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Donna M. Genett ats SUZ = Fw aro uer riu de re- em 1 ard ja- CONHECA JONES E JAMES: nte TAO PARECIDOS E TAO fi- DIFERENTES ver va. or- Jona Jones Jr. ¢ John James Jr. no eram primos. . i Comuns. Cresceram na mesma cidade, na mesma rua ¢ ue 3 moravam um ao lado do outro. Suas mies eram gé- meas idénticas ¢ grandes amigas que se casaram com John Jones ¢ John James quase na mesma época. Sur- HirAS pessoas mn o tempo, todas as 0 de Jones ¢ Tames. Co! lidos. também adotaram os ape ” Niigait sabia se aS semelhangas entre os primos eram causadas pelo fato de as mies serem gémeas idénticas. No importava; os primos pareciamn Senos agiam com tal. Antes de entrarem para 0 jardin de inffincia, tinham descoberto a arte de confundir deli- beradamente a famflia ¢ os amigos. No ensino funda- mental, eles a aperfeigoaram. No ensino médio, pas- savam quase todo o tempo livre juntos, freqiientavam as mesmas disciplinas e praticavam 0S Mesmos espor- tes. Eles ocupavam o mesmo patamar tanto como alu- nos quanto como atletas. Os primos foram para a mesma faculdade e conti- nuaram a freqlentar as mesmas disciplinas. Eram um pouco criticados por causa disso, mas qualquer um que prestasse atengao podia ver que eles nfio faziam essas escolhas devido a algum tipo de dependéncia. A verda- de era que cles apreciavam genuinamente as mesmas atividades € tinham prazer em realiz4-las juntos, por assim dizer. aces teenasine ne a casando-se com irmis gémeas em uma cerimonia dupla (naquele ponto, iti guém mais se surpreendia — a situa 1 divertida curiosa). Formaram suas ee oe. 2 i id CONRIGA JONES BIAMES ma época. Conseguiram empregos na mesma empresa ¢ financiaram a compra de suas casas no mesmo quar- teirao. Além do mais, os dois desempenhavam suas fungdes muito bem. Todos estavam felizes. Tudo pare- cia bem. E tudo estava bem, até Jones e James serem pro- movidos a gerentes. Seus escrit6rios ficavam em anda- res diferentes, entdo, no in{cio, eles nao se viam muito. Por um tempo, cada um supdés que o outro estava, como de costume, reproduzindo sua prdpria experién- cia. Mas esta ndo era mais uma suposi¢iio segura, James comegou a notar certa diferenga. E ainda por cima nao cra uma diferenga pequena. Pior ainda: era algo que parecia estar aumentando! Veja bem, Jones freqllentemente safa de casa apés tomar um café-da-manha sauddvel e voltava a tempo de jantar com a familia. O hordrio de James niio era nem um pouco regular. Na verdade, a agenda de James Parecia ter explodido, Ele, frequientemente, nao toma- va café-da-manha a fim de chegar no eseritério um © PODER DR DELEGAF Por outra Guerra Civil, levava as criangas para neamPet i wee que lado, havia tantas tarefas que James tinha ee jue § i ele raramente tinha tempo para aquelas 4 mente queria fazer. eadiite Em seu aniversirio, a esposa de Jones 0 pres ou com férias no Havaf, para dois. A esposa de James mal estava falando com ele, e isso o perturbava muito em seu coragao e¢ em sua mente. Jones tinha boa aparéncia — era saudavel e estava em forma. Provavelmente devido ao golfe e ao sol. Ele ainda corria trés ou quatro vezes por semana. Quando James olhava para baixo, via uma barriga protuberante. E sentia-se mais cansado do que gostava de admitir. O déficit constante de energia fez James viciar-se em café, o que parecia deix4-lo mais atento — nas quanti- dades que ele bebia, porém, 86 0 deixava mais irritdvel, No trabalho, Jones sempre parecia conversar, sorri« dente, com o pessoal de sua equipe e envolvia-se em varios eventos da empresa e da comunidade. Era explicito © quanto gostava de agir como mentor, — mostrando-se sempre disponfvel. James nito tinha tempo a perder. E, mesmo que conseguisse encontrar tempo livre, no teria mais energia. Cada tudo 0 que ele: f vez mais, — que ele queria era chegar ao fim do casa e desabar. dia, ir para 3 doe alegre com suas tropas. Para falar a verdade, todos no departamento de Jones pareciam relaxados ¢ ale- gres. Nao era de admirar. Bles atingiam e ultrapassa- yam as metas contando piadas ¢ indo para casa na hora. Infelizmente, o departamento de James estava cada vez mais deficitario. Eles niio alcangavam suas metas. O chefe de James estava preocupado e vigilante. Os empregados de James estavam inquietos e queixosos. A famflia de James estava, digamos, igualmente in- quieta ¢ queixosa. James também nao vinha se sentindo muito bem. As vezes, seu pescogo ou sua cabeca dofa, ¢ ele estava comegando a perder as esperangas de se equiparar a Jones. Nao parecia justo. Como © primo, James sempre tivera excelente desempenho, Quando tinha de se pre- ocupar apenas consigo no trabalho, ele conseguia rea~ lizar qualquer atividade a que se dispusesse. Agora que era gerente, ele niio s6 tinha de fazer o proprio traba- que seu pessoal nha de ser feito O PODER DE ONLEGAR A carga adicional de trabalho era enorme. Tinha relatrios para produzir © outros para avaliar. Me™ randos e publicagées especializadas aguardavam Sua leitura. ReuniGes contavam com sua preseng? Além de tudo isso, tinha afazeres administrativos — ISP ¢&0 de desempenho, contratagiio, demissio €, Mais vezes do que gostaya de pensar, repreensdes- James soube de varias reclamagies, principalmen- te sobre o fato de ele nunca estar disponfvel. Também algumas sobre ele perder a paciéncia com muita facili- dade, Porém, com sua carga de trabalho, havia pouco tempo para passear pelo andar e ele estava, quase sem- pre, tao cansado e to estressado que se esquecia de usar 0 tato, Seu chefe dizia que ele devia delegar mais. No entanto, toda vez que James tentava dividir um pouco de sua carga de trabalho com outros, acabava com Ses fever © trabalho iho ene feito correta- oe para James arrumar o resultado da CONHEGA JONES B JAMES Ele comegara a se perguntar se o dinheiro que tinha ganho com sua promogio valia o prego que ele ¢ sua famflia estavam pagando. Ainda assim, nio queria perder o saldrio nem a oportunidade. Ele se sentia Bem tarde, certa noite, enquanto dirigia de volta para casa ap6s perder mais uma vez 0 jantar com a famf- lia por causa de problemas no trabalho, James chegou a uma conclusdo. Ele tinha de dar fim & sua paralisia e fazer algo. Algo diferente, que nunca fizera antes. Preci- sava tomar varias atitudes. s novas atividades poderiam tornar-se difi- ! Mas isso nao seria problema. Ele 2 JAMES INVESTE EM DELEGAR TAREFAS ames sempre foi um bom solucionador de proble- ; mas, pelo menos até aquele momento. Achava que a melhor maneira de comegar a resolver a questo era conversar com Jones, Jee arene a ean crn ene. Sugeriu que almogassem juntos — ¢ James niio parecia to disponfvel nos tiltimos tempos —, Jones agit como se nao fosse grande novidade, Mas era. Na verdade, ficou bastante surpreso. Pela Primeira vez, algo muito diferente estava acontecendo em suas vidas. — Entio, Jon — disse James, batendo no ombro do outro, como faziam quando eram garotos. — Como esta se saindo? Est4 gostando de ser gerente? Jones sorriu. — Tive minhas dtividas a princfpio, mas até que gosto bastante. Acho que combina comigo e¢ sinto que sou bom nisso. Gosto de estar no comando. & muito gratificante. James retribuiu-lhe o sorriso. Gratificante no seria a palavra que ele escotheria. J4 era hora de aprofundar y JAMES INVESTE BM DELEOAR TAREFAS tar novos desafios e estendé-los a todos, a toda a equi- pe, e, digamos, pér a mio na massa, por assim dizer. Jones parou um momento e depois continuou: — Poucos aspectos em minha vida causam uma sensagio tio boa quanto fazer parte de uma equipe vencedora. — Ele inclinou-se para a frente mais uma vez, colocando os quatro pés da cadeira no chao, ¢ olhou para James, que tinha o rosto franzido. — Vocé niio parece estar sobrecarregado — disse James. Jones concordou com a cabega. O cenho de James franziu-se mais. — Ent&o, qual é o seu segredo? Como vocé geren- cia? Vocé tem um clone em algum lugar para substituf-lo algumas vezes por semana ¢ fazer o seu trabalho enquan- to vocé dorme? Jones riu. — Diga-me onde conseguir um! Nilo, nada de clone, pierced sci espn 0 PODER DE DELEGAR — 18806 fitcil demais — disse James, mas sua CUNO- sidade tinha sido despertada. — Parece-me algo &**#a- do de um livro de administragiio. Sou eu aqui. Diga a verdade. Quando vocé delega trabalho as pessoas, elas normalmente no encontram um modo de confundir tudo? O fato de delegar niio faz com que vocé simples- mente tenha de consertar a situagao um pouquinho mais adiante? Jones deu um risinho. — Ah, sim, isso pode acontecer, especialmente no inicio. Pensei que meu pessoal fosse preguicoso, nao estivesse motivado ou simplesmente niio fosse compe- tente o bastante. Entdo Jennifer, uma de minhas subor- dinadas diretas, me corrigiu. Agora James estava realmente interessado, — Est brincando? Como ela fez isso? Quer dizer, Por que precisou ser corrigido, afinal de contas? rmo sy & o mM Oo F JAMOS IN VESTE EM DELEGAR TAREFAS ft Entao voltei para o escritério © esperei. Mais tarde, naquele dia, cla voltou com algo totalmente diferente do que eu queria. Nao fiquei satisfeito e tentei dizer isso a ela com cuidado para nfo magoar seus senti- mentos. Cara, que besteira! — O que aconteceu? — Por alguma razio, ouvir que Jones fez besteira causou uma sensa¢io boa em James. Jones também é humano, ele pensou. £ bom lembrar. — Bem no meio dos olhos. Cara, ela ndo me per- doou. — Jones come¢ou a rir novamente, — O qué? Vocé est4 brincando! Vocé permitiu isso? — Olhando para tras, isso é que 6 engragado, Tudo o que ela disse para mim foi no alvo. Ela me alfinetou. O que eu pensava ter sido erro dela, na verdade, era meu! E a conversa que eu pensei que seria para punir Jennifer terminou com ela me colocando no devido lugar. Tudo 0 que ela disse estava correto! Eu nio podia discordar. Que tal tomar isso como uma ligio de humildade? James engoliu em seco ¢ limpou a garganta. Afinal de contas, 0 que foi que Jones achou tio divertido em — Entiio, 0 que ela disse, se voce ndo se importa TST ee ee ae ee incapacidade de realizar a tarefa. Eu sabia que 8 capaz de faz@-1o, ou no teria pedido, O problema © minha falta de detalhamento do que eu desejav- — O qué? Sua falta de detathamento? Explique-se — Eu pedi que ela fizesse algo que ela nunca tinba feito antes. Pedi que montasse um folheto para nossa nova campanha. Eu sabia que ela possufa inclinagdo artistica € pensei que apreciaria a oportunidade de usar sua criatividade. No entanto, ela voltou com algo total- mente diferente do que eu tinha imaginado e esperado. Nao condizia com a imagem de nossa empresa. E nao €ra s6 isso: ndo tinha o contetido apropriado. Ela fez um folheto, tudo bem, era exatamente o que eu pedi, mas que estava longe do esperado, “Quando comecei a conversar com ela sobre isso, explicando tudo © que ela nfo tinha feito corretamen- te, ela me interrompia: "Voce nibo disse que tinha de ser assim’, Soe8 ate eapticen que tinhe de sor nease for- (0 EEE que ela teria feito um grande trabalho se et tivesse explicado em detalhes 0 que eu desejava. Combinamos que daquele instante em diante nés dois fos assegura- ramos de que ela entendera claramente minhas expec- tativas. Agora, quando delego uma tarefa para Jenni- fer, sou claro ¢ detalhista. Peco até que ela repita o que eu disse para confirmar que compreendeu da maneira correta. E precaugiio.” James ficou em siléncio por um momento, absor- vendo tudo. — Uau — ele disse finalmente —, é simples, mas realmente importante. A verdade é que nunca pensei sobre isso dessa maneira. Jones sorriu ¢ bateu no brago de James. — Nem eu, amigiio. Nem eu. Quando James voltou para 0 escritério, pensou nas varias tarefas que tinha designado nos dias anteriores. JAMES INVESTE EM DRLEGAR TARHPAS Naquela tarde, James chamou Jason ao escritério. Estivera pensando em uma tarefa recente que tinha delegado a Jason, que no a realizara bem. A conver- sa subseqilente também niio fora boa e, desde entiio, havia tensdo entre eles. Nas ultimas horas ele vinha tentando ver a situagao pelo olhar de Jason para che- car se o que tinha acabado de aprender poderia se explicar ao que acontecera entre eles — talvez até mesmo melhorar a situa¢ao. — Jason — disse James —, lembra-se daquele tra- balho que eu passei para vocé na semana passada? Aquele sobre o qual falamos mais tarde? Jason olhou pela janela. — Claro que lembro, Como poderia esquecer? Tentando niio ficar chateado, James continuou: _ me sentiu que realmente compreendeu o i © PODER DE DELEGAR: Ber, tenho pensado nisso, tentando compreen- der 0 que aconteceu. Entio me deixe fazer Out® Per- gunta: Se vocé niio havia compreendido

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