0 calificaciones0% encontró este documento útil (0 votos)
53 vistas8 páginas
Este documento resume um estudo sobre a extração e caracterização química de carotenoides produzidos pela levedura Pseudozyma sp 300. O estudo extraiu carotenoides usando diferentes solventes e técnicas como acetona, etanol e dimetilsulfóxido com ultrassom. As amostras extraídas foram caracterizadas por espectroscopia UV-VIS e infravermelho, identificando picos de absorção entre 454-535 nm e bandas entre 3273-1800 cm-1 indicativas de carotenoides.
Descripción original:
Caracterização química de carotenoides
Título original
Extração e Caracterização Química de Carotenoides Produzidos Pela Levedura Pseudozyma Sp 300
Este documento resume um estudo sobre a extração e caracterização química de carotenoides produzidos pela levedura Pseudozyma sp 300. O estudo extraiu carotenoides usando diferentes solventes e técnicas como acetona, etanol e dimetilsulfóxido com ultrassom. As amostras extraídas foram caracterizadas por espectroscopia UV-VIS e infravermelho, identificando picos de absorção entre 454-535 nm e bandas entre 3273-1800 cm-1 indicativas de carotenoides.
Este documento resume um estudo sobre a extração e caracterização química de carotenoides produzidos pela levedura Pseudozyma sp 300. O estudo extraiu carotenoides usando diferentes solventes e técnicas como acetona, etanol e dimetilsulfóxido com ultrassom. As amostras extraídas foram caracterizadas por espectroscopia UV-VIS e infravermelho, identificando picos de absorção entre 454-535 nm e bandas entre 3273-1800 cm-1 indicativas de carotenoides.
Gildomar Lima Valasquez 2 Carotenoides so corantes naturais responsveis pelas cores amarelas, laranja e vermelho, utilizados nas indstrias 1 Discente da Universidade alimentcia, farmacutica, de cosmticos e rao. So Estadual do Sudoeste da Bahia- encontrados em fungos, bactrias, leveduras, animais, em UESB- Brasil. tecidos verdes de plantas e de rgos no fotossintticos 2 Docente da Universidade Estadual como frutas, flores, sementes e razes. As leveduras do Sudoeste da Bahia- UESB- destacam-se pelo seu uso como fonte proteica, capacidade de Brasil. crescimento em substratos de baixo custo e alto teor de acar. Este trabalho descreve processo de extrao e caracterizao de carotenoides visando seu uso na indstria alimentcia e farmacutica. O microrganismo utilizado neste trabalho foi a levedura pseudozyma sp 300 por apresentar altas taxas de crescimento em substratos de baixo custo e de alto teor de acar. Aps cultivo, o pigmento produzido foi extrado por diferentes tcnicas de extrao com os solventes: acetona, etanol, dimetilsulfxido(DMSO), associadas ao sistema de ultrassom. Aps extrao, utilizou-se o espectro na regio UV/vis e o infravermelho para caracterizao dos carotenoides. O espectro UV-VIS das amostras de carotenoides foram identificados, a amostra 1 obteve a absoro mxima em 534,97 nm. Amostra 2,3 e 4 teve respectivamente 469,94nm, 454,96nm e 469,94nm. No infravermelho as bandas de absoro entre 3273 - 2880 cm-1 foram muito intensas e largas em todas as amostras, devido s vibraes de estiramento C-H de compostos hidrocarbonetos alifticos. As bandas entre 1700 a 1800 pode ser atribuda deformao assimtrica CH3 e tenso da ligao C=C. A presena das bandas de flexo C-H, tenso da ligao C-C e a ligaes C=C nos fornece fortes indcios da presena de b-caroteno, sendo indicado agora que as mesmas amostras sejam caracterizadas por cromatografia lquida de alta eficincia (HPLC).
Carotenoids are natural pigments responsible for the yellow,
orange and red, used in food, pharmaceutical, cosmetics and food. They are found in fungi, bacteria, yeasts, animals in green tissues of plants and non-photosynthetic organs such as fruits, flowers, seeds and roots. Yeasts stand out for its use as a protein source, growth capacity in low-cost and high-sugar substrates. This paper describes the extraction process and characterization of carotenoids aiming its use in food and pharmaceutical industry. The microorganism used in this work was the yeast Pseudozyma sp 300 to present high growth rates in low-cost, high-sugar substrates. After cultivation, the pigment produced was extracted by different extraction techniques with solvents: acetone, ethanol, dimethylsulfoxide (DMSO), associated with the ultrasound system. After extraction, we used the spectrum in the UV region / vis and infrared characterization of carotenoids. The UV-VIS spectra of samples of carotenoids have been identified, the sample 1 obtained maximum absorption at 534.97 nm. Sample 2,3 and 4 respectively had 469,94nm, 454,96nm and 469,94nm. In the infrared absorption bands between 3273 - 2880 cm-1 were very intense and broad in all samples due to CH stretching vibrations of aliphatic hydrocarbon compounds. The bands between 1700 to 1800 can be attributed to the asymmetric deformation of the CH3 and voltage C = C bond. The presence of CH bending bands, DC link voltage and the C = C bonds provides strong evidence of the presence of b-carotene, being shown now that these strains are characterized by high- performance liquid chromatography (HPLC).
Keyword: Yeast, carotenoids, infrared.
1.0 INTRODUAO:
Os carotenoides so corantes naturais responsveis pelas cores
amarelas, laranja e vermelho, utilizados nas indstrias alimentcia, farmacutica, de cosmticos e rao. Muitos microrganismos produzem carotenoides, porm nem todos so industrialmente interessantes. As leveduras destacam-se pelo seu uso como fonte proteica, capacidade de crescimento em substratos de baixo custo e alto teor de acar1,2.
Os carotenoides tambm podem ser utilizados para o enriquecimento de
alimentos devido a sua atividade pr-vitamnica A e as propriedades que resultam em possveis funes biolgicas benficas sade, tais como o fortalecimento do sistema imunolgico e a diminuio do risco de doenas degenerativas3.
Os carotenoides tm um carter lipoflico forte e so geralmente
analisadas em solventes orgnicos. No entanto, por causa da sua atividade biolgica, a caracterizao destes compostos de grande importncia. Portanto, o objetivo do referido trabalho realizar a extrao com trs diferentes solventes orgnicos e caracterizar cada uma das amostras utilizando a tcnica de espectroscopia de absoro e infravermelho4.
2.0 MATERIAS E MTODOS
2.1 EXTRAO:
O mtodo de extrao utilizado foi a permeabilizao de membranas com
o dimetilsufxido (DMSO), acetona e etanol, utilizando como solvente extrator o ter etlico. No processo de extrao obteve quatro amostras diferentes. Amostra 1- Acetona colorao Rosa, 2- Acetona colorao Amarela, 3- DMSO e 4- Etanol.
2.2 ANLISE EM ESPECTROFOTMETRO:
Os carotenides extrados foram medidos no aparelho. Realizou-se um
branco como segue no procedimento padro e as amostras foram medidas em espectrofotmetro a 450 nm, traando os resultados em um grfico de disperso identificando o pico de cada amostra.
2.3 ANLISE POR ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO:
A espectroscopia no infravermelho tem sido utilizada para identificao de
grupos funcionais. No presente trabalho foi feito a leitura das quatro amostras, analisando assim o espectro caracterstico de cada amostra.
3.0 RESULTADOS E DISCUSSO
3.1 PROCESSO DE EXTRAO;
Para fazer uma anlise qualitativo ou quantitativo dos carotenoides produzidos por leveduras, comumente realizada um processo de extrao dos compostos de interesse. Seguidamente, e realizada uma anlise utilizando tcnicas analticas como cromatografia de gases e espectrometria de massas. Sendo os mtodos de extrao um passo necessrio das anlises das biomolculas provenientes das leveduras, e importante considerar os mtodos de extrao que comumente so utilizados5. No presente trabalho, a extrao ocorreu de modo satisfatria, sendo avaliado somente aspectos qualitativos, e em seguida os produtos extrados foram caracterizados por espectrofotmetro de absoro e espectroscopia no infravermelho.
O espectro na regio UV/vis dos carotenoides de grande importncia
para o analista, pois fornece valiosas informaes sobre a estrutura da substncia. O espectro caracterstico dos carotenoides consequncia da presena da longa cadeira com duplas ligaes conjugadas. Quanto maior o nmero de duplas ligaes conjugadas, menos energia necessria para promover a excitao e consequentemente o valor do comprimento de onda mximo maior. Ao menos 7 duplas ligaes conjugadas so necessrias ao carotenoide para que haja percepo de cor pelo olho humano. O zeta-caroteno, com 7 duplas ligaes conjugadas tem colorao amarela plida, enquanto o fitoeno e fitolueno que apresenta 3 e 5 duplas ligaes, so incolores6.
O espectro UV-VIS das amostras de carotenoides foram ento
identificados. A amostra 1 obteve a absoro mxima em 534,97 nm. Amostra 2,3 e 4 teve respectivamente 469,94, 454,96 e 469,94. Como pode ser evidenciado nos grficos abaixo.
FIGURA 01- ESPECTRO UV-VIS DAS AMOSTRAS DE CAROTENOIS
Os espectros de absoro no UV-Visvel dos carotenides tm um perfil caracterstico entre 400 e 500 nm, com max por volta de 450 nm e normalmente duas bandas menores de cada lado. A posio exata dos mximos de absoro varia de pigmento para pigmento e suficientemente diferente para a identificao de cada carotenide.7 As coloraes variam desde o amarelo, passando pelo laranja, at o vermelho intenso, e resultam das ligaes duplas conjugadas na estrutura mais freqente, do tipo C40.
Foi feita a comparao dos espectros UV-Vis do pigmentos extrados por
diferentes solventes com os espectros de diversos carotenoides j relatados em outros trabalhos acadmicos. O espectro da amostra 1 se aproxima ao espectro das betalanas. O espectro das betalanas depende dos grupos R1-N-R2. Quando R no estende a conjugao do grupo imino, a substncia exibe absoro mxima em 480 nm, caracterstico das betaxantinas. Porm, se o grupo R permite a extenso da conjugao do sistema, a absoro mxima ocorre em 540 nm, caracterstico das betacianinas8. O espectro da amostra 2 e amostra 4 so totalmente similares um ao outro, apresentando uma banda com mx ~469, caractersticos da configurao cis do b-caroteno. O espectro do amostra 3 apresenta grande similaridade com o espectro do -caroteno, sendo observada uma banda com mx ~ 454 nm, caracterstica das ligaes duplas conjugadas do -caroteno9.
Espectros de absoro obtidos no UV / Vis foram usadas para deduzir as
caractersticas estruturais das molculas, no entanto ele no pode ser avaliado sem a comprovao por outros mtodos. As molculas de carotenoides embora constituem uma ampla famlia com uma ampla diversidade estrutural, os espectros so muitos semelhantes uns aos outros. Para identificao e elucidao estrutural de cada molcula, necessrio um conjunto de tcnicas tais como UV/visvel, infravermelho, cromatografia, ressonncia, espectrometria de massa entre outros.
3.3 LEITURA NO INFRAVERMELHO
A espectroscopia no infravermelho tem sido utilizada para identificao de
grupos funcionais. A regio do espectro eletromagntico correspondente ao infravermelho tem o comprimento de onda 2,5 a 15 u (4000 a 667 cm-1). a regio onde est localizada a maior parte da energia das vibraes moleculares. As vibraes de tomos ou de grupos funcionais de um dado composto tm frequncia caracterstica e atravs da anlise detalhada das bandas vibracionais de absoro, consultas das tabelas e compilaes espectrais das literaturas publicadas, obtm-se informaes necessrias para a identificao de estruturas e, consequentemente determinar a estrutura da molcula de interesse6,10.
Usualmente, as anlises por frequncias so utilizadas para determinar a
presena ou ausncia de grupos funcionais em uma determinada molcula ajudando assim na elucidao da estrutura molecular. As frequncias vibracionais dos grupos funcionais podem ser encontradas no espectro em diferentes regies, a Fig. 02 apresenta as regies onde se encontram alguns grupos funcionais caractersticos.
FIGURA 02: Regies espectrais de alguns grupos funcionais caractersticos27
Os espectros obtidos so apresentados na Fig. 3.
FIGURA 03- Regies espectrais de alguns grupos funcionais caractersticos
O espectro no infravermelho das amostras de carotenoides avaliado na regio espectral entre 4000 - 667 cm-1. As bandas de absoro entre 3273 - 2880 cm-1 so muito intensas e largas em todas as amostras, devido s vibraes de estiramento C-H de compostos hidrocarbonetos alifticos. As bandas entre 1700 a 1800 pode ser atribuda deformao assimtrica CH3 e tenso da ligao C=C. Sabe-se que os principais sinais para identificao dos carotenides so de flexo C-H, tenso da ligao C-C e tenso da ligao C=C6,10.
A espectroscopia no infravermelho, pela riqueza em bandas de absoro,
na maioria das vezes de boa resoluo, um mtodo apropriado para obter as informaes necessrias para o reconhecimento e a identificao de estruturas moleculares. Percebe-se se que, diante os espectros obtidos no infravermelho, possvel descartar a presena da betalanas nas amostras. A presena das bandas de flexo C-H, tenso da ligao C-C e a ligaes C=C continua a nos d fortes indcios da presena do carotenoide b-caroteno, sendo indicado agora que as mesmas amostras sejam caracterizadas por cromatografia lquida de alta eficincia (HPLC). REFERNCIAS:
1. Niizu, P. Y.; Dissertao de Mestrado, Universidade Estadual de
Campinas, Brasil, 2003. 2. Silva, M. C.; Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Brasil, 2004 3. LIBKIND, D., BROOCK, M.van. Biomass and carotenoid production by patagoniam native yeasts. World Journal of Microbiology and Biotechnology, 22: 687-692, 2006. 4. KRINSKY, N.I. Actions of carotenoids in biological systems. Annu. Rev. Nutr., Palo Alto, v. 13, p. 561-587, 1993. 5. INFRA RUEDA, D. R.; SACALL, T; BAYER, R.K. Differences in the interaction of water with starch and chitosan films as revealed by infrared spectroscopy and differencial scanning calorimetry. v.40, p.49-56, 1999. 6. SIDNEY PACHECO; Espectros de absoro de luz dos carotenoids. Acesso em 25 julho. Disponvel em: http://www.cromatografialiquida.com.br/carotespec.htm 7. Harbone, J. B.; Phytochemical methods: A guide to modern techniques of plant analysis, 2nd ed., Chapman and Hall: London, 1984, p. 55-136 8. Hamerski, L.; Rezende, M. J. C.; Silva, Usando as Cores da Natureza para Atender aos Desejos do Consumidor: Substncias Naturais como Corantes na Indstria Alimentcia B. V. Rev. Virtual Quim., 2013, 5 (3), 394-420. Data de publicao na Web: 21 de abril de 2013. 9. Marcos Coelho Mller, Delia B. Rodriguez-Amaya, Sergio O. Loureno. Carotenides da cianobactria Synechocystis pevalekii produzida em condies normais e sob limitao de nutrientes. Revista Brasileira de Cincias Farmacuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 39, n. 4, out./dez., 2003. 10. J. Larkin Peter IR and Raman Spectroscopy. - USA: Elsevier, 2011. - pp. 1- 62.