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MICROBIANAS – AVI

Data: 06.03.2015
Prof: José Luís

FEOHIFOMICOSE

É uma micose superficial causada por fungos saprófitas via contaminação de feridas. Os
fungos envolvidos são: Bipolaris sp., Alternaria sp., Curvularia sp., Cladosporium sp., Exophiala sp.
A feohifomicose acontece por oportunismo.
Eles são fungos miceliais, grandes, que causam uma lesão bem agressiva e escura. É escura
porque a grande maioria desses fungos são pigmentados, então o organismo deixa ele crescer, ele
cresce, agride porque ele tem que expandir, tem uma reação granulomatosa em cima disso, então
vamos ter uma lesão granulomatosa escurecida. Essas lesões vão estar localizadas basicamente em
extremidades (patas, focinho).

Achados clínicos:
 Lesões solitárias e localizadas em patas, focinho e região ventral.
 Nódulos subcutâneos de crescimento lento, porque eles têm que brigar com o sistema
imunológico para crescer. Muitas vezes se melhorarmos o sistema imunológico do animal as
lesões melhoram, porque esse grupo é oportunista.
 Raramente causam lesões disseminadas.

Diagnóstico:
 Citologia (esfregaço direto ou aspirado): vamos coletar o material de lesões granulomatosas
ou piogranulomas escuras, normalmente negras, mas podem ser lesões esverdeadas. Então
vamos ter a presença de hifas pigmentadas e pode ter ou não a presença de
clamidoconídeos, que é uma célula de defesa do fungo, é uma forma de resistência em meio
pobre. Então vamos coletar o material e mandar para citologia e cultura. Tem que fazer
cultura para confirmar o diagnóstico. Com a citologia podemos achar conídeo de Curvularia,
ai podemos afirmar que é um contaminante.
 Cultura: devemos utilizar o Ágar Sabouraud a 25°C.

Tratamento:
Podemos tentar tratar com antifúngico, mas o ideal é fazer uma excisão cirúrgica, vai
depender do caso.

ASPERGILOSE

É uma micose localizada ou sistêmica causada por fungos saprófitas. O bioagente é o


Aspergillus sp. O fungo só entra se ele encontrar uma oportunidade, ele é oportunista. A aspergilose
pode ocorrer em qualquer sistema e órgão do corpo.
O Aspergillus cresce muito bem em grãos, ele produz basicamente o seu corpo de
frutificação, que é o conideóforo que sustenta os conídeos, teremos também um conjunto de
fiálides e conídeos. Se ele produz os conideos é porque ele tem uma reprodução assexuada, então
os conídeos caem e vão crescer, vão germinar as hifas. No tecido vamos encontrar basicamente as
hifas septadas.
Uma raça predisponente é o Pastor alemão, porque ele tem uma diminuição de defesa a
nível respiratório.

Pontos de entrada:
 Nasal/Oral: num paciente com rinite que suspeitamos de aspergilose devemos fazer uma
boa coleta, lembrando que ele é um fungo saprófita, micelial e agressivo. Então vamos ter
uma coriza purulenta, uni ou bilateral, que pode chegar a ser sanguinolenta. Devemos fazer
citologia e cultura para fechar o diagnóstico. Ele pode causar rinite, traqueobronquite,
podemos ter todo trato respiratório com granulomas, então para ver isso precisamos fazer
uma exploração, precisamos basicamente de uma endoscopia, mas muitas vezes isso não é
possível. O animal vai apresentar tosse, diminuição respiratória, cansaço e começa a
apresentar hipóxia. Pode chegar a nível pulmonar (acontece mais nas aves) e pode chegar
até ao sistema cardiovascular, fazendo granuloma na válvula mitral e pode ter um processo
granulomatoso aórtico. Também pode chegar a nível hepático e desencadear granulomas. O
fungo pode chegar até a parte medular, causando alteração do SNC. Tem um crescimento
agressivo ósseo fazendo com que ele obstrua o canal medular, então o animal tem queda
do posterior. Chamamos isso de discospondilite. A nível renal teremos abscessos renais e
nesse caso vamos achar que é uma bactéria, então confunde muito. Muitas vezes ele
consegue liberar hifas pela urina. Pode chegar a nível intestinal, mas para ocorrer tem que
ter uma lesão prévia e a imunidade baixa.
 Ocular: cabe mais as pessoas que usam lente de contato. Pode ocorrer em pequenos
animais, mas o foco maior é em equinos, pois o fungo causa ceratoconjuntivite.
 Óssea: pode ocorrer por contaminação ou por um trauma.
 Pele

Amostras:
Manda as amostras de acordo com as coletas, com a necessidade. Podemos coletar o
material através de rinoscopia, broncoscopia, biópsia de órgãos, a urina ainda não é muito confiável,
porque pode ser contaminante dependendo do tipo de coleta e o fungo pode não ser encontrado
mesmo estando presente.
Vamos fechar o diagnóstico fazendo uma citologia e isolando o fungo através de cultura.
Podemos encontrar as espécies: Aspergillus flavus, A. terréus, A. fumigatus, A. nigger.

MALASSESÍASE

É um fungo levedura não micelial, lipofílica, encontrada em toda extensão da pele e ouvido.
O bioagente é a Malassezia sp., mas a espécie mais comum é a Malassezia pachydermatis. Temos 3
modos de coleta, podemos coletar com swab, fita adesiva ou através do bisturi.
A coleta vai influenciar no resultado, então no momento que passamos o swab na pele,
estamos lambuzando a pele e embaralhando aquelas leveduras, estamos tirando o número real
delas, então temos que tirar uma amostra fidedigna da pele para a microscopia. Com o swab
devemos fazer apenas um movimento cíclico rotacional, isso vai ser uma amostra e vamos passar o
swab na lamina, como se fosse um carimbo. Se na citologia encontrarmos mais que 5
leveduras/campo não é normal, é porque a Malassezia está disseminada.
Outro método de coleta é retirar um fragmento com a parte não cortante do bisturi e
espalhar na lamina. Também podemos usar a fita adesiva que é a forma mais correta de coletar, pois
as leveduras que ali estão vão ficar aderidas a essa fita adesiva. Só que nesses métodos nós temos
que corar e o corante mais usual é o panótico. Com a fita adesiva devemos corar ela antes de colocar
na lamina.
Para dar o diagnóstico devemos contar de 30-50 campos e retirar a média.

Causas predisponentes:
Os fungos e as bactérias em processos de pele e ouvido, são secundários, são fatores
perpetuantes. A Malassezia só está ali porque está tendo oportunidade, alguma coisa na pele está
favorecendo a gordura para ela. Quais seriam esses fatores primários que favorecem a Malassezia?
 Alterações no microclima cutâneo: excessiva produção de sebo ou cerume, acumulo de
umidade, rompimento de barreira epidérmica, alergia e infecções bacterianas,
glicocorticoides e antibióticos por longos períodos.
 Alterações nas defesas do hospedeiro: doenças hormonais como hiperadrenocorticismo,
hipertireoidismo, hipotireoidismo, tudo que gera aumento de gordura na pele pode
favorecer o desenvolvimento da Malassezia e ela passa a ser um problema.

Achados clínicos:
 Dermatite generalizada (eritrodermia esfoliativa): olhamos para o animal e ele tem aspecto
de envelhecido, a pele fica eritematosa, oleosa, com caspas e fica crostosa. O animal tem
odor desagradável, rançoso e seborreico.
 Dermatite regional: em orelhas, lábios, focinho, espaço interdigital, pescoço ventral, face
média das coxas, axilas, região perianal.

Diagnóstico:
A citologia é mais fidedigna, mas podemos fazer cultura também. Lembrando que a
Malassezia nunca é um fator primário, então devemos chegar até a causa primária.

Otite externa:
O conduto auditivo é uma continuação da pele, então temos uma parte mais externa no
conduto auditivo que é a queratina, a queratina é formada por células anucleadas, no momento que
tem um desgaste dessas células começa a entrar as células nucleadas. Então é nesse momento que
observamos o fungo junto dessas células. Uma avaliação citológica é muito melhor do que a cultura,
mas tem que ser feito uma boa coleta.
Lembrando que no conduto auditivo nós temos pavilhão externo, ouvido médio e interno,
basicamente o que mais buscamos é o ouvido médio. A evolução do processo ocorre porque a
Malassezia encontra fatores que ajudam, junto com ela as bactérias de cocos Gram + começam a
aumentar, quanto mais o processo fica crônica mais ele tende a fazer a troca de Malassezia com
cocos para bacilos.
A inflamação do meato auditivo externo é caracterizada por: eritema, aumento das
secreções e descamações do epitélio, vários graus de dor e prurido, extensão para ouvido
interno/surdez. A otite é multifatorial, ou seja, pode acontecer por vários fatores.
 Causas primarias da otite: ácaros e alergia alimentar.
 Fatores predisponentes: umidade excessiva, pelos no conduto auditivo externo, efeitos de
terapias inadequadas.
 Fatores perpetuantes: bactérias e leveduras inicialmente por cocos Gram + e
posteriormente por bacilos Gram -.

Citologia:
A cor da secreção não indica que é malasseziose.

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