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4.

DNA, RNA e proteínas virais


O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é uma molécula presente no núcleo das
células de todos os seres vivos e que carrega toda a informação genética de um
organismo.
É formado por uma fita dupla em forma de espiral (dupla hélice), composta por
nucleotídeos.
O DNA se constitui de nucleotídeos. Esses nucleotídeos são polímeros
constituídos de uma molécula de açúcar com cinco carbonos (pentose), um fosfato
(mais especificamente, ácido fosfórico) e uma base nitrogenada.
A sigla RNA significa RiboNucleic Acid, que, traduzindo para o português,
significa ácido ribonucléico. Por essa razão, é comum encontrar na literatura a sigla
ARN para se referir ao RNA. Assim como todos os tipos de ácidos nucléicos, essa
molécula é composta de nucleotídeos, podendo ser encontradas no núcleo e espalhadas
por todo o citoplasma da célula.
Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm),
formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que,
dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos
(citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou
toxina.

4.1 Genoma Viral


Vírus crescem rapidamente, há normalmente um grande número de virions na
progênie por célula. Há, entretanto mais chances de mutações ocorrendo em um curto
período de tempo.
A natureza do Genoma Viral (RNA ou DNA; segmentado ou não segmentado)
tem papel importante na genética do vírus. Vírus podem mudar geneticamente devido a
mutações ou recombinação.
Estas aparecem naturalmente durante a replicação viral: ex. devido a erros da
polimerase replicadora do genoma ou como resultado da incorporação de formas
tautoméricas das bases
Vírus de DNA tendem a ser mais estáveis geneticamente do que vírus de RNA.
Há mecanismos de correção de erro na célula hospedeira para reparo de DNA, mas
provavelmente não para RNA.
Alguns vírus de RNA são bastante invariantes por natureza. Provavelmente esses
vírus têm a mesma taxa elevada de mutação que outros vírus de RNA, mas são tão
precisamente adaptados para a transmissão e replicação que mudanças muitissimamente
pequenas resultam em sua falha em competir com sucesso com o vírus tipo parental
(tipo selvagem).
Esta envolve a quebra de ligações covalentes dentro do ácido nucleico, troca de
informação genética, e re-formação das ligações covalentes.
Este tipo de quebra/reunião é comum em vírus de DNA ou naqueles vírus de
RNA que têm uma fase de DNA (retrovírus). A célula hospedeira tem sistemas de
recombinação de DNA.
Recombinação deste tipo e muito rara em vírus de RNA (provavelmente não há
enzimas do hospedeiro para recombinação de RNA). Picornavívus exibe uma forma de
recombinação de muito baixa eficiência.

4.2 Tipos de Ácidos Nucleicos.


Os ácidos nucleicos são macromoléculas encontradas em todas as células vivas,
que constituem os genes, responsáveis pelo armazenamento, transmissão e tradução das
informações genéticas. Tais moléculas recebem esse nome devido ao seu caráter ácido e
também por terem sido descobertos no núcleo celular, em meados do século XIX.
Existem dois tipos de ácido nucleico: o ácido desoxirribonucleico, mais
conhecido pela sigla DNA e o ácido ribonucleico, conhecido como RNA. Os ácidos
nucleicos são constituídos por três diferentes componentes:
Pentoses: são carboidratos cuja molécula é formada por cinco carbonos. A
pentose que forma o DNA é conhecida como desoxirribose, enquanto a do RNA é
chamada ribose (daí os nomes desoxirribonucleico e ribonucleico).
Bases nitrogenadas: são compostos cíclicos que contêm nitrogênio. As bases
nitrogenadas são cinco: adenina, citosina, guanina, timina e uracila; e destas somente as
três primeiras são encontradas tanto no DNA quanto no RNA. A base nitrogenada
timina ocorre somente no DNA, enquanto a uracila é uma base exclusiva do RNA.
Fosfato: um radical derivado da molécula do ácido fosfórico, composto químico
responsável pelo caráter ácido dos ácidos nucleicos.
A união das pentoses às bases nitrogenadas e aos fosfatos forma um trio
molecular que recebe o nome de nucleotídeo. Ambos os tipos de ácidos nucleicos são
compostos por uma sequência de nucleotídeos, que são ligados entre si por meio dos
radicais fosfatos, formando longas cadeias polinucleotídicas. Os nucleotídeos detêm
grandes quantidades de energia, o que contribui para a realização de diversos processos
metabólicos.
Os ácidos nucleicos apresentam uma estrutura espacial bastante complexa e
peculiar. As moléculas de DNA são constituídas por duas cadeias polinucleotídicas
enroladas uma sobre a outra, o que se assemelha com uma grande escada helicoidal.
Essas duas cadeias se unem por meio de pontes de hidrogênio entre determinados pares
de bases nitrogenadas: a adenina emparelha-se com a timina, enquanto citosina
emparelha-se com guanina.
Já as moléculas de RNA, em geral, são compostas por uma única cadeia, que é
enrolada sobre si mesma por meio do emparelhamento das bases complementares num
mecanismo semelhante ao do DNA, no entanto, no RNA a adenina emparelha-se com a
uracila. Em alguns casos, o RNA também pode ter dupla-fita, como é o caso do mosaico
do tabaco.
Além do núcleo celular, o DNA também está presente nas mitocôndrias e nos
cloroplastos, organelas capazes de sintetizá-lo. A partir do DNA são transcritas as
moléculas de RNA, que podem ser de três tipos principais: RNA mensageiro (RNAm),
RNA ribossômico (RNAr) e RNA transportador (RNAt).

4.3 Envoltório Viral


Entrada por fusão com a membrana plasmática. Alguns vírus envelopados se
fusionam diretamente com a membrana plasmática. Assim, os componentes internos do
virion são imediatamente liberados para o citoplasma da célula.
Alguns vírus envelopados requerem um pH ácido para que a fusão ocorra e são
incapazes de fusionar diretamente com a membrana plasmática. Esses vírus são
interiorizados pela invaginação da membrana formando endossomos. À medida que os
endossomos se tornam acidificados, a atividade latente de fusão de proteínas do virus
se torna ativada pela diminuição do pH e a membrana do virion se fusiona com a
membrana do endossomo. Isso resulta na liberação dos componentes internos do virus
para o citoplasma da célula.
Capsídio: é o envoltório do vírus, formado por proteínas. Além de proteger o
ácido nucléico, o capsídio tem a capacidade de combinar-se quimicamente com
substâncias presentes na superfície da célula. Alguns vírus podem apresentar lipídio,
proveniente da membrana da célula onde se originaram.
Material Genético Cada espécie viral possui um único tipo de ácido nucléico,
que pode ser DNA ou RNA, onde estão inscritas as informações necessárias para a
produção de novos vírus.
Vírion: A partícula viral, quando fora da célula hospedeira, é chamada de vírion.
Cada espécie de vírus apresenta vírions de formatos diferentes.
Possuem como Características gerais dos vírus:
• Agentes infecciosos microscópicos.
• Constituídos por ácido nucléico (DNA ou RNA) e proteínas.
• Não apresentam organização celular.(acelulares)
• Parasitas intracelulares obrigatórios (quando fora das células hospedeiras, os vírus
nãos e multiplicam nem apresentam nenhum tipo de atividade metabólica.
• Além de doenças que causam aos seres humanos, os vírus também atacam animais e
plantas.
• Genoma viral: informações contidas no ácido nucléico do vírus para se multiplicar e
para produzir novas partículas virais.
• Poucos vírus de DNA , como o citomegalovírus e o vírus da hepatite B, podem iniciar
a sítese de moléculas de RNA enquanto ainda estão se formando, de modo que a
partícula viral contém os dois tipos de ácidos nucléicos. Apesar disso, eles continuam a
ser considerados vírus de DNA, pois esse é o ácido nucléico básico de seu genoma.

5. Ciclos Reprodutivos Virais


Os vírus são formados por uma cápsula de proteína com o material genético
dentro. E eles se reproduzem assim:
Um determinado vírus penetra uma célula ( animal ou vegetal) ou insere dentro
dela o seu material genético. Por isso dizemos que os vírus são considerados parasitas
intracelulares obrigatórios, pois requerem uma célula para se multiplicarem.
Uma vez dentro da célula o vírus se “demonta” e deixa na célula o seu material
genético.
Então, ele usa todo o “maquinário”da célula para se reproduzir. As organelas e
o DNA da célula hospedeira são usadas.
Assim, o vírus “desmontado” faz várias cópias de si mesmo. Os novos vírus
rompem a membrana citoplasmática da célula e ficam livres para infectar novas células.
Neste processo alguns vírus deixam uma parte do seu material genético com as
células do ser vivo hospedeiro. Acredita-se que , talvez , seja assim que se forme alguns
tipos de câncer.
Os vírus também são usados como uma micro -seringa, para colocar o DNA
modificado dos alimentos transgênicos de volta para a planta. Assim se modifica o
DNA daquela planta – para ficar mais resistente as pragas ( por exemplo) . E se troca o
material genético de um vírus ( que infecta a planta) pelo DNA modificado. Deixa-se o
vírus infectar o vegetal e pronto… Teremos um vegetal modificado geneticamente.

5.1 O que São Provírus e Progenies?


Provírus. Estado latente em que se encontra o RNA retroviral após este ter sido
incorporado ao DNA da célula hospedeira. A célula hospedeira sofrerá uma ruptura
(lise) liberando o provírus para infectar novas células do organismo ou ser lançado no
meio ambiente.
Progênie conjunto de descendentes; descendência, prole.

5.2 Como Acontece o Ciclo de um Bacteriófago?

Esse vírus (Bacteriófago T4), se reproduz em certas linhagens de bactéria


Escherichia coli. Ao entrar em contato com a bactéria, adere à parede celular por meio
de certas proteínas presentes nas fibras de sua cauda. Na cauda desse vírus, estão
presentes também enzimas que são capazes de digerir e perfurar a parede da célula
bacteriana. O DNA do bacteriófago é injetado no citoplasma celular.
Estrutura do vírus (Bacteriófago)

Os genes do vírus são transcritos em moléculas de RNA e traduzidos em


proteínas virais. Isso ocorre por que a célula não diferencia os genes do invasor de seus
próprios genes. Em poucos minutos, a bactéria está totalmente controlada pelo
bacteriófago. O passo seguinte será a produção de proteínas que constituirão as cabeças
e caudas dos novos vírus. Depois, as cabeças e caudas se agregam ao DNA formando
vírions completos. Cerca de 30 minutos após a entrada de um único vírus, a célula já
está repleta de partículas virais. Nesse momento, são produzidas enzimas que iniciam a
destruição ou lise (do grego lysys, destruição) da parede bacteriana, que arrebenta e
libera centenas de vírions maduros que podem reiniciar o ciclo.

5.3 Ciclo Lisogênico e Lítico


Existem duas estratégias que o bacteriófago utiliza para se reproduzir dentro da
bactéria hospedeira. São o ciclo lítico e o ciclo lisogênico.
No ciclo lisogênico, o material genético do bacteriófago é incorporado ao
material genético da bactéria hospedeira, sendo chamado de provírus ou profago.
A bactéria infectada continua a crescer e se reproduzir normalmente e o profago
replica-se junto. Com isso, toda as bactérias que foram originadas da célula-mãe
infectada ajudam na proliferação do profago.
A qualquer momento em que seja necessário, o profago pode se separar do
cromossomo bacteriano e destruir a célula hospedeira, que por isso é chamada
lisogênica.
Ciclo Lisogênico

No Ciclo Lítico – o DNA viral sofre replicação independentemente do


cromossoma hospedeiro. São produzidas partículas virais em grande quantidade que
fazem com que a célula “expluda”, permitindo ao vírus invadir outras bactérias.
No ciclo lítico, a bactéria é lisada ou rompida. Logo depois da bactéria ter sido
infectada pelo vírus, ele introduz nela o seu material genético, em seguida formam-se
dezenas de fagos que rompem a parede bacteriana. Esses novos fagos são capazes de
infectar imediatamente outras bactérias, reiniciando o ciclo.

Representação de fagos infectando bactérias.

Os vírus são seres acelulares, isto é, desprovidos de uma estrutura de células


como ocorre em todo ser vivo. Por assim serem, tais partículas dependem
completamente dos mecanismos bioquímicos da célula hospedeira para de que possam
se desenvolver e multiplicar, característica esta que os classifica como parasitas
intracelulares obrigatórios.
No seu processo de reprodução, os vírus contam com dois tipos de ciclos: o ciclo
lisogênico e o ciclo lítico. No ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético no da
célula hospedeira, e, ao contrário do outro ciclo, passa a dominar o metabolismo da
mesma, destruindo-a por final. Veja as etapas desse ciclo reprodutivo:
Adsorção – fase em que ocorre o reconhecimento e a fixação do vírus à célula.
Esses seres são parasitas específicos, ou seja, acometem um tipo exclusivo de células. O
hospedeiro é dotado de substâncias químicas capazes de permitir que o vírus detecte-o e
se prenda à membrana.
Penetração – inserção do genoma viral no interior da célula hospedeira. Tal
processo pode ocorrer de três formas diferentes:
Direta – apenas o material genético do vírus é injetado na célula, enquanto sua
parte proteica permanece no lado externo.
Fusão do envelope viral – o envelope viral (camada lipoproteica que envolve
alguns vírus) é fundido à membrana celular, o capsídeo se desfaz e o genoma do
parasita invade a célula. Esse processo ocorre somente com vírus envelopados.
Endocitose – os receptores químicos da membrana celular promovem a fixação
do vírus, e depois o parasita é englobado pelas invaginações da mesma.
Síntese – estágio do ciclo em que o vírus começa a determinar as atividades
metabólicas da célula. Nesse processo, as enzimas que antes eram utilizadas na síntese
proteica e de ácidos nucleicos da célula hospedeira, passam a ser empregadas na
produção de partículas virais (proteínas e material genético).
Montagem – nesta etapa, os componentes dos vírus que foram produzidas
anteriormente, são organizados de modo a constituir novos parasitas.
Liberação – na etapa final do processo, as dezenas de vírus formadas na fase de
montagem produzem uma enzima viral denominada lisozima, que causa a ruptura da
célula hospedeira, processo conhecido como lise celular. Além disso, como a célula
passou a sintetizar estruturas virais, a produção dos seus próprios componentes se torna
impossível (esgotamento celular), o que favorece o seu rompimento. Com a destruição
da célula, os vírus se libertam e infectam imediatamente as células vizinhas,
recomeçando o seu ciclo.
Quando o vírus apresenta ciclo lítico, ele recebe o nome de vírus lítico ou
virulento. Como exemplo, podemos citar os bacteriófagos ou fagos, que são vírus que
infectam e destroem bactérias.

5.4 Ciclo do Vírus da Hepatite


A Hepatite B: é uma doença infecciosa viral, causada pelo vírus HBV,
conhecida anteriormente como soro - homóloga. O agente etiológico é um vírus que tem
como material genético DNA. Ele é um hepatovírus da família Hepadnaviridae,
podendo apresentar-se como infecção assintomática ou sintomática.
Após o contato com o vírus, este concentra-se quase que totalmente nas células
do fígado, os hepatócitos, aonde seu DNA o fará construir novos vírus.
O vírus da hepatite B, o HBV, é muito resistente. Ele pode sobreviver por até 7
dias no ambiente externo em condições normais e, caso entre em contato como sangue
através de um machucado, corte ou com uma picada de agulha, pode carrear a infecção
em 5 a 40% das pessoas não vacinadas.
Apesar de sermos capazes de produzir anticorpos contra o vírus, eles só
funcionam quando o vírus está na corrente sanguínea. Depois que o vírus entra nos
hepatócitos, anticorpos não conseguem destruí-lo completamente.
O processo de evolução se divide em duas fases:
- a aguda e a crônica. A fase aguda é a fase inicial e na maioria das vezes passa
despercebida (cerca de 95% dos casos evoluem para a cura natural).
- A fase crônica é a fase e que o vírus continua a se replicar (replicação viral).
A Hepatite C: Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus HCV,
conhecido anteriormente por “Hepatite não A não B”, quando era responsável por 90%
dos casos de Hepatite transmitida por transfusão de sangue sem agente etiológico
reconhecido. É um vírus do tipo RNA, da família Flaviviridaetar-se. Das pessoas que
contraem o vírus, 80% não conseguem eliminá-lo, evoluindo para formas crônicas. Os
20% restantes conseguem eliminar o vírus. Apresenta-se como infecção assintomática
ou sintomática.
Acredita-se que o HCV infecta principalmente os hepatócitos e os linfócitos B,
apesar de não se ter identificado ainda qualquer receptor celular. A resposta
imunológica aos antígenos é considerada responsável pela eliminação do vírus e
patogenia da doença.
O período de incubação da Hepatite C é de mais ou menos 7 semanas, mas
também pode variar de 2 a 26 semanas, podendo essa infecção ser clínica ou até
fulminante. As manifestações clínicas ocorrem em apenas um terço dos infectados, e
são semelhantes as demais Hepatites virais. A persistência do vírus ocorre em
aproximadamente 80% das infecções, das quais 20% não evoluem para Hepatite crônica
ativa e cirrose, mesmo que não haja manifestação clínica aparente.

5.5 Ciclo do Vírus da Gripe

Existem centenas de variedades de vírus de gripe, todos portadores de RNA, que


é seu material hereditário.
A infecção gripal começa quando o vírion adere a substâncias receptoras
presentes na superfície das células hospedeiras, geralmente as que revestem as vias
respiratórias. A partícula viral penetra inteira, nisso diferindo do bacteriófago, em que
apenas o DNA viral penetra na célula.
No interior da célula o capsídio é digerido por enzimas, libertando o RNA no
citoplasina. O RNA do vírus da gripe e de outros vírus de RNA (exceto os retrovírus) é
capaz de se duplicar, originando inúmeras cópias dentro da célula hospedeira. As
informações genéticas do RNA viral são então traduzidas, dando origem aos
componentes protéicos do capsídio.
A reunião de ácidos nucléicos e capsídios origina novos vírions, que se libertam
das células infectadas. Não há, necessariamente, a morte da célula hospedeira, embora
isso possa ocorrer em virtude das perturbações causadas pela infecção viral.
O ciclo de vida do vírus da gripe pode ser dividido em cinco etapas:
1) fixação;
2) internalização;
3) remoção do invólucro ou descapsidação;
4) replicação;
5) gemação.

5.6 Estrutura do Vírus da Gripe

As estruturas dos influenzavirus A, B e C são muito semelhantes entre si. A


partícula viral mede 80-120 nanómetros de diâmetro e é aproximadamente esférica,
embora possam também ocorrer formas filamentosas. Estas formas filamentosas são
mais comuns no vírus da gripe C, o qual pode formar, na superfície das células
infetadas, estruturas semelhantes a cordas até 500 micrómetros de comprimento. No
entanto, apesar destas diferenças na forma, as partículas virais de todos os vírus da gripe
apresentam composição semelhante. Os vírus são constituídos por um envelope viral
que contém dois tipos de glicoproteínas que envolvem um núcleo central. Este núcleo
contém o genoma ARN viral e outras proteínas virais que envolvem e protegem o ácido
ribonucleico (ARN). O ARN é geralmente de filamento único, embora em casos
especiais possa ser duplo. Ao contrário da generalidade dos vírus, o seu genoma não é
um elemento único de ácido nucleico; em vez disso, contém sete ou oito segmentos de
ARN de senso negativo, cada um dos quais com um ou dois genes que codificam uma
proteína diferente. Por exemplo, o genoma da gripe A contém 11 genes em oito
segmentos de ARN, os quais codificam 11 proteínas: hemaglutinina (HA),
neuraminidase (NA), nucleoproteína (NP), e as proteínas M1, M2, NS1, NS2, PA, PB1,
PB1-F2 e PB2.
A hemaglutinina (HA) e a neuraminidase (NA) são as duas proteínas de grande
dimensão no exterior das partículas virais. A HA é uma lectina mediadora da ligação do
vírus às células-alvo e a entrada do genoma viral nessas células. A NA participa na
libertação de vírus a partir das células infetadas. Desta forma, estas proteínas são alvos
para fármacos antivirais. Para além disso, são antígenos para os quais é possível
produzir anticorpos. Os vírus da gripe A são classificados em subtipos de acordo com a
resposta dos anticorpos à HA e à NA. Os diferentes tipos de HA e NA determinam a
distinção "H" e "N" na denominação; por exemplo, "H5N1" São conhecidos 16 subtipos
H e 9 subtipos N, embora apenas os subtipos H1, H2 e H3, e os N1 e N2 sejam comuns
em seres humanos

Estrutura do Vírus da Gripe


5.7 Como Funcionam as Vacinas e os Remédios antivirais comuns?
O objetivo das imunizações é estimular o organismo a produzir anticorpos contra
determinados germes, principalmente bactérias e vírus. O nosso sistema imunológico
cria anticorpos específicos sempre que entra em contato com algum germe. Se entramos
em contato com o vírus da rubéola, por exemplo, ficamos doente apenas uma vez, pois
o corpo produz anticorpos que impedem que o vírus volte a nos infectar no futuro.
A lógica da vacina é tentar estimular o organismo a produzir anticorpos sem que
ele precise ter ficado doente antes. Tentamos apresentar ao sistema imune a bactéria ou
vírus de forma que haja produção de anticorpos, mas não haja desenvolvimento da
doença.
Geralmente uma vacina age apenas contra um único germe. Por exemplo, a
vacina contra o sarampo não protege o paciente contra catapora e vice-versa. Já existem
vacinas conjuntas, que são na verdade duas ou mais vacinas dadas em uma única
administração, como a vacina tríplice viral, que é composta por três vacinas em uma
única injeção: sarampo, rubéola e caxumba. O sistema imune é estimulado
simultaneamente contra esses três vírus. Nem toda vacina pode ser dada em conjunto.
A grande dificuldade na hora de desenvolver uma vacina é criá-la de modo que a
bactéria ou vírus consigam estimular o sistema imunológico a criar anticorpos, mas não
sejam capazes de provocar doença. Às vezes, basta expor o organismo à bactéria ou ao
vírus mortos para haver produção de anticorpos e tornar o paciente imune a este germe.
Porém, nem todos os vírus ou bactérias mortos são capazes de estimular o sistema
imune, fazendo com que tenhamos que buscar outras soluções para imunizar o paciente.
O grau de maturidade do sistema imunológico também é importante. O ideal
seria podermos dar logo todas as vacinas ao recém-nascido. Infelizmente isso não
funciona. O nosso sistema imune precisa de tempo para se desenvolver e ser capaz de
gerar anticorpos quando estimulados pela vacinação.
Os medicamentos capazes de extinguir uma infecção viral são chamados de
antivirais, como os vírus podem se aproveitar de vias metabólicas de seu hospedeiro é
muito difícil encontrar fármacos que ajam de maneira específica para o combate a estes
agentes, além disso o modo de ação destas drogas ainda não é completamente
compreendido, porém a maioria das drogas disponíveis atualmente estão relacionadas
com a inibição da síntese ou na regulação viral do de seus ácidos nucleicos dentro dos
hospedeiros.
Dentre os mecanismos para o tratamento de infecções virais temos o Bloqueio
da ligação do vírus, Inibição da síntese de DNA/RNA, Inibição da síntese proteica,
Inibição de juntamento, Inibição da liberação de vírus, Inibição de vírus não
encapsulado e o Estímulo Imunológico.
Os antivirais são classificados de acordo com sua forma de ação, dentre os
principais fármacos podemos citar:
Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa: inibem a enzima
transcriptase por incorporação à cadeia de DNA do vírus tornando-a defeituosa e
impedindo sua duplicação. Os principais fármacos desta lista são o Abacavir,
Didanosina, Estavudina, Lamivudina, zidovudina e tenofovir.
Inibidores não nucleosídicos: também inibem a enzima transcriptase se
incorporando a cadeia de DNA do vírus. Exemplo: Efavirenz, Etravirina e Nevirapina.
Inibidores da protease: para o vírus se tornar infeccioso é necessário que ele
produza novas proteínas virais e estes inibidores bloqueiam a protease interferindo em
sua ação e inibindo a produção de novos vírus HIV. Como exemplo de inibidores da
proteases temos: Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Ritonavir, Saquinavir
,Tipranavir e Lopinavir.
Inibidores da DNA-polimerase: inibe a síntese do DNA viral e interrompe o
alongamento de sua cadeia, o aciclovir, penciclovir, foscarnete e o cidoforvir são
exemplos dessa classe.
Inibidores da fusão do HIV: estes impedem o vírus de se ligar e entrar nos
linfócitos do típo CD4. Exemplo: Enfuvirtida e Maraviroc
Imunomoduladores: Os fármacos desta classe ativam cascatas de sinalização
que levam à produção de proteínas antivirais, dentre estas a proteinocinase R, que
impede o mecanismo de tradução nas células infectadas pelos vírus. Exemplos:
Intérferons, Palivisumabe e Imunoglobulina.
Inibidores da liberação e desmontagem viral: Inibem a neuraminidase do
vírus da influenza, fazendo com que os vírions recém-sintetizados permaneçam fixados
à célula hospedeira. Exemplos: Zanamivir , Oseltamivir, Rimantadina e Amantadina.

5.8 Como o Vírus da gripe se multiplica entre as pessoas


Os vírus só são capazes de se replicar em células vivas. A infeção e replicação
da gripe é um processo que decorre ao longo de vários estágios. Para ter início, o vírus
tem que se ligar e entrar na célula, para então transmitir o seu genoma para um local
onde possa produzir novas cópias de proteínas virais e ARN, juntar estes componentes
em novas partículas virais e, por último, abandonar a célula hospedeira
Os vírus da gripe ligam-se, através da hemaglutinina, aos açúcares de ácido
siálico na superfície de células epiteliais, geralmente no nariz, garganta ou pulmões dos
mamíferos ou no intestino das aves (estágio 1 na imagem). Após a hemaglutinina ser
degradada por uma protease, a célula importa o vírus através de endocitose.[50] Ainda
não são conhecidos todos os detalhes do processo intracelular. Sabe-se que os viriões
convergem para o centro do microtúbulo, interagem com os endossomas ácidos e,
finalmente, penetram nos endossomas-alvo para libertar o genoma.
Uma vez no interior da célula, as condições de acidez no endossoma provocam
dois eventos. Em primeiro, uma parte da hemaglutinina realiza a fusão do envelope viral
com a membrana do vacúolo; em seguida, o canal iónico M2 permite que os protões se
movimentem através do envelope viral e acidifiquem o núcleo do vírus, o que faz com
que o núcleo se desintegre, libertando assim o ARN viral e as proteínas.[42] As
moléculas de ARN viral, proteínas acessórias e a ARN polimerase ARN-dependente são
então libertadas para o citoplasma (estágio 2).
Durante o processo da gripe, o vírus ‘procura’ por células para se hospedar e se
reproduzir. Esta reprodução acontece quando o mesmo se fixa e penetra na membrana
da célula. Por meio do material genético (RNA) há a multiplicação dos vírus nos
núcleos das células do hospedeiro. Em contrapartida, o nosso corpo continua reagindo
para acabar com as células contaminadas pelo vírus.
Como a gripe se espalha? A gripe é altamente contagiosa. Ela se espalha
principalmente por meio da tosse e do espirro. Quando alguém contaminado tosse ou
espirra, libera estas gotículas de fluido no ar que se espalham até mais ou menos um
metro de distância. A via mais rápida de contaminação é pela boca e nariz, então se
alguém espirra perto de alguém saudável e essas gotículas penetram pelo nariz e/ou
boca e provavelmente ocorre uma contaminação e a pessoa saudável pode ficar doente
em um prazo de um a quatro dias (tempo que os vírus demoram para replicar a vontade
no nosso organismo. Tocar em objetos que tenham recebido as gotículas do doente
também transmite gripe.

6.Sindrome da Imunodeficiência adquirida (AIDS)


Vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o vírus responsável por causar a
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
O vírus destrói ou prejudica as células do sistema imunológico e,
progressivamente, a capacidade do organismo para combater infecções e certos tipos de
câncer.
Em adultos e adolescentes, o HIV é mais comumente transmitido pelo contato
sexual com um parceiro infectado.
Quase todas as infecções pelo HIV em crianças com idade inferior a 13 anos são
por transmissão vertical, o que significa que o vírus é passado para a criança durante a
gestação ou à medida que passam pelo canal do parto.
O vírus também foi detectado no leite materno. Antes de 1985, um pequeno
grupo de crianças foi infectado com o vírus através do sangue contaminado.
O número de crianças que se tornam HIV positivo quando nascidos de uma mãe
infectada diminuiu. Essa redução reflete o uso de novos medicamentos antirretrovirais,
que são dados para a mãe antes de o bebê nascer. Porque a transmissão ocorre,
frequentemente, durante o parto, a cesariana pode ser indicada para algumas mulheres.
Além da transmissão vertical e por contato sexual, o vírus pode ser transmitido pelo
sangue contaminado, mas nenhum caso conhecido de HIV/AIDS foi atribuído a saliva,
suor, lágrimas, contato casual, compartilhamento de utensílios de comida, toalhas e
roupa de cama, piscinas, telefones, assentos sanitários e insetos (como mosquitos).
6.1 Onde e como surgiu a AIDS?

A AIDS teve origem no continente africano no começo do século XX. Mas


apenas na década de 1980 que a doença passou a ter maior notoriedade.
No começo do século XX, os habitantes da selva africana tinham o costume de
se embrenharem pela densa mata em busca da carne dos macacos. Durante a caça,
muitos macacos apresentavam resistência e mordiam os seus futuros predadores. Logo
que conseguiam abater um exemplar, esses caçadores colocavam o animal morto e
ensanguentado em suas costas. Não raro, o sangue do primata abatido entrava em
contato com as feridas daquele caçador africano.
Naquele exato instante, o SIV – um vírus que ataca o sistema imunológico dos
macacos – entrava em contato com o organismo humano. Em pouco tempo, a ação
desse micro-organismo dava origem ao HIV, responsável pela Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Nesse meio tempo, vários comerciantes de carne
de macaco circulavam pelo território africano em cidades onde gastavam seu lucro com
as prostitutas locais. Dessa forma, a AIDS acometia as suas primeiras vítimas.
Inicialmente, o reconhecimento da doença e sua transmissão pelo ato sexual eram
completamente desconhecidos. Os relatos dos sintomas da AIDS eram comumente
confundidos com algum tipo de pneumonia ou anemia profunda. Ao atingirmos a
década de 1960, as várias guerras de independência no continente africano fizeram com
que alguns infectados se refugiassem na Europa. A partir de então, o vírus da AIDS foi
espalhado em novas regiões do planeta.
Um dos primeiros casos registrados no continente americano apareceu no Haiti,
no ano de 1978. Na década de 1980, período em que a doença começou a ter maior
notoriedade, as explicações para a AIDS circulavam em torno das mais variadas
hipóteses. Inicialmente, alguns especialistas identificaram como uma espécie de câncer
que acometia somente os homossexuais. Além disso, recomendava-se que o contato
com os doentes fosse sistematicamente evitado.
Por conta da alta mortalidade, várias noções equivocadas começaram a se
direcionar contra os portadores do vírus HIV. Entretanto, nas últimas décadas, novas
pesquisas indicaram as formas de transmissão da doença e que qualquer pessoa –
independente da sua escolha sexual – poderia ser acometida pela síndrome.
Paralelamente, o desenvolvimento de potentes medicamentos ofereceu uma qualidade
de vida maior para os infectados.
Ainda que tantas informações sejam disponibilizadas, vemos que a questão do
preconceito e de outros mitos está ligada à doença. Em muitos casos, jovens ignoram a
necessidade do uso de preservativos por saberem que os remédios podem oferecer uma
vida relativamente confortável. Ao todo, estima-se que vinte e cinco milhões de pessoas
tenham sido vitimadas pela doença e que outros 33 milhões sejam portadores do HIV.

6.2 Por que a AIDS não tem cura?

Os vírus só se reproduzem caso entrem em contato com algum ser vivo. O HIV
ataca vários tipos de células, principalmente os Linfócitos T. A grande jogada do HIV é
a forma como ele se reproduz dentro do paciente.
Dentro do HIV, há o RNA e a transcriptase reversa, uma proteína que ajuda o
RNA, que é um material genético simples de uma fita só, a se transformar numa dupla
fita assim como o DNA.
RNA: fita única; DNA: dupla fita. Com a ajuda da transcriptase reversa, o RNA do
HIV fica semelhante ao DNA (Créditos: SlideShare)

Quando o vírus entra em contato com uma célula, a transcriptase entra em ação. O
RNA ‘se fantasia’ de DNA para poder entrar na célula sem ser notado. Assim, o RNA
‘fantasiado’ entra no núcleo de nossas células e fixa-se em nosso DNA, em nossa carga
genética que há todas as nossas informações. Num piscar de olhos, a nossa célula se tornou
uma máquina de fazer novos vírus que vão infectar outras células da mesma maneira. É por
isso que não há cura: os pacientes ficam com seus materiais genéticos infectados com os
materiais genéticos dos vírus. Destruir o material genético do paciente não é uma boa ideia.

Desde a descoberta, os esforços da Ciência em tentar reverter e até curar a AIDS


têm sido notáveis. A 21º Conferência Internacional de AIDS, realizada ano passado na
África do Sul, anunciou um medicamento que impede a infecção do vírus através de
vacinação tendo como foco as pessoas mais vulneráveis. O remédio Truvada também
vêm sendo apontado como um método preventivo eficaz junto com a camisinha.
Em 2016, 18,2 milhões de pessoas começaram um tratamento contra a AIDS,
mesmo esse número ainda não representando nem metade da população mundial
infectada.
6.3 Como Acontece o Ciclo do HIV?
O primeiro estágio no ciclo de vida do HIV corresponde a entrada do vírus na
célula CD4+ este processo representa uma serie de interações sequenciais entre as
glicoproteína (gp) da superfície do vírus e dos receptores da células CD4 humana
(PFIZER, 2007). São três passos para a entrada do vírus na célula;

O primeiro passo: A capacidade do HIV infectar as células é mediada através da


proteína do envelope viral. O gene do envelope codifica uma proteína precursora gp160,
que é depois clivada proteoliticamente a duas proteínas menores, gp41 e gp120, que se
associam na superfície da célula infectada (KUMAR, ABBAS e FAUSTO, 2005).
Para melhor entendimento das ligações seguintes faz-se necessário conhecer os
dois principais co-receptores de quimiocinas o CCR5 e O CXCR4 que estão envolvidos
na entrada do HIV na célula, o CXCR4 atua como co-repector do HIV e CCR5 mostra-
se mais importante para infecção de diversas cepas do vírus. Desta forma os dois
participam da coordenação da resposta imunológica.
O segundo passo: A gp120 se liga aos receptores da superfície celular da CD4+
(co-receptores: o CCR5 e CXCR4). O que causa mudanças conformacionais na gp120
(perca de revestimento viral);
O terceiro passo: Atua na gp41; estas alterações resultam na inserção de um
peptídeo de fusão na extremidade da gp41 na membrana celular das células alvo
(células T ou macrófagos). Após a fusão, o cerne do vírus contendo o genoma do HIV
entra no citoplasma da célula. A enzima viral transcriptase reversa, então transcreve o
RNA viral em uma cópia complementar (DNAc).
Este DNA de hélice dupla (bicatenular) pode permanecer dissociado no
citoplasma da célula ou pode se integrar ao DNA cromossomial do hospedeiro
(denominado DNA províral - no núcleo da célula) (WYNGAARDEN, SMITH JR e
BENNETT, 1993).
No momento em que o DNA províral permanece dissolvido no núcleo da célula
estão ocorrendo Longas Repetições Terminas (LTR) as quais são necessárias para que
se complete a cadeia genômica do HIV e possibilite a integração do provírus ao DNA
da célula hospedeira (JANEWAY JR, 2002).
Através de processo de transcrição (no núcleo da célula) são originados o RNA
mensageiros viral (mRNA) que produzem poliproteínas (clivadas pela protease viral)
formando proteínas funcionais individuais que sintetizam novos genomas e formam a
estrutura externa de outros vírus (WYNGAARDEN, SMITH JR e BENNETT, 1993;
MINISTÉRIO DA SÁUDE,2004).
No citoplasma pelo processo de tradução a gp 160 é glicosilada e clivada a
botões maduros, dando origem à gp 120 e gp 41, que são englobadas na membrana
celular, participando do processo de germinação, liberando o vírus para fora do
citoplasma, dando origem a um novo envelope viral, que posteriormente formará novos
viríons que serão liberados o meio circundante da célula do hospedeiro, podendo
permanecer no fluido extracelular ou infectar novas células (WYNGAARDEN, SMITH
JR e BENNETT, 1993 ABBAS, LICHTMAN e POBER, 2000; JANEWAY JR, 2002).

6.4 Como Ocorre a Infecção por HIV e AIDS?


Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV,
caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento
de doenças oportunistas. ... Sintomas: quando ocorre a infecção pelo vírus causador da
aids, o sistema imunológico começa a ser atacado.
HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Causador da
aids (da sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), ataca o sistema
imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Aids é a Síndrome da
Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo
enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças
oportunistas.
Transmissão: o vírus HIV é transmitido por meio de relações sexuais (vaginal,
anal ou oral) desprotegidas (sem camisinha) com pessoa soropositiva, ou seja, que já
tem o vírus HIV, pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados,
como agulhas, alicates, etc., de mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a
gestação, parto ou amamentação.
Sintomas: quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema
imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda,
que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos
primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8
a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas
são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria
dos casos passa despercebida. Caso haja suspeita de infecção pelo HIV, procure uma
unidade de saúde e realize o teste.
6.5 Como Atuam o AZT e outros coquiteis antiaids?

O coquetel antiaids é um combinado de medicamentos que atua evitando que o


vírus HIV reproduza-se e diminua a defesa do paciente.
A primeira droga antiviral utilizada no tratamento da AIDS foi a AZT
(azidotimidina), inicialmente aplicada no tratamento de pacientes com câncer.
Aprovado em 1987 pelo Food And Drug Administration (FDA), órgão de controle dos
EUA, para o uso em portadores de HIV, o AZT revelou ser tóxico em altas dosagens,
gerando efeitos colaterais, como anemia e miocardiopatia, além de ter um preço de
aquisição muito alto.
os anos seguintes, foram aprovadas para o tratamento da AIDS as drogas DDI
(Didanosina) e DDC (Zalcitabina), em 1991 e 1992 respectivamente. Apesar de serem
indicadas como alternativas ao AZT, o tratamento com essas drogas ainda apresentava
alta incidência de efeitos colaterais, incluindo náuseas, febre e dores abdominais.
Um novo grupo de medicamentos antirretrovirais – os inibidores de protease – é
aprovado para o uso de pacientes com AIDS apenas em 1995. Com isso, o tratamento
passa a combinar dois inibidores de transcriptase reversa e um inibidor de protease,
inaugurando o conceito de coquetel antiaids.
O coquetel é considerado uma revolução nos métodos para tratamento da AIDS,
tendo em vista que promove a redução nos índices de mortalidade, hospitalização e
efeitos colaterais causados pelos medicamentos. Até 1999, o Governo Federal
detectou a redução de 50% das mortes e 80% das infecções oportunistas em pacientes
com AIDS por meio do tratamento com o coquetel.
Os coquetéis antiaids, compostos por medicamentos antirretrovirais, surgiram na
década de 1980 e evitam que o vírus se multiplique desordenadamente, impedindo
que o sistema imunológico do paciente fique seriamente prejudicado. É importante
frisar que os coquetéis não matam o vírus, mas garantem maior tempo de vida.
Quando surgiram, os medicamentos antiaids eram extremamente caros, o que
aumentava consideravelmente o número de mortes por Aids. A partir de 1996, o Brasil
iniciou a liberação gratuita dos medicamentos, facilitando assim o tratamento e
aumentando o tempo de vida dos pacientes.
Até o momento existem 21 medicamentos diferentes para o tratamento da
Aids, sendo esses divididos em cinco classes: inibidores nucleosídeos da transcriptase
reversa, inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa, inibidores de protease,
inibidores de fusão e inibidores da integrasse. Apesar de agirem de formas diferentes,
todos os medicamentos impedem a reprodução do vírus de alguma forma.
É importante frisar que, para garantir um melhor resultado, são combinados no
mínimo três medicamentos para formar os coquetéis, e estes devem ser de pelo menos duas
classes diferentes. A escolha do medicamento que fará parte do coquetel e sua dosagem
variam de acordo com as condições do paciente no início do tratamento e podem mudar
durante o processo.

6.6 Como é feito a Prevenção e o Tratamento de AIDS?

Tratamento: ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos
nessa área que possibilitam que a pessoa com o vírus tenha qualidade de vida. O
tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização
de exames.
A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando os
exames indicarem a necessidade. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o
maior tempo possível.
A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo, recupera as defesas do
organismo e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida. Para que o tratamento dê
certo, o soropositivo não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los.
O vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos
diminuem. A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida. Mesmo em
tratamento, a pessoa com aids pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua
vida afetiva e social.
Ela deve trabalhar, namorar, beijar na boca, transar (com camisinha), passear, se
divertir e fazer amigos. Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais -
coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir
todas as recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição.
É o que os médicos chamam de adesão, ou seja, aderir ao tratamento. Há,
também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter
uma alimentação equilibrada.
Prevenção: o meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de
preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. Os preservativos são
distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também podem ser comprados em
estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.
Uso correto da camisinha em todas as modalidades sexuais;
Não utilizar objetos perfurocortantes de uso comum (seringa, agulha, alicate, etc.) ou
esterilizá-los previamente; Gestantes soropositivas devem fazer o pré-natal e utilizar o
AZT, evitando o contágio do bebê.
Ter HIV e não ter aids: há muitas pessoas positivas para o vírus HIV que
vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Elas podem transmitir
o vírus pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas
contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso é
importante fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.

7.O que são partículas virais?

Partícula viral é o nome dado à estrutura molecular que constitui um vírus. Ela
é composta basicamente por ácido nucléico e proteínas, mas adicionalmente podem
conter lipídios e carboidratos. O material genético viral é composto por uma ou mais
moléculas de ácido nucléico (DNA ou RNA). Envolvendo o ácido nucléico são
encontradas proteínas (capsômeros) codificadas pelo genoma viral, sendo o conjunto
destas proteínas denominado capsídeo. Em geral, estes possuem forma geométrica bem
definida: icosaédrica, helicoidal, cilíndrica, esférica, entre outras. O capsídeo em
associação com o material genético viral compõe o nucleocapsídeo.
Uma membrana lipídica, denominada envelope viral, pode envolver os
nucleocapsídeos externamente. O envelope é formado por bicamada lipídica derivada de
estruturas celulares, como organelas e membrana plasmática. Ancoradas ao envelope
são encontradas proteínas (peplômeros) que desempenham a função de mediar a
interação vírus-célula. No entanto, as partículas virais podem ser envelopadas ou não-
envelopadas. Uma partícula viral completa (infecciosa), com ou sem envelope, a
depender da morfologia viral específica, é chamada vírion. Muitos vírus possuem
partículas complexas, com características que fogem dos padrões mencionados
anteriormente: mais de um nucleocapsídeo por envelope (Baculoviridae,
Polydnaviridae); mais de uma membrana lipídica, sendo uma bicamada interna e outra
externa (Polydnaviridae); mais de um capsídeo (Reoviridae); capsídeos com cauda
protéica (Myoviridae, Podoviridae, Siphoviridae), etc

7.1 Viroides e Prions

Os viroides são moléculas pequenas, de RNA simples fita, circular e sem


nenhuma forma de capsídeo. Isto é, o viroide é constituído apenas de RNA que
aparentemente não codifica nenhuma proteína. Logo, esta entidade é completamente
dependente das funções celulares para a sua replicação. Provavelmente causam doenças,
principalmente em plantas, por interferência no metabolismo de regulação gênica da
célula hospedeira. Ainda é desconhecido o processo de infecção, mas acredita-se que
seja feito por contato entre células e/ou células que sofram um corte mecânico.
Eles são muito menores e muito mais simples que vírus.

•Viróides usam plantas superiores para reprodução, inserindo-se no núcleo,


contudo, não transcrevem nenhuma proteína, roubando-as para formar seu capsídeo de
um vírus helper
•Geralmente são transmitidos por sementes ou pólen.
•O mecanismo de fabrico dos viroides é dependente do hospedeiro que infectam.
Plantas infectadas podem apresentar crescimento distorcido.
•Cerca de 33 espécies já foram identificadas.

Príons
São proteínas infecciosas constituídas provavelmente de apenas um tipo de
proteína, sem ácido nucleico. São responsáveis por doenças neurodegenerativas, fatais,
com progressão lenta. Em carneiros causam um tipo de doença conhecida há mais de
250 anos. Atualmente, tem sido dada muita importância aos príons por causar uma
epidemia no gado inglês, chamada encefalopatia espongiforme de bovinos ou
popularmente conhecida como “Síndrome da Vaca Louca”. Acredita-se que a
contaminação se deu pela ingestão de ração com resto de carneiros contaminados. Nos
humanos causa doenças como a doença de Creutzfeld-Jacob (CJD) e o Kuru,
enfermidade encontrada em canibais da Nova Guiné. Os casos de CJD encontrados em
pessoas jovens podem ser devido à ingestão de carne bovina contaminada.
Príons são moléculas proteicas que possuem propriedades infectantes. O nome
príon vem do inglês proteinaceous infectious particles, que quer dizer partículas
proteicas infecciosas. Tais partículas se distinguem de vírus e bactérias comuns por
serem desprovidos de carga genética.
Existe um gene, denominado prinp, que é responsável pela síntese da proteína
príon celular (PrPc). Na sua forma normal e saudável, essa proteína, além de participar
do processo de diferenciação neural, ela defende os neurônios de condições que podem
levar à sua destruição. Uma mutação do gene prinp provoca a formação defeituosa da
PrPc, que se transforma em príon. Essa molécula proteica infectante é capaz, ainda, de
alterar a forma de outras proteínas saudáveis, que, a partir daí, também adquirem um
comportamento priônico. Os príons podem até mesmo produzir réplicas de si mesmos
(por mecanismos ainda desconhecidos).
Os príons possuem estruturas bastante estáveis e são resistentes a enzimas
digestivas, calor, algumas substâncias químicas e até à radiação ultravioleta, condições
que normalmente degradam proteínas e ácidos nucleicos. Também não existe nenhum
mecanismo de defesa imunológica capaz de neutralizar essa partícula infectante, o que
torna ainda mais rápida a sua disseminação.
Por ser oriundo de uma proteína do sistema nervoso, os príons afetam
exatamente os neurônios. A infecção por tais moléculas pode ocorrer por herança
genética, consumo da carne de animais infectados, aplicação de hormônios, utilização
de instrumentos cirúrgicos contaminados ou por uma mutação casual. E seja qual for o
mecanismo de infecção, não há procedimento de rotina que possa identifica-los.
As doenças provocadas por príons não têm cura e são frequentemente
classificadas como encefalopatias espongiformes, devido ao aspecto esponjoso que o
cérebro adquire com a infecção. A mais conhecida dessas doenças é a Encefalopatia
Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como mal da vaca louca. Essa
doença é evolutiva e provoca a degeneração dos neurônios de bovinos, que passam a
apresentar comportamentos anormais e morrem dentro de pouco tempo.
Outros exemplos de doenças causadas por príons:

 Kuru – doença de evolução rápida, que, entre outros danos, provoca perda da
coordenação muscular (ataxia) e tremores. Os indivíduios infectatados podem
morrer em até 1 ano após o surgimento da doença.
 Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker – síndrome hereditária rara, de
evolução lenta e progressiva, cujos sintomas são ataxia, perda da coordenação
motora, degeneração do cerebelo e dificuldade de locomoção. Os portadores da
doença começam a desenvolver os sintomas entre os 35 e 60 anos de idade; estima-
se que a sobrevida desses indivíduos seja de 5 anos, contados após o aparecimento
dos sintomas.
 Insônia Familiar Fatal – trata-se de um distúrbio do sono hereditário,
caracterizado principalmente pela incapacidade de dormir. Os sintomas aparecem,
em geral, a partir dos 40 anos de idade, sendo eles, falta de atenção, perda da
coordenação motora, taquicardia, sudorese, entre outros. Tais sintomas evoluem
rapidamente para turvação da consciência, demência e morte.
 Síndrome de Alpers – doença congênita progressiva, cujos sintomas podem
surgir ainda no primeiro dia de vida da criança. O desenvolvimento lento, ataques
apopléticos frequentes, perda das capacidades muscular e intelectual e dureza dos
membros são alguns dos sintomas da doença.

7.2Vírus de Plantas e fungos.

Os vírus de plantas são agentes infecciosos


microscópicos que atingem as plantas, podendo
provocar viroses vegetais. Estes vírus parasitam as
plantas, se multiplicam, podendo levá-las a morte.

Estes vírus são altamente prejudiciais à agricultura,


pois geram prejuízos com a morte de plantas ou
tornando os frutos impróprios para o consumo.

Características principais

Planta acometida pela virose do


enrolamento da folha.

- Grande parte dos vírus de plantas possuem RNA como material genético.
- Possuem a capacidade de causar, nas plantas, a diminuição do crescimento.
Transmissão de vírus entre plantas

- Estes vírus podem ser transmitidos de planta para planta, através de insetos,
nematódeos fitopatogênicos e fungos (endoparasitas presentes no solo).

- A enxertia também é uma maneira de transmissão viral entre plantas.

- Contato físico entre raízes e folhas de uma planta infectada com uma sadia.
- Embora menos comum, pode ocorrer também a transmissão de vírus através do pólen
ou semente de plantas doentes.

Exemplos de viroses vegetais:

- Tristeza dos Citros – atinge principalmente os laranjais, causando podridão da planta.


- Leprose – atinge pés de laranja, limão e de outras árvores que dão frutas cítricas.
- Mosaico do Tabaco – atinge os pés de tabaco.
- Baixeiro – virose que atinge os pés de pimentão e tomateiros.
- Pinta Verde - fitopatologia que atinge os maracujazeiros.
- Vira-cabeça – virose que atinge os tomateiros.
- Amarelo Letal - doença causada pelo vírus PLYV nos mamoeiros.
FUNGOS

Os fungos são organismos heterotróficos, ou seja, alimentam-se de matéria orgânica


e, por isso, existem várias espécies parasitas de animais e plantas que podem encontrar-
se em vários tipos de habitats, desde que a humidade e quantidade de matéria orgânica
sejam adequadas. Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo e estão
incluídos neste grupo organismos de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas
também muitas formas microscópicas, como bolores e leveduras.
Os bolores mais observados na deterioração de alimentos são:
Byssochlamys- deterioração de sucos envasados e conservas de frutas
Cladosporium- comuns em vegetais e frutas
Geotrichum- comuns em queijos e laticínios
Botrytis- causam deterioração em frutas cítricas
Aureobasidium- ocasionam podridão em carnes e camarões
As leveduras então necessitam de um ambiente com mais umidade do que os bolores
para deteriorarem o alimento. Alguns exemplos são a Candida que provoca deterioração
de frutas frescas, vegetais e laticínios, e a Saccaromyces que é amplamente utilizada na
produção de pães, bebidas e álcool. As leveduras também atuam de forma benéfica na
produção de alimentos.

8.Vírus, Medicina e Genetica.


Os vírus não possuem metabolismo próprio, estes só conseguem se reproduzir
no interior das células vivas e, por este motivo, não são considerados seres vivos.
Esses microorganismos são classificados também conforme seus ácidos nucleicos
(DNA ou RNA). Eles reúnem características morfológicas, genéticas e enzimáticas
semelhantes. São formados por uma cápsula de proteína, os capsídeos e, no interior
deste, há o DNA ou RNA. Alguns são chamados de envelopados, já que possuem o
capsídeo formado por uma membrana lipídica resultante da membrana plasmática da
célula que foi invadida.

8.1 O que é reservatório viral?

São animais que possuem vírus (doenças) em si sem ser afetados por eles e que
em contato com outros animais os infectam diretamente ou através de vetores.
O tatu é um reservatório viral.
Os vírus da influenza A estão presentes na natureza em diversas espécies,
incluindo humanos, aves, suínos, cavalos, focas e baleias.
Os vírus influenza B e C têm como reservatório somente seres humanos.

8.2 Formas de Tratamento das Virologias.

O tratamento irá depender de qual doença o indivíduo possui. Na maioria das


vezes, o tratamento é medicamentoso, visando amenizar os sintomas que irão se
manifestar. Outros medicamentos antivirais também são indicados, mas cada um irá
depender da doença que o indivíduo possui. Por isso é extremamente importante a
consulta com o médico, para que ele descubra qual o agente causador e quais as regiões
que foram acometidas, para que possa entrar com o tratamento específico.
As medidas de tratamento geral são destinadas a aliviar os sintomas para que
seja possível descansar o necessário para manter a força e se recuperar sem desenvolver
complicações.Tratamentos genéricos para infecções virais incluem paracetamol ou
ibuprofeno para febre e dores no corpo.

8.3 Prevenção das Doenças Virais.


Para evitar as 5 doenças virais mais comuns e fáceis de pegar, como resfriado,
gripe, gastroenterite viral, pneumonia viral e meningite viral, é fundamental lavar as
mãos frequentemente com água e sabão, especialmente após as refeições, após utilizar o
banheiro, antes e após uma visita a uma pessoa doente, quer esteja internado no hospital
ou em casa.
Outras medidas para não pegar estas ou outras doenças virais, como hepatite,
sarampo, caxumba, catapora, herpes na boca, rubéola, febre amarela ou qualquer virose
incluem:
 Ter um gel antisséptico ou lenços umedecidos antissépticos na bolsa e usar
sempre depois de andar de ônibus, visitar um doente, usar um banheiro público,
ir no aeroporto ou passear pelo shopping, porque qualquer vírus pode ser
transmitido através das mãos que tenha estado em contato com saliva ou
secreções do espirro de uma pessoa infectada;
 Não compartilhar talheres e copos, por exemplo, ou o lanche da escola no
caso das crianças, pois o vírus pode ser transmitido através da boca;
 Evitar conviver ou estar perto de pessoas doentes, especialmente em locais
fechados, onde é mais fácil ficar contaminado, evitando locais como shoppings,
festas de aniversário ou ônibus, pois o risco de contágio é maior;
 Evitar colocar a mão no corrimão da escada rolante ou nas maçanetas das
portas em locais públicos, como os botões dos elevadores, por exemplo, porque
existe uma maior probabilidade de estar contaminado com o vírus das mãos de
alguém infectado que tossiu;
 Evitar comer alimentos crus, principalmente fora de casa, porque o risco de
contaminação é maior em alimentos que estão crus e que foram preparados por
um manipulador de alimentos doente;
 Utilizar máscara sempre que for necessário estar em contato com um paciente
infectado.

8.4 Pandemias, Epidemias e Endemias Virais.

Pandemia: É chamada pandemia qualquer epidemia de doença infecciosa que se


espalhe por uma grande região geográfica, como um continente ou até mesmo todo o
mundo.

Alguns exemplos são a Peste do Egito, a Praga de Antonine, a Praga de


Justiniano e a Peste Negra. A Cólera, Gripe e o Tifo tiveram várias pandemias ao longo
da história.
A Peste do Egito foi uma intensa epidemia de febre tifóide, ocorrida em 430
a.C., durante a Guerra do Peloponeso, que aniquilou um quarto das tropas atenienses. A
Praga de Antonine aconteceu pela primeira vez por volta do ano 170 d.C., e pela
segunda vez por volta do ano 255. Provavelmente foi causada por uma epidemia de
varíola, e da segunda vez chegou a matar 5000 pessoas por dia em Roma.
A Cólera, ou Cólera Asiática, infecção intestinal intensa que atinge apenas os
humanos e é causada por uma bactéria chamada vulgarmente de vibrião colérico, foi
figura de muitas pandemias ao longo da história da humanidade. A primeira foi em
1826, na Índia e na China,
A Gripe, infecção viral bastante conhecida, também figurou muitas pandemias
ao longo do tempo. A primeira foi por volta de 1510, surgindo na África e atingindo
também a Europa. Logo depois houve os surtos de Gripe Asiática, em 1889, Gripe
Espanhola, em 1918, novamente a Gripe Asiática, em 1957, e, por último, a Gripe
Suína, que teve seu surto em 2009.
Por fim, o Tifo, doença transmitida por piolhos, parasitas do corpo humano. A
doença surgiu durante as Cruzadas, atingiu primeiro a Espanha, em 1489, apareceu
novamente em 1542 nos Bálcãs, na Rússia em 1812 e, por último, nos campos de
concentração nazistas da Segunda Guerra Mundial.
No entanto, há agentes biológicos na atualidade que ameaçam causar pandemias,
como foi o caso da Influenza A (H1N1), em 2009. Como pandemias são causadas por
agentes infecciosos contagiosos, a prevenção ainda é a melhor forma de combate.
Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas
regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam
uma doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a
epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país. Exemplo: no
dia 24 de fevereiro, vinte cidades haviam decretado epidemia de dengue.
Endemias: Endemia: a endemia não está relacionada a uma questão
quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando
acontece com muita frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A
febre amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do
Brasil.

9.Os vírus e as doenças viróticas (Descreva brevemente 10 doença viróticas).


Gripe: é causada por vírus diferentes, mas possuem sintomas semelhantes,como
coriza, obstrução nasal, tosse e espirro. Podem ser transmitidos por gotículas eliminadas
pelas vias respiratórias.
Poliomielite: alimentos ou água podem estar contaminadas por vírus que causa
geralmente febre e mal-estar, contudo pode atacar o sistema nervoso e provocar
paralisia podendo levar à morte. Como prevenção há vacina e medidas de higiene.
Dengue: é transmitido por um mosquito Aedes aegypti e se apresenta em duas
formas – clássica e hemorrágica. Pode apresentar como sintomas a febre alta, dores
musculares, articulares, na cabeça e nos olhos, podem surgir manchas avermelhadas.
Para prevenção, é importante não deixar água parada pois, os ovos são colocados nesta.
Febre amarela: também é transmitido pela picada do mosquito. Os sintomas
são febre, vômito, dor no estômago e lesões no fígado o que torna a pele amarelada.
Raiva: ataca o sistema nervoso contraindo os músculos responsáveis pela
deglutição, sendo uma doença fatal. É transmitido pela mordida de animais domésticos
ou não, em caso de animais domésticos é obrigatória a vacinação.
AIDS ou síndrome da imunodeficiência adquirida: é causada por vírus da
imunodeficiência humana. O vírus compromete o sistema imune e, dessa forma, o
organismo fica sem defesa contra diversos agentes infecciosos e, por isso, o doente pode
morrer vítima de uma série de infecções. O vírus pode ser transmitido por fluidos
corporais quando entram em contato com mucosas e pele, em casos de cortes. Também
pode ser transmitido por transfusão ou perfuração com agulhas contaminadas. A maior
prevenção nas relações sexuais é o uso da camisinha.
Pneumonia pode ser viral ou bacteriana. Há um número de diferentes tipos de
vírus que pode entrar no sistema respiratório e pulmões e causar pneumonia.
Os antibióticos não funcionarão se um vírus causa a pneumonia, sendo a
hospitalização e medicamentos necessários para ajudar a limpar os pulmões. Além
disso, muito líquido e descanso são essenciais para que o corpo possa combater o vírus.
Sarampo é tão comum como costumava ser, graças a uma vacina que é dada
para crianças como parte de suas doses de imunização regulares.
Esta infecção viral é caracterizada por pequenas saliências vermelhas que
aparecem no tronco, e algumas vezes no rosto. Este vírus é mais comum em países,
onde a vacina não é rotineiramente dada.
Varicela/ e Herpes-Zoster As duas doenças são causadas pelo vírus
herpes zoster. Ela acontece mais tarde depois que o vírus se torna reativado no
corpo por alguma razão.
Catapora costumava ser uma doença comum na infância, mas com uma vacina
disponível, esta infecção não acontece tão frequentemente em crianças ou adultos. Não
há vacina para herpes-zoster.

10. Classificação dos Virus.

Os vírus podem ser classificados de acordo com a célula hospedeira que eles
infectam: vírus animais, vírus de plantas, vírus de fungos e bacteriófagos (vírus que
infectam a bactéria, que incluem os vírus mais complexos).
Outra classificação usa a forma geométrica de sua cápside (geralmente uma
hélice ou um icosaedro) ou a estrutura do vírus (por exemplo, presença ou ausência de
um envelope lipídico).
Os vírus variam em tamanho de cerca de 30 nm a cerca de 450 nm, o que
significa que a maioria deles não pode ser vista com microscópios de luz. A forma e
a estrutura dos vírus foram estudadas por microscopia eletrônica, espectroscopia de
RMN e cristalografia de raios-X.
O sistema de classificação mais útil e mais utilizado distingue os vírus de acordo
com o tipo de ácido nucleico que eles usam como material genético e o método de
replicação viral que empregam para coaxar células hospedeiras para produzir mais
vírus:
Vírus de DNA (divididos em vírus de DNA de cadeia dupla e vírus de DNA de
cadeia simples), Vírus de ARN (divididos em vírus de RNA de cadeia simples de
sentido positivo, vírus de RNA de cadeia simples de sentido negativo e os vírus de RNA
de cadeia dupla muito menos comuns).
Vírus de transcrição reversa (vírus de DNA de transcrição reversa de cadeia
dupla e vírus de RNA de transcrição reversa de cadeia simples, incluindo retrovírus).

10.1 Virus de DNA de classe 1 (DNA de fita dupla: Adenovirus,Papovavirus,


Herpesvirus, Poxvirus).
Adenovirus são um grupo de virus muito frequentes de genoma de DNA duplo
(dupla hélice) que sobrevivem por longos períodos fora do hospedeiro. Não possuem
envelope bilipídico e são extremamente resistentes. Há 52 sorotipos e a infecção por um
sorotipo não dá imunidade contra os outros.
A transmissão ocorre por inoculação direta na conjuntiva, oral-fecal, goticulas
ou exposição ao tecido ou sangue contaminado. O virus é capaz de infectar diversos
sistemas orgânicos; entretanto, a maioria das infecções é assintomática. Este patógeno coloniza a
faringe de crianças assintomáticas e muitos adultos possuem titulos de anticorpos contra
adenovirus, indicando infecção prévia.
O adenovirus pode provocar uma das grandes sindromes a seguir: doença
respiratória aguda, febre faringoconjuntival, ceratoconjuntivite epidêmica, cistite
hemorrágica aguda, gastroenterite e infeccções adenovirais em imunossuprimidos.

Papovavírus- vírus; são pequenos agentes infecciosos que apresentam genoma


constituído de uma ou várias moléculas de ácido nucleico, as quais possuem a forma de
fita simples ou dupla.

Herpesvírus ou herpesvírus é uma família de vírus cujos genes estão contidos


em uma molécula de DNA (é, portanto, um DNA-vírus).

Embora façam parte da mesma família, cada um desses vírus age de forma
diversa e afeta sistemas diferentes do organismo. As espécies de Herpesviridae mais
disseminadas entre os seres humanos são: HSV-1, que causa o herpes labial; HSV-2,
responsável pelo herpes genital; varicela-zóster, causador da catapora e herpes-
zóster; Epstein-Bar, que causa a mononucleose; e o citomegalovírus.

Esses vírus provocam uma reação imunológica de pequena intensidade que não é
capaz de eliminá-los completamente, o que acaba preservando o genoma viral em
algumas células.
Os sintomas das infecções causadas por herpesvírus variam, mas em geral se
caracterizam por uma infecção latente nas células nervosas que pode ser reativada por
fatores biológicos ou ambientais. As pessoas imunodeprimidas, como as infectadas pelo
HIV, estão mais sujeitas às infecções pelo vírus. A contaminação em geral ocorre por
contato direto ou indireto, por meio de troca de secreções orais e fluidos corpóreos.
Os poxvírus apresentam um genoma composto por uma molécula de DNA dupla
fita que varia de 130 Kpb (parapoxivírus) a 300 Kpb (avipoxivírus) que é unido
por alças de fita simples em suas extremidades. Todos os poxvírus possuem
seqüências denominadas ITR’s (inverted terminal repetitions – repetições terminais
invertidas). Estas seqüências são idênticas, porém orientadas em sentidos diferentes nas
extremidades do genoma. As ITR’s das duas fitas de DNA são ligadas covalentemente
formando alças de fita simples, ricas em adenina e timina, denominadas alças terminais.
A região, de cerca de 100pb,adjacente às alças é altamente conservada e contém
seqüências necessárias para aformação dos concatâmeros durante replicação do DNA e
um conjunto de pequenas seqüências repetidas em tandem(revisado por MOSS, 2001).

10.2 Virus de classe 2 (DNA de fita simples: Parvovírus).

O Sistema de Classificação de Baltimore, criado por David Baltimore, é um


modo de classificação que ordena os vírus em sete grupos, com base na característica do
genoma viral e na forma como este é transcrito a mRNA. Neste sistema, os vírus são e
o Classe II, que é o vírus com DNA simples fita. (e.g. Parvovirus) esta incluso.

Simetria do Nucleocapsídeo do Parvovírus:


• Icosaédrica ou cúbica

Mutação de espectro de hospedeiro

Mutações que permitem a alteração de hospedeiros de um determinado vírus do


original associado com o vírus de campo. Esse tipo de alteração acredita-se tenha
ocorrido com o parvovírus felino, que estendeu seu espectro de hospedeiros e tornou-se
capaz de infectar cães.
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Capítulo – III – Procariontes: arqueias e bactérias

Tipos de Bactérias

O domínio Bactéria é constituído por organismos unicelulares e procariontes


(material genético fica no citoplasma). De acordo com a forma, as bactérias podem ser
bacilos (formato de bastão), cocos (formato de esfera) e espirilos (formato de
sacarrolha).
A reprodução das bactérias é assexuada. Pode ocorrer a divisão binária, com a
duplicação do cromossomo e a célula se dividindo em duas partes, dando origem a duas
bactérias iguais. Existe também o processo de esporulação. O endósporo formado pode
ficar inativo por muito tempo até estar em um ambiente anaeróbico para voltar ao
formato normal, infectando o hospedeiro, ser humano ou animal.

A figura abaixo nos mostra quantos tipos diferentes existentes, e que esta
organização foi assim criada com base nas formas de cada bactéria e em como estão
interligadas:

Diversidades das formas de bactérias

1.1 Bactérias Gram-positivas e gram-negativas

Hans Christian Gram, um bacteriologista dinamarquês, estudou e definiu a


técnica para corar bactérias, a coloração Gram, em 1884. Nesta ocasião,
experimentalmente, corou lâminas com esfregaços (uma espécie de “raspa”,
grosseiramente falando, de um determinado lugar do corpo ou de uma cultura que se
queira fazer a pesquisa) com violeta de genciana e percebeu que se as bactérias
existentes nestes esfregaços uma vez coradas não desbotavam com álcool, se
previamente fossem tratadas com iodo.

Avançando e aprimorando o método, adicionou ainda outros corantes


denominados “contra-corantes”, tais como safranina e fucsina básica. As bactérias
contidas no esfregaço podem ser classificadas como Gram-positivas (aproximadamente
de cor roxa) ou Gram-negativas (aproximadamente de cor vermelha), isto dependerá da
parede celular da bactéria. Se for estruturalmente simples a coloração será positiva, se
for estruturalmente complexa a coloração será então negativa.

Existe um protocolo que se segue para fazer a coração de um esfregaço, com


etapas bem definidas e com misturas de substâncias (solução de cristal violeta; solução
de lugol (iodeto de potássio - KI); solução de safranina e solução de álcool) que
resultarão na coloração positiva ou negativa, como nas figuras abaixo:

Bactérias gram-positivas e gram-negativas.

Esta coloração permite distinguir os mais variados tipos de bactérias e que tipo
de parede celular elas tem (se mais simples ou mais complexas, com mais ou menos
peptideoglicanos – principal componente da parede celular bacteriana). As bactérias que
descorarem quando submetidas à um solvente orgânico são Gram-negativas, e as que
permanecerem coradas mesmo quando em contato com o solvente são denominadas
Gram-positivas.

Estas bactérias de diferentes colorações tem também graus diferentes de


virulência. As Gram-negativas, por exemplo, são constituídas por uma endotoxina
denominada LPS (lipopolissacarídeo), que é causadora da patogenicidade. Já as Gram-
positivas possuem a exotoxina rica em ácido lipoprotéico que confere aderência à
bactéria.

Bactérias Gram-negativas

A parede celular é formada por uma espessa membrana de peptidoglicanos.


Submetidas ao cristal violeta, não perdem a coloração azul-arroxeada no processo de
descoloração. As bactérias gram-positivas não são patogênicas.

Mais de 90% das bactérias gram-negativas são patogênicas. As proteobactérias


compõem a maior parte das bactérias gram-negativas. As principais são:

 Escherichia coli
 Salmonella
 Shigella

Enterobacteriaceae:

 Pseudomonas
 Moraxella
 Helicobacter
 Stenotrophomonas
 Bdellovibrio
 Legionella

Entre outras, como Chlorobi, Chloroflexi, Cianobactérias, Espiroquetas, etc.


Bactérias Gram-positivas

A parede celular dessas bactérias é delgada, com uma segunda camada


constituída por lipídios. Submetidas à técnica Gram, mantém coloração rosa-
avermelhada. Devido à presença da substância chamada LPS, as bactérias gram-
negativas são patogênicas. Por terem as paredes celulares mais complexas, as gram-
negativas são muito resistentes aos medicamentos, inclusive alguns tipos de
antibióticos. As gram-negativas liberam as endotoxinas, que causam danos aos tecidos
do corpo. A reação do sistema imunológico caracteriza-se pela febre, dor, vasodilatação
e choque. Se a quantidade de endotoxinas for muito elevada, o hospedeiro corre risco de
sofrer septicemia e morrer. As gram-positivas não causam doenças e algumas delas
podem ser utilizadas em processos industriais e químicos.

 Filo Firmicutes (Bacilos, Estreptococos, Estafilococos,


Enterococos, Actinobacteria, Listeria, etc).

1.2 Proteobactérias

Trata-se de um filo pertencente ao domínio bactéria, é muito vasto (possui


cerca de 1534 espécies de bactérias) e é composto por organismos de coloração Gram-
negativa. Sendo a maioria desses representantes patogênicos, muitos são relevantes e
alguns são livre-natantes. E ainda fazem parte deste grande grupo as bactérias
responsáveis pela fixação de nitrogênio.

Considerando a etimologia da palavra proteobactéria, este filo tem esse nome


justamente pela variedade de formas estruturais que assume de acordo com a espécie. E
considerando o sequenciamento do RNA ribossômico. Proteobactérias estão divididas
em cinco seções:

• Alfa Proteobactérias. Fazem parte dessa seção a maior parte das bactérias
fototróficas. Alguns cientistas defendem desse grupo de proteobactérias originaram-se
as mitocôndrias de células eucariontes. As proteobactérias alfa podem se desenvolver
rapidamente em ambientes com poucos nutrientes. Como exemplos, temos a
Acetobacter (utilizada pela indústria alimentícia), a Agrobacterium (pode devastar
plantações) e Rickettsia (bactéria parasita)

• Beta Proteobactérias. Esse grupo abrange bactérias aeróbicas, bem como


alguns gêneros quimiolitotróficos e fototróficos. A ação das proteobactérias beta é
importante para a produção de nitrito, que é uma substância química essencial para
diversas funções de plantas. Atuam na fixação do azoto e oxidação da amônia. Entre as
espécies de proteobactérias alfa patogênicas destacam-se o gênero Burkholderia, e a
Neisseriaceae, que causa a meningoencefalite e a gonorreia. A Ralstonia é uma
proteobactéria que ataca batatas e tomateiros.

Proteobactéria do gênero Neisseriaceae

• Gama Proteobactérias. O grupo de proteobactérias gama envolve organismos


patogênicos causadores da cólera (Vibrionaceae), peste (Yersinia), febre tifoide e
enterite (Salmonella), infecções pulmonares em indivíduos internados em hospitais
(Pseudomonas aeruginosa).

• Delta Proteobactérias. Incluem-se nesse grupo as mixobactérias, que são


organismos aeróbicos; e os gêneros anaeróbicos, como as bactérias que atuam na
redução de enxofre (Desulfuromonas), ácido férrico (Geobacter) e sulfato
(Desulfobacter, Desulfonema, Desulfococcus e Desulfovibrio).

• Ípsilon Proteobactérias. Grande parte das proteobactérias ípsilon vive no


aparelho digestivo de humanos e animais. Como exemplos, desse grupo temos a
Campylobacter e Helicobacter, que são patogênicas, e a Wolinella (simbionte).
1.3 Espiroqueta

Essas bactérias constituem um filo, o Spirochaetes. E seu nome, provavelmente,


é por conta da forma espiralada que tem sua estrutura corporal. O movimento que
realizam é ondulatório circulatório (normalmente em volta do próprio corpo). Alguns
gêneros importantes fazem parte deste grupo, tais como: Borrelia (a espécie Borrelia
burgdorferi causa a Doença de Lyme), Leptospira (a espécie Leptospira interrogans
causa leptospirose), Treponema (a espécie Treponema pallidum causa sífilis) e
Spirillum (a espécie Spirillum minus causa a Febre da Mordida Do Rato).

Espiroqueta que causa a sífilis

Treponema pallidum é uma espécie de bactéria gram-negativa do grupo das


espiroquetas. Possui forma espiral, apresentando de 6 a 14 espirais espaçadas e
regulares no centro, diminuindo de amplitude e de periodicidade ao nível das
extremidades, 6 a 10 filamentos axiais e 1 disco de inserção. [1]. Tem cerca de 10
micrômetros de comprimento, com apenas 0,2 micrômetros de largura. Move-se ao
longo do seu eixo longitudinal, tipo "saca-rolhas". Não é cultivável in vitro, sendo
extremamente frágil (sensível à temperatura, humidade e desinfectantes). Tem como
habitat a mucosa urogenital. É anaeróbia facultativa e catalase negativa. A Treponema
pallidum possui 4 sub-espécies:
· T. pallidum pallidum (agente causador da Sífilis)
· T. pallidum pertenue
· T. pallidum carateum
· T. pallidum trirocllium
· T. pallidum endemicum

A doença de Lyme é uma enfermidade infecciosa causada por espiroquetas, mais


especificamente pertencente à espécie Borrelia burgdorferi, que são transmitidos para
os animais e/ou homens, através da picada do carrapato, sendo a principal zoonose deste
gênero. Os primeiros casos de Eritema cronicum migrans (ECM), foram descritos, na
Suécia e na Áustria. Posteriormente, o ECM foi diagnosticado em vários países
europeus, principalmente, na Europa Central. Casos similares aos europeus foram,
também, observados em outros continentes. Em 1977, foi verificado a associação de
ECM e artrite. Os casos foram estudados na cidade de Lyme (Connecticut - EUA). A
partir desta publicação, surgiram as denominações de Artrite de Lyme e Doença de
Lyme.

A febre da mordida do rato, ou febre da mordedura do rato, refere-se a uma


infecção ocasionada por bactérias que podem ser transmitidas por roedores, mais
comumente ratos. O agente etiológico geralmente envolvido nesta doença é o
Streptobacillus moniliformis, bactéria encontrada na cavidade oral e garganta de ratos
saudáveis, sendo, nesse caso, a doença mais conhecida como febre Haverhill. Além
desse agente, menos frequentemente pode resultar de uma infecção pela bactéria
Spirillum menos, mais observada na Ásia. No Japão, esta doença é mais conhecida pelo
nome de Sodoku.

A leptospirose é uma doença infecciosa provocada pela bactéria Leptospira


interrogans. É considerada uma zoonose e ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões
polares. Há predominância por regiões pouco desenvolvidas, com saneamento básico
precário com proliferação de roedores. Os reservatórios são roedores, cães, gatos, bois,
cavalos, cabras, ovelhas. Os animais domésticos (cães e gatos) mesmo vacinados são
portadores e podem eliminar a bactéria junto com a urina.
1.4 Cianobactérias

Extremamente parecidas com as bactérias, as cianobactérias são também


procariontes. São todas autótrofas fotossintetizantes, mas suas células não possuem
cloroplastos. A clorofila, do tipo a, fica dispersa pelo hialoplasma e em lamelas
fotossintetizantes, que são ramificações da membrana plasmática.
Além da clorofila, possuem outros pigmentos acessórios, como os carotenóides
(pigmentos semelhantes ao caroteno da cenoura), ficoeritrina (um pigmento de cor
vermelha, típico das cianobactérias encontradas no Mar vermelho) e a ficocianina (um
pigmento de cor azulada, que originou o nome das cianobactérias, anteriormente
denominadas "algas azuis") . Elas vivem no mar, na água doce e em meio terrestre
úmido. Há espécies que possuem células isoladas e outras que formam colônias de
diferentes formatos.
Cianobactérias, também chamadas de algas azuis ou algas cianofíceas, são
micro-organismos procariontes capazes de realizar fotossíntese, mas não apresentam
fotossistemas organizados em cloroplastos. Por essa razão, elas são, muitas vezes,
comparadas com bactérias e algas.
As cianobactérias surgiram há aproximadamente três bilhões de anos na Terra.
Essa datação é confirmada a partir de fósseis conhecidos como estromatólitos, que
foram formados por esses micro-organismos. Por existirem há tanto tempo, acredita-se
que as cianobactérias foram as responsáveis pela produção do oxigênio que se acumulou
na atmosfera primitiva.

→ Principais características das cianobactérias:

As cianobactérias são organismos fotossintetizantes (autotróficos) que se


assemelham muito às algas unicelulares, entretanto, por não possuírem um núcleo
delimitado por membrana (procarionte), também são muito semelhantes às bactérias.
São unicelulares, mas podem ser encontradas formando colônias ou filamentos. Esses
organismos, no ecossistema aquático, formam o chamado fitoplâncton e constituem a
base da cadeia alimentar desses ecossistemas.
A coloração das cianobactérias é conseguida pela presença de diferentes
pigmentos, tais como clorofila, ficocianinas e ficoeritrinas. Além de promoverem a
coloração desses organismos, os pigmentos relacionam-se com o processo de
fotossíntese.
As cianobactérias são encontradas em diversos habitat, sendo a maioria, no
entanto, de água doce. O grande sucesso das cianobactérias está relacionado com fatores
como sobreviver em ambientes com diferentes tipos de luminosidade, serem capazes de
estocar nutrientes e conseguirem captar nitrogênio atmosférico.

→ Florações de cianobactérias:

Em condições ideais (concentrações de Nitrogênio e Fósforo aumentadas,


temperaturas elevadas e disponibilidade de luz), as cianobactérias reproduzem-se de
maneira exagerada, causando as famosas florações. Essas florações estão muito
relacionadas com o processo de eutrofização, causado, principalmente, pelo homem,
que lança uma grande quantidade de esgoto nas águas. Vale frisar que as florações
desencadeiam mudanças na coloração e gosto da água.

→ Cianobactérias e suas toxinas:

Existem várias espécies de cianobactérias capazes de produzir toxinas, também


chamadas de cianotoxinas. As cianotoxinas funcionam como uma proteção contra
predação e podem causar danos graves se ingeridas pelos seres humanos.

As cianobactérias podem desencadear florações tóxicas


As cianotoxinas podem ser classificadas de acordo com sua ação em
neurotoxinas, hepatotoxinas e dermotoxinas. As neurotoxinas podem causar tremores na
pele, respiração ofegante, desequilíbrio e convulsões quando ingeridas. Já as
hepatotoxinas afetam o fígado e podem causar o aumento desse órgão e hemorragias
que podem levar à morte. Vômitos e diarreia podem ser sinais de ingestão desse tipo de
toxina. Por fim, temos as dermotoxinas, que causam irritação em contato com a pele.
Em locais onde a água é utilizada para abastecimento, deve haver uma constante
análise para evitar que cianobactérias reproduzam-se de forma acentuada. Uma grande
quantidade de cianobactérias pode provocar um aumento de toxinas na água,
provocando riscos à saúde de quem consome.

1.5 Bactérias patogênicas

As bactérias patogênicas são aquelas que atacam o organismo. Elas se opõem


às saprófitas, bactérias presentes naturalmente no organismo e que vivem em harmonia
com o ser humano. As bactérias patogênicas penetram no organismo e podem causar
transtornos mais ou menos severos durante seu processo de desenvolvimento e
multiplicação. Elas podem ser naturalmente eliminadas pelas células de defesa, que as
reconhecem como estranhas. Em caso de reação insuficiente do organismo ou de
resistência dessas bactérias, um tratamento com antibióticos se faz necessário. Pacientes
com imunidade baixa são mais sensíveis às bactérias patogênicas.
As bactérias patogênicas são aquelas que causam doenças, como a tuberculose e
a lepra, além de outras.
Os antibióticos são medicamentos utilizados no combate às doenças causadas
por bactérias; porém, o seu uso não deve ser indiscriminado, isto é, sem receita médica
ou por períodos de tempo incorreto. Isso acaba por selecionar e favorecer linhagens de
bactérias resistentes, dificultando a cura de várias infecções.
A seguir, as principais doenças causadas por bactérias ao ser humano:

 Tuberculose
 Hanseníase
 Cólera
 Tétano
 Difteria
 Leptospirose
 Coqueluche
 Sífilis
 Gonorréia

Vejamos agora alguns sintomas mais marcantes de cada uma dessas doenças:

Tuberculose

É uma doença grave que atinge principalmente os pulmões, mas pode atacar
vários outros órgãos. É causada pelo bacilo de Koch. A transmissão se dá de uma
pessoa doente para uma pessoa sadia, através da saliva ou de objetos de uso pessoal
contaminados.

A tuberculose pulmonar causa tosse, dificuldades para respirar e hemorragias


nos pulmões. É uma doença mortal quando não tratada.

Pode ser controlada por meio de:

 Vacina BCG, ministrada às crianças quando nascem;


 Teste tuberculínico (Mantoux);
 Radiografia dos pulmões;
 Tratamento dos doentes por meio de remédios, repouso e boa
alimentação.

Pneumonia

É outra doença que ataca os pulmões causada por um Diploccocus pneumoniae


(diplococo). Caracteriza- se por dores nas costas, dificuldades para respirar e febre.
Gripes e resfriados predispõem as pessoas à doença. Embora a pneumonia seja uma
doença muito grave, seu tratamento com antibióticos é eficaz.

Leptospirose
É causada por uma bactéria que é transmitida pela urina do rato. É comum
depois das enchentes porque a urina contaminada mistura-se à água. As pessoas que têm
algum ferimento na pele e entram em contato com essa água se contaminam. A
leptospirose afeta todos os órgãos, produzindo hemorragias e comprometendo
principalmente o fígado e os rins. É uma doença grave e mortal e os doentes sobrevivem
quando rapidamente tratados. Pode ser evitada pelo combate aos ratos e pelo cuidado
com a água das enchentes.

Lepra ou Hanseníase

É causada por uma bactéria chamada Mycobacterium Ieprae. Existem três tipos
desta doença:

 “Virshumiana” é a única contagiosa (50% dos casos);


 “Tuberculóide” não é transmissível;
 “Inicial” não é contagiosa..

O primeiro sintoma dessa doença é o aparecimento de manchas claras ou


avermelhadas na pele, espalhadas pelo corpo. As regiões afetadas tornam-se insensíveis
à dor, ao calor e ao frio, O contágio se dá pelo contato direto com as feridas ou através
de gotículas de saliva. A hanseníase é uma doença curável, desde que seja descoberta no
início, por isso é importante procurar o médico diante da menor suspeita.

Febre Tifoide

É causada por um bacilo e provoca febre elevada, diarreia, dores e cansaço. A


bactéria é transmitida por moscas, água e alimentos contaminados. Para evitar a doença,
portanto, é necessário lavar e cobrir bem os alimentos, manter os lixos tampados, beber
água filtrada e tomar vacina, quando isso for recomendado pelas autoridades de saúde
da região.

Tétano

É provocado por um bacilo muito resistente que vive durante muitos anos no
solo. A transmissão pode ocorrer quando as pessoas se ferem com cacos de vidros, latas
velhas, pregos e arames farpados abandonados na terra. Penetrando pelo ferimento, a
bactéria cai na corrente sanguínea, atingindo os órgãos do sistema nervoso, provocando
contrações violentas e dolorosas, rigidez na nuca e cansaço extremo. Se não for tratado,
pode levar à morte.

A prevenção é feita por vacina tríplice em três doses e o soro antitetânico


aplicado em indivíduos que não foram vacinados e sofreram ferimentos profundos.

Cólera

É causada por uma bactéria chamada Vibrio cholerae. Esse vibrião aloja-se nas
paredes do intestino delgado, onde libera toxinas que penetram nas células do intestino.
As células intestinais não são destruídas, mas sim, envenenadas. Numa atitude de
defesa, essas células passam a lançar para fora grande quantidade de água e sais
minerais. É isso que dá origem à diarreia, podendo- se perder até 30 kg de peso em três
dias. Por isso, se não houver tratamento imediato, a vítima pode morrer em pouco
tempo. Para o tratamento usa-se antibióticos específicos para cólera que só existem nos
hospitais.

Meningite

É causada por uma bactéria chamada Neisseria meningitis, que se instala nas
membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os sintomas são: febre alta,
dores de cabeça, rigidez na nuca, etc. Essas bactérias penetram no organismo através do
nariz e da boca. A prevenção é feita por meio de vacina e o tratamento exige o emprego
de antibióticos em hospitais e isolamento do paciente.

Coqueluche

Também conhecida como “tosse comprida”, ataca principalmente as vias


respiratórias das crianças. Inicia-se com uma coriza, confundindo-se com um simples
resfriado. Mais de dez a catorze dias depois ocorrem acessos de tosse seca, que deixam
a criança sem fôlego. Quando procura recuperar o fôlego, ela emite um chiado alto e
estridente. A bactéria que a causa chama-se Bordetelia pertusis.
É transmitida pelas gotículas das secreções respiratórias da pessoa afetada ou por
objetos contaminados. A vacina usada para evitar é a mesma que a do tétano e da
difteria e chama-se tríplice.

Estas são as principais doenças causadas pelas bactérias patogênicas.

1.6 Arqueias

As arqueas chegaram à Terra muito antes das bactérias, já que sempre foram
abundantes desde mais de três bilhões de anos atrás.
Elas ficaram reconhecidas então como archaeobacterias, sendo que Acheos, no grego,
significa antigo. Enquanto isso, todo o resto das outras bactérias foram classificas como
‘eubacterias’. No grego, eu é o significado para verdadeiro.

As arqueas são um dos poucos organismos que sobrevivem em fontes termais

Sendo assim, as arqueas e bactérias passaram a ocupar diferentes grupos no


Reino Modera, já que foi descoberto que suas características não são assim tão similares
umas às outras. Mas poucos ainda são os indivíduos que saibam que existe uma
diferença entre ambas.
Os estudos mais recentes são capazes de provar que as arqueas são, em termos
evolutivos, muito mais relacionadas com outros organismos eucarióticos do que
propriamente dito com as bactérias.
Características em comum:

Tanto as arqueas como as bactérias fazem parte do reino dos seres vivos
procaróticos, sendo que eles constituem o maior número de seres vivos de todo o nosso
planeta.
As arqueas adoraram como habitats naturais ambientes mais externos, como é o
caso das fendas vulcânicas, fontes termais, águas muito geladas ou muito salgadas e
assim por diante. Além disso, muitas são as arqueas que nem se quer contam com uma
parede celular. Mas, em outras, há até mesmo uma estrutura constituída por proteínas
e/ou por polissacarídeos. Enquanto isso, nas bactérias, sempre há a presença dessa
parede e ela é composta pelos peptidioglicanos.
As arqueobactérias são menos conhecidas na sociedade exatamente por esse
fator, já que muitas são as dificuldades para acessar seus habitats naturais e estudar tais
seres. Além disso, coletar seus materiais e entender a complexidade de seus processos
bioquímicos também são algumas dificuldades encontradas pelos estudiosos.
Nos dias de hoje, as arqueobactérias mais conhecidas são:
• As metaogênicas, que são responsáveis pela produção de metano;
• Halófitas, que vivem principalmente nos locais com grande concentração de
sal;
• E por fim, as termoacidófilas, que são aquelas que convivem em ambientes
com temperaturas mais altas, assim como grande acidez envolvida.
Na realidade, é possível concluir que as arqueas são muito similares com as
bactérias, mas foram diferenciadas graças aos componentes tecnológicos que
permitiram melhor análise molecular.
Além da diferença na composição da parede celular, certamente a diferença mais
significante é na própria organização e na atuação dos genes.
Isso porque as últimas pesquisas na área chegaram à conclusão de que os genes
das arqueas estão muito mais próximos dos genes dos seres eucariontes do que das
próprias bactérias.
No que se refere ao formato das arqueobactérias, elas podem ser encontradas em
forma de bastão, forma esférica, achatada, espiralada ou em qualquer outro formato
irregular. Tanto as arqueas de bastões como os irregulares são capazes de formar
colônias.
Similaridades:

Por fim, é necessário concluir que tanto as bactérias como as arqueas podem
desempenhar algumas funções em comum, como é o caso de:

• Decomposição;

• Atuação tanto como fotossintetizantes como também quimiossintetizantes;

• Possibilidade de viver tanto em associação como também dentro de outros


organismos, como parasitas. Por isso, muitas são as bactérias que conhecemos que,
quando em nosso organismo, são capazes de provocar uma infecção ou algum tipo de
doença.

As arqueas, antigamente chamadas de arqueobactérias, são organismos


procariontes pertencentes ao domínio Archaea. Várias características diferenciam-nas
das bactérias:

 O RNA desses organismos assemelha-se mais ao dos eucariontes


do que das bactérias;
 Suas paredes celulares são constituídas de polissacarídeos,
glicoproteínas ou proteínas, não apresentando peptideoglicanas, que são
substâncias presentes na constituição das paredes das bactérias;
 Os lipídios de suas membranas também são diferentes dos
presentes nas membranas dos demais seres vivos;
 A maioria das arqueas são autotróficas quimiossintetizantes,
enquanto as bactérias podem apresentar diversos tipos de vida.

Essa característica permite que elas vivam em locais extremos, onde muitos
outros organismos não sobreviveriam. Geralmente esses organismos apresentam
características que não só os permitem sobreviver nesses ambientes, como também
parecem melhorar em ambientes extremos. Assim, eles são chamados de extremófilos
(do grego, philos, amante - “amantes” de condições extremas) e podem ser divididos
em:
⇒ Halófilos extremos: organismos que vivem em ambientes extremamente
salinos, como o Mar Morto, em Israel. Um exemplo são indivíduos do gênero
Halobacterium.

⇒ Termófilos extremos: organismos que vivem em ambientes extremamente


quentes. Esses organismos vivem próximo de fontes termais submarinas e utilizam a
energia química do gás sulfídrico para sintetizar compostos orgânicos. Um exemplo são
os chamados de “cepa 121”, pois se reproduzem nesses ambientes a uma temperatura de
121°C. Eles possuem adaptações que tornam suas proteínas e material genético estáveis
nessas temperaturas.

Embora sejam conhecidos por viverem em regiões extremas, alguns organismos


vivem em ambientes moderados, como pântanos e vísceras de herbívoros, sendo
chamados de metanogênicos, pois utilizam hidrogênio para reduzir o gás carbônico e
produzir metano.

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