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ANAUSE Dey sea a4 liagdo de Impacto Ambiental: conceitos ¢ métodos Muitos dos impactos negatives considerades na avatiaco de impacto ambiental somente se manfestam em caso de funcionainento anormal do empreendimento ana- lisado, Por exempla, durante a operacao de um duto de petrdleo, mio se espera que os cursos d'igua atravessados venham a ser poluides com o produtn transportado, € © aspecto ambiental “emissde de 6leo” normatmente mio faz parte dos problemas iden- tificadios. No entanto, s€ duto se romper, o petréleo poder contaminar o solo ¢ as recursos hidricas superficiais € subterraneos, sendo pertinente idemtificar 0 aspecto ambiental “risco de vazamento de petr6leo”, De modo analogo, se a barreira imper- meavel instalada na base de um aterro de residues sélicos apresentar problemas, a gua subterrdnea poderé ser poluida, mas, se a barreira funcionar adequadamente, nao se esperam problemas com a qualidade das Aguas. Pergumtas do tipo “o que aconteceria se...” s80 muicas vezes feitas a0 se analisar a Viebiiidade ambiental de um projet. As conseqtiéncias do mati funelonamento da ‘empreendimenta podem ser mais significativas do que os impactos decorrentes de seu funcionamento normal, Sio sitwacdes que tipificam riseo ambiental. Podem ser muito graves as conseqiténcias de eventos coma explosio em uma indiistria quimica, vazamento de petréleo em um oleoduto ou a ruptura de uma barrage. 0 risco ligado a tals acidenies iecnoldgicus &, legitimamente, uma preocupagdo a ser levada em conta na andlise dos impactos ambientais desses cmpreendimentos. No dia 10 de julho de 1976, em uma industria quimica situada na iocatidade de Seveso, norte da Itélia, rompeu-se uma valvula de um vaso de presto contendo solventes organoclorados; uma muvem de gases elevou-se a 50 m de altura e foi dispersa pelos ventos, espalhando dioxina em uma zone de 1.430 ha e abrigando & evacuacio dos moradores (Alloway & Ayres, 1993). Outros riscos sic menos evidentes. Por exemplo, a cmissio de efluentes liquides comtendo metais pesados ou determinados compostos orginicos pode representar uma situacdo de risco, na medida cm que esses poluentes poderdo se acumular em certos compartimentos do mefo fisico (como sedimetos ou agua subterranea) ¢ em cerios componentes da biota e, eat consegiiéncia, causar danos & flora, A fauna eA saiide humana. E 0 caso do tristememte célebre evento de Minamata, assim denomi- nado quando foi identiftcada, a partir do final dos anos de 1950, a relacdo de causa ¢ feito entre as emissdes de merciirio contido nos efluentes de uma industrta quimiea e tuma doenca degenerativa do sistema necvoso central que atacou ama comunidade de pescadores na baia de Minamata, Japao. Langados dirctamente na pequena ¢ bem abrigada baia, os efluentes continham merctirio, usado como catalisador no proceso de produgio de cloreto de vinila, max téria-prima para a fabricacdo de cloreto de polivinila, o PVC. Por intermédio de mecattismos hoje bem estudados, mas virtvalmente desconhecidos na época, o mercti- rig merdlico transforma-se em metil-merctitio, composto absorvido nelos organisms gue armezenam e concentra 0 metal. As caracteristicas geomorfologicas da baia de Minamata tornam muito baixa a dispersao de poluentes (Ellis, 1989), favorecendo sua absorgio por moluscos, crustiveos ¢ peixes, importantes fontes alimentares da comu- nidade de peseadores. Até 1975, 899 pessoas foram oficialmente reconhecidas como ANAUSE DE Fi afetadas pela doenga de Minamata, das quais 143 haviam morrido em conseyiiéncia; outras 3.454 ainda estavam sendo avaliadas clinicamente. Uma decisae judicial de 1973 condenou a empresa a pagar o equivalente & US$ 35 milhdes em indenizaches as familias de 152 vitimas. Também a cmissio continua de poluentes do ar representa situagées reconhecidas de risco a satide. Por exemplo, a incineragio de residuos sélides resuita na emissio de uma certa quantidade de poluentes ao ar, mesmo com a utilizagao de sistemas de controle ¢ abatimento das emissées. Alguns desses poluentes so particularmente pcrigosos, devido aos seus possiveis efettos sobre a satide humana. E 0 caso do grupo de substancias quimicas conhecida como dioxinas ¢ furanos, reconhecides como carcinogénicos, ou seja, substdncles que tém o potencial de causar cancer. Desta forma, a populacdo que vive nas Imediagdes de macineradores ou de autras fontes de poluigio do ar esta exposta ao risco de contrair doengas do aparello respiratério, ou mesmo cAncer, devido & presence de poluentes no ar. Trata-se, como no caso do mer- catrio, de riscos crénicos, a0 contririo daqueles decorrentes do mau funcionamento de um sistema tecnoidgico, que sto riscos agudos. Para dois tipos de riscos — agudos e crénicos —, ka duas familias de andlise de isco, uma voltada para a andlise de situagdes agudas, como os acidemtes industeiais ampliados, ¢ outra para situacdes cronicas, como a exposi¢%o da poputagiio a agentes fisicos (como 0 ruido) ou quimices (como substancias quimicas presentes em dguas subcerrancas ulilizadas para abastecimento doméstico). Kotluru (1993, p. 327) prefere dividir a andlise de risco cm Urés classes: (1) andlise de seguranca {avaliaco de risco probabilistica © quantitative}, (2) avaliagio de riscos a satide, (3) avaltacao de risco ecoldgico. Embora o conceito subjacente de risco seja 0 mesmo, as caracteristicas de cacla situagSo sto tio diferentes que levaram ao desenvolvimento de diferentes lerra- mentas. A andlise dos riscos tecnolégicos serd privilegiada aqui, pois guarda mats proximidade com a avaliagao de impacio ambiental. 12.1 TiPOS DE RISCOS AMBIENTAIS Sao muitas as classificagées possiveis pare os chamadas “riscos ambientais". Tecno- légicos ou naturais, agudos ou crénicos sao algumas das categorias wtilizadas para descrever diferentes lipos de riscos. Seu reconhecimenzo necessita de uma definigao prévia de qual tipo de risco se pretende identiftear. A Fig. 12.1 mostra uma possivel classificactio dos riscos ambientais, Dentre os chamados “nalurais” figuram (i) riscos de origem atmosférica, ou seja, aqueles criun= dos de processos e fenémcavs metcorolégicos e climmaticos que tém lugarna atmosfera, incluindo os de temporalidade curta (como tornados, tzombas Wistua, granizo, ratos exc.) e os de temporafidade longa [como secas); (ii) riscos associados ans processos ¢ fendmenos hidrolégicos, como inundacdes; {iii} riscos geoldgicos, que podem ser subdivididos nos que tm origem em processos endégenos, como sismos ¢ atividade valednica, ¢ nos de origem exdgena, como escorregamentos, subsidéncias e processos erosivas e de assoreamento; (iv) riscos bicligicos, relativos A atuacao de agentes vivos, como organismos patogénicos; ¢ (v) riscos siderais, ou seja, que tém origem fora do planeta, tais como a queda de meteoritos. Nole-se que, na caracrerizaciio de situagées 318 eliagao de Impacto Ambiental: conceitas € métodos de risco natural, deve-se sempre fevar em conta a agtio do homem como agente deflagrador ou acclerador de processos isos amblentals . ne tana naturais. Por exemplo, inundagées sao fendmenos naturais na Fiseos Natures maior parte do planeta, mas sua intensidade e freqiiéncia sio Atmesfericos aumentadas devido As agdes antrépicas, como desmatamento Hiarolégtens e impermeahilizag&o do solo, Begins Biolsgfeos Siders 4.05 tiscos tecnolégicos sao aqueles cuja origem esté direta- mente ligada a acdo humana, Incluem-se os riscos de acidentes yr Risens Teenalégicos eecaolégicos (explosoes, vazamentos etc.) ¢ 0s riseos a sauide ae (humana ou dos ecossistemas] causados por diferentes aces antropieas, como a utilizago ou liberago de substinctas gul- micas, de radiagdes ionizantes e de organtsmos geneticamente AA Uma tpologia de riscos ambientois modificados, As atfvidades de risco séo chamadas de perigosas, c incluem, dentte aquelas capazes de causar dano ambiental, muitas atividades industriais, 0 transporte ¢ 0 armazenamen- (o de produtos quimicos, o langamento de poluentes ou a manipulacdo genética. Essas situagdes podem acarretar danos materiais, danos ans ecossisteras ou danos & satide do homem — ¢ nao raro ocorrem os trés tipos de danos. © reconhecimento de uma situacgo de risco depende de imimeros fatores, dentre 05 quais inclui-se o tipo de risco. No émbito dos riscos teenolégicos, ¢ mais facil reconhecer um risco agudo do que um risco crénivo. Tal situacdo decorre primordial- mente do fato de que, no primeito caso, ha facilidade em se estabeleccr uma relacio entre causa € cfeito, 0 que nao ocorre na maioria das situagdes de rise crénico. Ademais, 0 efeito é imediato, enquamto nos casos de risco cronico, como 0 nome diz, manifesta-se a médio ou longo prazo, O vazamento de petrdleo de um duto ou um navie truz efeitos imediatas e vistveis, a0 passe que a liberacao continua de pequenas quantidades de polventes pode no 36 trazer efeitos a longo prazo, mas também tornar incerta a conexdo entre causa € efeito. Em tal situagao, 0 reconitecimento das situagies de risco € mais dificil. Em avaliagdo de impacto ambiental, a preocupacdo com 0 risco normalmente se refere a riscas tecnoldgicos; dentro destes, so 0s Tiscos agudos os que mais chamam a atencdo, No entanto, cim muitos casos, riscos erdnicos podem ser mais significativos gue os agudos, como no exemplo do incinerador, caso onde, embora possa haver perigos como explosdes ou vazamento de substincias, so os eventuais danos & salide ‘que porlem se manifestar a longo prazo a grande fonte de preocupacao e, frequen- temente, de polémica. Por sua vez, os esiudos ambientais tambéem podem tratar das modificactes de processos naturais que resultem em um aumenta de riscos, como uma redovia, que aumenta riscos geologicos de escorregamentus, ou a canalizacao de um rio, que aumenta os riscos de inundacao, 12.2 UM LONGO HISTORICO DE ACIDENTES TECNOLOGICOS Hé diversas razdes para considerar o risco de acidentes na avaliacto dos impactos ambientais de certos tipos de empreendimentos: as conseqiiéncias de um acidente cori ANAUSE DE RF podem representar impactos ambientais significativos, mesmo que sua operagio normal aio os cause, & b4 um iongo histérico de acidentes industriais, Os Quactros 12.1 € 12.2 mostram wiguns dos mais relevames acidentes industrials invernacionais de grandes conseqiiéncias, ¢ acidentes envolvendo bazragens, ilustrando a'muitiptici dade de situacdes de risco. Tratam-se, em sua maior parte, de acidentes catastrétfices, pela magnitude de suas conseqiiéncias, aos quais deve-se acrescentar mithares de acidenies de menores proporcées € conseqiiéncias, como os freqiientes vazamentos de combustiveis € produtos qitimicos. Lagadec (1983), um dos primeirey estudiosos a analisar em profundidade a muitipli- caso dos acidemtes tecnelégicos, fala na “descoberta do risco tecnoligico maior’, surptcendentemente tardia, e ciia como marco dos estudos de perigos um levanta~ mento feito em 1978 na zona de Canvey Island, situada no estudio do rio Tamnisa, que concentrava diversas instalacdes de armazenamento ¢ processamento de produtos quimicos ¢ Bidracarbonetos. Um importante grupo de pessoas exnostas aos riscos sto os trabalhadores das insia- lacdes perigosas. So também aquelas diretamente envolvidas com a prevengao de riscos. Por isso, a Organizacio Internacional do Trabalho (O1T) negoctou um docu- mento sobre a Prevengao de Acidentes Industriais Ampliados denominado Convénio 174, que waz ume definicao de acidente tecnolégico ampliado: Todo acomecimento repentino, como uma entlsseo, um incéndio ou una explosio de grande magnitude, no curso de uma atividade dentro de uma instalacdo ‘exposti aos riseos de acidentes ampliados, em gue estto implicadas wma ou varias substancias perigosas e gue exponhs os trabalhadores, a populagio on © melo ambiente a um petigo grave, imediato ou retardada (Convento OTF 174, 1993). Hé uma preocupacée, justificada, com os “acidentes tecnolégicos ampliados”, as vezes também chamados de acidentes “maiores” (major technological accidents), especial anemte quanto a protecio de vidas humanas, No entanto, muitos acidentes menores, incidentes ou “quase acidentes” ovorrem com maior Ereqtiéncia, e seus efeitos cum lativos sobre o ambiente podem ser significativos — basta pensar em uma sucesszo de vazamonios de petréleo em un estudrio ou em uma seqlicncia de liberagdes acidemais de cfluentes ce uma indistria de celulose. No Estado de Sio Paulo, um sistema de atendimento a acidentes ambientals fot implantado em 1978 ¢, até o final de 2002, havia atendido cerca de 5 mil ocorréncias, As situagdes mais comuns (com 36% dos casos) sto as de vazamento de liquidos (principaimente combustiveis) em acidentes rodovidries, seguida de vazamentos de combustiveis em postos de abastecimento, com 10% dos casos registrados, Somente 7% dos casos atendidos ocorreram em indistrias, enquanto apenas 3% deles se re- ferem a vazamentos em locais de armazenamento de substéncias quimicas, Deve-se registrar, no entanto, que essa hase de dados — 0 Cadastro de Acidentes Ambientais — tem diversas lacunas, principalmente o excessive atimeva de ocorréncias de causa desconhecila. Ademais, tais casos perfazem somente aqueles atendides pela Cetesi ou a ela comunicados, e no inciuem, portanto, as situagées de emergdacia ambiental atendidas pelas proprias empresas. 0 que deve ser ressaliado é que a ocorréncia de 317 318 f= de Impacto Ambiental: conceitos ¢ métodos uadro 12.1 Alguns ecient Industria de grandes conseguéncias ombientos Firtoorough, — Expleséo de uma nuvem de 40 8 80 tde 28 morios, 89 feridos, 2.459 casas afe- de 1978 UK ciclohexano em uma inddstria quimica _tadas em de cielonexano 50 xm! Ode julho +. -Seveso, jtdlia’ Vazamento detetraciorodibenzodioxina 736 pessoas evecuadas, 190. He1976 ° : : imoxicadast 18de marco Costa da Breta~ Vazamento do petralciro Amaco-Cadi 30 mif aves mortas e 230 mil peixes de 1978 nha, Fronca (223.000 t) e frutas do mar? 28 de miargo: Persian |. Ameaga de fiiga’de radioatividade em 250 mil pessoas évacuadas. . de 1979, Tred Mile isand “2 mam rain de kent 10 de revernaro Nisksiiga” Descarritamento de dois vagies sequido "240 mil pessoas evacuadas? de 1979 Canad de explosdes 25 te feveréiro . Culbatdo, Brasil. Vazamento de 7001000 de qasotina 98 martes, 4 mil Fextdos® de 1984. de-um duto seguide-de incéndio. : 18.denovembro Cidade do Explosto de gas natural 452 mortos, 4.258 feridos de 1984 México, México 31 mil evacuados? 2ide dezemtro: Bhopal, india, . Yazamento de jsocianato de’metila’ "4.762 mortgs, 60 mil sessoas. dde.1984 : ne : . vintoxieadas* neh Janeiro de Cubatao, Brasil Vazamenta de duio de aménia 6 mil pessoas evacuades, 1985 65 hospitalizadas® 26 de abril" chemobil, “ Vazamento dé radioatividade! “32 mortos, 136 mil evacuados"™ de 1986 Gedtia re : oe : Bde julho ——Basiléia, Sulga” Vazamento de agrotéxicos Contaminaeic do rio Reno™ e198a 2a de marca. Alased, EUA.”. Vazamento dd petroicifa Exxen-Valder ” 1.000 ki de costa poluida, mais de ge'taag ose : eS a5 milaves mortas! ey Vide julho ~~ Hamilton,” Incéndio em Fabrica de plasticos ‘650 pessoas evacuadas' de 1997 Canad Wede janeiro" Duque,dé- |< ~ Vaxarenite de 1800106 die leo ‘Contaminagae de piaies) mangiics Fe 2000." 5 Conia, Brasil: combusted ur-duto nal vb da" danos pesca © a0-turisnig!* ‘ ‘Guianabara” eS ees acidentes ¢ disfuncées em sistemas tecrologicos nao representa situacdo meramente Cortuita ow ocasionai, mas faz parte dos cextirios usnais de funcionameato de indis- trias, sistemas de transporte © intimeras outras atividades, ainda que se trate de ‘A Diretiva situagdes andmelas ou atipieas. Desta forma, esse tipo de situagio deve ser objeto Européia 96/22/CE, de prograinas especificas de gerenciamento, incluinde aspectas preventives ¢ corre- de 9 de dezembro de 1996, conhecida coma "Seveso 1”, Aeyine perigo como “a propriedade intrinseca de uma substducia perigosa ‘ou de uma situacdio {fisica de poder provocar danos & swide humana efow 00 annbiente” tivos. Na medida em que acidentes tecnologicos resultam em potenciais de impactos ambientals sigaificativos, esses impactos devem ser identificados ¢ analisados no processo de AIA. 12.3 Derinigoes Em andlise de risco, costuma-se difercnciar as conveitos de perigo e risco. Perigo & defi- aldo como urna sltuagio ou condicao que tem potencial de acarrctar conseqiiencias indesejaveis. O perigo é uma caracterfstica intrinseca a uma substancia {natural ou sintética), uma instalagio ou um artefaro — uma refimaria de peiréieo, por exemplo’ Undistria quimico Nyro Ltda. Fonte: tagadec, 1981 sina quimiea iemese (HoFiman-La Rocke}, umo valvuia de seguranca funciana e deixe escopor uma raver de gs; problema ade é percebido evedistamente, mus, nos dias que se seguem, animals nor rem e erioncas devem ser evados és pressas paro hospitos; a zona € interditada até outubro, quonde ‘06 moradores a invadem e retomam sus casas fLogadec, 7981}; a fébrica foi desmentelada dais anos depots, daros estimados enn US$ 150 mithdes, Fonte: Crump, 1993. 2250 km de costa polutla; em 1988 um juz federal armerieana decide por uo indenizagto de USS 85 milhbes, mas noveota municipios franceses pecem US$ 750 mifhics ¢ apelam da senten. Fonte: Crump, 1983. dois reatores de 900 MWY coda, bombas de eitgeracto faharam e o reator porou autemiaticamente, sos utos de refrigeragéo de emeegéncia foram blaqueodos. 0s vagécscontinkerm aroduzes quimicos descanteciaos;0 vazamento causou quatro exptoséesseqten- ciois agadec, 1981). Fonte: Cetesd, wrm.cetesb sega, acesso em 26 de setemibro de 2006. "Fonte: Borronder, Kosperson © Kosperson, 1985. using quimice Union Carbide: dodos stounde Bowonder, Kesperson e Kosperson (1985); ni mero de mortos e feridas & muito dif de avatiar, pois muitos corpos foram cremades € vérios ‘pessoas morreram depois de abandonor & dea: outras fontes estimam 0 amiero de mortos em 3.160 @ 0 de aferatos em 500 mil. Um ccardo judicia fixow o indenizagtio em USS 470 milhies (Counap, 1983) "Ruptura devido a uma inundacdo que se sequia 0 fortes chuvos,theronde cerca de 40 de ads. Fonte: Dean, 1997. Fane: Cie (1989) nuver radiotive atingtu todo Europe, "Using Sondozidevido a um incéncio, 30 tde Fungicidas e pestcidos vezoram de wim armazém que guct= dave mais de tint tipas de produtas quinicos; as equiges de fimpezo descobrirom predutos que no constevam da lista forecide pele Sandoz, descobvindo-se entéo que na véspera 0 vizinha Ciba-Geiay {amber tia to wm acidente (Crum, 1983), Yazomenta de 40 mil de um cerregamento de 200 mil levi ¢ um erro de pilotagem; custo do in peza cima de USS 2 bhaes (Crump, 1993) “Sinctndta evou quarto ties puru ser apagado;uma inverséo térmica difcultou adispersdodaspotuentes. Fonte: Environmental Science & Engineering, setembra 1997, . 24-75) Mobronski, Azeveda, ¢ Morera, 2008, Dentre as fontes de risco, hé ume preocupactio especial com as substdneias quimteas perigosas, definidas pelo Convénio 174 da OIL como “toda substancia ou mistura que, em razio de suas propriedades quimices, fisicas ou toxicolégicas, seja sé ou em combinagao com outras, tepresente um perigo". Ha classificages internacionais de periculosidade de subsidincias quimicas e cada uma tem um cédigo, conhecido como “ndmero ONU”, que a identifica, O uso de eédigos evita que substancias sejam confun- didas devido # semethancas de nomenclanura ou durante o transporte internacional. Ja 0 Tisco € conceituado como a contextusiizago de uma situacdo de perigo, ou seja, a possibilidade da materiatizagao do periga ou de um evento indesejado ocorrer. Uma substancia perigosa nao identificada e armazenada em recipientes mal vedados representa um zisco maior do que uma situagio em que ha identificagio clara da substéncia, quando as pessoas que a manusciam conhecem sua pericutosidade hd procedimentos de seguranca para 0 mamuseio. Assim, risco, como defmnido pela 320 21 de maio de 1989 27 de abr de 1695, 12 de marco de 1928 2 de dezem- bro de 1959 ide outubro de 1963 7-de agosto. de 1975 5 de junho de 1976 Agosto de 1979.0 14 de maio de 2003, ‘Sprogens e Mayfietd, 2005 2Donnely e Morgenroth, 2005, 2Smith, 1995, Bock, 1990. aliagdo de Impacto Ambiental: conceites e métodos Johnstown, Pennsylvania, ELA, “ Bouzey Epinal, Franca St Francis Bam, San Francisqulto Canyon, Califéenia, EWA Malpasset, res, Var, "Franea Veiont, italia Barigiao'e'Shimeinton Henag, China. Teton Dam Idaho, EUA, Machu tt Gujarat, india Silver Lake Dam, Tourist Park Dam, Marquette, Michigan, EUA Alvenarla i= 27 mf = 525m Concreta Ht = 60 m consteuida entre to26¢ 1928 arc de coricrete B= 66 rf 1-223 m ‘Arco de conereto H = 276 m Y= 120 Mm? Ho Huai fafiwente Yanotse] Terra H=93 mj 1-910 m Terra H— 26m, SGoural, 1999. Muller Solzbur9, 1987 *Ponizzo et ab 2005. SheCuly, 1995, Iineraedio de 2.208 mortas'? 20 mt de Agua e sedimento Ruptura do corpo, lihesacke 85 mortos, danos-2 de-7 Mi? Aqua vila, ferrovias, canais, ¢ fazendas? Problemas nas ombreiras da 480 mortos, dez pontes bbarzagern e mais de 1.200 casas destruidas! Priming encbitrentis”” "439 miortos) 350 casas Problemas na furndagdo da desttuidas, ante e | barrager rordovia danificatas, onda de cheis de 2058 de altura® : Ruptura de talude rochoso 1.925 mortos (270 Mi’), que caiu sobre 0 cidade de Longarone reservatirio 2 50 m da erista destrutda®? da barragem, onda sobre a vista Rupturd te 2 batragens 240 jnil mortos, principais © 62 cutras aps. cerca dé 2 milhes. de chuvas com periodo de pesseas desabrigadas®? retoro de 2 mil anos Ruptura do macigo apos Onda de chets de 22 m petcolacéo, primeira Ge altura, 14 mortos, enchimento ‘anos ce USS 400 Ma USS 1 bilnao"™ Onda te cheia 2800 mortos* Galyamento Erosdo do exiravasor de Evacuacdo de 1.872 emergencia, seguida de pessoas, danos de ruptura US$ 100 mithdes, Liberagao de cerca inundagao de casa de 900 mil m? de de forge, fechamento sedimentos de duas minas e dis~ pensa de 1.100 traba- thadores gor semanas!" Psonielln, Zhang e MeKay, 2008. ‘Oa ottey, 1972 "Hats eta, 2002, "FERC (Federal Energy Regulatory Commission), 2004. Society for Risk Analysis, € 0 potencial de realizacao de consequéncias adversas inde- sejadas para a satide ou vida humana, para o ambiente ou para bens materiais. Risco pode ser definito de modo mais formal como 0 produto da probabilidade de ocorréncia de um determinado evento pela magninide das conseqiiéncias, ou R=PxC Utilizando-se essa expresséo, € possivel calcular matematicamente diversos riscas & comparar diferentes situegdes de risco, Pode-se, por exemplo, tentar responder a seguinte ANAUSE DE Ai pergunia: a produgto de energia de origem nuclear é mais arriscada que 2 de origemn hidrelétrica? A construcao de grandes barragens para fins de geragao de energia tem pouco mais de cinquenta anos, mas barragens so construidas ha sécules. Muitas néo resistiram € romperam. Contabilizam-se algumas centenas de casos importantes de rupturas de barragens. Esse nimero nao pode, naturalmente, ser avaliado em termos absokutos, pois ha diferentes técnicas construtivas de barragens ~ que evoluiram em fungao da experiéncia pritica, inclaindo aquilo que fol aprendido estudando os casos que deram. errado — ¢ diferentes critérios de dimensionamenco das estrutaras que permitem a passagem de agua — mais de metade dos casus de ruptura devem-se @ excesso de Agua nessas estrucuras, que, 20 nao dar vazdo, permitem que a agua passe sobre 0 corpo da barragem, fen6meno chamado de galgamemto, Assim, deve-se considerar que certas barragens representam maior perigo que outras Por outro Jado, as consegiitncias da tuptura de uma barragem dependem de sua localizagéo € do potencial de danos possiveis. Uma berragem situada a montane de uma ares densamente habitada, por exemplo, teré conseqiiéncias graves caso se rompa, enquanto uma harragem localizada em regi@o de baixa densidade popula- ional tera conseqiiéncias de menor monta, ou menor magnitude, no que se refere a perdas de vidas humanas e danos materials. Podera, todavia, ter conseqiiéncias ecolégicas importantes. 0 grau de risco depende, pois, da magnitude das conseqtiéncias; o mesmo raciocinio pode ser aplicado a duas instalagdes industriais idénticas, porém situadas em locais diferentes. A avaliacko de riscos & uma atividade correlata avaliacto de impacto ambiental, mas as duas se desenvolveram "em contextos separados, por comunidades profis- sionais e disciplinares diferentes” (Andrews, 1988, p. 85). A avaliagdo de riseos é usualmente realizada em trés etapas (Carpenter, 1995; Kates, 1978). 4 identificagao dos perigos; *# anlise das conseqiléncias ¢ estimativa dos riscos; 4 avaliagdo dos riscos; ® gerenclamento dos riscos. Grima et al (1986) conceituam esas etapas. A estimativa do risco é uma tentativa de estimar matematicamente as probabilidades de um evento ¢ a magnitude de suas conseqliéncias. A avaliagio do risco € a aplicago de um juizo de valor para discutir ‘a importancia dos riscos ¢ suas conseqiiéncias sociais, econémicas ¢ ambientais. Jd 0 gerenclamento dos riscos ¢ um termo que, para esses autores, engloba o conjunto de atividades de identiftcagdo, estimacdo, comunicago e avaliagto de riscos, asseciado @ avaliagiio de alternatives de minimizacao dos rivcos e suas conseqiiénei Se risco é entendido como a conjugacao de probabilidade de que ocorra uma fala com a magnitude das conseqiténcias, entdo o gerenciamento de riscos deve agir sobre ambos. Assim, medidas de prevenczo de acidenies devem ser associadas a consideracdes sobre localizacao do empreeniimenta, a2 32 cL de Impacto Ambiental: conceitos e métodos 12.4 Estupos DE ANALISE DE RISCOS Em um cstudo de risco, além de se buscar identificar os perigos e estimar o risco (ou seja, estimar matematicamente as probabilidades de ocorréncia de um evento e a magnitude das conscqiiéncias), deve-se propor medidas de gerenciamento. Estas se dividem em medidas preventivas (visando reduzir as probabilidades de acorréncia e, Por conseguinte, reduzit os riscos) ¢ agdes de emergencia (medidas a serem tomadas no caso de ocorréncia de acidentes).. Os esiudos de risco podem ser integrados aos estudos de impacto ambiental ou ser conduzidos como avaliacées separadas do ELA. Esta iiltima forma é€ usada no Estado de Sao Paulo, onde cabe & Cetesh exigir e aprovar estudos de andlise de risco (EARS), a0 passo que cabe ao Departamento de Avaliacao de Impacto Ambieatal da Secrctaria °No Estado de So do Meio Ambiente a andlise dos EIAS*. Paulo, a Cetesh droceimentos S20 exigidosestudosde andlise de risco para olicenclamento (instalagéo ou ampliacao) de andiise de de certas indiistrias ou outras atividades potencialmente perigosas, e esses estudos isco desde us so sistematicamente necessarios nos casos de sistemas de dutos de transporte de anos de 1990. — petrdleo e seus derivados, gases e outras substancias quimicas e plataformas de pe- on 2 iaheaten tréleo ou gas. Os critérios de classificagdo das instalagdes perigosas e conseqiente Jmagosto de 2003, Cxigencia de estudos especializados sobre risco baseiam-se no perigo de uma insta~ Diario Oficial do laGa0 para a comunidade € 0 melo ambiente circunvizinho, caracteristica que, por Estado 123 (156), sua vez, depende diretamente dos tipos de substdncias quimicas manipuladas, das 20 de agosto de quantidades envolvidas ¢ da vulnerabilidade do local. A Fig. 12.2. mostra esquemati- 2003, p. 34-43. camente os critérios para exigéncia de estudos de risco no Estado de Sdo Pauio. Desta ae, faa forma, a triagem de empreendimentos para realizagdo de EARs baseia-se unicamente vero Celess 0 fato de que, em determinadas instalacdcs industriais (Fontes de poluicao}, podem {2003}, ocorrer acidentes ambiencais. A avaliagio de risco ainda nio sc estendeu, inistitucio- nalmente, a outras atividades que causem impactos ambientais significativos. Ha dois tipos de estudos de riscos em Sto Paulo: os estudos de andlise de risco os planos de gereniciamento de riscos (PGRs), que, por sua vez, podem ser de dois tipos. O PGR 1 é empregado para empreendimentos de médio e grande porte, ao passo que 0 PGR II é exigido para empreendimentas de pequeno porte. Basicamente, o EAR é um estudo mais complexo e detalhatio que 0 PGR e pode incluir a andlise quantitativa de riscos. Os eritérias para exigéncta de um EAR baseiam-se no tipo © na quantidade de substincias perigosas armazenadas Peveulsdde dos emits ena distancia entre as instalagdes industrials ea popula «do entorno, até as vias ptiblieas. Ademais, a regulamentagtio t__,_____ paulista prevé que sera exigido um EAR em todos os casos ‘Nivel de peviulosidade-'Yulnerbitidode” de licenciamento ambiental de dutos externos a instala- st nstllagdo “Ue regio. Goes industriais destinados ao transporte de petrdleo ou Ut derivados, gases ou outras substincias quimicas, assim “ipso ela como para piataformas de explotacao de petréleo ou gas. Os EARs tém um conteido especifico e devem descrever as instalacées analisadas, identificar os perigos, quantificar Fig. 12.2 Critérios gora exigéncio de estudes de arailise de isco

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