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As associações são organizações que têm por finalidade a promoção de assistência social,
cultural, representação política, defesa de interesses de classe, filantropia.
Associações são Pessoas Jurídicas, formadas pela união de grupos que se organizam para
a realização de atividades não econômicas, ou seja, sem fins lucrativos. Nessas entidades,
o fator preponderante são as pessoas que as compõem. São entidades de direito privado.
Em uma associação não existe remuneração para seus dirigentes nem distribuição de
sobras entre seus associados. O que as mantêm são as contribuições dos sócios ou a
cobrança pelos serviços prestados, contratos e acordos firmados, doações etc.
Sustentabilidade Comunitária
Conhecimentos e técnicas para comunidades autossustentáveis.
11 DE ABRIL DE 2011
Como fundar uma associação
Por SEBRAE-MG
1. I N T R O D U Ç Ã O
O presente fascículo faz parte da série Cultura da Cooperação e tem por objetivo
oferecer informações sobre uma das formas mais básicas do processo associativo:
Associações.
Ele foi organizado a partir das sugestões que os técnicos do SEBRAE que lidam
diariamente com essas demandas, nos encaminharam e busca responder as
principais questões apontadas.
Este fascículo não tem a pretensão de ser um compêndio sobre o assunto nem de
se aprofundar sobre o mesmo. Ele pretende ser uma ferramenta eficaz para apoiar
o trabalho dos técnicos do SEBRAE no atendimento inicial para esse tipo de
demanda, oferecendo alternativas para que os interessados possam buscar
informações mais detalhadas sobre o tema.
Como ferramenta de trabalho ele não está fechado e essa, esperamos, será uma
de suas principais características. Aguardamos sugestões para aprimorá-lo e
estaremos atentos as constantes alterações que a legislação do setor sofre e aos
avanços do próprio cooperativismo. Sendo assim esteja à vontade para nos
encaminhar seus comentários sobre o mesmo.
2. A S S O C I A Ç Ã O , O Q U E É
“As associações são organizações democráticas, controladas por seus sócios, que
participam ativamente no estabelecimento de suas políticas e na tomada de
decisões. Homens e mulheres, eleitos como representantes, são responsáveis
para com os sócios”.
3 – PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO ECONÔMICA DOS SÓCIOS
6- PRINCÍPIO DA INTERAÇÃO
3. T I P O S D E A S S O C I A Ç Õ E S
De modo geral essas organizações não tem na atividade econômica o seu objetivo
principal, mas a defesa dos interesses de um determinado grupo de pessoas, que
encontrou na união de esforços uma melhor solução para determinados
problemas. São organizações com finalidade de:
- entidades filantrópicas;
- religiosas;
ASSOCIAÇÕES FILANTRÓPICAS
ASSOCIAÇÕES DE CONSUMIDORES
Organizações voltadas para o fortalecimento dos consumidores frente aos
comerciantes, a indústria e o governo.
ASSOCIAÇÕES DE CLASSE
ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES
4. P R I N C I P A I S C A R A C T E R Í S T I C A S
1. CONCEITO:
· Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que tem por objetivo a
defesa e promoção dos interesses das pessoas (físicas e/ou jurídicas) que a
constituiu.
2. FINALIDADE:
· Defesa e promoção dos interesses das pessoas (físicas e/ou jurídicas) que a
constituiu.
3. GESTÃO:
4. LEGISLAÇÃO:
· Constituição Federal (art. 5o., XVII A XXI, e art. 174, par. 2o.). Código Civil.
5. FORMAÇÃO:
· Mínimo de 2 pessoas
6. PATRIMÔNIO:
· Formado por taxa paga pelos associados, doações, fundos e reservas. Não
possui capital social.
· Não remuneram seus dirigentes nem distribuem sobras entre seus associados,
conforme princípio das instituições sem fins lucrativos.
8. TRIBUTAÇÃO:
b) A não incidência, que é quando o ato realizado não se encaixa no que é previsto
na legislação correspondente. Por exemplo, a transferência de produtos do
associado para a sua cooperativa não é considerada “circulação de mercadorias”.
Por isso, não incide nesta operação o Imposto de Circulação de Mercadorias.
IMPOSTOS FEDERAIS
. Taxas Portuárias
Para eventual utilização dos portos no caso de exportação
. Taxas de Classificação
. Laudêmio
Este é um assunto que sempre gera algum tipo de polêmica. É provável que em
vários momentos do seu trabalho você deve se ver diante das seguintes
perguntas:
Essas dúvidas são comuns e pertinentes uma vez que os dois tipos de
organização se baseiam nos mesmos princípios doutrinários e, aparentemente,
buscam os mesmos objetivos.
A seguir um quadro organizado pela assistente social Sandra Mayrink Veiga e pelo
advogado Daniel T. Rech e publicado no livro Associações como construir
sociedades civis sem fins lucrativos – editora DP&A., que busca mostrar as
principais diferenças entre os dois modelos:
CRITÉRIO
Conceito
ASSOCIAÇÃO
Sociedade de pessoas sem fins lucrativos
COOPERATIVA
Sociedade de pessoas sem fins lucrativos e com especificidade de atuação na
atividade produtiva/comercial
CRITÉRIO
Finalidade
ASSOCIAÇÃO
Representar e defender os interesses dos associados. Estimular a melhoria
técnica, profissional e social dos associados. Realizar iniciativas de promoção,
educação e assistência social.
COOPERATIVA
Viabilizar e desenvolver atividades de consumo, produção, prestação de serviços,
crédito e comercialização, de acordo com os interesses dos seus associados.
Formar e capacitar seus integrantes para o trabalho e a vida em comunidade.
CRITÉRIO
Legalização
ASSOCIAÇÃO
Aprovação do estatuto em assembléia geral pelos associados. Eleição da diretoria
e do conselho fiscal. Elaboração da ata de constituição. Registro do estatuto e da
ata de constituição no cartório de registro de pessoas jurídicas da comarca. CNPJ
na Receita Federal. Registro no INSS e no Ministério do trabalho.
COOPERATIVA
Aprovação do estatuto em assembléia geral pelos associados. Eleição do conselho
de administração (diretoria) e do conselho fiscal. Elaboração da ata de
constituição. Registro do estatuto e da ata de constituição na junta comercial.
CNPJ na Receita Federal. Inscrição Estadual. Registro no INSS e no Ministério do
trabalho. Alvará na prefeitura.
CRITÉRIO
Constituição
ASSOCIAÇÃO
Mínimo de duas pessoas.
COOPERATIVA
Mínimo de 20 pessoas físicas
CRITÉRIO
Legislação
ASSOCIAÇÃO
Constituição (art. 5o., XVII a XXI, e art 174, par. 2o.). Código Civil
COOPERATIVA
Lei 5.764/71. Constituição (art. 5o. XVII a XXI e art. 174, par 2o.) Código civil.
CRITÉRIO
Patrimônio / Capital
ASSOCIAÇÃO
Seu patrimônio é formado por taxa paga pelos associados, doações, fundos e
reservas. Não possui capital social. A inexistência do mesmo dificulta a obtenção
de financiamento junto às instituições financeiras.
COOPERATIVA
Possui capital social, facilitando, portanto, financiamentos junto às instituições
financeiras. O capital social é formado por quotas-partes podendo receber
doações, empréstimos e processos de capitalização.
CRITÉRIO
Representação
ASSOCIAÇÃO
Pode representar os associados em ações coletivas de seu interesse. É
representada por federações e confederações.
COOPERATIVA
Pode representar os associados em ações coletivas do seu interesse. Pode
constituir federações e confederações para a sua representação.
CRITÉRIO
Forma de Gestão
ASSOCIAÇÃO
Nas decisões em assembléia geral, cada pessoa tem direito a um voto. As
decisões devem sempre ser tomadas com a participação e o envolvimento dos
associados.
COOPERATIVA
Nas decisões em assembléia geral, cada pessoa tem direito a um voto. As
decisões devem sempre ser tomadas com a participação e o envolvimento dos
associados.
CRITÉRIO
Abrangência / Área de Ação
ASSOCIAÇÃO
Área de atuação limita-se aos seus objetivos, podendo ter abrangência nacional.
COOPERATIVA
Área de atuação limita-se aos seus objetivos e possibilidade de reuniões, podendo
ter abrangência nacional.
CRITÉRIO
Operações
ASSOCIAÇÃO
A associação não tem como finalidade realizar atividades de comércio, podendo
realiza-las para a implementação de seus objetivos sociais. Pode realizar
operações financeiras e bancárias usuais.
COOPERATIVA
Realiza plena atividade comercial. Realiza operações financeiras, bancárias e
pode candidatar-se a empréstimos e aquisições do governo federal. As
cooperativas de produtores rurais são beneficiadas do crédito rural de repasse
CRITÉRIO
Responsabilidades
ASSOCIAÇÃO
Os associados não são responsáveis diretamente pelas obrigações contraídas
pela associação. A sua diretoria só pode ser responsabilizada se agir sem o
consentimento dos associados.
COOPERATIVA
Os associados não são responsáveis diretamente pelas obrigações contraídas
pela cooperativa, a não ser no limite de suas quotas-partes e a não ser também
nos casos em que decidem que a sua responsabilidade é ilimitada. A sua diretoria
só pode ser responsabilizada se agir sem o consentimento dos associados.
CRITÉRIO
Remuneração
ASSOCIAÇÃO
Os dirigentes não têm remuneração pelo exercício de suas funções; recebem
apenas o reembolso das despesas realizadas para o desempenho dos seus
cargos.
COOPERATIVA
Os dirigentes podem ser remunerados por retiradas mensais pró-labore, definidas
pela assembléia, além do reembolso de suas despesas.
CRITÉRIO
Contabilidade
ASSOCIAÇÃO
Escrituração contábil simplificada.
COOPERATIVA
A escrituração contábil é mais complexa em função do volume de negócios e em
função da necessidade de ter contabilidades separadas para as operações com os
sócios e com não-sócios.
CRITÉRIO
Tributação
ASSOCIAÇÃO
Deve fazer anualmente uma declaração de isenção de imposto de renda.
COOPERATIVA
Não paga Imposto de Renda sobre suas operações com seus associados. Deve
recolher o Imposto de Renda Pessoa Jurídica sobre operações com terceiros.
Paga as taxas e os impostos decorrentes das ações comerciais.
CRITÉRIO
Fiscalização
ASSOCIAÇÃO
Pode ser fiscalizada pela prefeitura, pela Fazenda Estadual, pelo INSS, pelo
Ministério do Trabalho e pela Receita Federal.
COOPERATIVA
Pode ser fiscalizada pela prefeitura, pela Fazenda Estadual (nas operações de
comércio), pelo INSS, pelo Ministério do Trabalho e pela Receita Federal.
CRITÉRIO
Dissolução
ASSOCIAÇÃO
Definida em assembléia geral ou mediante intervenção judicial, realizada pelo
Ministério Público.
COOPERATIVA
Definida em assembléia geral e, neste caso ocorre a dissolução. No caso de
intervenção judicial, ocorre a liquidação, não podendo ser proposta a falência.
CRITÉRIO
Resultados Financeiros
ASSOCIAÇÃO
As possíveis sobras obtidas de operações entre os associados serão aplicadas na
própria associação.
COOPERATIVA
Após decisão em assembléia geral, as sobras são divididas de acordo com o
volume de negócios de cada associado. Destinam-se 10% para o fundo de reserva
e 5% para o Fundo Educacional (FATES)
6. C O N S I D E R A Ç Õ E S I M PO R T A N T E S P A R A O S E U T R A B A L
HO
Para isso cabem algumas perguntas que poderão orientar o grupo para avançar ou
não, na constituição da Associação:
Também neste caso, em que pese que o aspecto econômico não seja a principal
finalidade da maioria das associações, ter um estudo de viabilidade econômica é
importante para formular as estratégias que possibilitarão os recursos (humanos,
financeiros, estruturais) que darão sustentabilidade para a entidade.
Neste caso também, sua principal atuação nesse momento é auxiliar o grupo na
tomada de decisão sobre a organização ou não da associação.
Este roteiro antes de ser uma camisa de forças para o seu trabalho, é um
elemento para sua reflexão e tomada de decisões. Considere os passos sugeridos
e adapte-os as suas necessidades.
FASE DE SENSIBILIZAÇÃO
1 Contato
2 Palestra de sensibilização
Como o nome sugere o objetivo dessa palestra é o de sensibilizar as pessoas para
o tema. Já com o grupo reunido a partir da tarefa da etapa anterior, esse é o
momento de aprofundar a discussão sobre ASSOCIAÇÃO e o Terceiro Setor,
explorando principalmente aspectos relativos à responsabilidade de cada pessoa
no processo e o caráter empresarial e transparente da gestão da ASSOCIAÇÃO.É
fundamental nessa etapa tentar nivelar os anseios das pessoas frente à instituição.
O que elas pensam que é uma ASSOCIAÇÃO? O que elas esperam conseguir
com ela? Estão dispostas a assumir riscos?Caso o grupo concorde em avançar
com o trabalho é importante organizar entre o grupo, pessoas que ficarão
responsáveis por levantar informações sobre a legalização da ASSOCIAÇÃO,
outras que se responsabilizem por estudar a viabilidade econômica do negócio e
as necessidades de infraestrutura e recursos financeiros para viabiliza-lo.A partir
dessa etapa é importante já ter definido que tipo de apoio o Sebrae estará
oferecendo. Ficará restrito ao Escritório Micro-regional? Terá um consultor
especializado para acompanhar o trabalho? Quem financiará?É pouco provável
que o grupo consiga avançar o processo sozinho. Portanto é importante ter
definido essas questões para poder seguir com segurança.
FASE CONSTITUTIVA
FASE PRE-OPERACIONAL
FASE OPERACIONAL
8. D O C U M E N T O S N E C E S S Á R I O S
De acordo com a lei 6.015/73 (arts. 120 e 121), são necessários os seguintes
documentos para se registrar uma associação:
De acordo com a Lei 9.096/95 os seguintes itens devem constar dos estatutos:
Ao contrário do que exige a maioria dos cartórios, a lei não prevê a necessidade
de assinatura de um advogado nas vias dos estatutos.
9. E N D E R E Ç O S Ú T EI S
. www.ocemg.org.br
. www.ocb.org.br
. www.abracoop.org.br
. www.rits.org.br
. www.geranegocio.com.br
. www.sebrae.com.br
10. F O N T E S P E S Q U I S A D A S
No Título II “Das Pessoas Jurídicas”, define o artigo 44 do novo Código Civil: “São
pessoas jurídicas de direito privado: I – as associações; II – as sociedades; e III –
as fundações. O artigo 981, por sua vez estabelece: “Celebram contrato de
sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou
serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos
resultados. De outro lado, o artigo 53 do novo Código Civil fixa: “Constituem-se as
associações pela união das pessoas que se organizam para fins não econômicos.”
Aqui a primeira grande discussão que se cria, é se essa nova terminologia “fins
não econômicos” pode predominar em relação à denominação constitucional de
“instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos” conforme o
artigo 15, inciso VI alínea “c” e o artigo 213 da Carta Magna: “Os recursos públicos
serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I – comprovem
finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; II –
assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica
ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas
atividades.” Nesse sentido, creio que o próprio poder legislativo irá compreender
que a denominação criada pela nova legislação “de associação com fins não
econômicos” não é adequada para as mínimas atividades de manutenção
financeira das associações, em campanhas e parcerias de arrecadação de
recursos, fazendo os necessários ajustes na legislação. Se não, teremos ações
judiciais para definir com mais clareza esse aspecto.
Também, pela primeira vez, explicita agora o artigo 48: “Se a pessoa jurídica tiver
administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos
presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.” Assim, os
quoruns de votação não podem constar de normas menores, regulamentos, etc...,
predominando nesse caso a maioria simples fixada no novo Código Civil. Se
decisões tiverem que ser tomadas por 2/3 (dois terços) dos presentes, ou por
eventual unanimidade, essa regulamentação deve constar do estatuto. E, detalha
o Parágrafo Único: “Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se
refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro,
dolo, simulação ou fraude.”
A partir daqui, convêm destacar que o novo Código Civil estabelece normas
imperativas para as Associações, a exemplo de algumas que veremos a seguir, e
acho que devem constar do estatuto da entidade. Outras, como o quorum especial
para alterar o estatuto ou para destituir os administradores de 1/3 (um terço) dos
associados presentes à 2ª convocação e seguintes da Assembléia Geral, e a
destinação do patrimônio a que as associações estão sujeitas, valem enquanto
essas normas estiverem em vigor, mesmo que não incluídas no estatuto. Nesse
caso, os dirigentes e membros das associações devem julgar se convêm incluir
essas normas no estatuto ou simplesmente cumpri-las enquanto não alteradas ou
revogadas.
O artigo 54 do novo Código Civil define: “Sob pena de nulidade, o estatuto das
associações conterá: I – a denominação, os fins e a sede da associação (já
constante do artigo 46 inciso I); II – os requisitos para a admissão, demissão e
exclusão dos associados; III – os direitos e deveres dos associados; IV – as fontes
de recursos para sua manutenção; V – o modo de constituição e funcionamento
dos órgãos deliberativos e administrativos; VI – as condições para a alteração das
disposições estatutárias e para a dissolução.” Algumas entidades tem em seu
estatuto definido os requisitos de admissão, mas raramente para o caso de
demissão e de exclusão de associados, que normalmente se encontravam em
normas secundárias. Também passa a ser obrigatória a explicitação, no estatuto,
dos direitos e deveres dos associados, assim como as condições para a alteração
do próprio estatuto. Ou seja, quem encaminha as propostas de modificação e que
a decisão deve ter 2/3 (dois terços) dos presentes favoráveis à alteração, conforme
estabelece o novo Código Civil. Aqui também cabe a discussão sobre a
possibilidade de uso de procurações, quantas cada associado pode receber e a
eventual votação por correspondência, o que às vezes se tornará necessário, para
se alcançar o quorum mínimo de 1/3 dos associados, necessário para as
Assembléias de alteração estatutária. O que sugiro nesse sentido é a abertura no
estatuto da possibilidade de procurações e suas condições básicas, da mesma
forma que a votação por correspondência, remetendo-se seu detalhamento ao
Regimento Interno ou ao Regulamento Geral, que as regulamentará.
Por sua vez, o artigo 59 do novo Código Civil fixa que: “Compete privativamente à
assembléia geral: I – eleger os administradores; II – destituir os administradores; III
– aprovar as contas; e IV – alterar o estatuto.” A essas quatro atribuições
exclusivas, deve-se acrescentar a de “apreciar, em grau de recurso, os casos de
exclusão de associados” conforme previsto no artigo 57 e seu Parágrafo Único. E
continua o Parágrafo Único do artigo 59: “Para as deliberações a que se referem
os incisos II e IV é exigido o voto concorde de dois terços dos presentes à
assembléia especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar,
em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos
de um terço nas convocações seguintes.” Esse elevado quorum só pode ser
alcançado com bastante dificuldade. Imagine o esforço para reunir 1/2 dos pais e
mães, dirigentes e escotistas de um Grupo Escoteiro, contando nesse quorum
também os membros juvenis como sócios, em uma assembléia de grupo, para
alterar seu estatuto ou destituir um administrador. E amplie essa dificuldade para
toda a Região ou a UEB em nível nacional.
Fonte:
http://www.sebraemg.com.br/culturadacooperacao/associacoes/associacoes_codig
ocivil.htm
post:
Quem sou eu
Adrian Rupp
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