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Estatuto e Ética
Paulo Machado
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OAB XVII EXAME - 1ª FASE
Estatuto e Ética
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advogado para defesa em processo oriundo de honorários sem a intervenção daquele que lhe
ato ou omissão praticada no exercício da conferiu o substabelecimento.
profissão.
Art. 23. Os honorários incluídos na g) Transcrição dos artigos do CED
condenação, por arbitramento ou Art. 35. Os honorários advocatícios e sua
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo eventual correção, bem como sua majoração
este direito autônomo para executar a decorrente do aumento dos atos judiciais que
sentença nesta parte, podendo requerer que o advierem como necessários, devem ser
precatório, quando necessário, seja expedido previstos em contrato escrito, qualquer que
em seu favor. seja o objeto e o meio da prestação do serviço
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou profissional, contendo todas as especificações
arbitrar honorários e o contrato escrito que os e forma de pagamento, inclusive no caso de
estipular são títulos executivos e constituem acordo.
crédito privilegiado na falência, concordata, § 1º Os honorários da sucumbência não
concurso de credores, insolvência civil e excluem os contratados, porém devem ser
liquidação extrajudicial. levados em conta no acerto final com o cliente
§ 1º A execução dos honorários pode ser ou constituinte, tendo sempre presente o que
promovida nos mesmos autos da ação em que foi ajustado na aceitação da causa.
tenha atuado o advogado, se assim lhe § 2º A compensação ou o desconto dos
convier. honorários contratados e de valores que
§ 2º Na hipótese de falecimento ou devam ser entregues ao constituinte ou cliente
incapacidade civil do advogado, os honorários só podem ocorrer se houver prévia autorização
de sucumbência, proporcionais ao trabalho ou previsão contratual.
realizado, são recebidos por seus sucessores § 3º A forma e as condições de resgate dos
ou representantes legais. encargos gerais, judiciais e extrajudiciais,
§ 3º É nula qualquer disposição, cláusula, inclusive eventual remuneração de outro
regulamento ou convenção individual ou profissional, advogado ou não, para
coletiva que retire do advogado o direito ao desempenho de serviço auxiliar ou
recebimento dos honorários de sucumbência. complementar técnico e especializado, ou com
§ 4º O acordo feito pelo cliente do incumbência pertinente fora da Comarca,
advogado e a parte contrária, salvo devem integrar as condições gerais do
aquiescência do profissional, não lhe prejudica contrato.
os honorários, quer os convencionados, quer
os concedidos por sentença. Art. 36. Os honorários profissionais devem ser
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação fixados com moderação, atendidos os
de cobrança de honorários de advogado, elementos seguintes:
contado o prazo: I – a relevância, o vulto, a complexidade e a
I - do vencimento do contrato, se houver; dificuldade das questões versadas;
II - do trânsito em julgado da decisão que II – o trabalho e o tempo necessários;
os fixar; III – a possibilidade de ficar o advogado
III - da ultimação do serviço extrajudicial; impedido de intervir em outros casos, ou de se
IV - da desistência ou transação; desavir com outros clientes ou terceiros;
V - da renúncia ou revogação do mandato. IV – o valor da causa, a condição econômica
Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a do cliente e o proveito para ele resultante do
ação de prestação de contas pelas quantias serviço profissional;
recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de V – o caráter da intervenção, conforme se trate
terceiros por conta dele (art. 34, XXI). (Incluído de serviço a cliente avulso, habitual ou
pela Lei nº 11.902, de 2009) permanente;
Art. 26. O advogado substabelecido, com VI – o lugar da prestação dos serviços, fora ou
reserva de poderes, não pode cobrar não do domicílio do advogado;
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comportar-se, nesse mister, com III – velar por sua reputação pessoal e
independência e altivez, defendendo com o profissional;
mesmo denodo humildes e poderosos; exercer IV – empenhar-se, permanentemente, em seu
a advocacia com o indispensável senso aperfeiçoamento pessoal e profissional;
profissional, mas também com V – contribuir para o aprimoramento das
desprendimento, jamais permitindo que o instituições, do Direito e das leis;
anseio de ganho material sobreleve à VI – estimular a conciliação entre os litigantes,
finalidade social do seu trabalho; aprimorar-se prevenindo, sempre que possível, a
no culto dos princípios éticos e no domínio da instauração de litígios;
ciência jurídica, de modo a tornar-se VII – aconselhar o cliente a não ingressar em
merecedor da confiança do cliente e da aventura judicial;
sociedade como um todo, pelos atributos VIII – abster-se de:
intelectuais e pela probidade pessoal; agir, em
suma, com a dignidade das pessoas de bem e a) utilizar de influência indevida, em seu
a correção dos profissionais que honram e benefício ou do cliente;
engrandecem a sua classe. b) patrocinar interesses ligados a outras
Inspirado nesses postulados é que o Conselho atividades estranhas à advocacia, em que
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, também atue;
no uso das atribuições que lhe são conferidas c) vincular o seu nome a empreendimentos de
pelos arts. 33 e 54, V, da Lei nº 8.906, de 04 cunho manifestamente duvidoso;
de julho de 1994, aprova e edita este Código, d) emprestar concurso aos que atentem contra
exortando os advogados brasileiros à sua fiel a ética, a moral, a honestidade e a dignidade
observância. da pessoa humana;
e) entender-se diretamente com a parte
TÍTULO I adversa que tenha patrono constituído, sem o
DA ÉTICA DO ADVOGADO assentimento deste.
CAPÍTULO I IX – pugnar pela solução dos problemas da
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS cidadania e pela efetivação dos seus direitos
FUNDAMENTAIS individuais, coletivos e difusos, no âmbito da
comunidade.
Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta Art. 3º O advogado deve ter consciência de
compatível com os preceitos deste Código, do que o Direito é um meio de mitigar as
Estatuto, do Regulamento Geral, dos desigualdades para o encontro de soluções
Provimentos e com os demais princípios da justas e que a lei é um instrumento para
moral individual, social e profissional. garantir a igualdade de todos.
Art. 2º O advogado, indispensável à Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou
administração da Justiça, é defensor do constituinte, mediante relação empregatícia ou
Estado democrático de direito, da cidadania, por contrato de prestação permanente de
da moralidade pública, da Justiça e da paz serviços, integrante de departamento jurídico,
social, subordinando a atividade do seu ou órgão de assessoria jurídica, público ou
Ministério Privado à elevada função pública privado, deve zelar pela sua liberdade e
que exerce. independência.
Parágrafo único. São deveres do advogado: Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo
I – preservar, em sua conduta, a honra, a advogado, do patrocínio de pretensão
nobreza e a dignidade da profissão, zelando concernente a lei ou direito que também lhe
pelo seu caráter de essencialidade e seja aplicável, ou contrarie expressa
indispensabilidade; orientação sua, manifestada anteriormente.
II – atuar com destemor, independência,
honestidade, decoro, veracidade, lealdade,
dignidade e boa-fé;
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