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SAUD LOS = Byles DIAGNOsTICO EEN 713 Uigialiago de Impacto Ambiental: conceitos e métodos Os estudos de base ocupam uma posigdo central na seqiiéncia de atividades de um estudo de impacto ambiental. Séo cles que permitirdo a obtencio das informacdes necessérias 2 identificagio € & previsio dos tmpactos, a sua posterior avaliacio e, finalmente, fornecerio elementos para a cishoracto do plano de gestio ambiental. Por sua vez, 0 tipo ¢ a qualidade das informagdes obtidas por meio dos cstudos de hase serdo determinados em funcio das duas etapas anteriores do EIA, a identilicagao preliminar dos impactos e sua hierarquizaczo (sclesio das questies relevantes} Desta forma, 0s estudos de base funicionam como tum pivd no processo de elaboragio de um estudo de impacto ambiental, ¢ em torno deles gira 2 organizacio dos trabalhos de campo e de gabinete, assim como a estruturagéo do proprio documento, Os estudos de base tém como resultado 0 diagndstico ambiental, capitulo obrigatorio de todo FIA. Os estudos de base tém tamanhe importancia na avaliacko 6e impacto ambiental que multas vezes acabam confundidos com 0 proprio EIA. Isso € particularmente forte quando se adota uma abordagem exaustiva, com sua tendéncia a descrever detalhadamente es mais variedos elementos que compdem 0 meio ambiente aferado, Assim, os estudos de buse fermam o elemento mals amplamente reconhecido dos estudos de impacto ambiental — todos concordam que so necessarios — mas um dos menios compreendidos (Beanland, 1993), jd que a fungao do EIA néo é levantar ou compitar dados sobre o ambiente efetado, mas (nunca € demais relembrar) analisar a visbilidade ambiental de uma proposta, entecipanda as consegiiéncias futuras de uma decisao presente. As funcies dos estudos de base em um ELA sao: fornecer informacées necessarias para a identificagao € previsio dos impactos, € ata sua posterior avatiacao: “® contribuir para 2 defimigdo de programas de gestio ambiental (medidas mitiga Gores, compensatorias, programas de monitoramento e demais componeates de um plano de gestdo ambiental integrante de um: EIA}: estabclecer uma base de dados para futura comparacao com a real situacdo, em caso de impiementagao do projeto. 9.1 FUNDAMENTOS Como podem ser definidos as estudos de base? Uma definigdo genética ¢ a seguinte: Levantamentos acerca de alguns componentes ¢ processos selecionados do meio ambiente que podem ser afetadas pela propasta (projeto, plano, programa, politica) em andtise. Esta definigdo € bem ampla, mas insisie no principio de que os estudos de base nio podem ser entendidos como qualquer acumulacéo de informagées disponiveis; antes, devem ter um foco em “componentes e processos selecionados” que possam ser afetados pela proposta cm estudo. Logo, trata-se de coletar e organizar informacaa {ou seja, compilar informacées existentes ou produzir nova informacao) selecionada, para atender as funcdes dos estudas de base dentro do EIA. Beanlands (1988) correlaciona os estudos de base com 0 monitoramento ambiental. Enquanto os estudos de base descrevem as condigdes ambientais existentes em um Esruos pe Base € Diasudstion Ame dado momento em determinado local {irea de estudo}, mudancas subseqiientes podem ser detectadas com 0 monitoramento, Nesta acepgao, os estudos de base fornecem uma referéucia pré-operacional para o monitoramento e deveriam ser organizados de tal maneira que permitissem uma comparagio entre a situagio pré-projero © aquela que poderia ser encontrada apés @ implantacdo. Tais estudos deveriam, portanto, selecionar indicadores ambientais a serem levantados antes e depois da implantacéo do projeto, de modo que se tratem de estudos essencialmente quantitativos, e que possibilitem a comparacao multitemporal. Beanlands define estudos de base como “deserictes estatisticamente vélidas de componentes ambientais selecionados, feitas antes da implantagde do. projeto" {p. 41). Tal defmigao vai além do conceito formulado no inicio desta secéo, sem deixar, porém, de seguir a mesma linha de raciocinio: nao sé a descrigao da situagao pré-projeto deve ser feita de modo @ possibilitar uma comparagio com a situagzo futura, como precisa ser validada estatisticamente; logo, deve ser rigorosamente quantitativa. Beanlands ¢ Duinker (1983, p. 29) lamentam que poucos EIAs tentem estabelecer de manefra quantitativa qual & a natural variabilidade espacial c tempo- ral de parametros descritivos da situacao pré-projeto, de modo que a comparagao com a situagdo pés-projeto tenha validade estatistica. Na prética & raro que um estudo de impacto ambiental atinfa esse nivel de sofistica- do, mas 0 principio de que a descrigao da situacdo atual deveria tornar possivel uma comparacéo com a situacio depois de implantaco do empreendimento & coerente com o conceito de impacto ambiental da Fig. 1.5. Logo, os estudos de base nZo podem sc limitar a uma descrigdio, por mais rigorosa, completa ou detalinada que seja; seu objetivo mio & apenas possibilitar comparagties multitemporais, mas também, e principalmente, permitir que os analistas ambientais facam previsdes cientificamente bem fundamentadas sobre a provavel situagao futura, Os estudos de base também devem ser realizados de forma a mostrar a dinimica ambiental da area afetada, apresentando uma caracterizacao dos principais processos atuantes na dea de estado (Fornasari Filho et al, 1992), em vez de se limiter a uma descricao estatica do ambiente afetado. Dito de oulra forma, isso significa que os estutios de base devem indicar a evolucdo mais provavel das condigdes ambienéais na area de esrudo, descrevendo-a com a ajuda de indicadores apropriados. Os resultados dos estudos de base formam uma descrigdo e andlise da situagéo atwal de wma drea de estudo feita por meio de levantamentos de componentes ¢ processos do meta ambiente fisico, bidtico e antrépico c de suas interagdes, 0 que é usualmente chamado de diagnéstico ambiental, um retrato da situagao pré-projeto, ao qual vird se contrapor um progndstica ambiental, ow seja, uma projecdo da provével situagaa _fiura do ambiente potencialmente afetado, caso a proposta em andtise seja inyplemen- tada; também se pode fazer um progndstico ambiental considerando que a proposta em andlise néo seja implementada, 0 progndstico ambiental sera resullante da proxima etapa na preparaclo do ELA, que e dos impactos ¢, dentro desta, principalmente da atividade de previséo de 10 porencial de impacto & 4 relagto centre a soltetiagao ou pressda impasta or ws projero e a vulnerabilidade do ambienie aferado, conforme Cap. 5 especialmente Fig. 5.3. aliagdo de Impacto Ambientat: conceitos « métados 0 conceito de estudos de base proposto por Beanlands ¢ Duinker (1983) tem outro ponto importante: abords componentes ambientais selecionados ou, em outras pa- Javras, componentes valorizados do ecossistema (valued ecosystem componenis). Esses autores colocem-se decisivamente contra a abordagem exaustiva, defendendo a necessidade de elaborar-se uma estratégia para os estudos de base que sejam ar- ticulados com as demais atividades da avaliacao de impacto ambiental. Mediante a selegio dos componentes ambientais mais significativos (feita na etapa de scoping ou selegao das questics relevantes), os estudos ambientais sao dirigidos para eluci- dar os principais desafios impostos pelo projeto em andlise. Para Beanlands (1993), parte das dificuldades dos primeiros anos da pratica da ALA derivava da tentative de incluir-se quase tudo em um EIA, resultado de termos de referéncia muito pobres. Dai um dos meios para se focalizar os estudos nas questies relevantes ser utilizar o conccito de componcntes valorizados do ambiente. 9.2 O CONHECIMENTO DO MEIO AFETADO ‘Uma das fungdes dos estudos de base é fornecer dados para confirmar a identificacdo preliminar ¢ para a previsdo da magnitude dos impacios, Pode-se afirmar que, quan- ‘to mais se conhece sobre um ambiente, maior é a capacidade de prever impactos e, portanto, de gerenciar 0 projeto de modo a reduzir os impactos negativos. A Fig, 9.1 ilustra a relagdo entre o potenciai de impacto! ¢ o grau de conhecimento do ambiente. ‘Quanto menos se sabe, maior é o potcncial de um empreendimento causar impactos ambientals significativos, devido, justamente, ao desconhecimento dos processos ambientais, da presenca de clementas valorizados do ambiente e da vuinerabilidade ‘ou da resiliéneia desse ambiente. Por exemplo, considere-se um empreendimenio proposto para uma regio com potencialidade de ocorréncia de cavernas (regido casstica). A dinica maneira de se saber se 0 projeto poderd aletar cavernas, ¢ como estas poderio ser afetadas, é verificanda se elas existem. Em um primeiro momento, portant, quando o conhecimento é baixo (no se sabe se realmente existem caver- nas no local}, & necessirio admitir que o potenciai de impactos é clevado, ou seja, ‘empreendimento pode causar grandes danos ao patriménio espeleolégico. Somente depois de se realizar um levantamento pode-se reduzir a incerteza, O mesmo raciocinio ¢ valido para outros elementos ou componentes valorizadtos do ambiente (por exemplo, espécies de fauna ¢ flora ameacadas, evossistemas de ele- vada produtividade como os manguezais, sitios de importincia cultural, pontos de encontro da comunidade local). 0 raciocinio também se aplica a processos ambientais: a dragagem de win canal de acesso am novo porto podera afetar os padroes de circue aca em um estudrio e ter alguma conseaténcia sobre a fauna? 0 rebalxamenio de uma soleira rochosa no rlo Paraguai no ponto em que este deixa o Pantanal poderia contribuir para secar ov drenar essa vasta planicie de inundasiio? (Essa foi uma ques- t0-chave na discussio sobre o projeto da hidrovia Parand-Paragual Outro ponto ilustrado na Fig. 9.1 € que, quando sabemos pouco acerca das condigoes ambientais de um local, qualquer aquisigio de conhecimento j4 representa um. grande avango no sentido de se entender melhor os impactos potenciais do prajeto. No entanto, a partir de um certo ponto, é preciso um grande esforge de investiga ‘40 para lograr grandes avancos no conlecimento, Como os estudes ambientais sao Esrunos ne Base € Disenostico Asie sempre executados em um contexte de limitacdo de tempo & recursos, € interessante poder idemtificar n momento a partir do qual compensa pouco continuar investinds em aquisigao de dados. Um exemplo pratico dessa limitacdo € dado pela Fig, 9.2, que representa uma curva hipotética de esforco amostral na identificagdo de avifauna. Levantamentos de aves so rclativamente comuns em estuidos ambientais, por- gne esse grupo faunistico ¢ wm bom indicador do estado Tv de confecimento do meio ambiente de couservacdo dos habitats © poraue as espécies sio de Idemtificagéo relativamente facil, a0 contrario de ou- ros grupos. A Fig. 9.2 mostra que, @ partir de um certo momento, 0 esforco adicional de levantamento (representa~ do pelo mimero de dias de campo de um especialista} nfo produz aumento significative no coahecimento (0 miimezo de espécies identificadas), uma vez que 0 ornilélogo passa a ver mals excmplares das mesmas especies, mas poucas novas espécies, ou nenbuma, Isso ocorre porque 0 mimero de espécics de aves em um dado local é finito, sendo teo- ricamente possivel identificar todas. Em um levantamento de avifiuma realizado durante quatro anos em uma uni- dade de conservacio na regio da Serta do Mar, 0 Parque Estadual de Intervales, Sd Paulo, Vielliard ¢ Silva (2003) identificaram um total de 338 espécies, ao longo de 22 campanhas de dois a quatro dias de duragio, espacadas de Fig. 9.2 Curva hipatética da esforgo amostrat na Gois a trés meses. A primefra campanka Identificon cerca de fevontamento de avifeuna. Os nimerasindicados no cem espécies, niimero que ji dobrou apés a segunda; cada Ayurt nda representem, necessariamente, valores campanka adicional representou um pequeno increment tivicas de aentum ecessistema. A figura indica em relagio A anterior. esforgo amastva! continuo, nda tevendo en conta ccampachas de amestrogem reoilzadas em oiferentes ép0cas do ure, pritica que correspande as recorren= dootes ds majoria dos especiotstas A partir deste porto, aumentar o nivel de conhecimente de melo no simi, sigoiicativemente, a conhecimerto solve o potencist de impacto. Fotencial de impacts Fig. 8.1 Representagdo esquematica da refacto entre 0 nivel de conhecimento do ambiente © 0 potencial de impacto ambiental Numero de especies identifeades Tedmera de dia de cameo 9.3 PLANEJAMENTO DOS ESTUDOS 540 muitos os estudos ambientais executados sem que se tenha dado previamente a devida arengio A definigao clara € precisa de sua abrangéncia e escopo (Ross, Morrison-Saunders ¢ Marshall, 2006), 0 cxemplo do FIA da hidrovia AraguaiaTocantins (conforme segdo 6.1), no qual os impactos sobre o turismo nao puderam ser avatiados de modo satisfatério por falta de dados primarios (c por auséncia de dados secundarios}, serve para ilustrar a dimensio dos problemas decorrentes da deficiéncia ou mesmo da tnexisténcia de planejamento adequado dos estudos. 0 caso mostra a auséncia do que deveria ser um principio basico para um bom diagnéstico ambiental, ou seja, realizar os levantamentos necessérios ¢ nao fazer uma compilacao de dados disponiveis. Um outro exemplo ajuda a melhor ilustrar a relagfo entre dados disponiveis ¢ dados necessarios. No projeto de uma nova fibrica de cimento e mina de calcario, um dos itexs do diagndstico ambiental era a espeleologia. 0 ELA fez um levantamento bibliogréfico e verificou que ro havia registro de cavernas conhecidas na regigo, couchuinde sobre Haliacdo de Impacto Ambiental: conceitos e métodos 2A épocn (1989), @ Institue Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovdvets flaama} ainda ndo era ativa na protecto do pasriménio espetectégico. 20 caso deve ser apwectade em seu conterto hristiricn, Embora jd ousesse, ma 6poea, exigéncia legal de levantamento espelcolégico para empreendimentos “porenciatmense sivas ao spatriménio expeleotégice nacional, 0 tema era nose e nee hawia pouens cespectaisas. a inexisténcia de cavernas ne drea da futura mina. 0 empreendimento foi aprovado adminisivativamenie e obteve a ficenca de instalacdo, mas entidades ambientalistes, Gemunciando o risco de destruicdo do patriménio espeleologico, foram & impren- sa, ao érgo federal encarregado da defesa do patsiménio ¢ ao Ministério Pablico, ‘A imprensa regional publicou varias matérias sobye o caso, 0 Iphan (Institute do Patrimonio Historico © Artistico Nacional} abriu um proceso administrativo © 0 Ministério Pablico abriu um inquérito civil, Em decarréncia do inquérito, o empreen- dedar contratou novos estudos, desta vez especificas para prospeccdo ¢ mapeamento de cavernas, que foram efetivamente lacalizados no entorno da area da fucura mina, mas nfo na area diretamente afetada, Esses estudos compiementares acabaram por resolver © problema, que poderia ter sido evitado se os primeiros estudos tivessem sido adequadamente plangjados, definindo quais os dadas necessérios e quats os mé- todos para obté-los* ‘Tais casos mostram a importincia de que os estudos de base sejam planejados previa~ mente — ¢, de preferéncia, que as orientagdes para sua realizacde sejam incorporadas fans termos de referéacia. Tendo em vista que sero utilizados métodos e fécnicas das varias disciplinas cobertas pelos integrantes da cquipe técnica, cabe uma aborde- gem semelhante Aquela empregada emt projetos de pesawise cientifica, com definicia prévia dos objetivos do trabalho, sua metodologia ¢ dos resultados esperados, para cada levantameato. Como afitma Beantands (1993, p. 63}, € preciso dispor de uma estratégia de estudo, um plano para “coordenar os varios programas de coleta de dados ¢ exereicios de madelagem”. 0 planejamento das estutos deve responder a quatro perguntas: 1) Quais 2s informacdes nevessdrias © para qual fimalidade serao ucilizadas? 2) Como sero coleladas essas informagées? 3) Oude serao coletadas? 4] Durante quanto tempo, com quel freliéncia e em que époces do ano sero coletadas? Somente depois de conhecias as respasias a essas quatro perguntas ¢ que se pode iniciar os levantamentos, Caso contrario, ha grandes chances de obter resultados insatisfat6rios, e talvez o trabalho tenha de ser refeito ou complementado. Uma conse- qiiéncia certa de um diagnéstico ambiental insuficiente € 0 atraso wa aprovac3o do empreendimento, Alem disso, 2 realizacao de levantamentos complementares em um EIA weralmente representa maiores custos e sempre hé o risco de contestagées judi- ciais, uma nova fonte de demora e custos adivionais, Dezinigo DAS INFORMACOES QUE DEVEM SER LEVANTADAS Em face da exigéncia de multidiseiplinaridade € da vasta gama de impactos possi- veis da maioria dos empreendimentos para 0s quais so feitos estudos de impacto ambiental, hd um grande risco de que scjam coletadas vastas quamtidades de infor- maces irrelevantes, que sdo aquelas nao utilizadas para a previstio ¢ avaliagio dos impactos, nem para a formulacao do plano de gesttio, e fampotico permitem uma comparagao da situagao ex ave com aquela er post. Basta consuliar uma amosira de EIAs para cacontray-se hoa quantidade e variedade de informacdes irrelevantes na sua maioria. A compreensio imperfeita das fungdes e dos papeis da avaliagao de impacto Esvupos o& Base € Diasndstica AMSleR ambiental resulta em ama tendéncia para se apresentar informacdes disporveis em detrimento das necessarias para a andlise dos impactes ¢, conseqiientemiente, para a tomada de decisbes. Um exemplo pode auxifiar novamente na compreensio do concetto. Considere-se um estudo de impacto ambiental de um projets que cavelva processos causadores dle poluicao atmosférica, como umo using termelétrica ou uma Fabrica de ciaento, Neste caso, niaturalmente um dos impactos mais significativas seri a degradacao dda qualidade do ar decorrente das emissties poluentes. Logo, 0 estudo de impacto ambiental deverd ocupar-se em prever a situagdo futura da qualidade do ar em toda uma zona ao redor da fonte de emissio. Isso normalmecute € feito com @ ajda de modelos matematicos que calculam as concentragdes de potuentes, desde que devi- damente alimentados com dados numéricos sobre as emtisshes propriamente ditas ¢ sobre as condiges atmosféricas para dispersdo dos polucntes. Assim, ao se planejar (9s estudos, devem-se estipular que tipos de dados serdio necessarios (diregoes predo- minantes dos ventos ¢ sua intensidade, classes de estabilidade atmosférica ¢ outros), qual a confiabilidade requerida e ourras condicdes para que a etapa seguinte do ELA, fs previsdo dos smpactos, possa ser executada a contento (couforme Cap. 10). Eccleston (2000, p. 176) comenta que nos EUA, apesar das diretrizes governamentais explicitas sobre focalizago dos estudos — 0 regulamento de 1978 do Conselbo de Qualidade “Ambiental determina que os EIAs devem “desctever sucintamente o ambiente da dhrea a ser afetada” ¢ que “as descrigdes ndo devem scr mais longas que o necessério para compreender os efeitos das alternativas” —, "nao é incomum encontrar um EIA ‘que apresente ina extensa discussdo de recursos ambientais, mesmo daqueles que Claramente no tém potencial para serem afetados”. ‘A definigio da abrangéncia ¢ do alcance dos estudos ocorre normalmente na prepa ragio dos termos de Teferéncla (conforme segdo 6.¢}, No entanto, stem sempre estes siio suficientemente precisos e detaltiados, ¢ podem necessitar de revisdo ou ajuste na execugdo dos estudos. Por ouiro lado, quando as empresas consultoras preparam propostas téenicas comerciais para realizar estados ambientais, dever ter urna esti~ mativa razoavel dos custos dos estudos, de moda que precisam defimir seu escopo € abrangéncia com pequena margem de erro, uma vez que isso influencia sobremaneira 0 custos dos servigos oferecidos. Uma vez iniciado o ELA, ainda é possivel fazer correcbes @ ajustes, embora, na maioria das vezes, mudangas substanciais devam ser justificadas perante 0 cliente ¢ aprovadas pelos agentes governamentais. Canter (1996, p. 117] recomenda que a equipe do EIA deixe explicitas as raziies para incluso ou exclusdo de elementos ou farores nmbieniais nos estudos de base, sugerindo que se apliquem critéries como: @ scoping: elemento selacionade para os estudos de base por resultar do proceso de selegao das questées relevanies ou constat dos termos de referencia: 4 trabalhos de campo: clemento inchuido por ter sido verificado ou constatado durante os trabalhos de campo: 4% julgamento profissional: elemento inetuide em razio da apreciagao da equipe ‘muitidisciplinar: julgamento profissional: elemento exclude por mo Ser uma recurso que possa Ser afctado pelo empreendimento.

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