Está en la página 1de 31

40D85360-0379-481E-BCD0-40B25E01A3E5

Theatro da Paz - Inaugurado em fevereiro de 1878, foi erguido em estilo neoclássico no período áureo
do ciclo da borracha. Apesar de ter sido inaugurado de forma simples, foi se embelezando com o
decorrer do tempo, principalmente pelas pinturas com motivos gregos clássicos, sempre com elementos
da cultura amazônica presente. Entre os autores das pinturas, estão o pintor pernambucano Armando
Baloni com as "musas da música ladeadas pela floresta amazônica" (1960), no Salão Nobre e Domenico
D'Angelis, e Capranese com a "Chegada do Deus Apolo conduzindo as musas das artes" (1885), na parte
interna do teatro. Em 1905 ganhou uma reforma, chegando a sua forma definitiva. A mobília encontrada
no seu interior é toda original e importada da Europa, principalmente da França. A sala de espetáculos
comporta 900 lugares. No meio da pintura, foi colocado um lustre americano onde antes ficava um
ventilador para amenizar o calor. O espaço continua a receber festivais de ópera além de ter uma
programação freqüente de teatro. Há visitas guiadas de hora em hora. Rua da Paz, s/nº, Centro, tel.
4009-8750. Ter. a sex., das 9h às 17h; sáb., das 9h às 13h. www.theatrodapaz.com.br

Forte do Presépio - Trata-se da primeira construção da cidade, datada de 1616, na época uma edificação
de madeira coberta de palha. Foi palco de duas intensas batalhas internas: a primeira delas foi uma
espécie de revolta dos tupinambás contra os portugueses. Os índios deram bastante trabalho aos
colonizadores, pois as várias aldeias tupinambás se uniram em torno do líder Guamiaba (também
conhecido como cabelo de velha), formando um exército de 10 mil guerreiros. No entanto, ele acabou
morrendo em uma das batalhas e os tupinambás fugiram para dentro do continente, abandonando a
região litorânea. A partir daí, o Forte do Presépio ganhou estrutura mais resistente. Foi palco também
do movimento nativista Cabanagem, sufocado igualmente pelas tropas da Coroa. Para expor objetos e
outras peças de culturas marajoaras e tapajônicas, criou-se o Museu do Encontro. As peças em
exposição procuram demonstrar as características da presença humana no período pré-histórico e
histórico do local por meio de machados, urnas funerárias, muiraquitãs (espécie de amuletos
tapajônicos feitos em forma de sapo), tangas de cerâmica usadas por mulheres marajoaras, vasos de
gargalo usados para uso de substâncias alucinógenas pelo povo que habitava a região do rio Tapajós,
moedas da coroa portuguesa, cachimbos, armamento ocidental e garrafas de bebidas alcoólicas. Há,
também, espaço expositivo de arte contemporânea no fosso do forte. As obras de arte ficam expostas
por período determinado. Espaço Feliz Lusitânia, praça D. Frei Caetano Brandão, s/nº, Cidade Velha, tel.
(91) 3219-1134. Ter. a dom., das 10h às 18h. Entrada paga.

Casa das Onze Janelas - Esta casa, além de ter uma arquitetura bela, abrigar um centro cultural e ficar
na beira do rio Guamá, possui um passado histórico que mostra um pouco como as coisas funcionavam
na época da colônia. Construída para ser residência do senhor de engenho Domingos da Costa Bacelar,
em 1768 foi confiscada pelo Governo de Portugal para abrigar o Hospital Real. Até hoje, o local mantém
aspecto rústico das construções antigas, principalmente no seu interior. Em 2001, o estado do Pará
assinou um convênio com o Exército e criou um espaço cultural. Hoje em dia, ela se tornou um destino
turístico importante, abrigando eventos culturais e o bar Boteco das 11, local de boemia e gastronomia
importante na cidade de Belém. Além disso, virou referência em arte contemporânea para as regiões
Norte e Nordeste. Praça Frei Caetano Brandão, s/nº, Cidade Velha, tel. (91) 4009-8821. Ter. a dom., das
10h às 18h.

Mercado Ver-o-Peso - Geralmente, os mercados públicos de cada cidade mostram um pouco o caráter
de cada povo. No mercado de Belém não é diferente: as características do modo de ser de seu povo são
tão excêntricas que ficam estampadas em cada setor que o turista vasculha. Vai desde o local onde
ficam as barracas de essências, com as mandingueiras verbalizando os poderes de suas preparados em
forma de lenda popular, até os setores onde estão as frutas típicas, temperos, artesanatos, folhas da
região e ervas especiais. A origem do mercado remonta ao século 17, quando a Coroa Portuguesa
resolveu taxar as mercadorias que vinham do interior da Amazônia, batizando o local como a Casa do
Haver-o-Peso. Desde esta época, os barcos atracam todo dia (menos aos domingos) do lado do Mercado
de Peixes antes do sol nascer, trazendo principalmente pescados, entre outras mercadorias. O ponto
negativo é a quantidade de urubus que circundam o local por conta das carcaças de peixes que são
atiradas no ancoradouro do rio Guamá. O turista deve também tomar cuidado com os pertences que
carrega. Outros prédios de destaque da feira são o Solar da Beira e o Mercado Municipal de Carne. O
primeiro é uma construção em estilo neoclássico que serviu em sua origem como ponto de fiscalização
municipal do local. Atualmente, é ponto para exposições culturais, geralmente ligadas a assuntos da arte
amazônica e indígena. O Mercado de Carnes está em processo de reforma e foi desenhado por Francisco
Bolonha, famoso engenheiro que habitou Belém no começo do século 20. O ideal é visitá-lo bem cedo,
pela manhã, pois o turista vai pegar o que há de melhor em produtos na feira.

Nos arredores do mercado há também a Feira do Açaí, mas se o visitante quiser ver alguma coisa, vai ter
que madrugar: depois das 8h, a feira deixa de existir pois o açaí é consumido em poucas horas,
justamente no momento em que é desembarcado. Ou seja, mais um motivo para chegar cedo. Boa
parte do açaí comercializado sai do local para ser exportado. Toda a quantidade que chega ali vem das
ilhas que ficam nos arredores de Belém e também de Ponta de Pedras, município da Ilha de Marajó,
chegando de barco num ancoradouro ao lado das muralhas do Forte do Presépio. As cestas amontoadas
umas sobre as outras, o contraste da folhas verdes de bananeiras com o modo colorido de se vestir do
povo paraense e as linhas de bonde que brotam do chão antigo do local são belezas do passado que se
afloram no presente.

Para completar o cenário, ao lado da feira há a praça Siqueira Campos que, a partir de 1930, passou a
ser conhecida como Praça do Relógio por conta do aparelho que foi instalado em seu centro, importado
da Inglaterra. O relógio possui 12 metros de altura e figuras alusivas às quatro estações do ano. As
fachadas dos velhos casarões completam a paisagem do complexo do Mercado Ver-o-Peso, cheia de
história e beleza. Av. Boulevard Castilhos França, s/nº.

Espaço São José Liberto - O local em sua origem era um convento dos missionários franciscanos e o
prédio foi finalizado em 1749. Chegou a ser hospital, quartel, olaria e por último foi presídio. Foi
desativado para se transformar no Espaço São José Liberto em 2002, reunindo o Museu de Gemas do
Pará, o Pólo Joalheiro, a Casa do Artesão e uma capela onde há concertos de música clássica. Há
também espaço para eventos e apresentações folclóricas. A Casa do Artesão é uma espécie de
cooperativa onde o artesão coloca seu material a venda por consignação. Mas o mais interessante de se
ver no local é o Museu de Gemas do Pará. Na entrada, há uma drusa de quartzo hialino de 2,5 toneladas
encontrada no Vale do Rio Araguaia. São 4 mil peças em forma de pedras em estado bruto e lapidadas, a
maioria de origem do próprio Estado do Pará. Entre os tipos encontrados há a esmeralda do Tocantins,
ametista de pau-d'arco, cristais de rocha e diamantes. Por meio da orientação monitorada, o turista vai
saber um pouco mais sobre gemas. Praça Amazonas, s/nº, tel. (91) 3230-4452. Ter. a sáb., das 9h às 19h;
dom., das 10h às 19h.

Estação das Docas - Aberto à população em 2000, foi criada junto com o processo de revitalização do
antigo porto de Belém. Logo se tornou um dos principais cartões postais da capital paraense, unindo
atividades culturais, gastronomia e boemia, além de ser mais um destino turístico da cidade. Guindastes
antigos dão o clima charmoso no fim de tarde, onde os turistas e moradores de Belém sentam para
beber algo em seus bares e jogam conversa fora. Os restaurantes praticamente viram bares às sextas-
feiras, sábados e domingos à noite, com os freqüentadores sentados nos terraços à beira da baía do
Guajará. A parte cultural do local foi cuidada por meio de projetos que acontecem semanalmente (ligue
antes para confirmar). Um deles, o Pôr-do-Som, traz grupos folclóricos da região, especialmente o siriá e
o carimbó, sex., a partir das 18h, no Anfiteatro do Forte de São Pedro Nolasco. No mesmo local, dom., às
17h30, acontecem apresentações de diversas companhias de teatro da cidade. Existem ainda duas salas
de cinema e a Sala de Teatro Maria Sylvia Nunes. Fechando a parte cultural, há uma exposicão
permanente localizada no Boulevard das Artes e intitulada Memorial do Porto e Arqueologia Urbana. O
local reúne restaurantes de diversos estilos, desde italiano até o mais regional e famoso, como o Lá em
Casa. Vale ressaltar as pequenas lanchonetes que servem tapioca ou açaí com peixe, além da famosa
sorveteria Cairu, que oferece sabores de frutas regionais. Lojas e feiras de artesanato também são
atrações na Estação das Docas. A feira, que acontece no Armazém 1 tem quiosques que vendem artigos
regionais como bijuterias, souvenires, artigos indígenas, tapeçaria e tecelagem. Há também lojas de CDs,
livros, entre outras coisas no decorrer dos 500 metros que englobam os três armazéns. No local, existem
passeios fluviais. Informe-se no pequeno porto, perto do anfiteatro sobre os horários e preços. Av.
Boulevard Castilhos França, s/nº, Campina, tel. (91) 3212-5525. Visitação da orla e armazéns: seg. e ter.,
a partir das 10h; qui., sex. e sáb., das 10h às 3h; dom., das 9h às 0h. Mezanino e barracas: seg. a sex.,
das 12h às 22h; sáb., das 10h às 22h; dom., das 9h às 22h. www.estacaodasdocas.com.br

Corveta Solimões - Atracada por trás da Casa das 11 Janelas, a corveta, espécie de navio pequeno usado
para patrulha anti-submarina, foi transformada em museu graças a um convênio entre a Marinha do
Brasil e o governo do Estado do Pará. Quem se interessa por instrumentos de navegação,
principalmente de guerra, vale a pena conhecer. A visita é realizada com a presença de monitores que
acompanham os visitantes aos diversos locais da embarcação. Há bonecos de cera pelo trajeto, inclusive
um deles é a réplica do último almirante de esquadra da embarcação, o Sr. José Alfredo Lourenço dos
Santos. Praça Frei Caetano Brandão, s/nº, Cidade Velha. Ter. a dom., das 10h às 17h. Entrada paga.
Memorial dos Povos - Espaço cultural de seis mil m² projetado pelo arquiteto José de Andrade Raiol,
inclui museu, anfiteatro, cinema e o Palacete Bolonha. O palacete tem cinco andares, contando com o
sotão. A visita é monitorada. O memorial também tem um espaço para exposições temporárias. Além
disso, possui programação cultural extensa, seja de música, teatro ou cinema. Av. Governador José
Malcher, 257, Nazaré, tel. (91) 4008-9400. Ter. a sex., das 9h às 18h; sáb., dom. e feriados, das 9h às
13h.

você deve conhecer.

Follow

Compartilhar

Tweet

1. Museu Nacional

8.7

Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, RJ

Museu · Quinta da Boa Vista · 83 dicas e avaliações

Rodrigo Gomes: Visitas de terça a domingo, de 10h às 16h. valores: criança até 5 anos e
idoso não pagam. Maior de 5 até 10 anos (1 real). Acima de 10 anos, (3 reais)
2. Biblioteca Nacional

8.7

Av. Rio Branco, 219, Rio de Janeiro, RJ

Biblioteca · Centro · 77 dicas e avaliações

Alê Mazzariolli: Para quem gosta de arquitetura e leitura, visitar a biblioteca do RJ é voltar
ao passado,lembrar de fatos históricos, da arquitetura de detalhes, curiosidades de Carlos
Drummond e as relíquias do país Leia mais.

3. Forte de Copacabana
9.4

Pç. Cel. Eugênio Franco, 1, Rio de Janeiro, RJ

Base Militar · Copacabana · 273 dicas e avaliações

Rio é 10!: O Forte está aberto a visitação de terça a domingo. O ingresso é R$ 4,00,
estudantes e idosos pagam meia-entrada, militares, maiores de 80 anos e grupos escolares não
pagam pela visita.

4. Confeitaria Colombo

9.1

R. Gonçalves Dias, 32, Rio de Janeiro, RJ

Confeitaria · Centro · 1123 dicas e avaliações

Mariana Musa: Parada obrigatória para quem estiver passando pelo centro da cidade e
desejar fazer um lanche. Além dos deliciosos salgados, você ainda pode conferir sua bonita
arquitetura.
5. Igreja e Mosteiro de São Bento

9.6

R. D. Gerardo, 68, Rio de Janeiro, RJ

Igreja · Centro · 56 dicas e avaliações

Daniella Myrian: O local é lindíssimo e a missa solene é demais

6. Paço Imperial

8.9
Pça. XV de Novembro, 48, Rio de Janeiro, RJ

Monumento / Marco · Centro · 32 dicas e avaliações

Zé Renato Cella: Não deixe de ir ao Restaurante Atrium - +55 21 2220-0193, que fica no
interior do Paço Imperial. Leia mais.

7. Theatro Municipal do Rio de Janeiro

9.6

Pç. Mal. Floriano, s/n, Rio de Janeiro, RJ

Teatro · Centro · 256 dicas e avaliações

Clube do Assinante O Globo: A principal casa de espetáculos do país é uma das Sete
Maravilhas do Rio. O teatro foi totalmente restaurado em 2010 e teve suas instalações
modernizadas. Um verdadeiro monumento à beleza e à arte. Leia mais.
8. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Av. Brasil, 4365, Rio de Janeiro, RJ

Prédio do Governo · Manguinhos · 33 dicas e avaliações

Hugox Rocha: Entre trabalhos e passeios, esse lugar é incrivel!

9. Parque Lage

9.5

R. Jd. Botânico, 414, Rio de Janeiro, RJ


Parque · Jardim Botânico · 444 dicas e avaliações

'@BrunoSwell ♔: Ótimo lugar para fotografar, visitar as exposições, fazer piquinique


com a criançada, ficar sozinho com a natureza, namorar, fazer cursos de pintura e muito mais.

10. Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária

9.2

Pç. Pio X, s/n (Av. Pres. Vargas), Rio de Janeiro, RJ

Igreja · Centro · 66 dicas e avaliações

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI


NATHÁLIA SANTOS MENEZES
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS E SUAS


PATOLOGIAS

Orientador Prof. Marcos Vinícius Teles Guimarães

São João del-Rei/MG


2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
NATHÁLIA SANTOS MENEZES
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS E SUAS


PATOLOGIAS

Trabalhomonográfico apresentado para obtenção


parcial de créditos na disciplina Metodologia da
Pesquisa Científica, ministrada pelo professor Luís
Paulo Rouanet.

Orientador Prof. Marcos Vinícius Teles


Guimarães

São João del-Rei/MG


2012
2
RESUMO
Milenarmente utilizadas em diversas partes do mundo, as alvenarias
tradicionais são técnicas elaboradas a base de terra e pedra. Essas apresentamuma diversidade de
tipos que são erigidos com base na disponibilidade de material e
recursos encontrados nas regiões produtoras.
A proposta do trabalho parte do estudo dos tipos de alvenarias históricas
presentes no estado de Minas Gerais e seus respectivos materiais constituintes,
bem como as principais patologias encontradas nessas edificações, cuja ocorrência
ameaça a preservação doimóvel. Além disso, trabalhou-se a importância das
fundações e dos telhados para o bom desempenho da construção.

Palavras chave: Alvenaria histórica, técnica, patologia e construção.

3
AGRADECIMENTO
A realização desse trabalho tornou-se possível devido à colaboração do
professor Marcos Vinicius, que dispôs de muita paciência e dedicação durante as
orientações.
Aos colegas declasse pelo companheirismo durante as aulas e nos
momentos de dificuldade.

4
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 - Tijolos de Adobe.....................................................................................11
FIGURA 2 - Confecção de uma parede em pau-a-pique.......................................... 12
FIGURA 3 - Detalhe do apiloamento de uma parede em taipa depilão....................12
FIGURA 4 - Muro em cantaria de pedra seca............................................................13
FIGURA 5 - Parede em pau-a-pique em alto grau de desagregação........................15
FIGURA 6 - Fendilhação encontrada na edificação “Fortim dos Emboabas” em São
Joãodel-Rei/MG.........................................................................................................16
FIGURA 7 - Formação de lascas na superfície da parede na edificação “Fortim dos
Emboabas” em São João del-Rei/MG........................................................................17
FIGURA 8 - Peça de madeira deteriorada devido à ação de insetos........................18
FIGURA 9 - Ocorrência de Umidade na cobertura devido a problemas
deinfiltração....................................................................................................................20

5
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7
2. PRINCIPAIS MATERIAIS UTILIZADOS E OS TIPOS DE ALVENARIAS
EMPREGADAS........................................................................................................... 9
2.1 Adobe ......................................................................................................... 10
2.2 Pau-a-pique ................................................................................................ 11
2.3 Taipa de pilão ............................................................................................. 12
2.4 Cantaria em pedra secaou com argamassa .............................................. 13
3. PRINCIPAIS PATOLOGIAS ENCONTRADAS EM EDIFÍCIOS HISTÓRICOS ... 14
3.1 Desagregação ............................................................................................ 14
3.2 Fendilhação ................................................................................................ 15
3.3 Ação de água...
CONSTRUÇÕES ANTIGAS: ESPAÇOS DE MEMÓRIA
Lucas Rosendo dos Santos Farias (1); Magdiel Joctã dos Santos Gomes (2); Camila Macedo
Medeiros (3); Márcia Farias de Oliveira e Sá (4)
(1) IF Sertão PE Campus Salgueiro, fariaslucsantos@hotmail.com; (2) IF Sertão PE Campus Salgueiro,
magdielj92@gmail.com; (3) IF Sertão PE Campus Salgueiro, Camila.medeiros@ifsertao-pe.edu.br; (4) IF Sertão
PE Campus Salgueiro, Márcia.farias@ifsertao-pe.edu.br
Resumo do artigo: O sertão nordestino guarda uma rica gama de acervo patrimonial histórico e
arquitetônico, são referenciais que contam a história do sertão e do sertanejo. Na cidade de
Salgueiro-PE e
zona rural especificamente, se concentra grande parte dessas riquezas históricas. Cada
patrimônio mostra a
grandeza e os valores do sertão, desmistificam o pensamento de que é um lugar atrasado, no qual
não há
inovação ou acontecimentos históricos relevantes. Através do reconhecimento e levantamento
desse
patrimônio foi possível passear pela história do sertão e entender como se deu o processo de
ocupação desse
espaço. Esse trabalho mostra os valores do sertão em cenário nacional e mundial, mostram a
participação
desse pedaço do Brasil na construção da sociedade, isso por meios políticos, de inovação e,
sobretudo pelo
jeito de ser do sertanejo.
Palavras–chave: Cultura, georreferenciamento, história, patrimônio e sertão.
INTRODUÇÃO
O município de Salgueiro fica localizado no centro do sertão pernambucano, conhecido como
“Encruzilhada do Nordeste” por ser cortado pelas BR’s 232 e 116, ficando a pouco mais de 500
quilômetros de quase todas as capitais do nordeste. A cidade tem como principais atividades
econômicas o comércio varejista, agricultura e pecuária de subsistência.
É esse município do semiárido pernambucano que guarda uma rica gama de patrimônio
histórico e arquitetônico, grande parte estudada e caracterizada pelo projeto de pesquisa
“Levantamento do patrimônio histórico e arquitetônico de Salgueiro”. Dentre esses tem destaque
o
patrimônio arquitetônico presente tanto na sede do município como na zona rural.
No quadrante da igreja catedral o acervo é composto por residências construídas no final do
século XIX e início do século XX, bem como a própria igreja, uma edificação do século XVIII
com
estilo neogótico, foi primeiramente uma capela, construída para cumprir uma promessa. A igreja
passou por várias reformas, até os anos 50 suas portas e janelas possuíam arcos ogivais, que
foram
substituídos por arcos romanos em uma reforma ainda nos anos 50. Na entrada lateral existe uma
parede que foi transformada em altar, mas ainda preserva esse modelo.
Existem outras edificações antigas em outros pontos da cidade, como o chalé do coronel
Veremundo Soares, próximo ao quadrante, o Museu do Couro, que fica no prédio da antiga
cadeia
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
pública e outras residências mais simples, porém com características que mostram que foram
construídas na mesma época das demais.
Na zona rural existem construções ainda mais antigas, cada uma com sua peculiaridade. As
residências mais antigas foram construídas em 1811 e 1910, localizadas na fazenda Bezerro dos
Lopes e Icó respectivamente, a do Bezerro dos Lopes tem ao seu lado uma construção que
impressiona, uma cerca de pedra construída sem a utilização de aglomerante, as pedras foram
apenas encaixadas. Ainda na zona rural existem ruínas de uma antiga usina de caroá, que
pertenceu
ao coronel Veremundo Soares, e de uma antiga estação ferroviária que fazia linha até a capital
pernambucana.
A maioria das residências do quadrante da igreja catedral está protegida por uma lei
municipal, mas em algumas os moradores fizeram modificações, restando poucas que preservam
as
características originais. Na zona rural nenhuma das construções citadas acima está sob proteção
de
alguma lei, sendo que algumas estão sofrendo por ações do tempo e estão em risco.
O patrimônio arquitetônico do município é desconhecido por uma grande parcela da
população, mesmo os que estão na zona urbana, no centro da cidade. As pessoas não têm noção
da
importância histórica de cada uma dessas construções, por trás de cada uma escondem-se muitas
memórias, histórias de cidadãos anônimos que revelam pontos importantes sobre a história
política
e social do município, a ocupação e apropriação do espaço.
Essa pesquisa objetivou fazer um levantamento e caracterização desse conjunto de
patrimônio, para assim fazer com que venha ser conhecido pelo povo salgueirense. Através da
realização desse trabalho espera-se movimentar a economia da região por meio do setor do
turismo.
MATERIAL E MÉTODOS
Para o desenvolvimento dessa pesquisa foram feitos estudos em materiais bibliográficos,
como manuais de arquitetura e materiais sobre patrimônio edificado e memórias, bem como o
projeto de pesquisa desenvolvido no ano anterior.
A identificação e caracterização dos locais foram feitos através de visitas de campo, em cada
local foi feito o georreferenciamento com a utilização de um GPS, para coletar os dados
geográficos
necessários para a produção do mapa. Foi feito o registro fotográfico e foram realizadas
entrevistas
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
com proprietários e moradores locais, todas as informações foram organizadas em uma ficha
elaborada para esse fim. Antes de iniciar a pesquisa de campo era necessário entender alguns
pontos
cruciais, como o conceito de patrimônio histórico-cultural, arquitetônico e de memórias, pontos
que
deram base para realização desse trabalho.
Podemos entender como Patrimônio Histórico-Cultural tudo aquilo que se
relaciona com a identidade de um povo, todas as manifestações materiais ou
imateriais que diferenciam um grupo dos demais, que representam
simbolicamente suas particularidades ou que estão intrinsecamente ligadas ao
seu dia-a-dia (Lezo, Denise; et al). Essa defnição afrma como patrimônio as
obras arquitetônicas do município de Salgueiro, pois se percebe que estão
relacionadas com a identidade do povo sertanejo e os diferenciam dos demais
povos, pois em cada edifcação existe uma particularidade desse povo, são
diferentes do que existe em outras regiões, esse patrimônio é a marca deixada
pelo sertanejo dos tempos passados. As pessoas têm o costume de associar
patrimônio a algo material, que tenha algum valor fnanceiro, mas o que se
deve entender é que se refere a todos os bens que nossos antepassados
produziram.
A força da história oral, todos sabemos, é dar voz àqueles que
normalmente não a têm: os esquecidos, os excluídos ou, retomando a bela
expressão de um pioneiro da história oral, Nuno Revelli, os "derrotados". Que
ela continue a fazê-lo amplamente, mostrando que cada indivíduo é ator da
história (Philippe Joutard, 2000). Fazendo uma análise do que se tem escrito a
respeito de Salgueiro, fca evidente que conta apenas a história do branco e do
rico. O autor fala que a força da história oral é dar voz aos esquecidos,
excluídos, como no caso de Salgueiro, esses povos esquecidos são os pobres,
negros e indígenas, grupos que têm histórias de grande relevância e que
precisavam ser ouvidas. essa questão fez com que o trabalho se voltasse para
esse lado, o de reconstruir essas memórias e assim deixar evidente a
participação desses sujeitos negligenciados pela história na formação desse
pedaço do sertão.
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
Essas pessoas sempre foram excluídas pela história, não é algo novo,
incluem-se nisso também as mulheres, quantas e quantas publicaram livros,
mostrando seu conhecimento, foram protagonistas de fatos que fazem parte
da história do mundo, mas infelizmente foram apagadas
da história. O homem não aceitou que uma mulher tivesse mais prestigio que
ele, e vemos isso no sertão há tempos atrás de forma parecida, nesse caso a
elite não aceitou que a participação política, social e cultural de pessoas de
camadas mais baixas fosse registrada. O sertão é diferente do resto do mundo,
isso é evidente, mas fazendo uma análise histórica, ainda podem ser
percebidas características seguidas por essa outra parte do mundo, que
acabaram entrando na vida da elite sertaneja. Como dizia Guimarães Rosa, “O
sertão é do tamanho do mundo”, ainda há muito a ser descoberto sobre esse
espaço, em todos os lugares dessa região existem memória e fatos marcantes
para o sertanejo, fatos esses que ajudaram na construção da história de cada
indivíduo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ainda existem muitas construções antigas na região, as quais não foram possíveis serem
contempladas por essa pesquisa, vai desde edificações grandes a edificações mais simples.
Ao estudar mais a fundo as construções antigas da zona rural do município e outros trabalhos
sobre patrimônio arquitetônico, como o da arquiteta Nathália Maria Montenegro, pode-se ver um
novo estilo arquitetônico criado pelo sertanejo, as edificações não seguem os mesmos padrões
das
casas antigas localizadas em outras regiões, como no litoral. Nathália estudou construções
antigas
em fazendas do século XIX no sertão do Seridó e em outras partes do nordeste. Algumas das
construções que foram material de estudo para a pesquisa da arquiteta apresentam características
com as da zona rural de Salgueiro. Fica evidente a contribuição do sertão na inovação
arquitetônica, o sertanejo fugiu dos estilos arquitetônicos padrões e criou seu próprio estilo, de
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
forma que pudesse suplir suas necessidades em uma região semiárida, castigada por altas
temperaturas.
A casa sede da fazenda Icó foi construída em 1910, existe ainda preservado um sótão com
piso de madeira, seu acesso é por meio de uma escada de madeira que apresenta características
de
ter sido projetada. A construção é feita com um tipo de tijolo diferente do que conhecemos hoje,
um
tipo bem maior e mais pesado. Em algumas janelas ainda é possível ver alguns vestígios de
grades
de madeira, a grande curiosidade disso é a função dessas grades, normalmente servem para evitar
a
entrada de ladrões, mas não era essa a função delas, os proprietários da casa diziam que a função
dessas grades era evitar a fuga das moças. Naquela época existia o costume do
casamento arranjado, as moças tinham que se casar com o noivo designado pelos pais, muitas
fugiam não aceitando essas condições, na maioria das vezes fugiam com outro homem; isso
explica
o fato das grades nas janelas.
Não existem fontes escritas a respeito da presença do cangaceiro Lampião e seu bando em
Salgueiro, o que se sabe é que ele mantinha amizade com o coronel Veremundo Soares, o
cangaceiro escrevia cartas para o coronel, talvez por essa amizade a cidade nunca foi invadida
pelo
bando. Mas os relatos da memória revelam algo mais, Lampião esteve em Salgueiro, mas na
zona
rural, Seu Eronildes, proprietário da casa da fazenda Icó relata uma história ouvida por seu pai.
Segundo seu Eronildes, sua família foi feita de refém pelo temido cangaceiro, o quarto que fica
abaixo do sótão serviu de cárcere para os homens da casa, as mulheres foram aprisionadas em
um
dos quartos. É em relatos como esse onde entra a questão das memórias, que não se restringem a
apenas esse patrimônio, mas contempla todos.
A construção mais antiga data do ano de 1811, localizada na fazenda Bezerro dos Lopes, a
casa sede da fazenda se destaca em meio a caatinga, uma edificação que ativa a curiosidade de
quem a contempla. No peitoril da casa tem uma placa, na qual está escrito o ano de construção,
os
tijolos utilizados na construção seguem o mesmo estilo dos utilizados na casa do Icó. As paredes
são bem mais espessas que as que costumamos ver, em alguns cômodos o piso é feito com um
tijolo
pequeno, provavelmente construído no local, já que na casa existe uma forma antiga de tijolos,
no
formato dos que foram utilizados para o piso.
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
Figura 1. Cerca de pedra na fazenda Bezerro dos Lopes, Salgueiro-PE. IF
Sertão PE, 2016
Na parte externa existe uma construção ainda mais impressionante, uma cerca de pedra que
ainda resiste às forças da natureza, seu método de construção desafia os atuais métodos
construtivos. A cerca foi feita desprezando o uso de todo tipo de argamassa, as pedras foram
apenas
encaixadas, de forma a não deixar brechas. Um morador antigo da região relata em entrevista
que a
cerca foi edificada por cativos, de inicio surgiu a dúvida se foram cativos indígenas ou africanos,
mas ao analisar materiais bibliográficos percebe-se semelhanças da cerca com as muralhas do
zimbabwe, o que indica que a referida cerca foi construída por cativos africanos. Não existem
registros de que existiram escravos na região, mas tanto na fazenda Icó como no Bezerro dos
Lopes
as histórias contadas levam a certeza da existência de escravos. Seu Eronildes relata que tinha
três
escrituras de escravos, ambas foram queimadas por uma pessoa de sua família.
Ainda na zona rural existem outros referenciais de construções antigas, algumas não
resistiram a força do tempo, hoje restam apenas ruínas, como é o caso da antiga usina de
beneficiamento de caroá e da estação ferroviária Engenheiro Arlindo Cruz, isso remonta ao
passado
de um sertão desenvolvido, onde existiam industrias que faziam exportações para todo o
território
nacional e o transporte ferroviário, ligando o sertão a outras partes do Brasil.
A pesquisa alcançou mais resultados que o esperado, tornou possível mostrar aos
Salgueirenses as riquezas históricas do município. Mas não adianta tornar esses bens
reconhecidos e
não promover ações que incentivem sua valorização e preservação, diante desse questionamento
surgiram dois projetos de extensão: Educação patrimonial em Salgueiro-PE e Mostra itinerante
da
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
cidade de Salgueiro-PE. O de educação patrimonial atendeu mais de 230 alunos de escolas
publicas
da zona rural e da sede do município, a mostra itinerante não ficou reclusa apenas ao município
de
Salgueiro, foi exposta no estado da Bahia, levando a outros cantos do Brasil a história e as
riquezas
do sertão.
O produto dessa pesquisa foi a produção de um mapa georreferenciado, abrangendo não
apenas o patrimônio arquitetônico, mas também o cultural, arqueológico e paleontológico. O
mapa
foi produzido utilizando os dados geográficos coletados com o GPS. No mapa existem
informações
gerais sobre os locais, além de fotos de cada patrimônio. Com a produção desse mapa existe a
perspectiva de Salgueiro entrar no mapa turístico da região, movimentando consequentemente a
economia do município, e assim gerar empregos e fonte de renda.
Outro ponto importante deste trabalho é que ele desmistifica a ideia do rural como um local
atrasado, com a pesquisa realizada pode-se perceber que na zona rural já existiam residência
mais
modernas que as localizadas na zona urbana, existia uma estação ferroviária e até a presença de
indústrias.
CONCLUSÕES
Por trás de cada espaço existem as memórias, memórias essas que contam a história do sertão,
mostram que cada patrimônio possui não apenas um valor físico, mas também o valor
sentimental
para as pessoas, de pertença ao local onde vive. As memórias do sertão colocam o sertanejo
como
sujeito da história, não apenas dessa região, mas do Brasil e do mundo.
A população salgueirense desconhece grande parte da riqueza histórica presente no município,
ou enxergam apenas o valor físico das coisas, diante disso foram vistas novas perspectivas de
trabalho. Vê-se a necessidade da produção de um livro, contando a história patrimonial de
Salgueiro
e ressaltando também as memórias e a importância que têm sobre si.
É necessário que seja feito um trabalho de educação patrimonial mais intenso no município e
na zona rural, que não contemple apenas as escolas, mas que abranja toda a comunidade em
geral,
para que assim todos possam ser conscientizados quanto à valorização e preservação do
patrimônio.
Todo o acervo patrimonial do projeto encontra-se sem espaço para exposição, é exposto apenas
em
ocasiões especificas, esse acervo vai desde objetos domésticos a materiais da construção civil,
como
telhas coloniais e formas de tijolo. Nisso entra a necessidade da construção de um museu, para
que
a comunidade possa ter maior contato com essa riqueza histórica.
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
É visto a urgente necessidade que as autoridades competentes lancem um novo olhar sobre
esse patrimônio e façam ações que culminem em ações de tombamento desses bens, grande
maioria
encontra-se desprotegida, correndo riscos. Espera-se também que com esse trabalho mais
pessoas se
interessem pela realização de trabalhos na área, para assim garantir a valorização do patrimônio
histórico e cultural do Brasil.
REFERÊNCIAS
ALBWACHS, M. A. Memória Coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
BRASIL. Coordenação-Geral de Pesquisa, Documentação e Referência -
COPEDOC. Dicionário
IPHAN de patrimônio cultural. Rio de Janeiro: IPHAN, COPEDOC, 2008.
FILHO. Nestor Goulart Reis. QUADRO DA ARQUITETURA NO BRASIL. SÃO
PAULO: Editora Perspectiva, 2000.
JOUTARD, Philippe; et al. História Oral – Desafos para o Século XXI. Rio de
Janeiro: Editora Fiocruz, 2000.
GOMES, Marcos. A.A. O que é e para que serve o Geoprocessamento?
UNIFAI. Disponivel em
http://www3.unifai.edu.br/pesquisa/publica%C3%A7%C3%B5es/artigos-cient
%C3%ADfcos/professores/sequenciais/o-que-%C3%A9-e-para-que-serve-o.
Acesso em: 17 mar.
2014.
GALINDO. Marcos. Caminhos do Passado na Terra Nova. Recife:
FUNADARPE: Ed.
Universitária da UFPE, 1995.
ROSENDO, Lucas; FARIAS, Márcia. O. S Redescobrindo Salgueiro. SalgueiroPE: VI Epepe,
2016.
(83) 3322.3222
contato@conidis.com.br
www.conidis.com.br
SAYURI, Juliana. Outros Sertões. Disponível
em:http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2014/02/Book-216-
23.pdf?56d66a. Acesso em: 29 de março de 2016.
PASSOS, Walter. Os grandes monumentos do Zimbabwe. Postado por:
Bayah Disponível em: http://cnncba.blogspot.com.br/2009/10/os-grandesmonumentos-do-
zimbabwe.html. Acesso em: 16 de setembro de 2016.
ROSA, Guimarães. Grande sertão: Veredas. Editora Nova Aguilar, 1994

Com seus magníficos afrescos, este convento do século VIII abriga as maiores e mais bem conservadas
coleções de imagens do medieval antigo. O museu do convento, alojado na torre Planta, permite que as
freiras proporcionem aos visitantes uma visão do funcionamento interno do convento. Por isso a torre
do mais antigo castelo da região alpina, remontando ao ano 960, agora fica aberta ao público. A
exposição mostra 1.200 anos de história monástica e arquitetônica.

O Convento de São João, com base em Müstair e remontando ao ano de 775, com a maior coleção de
afrescos medievais antigos do mundo, datados de cerca de 800 d.C., é uma jóia de arte do período
carolíngio. A série de imagens adorna toda a igreja. Por volta de 1.200, as absides foram repintadas.
Müstair deve sua existência e singularidade a Carlos Magno.

A igreja carolíngia e seus exclusivos quadros de parede elevam este magnífico mosteiro alpino à
qualidade de Patrimônio da Humanidade, devidamente designado pela UNESCO.

Hospedaria
Nove quartos para solteiros/casal no Patrimônio da Humanidade da UNESCO. Os visitantes são livres
para decidir em que atividades que pretendem participar durante sua estadia, podendo tomar parte das
orações da igreja e da eucaristia. As refeições são compartilhadas com os hóspedes do convento na sala
de jantar. A capela da hospedaria fica sempre disponível para atividades de reflexão e meditação,
havendo também apoio sacerdotal, se necessário. As freiras oferecem programas de jejum semanal,
com orientação profissional, em várias ocasiões no decorrer do ano.

A fortaleza mais famosa da Suíça, o Castelode Chillon é uma das mais belas construções históricas no
país e uma das atrações mais visitadas da Europa. Foi construída no século XIII sobre fundações ainda
mais antigas. O castelo está à beira do lago e no sopé de uma colina, sendo atração, portanto, em
dobro: uma fortaleza à beira do lago de um lado e uma residência real, do outro.

Já nos primórdios, a ilha rochosa entre o lago de Genebra e as imponentes montanhas era habitada.
Posteriormente, e durante séculos, foi nesse local que se controlou o tráfego marítimo no Lago de
Genebra e a importante rota terrestre para o Passo de São Bernardo. Do séc. XII ao XVI, Chillon
pertenceu aos Condes de Saboia. Mais tarde, o castelo foi conquistado pelos berneses e, em seguida,
pelos vaudeses.

O castelo pode também ser alugado e é um local impressionante para diversos eventos. Montreux é
facilmente acessado de barco, ônibus ou a pé. Ao longo do Lago de Genebra, poderá chegar igualmente
a Vevey e à estátua de Charlie Chaplin que aqui residiu e faleceu.

Mais de 350.000 visitantes por ano visitam Chillon, com os murais do século XIV, os cofres subterrâneos,
os salões de desfile e o quarto original preservado da época dos reis de Berna. As instalações são
compostas por 25 edifícios e três fazendas que estão protegidos por duas fortificações.

O arqueólogo alemão Heinrich Kush descobriu uma rede de túneis que se estende ao longo do
território europeu, se espalhando desde a Escócia até a Turquia. A descoberta foi publicada no
livro “Secrets Of The Underground Door To An Ancient World”.
Neste livro, o Dr. Henry Kush, pré-historiador e professor da Universidade Karl-Franzen em
Graz, juntamente com sua esposa Ingrid, analisa a intrincada rede de túneis localizada na região
de Styria, na Áustria, cuja finalidade permanece um mistério.

O historiador estima a idade da construção em 12.000 anos, remontando portanto à idade da


pedra. Porém, teste de radiocarbono realizado em material orgânico encontrado no interior dos
túneis data entre 950 e 1050.

Existem mais de 700 túneis na Baviera e mais 500 na Áustria, tendo os túneis principalmente um
comprimento entre 20 e 50 metros. As passagens maiores são altas o suficiente para que as
pessoas possam passar por eles em uma posição curvada, mas alguns são tão pequenos que os
exploradores tem que se mover agachados. Muitas galerias estão ligadas a locais antigos de
assentamentos. As entradas dos túneis às vezes são localizadas nas cozinhas de casas antigas,
perto de igrejas e cemitérios ou no meio de uma floresta. Essas coisas foram construídas por
pessoas que sabiam o que estavam fazendo. Vigas não foram usadas, e para as paredes
suportarem os peso, os túneis seguem em zigue-zague. A cada trecho, há cavidades em que as
lâmpadas para iluminação eram deixadas durante o trabalho.

Em Beutelsbach havia um castelo que foi demolido no


século XVIII, e os túneis foram, talvez, rotas de fuga para sair em caso de cerco. Outros
acreditam que foram prisões para criminosos ou lugares de cura. Alguns também acreditavam
que eles eram lugares de culto dos druidas, ou salas de espera para as almas antes de alcançar o
paraíso. Pesquisadores como Weichenberger, acreditam que a função desses túneis era proteger
os rebeldes húngaros conhecidos como Kurucos, que com o apoio dos turcos otomanos,
saquearam áreas povoadas levando tudo o que tinha valor e matando aqueles que entravam em
seu caminho.
Como resultado do grupo de cooperação internacional Erdstall, novas pistas vieram à luz. As
galerias também estão concentradas em algumas partes da Irlanda e da Escócia, e também há
galerias semelhantes no centro da França. Esta distribuição tem paralelos interessantes com as
rotas seguidas pelos monges irlandeses e escoceses, que a partir do norte celta no século VI,
viajaram por todo o continente como missionários. Alguns pesquisadores especulam que esses
missionários cristãos primitivos também difundiram idéias pagãs, ensinamentos remanescentes
dos antigos druidas, especialmente conceitos celtas da vida após a morte, o que levou à
construção de galerias subterrâneas.

“Em toda a Europa, havia milhares deles – desde o norte da Escócia até o Mediterrâneo. A
maioria não são muito maiores do que grandes buracos de minhoca – apenas 70 centímetros de
largura – apenas o suficiente para uma pessoa passar esgueirando-se, mas nada mais. Eles são
intercaladas com cantos, em alguns lugares o túnel é maior e há lugares, ou câmaras e salas de
armazenamento”, afirma Heinrich Kush.

Um dos primeiros exploradores desse sistema de túneis foi o sacerdote Lambert Karner (1841-
1909), que se arrastou pelos 400 buracos, com a ajuda de uma vela, e que descreveu “estranhas
passagens com correntes de ar”, segundo a revista Der Spiegel.

A falta de qualquer indício sobre o porquê de sua existência fez com que muitos especialistas se
referissem a essas construções como o último grande mistério da Europa. Enquanto isso, a
tradição popular acredita que eles foram construídos e escavados por elfos, ou gnomos, figuras
típicas do folclore celta.

Alguns especialistas afirmam que a rede de túneis funcionou como proteção para as pessoas
contra predadores; outras acreditam que foi utilizada como caminho, para viagens com
segurança, independentemente das guerras ou fatores climáticos.

Curiosamente, algumas das entradas começam na cozinha de alguma casa até a igreja, cemitério
ou até mesmo leva à floresta. A melhor resposta encontrada até agora foi de que eram refúgios
em caso de ataques surpresa, porém nenhum material orgânico ou outro objeto, como comida, foi
encontrado.

O arqueólogo alemão Dr. Kusch, escreveu em seu livro “Segredos da Porta do Mundo
Subterrâneo para o Mundo Antigo”, que apenas na Bavaria, na Alemanha, foram encontrados
700 metros de conexões subterrâneas, e que elas se espalham desde o norte da Escócia até o
Mediterrâneo.

Ainda permanece um mistério como uma complexa e gigantesca rede de túneis foi criada há
tanto tempo atrás.

Veja mais fotos abaixo (clique nas imagens para ampliar):


====================================

O EPANET é um software de simulação hidráulica e de parâmetros de qualidade em sistemas de


transporte e distribuição de água. A versão original foi desenvolvida na U.S. Environmental
Protection Agency (USEPA), pela unidade de investigação do National Risk Management
Research Laboratory (NRMRL). A versão em língua portuguesa foi produzida pelo
Departamento de Hidráulica do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), de Portugal.

O EPANET é um software do domínio público, que pode ser distribuído e copiado livremente. O
material que integra o pacote do EPANET, como seja o programa, o manual do utilizador, o
código do programa e o toolkit de programação, actualizações e outras informações úteis, pode
ser obtido a partir dos seguintes sites:

Versão em português: http://www.dh.lnec.pt/Nes/epanet

Versão original em inglês: http://www.epa.gov/ORD/NRMRL/wswrd/epanet.html

NOTA PARA OS UTILIZADORES DAS VERSÕES DE TESTE DO EPANET 2.0 EM


PORTUGUÊS

=====================================

Se possui ficheiros de redes gravados em formato binário (ficheiros .NET) com a versão beta do
EPANET em Português e pretende utilizá-los na nova versão disponibilizada, execute a versão
beta e grave novamente o ficheiro em formato de texto (.INP). Para isso, abra o ficheiro .NET na
versão beta do EPANET e seleccione Ficheiro >> Exportar >> Rede a partir do menu Ficheiro.
Após ter repetido este processo para cada ficheiro que pretende gravar, pode sair da versão beta e
proceder à sua desinstalação. Os ficheiros de texto (.INP) estão agora prontos a ser utilizados na
nova versão do EPANET em Português.

FICHEIROS INSTALADOS PELO SETUP DO PROGRAMA

=====================================

O programa de instalação para o EPANET 2.0 em Português (EN2Psetup.exe) coloca os


seguintes ficheiros na pasta de instalação do EPANET 2P:
epanet2w.exe - versão do EPANET 2P para Windows

epanet2d.exe - versão do EPANET 2P para DOS (command line)

epanet2.dll – dll utilizada pelo epanet2w.exe

epanet2.hlp -- ficheiro de Ajuda do EPANET 2P

epanet2.cnt -- listagem com o conteúdo do ficheiro de Ajuda

tutorial.hlp -- ficheiro de Ajuda da visita guiada ao EPANET 2P

Leia-me.txt - este ficheiro

Após ter executado o EPANET 2.0 em Português pela primeira vez, o ficheiro de configuração
epanet2.ini aparecerá na sua pasta do Windows.

DOCUMENTAÇÃO DO PROGRAMA E TUTORIAL

=====================================

O manual do utilizador em formato PDF pode ser obtido a partir dos sites acima mencionados.
Grande parte da informação apresentada no manual pode ser acedida a partir do menu Ajuda do
EPANET 2.0 em Português.

Para os utilizadores que ainda não conhecem o EPANET, pode-se aceder, através do mesmo
menu, à Visita Guiada, a qual serve para ilustrar interactivamente os principais passos a seguir na
construção de um projecto.

NOTA IMPORTANTE SOBRE FICHEIROS .INP E A VERSÃO PORTUGUESA

=====================================

Os ficheiros de rede em formato texto, que utilizam a terminação .INP, utilizam palavras-chave
em inglês para definir as várias secções (p.ex., [JUNCTIONS]). Por razões de compatibilidade,
o EPANET 2.0 em Português deve respeitar o mesmo formato, pelo que o utilizador deverá
utilizar as palavras-chave em inglês, tal como se apresenta em anexo no Manual do Utilizador.
Os ficheiros de rede exportados a partir do EPANET 2.0 em Português, utilizando o comando
Ficheiro >> Exportar >> Rede, também utilizam o mesmo formato.

EXEMPLOS DE REDES

=====================================

O programa de instalação cria ainda uma pasta contendo três exemplos de redes, para facilitar a
aprendizagem do programa. Os ficheiros encontram-se na pasta Exemplos, contida na pasta de
instalação do EPANET 2.0 em Português e incluem:

net1.net -- uma rede simples que permite modelar o decaimento do cloro residual

net2.net -- um exemplo do estudo utilizando um traçador, com dados de calibração

net2-FL.dat -- dados de calibração utilizados no exemplo net2.net

net3.net -- uma rede de maiores dimensões para ilustrar um estudo de rastreio de uma origem de
água

Quando abrir qualquer uma destas redes, recomenda-se que seleccione Sumário, a partir do menu
Projecto (seleccione Projecto >> Sumário a partir do menu principal), para ler as notas
informativas sobre cada exemplo.

DESINSTALAÇÃO DO EPANET 2.0 EM PORTUGUÊS

=====================================

Para remover o EPANET 2.0 em Português do seu computador:

1. Seleccione "Settings" a partir do menu "Start" do Windows.

2. Seleccione "Control Panel".

3. Duplo-clique no ícon "Add/Remove Programs".


4. Seleccione EPANET 2P a partir da lista de programas que é mostrada.

5. Clique no botão "Add/Remove".

O programa e todos os seus componentes serão removidos.

BEM-VINDO AO EPANET 2.0 EM PORTUGUÊS

====================================

O EPANET é um software de simulação hidráulica e de parâmetros de qualidade em sistemas de


transporte e distribuição de água. A versão original foi desenvolvida na U.S. Environmental
Protection Agency (USEPA), pela unidade de investigação do National Risk Management
Research Laboratory (NRMRL). A versão em língua portuguesa foi produzida pelo
Departamento de Hidráulica do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), de Portugal.

O EPANET é um software do domínio público, que pode ser distribuído e copiado livremente. O
material que integra o pacote do EPANET, como seja o programa, o manual do utilizador, o
código do programa e o toolkit de programação, actualizações e outras informações úteis, pode
ser obtido a partir dos seguintes sites:

Versão em português: http://www.dh.lnec.pt/Nes/epanet

Versão original em inglês: http://www.epa.gov/ORD/NRMRL/wswrd/epanet.html

También podría gustarte