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EM NOME DE DEUS
Êxodo 20.7
O título deste estudo faz lembrar o envolvente filme dirigido por Clive Donner com o
mesmo título. Ambientado tia Paris do século XII, aquele filme repleto de realismo
retrata o amor proibido de Abelardo e Heloísa, bem como a tirania do poder religioso e
político de uma época sombria, marcada por ambição, arbitrariedade e terror, sendo
tudo feito ironicamente "em nome de Deus".
Durante o tempo em que viveram no Egito, os filhos de Israel ficaram expostos a uma
intensa religiosidade pagã. Após a saída do Egito o povo haveria de ter contato com
outros povos igualmente religiosos e paganizados.
A maneira de viver nem sempre expressava temor e respeito pelos deuses. Segundo
Carlos Mesters, "no Egito, na casa da servidão, o faraó e os reis faziam tudo em nome
dos seus deuses. A invocação do nome dos deuses encobria o roubo, a injustiça, as
mordomias, as mentiras. Diziam que era o 'direito dos reis' (I Sm 8.10-20)".
Sendo este o costume das nações, Deus ordena a seu povo uma postura diferente:
"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão..."
"jurar pelo Seu nome (e não pelo de qualquer outro deus) era
um sinal de que tal pessoa era um adorador de Javé (Jr 4.2) e,
por isso, era algo digno de louvor.
Uma razão mais profunda para tal proibição (de não tomar o
nome de Deus em vão), pode ser vista no fato de que Deus era
a única realidade viva para a mentalidade israelita.
É por isso que o Seu nome era sempre envolvido nos votos e
juramentos, normalmente na fórmula 'tão certo como vive o
Senhor'(II Sm 2.27).
Sendo assim, percebemos que usar o nome de Deus em vão, não se restringe, como
se compreendia no judaísmo mais recente, tão somente ao uso impensado e
irreverente da palavra "Javé". Mas envolve, sobretudo, um comportamento e uma ética
não condizentes com as qualidades de Deus, mas atribuídos a Ele ou supostamente
respaldados por Ele.
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A luz do tópico anterior vimos que, o tomar o nome do Senhor em vão, constitui-se
numa terrível afronta ao Deus santo, justo e temível, que não suporta a iniquidade.
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Todos os que incorrem nesses pecados estão sob o juízo de Deus, porque "O Senhor
é Deus zeloso e vingador, o Senhor é vingador e cheio de ira; o Senhor é tardio em
irar-se, mas grande em poder, e jamais inocenta o culpado"(Na 1.2,3; G1 6.7).
No Salmo 50 é descrito o juízo de Deus sobre os que não levam o Seu nome a sério.
Nos versículos 16 e 17 o Senhor indaga: "De que te serve repetires os meus preceitos
e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina, e rejeitas as
minhas palavras?"
Tal conduta não expõe o nome de Deus; pelo contrário, o honra. Precisamos, portanto,
ser cuidadosos quanto ao que falamos e fazemos (Cl 4.5,6; Mt 5.16).
Através desta coerência entre o falar e o viver, honramos a Deus e evitamos o perigo
de tomar o Seu santo nome em vão.
DISCUSSÃO
1. As expressões: "meu Deus", "Deus me livre", "Deus é testemunha", "juro por Deus",
"pelo amor de Deus" são frequentes em nosso meio. Tais expressões podem significar
o uso do nome de Deus em vão?
2. Que atitudes comuns entre o povo de Deus hoje podem ser consideradas como uso
em vão do nome de Deus?
3. Você acha que a igreja dá a devida atenção ao terceiro mandamento?
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