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USO DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS POR ALUNOS DE CURSOS DE

FORMAÇÃO TÉCNICA

Wegner Bruno; Bavaresco Hugo; Martini Mariele; Speroni Katiane

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo realizar evidenciar a utilização de


dispositivos móveis por alunos dos cursos de formação técnica do Colégio
Politécnico da UFSM e Escola técnica da FISMA, analisando o comportamento e
a utilidade dessa tecnologia no ambiente escolar na percepção dos alunos onde
haviam estagiários do Programa Especial de Graduação (PEG) desenvolvendo
atividades de Estágio Supervisionado III. Foi elaborado um questionário contendo
13 perguntas fechadas no qual os participantes informaram os dados
sociodemográficos e sobre utilização de dispositivos móveis e internet na
instituição de ensino, como ferramenta de análise foi feito um estudo transversal,
quantitativo. O presente artigo demonstra a realidade de muitas escolas, pois o
uso dos dispositivos móveis e internet esta cada vez mais presente na sala
tornando necessário que a utilização dos dispositivos móveis no ambiente escolar
tenha uma finalidade, de modo a contribuir na melhoria do desempenho dos
alunos durante as aulas.

Palavras chaves: Dispositivos Móveis, Internet, Cursos Técnicos, Tecnologia da


Informação e Comunicação.

INTRODUÇÃO

Com a globalização e o investimento do uso desenfreado da tecnologia a


favor das vidas dos sujeitos, é possível observar que os dispositivos móveis estão
cada vez mais presentes nas atividades escolares das escolas, seja ensino
fundamental e médio, seja no ensino técnico ou superior. Tais dispositivos estão
por toda parte e são por meio deles que muitas pessoas se comunicam com as
outras, usando como forma de entretenimento, realização de pesquisas, para
registrar acontecimentos, consumo de informações, dentre outras atividades.
Nesta perspectiva, é evidenciada uma constante evolução da tecnologia
móvel. É possível observar uma grande diversidade de dispositivos móveis
ofertada no mercado, incluindo telefones celulares, tablets, leitores de livros
digitais (e-readers), aparelhos portáteis de áudio e consoles manuais de
videogames. Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (UNESCO), aparelhos móveis são definidos como digitais, portáteis,
de propriedade e controle de um indivíduo e não de uma instituição, com
capacidade de acesso à internet e recursos de multimídia, que facilitam uma
variedade de tarefas, especialmente aquelas relacionadas à comunicação
(UNESCO, 2014).
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), no Brasil, o uso de tecnologias móveis obteve um aumento de 58% no
ano de 2015 em relação ao ano de 2014. Dentre os aplicativos mais utilizados,
encontram-se aplicativos de “personalização” como WhatsApp, Facebook,
Messenger, Line e Snapchat. Os aplicativos de “notícias e revistas” aumentou
141% em 2015, no qual ocorre mudança no consumo de conteúdo e notícias das
TVs e computadores para smartphones e tablets (IBGE, 2015).
Atualmente, as tecnologias móveis estão cada vez mais comuns, até
mesmo em áreas de escassez de escolas, computadores e livros. Isso está
relacionado à redução do preço dos dispositivos móveis, que cada vez mais as
pessoas adquirem e aprendem a manuseá-los. Algumas pesquisas apontam que
as tecnologias móveis criam oportunidades educacionais a alunos que não tem
acesso as escolas com alta qualidade (UNESCO, 2014).
Ainda, existem alunos que utilizam os dispositivos móveis
concomitantemente as aulas, seja para fins escolares, sejam para lazer e
comunicação. Esta mudança de comportamento acontece devido ao acesso
ilimitado da internet no ambiente escolar, o que facilita o acesso aos aplicativos
móveis por meio dos dispositivos (UNESCO, 2014). Diante disso, o professor para
cativar e instigar o estudo e participação dos alunos nas aulas desafia-se a todo o
instante, integrando a prática em sala de aula e os conteúdos teóricos ao uso dos
dispositivos móveis e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)).
Neste contexto, o uso de dispositivos móveis como proposta pedagógica
pode oportunizar ao aluno trabalhar sua criatividade, senso de pesquisa, e ao
mesmo tempo, motivar a colaboração, uma vez que o processo de aprendizagem
da criança, adolescente e até do adulto pode se tornar atraente, divertido,
significativo e no auxilio na resolução de problemas que podem ser resolvidos
juntamente com outros alunos. O uso deste recurso pelo professor possibilita a
pesquisa e implementação de aplicativos educacionais para dinamizar suas aulas
(CHARLOT, 2009).
O uso dos dispositivos móveis em sala, gera mudanças nas aulas e no
comportamento de alunos e professores. Para Sturari (2013), o equipamento não
é o mais importante, porém a forma como é trabalhado é que poderá qualificar o
aprendizado do aluno e favorecer a tecnologia dentro da sala de aula. O uso dos
aparelhos em sala de aula torna-se um ato comum entre os alunos para diversas
finalidades. Os professores, por sua vez, devem utilizá-los de maneira favorável à
sua prática pedagógica, evitando que os dispositivos prejudiquem ou atrapalhem
o aprendizado.
Devido a estas questões estarem cada vez mais presentes no cotidiano
dos alunos e professores, optou-se por investigar a percepção dos alunos quanto
ao uso dos dispositivos móveis em sala de aula. Esta inquietação surgiu a partir
da observação no campo de práticas da disciplina de Estágio Supervisionado III
do curso de Formação Especial de Professores de (PEG) da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM), relacionado ao uso dos dispositivos móveis
pelos estudantes de cursos técnicos, justificando este estudo.
Assim, o presente estudo objetivou verificar a utilização dos dispositivos
móveis em sala de aula pelos alunos dos cursos técnicos, bem como verificar sua
funcionalidade nas aulas dos cursos técnicos.

MÉTODO

Este estudo configura-se como um estudo transversal, quantitativo. A


população do estudo constituiu-se de alunos dos cursos técnicos do Colégio
Politécnico da UFSM e Escola Técnica da FISMA, do município de Santa
Maria/RS.
O Colégio Politécnico da UFSM é uma Unidade de Ensino Médio, Técnico
e Tecnológico, regulamentado no Estatuto Geral da UFSM, no qual objetiva
ministrar a Educação Básica, a Formação Inicial e Continuada, a Educação
Profissional Técnica de Nível Médio e a Educação Profissional Tecnológica. O
colégio situa-se no campus da UFSM da cidade de Santa Maria, Região Central
do Estado do Rio Grande do Sul, composta por 59 municípios, representando
36,49% do território gaúcho. O colégio foi criado e incorporado junto a UFSM,
regulamentado por meio do Decreto Lei Federal n. 3864 (24/01/ 1961) e, pelo
Decreto Lei n. 62.178/98, no qual os currículos estão organizados de acordo com
as diretrizes da Resolução CEB/CNE 04/99, cujo foco é a formação por
competências profissionais.
Outro cenário para desenvolvimento do estudo foi a Escola Técnica da
FISMA é uma instituição privada, atualmente é formadora de profissionais de nível
médio Técnico de quatro áreas distintas: Enfermagem, Informática, Radiológica e
Transações Imobiliárias. O Curso de Educação Profissional é regulamentado por
Diretrizes Curriculares nacionais próprias, propostas pelo Parecer CNE/CEB Nº
16/99 e instituídas pela Resolução CNE/CEB Nº 04/99, bem como de normas
estaduais.
As coletas foram realizadas nas turmas onde haviam alunos do Programa
Especial de Graduação (PEG) desenvolvendo atividades de Estágio
Supervisionado III. O Colégio Politécnico da UFSM dispõe de 14 cursos técnicos.
As coletas foram realizadas na turma de 1º semestre do curso técnico em
agropecuária que possui cerca de 120 alunos e tem duração de 30 meses e no 2º
semestre do curso técnico em alimentos, que apresenta 80 alunos em seu total e
tem duração de 24 meses.
Na Escola técnica da FISMA, as coletas foram realizadas na turma de final
de semana do curso técnico em enfermagem. Atualmente este curso possui 96
alunos, com turmas de segunda a sexta diurno, noturno e aos finais de semana. A
duração do curso varia em média 24 meses. Os alunos que participaram do
estudo estão concluindo o 2º semestre ou etapa do curso, totalizando 25 alunos.
Também se realizou coletas no curso Técnico em Informática, no qual possui 19
alunos, com única turma de segunda a sexta noturno e sua duração é cerca de 3
semestres.
Utilizou-se uma amostra não probabilística por conveniência, porém para
evitar vieses em relação ao tamanho amostral, adotou-se o critério de seleção do
tamanho amostral que objetiva estimar o mínimo de sujeitos que necessitam fazer
parte da amostra (HILL, HILL, 2002). Foram acrescentados 20% sobre o total da
população para garantir e para possibilitar a realização de determinados testes
estatísticos. Assim, considerando uma população de 102 alunos dos cursos
técnicos das duas instituições, com a aplicação do referido cálculo, estimou-se um
tamanho mínimo de 81 participantes.
Foram convidados a participar do estudo os 102 alunos dos cursos técnicos
das duas escolas. Destes, 12 não aceitaram participar do estudo. A população
elegível foi de 90 participantes.
Adotou-se como critérios de inclusão ser aluno das turmas no qual os
pesquisadores estivessem desenvolvendo atividades do Estágio Supervisionado
III do Programa Especial de Formação (PEG). O critério de exclusão dos sujeitos
da pesquisa limitou-se àqueles alunos que não estavam presentes no dia da
coleta dos dados, que ocorreram de maio a junho de 2016.
Os alunos que atenderam aos critérios de inclusão foram convidados a
participar do estudo na sala de aula, durante as atividades do estagiário do PEG.
Os alunos participantes foram informados sobre os objetivos da pesquisa,
justificativa, riscos e benefícios do estudo. Mediante a resposta afirmativa, os
pesquisadores disponibilizaram aos alunos o instrumento de pesquisa, sendo
orientados verbalmente como respondê-lo. Os participantes responderam em sala
de aula.
Para coleta dos dados, utilizou-se um questionário contendo 13 perguntas
fechadas no qual os participantes informaram os dados sociodemográficos como
idade, sexo, nível de escolaridade, renda familiar e ocupação. As demais
perguntas foram referentes ao uso dos dispositivos móveis e internet na
instituição de ensino e nas salas de aulas.
Para a inclusão dos dados no processo de análise da pesquisa foi utilizado
o aplicativo Excel 2010 e para análise, a estatística descritiva, em que as
variáveis foram descritas por meio da frequência absoluta e relativa e as
quantitativas pela média de respostas a cada pergunta.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Evidenciou-se que os alunos que participaram do estudo pertenciam ao 1º
semestre (34 alunos), 2º semestre (34 alunos) e 3º semestre ou provável
formando (22 alunos) nos diferentes cursos e instituição. E ainda, que a maioria
dos participantes possui idade entre 18 e 25 anos (66,6%), 61% são do sexo
feminino, 37% possuem renda familiar entre 1.000,00 e 2.000,00 reais, 20%
cursaram ou estão cursando algum curso superior, 67% não possuem outra
ocupação e 34% responderam que dispõe de 2 horas diárias para atividades de
lazer.
Os questionamentos seguintes foram realizados com o objetivo de analisar
o uso dos dispositivos móveis no ambiente escolar. A primeira questão visa saber
se o aluno concorda com o uso de dispositivos móveis em sala de aula. Desse
modo, percebeu-se que 90% dos entrevistados afirmam que o uso dos
dispositivos móveis seria uma ferramenta útil para o ensino.
A faixa etária dos alunos participantes do estudo variou de 18 a 25 anos
(Figura 1). Neste contexto, muitos autores apontam que jovens desta faixa etária
pertencem a uma geração que já esta familiarizada com o uso de tecnologias. Já
as gerações mais novas, nascidas após o ano 2000, são ainda mais dependentes
do uso de tecnologia. Para Novaes (2011), esta geração é chamada de Geração
Z e já se encontra nas carteiras das escolas. Pode ser observado que os sujeitos
pertencentes a esta geração exigem que seja repensado o modelo de ensino,
uma vez que a geração mais nova já possui interação suficiente com as
tecnologias móveis para permitir seu uso junto as técnicas tradicionais de ensino.
Figura 1: Concorda com o uso de dispositivos móveis em sala de aula.

Quando foi questionado os alunos sobre o uso de dispositivos móveis em


sala de aula, 78% responderam que utilizam o dispositivo móvel/internet durante
as aulas (Figura 2). Estes dados tornam-se bastante relevante, pois expressa o
impacto da tecnologia na educação. As tecnologias móveis têm possibilitado que
o processo de comunicação e a difusão da informação ocorram em diferentes
espaços e tempos, sendo duas de suas características a portabilidade e a
instantaneidade. Características que permitem a uma grande parcela da
população o acesso a informação em qualquer lugar e a qualquer tempo, seja em
tempo real ou não (SABOIA, VARGAS, VIVA, 2013).
Nesta perspectiva, o uso de tecnologias em sala de aula permite que
ocorram transformações impactantes no cenário educacional conforme elucida
Silva (2001, p. 37):
O impacto das transformações de nosso tempo obriga a sociedade, e
mais especificamente os educadores, a repensarem a escola, a
repensarem a sua temporalidade. E continua. Vale dizer que precisamos
estar atentos para a urgência do tempo e reconhecer que a expansão
das vias do saber não obedece mais a lógica vetorial. É necessário
pensarmos a educação como um caleidoscópio, e perceber as múltiplas
possibilidades que ela pode nos apresentar, os diversos olhares que ela
impõe, sem contudo, submetê-la à tirania do efêmero.
Figura 2: Utilização de dispositivos móveis em sala de aula.

Após analisar se os alunos utilizam os recursos móveis em sala de aula é


necessário entender de que forma eles os utilizam. Diante desta problemática,
nas questões três e quatro, os alunos foram questionados para que são utilizados
os dispositivos móveis atualmente e como estes dispositivos poderiam ser
incorporados nas práticas pedagógicas, como recurso em sala de aula. Pode-se
verificar que 71% dos alunos responderam (Figura 3) que utilizam os dispositivos
móveis para fins de informação, comunicação e pesquisa técnica. Entretanto,
apenas 29% responderam que utilizam os dispositivos para fins de comunicação
e rede sociais.
Figura 3: Utilização dos dispositivos móveis.

Para Martins (2014), existem quatro motivos para o uso dos dispositivos
móveis em sala de aula: o primeiro deles, o autor alega que o processo atual é de
expansão da sala de aula, pois estes recursos são capazes de levar o
conhecimento a qualquer lugar que o aluno vá. O segundo, os jovens
simplesmente adoram tecnologia e utilizar estes recursos em sala de aula pode
aumentar sua motivação e, consequentemente, o aumento do engajamento da
turma na sala de aula. O terceiro motivo é que o investimento em tecnologia para
a educação é cada vez maior. Nos países mais desenvolvidos, como na Inglaterra
e nos Estados Unidos, o investimento para a tecnologia é, muitas vezes, até
maior do que o valor destinado à educação. E por último, os aplicativos
educacionais estão cada vez mais presentes no mercado, como também, o
desenvolvimento de jogos e softwares com finalidade educativa.

Diante deste contexto, Soares, Mouzine e Pequeno (2011) apontam que o


processo de informatização educacional envolve a ampliação das funções do
docente, no qual favorece para que ocorram as mudanças nas condições e no
processo ensino-aprendizagem. E ainda, a modernização das técnicas de ensino
só terão êxito quando usadas de forma crítica pelos usuários, associada a
realidade educacional de cada escola e aos objetivos pedagógicos para seu uso.
Na Figura 4, observaram-se as respostas dos alunos quantos as utilidades
que o dispositivo móvel poderia ter em sala de aula. Das opções disponíveis, 8%
responderam que utilizariam os dispositivos móveis para calcular, 27% para
realizar pesquisas de conteúdos técnicos e 65% utilizam para calcular, pesquisar
conteúdos técnicos e fazer traduções para outras línguas.

Figura 4: Como poderiam ser utilizados os dispositivos móveis em sala de aula.

Papert (1994) e Tajra (2001) defendem o uso de tecnologias nas escolas


como recurso auxiliar na construção de novos conceitos, possibilitando que o
processo de aprendizagem ocorra de forma mais prazerosa. Nesta perspectiva, o
uso de dispositivos móveis como Smartphones e Tablets podem abrir muitas
oportunidades do aluno trabalhar a sua criatividade, ao mesmo tempo em que se
torna um elemento de motivação e colaboração, uma vez que o processo de
aprendizagem se torna, atraente, divertido, significativo e auxilia na resolução de
problemas (TAJRA, 2001).
Ao questionar aos alunos se eles gostariam de fazer atividades
relacionadas aos conteúdos de sala de aula com o auxílio de dispositivos móveis
(Figura 5), 89% responderam que são a favor do uso do dispositivo móvel em sala
de aula. Nesse contexto, a tecnologia móvel veio para ficar e permear as
gerações mais novas, assim como o uso da máquina de escrever e do
computador influenciou as gerações passadas. Desta forma, percebe-se a
necessidade de compreensão deste novo tempo, onde novas características
tornam-se pertinentes para o processo educacional, utilizando como ferramenta
as tecnologias móveis (SABOIA, VARGAS, VIVA, 2013).

Figura 5: Realização atividades relacionadas aos conteúdos de sala de aula com o auxílio de
dispositivos móveis.

Para acompanhar este processo de evolução tecnológica e para continuar


a atingir os objetivos associados ao ensino e aprendizagem, a escola tem que “se
reinventar”, se assim for o desejo de sobreviver como instituição educacional.
Desta forma, torna-se imprescindível que o professor se aproprie de alguns
saberes oriundos da presença das tecnologias digitais da informação e da
comunicação em sala de aula, para que possam ser incorporadas como princípio
educativo, envolvendo a prática pedagógica (SERAFIM, SOUSA, 2011).
Neste contexto, a articulação e a mediação que o docente desenvolve em
sua prática pedagógica entre os dispositivos tecnológicos, as ferramentas de
multimídia e os discentes em sala de aula, depende de como o professor entende
todo este processo de transformação de suas práticas e de como ocorre sua
relação frente a as mudanças tecnológicas globais (SERAFIM, SOUSA, 2011).
Sua visão pedagógica quanto a aplicabilidade destes recursos e a análise de seu
trabalho com os alunos torna-se necessária neste processo, pois a percepção da
inserção das tecnologias em sala de aula pode ser benéfica ao desenvolvimento
do seu trabalho com a turma ou não.
Tal percepção depende de como o docente se relaciona com a tecnologia
no seu cotidiano e se tem uma visão favorável sob o uso dos dispositivos em sala
de aula. Sua posição também pode ser contrária, ocorrendo a alegação de que o
uso dos recursos tecnológicos no decorrer das aulas torna-se objeto de dispersão
ou de ameaça aos objetivos do trabalho pedagógico.
Diante do exposto, pode-se evidenciar que os usos dos dispositivos móveis
estão cada vez mais inseridos no universo educacional, em especial, seu uso
pelos alunos em sala de aula. Frente a isso, torna-se necessário que o professor
conduza a sua utilização para fins pedagógicos, favorecendo o processo de
ensino-aprendizagem dos sujeitos. Por estar cada vez mais difundido no meio
escolar, estes dispositivos podem torna-se uma excelente ferramenta para
desenvolvimento de atividades como pesquisas acadêmicas com intuito de
colaborar para o bom andamento das aulas.

CONCLUSÃO

O presente artigo demonstra a realidade de muitas escolas do país, pois os


usos dos dispositivos móveis estão cada vez mais presentes nas salas de aulas.
Os alunos estão cada vez mais interligados ao mundo tecnológico, buscando
sempre se relacionar e comunicar através de dispositivos móveis. A presente
pesquisa teve o intuito de analisar o comportamento e a utilidade dessa
tecnologia no ambiente escolar na percepção dos alunos, onde os mesmos
relataram de forma sucinta como utilizam esses recursos durante as aulas e de
que forma os professores poderiam introduzir o uso de dispositivos móveis em
suas práticas pedagógicas.
Diante dos dados, torna-se necessário que a utilização dos dispositivos
móveis no ambiente escolar tenha uma finalidade, de modo a contribuir na
melhoria do desempenho dos alunos durante as aulas. Também, é possível
perceber que é necessário que o docente desenvolva um planejamento eficiente e
que organize a metodologia das aulas para inserção destes recursos em suas
práticas pedagógicas com intuito de auxiliar e não prejudicar o ensino
aprendizagem dos alunos. Desse modo, dispositivos móveis não sejam objetos de
dispersão, mas recursos para agregar o conhecimento, utilizando-se da
criatividade e de atividades de diversão.
Portanto, torna-se importante que os professores utilizem os dispositivos
móveis para interação como ferramenta educacional, além de utilizá-lo como meio
de comunicação com os alunos. Também, torna-se necessário buscar novos
parâmetros para utilização dessa tecnologia com meio educacional de forma que
o mesmo contribua de forma significativa para uma educação com qualidade.
Assim, isso demonstra que aliar os recursos digitais e tecnológicos ao ensino
pode gerar resultados positivos para educação.

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