- declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar. Não é
Goma acácia (Goma Arábica)
permitido especificá-la abaixo do valor de fibra alimentar.
- declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar. Não é
Goma guar parcialmente hidrolisada
permitido especificá-la abaixo do valor de fibra alimentar.
- declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar. Não é
Inulina
permitido especificá-la abaixo do valor de fibra alimentar.
- declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar. Não é
Inulo-oligossacarídeos
permitido especificá-la abaixo do valor de fibra alimentar.
Isomalte, Xarope de - Este ingrediente não deve ser declarado como fibra alimentar.
Regulamentação Brasileira
Lista de “novos ingredientes” que quando utilizados em produtos dispensados da obrigatoriedade de registro,
estes produtos continuarão dispensados da obrigatoriedade.
Rotulagem:
- incluir a frase de advertência em destaque e negrito: "Diabéticos: a isomaltulose contém glicose e
Isomaltulose frutose”.
(atualizado em out/2008)
- declarar na tabela de informação nutricional o teor de açúcares abaixo da declaração de
carboidratos.
- declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar. Não é permitido especificá-la
Lactulose
abaixo do valor de fibra.
Lecitina de soja Sem requisito adicional.
Lecitina de ovos Sem requisito adicional.
- declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar. Não é permitido especificá-la
abaixo do valor de fibra.
Polidextrose
- a recomendação diária de consumo do produto não deve resultar na ingestão de polidextrose acima
de 90 g ou cuja porção única de consumo resulte em ingestão de polidextrose superior a 50g.
Proteína
Sem requisito adicional.
estruturadora do gelo
Rotulagem:
Trealose - incluir a seguinte informação: "Este produto pode ter efeito laxativo", para os alimentos cuja porção
única de consumo resulte em ingestão de trealose superior a 50 g.
Regulamentação Brasileira
Regulamentação Brasileira
Lista de “novos ingredientes” que quando utilizados em produtos dispensados da obrigatoriedade de registro,
estes produtos terão obrigatoriedade de registro.
Requisitos adicionais que devem ser atendidos e ou constar do Relatório
Ingrediente:
Técnico-científico:
- apresentar laudo de análise comprovando que 40% ou mais do ingrediente não
são digeríveis. Utilizar métodos normalizados ou oficiais de organizações
técnicas reconhecidas na área.
Dextrina resistente em Pó
- a recomendação diária de consumo do produto não deve resultar na ingestão
única de dextrina resistente acima de 30 g.
- declarar na tabela de informação nutricional como fibra alimentar.
- a recomendação diária de consumo do produto não deve resultar na ingestão
de espirulina acima de 1,6 g.
- apresentar as especificações do ingrediente, incluindo identificação da espécie
da alga e seu local de cultivo.
- apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, do teor dos
contaminantes inorgânicos em ppm: mercúrio, chumbo, cádmio e arsênio.
Espirulina Utilizar como referência o Decreto nº. 55871/65, categoria “outros alimentos”.
- descrever os procedimentos para controle da qualidade do ingrediente.
Rotulagem:
- incluir as informações:
“Consumir preferencialmente sob orientação de médico ou nutricionista”
“Este produto não é indicado para gestantes, nutrizes e crianças.”
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos.”
- informar a origem ou fonte de obtenção.
- apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, do teor dos
contaminantes inorgânicos em ppm: mercúrio, chumbo, cádmio e arsênio.
Etil-ester de óleo de peixe refinado Utilizar como referência o Decreto nº. 55871/65, categoria “outros alimentos”.
Rotulagem:
- Incluir a frase de advertência em destaque e negrito: "Pessoas alérgicas a
peixes e crustáceos devem evitar o consumo deste produto".
Fonte: ANVISA, 2009
Legislação para Alimentos Funcionais.
Regulamentação Brasileira
Lista de “novos ingredientes” que quando utilizados em produtos dispensados da obrigatoriedade de registro,
estes p rodutos terão obrigatoriedade de registro.
- apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e
outros com postos utilizados.
Fitoestanóis*
- apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
- apresentar laudo com o grau de pureza do produto e a caracterização dos fitoestanóis presentes.
Regulamentação Brasileira
Lista de “novos ingredientes” que quando utilizados em produtos dispensados da obrigatoriedade de registro,
estes produtos terão obrigatoriedade de registro.
alfa-ciclodextrina Sem requisito adicional.
- apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo
solventes e outros compostos utilizados.
Licopeno*
- apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
- apresentar laudo com o grau de pureza do produto.
- apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo
solventes e outros compostos utilizados.
Luteína*
- apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
- apresentar laudo com o grau de pureza do produto.
- apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo
solventes e outros compostos utilizados.
Zeaxantina*
- apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
- apresentar laudo com o grau de pureza do produto.
- apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância.
- apresentar laudo do perfil lipídico com o grau de pureza do produto.
Olestra
- o rótulo deve apresentar informação ao consumidor sobre os efeitos adversos do
olestra quanto a possível ocorrência de cólicas intestinais e fezes amolecidas.
- apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo
Diacilglicerol (DAG) obtido dos enzimas e outros compostos utilizados.
óleos de canola e ou de soja - apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) compostos(s) utilizado(s).
- apresentar laudo do perfil lipídico com o grau de pureza do produto.
* Essas substâncias devem ser utilizadas somente em produtos enquadrados nas categorias de alimentos com alegação do propriedade
funcional e ou de saúde ou substâncias bioativas e probióticos isolados.
Fonte: ANVISA, 2009
Legislação para Alimentos Funcionais.
Regulamentação Brasileira
Segundo recente relatório da PriceWaterhouseCoopers, o
mercado mundial de alimentos funcionais alcançará 128
bilhões de dólares em 2013, ante 78 bilhões em 2007.É um
gigantesco salto, em apenas seis anos.
Ainda, há necessidade de um diálogo cada vez mais aberto
entre o setor produtivo, a Anvisa e a academia.
Conclusão:
Assim, o crescimento e desenvolvimento do mercado de
alimentos funcionais está garantido pelo consumidor que
mostra grande interesse por estes produtos, que
compartilham com o mercado de orgânicos diversos
aspectos em comum:
• Um mercado relativamente jovem, com alto potencial de
crescimento e diversificação, composto por consumidores
mais exigentes e informados.
• A constante manutenção da imagem de segurança e alta
qualidade dos produtos.
• Há necessidade de uma comunicação eficiente e honesta
com o consumidor.
• Há necessidade de apoio científico, que comprove os
benefícios alegados, justificando o preço diferenciado
destes produtos
Obrigada
glaupast@fea.unicamp.br