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Cidades Mortas - Monteiro Lobato

Publicado em 1919, pela Revista do Brasil, este segundo livro de Lobato


levava o subt�tulo " Contos e Impress�es " e reunia trabalhos bastante antigos ,
alguns do tempo de estudante de Lobato. Em edi��es subsequentes, novo textos
acrescentaram-se � obra. O t�tulo do livro � tomado de um texto de 1906. Numa
esp�cie de cr�nica ou ensaio, num tom entre ir�nico e saudosista, Lobato delineia o
espa�o de sua obra: o norte paulista do vale do Para�ba, "onde tudo foi e nada �:
N�o se conjugam verbos no presente. Tudo � pret�rito. "(...) cidades moribundas
arrastam um viver decr�pito. Gasto em chorar na mesquinhez de hoje as saudosas
grandezas de dantes". � , portanto num cen�rio de decad�ncia representado por ruas
ermas , casar�es em ru�nas e armaz�ns desertos, que o livro introduz o leitor,
fazendo-o acompanhar de um ponto de vista ir�nico figuras igualmente decadentes de
homens e mulheres. Cabelos Compridos e o Espi�o Alem�o s�o os dois contos mais
conhecidos do livro. Os contos de Cidades Mortas entremeiam-se com digress�es, como
a aguda cr�tica aos ficcionistas rom�nticos (Alencar, Macedo, Bernardo Guimar�es) ,
que transcrevemos: "No concerto de nossos romancistas, onde Alencar � o Piano
querido das mo�as e Macedo a Sensaboria relamb�ria dum flautim piegas, Bernardo � a
sanfona. L�-lo � ir para o mato , para a ro�a- mas uma ro�a adjetivada por menina
de caudalosos, as matas virentes, os p�ncaros alt�ssimos, os sabi�s sonoros , as
rolinhas meigas. Bernardo descreve a natureza como qualificativos surrados do mau
contador. N�o existe nele o vinco en�rgico de impress�o pessoal. Vinte verg�is que
descreva s�o vinte perfeitas invari�veis amenidades. Nossas desajeitad�ssimas
caipiras s�o sempre lindas morenas cor de jambo. Bernardo falsifica o nosso mato.
Onde toda gente v� carrapatos , pernilongos espinhos, Bernardo aponta do�uras
insetos maviosos, flores olentes. Bernardo mente."

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