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OBRAS DE FERNANDO PESSOA A PUBLICAGAO DO IN-MEMORIAM DC POETA SE DESTINA © PRODUTO DESTAS EDIGOES: EDIGGES DO AUTOR ANTINOUS ULTIMATUM DB ALVARO DE CAMPOS A MACONARIA VISTA POR FERNANDO PESSOA x EDICOES POSTUMAS CRONICAS INTEMPORAIS. SOCIOLOGIA DO COMERCIO ALMAS £ ESTRELAS AFORISMOS E REFLEXOES LUGARES NAO GEOGRAFICOS DA LITERATURA DISTANCIA CONSTELADA NAS ENCRUZILHADAS DO MUNDO E DO TEMPO (© BLOGIO DA INDISCIPLINA HYRAM REGRESSO AO SEBASTIANISMO- APRECIACOES LITERARIAS © ENCOBERTO ANALISE DA VIDA MENTAL PORTUGUESA MAR PORTUGUES POEMAS' OCULTISTAS. (A MEMORIA DO PRESIDENTE-REI SIDONIO PAES LIVRO DO DESASOCEGO FERNANDO PESSOA HYRAM FILOSOFIA RELIGIOSA & CIENCIAS OCULIAS Notas 2 pBostfécio de foetus Ss de Fernando Pessoa (4 lrepressée) 1 Poesies 36 Sonnets —1.4 ed, Lisbon, 1918 "Antingus — 1 ed, Lisbon, 1918, English Poems— Lisbon, 1921 Spihaleniam (vet) oi Mar Portugues — Macau, 1936. Mensagem —1.2 ed., 1984; 2.8 ed., 1941; 3:4 ed., 1945 A Meméria do Presidente-Rei Sidénio Paes ~ 1.2 ed., 1940. Aniologia—1.4 ed., (2 vols.) 1942: 2. ed., (1 vol), Lisboa. OBRAS ComPisras |= Possies de Fernando Pessoa — 1.8 ed., 1942: 2° ed, 1943. li —Poesias de Alvaro de Campos —1. ed.. 1946. ili —Poemas de Alberto Caciro —1.* ed., 1946. IV — Odes de Ricardo Rels — 1.9 ed., 1945, V—C. Pacheco — Para além doutro Ocesno (inéd.), (© Encoberto—1. ed., sid. Distancia Constelads —1.* ed, Poemas Ocullistes Proses Ulimetum — 1.1 ed., 1917 (Retirado do Mercado). ‘Aviso por Causa da Moral —1.# ed., 1925. Sobre um Manifesto de Estudontss —1.+ ed., 1925. Ieterregno (Dsfeza e Juslficocdo de Ditadura Millar em Poriugal) Lt ed., 1928. si. ‘A Moconatia vista por Fernando Pstsoe —1.* ed., sid. ‘Nova Poesia Portuguesa —1.« ed., 1944. Paginas de Doutrine Estetica —1.0 ed., sid. Crénicos Intemporais—t.* ed., sid. Sociologia do Conércio—1.* ed. s/d. Hyram—1.4 ed., s/d Alorismos e Reflex ed, sd. Nes Encruzilhadas do Mundo © do Tempo—t lugores Nao-Geogréficos de Literatura —1. ed., s/d. ‘Anclise da Vide Mental Portugueso—1.« ed... sid Regresso ao Sebaslianismo—t.« ed., s/d. © Preconceito da Ordem—Porto, 1950. ‘Aimos 9 Exirolas—1.* ed., s/ (© Elogio da Indisciptina Apreciacées Iieréries. Prefaccées Anténio Betto, Molivos de Beleza, Lisboo, 1923 ‘Anténio Pedro, Acrénios,lisboo, 1952. Eliezer Kemenezky, Aime Errante, Lisboo, 1932 ‘Augusto Ferreira Gomes, Quisto Império, Usboo, 1944. ‘Antologia de Poemes Portugueses Modernos COrgonizada por Fernendo Petsoa « Aniéio Bot, Colmtr, 12%. Vv Postfacios Froncisco Manuel Cabrel Metello, Enirevisies, lisboa, 1928. v Inguéritos Inquétito Lierario, de Boavida Portugal, listo, 1915: taeelico) Portugal—Vosto Império, de Augusto de Costa, Lisboo, 1934. Gospote) vi Epistolografia Carles de Amor (Frogmentos! apyd Carlos Queiroz, Homencgem a Fernando Fessoo, 1996. “Cartas de Fern. Pettoa o Armonda Cértes Rodrigues, Uskoo, s/s Conespendéncia de Sd-Corncio © Fernando Pessoa tInéditol vil Obras Alheies com Dispersos Seus Joo Gasper SimBes, Novos Temes, Lisboa, 1933. Anténio Botto, Aniénio, Lisboa, 1933. ‘Aniénia Botto, © Livro das Crioncas, Nova ed., 1944 ‘Aniénia Botto, 9 de Abnl, Lisboa. ‘As Cencées de Anténio Betto, Lisboa, Nova ed. (142), 95° m. ‘Os Methores Contos Americanos (Antologies Universes), Lisboa. ‘Joso Gasper Simaes, Vide © Obra de F.P., Lisboa, 1950, vil Traducdes ©, W. Leadbeater, Compencio de Theosophia, Lisboa, 1915, Cariviéncia Ausliares lnvisivels (0s servidores da Reve Humane Actual: ‘0 Mundo de Amanhs ‘Annie Besent, Os Idesis da Teosofle, Lisboa, “Annie Besant, Os Mensagelros do Loja Brence, Lishoa, 1915. eA Voz do Siléncio> e outros fragmentos selecios do livre dos Preceitos Aureos, Lisboa, 1921 ‘Conferéreles Teoséfces, Lisboa. UUeadeggo de Femanéo de Coo, pred. de FF. Luz sobre 0 Caminho © Karma (transcritos por Ms C.). Senne tos de colerio,emboreieducto de FP sho ouesom seu tone (ide e Obs, 12, 228. © Corvo— Annabel Lee — Ulelume — poesies e Edgar Allon PEs. Hino & PS de Mesite Therion (Alsister Crowley) A Theoris e 0 CB0— Os Caminhos que Tomemes, ‘A Decis60 de Georgia — contos de O. Henry. ‘Ane Katherine Green, © misterioso esso de Quinle Avenida. Como es outros nos véem — O Menifesto Internacional Cerigor « estos econseos. K Enirevistos De Fernando Pessoe, in Diério de Lisboe, de 311-4924. Be Alvaro de Campos, in A Informasso, de 17-9192. Colaboracio Disperse Albuns Folhas de Arte | (1924)—Cencioneira (1930). Cadernos Cadernos de Poesia, Lisboa, (1940). Gazelas Literérios Bandarre (1935)—Aceéo (1937). Iustracdes Noticias lustrad (1928). Jornais e Semenarios Repéblica (1912)—O Jornal (1915)—Portugal (1916)—Accéo (1920) ‘The Atheneeum (1920)—A Informagzo (1926)—Sol (1926) Jornal do Comércio © cas Colonies (1926)—O Imparcial (1927) Dido de Lisboa (1935)— Diario Ponular (1943-1949) Dorningo (1943)—O Primeiro do Janeiro (1944) (0 Globo (1944)—Times (Supl. it) Panfletos Eh Reall (1915). Revistas A Aauie (1912-1913)—Thestro (1913)—A Renescenge (1914) ‘Orpheu (1915)—Exlio (1916)—Centauro (1916) Portugat Futurlsla (1917) — Ressurreigéo (1920) Contemporsnea (1922-1926) Athena (1924-1925) Reviste de Comercio ¢ Contablicade (1926) Presence (1927-1940)—Solucdo Eeitore (1928) Fema (1932). Descebrimente (1932)~O Mundo Fartugués (1984-1935) ‘Sudoeste (1935)—Momonto (1935) Seara Nova (1937)—Revista de Portugal (1925) ‘Manzagem (1938)—Lacio (1935)—Sintese (1939) Coidente (1941-1948) —Litors] (1944)—Mureo Lierério (2946) Portucale (1949)—O Cavalo de Todas es Cores (no prelo). xl Inéditos Cangees ¢ Ciume de Antonio de Botlo, verdes em inglés- Carles e Poetias Inédias. fs A IDEALIDADE JUDAICA E A DESINTEGRAGAO DA CIVILIZACAO CRISTA NOTULA BIBLIOGRAFICA 14 Dublicacio FrefScio 20 Uvto de Poems ALMA ERRANTE izes Kemonecty Litbos 1932 x A Ipeauipave Jupaica — A Desin. TEGRACAO BA CivitizacAo CristA A propésite do posta judew Elierer Komenezty ge BZER KAMENEZKY é judeu russo, vagamundo temporariamente parado, cultor tedrico ¢ pratico do que chamam naturismo, e idealista e romantico como séo todos os judeus, quando nao sao o contrari ‘A sua personalidade como vagamundo nao interessa para o entendimento das suas com- posicoes: nao se reflecte nelas. Se Eliezer hunea tivesse safdo de Lugansk, onde nasceu, essas composicées poderiam nunca ter sido outras no sentido, embora, evidentemente, 0 houvessem de ser na linguagem, que nao a seria portuguesa. Também o seu culto do natu- rismo, ainda que deliberadamente expresso em muitos passos do que escreve, nZo € ponto fundamental pata a compreensao das suas prosas ou versos. Esse culto do natural é a forma ou expresso do seu misticismo dejudeu, ¢ 0 seu misticismo de judeu é um misticismo de judeu russo. ara 0 caso, pois, de apresentar estas com- posigSes a leitores portugueses, de sorte que estes demasiadamente as nao estranhem, 1 HYRAM tok &, a0 mesmo tempo, um povo violentamente Dasta que consideremos que Eliezer ¢ judeu, judeu Tusso, e judeu mistico. Uma andlise, de onde venha’a explicacdo, tera pois que inci- dir sobre a mentalidade mistica do judeu em geral, e do judeu russo em particular. < @ ovos equilibram-se, na sua vida ps: quica, pela coexistencia automatica de’ qualidades opostas. Se soubermos, de qualquer povo, que ele ¢ brutalmente materia- lista, desde logo poderemos concluir que ele sera brutalmente mistico. Se soubermos, de qualquer nac&o, que ha nela tipicamente um grande nimero de criminosos, poderemos asseverar, sem investigacao, que havera nela, tipicamente também, um grande numero de santos, A vida oscila como um péndulo, ¢ a oscilagao num sentido requere, para que a mesma vida nao pare, uma igual oscilacdo no sentido inverso. Como, porém, na oscilagao do pendulo se mantém 0 ritmo’do movimento, sucede que tanto as qualidades que estéo num limite da oscilacdo, como as que estdo noutro limite, participam da mesma oscilagto essencial. Em outras palavras, e servindo-nos, do exemplo que citamos: um povo violentamente material 12 nee HYRAM wae mistico, mas havera um elemento—a violencia de comum ao seu materialismo € ao misti- cismo que se lhe contrapde. Nao pode existir um povo de brutais na vida e delicados no sentimento dela: scriam ritmos diferentes, que 0 equilibrio da vida nao consente. ‘Onde quer que lancemos os olhos, na peli- cula ininterrupta da historia, encontramos disto exemplos. A Idade Média, barbara e ansiosa, era intensa e brutal na sua vida de matéria e sentidos, e era intensa e brutal na vida do seu misticismo manfaco. Nao destoa da tese a subtileza delirante da especulacao escolastica, pois a subtileza, embora 0 nao pareca, é a violencia do pensa~ mento: a violéncia ¢ 0 excesso da forea, e, como a forca do pensamento consiste na capa- cidade de distingao, a violencia dele consistira na tendéncia a distinguir de mais, e é isso que é a subtileza. ‘A Inglaterra ministra-nos outro exemplo, e noutra ordem. O povo foi sempre clara- mente activo e pratico; é contudo 0 povo que deu ao mundo a poesia lirica mais etérea e subtil. Mas o ingles, na mesma plena imersdo pratica, € incoordenado e inconstrutivo; vai pela realidade fora aos apalpdes ainda que aos apalpoes seguros. Um Infante D. Henrique, ou um Bismark, € produto impossivel em Ingla- HYRAM terra. E, do mesmo modo, na mais alta poesia inglesa a inspirago sobreleva 4 construcao. Continua a técnica de apalpdes: nesse nivel, porém, tocam nos astros. Onde, por desvio excepcao, a construcao suba, como em Milton, desde logo a subtileza e a eteridade descem. O Ariel do pagio Shakespeare, nao sendo mais que um elemental do Ar, € todavia mais an- gélico que os anjos do cristo Milton —anjos da Cabala ou da Résea Cruz, ou, pelo menos, da Résea Cruz como Fludd a entendeu. S Gsm existéncia necesséria, nos povos, de elementos opostos, e porisso comple- mentares ¢ eguilibrantes, manifesta-se, em geral, através de individuos diferentes. Quer dizer: nao é no mesmo individuo que normalmente coincidem os dois elementos complementares; aparece um em certos indi- viduos, outro em outros. O equilibrio di-se ha Taca ou no povo em conjunto, néo nos individuos separadamente. ‘Algumas vezes, ¢ certo, essa dupla menta- lidade da raca se teflecte, ou parece reflectir, no mesmo individuo. Tal foi, talvez, 0 caso de Shakespeare — burgues banal, dirigindo atila- damente 0 seu teatro, emprestando dinheiro a juros a seus conterraneos, e, no mesmo se HYRAM tempo, escrevendo A Tormenia, que, para tudo ter de etéreo e inspirado, é até simbdlica e profética, Mas nem 0 caso de se citar Shakes- peare quer dizer que a coexisténcia indivi- dual dos elementos opostos se dé somente em altos espiritos, nem 0 apontamos senaio como a excepcdo, e para acentuar a regra, Ena raca (ou nacio, Tepita-se, que o equilibrio essencial se da. Isto vem, primeiro para o fim geral de se compreender que, se nos aparecer um indivi- duo com caracteristicos opostos aos que sio vulgarmente distintivos da sua raga, nfo € licito que duvidemos que ele pertenga a essa raga, ou que seja sincero na apresentacao des- ses caracteristicos: ele poder ser tao-sbmente um depositdrio dos caracteristicos comple- mentares da raca a que pertence. Isto vem, depois, para o fim particular de se compreen- der que, sendo a raca judaica universalmente conhecida pela sua fechada e cautelosa mate- rialidade, nao havemos necessidade de descon- fiar da sinceridade de um judeu que se nos apresenta como um romantico e um idealista. | para o caso das composigdes de Eliezes — porque é delas, afinal, que se trata—, este ponto da sinceridade ¢ importante: sem ela, como veremos, elas nada seriam. S HYRAM povo judeu ¢ essencialmente,eno sentido Biosbtico da palavra, um povo materiac Iista. F, eomo € essencialmente um povo materialista, ¢ materialista na sua materials wae e materialista na sua idealidade, Da sua care ralidade nao ba que falar, pois todos falam dela e nao é dela que aque se trata. eaterea da sua idealidade que convem ¢ cabe a explicacio. ‘Tideslidade judaica manifesta-se de tres formas diferentes, todas elas civadas do oMerialismo central da raga, ritmo do pen malo da vida que a anima. A primeira forma chlo a patriotismo tradicionalista; € patrio- € 0 er tradicionalista, seja de que nagdo for tisme Todo mais material do sentimento da fétria ou da raga. A segunda forma é 8 °oPe Pergedo. cabalistica, em que, embora se Pre cae ubtilizar, por interpretagoes de tres vee wD eonteudo do Pentateuco, ¢ de oriensyue 0 Pentateuco, nunca. se stings mais rg abstraccao ou uma espiritualidade wnt adeira: material, considerando 0 que Die” Tide ser, € ainda o Nome Inefével, mais: eae "Sephiroth, os Arcanjos, os Amios Dale Esferas Celestes, através de quem Ver Ste nés a Sua emanacao. A terceira forma a ao mais recente, mas mais recentemente cenuivel€ idealismo social em todos 08 sens modos, desde o egualitarismo até 20 HYRAM naturismo; ii om essa é material por sua mesma “dai 5 tes formas da idealidade ju- daica, c, embora todas manifestem o materia. ism, central da raca, nfo sto materials em seus intuitos; no ha porisso que duvidar da sinceridade daqueles adeusem quemasvemos Do tradicionalismo ricico, ¢ certo, ninguém agen luvidou ; alids, os anti-semitas nio ee eee sendo vantagem em acen- Bele hese plastics tae See er raid eaesoe ee le incera na ori eas es Some insineera; ¢ como ambas elas servindo— pecs welizard, outra por inven¢a0—para OE a cas aarcnesoant ental ersariamente vivem. Be ea os eabalistas, de cuja sinceridade original se no duvida, de, primeiro através Ordem supostamente antieriads o de, ani g s _anti- , e de, mai: tarde, por diversas vias, se terem infltrado, - HP ee presumivelmente, contrariar e ven- eer a3 expansies cristl © templaria que se manilestaram, depois da OracHo de Ramsay, eriagso dos Altos Graus ¢.sobretudo da aes eaarce to von Hund ou dos seus Superiores Incdgnitos. Acusam os idealisas is de, por meio de doutriaas egualitérias, HYRAM para tal fim inventadas, pretenderem mergu- Thar, e de facto estarem mergulhando, a socic~ dade aristocratica que é a de Europa na deca~ déncia e na anarquia, para, evidentemente, sobre os escothbros construirem o Reino e o Reinado de Israel. E acusam a Maconaria de ter provocado a Revolugio Francesa ¢ os judeus de terem provocado a Revolugao Russa. iS ines de mais, entend4mo-nos bem sobre qual éa matéria de que se esta tratando. Trata-se do idealismo judaico e da sua sinceridade ou nao sinceridade; nfo se trata da acedo politica dos judeus. Essa é evidente e natural; tem-se aproveitado, no so da Maconaria ¢ da ideologia egualitaria, mas de tudo quanto, de origem judaica ou nao judaica, possa de facto, devidamente utilizado, servir para dissolver a civilizacao tradicional, greco- ‘romana e crist, da Europa e do mundo euro~ peizado. E legitimamente se tem aproveitado, pois aos judeus assistem os mesmos direitos que aos outros povos: 0 direito de defeza e 0 direito de império—o primeiro em absoluto, o segundo se 0 concedemos aos outros. Nem foram os judeus, ou a Maconaria, ou qualquer outra forea estranha, que provocou ou poderia, provocar, a Revolucdo Francesa, on a Revo- wee HYRAM lugéo Russa, ou qualquer outra verdadeira Revolucdo. As revolugdes sa0 provocadas pelo Poder tiranico que as torna, passado certo ponto, inevitaveis. Foiatirania do Antigo Regimen que fez a Revolugéo Francesa. Foi a tirania do Czarismo que fez a Revolugio Russa. As forgas estranhas nao fizeram mais que aproveitar-se, conforme puderam, da matéria social incoordenada em que as tira- nias, depois das revolugdes que provocaram, deixaram os povos que regiam. \ G problema das origens da Maconaria, Sobretudo do Grau de Mestre, que € 0 seu fulcro, € confuso e obscuto, 20 iiltimo ponto: ninguém fora ou dentro da Ordem, se pode orgulhar de ter achado para ele uma solugao, simples ou composta, que satisfaca senfio a quem a deu, Uma coisa, porém, se pode afirmar: a Maconaria nfo € hima Ordem judaica, e 0 conteiido dos graus fundamentais, que vulgarmente chamam simbélicos, nfo ¢ judaico em espirito, mas 56 em figure. Se se quiser dar um nome de ori- gem a Maconaria, o mais que poder dizer-se é que ela é, quanto a composicao dos graus simbélicos, 'plausivelmente um produto do protestantismo liberal, e, quanto a redaccio HYRAM foe dcles, certamente um produto doséculo dezoito inglés, em toda a sua chateza e banalidade. © quadro judaico dos tres graus e 0 cendrio judaico do drama do Terceiro podem ser con- siderados naturais em uma terra e um tempo protestantes. O protestantismo foi, precisa- mente, a emergencia, adentro da religiao crista, dos elementos judaicos, em desproveito dos greco-romanos; porisso se serviu ele sempre abundantemente de citacdes, tipos figuras extraidos do Velho Testamento. Nin- guem cré, porém, ou diz que a Reforma, pense-se dela o que se pensar, fosse um movi- mento judaico. A parte isto, os dois primeiros graus mag6- nicos, menos simbolicos que emblematicos, nao conduzem definitivamente a coisa ne- nhuma; eo grande mistério do grau de Mestre —que é, por assim dizer, a Rosa de toda a Cruz macénica—¢é um simbolo vital mas abstracto, que cada qual pode interpretar no sentido que entender. E assim de facto se tem interpretado—a ele e a parte simbélica dos outros dois —através do vasto esquema diva- gativo dos Altos Graus e dos Graus Velados— estes, alids, j fora e alm da Maconaria. Tudo, desde 0 catolicismo ao ateismo, se_tem reflectido nesses graus interpretativos. Se ha ‘Altos Graus que sio nitida e materialmente cabalisticos, e até anti-cristaos, tambem os ha HYRAM que sio espirituais ou cristios, desde o sobre- grau do Sacro Rial Arco até aquele grau criptico em que Hyram € erguido como Cristo. Sucede, até, que o mesmo grau do mesmo rito pode ter contetidos diferentes sob dife- rentes Obediéncias: assim € que o Grau 18, propriamente Principe Rosa-Cruz, do Rito Escocts, € -filosdfico», na América (depois da reunido de Pike), menos talvez que «filos6fico» na Maconaria francesa e suas congéneres, mas plenamente cristéo (como aliés nao poderia deixar de ser) sob as Magnas Obediencias britanicas. Em resumo, nada e tudo se tem reflectido na Maconaria: nada nos graus simbélicos, que de per si se ndo explicam; tudo nos Altos Graus e nos Graus Velados, onde cada fabricante de ritos, de catdlico a ateu, deixou o rastro dos seus preconceitos € das ‘suas preocupacées. Mais em resumo ainda: a Maconaria , nas suas bases, insufi- cientemente dogmatica e definida para que do seu contetido se possa afirmar isto ou aquilo, judaismo ou outra coisa qualquer. ‘A presenca de elementos cabalisticos nos graus simbélicos, afirmada por alguns com Vislumbres de razio, também nao prova a origem judaica da Magonaria. Quando a Maco- naria emergiu e se constituiu declaradamente, em seus graus fundamentais, j4 de ha muito a Cabala tinha intérpretes ndo-judeus e por HYRAM ‘esses fora cristianizada, para o que, alids, eminentemente se prestava. A presenca de elementos cabalisticos na Maconaria nao prova, pois uma origem judaica, De resto, esses elementos cabalisticos resumem-se em dois —o sentido simbélico do Templo de Salomfo e a Palavra Perdida. O sentido sim- Bélico do Primeiro Templo, pode ser, na Masonaria, de origem templiria, e portanto crist4, pois a Ordem do Templo era-o «do Templo de Salomao», e nao se sabem ao certo os pormenores da iniciacio secreta nessa Ordem. Quanto a Palavra Perdida do Grau de Mestre, se de facto relembra o Nome Per- dido do cabalismo judaico, nao ¢ necessaria- mente da mesma natureza. Sabe-se em que consiste a esséncia do Nome Perdido dos cabalistas; nao se sabe que espécie de Palavra € que o Mestre morreu para nao revelar. ‘A maior autoridade magénica de hoje inter- preta a Palavra Perdida de um modo nitida- mente no judaico: Verbum Christus est, diz. S QO que acaba de dizer-se da Maconaria, dom mais forte raz4o se pode dizer dos Rosicracios, que, misturados com ela na antecimara da'sua vida emblematica, bem pode ser que a houvessem fundado, ou con- HYRAM Ree tribuido para a sua fundagio, como sistema especulativo. A grande Fratetnidade € crista no seu nome, crista nos seus dois Magnos Sim- bolos, crista ¢ catdlica (embora ndo-romana) nas suas dedicacoes. Os Rosicriicios eram € ‘certo, cabalistas, como eram em dois sentidos, alguimistas; mas eram cabalistas cristaos, como eram (sobretudo) alquimistas espirituais. Como varios outros, aproveitaram-se da Cabala Ihe deram um sentido e um complemento cristdos; porisso com mais razdo se poderiam queixar os judeus de que os Irmaos se haviam servido da Cabala para fins anti-judaicos, do que os cristaos de que eles tinham introduzido a Cabala na substancia do cristianismo, onde, alias, desde o Quarto Evangelho, jé toda a alma dela existia. Acresce, quanto a Rosea Cruz, Be, os grandes expositores dela, desde antes do seu aparecimento até nossos dias, tém sido declaradamente misticos cristdos, e, ainda que, o voto de castidade absoluta, a que {por motivos que nada tem com virtude) a Fraternidade obrigava o candidato, é a coisa menos judaica, embora . Dada a latitude desta definicdo, e conside- rando que por se entende um agrupamento mais ou menos permanente de py HY RAM eae homens, ligados por fim comum, ¢ que por asecreto se entende o que, pelo menos ae cialmente, se nfo faz a vista do publico, ou, feito, se nao torna inteiramente ee ee desde, denunci 8° 5 diho de Ministros ssociacao secreta— 0 = se ee eee oat nian se jaz em reunido neste mundo, faz-se secre- tamente, Se nfo reiinem em puiblico os con. selhos de ministros, tambem 0 nfo fazem as Girecedes dos partidos politicos, as tenebrosas figuras que orlentam os clubes desportivos, ot og sinistros comunistas que formam os eon selhos de _administracdo das companl iais e industriais. commbora uma interpretacao desta ordem legitimamente se extraia_do frasear pouco pationalista do st. José Cabral, ereio, tanto porgue assim deve ser, como pelos encdmios Bom que o projecto foi afagado pela imprenss peeudo-crista, que as . Uma a Magonaria, a outra essa curiosa organiza $40. que, em um dos seus ramos, usa 0 nome profano de Companhia de Jesus, exactamente como, na Magonaria, a Ordem de Heredom e Kilwinning usa o nome profano de Real Ordem da Escécia, Dos chamados jesuitas nao tratarei, € por trés motivos dos quais calarei o primeiro. Os outros dois s4o: que nao creio, por mais razdes do que uma, que eles corram risco de, aprovado que fosse o projecto, lhes serem apli- cadas as suas sangdes; e que nao creio por uma tazo s6, que o sr. José Cabral tenha preten- dido que tal aplicagao se fizesse, Presumo pois que o projecto de lei do urgente depu- tado se dirija, total ou principalmente, contra a Ordem Magénica. Como tal 0 examinarei. Nao faco, creio, ofensa ao sr. José Cabral em supor que, como a maioria dos nti-macons, © autor deste projecto ¢ totalmente desconhe- cedor do assunto Maconaria. O que sabe dele € até, porventura, pior que nada, pois, natu- ralmente, tera nutrido o seu anti-maconismo da leitura da imprensa chamada catélica, onde, até nas coisas mais elementares na matéria, erros se acumulam sobre erros, e aos erros se junta, com a m4-vontade, a mentira e a caliinia, senhoras suas filhas, Nao creio que © sr, José Cabral conviva habitualmente com os livros de Findel, Kloss ou Gould, ou que HYRAM .s8e as suas horas de dcio na leitura atenta Ka Ars Quatuor Coronatorum ou das publica goes da grande Loja de owa, Duvido, até, gue o st. José Cabral tena grande conheci- tnento da’ literatura anti-macdnica—Barruel ou Robison, ou Eckert—t4o admiravel, alias, Go ponto de vista humoristico. Nem teré tido porventura nocio, sequer de ouvido, do artigo célebre do Padre Hermann Gritber na Catholic Encyclopedia, artigo citado com elogio em livros macénicos, e em que o doutor jesuita por pouco no defende a Maconaria. Gra se o sr. José Cabral esta nesse estado de trevas com respeito natureza, fins e orga~ nizacdo da Ordem Magénica, suponho que em jgual condigao estejam muitos dos outros mem- pros da Assembleia Nacional, coma diferenca de que nao se propuseram legislar sobre maté- ria que ignoram, Sendo assim, nem o deputado apresentante, nem os seus colegas de assem- bleia, estarao, talvez em estado de medir clara~ mente as consequéncias nacionais, internas & sobreludo externas, que adviriam da aprovacdo do projecto. Como conhe¢o 0 assunto suficien- temente para saber de antemio, e com certeza,. quais seriam essas consequéncias, vou fazer tridticomente presente da minha ciencia ao Er, José Cabral e a Assembleia Legislativa de que € ornamento. SS HYRAM Com por uma referéncia pessoal, que cuido, por necessaria, nado dever evitar. Nao sou macon, nem pertenco a qualquer outra Ordem semelhante ou diferente. Nao sou porém anti-macon, pois o que sei do assunto me leva a ter uma ideia absolutamente favo- ravel da Ordem Macénica, A estas duas cir- cunstancias, que em certo modo me habilitam a poder ser imparcial na materia, acresce a de que, por virtude de certos estudos meus, cuja natureza confina com a parte oculta da Maconaria—parte que nada tem de politico ou social —, fui necessariamente levado a es- tudar também esse assunto—assunto muito belo, mas muito dificil, sobretudo para quem 0 estuda de fora. Tendo eu, porém, certa pre- paraedo, cuja natureza me n4o proponho indi- car, pude ir, embora lentamente, compreen- dendo o que lia e sabendo meditar o que compreendia. Posso hoje dizer, sem que use de excesso de vaidade, que pouca gente haver4, fora da Maconaria, aqui ou em qualquer outra parte, que tanto tenha conseguido entranhar- *se na alma daquela vida, e portanto, e deri- vadamente, nos seus aspectos por assim dizer externos. Se falo de mim, e deste modo, é para que 0 st. José Cabral e os colegas legisladores saibam perfeitamente quem Ihes est falando, e que o que vao ler, se quiserem, € escrito HYRAM por quem sabe o que esta escrevendo. Nao Gue o que vou dizer exija profundos conheci- shentos macénicos: € matéria puramente de superficie, da vida externa da Ordem. Exige porém conhecimentos, e nfo ignorancias, fan- tasias ou mentiras. ‘Comeco a valer. Creio ndo errar ao pre- sumir que o sr. José Cabral supde que a Maconaria € uma associacao secreta. Nao ¢. ‘A Maconaria ¢ uma Ordem secreta, ou, com plena propriedade, uma Ordem inicidtica. © sr. José Cabral no sabe, provavelmente, em que consiste a diferenca. Pois o mal € esse seado sabe. Nesse ponto, se nao sabe, teré de continuar a ndo saber. De mim, pelo menos, n&o receberd a luz. Forneco-lhe, em todo 0 caso, uma espécie de meia luz, qualquer coisa como a «treva visivel» de certo pede ritual, {You insinuar-Ihe o que é essa diferenga por 6 que em linguagem magénica se chama «ter- mos de substituicao». "A Ordem Macénica € secreta por uma razio indirecta e derivada —a mesma razdo or que eram secretos os Mistérios antigos, Micluindo os dos primitivos cristaos, que se reuniam em segredo, para louvar a Deus, em © que hoje se chamariam Lojas ou Capitulos, @ que, para se distinguir dos profanos, tinham formulas de reconhecimento — toques, ou pa- lavras de passe, ou 0 que quer que fosse. Por HYRAM wk esse motivo os romanos lhes chamavam ateus, fnimigos da sociedade e inimigos do Império —precisamente os mesmos termos com que hoje os macons sdo brindados pelos sequazes da. Igreja Romana, filha, talvez ilegitima, daquela maconaria remota. \ ‘mT assim o meu pequeno presente de meia-luz, entro directamente no que ver- dadeiramente interessa—as consequen- cias que adviriam, para o pais, da aprovaczo do projecto de lei do sr. José Cabral. Tratarei primeiro das consequencias internas. "A primeira consequéncia seria esta—coisa nenhuma, Se o sr. José Cabral cuida que ele, ou a Assembleia Nacional, ou 0 Governo, ou Pusaianea que seja, pode extinguir o Grande riente Lusitano, fique desde ja desenganado. ‘As Ordens Inicidticas estio defendidas, ab origine symboli, por condigdes ¢ forgas muito especiais que 2s tornam indestrutiveis de fora. Néo me proponho explicar o que sejam essas forgas e condigdes: basta que indique a sua existéncia. ‘De resto, tm os srs. deputados a prova pratica em o que tem sucedido noutros paises, bnde se tem pretendido suprimir as Obedién- cias magonicas. Pondo de parte a Rissia— HYRAM onde nem eu nem os srs. deputados sabem o que verdadeiramente se passa, ¢ onde, alids, quase nfo havia Maconaria—, poderemos considerar os casos da Itélia, da Espanha e da Alemanha. Mussolini procedeu contra a Maconaria, isto é, contra 0 Grande Oriente de Italia mais ou menos nos termos pagdos do projecto do sr. José Cabral, Nao sei se perseguiu muita gente, nem me importa saber. O que sei, de ciencia certa, ¢ que o Grande Oriente de Tidlia € um daqueles mortos que continuam de perfeita satide, Mantém-se, concentra-se, tem-se depurado, e ld est a espera; se tem em que esperar é outro assunto. O camartelo do Duce pode destruir o editicio do comu- nismo italiano; ndo tem forca para abater colunas simbélicas, vasadas dum metal que procede da Alquimia. Primo da Rivera procedeu mais branda- mente, conforme a sua indole fidalga, contra a Maconaria Espanola. Também sei ao certo qual foi o resultado—o grande desenvolvi- mento, numérico como politico, da Maconaria em Espanha, Nao sei se alguns fendmenos secundarios, como, por exemplo, a queda da Monarquia, teriam qualquer rela¢ao com esse facto. Hitler, depois de se ter apoiado nas tres Grandes ‘Lojas cristas da Prussia, procedeu HYRAM ae segundo o seu admiravel costume ariano de morder a m4o que lhe dera de comer. Deixou em paz as outras Grandes Lojas—as que o nao tinham apoiado nem eram cristas—e, por intermédio de um tal Goering, intimou aquelas trés a dissolverem-se. Elas disseram que sim —aos Goerings diz-se sempre que sim—e continuaram a existir. Por coincidéncia, foi depois de se tomar essa medida que comeca- ram a surgir cisdes e outras dificuldades adentro do partido nazi. A histéria, como o st. José Cabral deve saber, tem muitas destas coincidencias. Como tenho estado a apresentar razbes e factos até certo ponto desanimadores para © st, José Cabral, vou desde ja anima-lo com a indicagZo de um resultado certo, positivo, gue adviria da aprovacio do seu projecto. esultaria dele —alegre-se 0 dominicano! um grande numero de perseguicdes a oficiais do exército e da armada (excepto em Cascais) e a funcionétios piblicos. Perderiam os seus lugares os que nao quisessem ter a indignidade de repudiar a sua Ordem. Resultaria, por- tanto, a miséria para as suas familias, onde € possivel—e isto ¢ que é grave—que se encon- trassem pessoas devotas de Santa Teresinha do Menino Jesus, personagem que ocupa, na actual mitologia portuguesa, um lugar um pouco acima de Deus, Resolver-se-ia, € certo, HYRAM no estilo inesperado do roulement que n&o rola, o problema do desemprego — para aque- les actuais desempregados, bem entendido, que tém por Grao Mestre Adjunto o sr. Con~ selheiro Joao de Azevedo Coutinho. Seriam essas as consequencias internas da aprovacao do projecto: dois zeros — um para © efeito anti-magénico da lei, outro para a barriga de muita gente. Seriam essas as con- sequéncias internas. Vou tratar agora das consequéncias externas, isto é, das consequen- cias que adviriam da aprovacao do projecto para a vida e o crédito de Portugal no estran- jeiro. Esse aspecto da questo, esse resultado, nfo sO possivel mas quase certo, creio bem que n4o ocorreu ao sr. José Cabral. Presto homenagem — e a sério — ao seu patriotismo, embora lamente que seja um patriotismo tao analfabeto. Existem hoje em actividade, em todo o mundo, cerca de seis milhdes de macons, dos guals cerca de quatro milhdes nos Estados nidos e cerca de um milhao sob as diversas Obediéncias independentes do Império Brita- nico. Assim, cinco-sextos dos macons hoje em actividade sto macons de fala inglesa. O milhao restante, ou conta parecida, acha-se repartido pelas varias Grandes Obediencias dos outros. paises do mundo, das quais a mais importante einfluente ¢ talvez o Grande Oriente de Franca. cate HYRAM ‘As Obediéncias magénicas so potencias auténomas e independentes, pois nao ha go- verno central da Maconaria, que € por isso menos «internacional» que a Igreja Romana. Ha Obediencas magénicas que poucas rela gGes tem entre si; ha até Obediencias que estao de relagdes suspensas ou cortadas. Dou dois exemplos. A Grande Loja de Inglaterra cortou em 1877, por um motivo técnico, as relagdes, que ainda nao reatou, com o Grande Oriente ‘de Franca. A mesma Grande Loja cortou, em 1933, as relagdes com a Grande Loja das Filipinas, em virtude de divergen- cias—cuja natureza nao sei mas presumo — quanto a maneira de desenvolver a Maconaria na China. ‘Assim 2 Maconaria necessariamente toma aspectos diferentes — politicos, sociais e até rituais — de pais para pais, e até, a dentrd do mesmo pais, de Obediéncia, para Obediéncia, se houver mais que uma. Dou um exemplo. Ha em Franca trés Obediencias independen- tes—o Grande Oriente de Franca, a Grande Loja de Franca (prolongada capitularmente pelo Supremo Conselho do Grau 33) € a Loja Regular, Nacional e Independente para a Franca € suas Colénias, O Grande Oriente é acentuadamente, radical e anti-religioso; a Grande Loja limita-se a ser liberal e anti-cle- tical; a Grande Loja Nacional nao tem poli- ae HYRAM wae tica nenhuma. Dou outro exemplo. O Grande Oriente de Franca tem uma grande influéncia politica, mas, excepto através dessa, pouca influéncia social. A Grande Loja de Inglaterra ndo se preocupa com politica, mas a sua influencia social é enorme. Conquanto, porém, a Maconaria esteja assim materialmente dividida, pode conside- Tar-se como unida espiritualmente. O espirito dos rituais, e sobretudo o dos Graus Simbé- licos (nos guais, e sobretudo no Grau de Mestre, est4, j4 para quem saiba ver ou sentir, a Magonaria inteira), € 0 mesmo em toda a parte, por muitas que sejam as divergéncias verbais e rituais entre graus identicos, traba- Ihados por Obediencias diferentes, Em palavras mais perspicuas, mas necessariamente menos claras: quem tiver as chaves herméticas, em qualjuer forma ce tim rital encontrar, sob mais ou menos veus, as mesmas fechaduras. Resulta desta comunidade de espirito pro- fundo, deste intimo e secreto laco fraternal, que ninguém quebrou nem pode quebrar, (que)uma Obediencia, ainda que tenha poucas ou nenhu- mas relagdes com outra, ndo vé todavia com indiferenca 0 ser esta atacada por profanos. Os macons da Grande Loja de Inglaterra nao tém, como se disse, relacdes com os do Grande Oriente de Franca. Quando, porém, recente- mente surgiu em Franca, a propdsito dos 42 te HYRAM aoe casos Stavisk e Prince, uma campanha anti- -magonica, de origem alids ultra-suspeita, a vaga simpatica, que potencialmente se estava formando em Inglaterra pelos conservadores que atacavam o Governo Francés, desapareceu. imediatamente. O Times, conservador mas acentuadamente magénico, relatou as mani- festagdes contra o Governo Francés com uma antipatia que rocou pela deturpacdo de factos. E ha muitos casos semelhantes, como o de certo escritor maconico ingles, que em seus livros constantemente ataca o Grande Oriente de Franca, mudar completamente de atitude a0 responder a uma escritora inglesa anti- -magénica, que afinal dissera pouco mais ou menos o mesmo que ele havia sempre dito. Nisto tudo, que serviu de exemplo, trata-se de coisas de pouca monta, simples campanha de jornal, e por certo de atitudes espontaneas e individuais da parte dos macons que as tomaram. Quando porém se trate de factos magdnicamente graves, como seja a tentativa por um governo, de suprimir ou perseguir uma Obediéncia'magénica, j4 a acco dos macons nao é tdo individual e isolada, nem se resume a uma maior ou menor antipatia jornalistica. Provam-no diversas complicagdes, de origem aparentemente desconhecida, que encontrou em paises estrangeiros 0 Governo de Primo de Rivera, e que encontraram, ¢ foe HYRAM tee ainda encontram, os Goyernos da Itélia e da Alemanha. Esses, porém, sfo paises grandes e fortes, com recursos, de varia ordem, que em certo modo podem contrabalangar aquelas oposi- gdes. Vem mais a propésito citar 0 caso de um pafs que nao é grande nem influente na politica europeia em geral, Refiro-me a Hun- gria ao que se passou com o célebre emprés- timo americano, Aqui ha anos, pouco depois da guerra, 0 Governo Hingaro decretou a supressao da Magonaria do seu territério. Pouco depois negociava um empréstimo nos Estados-Unidos. Estava o empréstimo praticamente feito quando veio da América a indicacao final de que cle nao seria concedido se nao se restabelecessem «certas instituicdes legitimass. O Governo Hungaro percebeu e viu-se obrigado a entrar em transaccdes com o Grao Mestre; disse-lhe que autorizava a reabertura das Lojas com a condigao (que parece do sr. José Cabral) de que nelas pudessem assistir profanos. E’ escusado dizer que o Gro Mestre recusou. O Governo manteve portanto a de adeptos, ou as suas tZo pode- associagio nitidamente internacional, fora da disciplina dos foses iniluénclas, 240 ameacava, — aia, Eades ¢ contrarla aos interesses das Nagdes; ume organt- 5 influtnelee aed € infantil, porque s6 a criangas pode Zaqao, caracteristicamente politics, visando 0 comando de jmapressionar, Infantil, porém, € todo artigo a que me s8iro, Zodos’ os povos. pera um fim seguramente tenebroso, que 08 impression yaa Geteraiinante, porque tudo vem no fim de proprio filiados desconkecem, mesmo os que se julgem mesmo Ze am simples ¢ anGdino projecto de let proposto Pie graduados; uma vasta e temerosa conspiracdo contra sora regulamentar um velho precelto do Cédigo Penal, fode fordem moral e politica estabelecidas, usando todos Pars eta atenno, & que to simples cousa posse ter Ge proceasos, servindo-se de todos os meios, mesmo os mais iSite tremer es colunas simbélicas do, tempo. 08 Bionivels, até os mals criminosos,—creio que todos achac tse rmcio 26 & possivel uma de duas explicagdes; ot a Sho justilicadas e legitimas as sangdes mais severas para os jragiidade de sua construco, ou ume oportunidade #40 Seas componentes, a vigilancia mais atenta para Os seus febteate do projecto, que Ihe deu uma forse que em st nao Setos ¢ a repressao mals dura para os seus feltos parecia conter. "Bestes termos claros e concretos nao hd que deslocar a Se Sim, ao apresenté-lo, nada mais quis do que dine- questio. # demasiadamente séria, para poder ser trateda sizer uma norina esquecide co nosso direito penal eestSaantescos e incongmuentes afrezoados, como 0s ar OI BOT Sedonteceria se eu, a eremplo de Afonso Go escriba que, com grandes alardes tipogréficos, estadeou Cosi, Reasuscltasse a legisiacao de Pombal contra ot Jesu Snte-ontem no «Didzlo de Lisboa» a sue vacuidade insanével- Gare pediove.a sun apticacto 20 e830? sareeria pouco consscer as origens da Magonatia: saber sto mesmo e algo mais, afinal, escrevi ew, em am. artigo se ela, como querem os tedloges ¢ 2 materializacéo de um ac fo ese ¢ alge Mmeicous com 0 titelos Chave no seco ico permanente, procedendo dlrectamente dos ‘empio.-- brinciPle Nios masicheas esibigenses, ou se 6 sobrerivencia Te ogo seja desinteressante, para 03 Ieitores do seep, (jos Templarios; nao fatsrease avediguar com. que Dies EE Degos's coabecimento de tina parte, 20 menos oe eeeah nam on celebres «Procacolo» des Sages de Sion Go que je af disse, Tridas Jurpe isaciia, ou que creaite deva dare & famige Fee ee eicolivo, e por me ter sugerido o que escrevl a fade Carta de Colonia que lhe atsibul expressio protestants publisepie do artigo @ que estou respondendo, permito-me @ indiferente, para o caso, que os seus principios zemontem Fansererer { Indllerents Poa oxganitgpao sncerdotal do velho Exipto ot a ies catdes de posers ives da Ms faade, “Se a Maconayia € 0 que hé dots dias proslamars um Bete cee indlerente. que os fraucormagons de hoje ean eget So Ske piginas do. Didrio de Lisboa 5 £ ifusleneiss cavaleiros Rosa:Craz que Eile Astimole fate Sor emma ar proclamado outros, pedclos de mesma renee aces das velhas organizecdes dos free.massons SGHDE. ce cla @ ums inofensiva associacdo de pessoas toler fe Londres, ou de complexa hierarquia dos iuminados de sme Sboliticas; se ela procure realizar objectivos buma- Weishaupt e Knigge. ‘hos e fraternais —confessdveis e até louvavels, s¢ © ‘segredo, ‘Nada disso interessa a quem tome o Problema na sus oe ¢ frater™iolavel, mas sempre ferozmente defendio, realidade actual. aie HYRAM aie Sé podeis tateresiar don tolos, que ce coatentem, pi ua seiiaraa intina, cow inher palyeran sultas pales Mesedan oh ofc. corse o iamueso maf, que ha diss, pet? Seva taconselente eis, ao ¢Diano de Lsboas. busta youve dis gue o ites ne do longo catse de ues suioral posto, quando ihe pergantaram: Gee disee onem? = Senior naa disse nada, folow. “Sige eguum oe aenn os facton 296 26 fis convém 1.9 —Que a Maconaria, emanada possivelmente da Ingla- terra, « poderosumneats amsisdue © protgida por este pay se Sfatnod puis Huropas uns pristenas deendas do seco it 2 Clu sipdamaste. se inion, com sites wésias, ne fistands, nm Seige, a Espana, om Portage, na Valle na Austra, na Sucelay na dein, sa Disamaatca, na ‘Targuia, ve Alemanitae na range. wa Ste em foda a pate procuron canta om aimeca gay" oa heaeas de govereo e clases pepondersates & 1 Prices grates cael “42 ~ Que, com 9 eu dexeavolrimento, coincide oapare- ctments de toda a expceizce perarbagses poles, cieinco oi tttutades cout be inpereates c homens de Bvtado; 52 = Que o aes predoamfalo €eetealedo por um estado de sevoiusae pernentate. que levow em inbe ace, aaa de fodas as instisuicdes tradicionais, a derrocada deispérios po- derosos, a um desiquilfbrio politico, perieitamente endémico. 62 Que, deste aglomeredo de destrovos, surgzam pele Bemocracs 7.8 Que da sua acco minaz ¢ continua derivou assien © selazansento da discplina polities, asubvereto da ordem ec9- Bomico, ©. quase aniguilamento do principio da autoridade: vont soe, poderameste, onde quer aes aparcta um jomem de genio ou uma grinde fogen polities, que. pro- Uitasse tobsptecer'a autonlade do Estado, ou Zeconstrale Sfrandeea da Nagdo, ma Rasta, na leila, ne Tarqula, na Jofoeslivia, na Alemaaba, teve de yarrer dovsee camninho & Jee massoien, exterminando-a, of mutilando-s nos seus Stpios estenciais, ommandorihe tipossivel e vida, TPstes 0s factos, apenas alguns factas;Iucldativos, claros, loquentes, O mele €-<. falar, sem dizer nada, iS cbieciive de dominio universal daMagonesia cosécter fundasnenial da seita, de que senulta 0 aspecto, perigoso, mules politicas do Hberalismo e da nee HYRAM para dizer melhor, femeroso, da sua scsto, estabelecese Pesalta de tudo 6 que deixo ito © de chediencta passiva, Sefer ae, Sia crige aw sun adepion.F Sesonntaratta de Verses clarameate do exams dos docamentos apreendi- os nos iizminados da Baviera © 08 conspiradores da iin, Scone de Hagnita, chete cas organizasdes mansions da Brassia, da Poloaia e da Russie, confessouo sem febuco 530 Congresso de Verons dizendo quc.e fm supreme da seta E> cheger 29 dominio do Mundo, congustanio on tonos ¢ counecito 6’ caso de um ftanemaron que, perante vem fcibunal, negeva a autoridade deste, Geclarind® que ® Hacgnarla se promunclara 1a sobre 0 6030. Bode um Estado, que tenha 0 sentimento de sua autor- dade © da sua digaidade, olerar no seu Selo tina ortenizacto, Com tal histo com tals carncteres? Que dizer da aceio da Masonaria em Portugal, que alguém ignore? ‘A preparacdo das invasoes francesas, a saudacao levada, ‘por portugueses, @ Junot, o chefe da primeira invasdo; a tra Gdo de Gomes Fréire; comando evidente da Maconaria durente todo 0 periods liberal; o assassialo do rel D. Carlos ‘e do principe D. Lufs Filipe; a queda da Monarquia; o assas. sialo de Sicénfo Pais; o morticinio de 19 de Outubro e tan- tos outros crimes ja dificels de enumerar— edo bem conhe- eldos de todos, para ser necessdrlo insistir. Trégica nos seus intuitos, 2 Maconazla € grotesca nos seus ritos, na sua hlerargula e nos seus simbolos, ‘Nos processos, nao foge ao imperativo da sua natureza; 0 tragica a alteraar com 0 rldfculo, Nada mals comico, na Yerdade, do que o que a selta mandou dizer no Diério de ‘Lisboa, para atemorizar as gentes... "Familias sem pao, as dos funciondzlos, que para nfo abandonazem a Ordem, houverem de sacrificar a sua posic#0 os quadros pablicos; ~ a pressdo da judiaria estrangeir como na Hungrls, que tornaria lrrespirdvel 4 Nacioo ambiente Hnancelzo internacional, nao Ihe permitindo levantar uma bra onde quer que seja.-. ‘Valera & pena discutir a sério dislates deste jaez? Mas que homens so esses funciondrlos, que assim sacrificam — suas familias © a Nacdo, 20s interesses da Orde? Que piedade merecem, eles ou 0s seus? ee HYRAM 4 Que podem veler consideracoes dessa natureza, perante: o tntereage aupremo da colectiade? uc poder ¢ esse da Maconaria que nfo consegulu evitas de Ovnebta 0 patoninto da 8 DNs um captstne portugues, embora condicionado, © que ate 1826, apesar do indiseutivel predominio da selta na governacao do pais, ndo pode levantar um ceitil em qualquer mercado estrangeito? Para isso careceu a Magonsria de utilizar um pobre escrevedor, que afinal, apenas conseguiu divertir 0 piblico. ‘com os seus esgeres... ‘Ao homem, n40 valerla a pena mencionarthe sequer © nome, Nao € pelo homem; € pela pobreza de recursos que © seu aproveltamento revela — que se fala nele>(") Uma nota apenas: Serle interessante saber em que let estatulu Jodo Franco a pena de morte para os crimes poli Hoos, ou pare qualaquer outro ‘Na «lel de 13 de Fevereiro, ato. Af comina-se simples- mente, para determinados erimés, a sancio, jd estabelecida no art. 10.° da lel de 21 de Abril de 1892. E tal sancao era a de simples deportacao para qualquer das colénias portuguesas. © articulista € talvez multo moco, para que o seu conhe- imeato vé the Longe; mas o que ele é € pouco escrupaloso, ‘Que me lembre, altimamente, s6 um homem pablico, propis, o que é diferente de decretar, em Portugal, a pena Ge morte: Cunha Leal E ngo ihe faltaram aplausos. Talvez mesmo thos nao tenlia recusado o articulista, se o integralismo das suas con- ‘vies6es ao tempo, Iho permitiu, Posto isto, crelo ado ser {4 caso de acettar 0 conte de emaado Pesto, para ir eté Patima no proximo dia 13. i lamentavel ate poder dozar uaua amvel compantia. lem cle isf.., Talvez prefire, fomagem por romagem, & do... Gremio Lusitano, om “feed pols de ir, sbeinho, a cata om aquele parte... Joos Cabral, Disrio de Lishoo, Ano XIV, n.° 4,391, de 7-2-1935. (9) Termina eqs 0 ergo publindo em A Vox, ne 2812, de 62175, ul F. PESSOA, UM «RATE» QUALQUER... Aberlura do Astiga de «A Vor> (COMECA's senticss o concer dut sar staal seguro dares a supericie do charco algo ocorre de novo, algo ocore de alstmente, pera os simpéticos anfibios. Adivinbe'se 0 ramorejar dos fe." Irr*. no segredo dos seus_conventicalos. Seute-e que cma erepitaefo sorda fasta irreverente- mente as abobadas sagtades. Chove no Ternpl A Maconaria, a poderota aseociagéo internacional, que em dois séculgs' de aceao teraz e oculte, condicionoa on pretendeu condiciones, os destinos dos pores ~ comove-se, Ev levantando melade da mascare, sal 80 mundo pro: fano, ‘para, das pasinas complacentes dum jornal da tarce, ¢ pela bose de ‘um rele qualquer e literature € da Tide, Tadcar @ cidade e As gentes, ameagas ¢ injungoes, Bom sinal. Sinaf de que a cluva miudiata que arouta as coluuas simbollcas comega a amolecer a sua esirtura de cartio. Pere_que os poderosos Ir.". It". a quem por fazerem do mistero profissao 0 fe--» desavindo, Fausto de Quadros, Justamente chamow soutoneure do miltrio, se resolvamy, assim, ¢ vir © terveizo, € que ume preocupagso grave os Dertarba, tm perigo real cs smear, Fedo aida Bonga ayy orque um deputado props A Assembleta Nactonsl.aregu- lamentagio de um velho preceito do Codigo Penal; reguiamen: fava ler, mas denpcteciowe ¢ comes, 0 te¥e o propomente outro fim que 180 fosse dar vi 4,um conecito entebelecido, dinamizar‘ama velba nora do diflto penal portugues, em ordem a defender 0 Estado de Influgncias ocbitas © periciosas, 6 isso. Sequemess ce considorapies soprodunidcs na carla do « disse, & Imprensa delenderse, sceitou o eriterio ja generalizado, 1st0 lug este projesto « visara de um modo especial. E assist temos que o problema, que eu pretendera pOr nos seus fennoe ecissiramente jvdico_ 8 eansforboas Bio por minke intervengio, mas pele peSpria vontade da Maronaria Portuguera e~ como dire? —pela consciencia de foda a gente que da propositara desse problesa teve conbe- elmento, em problema polfelce>. © que, porém, nos interessa € que se estabeleca um regime juridico que, embora nao extermine essa assoclacao porque ndo sel so & possivel exterminéla —, pelo menos tome impossivel que ela exersa sobre 0 Hstado as influtn- clas que tem exercido e que pretende continuar a exercer, Bu sel de Bstados que a nto toleram. Estados de carac- terfsticas {déntieas 20 nosso: Estados fortes, autoritérios, nnorteados apenas pela nocdo firme do bem comium; e, assim, sel que a Maconaria fol exterminada pelo Estado fascista, que @ declarou incompativel com a sua propria existencla, «Nos temos uma doutrina © somos uma fora», disse Salazar: e, agora, digo eu: nds somos uma forca e temos ‘uma doutrina, incompattvels, dentro das mesmas frontetras, com a doutring e com # forga da Maronarta. Sabem V. Ex. que as publicacses da Masonacia vém sempre aytniiadas For aghela tlogia gern, Je ral Zeiha de 89. Nos secs Selos e nae maniistacses olciais apse Tece sempre essa trlogia simboliea, Liberdade, Tgualdade Be Ordo watt logiarak dizetb a V. due esta atlogia vale ngo vou eu dize1b a V. Bx. que ‘bem. o°sabem, Contecem como eu o sangrento significado dense prego mentiroso, nos seus aspectos sociale politico; Sonhedem bem os horrozee que, sob esse bandoien maldita, tém fagelado 0 mundo. Sociedades Secrelos, Lisboo, Editorial Império, P. 102. A VERDADE SOBRE A FRANCO- -MACONARIA Tio son ashe Sead A raha Ne ae a ae eae aon ae eae a ae ea atte a ee er eee ean na ee neces are a Sein le cee eee aa oon Se ar a a ee a are ae Ce ce eae Se anni ae coe ae eee ones heey Se eee Sopa ieee! eee ere aero Meeting ae ‘Sige et Rnctata atc Seater ea ceca rie naria, assoclagao espectlativa, ha um abismo. Discorrendo. ee aa tae ep ara caren cere er oa rea ee Fala em Findel, em Kiuss (sie), em Gould, na Ars Quator Crate nate a ane eC Sor Ta ee eee eo rete ssn cgu oe put aS th ne es Histoire abregée de ta Franc-Magonnerie de Robert Freke oat aca nee ae te Ee ae ee aa are es in fae el era earn Oo ae a See ee eT ee Conheco mais algume colse, desde Rebold, ¢ a sua Histoire Générale de la Franc-Haconnerio; desde Willa Landie, ea sua The History of the Masoncy and the Grand Hoge of Scoand, sche dua amonss carta Se Mansingnam Gs Dezembro de 1756 e 12 de Julho de 1757) e, posso sizer, Siecentissims Histoire de la Frane-Maconnerie Francaise 40 Albert Lantoine E se.0 sr, Fernando Pessoa quer mals, nao fale hermet- camente, gue eu também ago alo. E vamos ao que importa, A parte sabstancial do artigo do st. Fernando Pessoa 4 aquela em que sua ex declara ito: «,..Toda a Maconaria (entenda-se Franco-Maconaria); douire modo, ¢ disiate, gira em torno duma s6 idela—a tolerdncia; isto ¢, 0 ndo impor a alguém dogma nenhuns, defzando-o pensar como entender. Por isso, ¢ Magonarla (entendase, ete.) ndo fem uma doutrina>. Quem aio & hermético ¢ nto bebe por Elighas Lévy (também ef tenho disso...) e quem nao é genio na atmos- fera Viciada dos botequins, faz, Glante do que delxel trans- frito, a. seguinte logica e facil Tellexdor entre 0 primelzo periodo e 0 segundo, hé uma grave antinomia, multo malor 40" que ay gue asian auar fea “xident: ae a Maponaria sce om torno dame 06 ela exsa «90 idela> € a sua doutrina, Que doutrina? A da toleran- cia, Mar se 2 Maconaria gira em torno duma so {dcia, ada folerancia, evidente ¢ que impbe 20s seus fiados um dogma woldogma Gs tolerancia, 1 se 0 tmpoe, nao detxa tal, a cada filadoraliberdade de pensar como entender, porque prec Samente ihe Impde 0 de ado peaset iatoleraatemente ‘Femos, pala, gue contra o que 0 st. Feraando Pessoa pretende easinar, dx cathedra, 20 st. deputado Jose Cabral Biaos leitores do Diério de Lisboa, « Franco-Mayonasia tem ima doxtsina —a qual, na boca do mesmissimo sf. Femando Besgoa, é a tele 0 da qual ela gire—a tolerancla. Mas Seré essa apenas « sua doutriaa? : Um célebre Oliver escreveu numas Antiguities of free- Segundo antigas tradicoes maco- tia antes de criacto do globo solazes>. Caleule-se. todas as fantasias tém sido posstvels. fiquemos isto que historic © do- camentado: a Franco-Maconasia ¢ de origem {aplesa, e data de 1725, que fol quando se publicaram as Constituitons of thee HYRAM kee the free-masons, slaboradas dois anos antes, pelo pastor protistante Andefson Pia Tlectivemente, nesses ConstituigSes declara-se que sé pode ser inacao quem obedera 4 lei moral e nko scja um tea etdpido newt um Ubertno ireligiosoc mpunhse-e como Religigo, saquela sobrea qual todos os Homens este de acorcor: deizandorte tode @ liberdace quauto as tues ‘opinioes pectcstares, “Toda'a gente sabe 0 que isto quer dizer, e onde isto ler desconece fodat as religide ¢ eliminate expe talons sue por deliniedo € exclusivista, porque neo hs, em seighao, Wordades que se contradigems Acui temos, portant, & base da doutrina da Pranco- Magonacia, ‘Gust era a Religizo sobre que todos os homens estto de acordo? A''primelsa vista, tendo-se. presentes a primeira parte do artigo das Constiniides, ea informagto de Bernard Bicare sobze as Cerimontas © coetmmes religioses, dieses gue oe aia a Religto cist A que equloces se presia orgue a Religito cristaoferece dois ramos divengeates o_lulercno, sue sf meltplce pnts; e clic © pumco condus 2 acarguta religoss, & pocia de ciltos, ae rligides Indivdoss. 8 nao,” © ae os principals fundadores da Franco-Masonesia ingles s8o protestanics’ 8 um hlstontador aurorizado pode esctevet fue © fis csiarcado de Anderson eos seus cdmplices con- Satin em fazsr panser docemente-« franco Mocosssla cate lice doutcos tenipos para a tgide do Protescantiomor, Isto obedecia a propésitos anteriores, Guilkerme de Orange sltereva ext 1590-0» statutes da Masonetia ose tiva, para que a segatr A alirmardo de_crenes em Deus, se slo gence da creace nn Santa igrja Cattica Por tise motivo, e outros, o-miesmo histeviador ensina ge 20 8, opalto ual € guie°os fundadores da Franco” Miconaria guiseram cxar um taco de-anito entre os calton ¢ pilacipal mente entre os dois ramos exsttos, ou pelo menos tua espécie de tereno de entendimento, a oste € que cles Aulseram principalmente fndar um terreno neutsoy espe: endo poder lazer predorinar nelo\a iaatacle”protr- ‘' anttcstolicgmo constitee. pots, um dos old tand- maori ‘da Franco Magoneria, Oation, dices de. precisa, {em sido priticamente deareapeltados. Base, alo. O antrente: Helsmo permanece intacto, ele que ecompanka a institu RRM HYRAM se ‘cdo, quando sla passa o canal e se introduz em Franca, fem 8 de Abril de 1732, “Tanto assim que Clemente XII, pela sua Constitulcto In eminenti, de 24 de Abril de 1738, dentnela o caracter maléfico da Franco-Maconaria. E esse 0 primeiro documento pontiit elo antimagénico. Diz o st, Fernando Pessoa que , @ por piinclpios, +a toleraucla mdtua, 0 respelto dos outros f de si propria, ¢ a liberdade de consciéacias, eque a consti- tuem «homens probos, livzes ¢ dedicados, ligados pelos sen timentos de liberdade, da igueldade e da fraternidade>. Se é verdade que nesta Assoclacto Magoniea Interna- clonal nao entram a Franco-Magonaria inglesa ea alems, ¢ ela se retirou « americans, 0 que é corto ¢ que essas excite Ses 20 devidas a motives acldentals, e que o espirito anti-catolico € comum a todas as Obediénclas nacionals, Por outro lado. a tendéncia ecuménica da Franco-Maconarla estd bem nftida na Declaragao de Principios de 1921. A dou- tina € uma. O quo varlam sdo os processos de a realizar. A finalidade € uma; diferentes os caminhos para lé chegar. eee HYRAM Quer dizer, a9 deformacses que 0s old landmarks sngleses soireram, quando @ iastituigao se transplantou para © continents ¢ alasttow pelo mundo, séo cdngiram uma baie a base ontrcatslica. ‘Esta, insisto, € a sua doutrina fundamental, inalterével Este, o seu dogma central, Esta, « alme de oda. sua acrdo, isso duc explica as sucessivas. condenacSes que Igecja catglioa tom falminado conta a Franco Magoneria, desde a Constituiggo 4 citada de Clemente Xif; Const fuledo Providas, de i8 de Mato de 1731, de Beato XIVy a Constiuleao Eetiesiam a Jesu Christa de 13 de Setembro Ge 1821, de Plo Vil: a Copstiutcao de 13 de Marco de 1925, Quo Graviora, de Leag it: a Encteca radi de 21 de Malo de 1829,’ de Plo VIll; a Bnciclice Mirari, de 15 de ‘Agosto de 1892, de Grogsrlo XVI; 8 Enciclice Gut pluribus 45°9 de Novembro de 18167 « Alocucko Quibus queniiogue eo 20 de Abril de 1849; a Encicllca Nos citis of nobisenm de 8 de Dezembro de 1849; @ Alocucae Singulari quedam 5 9 de Dezembro de 1854; s Eneteliea Quanto conficiamur mucrore de 10 de Agosto de 1863 diplomas estes invoca- dos comulativamente uo § IV do Syllabus de Plo Ik: @ Enciciica Bist nos de 15 de Feverelzo de 1882; 2 Enciclice Humanum Genus de 20 de Abril de 1884; as duas cartas, apéstolican de 8 de Dezembro de 1992, Inimica vio, a0 Epi eopado italiano, Gardien de cette foi, a0 Pove Italiane — de Leso Rill; ¢ finalmente 9 canose 23:3 do Codex Juris Gonantet que prescieve: Nomen dantes sectae massonicae laliisve etusdem generis associationibus quae contra Becle- Siam vel legitimas eiviles potesiates machinantur, con- Trahunt ipso facto excommunicationem Sedf Apostolicae ‘simplicter reservatam. Convém ter presente o § 380 das Constitulcdes do Bis- pag de Colmbra de § de Dezembro de 1929, GS" Atargem do problema que me propus tratar, recifica- el a afirmacdo final do sr. Fernando Pessoa a fel de 13 de Fevereiro de Joao Fignco estabelecla 2 pena de morte para 08 crimes politices. B fantéatico| elo yisto, 260 sf. Fernando Pessoa ignora que a let de 13 de Feverciro visava os atentados anacquistas, © se limi tava ceportar os Calminosos para Timor. Alfede (Biman A Vox, Ano IX, 2.863, de 7-2-1935. es Mensacem Pro-MaAconariA com igeei ales wa Thre ATO ari ot Apologia da Magonaria, em hostil arremetiia contra’ projecto deel apresentado pelo st. Dr. Jose Cabra ‘Nao cabe no adiantado da hora detida e metddica ané- lise desea Ubéerima divagecdo dielética, Limitarmeel, por hoje, a slgumas nots reblacadas & pressa. ‘Orantor declara que aio € mero, em termos que pro- vocam a irresistvel eminiseéncia da’ apostrove lapidar do Grande escritor e polemiste P.c Sena Freitas, disigida a ane fiustre personalidade do tempo; que soja magdo, nao afirmo, que mais faria, s¢.0 fosse > Coakeco a sua personalidade literdria, Dele recebi, em ocasife dolerose. em que mal podie entregarae a lel: furas amenas, um opascelo, cortesmente olerecido, que se intitula Mensagem © que a par de versos inepirados pelo Sentimento patriolics, sod formas por vezes confuses se Emeontram éxtravageicins, como esta gongorice see de uadras Penden os Deuses o que do. A Glirla comprasse @ esgrara. Ai dos jelizes, porque ae si Séo ae passa! Baste a quem baste o aue the bast O bastante de the bastarh = St A vida € breve, alma € vasia; Ter é tardar. Foi com desgraca e com vileza Que Deus ao Christo defini: Assim 0 oppoz & Natsreza, E Fitho oungin. Perdoem os leitores a transcricdo dos dislates blasfemos, orventura inconsciente intluencia de teosofias, ee HYRAM see etheando esse foleto,altera o apreco de tacontesté- rata Bless Sones estuneza de arsndziesestavagancias Tes por eres lisa loucara, como cea quadiba’ mytho é0 nada que é tudo. 8 iiismo Solaue dbre os cous 4 Gin muiho Sante © ado — © corpo morta de Deus, Vivo € desnuda, eee cane a ee polémica a favor da Maconatia. ee ences ce ee atte ec frase ete cvtoso tgeto. que define menibdade go pslesinig: mmie seeGoeencte cassie ao seu otose ee : {Cie ado era ao presomtr que Jone Cabral supa que s Mavauuna: ¢ umalassoctasao socreia, Nto &. A Maro Saha PTSRe" Shae ett ou com ples roped, BEE onda” Sa os Cabra te sobs prover Betas dlaltngs bok c mal come Bebe, Nesse ponio, ae ndo sabe, terd de continuar a nao saber. a ce te toncceite ow Fee eer be caatsent clin conte a Bie es cae sate tee, que som. non deste 2 aes Gabe lain? abriciés dominé, ora; Soins toca sblaties Send sachanté pinhotréram Depois do latim macarronico dos versos de Castilho, ‘a prosa macabra do sr. Pessoa: ee A Ordem Mag6nica é secreta por uma razio . derivada ~a mesma razdo por que eram secretos os Misté- tine, © Médico & Forge, Usbos, 18h, 3s Te priate dS compl see HYRAM 8, los antigos, incluindo 0s dos primitives cristios, que se Feuniam em’ segzedo, para louvar a Deus, em o que hoje s chamariam Lojas ow Capftulos, e que, para se distinguir dos Bprofanos, nham fOunulas de seconhedimento— toques, ou lavras de passe, ou o que quer que fosse. Por esse motivo 0s romanos lhe chamavam ateus, inlmigos da socledade ¢ inimigos do Império—precisamente ox mesmos termos com, {gut Hole os macons ado brindados pelos sequazea da Igcela ‘omana, filha, talvez llegitima, daquela Magonaria remote, Que infelic alustio, monstruosa sob o ponto de vista hist6- Hop fog tds garden nan origensafel do sega acerca dos mais augustos misterios, no aage da perseneiete pagel A Maconatia no € sociedade secrets | Como seve tig0 289.9 do Codigo Penal ano definisse insofismavetmente sassoclasao, cujos membros se impuscram, com jure: megnio ou som ele, a obrigacdo de oculier & cstoridade Publica 0 objecto das suas reunides ov a sia organi, 'OBsses, porem, sto paises grandes e fortes, com recurso, de visia ordem, que em certo modo podem contzabalancer ‘quelas oposicses>. ‘Wem’ mals a propésito citar o caso de um pafs que nfo, é grande nem influente na politica europeis em geral.> “Rellrome a [ungria e ao que se passou com o célebre emprestimo americano>. Ero, pols, e puerl ilusso a severidade com que a lereia, por diversas vezes, desde 0 século XVill, condeno formal- Rente a Maconatia | iEro, 0 dos historiadores © publicistas do passado ¢ do presente, que analizaram os rituais, as liturglas macénicas; Eiidenclaram a accao.tenebrosa e anti-social das lojas, 05 ‘crimes n0 seu selo preparados. aol Revistamoria de alva tinica da inocéncial ‘Ramisemos esta cena de prestidigitarso dialétice : “eA sua acgdo social varia, dentro do mesmo pafs, de Obedieneia para Obediencia, onde houver mais que uma, fm vistude de divergenclas doutrindrias — as que provocaram, Sformacdo dessas Obediencias distintas, pols, a haver entre Glas gcosdo em tudo, estariam untdas>, ‘Segue de agut que nenhum acto politico ocasional de nenliama Obediencia pode ser levado & conta da Maconaria Gm geval, ou até dessa Obediéncia particular pois pode pro- Sir Smo em geral provem, de clzcunsténcias poltticas de Tnomento, que aMaconaria néo criou». Results de tudo isto que todas as campanhas antic ~masonicas—baseadas nesta dupla confusio do particular ‘Gom © gefal e do ocasioaal com 0 permanente—esiAo abso- fatamente erradaa, e que nada att hoje se provou em desa- ‘ono da Maconaria>. Penitenclemo-nos, pois! Proclamemos a inoeéncia da Maconaria | ‘Aiire'se para o limbo o projecto do st. Dr. Jost Cabral e ‘soja substituide por outro que revogue 0 artigo 263.° do Sige Renal! mS 4. ds Sousa A Vor, Ano IX, ».° 2.861, de 5-2-1935. © Pap&o Macénico I AS.*. NOSSAS.*. COLONIAS.*. Fyfe rete (CalalicosnGecasa ep ge egue nto th f ue fo dieram a fortuna de ler um artigo de nada rence Hoe alfo colutas que © a, Besnsade Pesish -—passon fir age sonbuye ~eseteu ao Dilro de Lisboa det do Se ietsem lido ene artigo, flesiam convencidos, coms en, dn guste e pussies veiade que o 02 Benson ais fae it apie ela a pore poste oto portugues sol convencieo, a sua grande malo- sa, delve & melo rant dn conueragn St clon Strnenbrs dor membios do seu vesussime impeto, depends Bimisemente de am longo petodo de azintensa.e trabar * ois o st. Femando Pessoa, alto com um projecto de lat contra essociagoes seeretassapresentago nn, Ascemblela Nacional pelo, deputado se. Jose Cabral, atirou com aquclss tito colunas de prose pare'o Didvio de'LisSoa, « prevenie * das eonsequensins que tia spror ‘projecto. Dessas consequéncias, uma das exterahe e priteipal é que nfo ¢ macdo embora declare também que tem mergulnado tanto na alma desta onganizago que pode sfirmar nfo haver ni ‘nem ca nem If fora, que Beba do fino melhor que ele. E invoea toda esta autoridade para dizer & Assemblela ¢ ao pais: Tenham wae HYRAM fee culdado! Nao bulam na Magonaria, quando néo véo-se as colsnias! 'Sé por modéstia se compreende que o sr. Fernando Pessoa ndo tenha querido darnos mais uma prova dos seus muitos conhecimentos em Maconaria. Porque se no fosse i880, podia ter acrescentado: — Recordam-se do que sucedeu, quando Junot invadiu Portugall A Maconaria portuguesa, somo traz Luz Sorlano (Hist. da Guerra Civil, 2° epoca, ‘Tom, 1.,p. 17) também ado estava satisfeita com a sua situa ‘gdo em Portugal e-.. mandou uma delegacio a Sacavém, a0 $6.0 cumprimentar o avasor mas tambem a pedirihe protec: ‘¢ho para a Sociedade. Moram estes os que, querendo incwleat Servicos que em verdade nao prestaram (ainda por cima), tiveram a arte de fazer capacitar certos macons do quartel- “general de Junot, com quem tinkam relacdes, que & Maco- narla se devia 0 sosségo e @ quietacdo em que por toda a parte se achava o reino, ¢ particwlarmente @ capital sem ‘Glerecer o mais pequeno sinal de resistencia, (Que grandes patriotas! Nao € meu intento aprectar agora a oportunidade e até f nccesatdade Jo apresentado projecto de fel, EY convieeao nina que assim como femos no Codigo Penal ume dispost- fo a tal reapelto, que se nao cumpre, assim a apva lel, se for votada, Heard letra morta. E" tembem opinigo minha que o melhor melo de comba- ter a Maconasia ¢ educar as geregdes noves um aito co celto da dignidade humana... e darrlhes a conbecer a verd Stirs historia ds Magonaria, reo se, Fernando Pessoa —e em tom faceto e miserl- cordioso 0 declara que a imprenea eatslfca nao sabe 0 que Giz ou mente ow fantasia ~ quando ataca = Maconatia. E inisericordiosamente deixa escapar nomes de autores que, supde ele, 08 eatdlicos nto conbecem. Vou mostrar noutso ules que © billogrtia que os Indicoa ¢ que denota epioravel atraso! Iyuore cle? ~ ou de mé © ocultou? — ‘brag multe mals irescas © que denotam... que as coisas 1d Delo Templo ndo correm tho fagueizas coms o sr Bessoa exé| Cuidara cle que ainda estamos fazendo obra pelo Barruel gue citou?. Vamos vé-1o, Movidades, Ano L, n.° 12.339, de 7-2-1935. u © PROFANO IGNORANTE... G 1, Perando Pessos, que nfo & masto, dis, mas pode hoje dizer, sem que wie de excess0 de valdade, que pouca gente haverd, fora da Maconaria, equi ou em quale Guer ollra parte, que tanto tenha conseguido entranharse GGomo ele) ua alma daquela vidas maccnica—6 santa Sngenuidade | o'st- Pessoa deplore cordialmente a igno- Hincla da Magoneria dos antimagoas que. desconhecem fotalmente o ssounto Mavonatia . Sahouse oj fulesido Pie Ortber, com aque spor ousor” da Gesgraga postuma de ser apresentado 20 pablico Poreugis em 1008 como colsberasor do se Besson Ba obra nesta de reabiltar a calunface Maconatta! Os findeios que ld de dentro, pelos cordelinhos, pux ost, Pessoa, como um tilere, para vie & fibalta. do Didrio de Lisboa recltar aqucla apologia, de certo estiveram a ‘Ghucher com ele! Ou ele — ato magdo, mas «muito entra- Shedo ns elma de vida maySaica>~ no deu bem conta do Feeado de que o iscumbiram | Pots alimitese la que 0 st, Pessoa Yeaha provocar os Jomalistas eatlicos chamando-ihes iguorantes das literatur Tas macOnieas © antimacdnices —c como remédio para a fossa Ignorancia suger a leltare de. Barruel ou Robison frcomo amostra de estar ele & la. page, saicnes com os ‘Gomes — nto as dates — de Findel, Klass ou Gould? eee HY RAM woe Nés conhecemos bem, ao menos «de ouvido», os escritos de Barruel, Robison, ete., mas para conhecer a Maconazia, hoje achatios eigo atrasados esses autores do século XVIII; fenem nos satisfazemos com o seu Kiuss (sic, mas creio que Serd.o Hloss) de ha mats de 60 anos; nem com o seuFindel, eujos Dunkle Punkle, etc., sao de 1892, nem com a Concis History of Freemasonery de Gould—que € de 1903...—nés temos maior core! de actuelldade! ‘Quem escreve estas lialas, por exemplo, ja antes de1903— data da Concise History —tinha sido varias veres abor- Gado, como estudante, ‘por um professor dum Institato de fensino de Lisboa, pafa entrar na Maconaria; mas o stu festudo mals atento da seita... data precisemente do eno seguinte: 1904, TE comecou este estudo por uma obra mais concisa que 4 Histiria Concisa do Gould; por uma obra que teve enorme {fetumbiineia em Franga e em todo 0 mundo; por uma obra, que fol lida e meditada ate por milhoes de analfabetos, e de Ho perigosa eficdcia contra a Maconaria, que derrubou do seu lugar um dos grandes pilares da selta © custou a vida a0 seu autos. Essa concisiesima obra fol o estotro nas ventas do Ir. Generel Andsé, Ministso da Guerra de Franca, que em plena Céimara Ihe aplicou 0 deputado Gabriel Syveton, em 4 de Novembro de 1904, porque em face da fantochada parlamen- tar nao viu outro melo de desafrontar a honra do exercito francés que estava sendo espionado desde © proprio Minis- térlo da Guerra sob as ordens do proprio Ministro, © mediante a8 famosas fichas que coligia Vadecart, secretarlo do Grande Ontente! Toda a prova dos Findel, Kloss ¢ Gould, ¢ todas as apo- ogiae feitas de iva voz pelos recantos da biblioteca dos. “fem que 0 tal professor quis pescat o inexperiente mancebo- {que hoje esereve estas linhas, asseverando-Ineque a Maconarla Gra uma socledade lantropica, sem politica e tolerante, e que fam {abulas e caltinias 03 crimes que Ibe atribufam — toda essa_prosa desapareceu, desfez-se como fumo, diante da fealidade que se ofeceeia A minha elma generosa de moro, enamorada da dignidade e independéncia de espirito, ‘© exercito duma grande nacao a merce da espionagem, dos serventuarios cuma selta internacional: as crencas, 08 habitos, as relagaes da cada um, todo reduzido a fiches, para orlentar as perseguicoes e as promocdes: a liberdade de consclencla, @ justica na consecucéo dos avangos na carreira das armas, & propria segurance da Patria, pela coesto da wae HYRAM ua forea armada — tudo isso que em 1904 estava em Franca imolado ao espirito da Maconaria, tudo isso, falando naquele estalo que derrabou o General André, substituido na pasta ‘nao fecordo por que agente de cambio que os bambirrios democraticos heviam feito deputado por Seineet-Oise— tudo {sso fol para mim, como para grande nimero de rapazes de entdo a melzor historia conciea da Maconaria—o digno comentirio da obrinha La Grande Duperie do Sidcle, que Filliam Vogt pablicaza naquele mesmo ano em Paris, ‘Aquele botetao de Syveton abriu os olhos de muita gente para nao cair ne €, de certo, ackescenter novos documents acs que o coronel Bousset ce Guyot de Villeneuve ja tinham apresentado na Camara contre a Magonaria... aparece morto no set quarto, por uma ruptura na eafalizarao do gs! ‘eA. historia — @ 0 caso dizer... com o st. Pessoa — fem. mutitas destas coincidéncias : Etemt Destes Dunkle Punkte, destes epontos escuros> nfo trata devidamente o Findel, que esczeveu os seus Dunkle Pinkie para uso dos titeres que a Magonasia sabe atrais, explorar e carticular» quando precisa dos seus artigos, arti culados e artimanhas. ‘Artimanha salois a do st. Pessoa, escolhido neste mo- mento para porta-voz, fol aguela de insinuar que @ Meco hnapla tanto nao € © que os jornalistes catélicos igneros culdam, que ate um douto jesufta por pouco ando defendeu! ‘Vaihos ver isso, Mas fique assente que 0 porto de vista, Iumoristico admirdvel, que o st, Pessoa descobre nas velharias de Barrucl, Robinson e Eckert, ndo vale nada bo pe do estovrorio nas renerdves ventas do It." André Simbolo da elucidacso sobre @ Maccnaria, e que fol um. ponto de vista irdgico do perigo que é, para segurance dos Estados, a existéncle desta associacto secreta e do perigo que € para a astoclacdo a revolta das juventudes naciona- istas de hoje contra as suas manobras internacionais, Novidades, Ano L, n-* 12.341, de 9-2-1935. ee HYRAM MI © JESUITA MACONIZANTE "Tints vers a efecta a jeauiteseMaconesia or, Fernando ess ces vee onicin gee orcad ic cateaad ce plod ts «Bile dee," pica vez, pos & Compania de Jesus em pé de Agualdade com Magonatia, flando dedues associacbes secse: as cama ¢ a Masonstia: a cute exea eusoss steaieeeto gue, cm um don seus iamon, usa ¢ none prota de Cae fanhie de esas, exactamente come, 28 Mabooets s Onder der Hlevedome'Rilvianing uaa aome profane de Beat Orig de Bacar t ope parentees 0 ar. Peston, por esta refertucla & ‘Ordem de Hilwinning, ¢por outra, mis acme, xd dogeiucias sm Gus alah mio" Orin Templata de Porug aredome gue aicds enolic at patnias de femees Cote Ecldude dn Sinconeria ee jsolioues tapadoren! tepea oeitavatboy lancssehor geetnc mnrarees aise aes Bar EEebalnon smato povteriores aigans" ao do Inuapets mera Caballero ds Pug que hf nls de 60 anop i toasetaeas een etd ds asanada cinerea cae peer wlaneciss tote genie fefestisvo| sats snes ae Cosetnciatel iar ental Gueridalijap fama que a 4 ceehcor pesnose | Pigpec tie pices ave 9 or ented onsen biiront's h gue nos’ © chee argo do Bade Hae a cea ete te bape Cat eat ence cea gl asthe asks ome gueieteeees oes oe pate aesonaae aps Ef Grecia d guanco ats eaumern beastiiosrecchldon da eeronesaryeenlenrise’ on cratic soe tae yeaa Tei aiscaniens cules) ote eee Sezolto=* quando expulss de fods « partes es cepedioys 9 propio Pape palo masao Frederica Wugie a pumei taertacis detereioe o ar, Peon aa anoriie soto de gas estends mals de Jeoulay do gue ast Se Vagonarie su'lsete tanibee da vetuatee de Oca de Sieiaing's mei wepeltetae rot i segunda, tp doute padze Griber, detensormangaé ds Magonari Buo vite, f prokunda ee HYRAM wae ‘szbenca mapénica do st, Pessoa sobre o caso, ndo vai além do artigo da Enciclopedia, que data de 1908... Ora agora Somos bs, 0s ignorantes proianos, que lie vamos fazer @smola de ihe dar luz sobre 0 assunto, como 0 sf. Dessoa, Glass fazer ao ar. Jort Cabral O asigo do P* Grdber or slogios dee em puicasoes magonicas sto ja... historia da Tdade Media! Ha muito mals evmelior e mals Yecente, Que espléadida ocasiao de estar Salado perdes 0 a2: Pessoa, se com o exemplo do P.« Grdber Julgos possivel insinwar qualquer acozdo entze 0 cacoliciamo © Maconatia lavada, desinicctada ¢ apresenteda limpiaba, So mundo catblico pelo jesuita padre Griber! Ora eiga: Em 1008, quando se publicava a Enciclopédia, 0 P= Grier esereveus.. 9 que qualquer de nds escreveria, Coniecendo as dilerencas de atitude perante 0 Catolleiamo entre a Maconaria.anglo-sexénies, a Maconaria latins, aqucla multe mals deferente do que este, que cvisceralmente aatieristh. Fol isso.o que as tals publicagdes explorarams +: 4 tabenga do sr, Destoa parece que poral cow, Mas 4 o8 proienos sabem mais isto, que nos sltimos decénios @ haraca da Maconaria latina tem metido agua por varios lados ¢ que a Maconaria latina esta sendo delica- Eemente metida no papo da Maconaria anglo-saxonia. ‘Um dos instrumeatos dessa deglatigao interna € @ Unt versala Framesona Ligo— porque este impulso recente da Sikusko do coperanto € patzocinado pela Mlaconaria eo) eentro europe do movimento ¢ em Viena, ¢ tem por 6rg60, S\Wiener Fretmaurer Zettung. Grande obstaculo a essa degluticao americana —ingratos os magges latinos que nos nao agradecem |-~e a continaa Campanha de desmascaramento da Maconarla por parte dos fnllifantes catlicos — e dai velo que em Maio de 1928, cepois e uma reunido em Viena, tes irméos da Ligo resoiverann ss irdelongeda até Aixla-Chapelle, onde estava o Padre Graber, Porgue? Como te lembrarson os tres mayOes de i falar com 6 Buc Graber que passara grande parte da vida a come bater'a Maconaria? Foram estadar, em longas conferéactes, uma possibili- dade de entendimento entre a Maconasie eo Cetolicismo, que inulto conrem aos planos americanos, 6 wm dos exes entre vistados, ode. Reiehl, 44 darande os anos de 1926 ¢ 1977, ba Wierter Freimaurer Zeitung tioka prepstado o terzend com vatios artigos de tendencia conclliadora © esses artigos inham sido. provocados~ af val, a. Pessoal por_um estado que o douto jesuta P.- Orlber tinha comegado a se HYRAM publlcar na revista catbliea de Viena Das Neue. Reich, Extudo onde punta om claro os molivos que fustificasant &, repciten condenactes da, Saconaria por parte da Sante’ SET (Var Cio Cattolica, a de 1 de Novembro de 1990 2 de janeiro de 1931) (© Be Graber seiitarna® doonte para Ats-la-Chapelle; eles foram, conversaram longamente em varias conieranclas, os Jonaaisinagonicos e prolatos farararyse de carever sobre 8° assunto, lnterpretanio @ interesante encoato de varies faneirs, B como outre fesuita 0B“ Muckermann, chemoa Solacontecimento uma sida a Comosea> os tres entrevistadores fcotiicaram a expreseso © 0 Dr. Reichl spressousea pusiicer a Wiener Froimaurer Zeitung um arago (ev, ae 1929, ag, 13), fnttulado «A nossa idea Canosse> ~ Afirmsacoes erecitfcaaes necesstrian em que mostroa que se ener Bqyam os gueculdevan ave aia diggenca eae laconuta ¢ Magonans, B vinharaos agore ot, Besse com osigo do Bis Graber de vite anos antes! me Grestudo do momento em que.a ide a Aisie-Chapelle se deu © 0 qus cla tesimente siguiicou & luz-co qve hd ama {quarto de sécuio se passa no mundo subterranes’ das lojas HP eesuato extremamente interessante, mas que nao te reat {aciimente aos eatreitos intes dum arigo- echeinos este detando ot, Pessou desenganado quanto 0 jeauita que “por poucos no defenden w Vaconarie! ist ja me tsqueda do Frederica I Se ef ere macho, como diz, que a Hagonaria.o guarde e'venere, que Iho a3 evbicamoa{ has pelo. que ele fer ako tem os jecuitas de Bailar as meos & Maconaia. Selo rel.os couscrvou nos seus estados, sobretudo nague- Jes resentemente anetados aos seus dominion, fol por neces dade, caleulo politica: porque exam reploes profuadamente tatslices, onde ele nto ni quem os substtisse no ensino S onde, sim disso, queria omar benguistae cosade Brande. burg, Nias teve Ge delenderee pesiesmonts de D'Alombert'® Voitaice ¢ dos osttos macaes que ibe censureram « protecrso Giapeasida aos Jsutascesctidos por um Huevearancado 20 Bape pelos governs inihienclados pela Maconara: Mas doasdaia bem o rel Frededco, que ¢ um belo Upo de smagio' "st Stvaky de, ments Govon, que mendara ubhar mocdas fnlsas de 6 plennigs para apeuher a0 povo 48 boas, socusando se outrda nga recebedories do Setado! BE excreveus. atm tatedo de Morall Movidedes, Ano L, n.° 12.345, de 13-2-1935. HYRAM Iv DE WHISKY A STAWISKY ect ec me IO Sear canes nto pe ee ee ee ape eee eceeeean teeta feign pee Ceara fone deneal ceca nee pe ee eee Beanie ea as ois ae as Pease Enon ee em eee eee eee eaten ioe cna Pepe cies Se sin on tte cele gat Gas fen aig ree ete a Doi dcp utes ees mcsacales Saunier lw siete cee ating mete ene iain freee shee rig ee gag ee ee eres seem eseat sarunon a duel pees ae iter co er cee, cea sete de eu a ie grant fury durs sean eps ceeen at ieee ald Grier Shan erate erie: oh con ee anaes Ge Beeler ene arene uae iselade Cas ce aa eee eee mae wes os ate genie, Secrets cauct ee acest ceee Se cena ere cots adie eee tase tate tee HYRAM eee em que 0 st, Peston, como diz, se dignou vie darnos estas explicacdes, Porque ca essa melaiuzs fecea se ienos que no rosto se denuncie a rencsto fisia do pudor, Guando jd se eliminow de todo a reacedo moral duma cons: Sencie Honest fem mo Cristianismo primitivo, nem depois, nfo existta nunca essa famosa. Tambem nos rislamos ‘mals dos cvencravels> se no fonsem, de rer em quando une ineuston Faun ce Quadron jus om quadcos eloquentes expoem em que degencrou esta Grdem secrets, nascida, porventare, inocente entre copos de whisiey nas taberaas de Londres, mas que se esta alogando ‘em Paris em pantanos.-. de Stawisiey! Movidedes, Ano L, n.? 12.347, de 15-2-1935. A UNIAO ESPIRITUAL . escreveu 0 st, Fer . (Civiltd, 1990, We pag isoat Como os leltores comecam ‘a ver, velba Grande unite ‘epinitual’ ao Templo! Aqul corre intercalar‘cm nace a prota do si, Pestoe . ‘Gioda a imprensa americana fez a conjuracio do silencio: ‘a nosso seapelto € obserra tho rigorosa reserva que Nos torna Gunse immpossivel fazer-nos conhecer dos noss0s irmAos. espe- Gatetente smericanos, ao passo que & prédiga em mindclss, Meunjo se trata de langar © descrédito sobre algume das Ypedigncias que aderem & A.M. Ls “eAinglaterra, fechada num isolamento quase absolsto, nio se fmsoria muito com a Maconarie continental...» SGertamente a retrada dos frmfos holandeses nfo con- tribula para consolider a A. M. 1... Nao se pode esperar, apesar dos muitos ¢ animadores, sions sndiidany gue an Grandes Lola, lense eatejama Sgors dispostas a entrar para a nossa Associacdo>~ Roinb vem, por este documento de genuina origem mace nica, a unio espiritual da Maconarla néo pode ser mais Completa, Mas temos de ver estrebuchar mais os irmdos 1ati- seers A. MLL. aos tentdculos potentes do polvo macénico ponedcand.., que por meios mals diplomaticos quer atingir Smetcomos fins que os irmaos continentals. e..- mals um! Novideder, Ano L, n° 12.349, de 17-2-1935. {4 tHnba havido uma entrblte & Maconaria francesa ¢ a sleml, merceneeee wee para esse flm em Franktort entre greados nacre ranceses e 0 iemao Ries tranceses ¢ o iimio Ries, Orao-Mesire da Grande Loe ele: open eee bdo « Risen can ett See nat a pln de TAPS tse eet pea angen at a ele nc ae fine lube politicos ¢ contra a A. M. I. Rae {Gms méauings que a Maconeria Ecce ate. Voltando-se para todos os mi perch itigrranh ss al muir oe Nema lo simbolo da cruz. O iim da Mag ria erista 3 gatfica a raina da Maconaria na 2 fulna da Magonaria na Alemanha ou pelo menos defines sel uma O sr. Be Simao de Bislia nes stay nasal «Os mais recentes acontecimentos Gattbliea, mostram que sobre escs essuutos reine, eo ae jo uacénicor uma epantose confusto de ldeos, A ptspria Maconari alent, ae no: perode lorscenae qapis lado exemplo de maravilhosa o: e fore g afore dcpiing, a ponte de format te iss bomogeneo © poderoso, eacontra-se agora evagiegade ects Gide, peas opoates tondenclas potteas « dostieeis gers sAs tes Gra ndmero ¢ dlsciptn sndes Lojas Prussianas, poderosas pelo jem como fundamento de ortodoxia HYRAM ‘uma aberta adesio ao culto evangélico ¢ chegam até a incal: uma sPeagees lntines pelo seu odio a0 catolicismo--> As ar 08 Giattjos Lojas tem tendéncias ecticas e ressentemse Ga indluencia judatca. influencis jofivencia, por aua vez, entre estas Lojas suscl- tou tambem dissidencias e abertas rupturas, por manifesta tou tame etevialistas e agnosticas; multos pastores pro- tendencies iuaramse da Maconaria ¢ pasearam & COm- bate. AS. ublicacdo ha anos, das Memérias do ex-Katz outs Bolpe na Maconaria, porque Guilherme I a gntto gorPstes mas pior ainda fol a companhe im Tolentamyida pelo, General Ludendori{ Acusamaa embor EEC ter eserevizado a0 judaismo inte Ou sem ela, atiibuem & Maconatia, {ideadorit sebsetudo, entrou na provocou violentas diatribes, Sipe fsto es deram: porque aumentara ‘isis a que estamos assistindo. aes ere foprados aqueles projestos. de abragos rata, A aade Loja de Franca e a Grande Loje Seca fraternals, Grands qa responsabiiidedes., da do Orande Seer es ane e edna ae norma cen code Oriente de roense para = Maconaria anglosaxou we 0 conselho da Or vende Oriente de Pale dest se 0 conselho de es acordo com a Grande Loja de Francs ia, SOTaper eid cnata internacional Le Droit Humatn, 5 Som bee td, aim. verdadero, tsiunfo, gan Ito, conclils “Grande Loja de Nova York por meio de cle police 18° pramasona Ligo. Depots destas mas Iaternationga contenda, que dura hé mals de der anos, 2 fasen da lone cousopeia deverd. convergis entre 08, dols 2cfhe ates ga: Grande Loja de Vieng, centro da Liga, Does opr Getente de Pasts, centro da A M:L>. » Grande oi Tgmericana — 0, Rito, Escoces — tem apf0~ welt dee oatlidades das varias Obediéncias europeias, pars [edeglatindo o que pode e espel Mo selno mundo. Lucraré com 2 velko munee, penierd se os catslicos se detxarem lladir aio luerarh Tot duatrallomos de Rotérios, Ligas de Bondade com a éctice dos Refggors todas suspeltas em que se mani- festa 0 espirito americano. Oe ee ere foley Maronase See aoe ganar os que ‘distinguers ee rn ct ovoly eh coe muerte Cor rain ada comedy Sto a cic go o inioes cova gh Canon portals oceie as oe inadee donne, poder de arubpauiontasein eas su ee ly ml eae, at deve ft aay e mais enganadoras. Te harhee Ci ad ssim. ¢ tdo subtil esse veneno, que jt setae ne ts rte lamin ecinere rn euegeemgaeae leben creer on eee importaneia a declarecao de um resident e seat at Saar gs nciag le eee aac fear a eee pubes A inomatca detaraeto ce foccnveniecte sae tag oe ieee eee So EE in sn de conto pian Mr autos er nesc eee ieeneane Sue, sdmieds oem tents, epee seactisraaaa, omnes mbes et Novidades, Ano L, n° 12.384, de 22-2-1935, HYRAM VIL OS SEIS MILHOES Vis0 texte tengto de me rfeisaquela Boutade do st. Pes- rip pretendes meter medo ao povo portugues com * petppectiva de termos contra nos pata nos levarem olbstiaer'cs 5 owe milhoes de macons aculvos qué hd em do o mondo, Mostret a grande «unld> espiritual> que existe Entre eles, ¢ 08 leltores jéfazem Idela da facilidade com que Jendendo anceses com alemdes, nem slemaes foal fyanceses com holandeses, nem sigos cO™ ‘hom ingleses com franceses, nem amerfcanos com Caropess. que se dem com franceses © belgas— tudo Isso por GactSee dls ow menos doutriaais, — toda essa irmandade Ais tres postinhos se ia entender, no caso de se aprovar o pro- jeoto delet sobre assoclacoes secretas, para nos levazem a3 ESignies! Se outro nao for 0 motivo de as perdermes —e Serdemerlas 9 ado livermos jatzo vivendo cm paz para as Bofonices civiliear cada vez mais — daquele n&o tenhamos bs zeceio! ESorém, oportuno fazer ama seferéncta a esses «xalto~ rogioy? Snes sels mhges de macons actiroy ave Segundo o.sr, Peston, em todo o mundo, peraue a Maconars SeeiGmase como time, soctedade ~ perdio— sma Ordem iomaclonal scereta “de benelietacla, Ocuitam-se para Merve bem como.o Erangelho quer, sem que a "40 difelte stba © que for « exquerda. Eo bem que fazem ocal- femno tho bem que ningaém 0 Ve, ou s6 se ve com subsidio {elescopico “E’Maconarta portuguesa, por exemplo, neste pais de 7 milhes de habltastes, sustenta dola pills asilos de poucas derenas de clanyas, Balada from donetivos de ingéauos catslicos, © Jt, uma ver dediquel Sur artiyo.a certe serhore que delxog umm legado a um desses Sillos corn o encargo de amas tantas missas! [Flavia de ter woe fer, escrevi eu. a cara dos fempos ao terem de mandar Wires miseas por causa das massas! Mealhe Novidades, Ano L, n° 12.359, de 27-2-1935. 2 Maconaria Gro, , em ret, cutiosas ax Cartas de Lisboa pare Guard eMeite, $0 Porto; gonto de as lerc peraiito-me, de aad x en ago snasterihes un Su os ance Hoke ‘covrspondente {rsa uma colax que the parece ee Tate cee a near ‘oar pint camara, ae Taser pert a eects ‘altos monarcheoe,alitttnes fancbrartche ie mii Hon d'iviado que beijam a mao ce rel Sule x? fae Inatregao eSisinal enroute Mepis seed Se sabe, prohibida por lei como associagdo seerela, Pols Stora, porseguenn-se an estocegden ena Te eae yee macons alguns minisiros,e'sendo-o o ar, fats ins eed criminal conhecids fis mae" Hschal te ta see a eer ai ceriecteriat publicas. se Ostend xara ea dears beri ote. 2 alretn do cada rm, reconheeeeiaes ae, eeaPeliand Side lgumas teem folio 8 Canes de terns es periend a alguna "nem pericnosrat Ful ciel to 9a femiia que eateve cm Coimbra quando fotda connie lentes da Universidade, praticada por membros da Divo- dignon. ‘has nome eopra esea [yrs e's Dortante nauspetion 8)” PesSOe tulle queria, Sou, or poderesconalitudos & que parece nto extare diapaiie a tv o diet de cadu umn, polos segendo ge sifirmado, cuidam ja em tornar ext iva @ maconaria 4 perseguledo gus tt aul se tem limfado a cxercerve sobre fe sicincdelsetretan denominulas gotescanene pot Que Gx preset cdot gee brsna abs eet a alse aS a atin ataetna Dibliceda en’ O Frimaee 40 Jeneiey doers &

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