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Eliphas Chinellato Mila | RICORDI oa sho PAULO PROGRAMA DO CURSO DE CANTO COM CONSELHOS SOBRE A CULTURA DO BEL CANTO ELABORADO E CONCRETIZADO PELA Profa. Eliphas Chinellato Mila 12 CONSERVATORIO. MODELO (endiss) ONRERYATONO DRAM, MUSICAL: “CARLOS COMES” io CONSERVATORIO. MUSICAL cLimeira) RICORDI SAO PAULO LLL Ee TI E PROGRAMA DO CURSO DE CANTO a . 1° ANO Respiragio, emissio ressondncia, ¢ articulacdo vocal. Teoria-vocal : Hebert — Caesari, 25 vocalizos. Panofka op. $1 — Vade mecum. Concone: 50 licdes para Soprano e Tenor. 40 ligdes para Contralto, Baritono e Baixo, Guercia — Llarte del canto Italiano, _ Pecas & escolher de “Camera” : Glordant — Caro mio bem — Trala la 7 Ceccint — Amari j Monteverde — -Lacciati mi moire. Scarlatti — Sento nel core = 0" cessate di piagarmi | Caldara — Sedben, erudele | — Come raggio di sol: Letti — Pur dicesti, 0 bocca bella j Paisiello — 11 mio ben quando verré 3 Bste repertério se encontram nas Colegdes Parisotti, Pecas a escolher “Romanticas” : Schubert — Ave Maria — Calma Gentil i — Nella floresta ‘Mendelssohn — Canto da Primavera . Chopin — Tristeza Brahms — Berceuse Pecas a escolher “Brasileiras” : 3 Coleco modinhas Imperiai 4 Casinha pequenina Prenda minha Felicidade (Anita Rezende) Cantiga (Barrozo Neto) 4 Cangéo da Felicidade P, Florence — Ignoto » Foi assim o seu amor. Livros indicados para a parte teérica de fisiologia e réenica vocal Giulio Silva — Tl maestro de canto Georges Canuyt — La voz (técnica vocal) ‘Madeleine Mansion — El Estudio del Canto Teddeo Woronshi — Vittorio Vitone: Il Cantante ¢ Ia sua arte Vittorio Ricci — Bel Canto Magrini — Il Canto: Arte e técnica. 2° ANO Teoria: Respiracdo, ressonaneia e articulacao, Estudo de Fisiologia : José G, Witaler: As profissionais da voz cantada. Tecnica vocal : Panoflea op, 81 vade mecum — continuagéo Liitgen — Escola da velocidade vocal: 1.° livro Gonecone : 50 ligdes — continuacao “— Método com palavras (para diccio) Pecas a escolher de “Camera”: Porgolesi — Ogni pena piu spietata = Stizzoso, pio stizzoso Paisiello — Nel cor pitt non mi sente B, Marcello — 11 mio bel foco ‘Scarlatti — Se Florindo é fedele Beothoven — Delizia — Adelaide Peeas a escolher “Roménticas” Schubert — Serenata — Impaciéneia Chopin — 16 meiodias Polaccas Sclubert — Colecao das “Liders” Brahms — Serenata inutile Schumann — Album da juventude para canto Pecas a escolher “Brasileiras” A. Costa — Canto da Saudade Carlos Gomes — Quem sabe? = Bella Nympha de min'alma Addio. Colegio Mario de Andrade. fe Livros indicados para o estudo do “bel canto”: Amintore Galli — Pratica de canto Emanuele Garcia — Trattato Completo dell'arte de Canto (Scuola Garcia) Dr. Pierre Bonnier — La voix profissionnelle i ” _. Sur la phonation, 3° ANO Teorté Articulagfo da Glote (staccato — flautado- Livro teérico: ‘Madeleine Mansion — El estudio del canto Técnica vocal ‘Liitegen I livro: continuagio Concone 25 licdes Vacaj — continuacéo Bach — 20 Lieder e arias religiosas Pecas a escolher de “Camera” Gluck: Qh! del mio dolee ardor ‘Augelino Porgolest — Tre giorn son che Nina Pegas a escolher “Romanticas”” Mendelssohn — duetos p diversas vores Chopin — 16 polaceas Pegas a escolher “Modernas” Lengo — El piropo Longo — Ficrellino Buzzi — Pescia — Colombeta ‘Morenito Valverde — Clavelitos Vila-Lobos — Saudade Pegas a eseolher “Liricas” Puccini — Bohéme: “Donde lieta iisci il tuo grido d'amore” Puccini — Bohéme: “Si mi chiamano Mimi” — “Quando m’en v6 soletta” Puccini — Tosca: “Vissi d’arte, vissi d'amore” — “Non la sospire la nostra casetta” (Entre Puccini e Verdi ¢ de livre escolha) Livros indicados para 0 Estudo do “bel canto” “A cléncia do Canto” — Prof, P. Lopes Moreira Compéndio de técnica vocal — Prof, P, Lopes Moreira Como se ensina e se aprende canto pelo, método fisiolégico — Prof. P. Lopes Moreira x vox © canto — Impostagio e ortofonia — Prof. P. Lopes Moreira Diego Lirica — Prof. P. Lopes Moreira 4° ANO. Teoria Dindmiea sonora (“sfilatura di voce”) Interpretagio ‘Técnica vocal: Panofka — 24 vocalizos Ligdes de canto Concone 15 ligoes Liitgen — Opera vocalizo Bach — Melodias religioses (Lieder) Pecas a escolher de “Camera” Pergolesi — Tu miami Handel — Affanni del pensier — Ah! mio cor — Laseia ch’io pianga da Op. Rinsldo Pecas a escolher “Romanticas” Mendelssohn — La corona de Fiori <1 lamenti della fanciulla B, Godard — (Berceuse) Jocelyn ‘Maseonet — Elegie ‘Tito Matel — Non € ver Pegas a escolher “Modernas” Rimsky — Korsakoff — Chanson Indiane Debussy — Mendoline Delibes — Les filles de Cadix: Granados — El majo disereto — Bl tra la Ja e el punteado Pegas a escalher Lirieas: Entre os compositores Puceini — Verdi — Bel- lini e Carlos Gomes. “Valsas de “Bravura” para “Sop de Cotoratura” Arditi — Il bacio — Parla — Magnetica ELE EE ET ee Callia — Luna non Strauss — Danublo azyl — Vozes da Primavera — "Vida de artistas, Conto dos Bosques de Viena Jos Guilherme Witaker — Diretrizes médicas aos profissionais da vor cantada 52 ANO ‘Teoria: Dinamica sonora “sfilamento de voce” Interpretacao ‘Técnica vocal : Liitgen — Opera — vocalizo — continuacio Panofka — 24 vocalizos — continuacao Panofka — Ligées de cantos — Ricreazione e studio Pegas a escolher “Camera” dos seguintes autores Gluck — Scarlatti Monteverdi — Paradise — Caccini — Paistello Pecas a escolher Romanticas Grieg — La canzone de Solvieje Schubert — Lieder ‘Schumann — Brahms ‘Pecas a escolher Modernas Buzal-Pescla — Lolita — Torna amore — Puleinella — Colombetta — Morenita Pegas a escolher lirieas : Mascagni — Bizet —- Rossini -- Mozart — ete. Duetos, tercetos e quartetos das éperas. 6s ANO Teoria : Atitude do cantor. Interpretagio Livro ‘Tadeo Woronscky — I! cantante Panofka — vocalizos de artistas Autores Modemnos Colecao de vocalizos Diegdo no canto e Interpretacio Bordogni — Vocalizos ¢/ palavra: Marchese ¢/ palevras Rossinl — Soirés musicais: continuagio Bach — Melodias religiosas Pecas a escolher “modernas” Scarlatti — Le violette Marcello — Dopo tante e tante pene (Cantata) Mozart — Aleluia Gordigiani — Ogni sabato avrete il lume asceso Pegas a escolher “Romanticos” Beethoven — Lieder Weekerlin — Cangoes do Sec. XIV Pegas escolher modernas Rachmaninoff — Vocalizos Panofa — Tarantella — vocalise ‘Obradores — Con amores, a mi madre Rimsky Korsakoff — Les Cog d'or Pegas a escolher lirice Mozart — Handel — Rossini — Bellini ‘plset — Delibes — Carles Gomes — Donizeltt — ‘Wagner Morari — Nozze di Figaro, Don Giovanni, Flauto magico. 72 ANO (1° ano aperfeigoamento) Panofka — Vocalizos de artistas opus 86 ‘Brahms — I Volume Bach — Cantata: Passione seg. S. Matheus ‘Opera — de Mozart — Pergolesi — Handel — Verdi — Puccini ele, & es- colher Repertério a escolher : Handel — Alleluia ‘Mozart — Colla bocca e non col core Ravel — Vocalise peca em forma de Habanera Gretchaminoff — Vocalise Polka ‘YVila-Lobos — Album 5 pegas reunidas Mozart — Arias — Colatura ‘Camargo Guarneri — Album 1 pee eed 8° ANO , (2° ano aperfeicoamento) Mozart — Vocalizos © exercicios Brahms — Il Volume Schubert — Lieder — Canto de Mignon Beethoven — 20 Lieder Repertério: Opera — Mozart — Massenet — Wagner — BoitoRespight etc. & escolher. Bech — Missa em Si 6 (Beneditus) Debussy — Mandoline Dupare — Chanson triste Mozart — Opera: Il Ré pastore: Llameré saré constante (dueto com flauta) Vila-Lobos — Bachianas n° 5. CONSELHOS SOBRE A CULTURA DO BEL CANTO ‘Aos meus alunos Bem aventurado o estudante do “bel canto” que compreende que sus vor é€ uma dadiva celeste. Espera com paciéneia o resultado da técnica vocal ¢ da ginastica res- piratoria bem orientada. Lé a miisica com perseveranca se quiseres adquirir prétiea e conseién. da musicalidade vocal. Gantar com sonoridade e flexibilidade natural, eis a técnica precisa para 0 bom resultado. [A arte da flexibilidade esta também na técnica de agilidade & arti- culacao. No canto o esporte ideal & a natacdo, desenvolve o térax, aumenta a capacidade de ar dos pulmées ¢ torna o fisico bem disposto. Todo 0 aluno com amor ao estudo vai devagar. A calma é amiga de- dicada da perfeicio. 10 incentivo para 0 estudo do “bel Canto”, esta dentro de ti mesmo, pois que possuis as vibracées harménicas do teu aparelho vocal, © da tua alma sensivel, Estuda com amor, persisténcia ¢ pacéneia, que um dia como prémio & tua perfeigio — contards as belezas celestiais do “Senhor". Eliphas Chinollato Mila a CULTURA VOCAL OU TECNICA-VOCAL “mpostazione di voces”: Impor a voz no aparelho fonador. Sendo ‘a yoz humana u minstrumento vivo, 6 necessario que ao cultivé-la, se faca ‘um estudo de emissao de voz. iste som deve ser transmitido com impulso, sendo a sua caixa de ressonancia principal a boca, que deve repercutir nos ressonadores, assim designados : “sinus” frontais ‘Ressoadores: maxilar superior : laringe infra-glote traquéia ‘Sao diversos os fatores pelos quais o Prof. e aluno distinguem a res- sondncia total no Aparelho Fonador: Primeiro: — Minimo de consumo de ar ‘Segundo: — Beleza do som ‘Terceiro: — Ampliago do som Sendo 0 primeizo, o mais caracteristico para a certeza de que o som repercutit: nas caixas de ressonancia da voz. A matéria prima do som vocal 6 0 ar. Quanto a beleze do som das vozes ¢ um dom Divino, que 0 Céu nos envia, para que através das sonoridades estéticas naturais, reconhegamos um criador onipotente, Para que o estudo seja bem orientado, utilizam-se as vocalizagées : , @, J, 0, u, que serao mais proveitosas nas vocalizagoes fechadas: (A & iow. A — E— 0 sao consideradas vogais puras ¢ as vogais I — U — semi- vogais, isto € vogais duras, porque requerem uma articulagio mais pro- nuneiada. Articulacéo: Sendo a articulagdo um grande auxiliar para impor a vox nas caixas de ressonancia vocal, utilizam-se nas vocalizacées 08 mo- nossilabos: Ma — Me — Mi — Ba — Be — Bo, etc. re ss GaAlAdnaieEeeaeeaalcsamaineee - ~ (© érgao vocal, no seu fisico-actistieo, se pode comparar com um ins- 2 trumento de boeal — é um instrumento complicadissimo, sem congénere, construido de varias partes, onde cada uma (uma das quais) tem a sua | propria funcao e, com a mobilidade, ¢lasticidade e concurso de todas as : partes de que éle € composto, se obtém as infinitas qualidades dos sons & vvoeais. ‘As partes essencizis do érgio, sao as seguintes : Laringe Cordas Voeais Glote Epiglote ‘Abdbada Palatina ‘Vu Palatino | Lingua PARTES ESSENCIAIS Cavidade Oral Do Savidade Oral fz ‘ORGAO VOCAL Libios Maxilar ‘Arcsda Dentéria Faringe Cavidade Nasal Cavidade Toréxiea Pulm Diafragma LARINGE : — Constitui o verdadeiro © proprio drgio vocal, isto 6 © aparetho onde tém origem as vibragdes sonoras e onde se forma a voz, ‘A Laringe é formada de um tubo cartilaginoso, quase triangular, aberto 2 nas duas extremidades para passagem do ar, tanto na inspirago como na expiracio. Na parte interna, que é recoberta por uma mucoss voeais. acham-se cords Sobre as Cordas Vocais esto outros dois pe- i. CoRDAS vocat i nae en een ee Bice. a isis its tk 8 Ra been Ceo rte. @ res, so de absoluta necessidade para a producdo dos sons, enquanto que, ‘as stiperiores podem ser lesadas e, em grande parte, destruidas, sem que se achem sensivelmente alteradas, =a ‘em consequincia, as primelras, merecem 0 nome de Cordas, Vasil! as segundas sfo destinadas sobretudo, a deixar 2quelas = independéncia rnecesséria para entrarem em vibracio. ‘As segundes cordas vocais, também chamadas “falsas cordas vocais”, agem como substitutas da epiglote. GLOTE: — Glote 6 0 espaco existente enter as cordas vocnif; © pelo qual passa o ar, A base deste triémgulo ou, por outers, © ©, maior dié- ait Ctraneversal da glote & de cinco milimetros na mulher © de oto milt- Be aa cathiiasics anrdideny expe aun variem manic conten OF mento que a glote faca ao se restringit ou se dilate EPIGLOTE : — A epiglote, 6 uma lamina subtil flexivel ¢ membr: Se Sage th feet lo orticia superion de lvinge como SATS ela 0, para impedir que os alimentos penetrem na laringe ¢ nos 6rgios. ABOBADA PALATINA : — Abobada Palatina, é constituida por YEE armagdq éssea © pot uma mucosa; ela divide @ Cavidade Bueal das Fosses Susie formands como uma espécie de Caixa Harméntea, sobre & qual, ‘ye batet a colna sonéra emitida pela Laringe: VEU PALATINO : — O Véu Palatino, é uma lamina musewlar mem: branose, LINGUA: A Lingua, 6 um orgao, ao mesmo tempo, de movimento {articulagao dos sons & mastigagio) e de sensibilidade geral ¢ especial. O dorso da lingua, na sua metade anterior, é horizontal, e nas suas rmetades ou parte posterior, ao contririo, desce verticalmente, para en- motades om Hglote & quel est igeda, Da Lingua, dependem ot ove Bee aca we ston and nase fe oP © versa. f CAVIDADE BUCAL: — A Cavidade bucal ou béea, tem &. propi, racaldbs sia iit ctuoey decTormde ce:elementas, fonélicns c/o 26°40" G0) aparelho de ressonancia. MAXILAR SUPERIOR E MAXILAR INFERIOR: — Bste Gltimo determina 6 otificio ou a abertura da béce. [ARCADAS DENTARIAS : — Constituem um corpo duro, indispen- sivel tanto 4 mastigagio como: saida,exata da coluna sonora, Se, Per xemplo, no houvesse sendo os lébios, a ccluna sonora sairia cay, incerta f, por isso, desarménica, 0 drgio de degluticio ¢ de respiracao, comuni- ates case com as Fossas Nasais, com a Cavidade Bucal, com a Laringe ¢ com 0 Eséfago. Durante a degluticao, os orificios destinados 4 passagem do ar, se fecham. CAVIDADE NASAL respirati — Constitui 0 primeiro segmento do aparelho ,,e com Sinus Frontal, forma do corpo de ressonancia da voz. CAIXA TORAXICA : — Encerra os érgios da respiracao e, ao mesmo tempo faz parte do corpo de ressonancia da voz, PULMAO: — Os Pulmdes, em niimero de dois, estao situados na Cai- xa Tordixica, aos lados da Coluna Vertebral e constituem 0 érgao principal de respiracao. DIAFRAGMA : — Miisculo inferior, situado de baixo dos pulmoes com ‘uma base de modo a dividir 0 térax do abdome. ‘Tem grande importén- cia na respiracio, APARELHO RESPIRATORIO: — Recebe ¢ transmite o ar para a formagio do som. Comprende: a Traquéia, os Bronquios, os Pulmées ¢ o Diafragma. APARELHO PRODUTOR : — Gera ¢ forma o som — comprende a Laringe no seu complexo, APARELHO DE RESSONANCIA: — Completa o som e determina seu TIMBRE e 6 COLORIDO, Comprende: a Caixa Tordxica, a Cavi- dade Faringea, a Cavidade Nasal e os Sinus Frontais. Dor diversos érgéos de que se compbe 0 aparelho Tespiratsrie, eons!- doraraos o masculo diatregma o granide masculo modulader de ¥or 'F um misculo exsencialmente inspirador : contribui para produzir vor, 0 bocejo, 0 soluco, 0 riso, a tosse, © 0 esPirro. ‘A respiragio compreende dois movimentos: Insplragio: durante o qual o externo penetra nos pulmdes, que se dilstam; Explragéo: durante Sraual o gés earbonio é eliminado do noss oorgenismo, € exPulso dos pul- mies, que consequentemente se restringem. Costal Tipos Diafragmatico ‘Misto ‘Tipe costal — Sem excegGo & 0 tipo de sespiragio caracteristico © prs prio da mulher. Fazendo uma respiragla intelra com éste tipo de rest agi os pulmées se dlatam, mais no centro, Porque as costas se estendem t ntargar, ¢ 0 peito se expande para fora o que Produz uma considerével ‘expanséo toréxics. ‘Tipo diatragméttco — F o tipo de respiragao proprio do bomem. Meste tipo 2 capacidade pulmonar € maior. ‘Tiyo misto — Fazendo uma respiracio interior déste tipo abter-se% uma expansio respiratéria tao grande na base dos pulmoes como no cea Fn Snivos tormos é a respiracéo costal combinada com a diatrgmélica propria do homem que se faz geralmente estando sentago, endo esa ¢ respiragao ideal para 0 canto. ‘A respiragio. que se emprega no canto nso representa nenums dif quldade, porque nfo & conscquéncia de posigies especiais dacas a0 TOD oe é artificial. E? simples, natural, € a mesma que fazemos =r ‘camente na nossa vida niormal. Quando procedemos um ttabalho Tr coun, op palma nao-sedilaizin por intelro, mas uma pane EOmes™ Pie: guvinaiy naj deciamdeap.-em gore! quando, talamos’ co, °% Mea ce pulandes se dilatam provocados pela ago de todo o sparelho res- piratério ¢ fonador. Wo danto 0 processo fisiol6gico da respiragio chegard 20 maximo, © todos og museulos do aparetho respiratorio estaréo empenhados em agit enérgicamente. 'A mulher quando estuda canto, deve procurar desenvolver 7558 ragfio mista, por meio das notas longa, ginéstica respiratéria @, s€ pos ih ESQUEMA DO APARELHO FONADOR 1 — Fossas nasais; 2 — Abéboda palatina: 3 — Véu palatine; 4 — Ovula: 5 — Lingua: 6 — Faringe: 7 — Epliglote: 8 — Glote: 9 — Eséfago: 10 — Coluna de ar: 11 — Ar expirado, saindo das fostas nasais: 12 — Ar expi- rado saindo pela boca: 19 — Laringe: 14 — Pulmio esquerdo; 15 — Brén- 16 — Pulmao direite: 17 — Brinquio dire:to: 18 — Traquéa: 19 — Bifurcagéo da traquéia ‘Quadro de ARTUR ALMEIDA TORRES quio esquerdo: RESPIRACAO NO CANTO ‘A base do canto é 2 respirago, Para cultivar a arte do “bel canto" 6 necessério contréle de fdlego: sabé-lo regular e bem conduzir é a pri- meira condugio no canto, sivel a natagio, Com éste trabalho ela obteré um desenvolvimento res- piratério diafragmético extraordinério. E’ necessario uma quantidade minima ‘de ar, para a mulher por em vibragao as cordas vocais ,e produzir um som agudo. A razio esta em possuir a mulher laringe pequena e flexivel. Para ¢ homem a quantidade de ar 6 maior, e mais ampla, porque deve produzir sons mais graves. ‘A razo est em possuir o homem laringe grande e misculos mais for- tes; por esse motivo produz sonoridade maior € mais baixa E’ a respiragdo mista a melhor educagdo respiratoria para o canto, Sendo éste método 0 mais natural para as artes voeais, como sejam eanto, declamagao a oratéria, as pessoas que as praticam se sentem & vontade e adquirem dominio absoluto do seu aparelho vocal. A respiracdo so movimentos da nossa vida; reflexos de um ser su- perior de bondade ¢ sabedoria que tudo nos concede em abundancia, CLASSIFICACAO DAS VOZES ‘Ao examinarmos uma voz devemos observar trés condigies Primeito: o timbre da voz, Segundo: a tessitura da voz Terceiro: 0 temperamento vocal. Para classificarmos teremos 0 cuidado de fazer cantar um vocalizo de intervalos faceis, num limite que encerre as notas que 0 aluno possa emitir espontineamente. Pela naturalidade da escala vocal poderemos estabelecer a tessitura, (Tessitura quer dizer, tecido, trama), Nésse Ambito vocal, que a natureza doou a cada individuo € que faze- mos a classificagdo de uma voz pelo timbre. Pelo timbre poderemos classificar duas vozes da mesma tessitura de diferentes maneiras Exemplo: Diversos instrumentos de cordas de sépro reunidos, como sejam : piano, violino, violoncelo, flauta, trompa ete., tocando simultanea- mente a nota la do 2° espaco da clave de sol, dardo uma sonoridade de ie ibragges jdénticas (que seri a entoagdo de note 435 vibracdes por SeE- vrstas notes terdo a frequéncia secundéria (harmonicos ou sons concomi- antes}, Nésse conjunto dos diversos unstrument™, sentiremos Imediata- arte) caracter ea cbr peculiar de cada umm: 8 i810 ‘n6s chamamos timbre. ‘A verdadelra classifieagio de uma voz deveriamos fazer depois de al- guns meses de estudo. Com o estudo do “bel Canto”, uma vox pode desenvolver eérea de uma citava de extenséo, dependendo do temperamento ‘vocal do aluno, Assim ‘camo nio existemn dois séres vivos do mesmno caréter, também nao existem fduag vozes com a mesma disposi¢ée Pars canto, Estudos, voealizos, tornam-se féceis para uns ¢ difieeis para outros. (© temperamento vocal reure sempre entonsi® justa ou dificultosa, dxtiewiagao, pronuncia com viclos adauirides ol POF natureza, Dado os diversos temperamentos nfo podemos desenvolver duas yozes com o mesmo sistema. Quadro da classiticagdo 4a vores femininas aE QUADRO DA EXTENSAO E DA CLASSIFICAGAO DAS VOZES ‘MASCULINAS TENOR eee be lh Excepeionsis BARITONO = ce : excepcionais 2 BAIIO Rao | Pe lt Pode-se dividir em trés categorias : 1) BAIXO PROFUNDO: — a qual desenvolve a major sonoridade nos ! contros © nas notes t graves, BAIXO: — 2) BAIXO CANTANTE: (O Baritonsl) — As notas agudas so as que dio maior sonoridade, 3) BAIXO COMICO: — Tipo dificil de definir-se e do qual a arte, consiste mais na ago comica que ‘no Canto. Divide-se em duas categorias: BARITONO: — { 1) DRAMATICO ou de FORCA 2) LIRICO : o tipo “VERDI” (Brilhante) DRAMATICO: — 0 muito forte 2 TENORES: — | LtRICO DRAMATICO : — o livico “spinto’ a LIRICO: — Voz menos intensa, adaptada mais a0 género “cantébile”. 0 E DA CLASSIFICAGAO DA VOZES FEMININAS: ‘QUADRO DA EXTENSA‘ SOPRANO ‘MEIO SOPRANO bala excepcionais, CONTRALTO aos rie e femininas, gom um cardter CONTRALTO: —- E’ a mais grave das vozes tipo desta véz, quase masculo, quase baritonal. nao existe. MEIO SOPRANO: — Vor intermediria entre o Contrélto e 0 Soprano Divide-se em trés categorias : | — DRAMATICO: 0 qual desenvolve maior forga € 50° noridade em tdda extensio SOPRANO: |, _rsntco: Que nao tem a fdrga do SOPRANO DRA~ MATICO. 3 — LIGEIRO ou de “COLORATURA: A mais aguda ¢ & mais agil das vozes de SOPRANO. Sian 2 a la Nea Saad PRONONCIA E EXPRESSAO NO CANTO : ‘Uma boa proniincia é uma das condigdes para fazer compreender sentido ¢ 0 cardter de uma peca musical, isto é, unindo-a sempre com 4 expressio, Pronunciar, frasear, interpretar, ocupa um dos pontos mais “altos da ciéneia do canto. 4 2 |. A prontincia e a articulacio sao dois requisitos necessarios para a boa clareza do canto. A nitida pronineia encontra no canto bem articulado a maxima im- 5 portineis. . "© eantor que nao se faz compreender pelo auditério, destréi quase inteiramente 0 efeito da misica que est ligada intimamente com a poesia fe, por conseguinte, da interpretacio. Nas diversas articulagdes dos fonemas possuimos as seguintes clas- © sificagées : Formacao: quanto 4 ressonfincia | Articulagéo: movimentos musculares Pronineia: movimentos da glote ou explosoes © nosso alfabeto possui 23 letras entre consoantes e vogais, todas elas na maioria apoiadas no som laringeo 6 ‘Na sua formacio os fonémas tomam os nomes de: ‘ Gluturais * Linguo-Palatais { Linguo-Dentais s ‘Labio-Dentais Labiais-Sibilantes, e tremulantes ica na proniineia-els as téenicas para a arte da califonia. é | Frasear: Para que atinja perfeitamente éste ponto o cantor deve reunir 0 mecanismo completo e muito nitido. INTERPRETACAO ou EXPRESSAO: Interpretar, tem como finali- dade, transmitir aos ouvintes aquilo que se canta ou toca. (© cantor deve ter em mente 0 respeito que éle deve aquela partitura, definir 0 que o compositor desejaria que fizéssemos com a sua criacio. ‘Assim surgiria em nés mesmos uma continuidade de eriagao, porque 0 in- terprete também ¢ criador. E para obter ésses resultados, 6 evidente que se deve possuir alma leita para o “bel-Canto”. |‘ Igualmente é de valor imprescindivel a cultura geral do individuo, concernente as linguas, & eleganeia e ao esméro da sua lingua materna; 0 ae isto de ampliar conhecimentos para due & S00 arte se aprimore cada ver cans no seu espirito, num encadeamento de ‘aperfeigoamento téenico, sen timental e de raciocinio. ‘Disse acertadamente a ésse respeito Sto. ‘Agostinho: “Quem néo ra- clocina, nao faz arte, © canto bem “Impostado” bem entoado ¢ exPressN0 através de uma tinda vor nos faz mergulhar em éxtase celestsl DEFEITO DAS VOZES ‘A natureza dotou a vor d ecada individuo de um metal especial, claro, suave, volumoso, surdo, gutural ou nase). Ge metals eleros, suaves e volumes0s Periense™ as vozes sadias; 38 ‘vores surdas, guturais e nasais revelam 25 OP defeituosas. ‘Se éstes diversos defeitos ndo forem rebeldes, ha remédio. se owes cansadas or reafriadds erOnicos, o} Et ‘ma escola, S40 vo7es que 0 nosso ouvide pereebe como tm Som Trouco, s8co, éspero, sonoridade ‘pobre, sem modulagao. : ‘© metal vocal pode variar infinitamente pelos mavimentos da bea, da Iingua e de todas as partes internas da laringe, que concorrern para a producio do som. : necessario desde 0 coméco do estudo concentrar a atengio sdbre 2 ‘peleza do som. ‘porém, 0 maior defeito de uma viz & 0 trémulo; 0 maior remédio quando nio hé derivagéo de cause patologica, ¢ a agilidade nA agilidade, além de-fortificar os méseuos corrigir os defeitos, € tum requisite essencial'para o artista de canto, ‘eja do ponto de vista da a esdade e deticadeza da vor, ou para o canto de “bravura” (wixtuosismo). HIGIENE DA VOZ - ESTUDO DO “BEL CANTO" E HIGIENE DA voz prose ae estuases rex uma Diosma diario oe yessonancia voeal, téenica, e exercicios respiratbrios, (gindstica o¥ & livre); esses iltimos veemo de manha, até das horas apés 0 nascer do sol, porque durante ésse tempo € que as plantas expelem toda & iquantidade de ar oxigenado exce= Gente, que ficou armazenado durante & noite F por ésse motivo que pela manha se obtém maior provelto: ‘Quanto aos exercicios téenieos, sero executados gradativamente até chegarem ao maximo da agilidade. Da agilidade € que so obtém a forga ¢ 2 resistencia. 22 saci ati errr: ‘A escala cromética éuma das bases primordiais para a boa entoa © desenvolvimento téenico do érgio auditivo. ‘A agilidade 6 um requisito essencial para aquéle que canta, tanto do ponto de vista da elusticidade ¢ delicadeza da voz, como do canto de bravura ott virtuostsmo. Kstudar muito, evitando porém 0 cansaco, que seria prejudicial nao s6 a voz como a saiide, HIGIENE DA VOZ: — Evitar as bebidas alcodlieas ¢ 0s gelados; ‘néo cantar durante duas horas apés cada refeigao. NUTRIGAO: — Com uma alimentagéo adequada 0 cantor conservara a satide e a vor: Fisico so, vor st. 'A perfeita regra de alimentagdo di maior resisténcia aos misculos e 0s priva da gua contragio e rigidez. ‘Nas diferentes interpretagoes artisticas do “bel canto” as varias di- namicas musicais ¢ fisiondmicas, como, sejam as expresses tranguila, slegre, romantica e dramética, requerem para éstes colorides da vox hu mana, que o organismo do artista esteja em perfeita disposigio fisico- Psiguics, para que através dessas manifestagbes de arte em psblico pest dar todas as varlagoes precisas, sem haver monotonia na voz ¢ na inter~ pretagéo. Sendo a voz humana o tinico instrumento vivo, tOdas as depressdes orgénicas se refletem na vor e na alma do artista. DA ALIMENTAGAO : — A alimentacéo, deve ser melhor orientada; os cantores devem fazer uso dos alimentos ricos em Vitamina B. ‘Quanto aos alimentos vegetais, ésses so valiosos, porque contém 1é- culas e sao também ricos em Vitaminas A, elementos que favorecem a respiragio ¢ devido a sua digestibilidade sto chamados alimentos zespi- rratérios. (Os alimentos com Vitamina B-1, para os cantores sio aconselhados ‘pelo abalisado clinico: Oto-rine-laringologiste Dz. José Guilherme Wi- ‘taker. ‘H Vitamina B1, nos seguintes alimentos: Avela, Nozes, Trigo em gio, Amendoim com cuticula, Castanhas do Para, Coco, Pinhlo, Batata doce (coxa ou'branca), Caré, Inhame, Exvilha,Alface, Almeirdo, Laranja seléta do Rio, Laranja péra de S. Paulo e Banana Nanica, © mel, sendo jum limento considerado animal, & 75% vegetal, pois as abelhas extraem ‘a matéria prima das flores. ‘O mel como alimento de nutrigdo e restauracio contém 45 proteinas, inclusive 0 complexo B. Contém todas as subsidncias titeis, fortifiea purifica. ee, Scatter al Os alimentos miraculosos com complexo B sio: Levedura de cerveja em pé, leite desengordurado em po “Yogort” Germer de trigo e melado, Modo de preparar os alimentos miraculosos : Bata © sumo de uma laranja, uma colher de sobremess de Jevedura de cerveja em pé, uma colher de sobremesa de germer de trio, uma colher de sopa de mel ou melado. 2 ELIPHAS CHINELLATO MILA ae i bario de limeira, Sk - slo paulo 4256 6a

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