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Bboy: 0 ITERARIA Oo (4) OPERADORES DE LEITURA DO TEXTO DRAMATICO Soi Aparecida Vido Pascolati FENOMBNO TEATRAL: TEXTO ESETACULO Pode-se considerarateatalidade alg intrinseco2o ser humano na medida em que o wato tem crgem em rituals como danas wibas, tos zligosos ot cerns plas o anda ma tend ‘humana, particularmente infant de experimentaro mundo por mio do jog, do Kidico. risttles (0983, p. 27; 148b 5.9) advere ma Pin que a imitagio ~ que nfo deta de ser uma forma de tenalidade, de percepedo da vida social como representacio eaprendiado ~ 6 natural 0 ser mano « fonte de prazer. Contemporaneaments, vemos a testralidade ocupar mit dimensSes de nossa vids: os shows musics de hoje so veradeiras mege-produsées que inluem dana, iuminaio, encenaio, piroteena, tos tos mas ipa, nos mas diferentes redos,retomam os efioe tetris ‘emotamenteiliados n Tdade Mii; teatro de rua tem sido fre instrument deinformacio ef ‘ou conscientzaio social polts; a pbliidade tem se valid de recursos dramdtcos para eigso ke propagandas dos mais diversos produto; até mesmo a simblagtes de operespoicins tém sen ‘etordramsico. A obseragio dese cenirio leva Martin Esslin (1978, p 1-8) a constatr que “0 rams como tenica de comunicagso entre seres humanos pra para nha fe completamente nova Aedesenvoviment [..)", ao podendo nossa concepeio de drama resting 30 expeticlo teal, afin, “aravés dos veieulos de eomuicago de miss, o drama taneformatae em im dor mais poderoros melos de comunicaio entre os Seres humanos” ‘Apmlava teatro tem origem no greg eto que signifies miradouro, gi de onde se 8 se observa alg, por as orrm ex astcado 3 are d representao nica, indrando também local onde arepesentagio acontece; visio e abseracioimplicam a idela de pobli, plata, asisénca ese modo, otermo teatro ¢ asociado 4 dimensio espetacular do fenmen> tetra. a palaa drama, em greg, signin a0, remetendo 3 exrténci de uma tno, de wn confit entre ‘vontades dis personagense uma consequentedindmica de aus efeto ene sas ages. Difertemente dos demas gneros, «esto do gnerodramiticoimplicauma dupa dimensio: estudo do testo, 0 que chamamos iteratura drama, e o estado do espeticalo, «outa fae do endmeno tara. Em sua origem, na Grécia antiga, e conforme torizado por Arstteles, 0 drama ne @rreorars carcteris-s pelo modo de imitagio gue prescinde da medingSo de uma nstnca mrratv,langando {ino de stores que agem diftament; pot so, ao tata das partes da tage, Aristeles (199, p38; 1489b 52.33) sims que "oepetienlocénica hide ser necesaramente uma das pares d tages" -Maso réprio eric, mae aan, considera espetiulo cco “o mais emociononte, mas também [elo menor arstico& 0 menos prpro ds poesia. Na verdad, mesmo sem a reresentago e sem ores, pode a tapdia manfestar sete efits; alm disso, arealzagio de um bom espetclo mais depend do cendpafo que do poeta (ARISTOTELES, 193, p. 45; 14505 17-20) Arstétls tanto hos far consideraroespeticulo como parte easencal do drama quanto nos lembraqueo texto pode ing sus finalidadesindependentemente da representaco cEnica. Ouse, apes abre camino para qoe ganhem corpo a discusdes sobre prevalencia do text sobre o espetiul vieevers, ‘rabalhosrecentestém procurado aparr esas rests do texto aristolic, dene eles ode Dash [Malhadss (2008), caja propenta compreender o papel ca importiacia do espeticulo no contexto Gb produgdo amie cliscae ds formulages aritoélica.Apoiadana primera afrmaco aqui Imencionads, 2 autora demonsrs que 3 orgaizacio da aio das tags cliscascontempla & ‘imensinespaacular do exo, Resumidamente, pedemoe firma queapalavaadgure uma dimensio specular ao conduzir’ vistlizago de gests, movimento, expresses et ‘A relado de interdependéncia ente texto « eapeticulo tem sido alvo da teflesio de viios cstutionn, muita veaesdvidndo opines. Para alguns o texto dramdtico 56 se ralizaplenamente quando de sua atalzago cEnica, como afm Anatol Rosenfeld (1997, p. 35). "O paradoxo da Tteraturadramtiea€ que ea no se content em et Iiteratra, ji que, send ‘ncomple’, exige a complementagio cenica. Também Marin Esshin (1978, p16, a0 procurar eabelecer a naturezs do rama firma: "O que fi com que o drama seja drama €precisamenteo elemento que reside fora © lem daspalavas, que tem de se visto como afoot epresentado ~para que osconcits do autor “leancem sua plenitude” Outros dscrdatn da ide de incompletade do texto dram, afirmando Sr anton, ou melhor, 2 astonornia de ambas as manifestages: {1 Aten ambi pu un vine pin no pe ad sr ale 0 epic i competi ney at, dra ee.) et ‘ino etc wnt € ion agi mangers tumbn € ‘enfin, Ua pe pdt hy ac xu ms gal ARIA Tom ih Stbato Magald (1991, p. 8) prope uma posto mai abrangent,considerando que jem su csstnca 4 Iertura dramifica pressupce 4 ila de represetagio, pis "no tao dramtico ou (leamado [-]sfo essencais tes elementot aor, @ fem © pblice. © fenimeno teatral no Sse proces sn 2 conjungio dese trade". Observemos que o autor nfo extabelecenenhm tipo de hierargia entre os elementos, colocando-os em pé de igualdad, todos concorrendo igualmente para a eaizagi pena do fendmeno tata rant, quando se questona a autonomis do texto dramstico em regio 2 representagio ou vice-versa, oplamos por aimar que ambos seam autdnomes, sendo posiel » estado do texto {Gramdico desvinculado da encenago, asim como 3 representacio cna pode comporse a partir de ‘outros proesoscitivos que io otto dramstica em sa forma convencional, Condo, vemos Tembrar que o texto dramasico demands wna ltr eferencida na medida em que & produzido tendo em vista uma possvel reptesentago, A prpriaesutura do texto obedec ama dintmica ‘Specs, exigindo do leitor tengo 8 ide dos dilogose 3s indicagbes cnc, necesiis para $ earacerzaglo das prsonagens e compreensio da ago que se desenrol clare que 2 maraiva © © pou ani requcrem esfrgosimaginaivos por parte do eter, mas no to dramico iso € Jmprescindivel pars compreensio de sa substi Virualmente, 0 espeticulo ets inscrito no texto dramatic, Caraceeriagio de personages © ‘movimento de stores, shuminasSo ¢ maseabes, gestoseatinues, tudo vem indcado mas rubrics, também chamadas de didsclias indicagéescEnicas. sta de personagens, a intcagio do cenito, ts ena saldas de personagense a mesmo sugestées de encenago também fazem parte das ooeoniA LireRARiA rubrics, ou sep las corespondem 2s orienagdespropostas pelo autor (ou por editores, destnadas aecarece letoreseencenadores. Geralmenteaparecem entre parénteseseemitilico» i de serem ‘iin das alas das personagens. Como exemplo,vejamoe nico cEnies inal do texto infant A bin gue bo (1958), de Maria Clara Machado (1921-200) [iter bmi fl mt dco Te no ws ‘er bn tebe ems bea “in ma ang mean de spam AB ‘aetna pt to) ACHRDO, ON 9h (© cenitio ¢indicado de forma hem dice, simplesmente uma “ores” sem quiluerdesrigio, Na leer, somos levados 3 imagini-l, 20 asso que na encenagSo a florea deve ser materia dant dos olhos dos espectaores indica cna ¢ responsive pela apresentigo das personagens, demarcando movimentose posi Om dramatirgo em sempreem menteadimensaoespetgclat do texto de teatro, como steam as rubrics de Ano de Compuadd (1955), de Asano Suasuna (AB27- ), onde se Teem indicages como “et cen, pri dg, ctl vii do emenade™ [SUASSUNA, 1983, p. 57) ou "Aqui opel ade inerompio, eis do eine, marandese & inde prinvoao®(SUASSUNG, 1983, . 71) demonstando que odramaturgo lea em consderagio, 5ina composicio do texto, a Keita do encenador, isto , esse segundo ned de ensnciasso (20 ‘@peticale) intinceonaturera do fendmeno et. ‘Outro aspecto a ser considerado na relagSo testa’ espeticulo & a perenidade de um vara a «femeriade do outro. Um espetculoteatal€ sempre dic: eadaspresentaco, or oes repetem tose palavas, ms experimentando-o sempre de un novo modo, atvlizando paradoxalnente, igo igual e diferente. elagdo com o pablico une se rept, pois bon part da inimies de un ‘spetiulo se deve 3 reagio da plat, incluindo aqui 3 necesita presenca de espa dos stores dime de incidents foraites que possam acorer durante 3 exces ca cena (ih de equipamentos, toruthos exteros, inervengSesinsperads dee epectadores, cf), © espetiailocénic se realien empre num preznteireprodusivel Ao conti, o testo dramsco representagf ealgumas opgbes do dramatargo so gladss peas possibidadestéenicas de four ‘ecenagdes da pega. Para not termes apenas exempos llizadas at gor, psiemos mencion alguns temos moderns como Case de oot, Longs orade nie ade, spree Gt, Ee ato pares, Seis pernmagensd praca deum aur, pad depress e Naval care entre tantos outros ‘ue, mesmo sem qualquer preacupacio coma repr ds es nidades, optim por uma concenteso ‘Spice temporal que lita odesenvoher da glo ea represenagiocEnica d> texto, ‘O mesmo nio pode st dito sobre o teatro épic. Opando por ua ao sreentad em curas «sos epermitindoavangos reeuos temporal, a proposta de dramatarga pica breciananio demonstra 3 minima preaeupio com 3 unidads. Em O culo de gi ces hi vias intigas Pleas ~ o salvamente do menino Miguel, o noivado de Grusche, a saga do juz Asdak ~ que Tweast Semen Leon ann Eos eaten) — 105 plverizm a aio em tempos e espagosabsolutamente diversificados. A pega —cja af contempla proximadamente doi anos ¢ cia enuneiacio cénica completa leva aproximalamente tr hors © ‘mein possi ecuostemporaise grande diversidae espacial rad flit pes inser de recursos (Outras wezes a rupnura das unidades toma-eoelento que confer oigialdade 20 tex. Bo cas da dramaturgiashakespeariana. Em sss peas, podemos observa paallsms ma fibula —em Re [Lar ota da tai & desenvolvida tanto peas aes dae iba do rei Lea, quanto por Edmundo, flho bastrdo do conde de Gliester~ ou mans espaciaissigificatvas. Ni mesta pega cena 1 do primeiro ato se passa no pliio do re, a prxima cna j €nocatelo do conde de Glscester 2 tercia no plicio do Duque de Albany stds de wi (1943) de Nelson Redvigus (1912-1980), ‘Eo marco do teatro moderno no Brasil por, dentreoutaequalidads, propor rma 80 ques passa fem ute panos diferentes realidad, 2 alcinacSo1e3 mens, ods mas luados pela mente dlesogregads da protgonita Alsde ~ constituindo-se num qucbra-cabega ci montage exige 2 ‘elagio ene diversas dretrves tempore epacs. Formas draméticas (© pero dramico pastou por modiiagSes 20 longo dos séculos desde seu surgimento ma Grecia tgs etem tomado a mai diferente formas, sempre ligaas 20 contexo histéico-oca es concep etic da época. Atwalmente, 2 expresio formas dramties tem to uso mas corente priser melhor a misturade genros,aideiade errors tex eabarearamulpliidade de formas ‘riads pelo resto a longo dasa, Por serem suits, optamos por enumers at mais coneidase ratcadas pela dramatugia aiden e apresenar-shes apenas os agar mas cxctersices. “Taga: segundo a siematiragio de Avisticles (1983, 1449b 24-28), a tngédia respond pela “imitagSo do uma ao de carder levado", cua orgaizario sj coerene e complet eeu extension no ultrapaseo tempo necessro pars passage da eliciade para ainflicidade. ssa imitagio deve ‘eunrae com 4 concorrénia de tors, em a mediagi de um narrador Pewoeat 3 ALIS St 6 susctar “crore piedade” tendo em vista purifiariodesss cmos. En su forma clissic, 2 tragdiaspresenta a seguintcs partes: prdlogo(expsico do confto que desercaeia a ago tiga), prado (entrada do Caro em cena; episédios cena enciexmento das agese desenvolvimento da Inia essimos (Cantos cons acompanhados da evoluo cna da Cora); xndo(desfechoe mda ‘de cena do Coro) (ROMILLY, 1998, p. 25). ‘Os protagonists das rage circa sto herds em embst com oppo destino (ni) ¢ com 1 frga dos deuses. “As nogGes de maa e anak [necessiade]apresentam o destino sano conn “mute e mostrar o cosmos coma ago onganinado onde no se pode intervie ab pena da insalaso dda cans" (COSTA; REMEDIOS, 198, p. 8). Procurando guit-se pelo prpsio cater (ea), mas subordinado a0 gnio mal (dao), o herd incorre na falha tiga (mari), impulsionado pela ‘deamedida (ya conjugaio dees clemento evolve o her num acontecmentoaterorizante. ‘Aofinal do evento trigco a ordem do cosmos deve se estabelcida. Eloi ds Séfecles 6 um étimo ‘estplo de encadeamentotigico da ao. A pereonagem central consulta ore sabre seu destino ‘toma conhecimento de que in ssassinar set pie eatr-se com propia mie Pra evitar acatistofe (fig a0 destino, dea su lar em Corinto, nas numa encrilhada da extra, ap wna dicusso, ‘mata um homme eu squito, No caminho pas Tebss, deci o enigma da esinge feito pelo qual € scamado re, com direitos desposr a sinha. Embora sca movido por boas inengbese marcdo por Fetdio de cater, Edipo sacumbe hrc incorre em satis, it é aredia que o conhecimento humana écapaz de contolr oft, quando na verdsde seus sts 0 conduzam cegamente rina Agents 3 area de descobir oasassno de seu atecessor, aio, ipo pesegue asi mesmo, pois descbre ter sido crado por pais adotvose o homer que ele matara ne encruzithada era seu ‘erdaeir pai com cys expos, Joeast, cle proprio dveraquato flhos. Para estabelecer 2 ordem ‘fami, Epo far os ofhos WW6—TeoniA LiTeR ‘Rta (© século VAC. conheceu 6 apogeu da tala grega num perfodo em que concoriam duns ‘rdens de justi o mundo mic agonizante eo emegente mundo racionalis dap, dato gnero ferrepresentante de uma visio de mundo mareda pelo choque de forss opasas. Tatas de uma manfestgio arcs itimamente iad em suas origens, concepgesreligiss, 0 mundo grepo ttc e polite. Segundo Bornheim (1982, p. 81), a wag, «exo geo e a cm pesd pros on nas hes Gl {siclo es Eade tempos mode Em ombos pr conan ‘gained experience oranda geo hort ‘atrovent Nordica csc umpc deco itt dis ran asin, rece gc J pos de et hoeity artes cairo conning te oo op me {corte de dcop eh e+ pace om on bene ‘Senha erent onc parent hams sO bi itn ee ‘eaptradesia mn ee ees rem, some cnc A tags conhecetaneformagies a0 longo dt hstrs, mas sus grande eranga peemanece: 2 concep do tigico, O sentimento do trigico no ¢exclisidade da tage, mi sel intmarente ligdo a ela. © trigco masee do confront do heréi com uma fatalidade,inevitivel inslivel, genalment provocada pelo confit do homtem com algo que the é superior (priteipo mora, precio Teligos}- Emborao her corr isco de se desta por essa fafa, eleoassume como invita de afirmar sua liberdade (PAVIS, 199) Em inhas gers, pode-se dizer que aagio do her gio ‘lisea ¢ impulsionad pelo desejo de cumprir um dever a qualquer custo (Ansgona tem o deer de {epltaro irmio; oe ipo deve vara cidade da peste ¢enconta 0 asassinn de Lao). gio modemo é mare pelo confltoenteo dever e o querer do eri como resime Steiner (1965, 1122), sea maren do texto elsico ¢o destino wigico, em Shakespeare € vortade gia. En sus sso trigco surge cxxtamente da tensio entre odever eo querer do hei, abrindo eaminho para rovasconcepges do tgica © novas Formulas des da tragidia. Abe (1963, p10 discord daopiniso Corrente de ae “mesma sem 3 metafes grees + forma da api era posi e vids, afiemando, to contro, que a wapédia deia de exist quando o homem mosdero se sume senor de seu Astino. Na moderidade, a propria condico da exstincia humana pass a ser considera trig, como provan a indimeraeprodugées da teatro do sbsurdo,O indivislisma tongs pops o hers do confront com o mundo, sornando o confit intemo a propio suet. CComédia: na Peis encontramos a promessa de um tatado sobre a comééla, mas, ifeizmente, tssedecumentonio sobreviveu histria.Contado, a comédia égeralmente defnida em oposio 3 ‘ea, poe reraa sere de cariter poco eleado ou condico modest, te dsenlce feliz eset ‘om éjocoe,irbnico, provacandoo iro. A aigem da comédiaze conFende cor origem do pepo tentro, pois deriva das celebragiesdionstacs, com prises, cantose miscas. A pesenga dessa forma dramiic émareante desde a Antguidade clissia, coeistndo com o rio controle religioso 4a Idade Média, sendo pratcada nos tempos modemnos e deiando suas marcas no teatro burgués AREAS, 1950, [Aacio ds comédia caminha pura o restablecimento do equilrio. Ao cntiro da raga © a epopei,cyjosamuntee #50 extras dos mitas ou da matériahistria,o alo da coméda & 0 ‘iiano ds pessoas comne. Tendo o 50 como um de ses components, comédia langa mo de expedientesvarador pars provoc-lo como: eagero na compesicio de ipos; comuaste entre ‘ersonagen espera ingémsar,repetgbes de expresses e sisagdes; eso de Yoabulii e imagens ‘que apelam a0 baixo corporal, ssum como de palzras de duplo senso e conotagio maiciosa; Tecomtéacia de quipragude (equfoca oriando de wma dupicdade posivel a leieara da stagso Aamitica) e confuses; descompasso entre 0 gest € 0 dscurso da personage, geando contrast neg, ar en eri ap pais tie oir deo Geralmente 0 texto eSmico conta com a cumplicdade do pablico (0 spare contebui para fear esr cumplicidade) e gem uma feigfo ents. HA wiros pos de coméda como a comédin de ‘Tous ona / Lacs Onna Zu oneniinnes) — 107 Qrrcovss cosemes (anise do comportamento soil dos indviduos, de ideas (iscussfo bem-hmorada de ‘eis flac), de sitnsao(entedo intrincado © ago dinimia), satnca (cities contundente a rca soci, valores os Wiis), enue viios autos (PAVIS, 199) “Tagcomséda:genero que se deservolveparticulrmente a pari do Renascimerto caaceia-se por nim enredo que “pod facilmenteacabatem castro, mas chegs, por um incidente miraculaso © inesperado, a desfcho feliz" (DANZIGER; JOHNSON, 1974, p, 107) Descuidada de egras como. ‘Coetencia de tom (parago ett kro ocoto), a tragicomeédia endo explora efeitos espeaculares ‘omoaventuras, eeouhecimentos, quiproquse.Adapa-c bem a gosto ds era ramdntica, que propte {unio do groteco a sublime ecompreende a exrtnca humana como unio de contrasts. Pode set fpontada como germe do drama, Ein (1978) consider s obras desu dnmatuygos moderos Como Brecht, onesc, Becketre até mesmo Prandllopertencenes ese ner incrmedieo entre Dctimicoe atric, Tass sa orgem rmtonta aor mistérios medievi, nos intervalos dos quas er incufda a fim de proporcionar tum mornento de io relaxant em meio 3 uma represent sri. Gerlmente Issocada a um rso grotesco © pouco refinad, 6 considrada uma forma primi que ndo aleanga fo mesmo sts da omédi."Tata-se de wm gnero popu, de esrtura simples, sem elborasSes to tant ntiga, marca pelo exagera do cdmico por mio de procedimentosgrosseirs e que recorreapalavrase sages obscenas ot exstldgicas. Soa dndmicaJepende mais da aio doque do logo co leit espectaor € nstado a seni-se superiors personages tatadss, por S00 iso € ‘mais franco eum tanto mas cruel. “A farsa deve sa eter popularidade a umn: fort eaalidade ea tia atengo volta para arte da cena c para labora tenia corporal do tor” (PAVIS, 195, P. 64), Gil Vicente (1465-1836) no Renascimento portgutseAriano Suasuma no taro brs “ontemporineo so bons exempls da vialidade do género, Dram no sens comin) designs qualquer taco destinado § represntgso,b)opde-se coma c¢) €asociado 20 drama psicoligico, Como forma dramsica © ainda num sentido genérico, "€ ' pocma dramstco,o teat escrito para diferentes paps de acordo com uma ago configs” {PAVIS, 1999p. 103), Sons formas eases slo o drama Dargo, gener sero, melo camino entre comédia erat, que coloca em cena o homens rato ds revolugio industria; o drama romantic, Iateado por roptura com 2 regra dat unkdes de tempo eexpago, mista de gers, recurso 4 age expetaculares; o drama linc, advindo das formas musias do teatro (pen), com ago Tmitada € dedicada a0 propésto de rvelarrcsmenteestados de alma; o drama lito, sugido ma lade Médine dretament igado i representaio de cena bibles; drama istic, Melodram: surge no culo XVII caraceriz-spelapresengademsica com sintengo de centuar ‘os momentos mais draiticos da aio. 8 no inal do age adguite utras caactristias a colar ‘om cena Int entre © bem e-0 mal, com personagens representantes de wina vio maniquesta do mundo, inandando o paleo de feitscEniove que provoeam grandes emogSes no publi. No final Gh tereia déeda do seculo XIX & substintdo pelo drama romnic. Por ecaerar abusvamente tos tigas heroics, sentiments ewigicos da tagél,prncpalmente por recrrerdemasiadamente tos goes tetas (asasimator, suspense e medo,reviravolas na intr, sakamentos miraculosos te), pode ser considerado forma parc dessegénro stro, Os enredos esrutram-se sobre um ‘stn cto erepetem temas convengSes: amor impose, os bons perseguidosinjustamente pelos ‘aus, triunfo di viride e prnigio dos ves, nflcdade profunda ou flicidde idealizada. Polo ‘ager dae stages, sempre morradas cm ses limites extremes, o melodrama beiraoinerosim ‘bora surjacomo representante ds clase social Dargues, 3 paca em ascensi, dstanca-se dela 30 ‘olor una realidad fantsista no paleo, ocuitando confitos sodas e escaroteando contradigbes ieolgieax Muito do que vemos nas telenovelas da ataldade ¢ eibuuirio dss forma drama, ‘bem a0 gorto popular oneem como hoje ‘Aso: forma predomiante no periodo medieval, quando a Iria valis-se do teatro como meio de tvanglizago e dutrinacto, chegos 40 spoges no século XVI. Peas de carer popular, mescladas deans e dang, of autos fecorrem 3 alegora (proceso por meio do qual endades,conceitos © “alors sbstratostornan-e cancretos por meio de imagen ¢fgurss, como For exemplo, o uso da lh-reoma citenkars figura da bru ou do demnia para simbolizar © mal) para tata de temas como o bem € 0 mal, a igi pelos pecados ea necesidad de salvagio, a represetaio de epstiiebiblicos eda vida de farce Destacamesealgumas de suas formas on de ls, dramaizagio da vda de santos; auto de Imistro,represntaio de eisédios iblicos auto de morlidsde, eyo propésin é exalur 9 modo de ‘ids cristo, recorendo 3 dramatizacio da lit entre viciosevirtudes; aut sazamentl prado ma representagio de problemas mors ou eolgicas como os sicramentos ou outros dogmas cists. ‘Dente os maiors representantes temor Gil Vicente em Portal e Calder dela Bara (1400-1681) ‘naEspanha;no Bras, José de Anchiew (1534-1597 ulizouo auto como recurso catequtico edifusio do catolcsmo ene indgema colonos ema asliade, srs obras como Ano da Campa, de ‘Arian Suassuns que acena paraa vialidade dessa forma dramatic Commedia delle: Embora as rates do ginero possam ser leaizdas em tempos remotos, as comanhiss de commeia dare sargida n Ilia circum pela Europa de mexdos do século XVI 20 ink do scalo XIX, quando desaparecem sufocadas pel Classicism francs epeo gosto burgués A forma desaparece, mas suas nica eprocedimenosinfluenciam prticas tetas daaraidade como ‘cdo 0 eto der (PAVIS, 199). Forma poplar ~ mas devidamentevalorizads¢ remnerda pla nobrera a somedisdel'ate

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