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Intenção – Designa o propósito ou objectivo que guia a acção. A intenção serve para
identificar a acção, respondendo à pergunta “Para quê?” da acção, ligando-se
estreitamente ao motivo. Ex: Assaltei o banco para que pudesse ter dinheiro.
Liberdade:
Em sentido absoluto ou radical – Designa a possibilidade de agir na ausência de
constrangimentos (internos ou externos). Aproxima-se muito da noção de livre –
arbítrio.
Em sentido relativo – Designa a possibilidade de dispor de si mesmo, de se auto
determinar, através da vontade, mas num campo limitado de possibilidades.
Determinismo:
Doutrina, frequentemente associada a uma visão determinista do mundo, segundo a
qual todos os acontecimentos do Universo, incluindo as próprias acções humanas,
estão submetidos a leis de carácter causal. Isto significa que todos os eventos, sem
excepção, são efeitos: provocados por eventos anteriores.
Causa → Efeito
Relação necessária
(que não se podia fazer de outra maneira) de dependência mútua
1 DETERMINISMO
RESPOSTA AO PROBLEMA DO LIVRE ARBÍTRIO – A liberdade não é
compatível com a força que a anula: a causa.
Tese que defende que as acções humanas são determinadas por causas necessárias
(impossíveis de ser alteradas), são previsíveis e inevitáveis, portanto o ser humano
não é livre.
1.1. ARGUMENTOS
1.1.1. Se o ser humano faz parte do mundo natural, então terá que obedecer às
mesmas leis que os restantes fenómenos e seres. Desta forma, não há qualquer tipo
de liberdade e, consequentemente, livre-arbítrio.
1.2.2. As acções humanas são meros efeitos de causas que não controlamos;
1.2.4. Se não podemos ser responsabilizados pelas nossas acções, então a noção de
justiça e as ideias de Bem e Mal não fazem sentido;
2 INDETERMINISMO
RESPOSTA AO PROBLEMA DO LIVRE ARBÍTRIO - A liberdade não é
compatível com as forças que a anulam: o acaso e o aleatório.
Tese que defende que as acções humanas são o resultado imprevisível do acaso e são
indeterminadas, portanto o ser humano não é livre.
2.1. ARGUMENTOS
2.1.1. Assim como num sistema microfísico não podemos prever o comportamento
das partículas porque sobre elas actua o acaso, também não podemos prever as
acções humanas – são imprevisíveis ou apenas prováveis. Assim, se o acaso controla
as acções humanas, então tais acções não dependem da vontade livre do agente.
DILEMA DO DETERMINISMO:
Tanto a tese Determinista como a tese Indeterminista, apesar de partirem de
argumentos contrários, chegam à mesma conclusão: a negação da liberdade e da
responsabilidade. Se o Determinismo for verdadeiro, as acções estão dependentes de
causas que o agente não domina, logo não são livres. Se o Indeterminismo for
verdadeiro, então as acções estão dependentes do acaso e não da vontade do agente,
logo não são livres.
3 COMPATIBILISMO
RESPOSTA AO PROBLEMA DO LIVRE ARBÍTRIO - A liberdade é compatível
com o determinismo (forças que a anulam).
Tese que defende que é possível compatibilizar o determinismo com a vontade livre,
ou seja, aceita-se o determinismo do mundo natural mas também que há espaço para
a liberdade e responsabilidade humana.
Assim, mesmo que as nossas acções sejam determinadas ou causadas, podemos
sempre agir de maneira diferente, se assim escolhermos.
3.1.1. Se, apesar de determinados podemos agir livremente, então não só somos
livres como responsabilizados.
4.1. ARGUMENTO
4.1.1. A vontade do ser humano não é causalmente determinada nem aleatória, pois o
agente tem o poder de interferir no curso normal das coisas, através da sua mente.
Assim, defende-se uma separação entre o corpo e a mente, sendo que esta última está
fora do domínio das leis da Natureza que determinam o ser humano. A mente é capaz
de se auto determinar.
4.2.1. Se o ser humano é capaz de se auto determinar, então ele é absolutamente livre
e responsável.
TIPOS DE CONDICIONANTES
CONDICIONANTE AMBIENTAL Temos de vestir um casaco
porque está muito frio.
CONDICIONANTE HEREDITÁRIA Tenho os olhos castanhos
porque os “recebi” da minha
mãe.
CONDICIONANTE PSICOLÓGICA A minha capacidade de
memorização é muito boa.
CONDICIONANTE FÍSICA/CORPORAL Problema de estômago
CONDICIONANTE GEOGRÁFICA Propensão para a queda
CONDICIONANTE RELIGIOSA Religião católica
CONDICIONANTE POLÍTICA Políticas Anti - Natalistas
CONDICIONANTE HISTÓRICO/CULTURAL Tradição
CONDICIONANTE ECONÓMICA Não tenho dinheiro, por isso
não compro este produto.
CONDICIONANTE SOCIAL Discriminação
CONDICIONANTE LINGUÍSTICA Os limites da minha
linguagem são os limites do
meu mundo.
CONDICIONANTE EDUCACIONAL Analfabetismo
A especificidade da filosofia
A filosofia é o objecto de estudo dos filósofos, que, utilizando métodos de trabalho
variados, reflectem sobre problemas filosóficos e da realidade. Isto para tentarem
resolver as questões não esclarecidas, e assim construírem saber.
Enquanto o método de trabalho das ciências se baseia na verificação experimental, o
método da filosofia assenta no exercício reflexivo. A reflexão feita pelos filósofos é
ilimitada e não necessita de provas concretas, mas lógicas. O objectivo é haver uma
melhor compreensão da realidade na sua totalidade. Para conhecermos alguma
realidade, não podemos basear-nos só nas coisas concretas, as que podemos tocar e
observar, mas também e principalmente no abstracto.
Abstracto: ser formal, conceptual. Tudo aquilo que não está na natureza é abstracto,
só tem forma, definição (conjunto de aspectos que caracterizam e permitem
distinguir uma coisa da outra).
Ex: amizade, erro, …
Concreto: ser material. Tem forma e matéria.
Ex: caneta, mesa, …
Tudo isto para estarmos mais conscientes da realidade, termos mais conhecimento
para orientarmos melhor a nossa vida. Resumidamente, na minha opinião, a filosofia
serve para atingirmos a felicidade. (ver manual pág. 32-34 e texto «Para que serve a
Filosofia»
Existem várias áreas do conhecimento, da interpretação/representação da realidade,
com diferentes características e métodos.
A origem do filosofar
Os motivos que podem desencadear o filosofar (procura da verdade) são:
O espanto: quando nos questionamos acerca do ser e da origem das coisas não o
fazemos para um fim prático, mas pelo desejo de saber. Isto é filosofar.
A dúvida: nada nos garante que estejamos seguros acerca do que pensamos ser
verdade, o conhecimento que temos poderá ser falso. Podemos alcançar a razão ao
questionar aquilo em que acreditamos.
Agente (sujeito da acção): alguém que age, que por sua opção faz com que algo
ocorra.
(ver pág. 51-64 do manual, texto das formigas e de Heitor e textos – «intenções e
motivos», «pela acção modificamos o mundo», «condicionantes da acção humana e
seus limites», «experiência de si e experiência do mundo»)
O problema do livre arbítrio – liberdade
Teorias:
Determinismo moderado: o mundo é regido por leis causais mas a acção humana,
embora sujeita aos princípios naturais, não é constrangida.
Libertismo: não há acaso nem causalidade que possam afectar a acção humana. As
escolhas são produto de deliberação racional (dualismo mente-corpo).
Determinismo e indeterminismo:
Cada sujeito constrói a sua tábua de valores de acordo com a sua experiência de vida,
experiências essas que ocorrem num contexto pessoal, social e cultural. É nesse
contexto prático da vida em sociedade que se tem de escolher realizar esta ou aquela
acção, tomar esta ou aquela decisão, que o homem concreto manifesta os seus
valores.
A dimensão ético-política
A ética e a moral
Moral: conjunto de condutas e normas que são consideradas válidas por um grupo,
sociedade ou cultura.
Ética: reflexão sobre o porquê de considerar válidas essas condutas e normas e a sua
comparação com outras assumidas por pessoas diferentes.
Enquanto a moral faz parte da vida quotidiana das sociedades e dos indivíduos, a
ética é um saber filosófico. Ambas têm o objectivo de nos orientar a formar um bom
carácter, que nos permita ser justos e felizes.
A ética e a política
Política: «etimologicamente, é a actividade ou arte de governar a “polis” – cidade-
estado. A política é uma forma de enquadramento das relações sociais, propondo-se
assim gerir todos os aspectos da vida social de uma comunidade, em função de fins
considerados ideais, com vista à realização do bem-estar colectivo. Supõe um poder
comum e uma partilha do poder.»
Enquanto a ética tem a ver com a vida privada, a política tem a ver com a vida
pública.