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OAB XVII EXAME - 1ª FASE

Estatuto e Ética
Paulo Machado

AULA 04 III – a possibilidade de ficar o advogado


impedido de intervir em outros casos, ou de se
11 - Honorários Advocatícios desavir com outros clientes ou terceiros;
(arts. 22 ao 26 do EAOAB; arts. 35 ao 43 do IV – o valor da causa, a condição econômica
CED) do cliente e o proveito para ele resultante do
serviço profissional;
a) Tipos: V – o caráter da intervenção, conforme se trate
de serviço a cliente avulso, habitual ou
a.1) Pactuados (ou convencionados); permanente;
VI – o lugar da prestação dos serviços, fora ou
a.2) Arbitrados judicialmente; não do domicílio do advogado;
VII – a competência e o renome do
a.3) Sucumbenciais. profissional;
VIII – a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
b) Pacto (ou cláusula) quota litis (art.
38, CED) e) Prescrição (art. 25, EAOAB)

Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula f) Transcrição dos artigos do EAOAB


quota litis, os honorários devem ser
necessariamente representados por pecúnia Art. 22. A prestação de serviço profissional
e, quando acrescidos dos de honorários da assegura aos inscritos na OAB o direito aos
sucumbência, não podem ser superiores às honorários convencionados, aos fixados por
vantagens advindas em favor do constituinte arbitramento judicial e aos de sucumbência.
ou do cliente. § 1º O advogado, quando indicado para
patrocinar causa de juridicamente
Parágrafo único. A participação do advogado necessitado, no caso de impossibilidade da
em bens particulares de cliente, Defensoria Pública no local da prestação de
comprovadamente sem condições serviço, tem direito aos honorários fixados pelo
pecuniárias, só é tolerada em caráter juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho
excepcional, e desde que contratada por Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
escrito. § 2º Na falta de estipulação ou de acordo,
os honorários são fixados por arbitramento
c) Formas judiciais de cobrança judicial, em remuneração compatível com o
c.1) Execução por quantia certa (art. 24, trabalho e o valor econômico da questão, não
EAOAB) podendo ser inferiores aos estabelecidos na
c.2) Ação de Cobrança pelo rito sumário tabela organizada pelo Conselho Seccional da
(art. 275, II, f, CPC) OAB.
§ 3º Salvo estipulação em contrário, um
d) Elementos éticos para a estipulação terço dos honorários é devido no início do
(art. 36, CED) serviço, outro terço até a decisão de primeira
instância e o restante no final.
Art. 36. Os honorários profissionais devem ser § 4º Se o advogado fizer juntar aos autos
fixados com moderação, atendidos os o seu contrato de honorários antes de expedir-
elementos seguintes: se o mandado de levantamento ou precatório,
o juiz deve determinar que lhe sejam pagos
I – a relevância, o vulto, a complexidade e a diretamente, por dedução da quantia a ser
dificuldade das questões versadas; recebida pelo constituinte, salvo se este provar
II – o trabalho e o tempo necessários; que já os pagou.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica
quando se tratar de mandato outorgado por

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advogado para defesa em processo oriundo de honorários sem a intervenção daquele que lhe
ato ou omissão praticada no exercício da conferiu o substabelecimento.
profissão.
Art. 23. Os honorários incluídos na g) Transcrição dos artigos do CED
condenação, por arbitramento ou Art. 35. Os honorários advocatícios e sua
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo eventual correção, bem como sua majoração
este direito autônomo para executar a decorrente do aumento dos atos judiciais que
sentença nesta parte, podendo requerer que o advierem como necessários, devem ser
precatório, quando necessário, seja expedido previstos em contrato escrito, qualquer que
em seu favor. seja o objeto e o meio da prestação do serviço
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou profissional, contendo todas as especificações
arbitrar honorários e o contrato escrito que os e forma de pagamento, inclusive no caso de
estipular são títulos executivos e constituem acordo.
crédito privilegiado na falência, concordata, § 1º Os honorários da sucumbência não
concurso de credores, insolvência civil e excluem os contratados, porém devem ser
liquidação extrajudicial. levados em conta no acerto final com o cliente
§ 1º A execução dos honorários pode ser ou constituinte, tendo sempre presente o que
promovida nos mesmos autos da ação em que foi ajustado na aceitação da causa.
tenha atuado o advogado, se assim lhe § 2º A compensação ou o desconto dos
convier. honorários contratados e de valores que
§ 2º Na hipótese de falecimento ou devam ser entregues ao constituinte ou cliente
incapacidade civil do advogado, os honorários só podem ocorrer se houver prévia autorização
de sucumbência, proporcionais ao trabalho ou previsão contratual.
realizado, são recebidos por seus sucessores § 3º A forma e as condições de resgate dos
ou representantes legais. encargos gerais, judiciais e extrajudiciais,
§ 3º É nula qualquer disposição, cláusula, inclusive eventual remuneração de outro
regulamento ou convenção individual ou profissional, advogado ou não, para
coletiva que retire do advogado o direito ao desempenho de serviço auxiliar ou
recebimento dos honorários de sucumbência. complementar técnico e especializado, ou com
§ 4º O acordo feito pelo cliente do incumbência pertinente fora da Comarca,
advogado e a parte contrária, salvo devem integrar as condições gerais do
aquiescência do profissional, não lhe prejudica contrato.
os honorários, quer os convencionados, quer
os concedidos por sentença. Art. 36. Os honorários profissionais devem ser
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação fixados com moderação, atendidos os
de cobrança de honorários de advogado, elementos seguintes:
contado o prazo: I – a relevância, o vulto, a complexidade e a
I - do vencimento do contrato, se houver; dificuldade das questões versadas;
II - do trânsito em julgado da decisão que II – o trabalho e o tempo necessários;
os fixar; III – a possibilidade de ficar o advogado
III - da ultimação do serviço extrajudicial; impedido de intervir em outros casos, ou de se
IV - da desistência ou transação; desavir com outros clientes ou terceiros;
V - da renúncia ou revogação do mandato. IV – o valor da causa, a condição econômica
Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a do cliente e o proveito para ele resultante do
ação de prestação de contas pelas quantias serviço profissional;
recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de V – o caráter da intervenção, conforme se trate
terceiros por conta dele (art. 34, XXI). (Incluído de serviço a cliente avulso, habitual ou
pela Lei nº 11.902, de 2009) permanente;
Art. 26. O advogado substabelecido, com VI – o lugar da prestação dos serviços, fora ou
reserva de poderes, não pode cobrar não do domicílio do advogado;

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VII – a competência e o renome do sociedade de advogados, não autoriza o


profissional; saque de duplicatas ou qualquer outro título de
VIII – a praxe do foro sobre trabalhos análogos. crédito de natureza mercantil, exceto a
Art. 37. Em face da imprevisibilidade do prazo emissão de fatura, desde que constitua
de tramitação da demanda, devem ser exigência do constituinte ou assistido,
delimitados os serviços profissionais a se decorrente de contrato escrito, vedada a
prestarem nos procedimentos preliminares, tiragem de protesto.
judiciais ou conciliatórios, a fim de que outras Art. 43. Havendo necessidade de arbitramento
medidas, solicitadas ou necessárias, e cobrança judicial dos honorários
incidentais ou não, diretas ou indiretas, advocatícios, deve o advogado renunciar ao
decorrentes da causa, possam ter novos patrocínio da causa, fazendo-se representar
honorários estimados, e da mesma forma por um colega.
receber do constituinte ou cliente a
concordância hábil. 12 - Órgãos da OAB
Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula
quota litis, os honorários devem ser a) Conselho Federal (arts. 51 a 55 ,
necessariamente representados por pecúnia EAOAB ; arts. 62 a 104, RG)
e, quando acrescidos dos de honorários da b) Conselhos Seccionais (arts. 56 a 59,
sucumbência, não podem ser superiores às EAOAB; arts. 105 a 114, RG)
vantagens advindas em favor do constituinte c) Subseções (arts. 60 e 61, EAOAB; arts.
ou do cliente. 115 a 120, RG)
Parágrafo único. A participação do advogado d) Caixa de Assistência dos Advogados
em bens particulares de cliente, (art. 62, EAOAB; arts. 121 a 127, RG)
comprovadamente sem condições
pecuniárias, só é tolerada em caráter 13 - Eleições e mandatos (arts. 62 a 68,
excepcional, e desde que contratada por EAOAB ; arts; 128 a 137, RG)
escrito.
Art. 39. A celebração de convênios para 14 – Código de Ética e Disciplina – Deveres
prestação de serviços jurídicos com redução dos Advogados
dos valores estabelecidos na Tabela de
Honorários implica captação de clientes ou O CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS
causa, salvo se as condições peculiares da ADVOGADOS DO BRASIL, ao instituir o
necessidade e dos carentes puderem ser Código de Ética e Disciplina, norteou-se por
demonstradas com a devida antecedência ao princípios que formam a consciência
respectivo Tribunal de Ética e Disciplina, que profissional do advogado e representam
deve analisar a sua oportunidade. imperativos de sua conduta, tais como: os de
Art. 40. Os honorários advocatícios devidos ou lutar sem receio pelo primado da Justiça;
fixados em tabelas no regime da assistência pugnar pelo cumprimento da Constituição e
judiciária não podem ser alterados no quantum pelo respeito à Lei, fazendo com que esta seja
estabelecido; mas a verba honorária interpretada com retidão, em perfeita sintonia
decorrente da sucumbência pertence ao com os fins sociais a que se dirige e as
advogado. exigências do bem comum; ser fiel à verdade
Art. 41. O advogado deve evitar o aviltamento para poder servir à Justiça como um de seus
de valores dos serviços profissionais, não os elementos essenciais; proceder com lealdade
fixando de forma irrisória ou inferior ao mínimo e boa-fé em suas relações profissionais e em
fixado pela Tabela de Honorários, salvo motivo todos os atos do seu ofício; empenhar-se na
plenamente justificável. defesa das causas confiadas ao seu
patrocínio, dando ao constituinte o amparo do
Art. 42. O crédito por honorários advocatícios, Direito, e proporcionando-lhe a realização
seja do advogado autônomo, seja de prática de seus legítimos interesses;

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comportar-se, nesse mister, com III – velar por sua reputação pessoal e
independência e altivez, defendendo com o profissional;
mesmo denodo humildes e poderosos; exercer IV – empenhar-se, permanentemente, em seu
a advocacia com o indispensável senso aperfeiçoamento pessoal e profissional;
profissional, mas também com V – contribuir para o aprimoramento das
desprendimento, jamais permitindo que o instituições, do Direito e das leis;
anseio de ganho material sobreleve à VI – estimular a conciliação entre os litigantes,
finalidade social do seu trabalho; aprimorar-se prevenindo, sempre que possível, a
no culto dos princípios éticos e no domínio da instauração de litígios;
ciência jurídica, de modo a tornar-se VII – aconselhar o cliente a não ingressar em
merecedor da confiança do cliente e da aventura judicial;
sociedade como um todo, pelos atributos VIII – abster-se de:
intelectuais e pela probidade pessoal; agir, em
suma, com a dignidade das pessoas de bem e a) utilizar de influência indevida, em seu
a correção dos profissionais que honram e benefício ou do cliente;
engrandecem a sua classe. b) patrocinar interesses ligados a outras
Inspirado nesses postulados é que o Conselho atividades estranhas à advocacia, em que
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, também atue;
no uso das atribuições que lhe são conferidas c) vincular o seu nome a empreendimentos de
pelos arts. 33 e 54, V, da Lei nº 8.906, de 04 cunho manifestamente duvidoso;
de julho de 1994, aprova e edita este Código, d) emprestar concurso aos que atentem contra
exortando os advogados brasileiros à sua fiel a ética, a moral, a honestidade e a dignidade
observância. da pessoa humana;
e) entender-se diretamente com a parte
TÍTULO I adversa que tenha patrono constituído, sem o
DA ÉTICA DO ADVOGADO assentimento deste.
CAPÍTULO I IX – pugnar pela solução dos problemas da
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS cidadania e pela efetivação dos seus direitos
FUNDAMENTAIS individuais, coletivos e difusos, no âmbito da
comunidade.
Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta Art. 3º O advogado deve ter consciência de
compatível com os preceitos deste Código, do que o Direito é um meio de mitigar as
Estatuto, do Regulamento Geral, dos desigualdades para o encontro de soluções
Provimentos e com os demais princípios da justas e que a lei é um instrumento para
moral individual, social e profissional. garantir a igualdade de todos.
Art. 2º O advogado, indispensável à Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou
administração da Justiça, é defensor do constituinte, mediante relação empregatícia ou
Estado democrático de direito, da cidadania, por contrato de prestação permanente de
da moralidade pública, da Justiça e da paz serviços, integrante de departamento jurídico,
social, subordinando a atividade do seu ou órgão de assessoria jurídica, público ou
Ministério Privado à elevada função pública privado, deve zelar pela sua liberdade e
que exerce. independência.
Parágrafo único. São deveres do advogado: Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo
I – preservar, em sua conduta, a honra, a advogado, do patrocínio de pretensão
nobreza e a dignidade da profissão, zelando concernente a lei ou direito que também lhe
pelo seu caráter de essencialidade e seja aplicável, ou contrarie expressa
indispensabilidade; orientação sua, manifestada anteriormente.
II – atuar com destemor, independência,
honestidade, decoro, veracidade, lealdade,
dignidade e boa-fé;

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Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível em eventual verba honorária de sucumbência,


com qualquer procedimento de calculada proporcionalmente, em face do
mercantilização. serviço efetivamente prestado.
Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos Art. 15. O mandato judicial ou extrajudicial
em Juízo falseando deliberadamente a deve ser outorgado individualmente aos
verdade ou estribando-se na má-fé. advogados que integrem sociedade de que
Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços façam parte, e será exercido no interesse do
profissionais que impliquem, direta ou cliente, respeitada a liberdade de defesa.
indiretamente, inculcação ou captação de Art. 16. O mandato judicial ou extrajudicial não
clientela. se extingue pelo decurso de tempo, desde que
permaneça a confiança recíproca entre o
CAPÍTULO II outorgante e o seu patrono no interesse da
DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE causa.
Art. 17. Os advogados integrantes da mesma
Art. 8º O advogado deve informar o cliente, de sociedade profissional, ou reunidos em caráter
forma clara e inequívoca, quanto a eventuais permanente para cooperação recíproca, não
riscos da sua pretensão, e das conseqüências podem representar em juízo clientes com
que poderão advir da demanda. interesses opostos.
Art. 9º A conclusão ou desistência da causa, Art. 18. Sobrevindo conflitos de interesse entre
com ou sem a extinção do mandato, obriga o seus constituintes, e não estando acordes os
advogado à devolução de bens, valores e interessados, com a devida prudência e
documentos recebidos no exercício do discernimento, optará o advogado por um dos
mandato, e à pormenorizada prestação de mandatos, renunciando aos demais,
contas, não excluindo outras prestações resguardado o sigilo profissional.
solicitadas, pelo cliente, a qualquer momento. Art. 19. O advogado, ao postular em nome de
Art. 10. Concluída a causa ou arquivado o terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador,
processo, presumem-se o cumprimento e a judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o
cessação do mandato. segredo profissional e as informações
Art. 11. O advogado não deve aceitar reservadas ou privilegiadas que lhe tenham
procuração de quem já tenha patrono sido confiadas.
constituído, sem prévio conhecimento deste, Art. 20. O advogado deve abster-se de
salvo por motivo justo ou para adoção de patrocinar causa contrária à ética, à moral ou
medidas judiciais urgentes e inadiáveis. à validade de ato jurídico em que tenha
Art. 12. O advogado não deve deixar ao colaborado, orientado ou conhecido em
abandono ou ao desamparo os feitos, sem consulta; da mesma forma, deve declinar seu
motivo justo e comprovada ciência do impedimento ético quando tenha sido
constituinte. convidado pela outra parte, se esta lhe houver
Art. 13. A renúncia ao patrocínio implica revelado segredos ou obtido seu parecer.
omissão do motivo e a continuidade da Art. 21. É direito e dever do advogado assumir
responsabilidade profissional do advogado ou a defesa criminal, sem considerar sua própria
escritório de advocacia, durante o prazo opinião sobre a culpa do acusado.
estabelecido em lei; não exclui, todavia, a Art. 22. O advogado não é obrigado a aceitar a
responsabilidade pelos danos causados imposição de seu cliente que pretenda ver com
dolosa ou culposamente aos clientes ou a ele atuando outros advogados, nem aceitar a
terceiros. indicação de outro profissional para com ele
Art. 14. A revogação do mandato judicial por trabalhar no processo.
vontade do cliente não o desobriga do Art. 23. É defeso ao advogado funcionar no
pagamento das verbas honorárias mesmo processo, simultaneamente, como
contratadas, bem como não retira o direito do patrono e preposto do empregador ou cliente.
advogado de receber o quanto lhe seja devido

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Art. 24. O substabelecimento do mandato, com técnico-científica e associações culturais e


reserva de poderes, é ato pessoal do científicas, endereços, horário do expediente e
advogado da causa. meios de comunicação, vedadas a sua
§ 1º O substabelecimento do mandato sem veiculação pelo rádio e televisão e a
reservas de poderes exige o prévio e denominação de fantasia.
inequívoco conhecimento do cliente. § 1º Títulos ou qualificações profissionais são
§ 2º O substabelecido com reserva de poderes os relativos à profissão de advogado,
deve ajustar antecipadamente seus honorários conferidos por universidades ou instituições de
com o substabelecente. ensino superior, reconhecidas.
§ 2º Especialidades são os ramos do Direito,
CAPÍTULO III assim entendidos pelos doutrinadores ou
DO SIGILO PROFISSIONAL legalmente reconhecidos.
§ 3º Correspondências, comunicados e
Art. 25. O sigilo profissional é inerente à publicações, versando sobre constituição,
profissão, impondo-se o seu respeito, salvo colaboração, composição e qualificação de
grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou componentes de escritório e especificação de
quando o advogado se veja afrontado pelo especialidades profissionais, bem como
próprio cliente e, em defesa própria, tenha que boletins informativos e comentários sobre
revelar segredo, porém sempre restrito ao legislação, somente podem ser fornecidos a
interesse da causa. colegas, clientes, ou pessoas que os solicitem
Art. 26. O advogado deve guardar sigilo, ou os autorizem previamente.
mesmo em depoimento judicial, sobre o que § 4º O anúncio de advogado não deve
saiba em razão de seu ofício, cabendo-lhe mencionar, direta ou indiretamente, qualquer
recusar-se a depor como testemunha em cargo, função pública ou relação de emprego
processo no qual funcionou ou deva funcionar, e patrocínio que tenha exercido, passível de
ou sobre fato relacionado com pessoa de captar clientela.
quem seja ou tenha sido advogado, mesmo § 5º O uso das expressões “escritório de
que autorizado ou solicitado pelo constituinte. advocacia” ou “sociedade de advogados” deve
Art. 27. As confidências feitas ao advogado estar acompanhado da indicação de número
pelo cliente podem ser utilizadas nos limites da de registro na OAB ou do nome e do número
necessidade da defesa, desde que autorizado de inscrição dos advogados que o integrem.
aquele pelo constituinte. § 6º O anúncio, no Brasil, deve adotar o idioma
Parágrafo único. Presumem-se confidenciais português, e, quando em idioma estrangeiro,
as comunicações epistolares entre advogado e deve estar acompanhado da respectiva
cliente, as quais não podem ser reveladas a tradução.
terceiros. Art. 30. O anúncio sob a forma de placas, na
sede profissional ou na residência do
CAPÍTULO IV advogado, deve observar discrição quanto ao
DA PUBLICIDADE conteúdo, forma e dimensões, sem qualquer
aspecto mercantilista, vedada a utilização de
Art. 28. O advogado pode anunciar os seus outdoor ou equivalente.
serviços profissionais, individual ou Art. 31. O anúncio não deve conter fotografias,
coletivamente, com discrição e moderação, ilustrações, cores, figuras, desenhos,
para finalidade exclusivamente informativa, logotipos, marcas ou símbolos incompatíveis
vedada a divulgação em conjunto com outra com a sobriedade da advocacia, sendo
atividade. proibido o uso dos símbolos oficiais e dos que
Art. 29. O anúncio deve mencionar o nome sejam utilizados pela Ordem dos Advogados
completo do advogado e o número da inscrição do Brasil.
na OAB, podendo fazer referência a títulos ou
qualificações profissionais, especialização

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§ 1º São vedadas referências a valores dos V – insinuar-se para reportagens e


serviços, tabelas, gratuidade ou forma de declarações públicas.
pagamento, termos ou expressões que Art. 34. A divulgação pública, pelo advogado,
possam iludir ou confundir o público, de assuntos técnicos ou jurídicos de que tenha
informações de serviços jurídicos suscetíveis ciência em razão do exercício profissional
de implicar, direta ou indiretamente, captação como advogado constituído, assessor jurídico
de causa ou clientes, bem como menção ao ou parecerista, deve limitar-se a aspectos que
tamanho, qualidade e estrutura da sede não quebrem ou violem o segredo ou o sigilo
profissional. profissional.
§ 2º Considera-se imoderado o anúncio
profissional do advogado mediante remessa 15 – Processo Disciplinar (arts. 70 e
de correspondência a uma coletividade, salvo seguintes do EAOAB; arts. 49 ao 66, CED)
para comunicar a clientes e colegas a
instalação ou mudança de endereço, a 16 – Conferência Nacional dos Advogados
indicação expressa do seu nome e escritório (arts. 145 ao 150, RG)
em partes externas de veículo, ou a inserção
de seu nome em anúncio relativo a outras Art. 145. A Conferência Nacional dos
atividades não advocatícias, faça delas parte Advogados é órgão consultivo máximo do
ou não. Conselho Federal, reunindo-se trienalmente,
Art. 32. O advogado que eventualmente no segundo ano do mandato, tendo por
participar de programa de televisão ou de objetivo o estudo e o debate das questões e
rádio, de entrevista na imprensa, de problemas que digam respeito às finalidades
reportagem televisionada ou de qualquer outro da OAB e ao congraçamento dos advogados.
meio, para manifestação profissional, deve 1o. As Conferências dos Advogados dos
visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, Estados e do Distrito Federal são órgãos
educacionais e instrutivos, sem propósito de consultivos dos Conselhos Seccionais,
promoção pessoal ou profissional, vedados reunindo-se trienalmente, no segundo ano do
pronunciamentos sobre métodos de trabalho mandato.
usados por seus colegas de profissão. §2o. No primeiro ano do mandato do Conselho
Parágrafo único. Quando convidado para Federal ou do Conselho Seccional, decidem-
manifestação pública, por qualquer modo e se a data, o local e o tema central da
forma, visando ao esclarecimento de tema Conferência.
jurídico de interesse geral, deve o advogado §3o. As conclusões das Conferências têm
evitar insinuações a promoção pessoal ou caráter de recomendação aos Conselhos
profissional, bem como o debate de caráter correspondentes.
sensacionalista. Art. 146. São membros das Conferências:
Art. 33. O advogado deve abster-se de: I - efetivos: os Conselheiros e Presidentes dos
I – responder com habitualidade consulta órgãos da OAB presentes, os advogados e
sobre matéria jurídica, nos meios de estagiários inscritos na Conferência, todos
comunicação social, com intuito de promover- com direito a voto;
se profissionalmente; II - convidados: as pessoas a quem a
II – debater, em qualquer veículo de Comissão Organizadora conceder tal
divulgação, causa sob seu patrocínio ou qualidade, sem direito a voto, salvo se for
patrocínio de colega; advogado.
III – abordar tema de modo a comprometer a §1o. Os convidados, expositores e membros
dignidade da profissão e da instituição que o dos órgãos da OAB têm identificação especial
congrega; durante a Conferência.
IV – divulgar ou deixar que seja divulgada a
lista de clientes e demandas; §2o. Os estudantes de direito, mesmo inscritos
como estagiários na OAB, são membros

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ouvintes, escolhendo um porta-voz entre os Parágrafo único. A Medalha só pode ser


presentes em cada sessão da Conferência. concedida uma vez, no prazo do mandato do
Art. 147. A Conferência é dirigida por uma Conselho, e será entregue ao homenageado
Comissão Organizadora, designada pelo em sessão solene.
Presidente do Conselho, por ele presidida e
integrada pelos membros da Diretoria e outros
convidados.
§1o. O Presidente pode desdobrar a Comissão
Organizadora em comissões específicas,
definindo suas composições e atribuições.
§2o. Cabe à Comissão Organizadora definir a
distribuição do temário, os nomes dos
expositores, a programação dos trabalhos, os
serviços de apoio e infra-estrutura e o
regimento interno da Conferência.
Art. 148. Durante o funcionamento da
Conferência, a Comissão Organizadora é
representada pelo Presidente, com poderes
para cumprir a programação estabelecida e
decidir as questões ocorrentes e os casos
omissos.
Art. 149. Os trabalhos da Conferência
desenvolvem-se em sessões plenárias,
painéis ou outros modos de exposição ou
atuação dos participantes.
§1o. As sessões são dirigidas por um
Presidente e um Relator, escolhidos pela
Comissão Organizadora.
§2o. Quando as sessões se desenvolvem em
forma de painéis, os expositores ocupam a
metade do tempo total e a outra metade é
destinada aos debates e votação de propostas
ou conclusões pelos participantes.
§3o. É facultado aos expositores submeter as
suas conclusões à aprovação dos
participantes.
Art. 150. O Colégio de Presidentes dos
Conselhos Seccionais é regulamentado em
Provimento.
Parágrafo único. O Colégio de Presidentes das
subseções é regulamentado no Regimento
Interno do Conselho Seccional.

17 – Medalha Rui Barbosa (art. 151, RG)

Art. 152. A “Medalha Rui Barbosa” é a


comenda máxima conferida pelo Conselho
Federal às grandes personalidades da
advocacia brasileira.

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