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la enhar = wo ~~ © QO .WiX. Pedro Ferreira lara Lima Pee LU % Ure www.artenes BIOGRAFIA RESUMIDA DOS AUTORES Pedro Ferreira .. Possui graduagao em Engenharia de Controle e Automag3o_ pela Universidade Paulista (UNIP) obtida em 2004. Apés graduagao, cursou durante o periado de 2006 a 2007 a pés-graduacao lato sensu (especializaco) em Formagao de Professores para o Ensino Superior pela UNIP. Em 2009 ingres¢ou no curso dé Mestrado em Engenharia da Produgao no Programa de Pés- Graduagao da UNIP, concluindo em 2011. No periodo de 2004 a 2009 atuou como Engenheiro na Companhia Ultragaz $.4. Dentro do mercado de Engarrafamento de Gas Liquefeito do Petréleo (GLP), as principais atividades desenvolvidas foram nas areas de produgdo, manutengao; projetos de Engenharia; processos de pintura industrial; inspe¢do e manutencado de vasos de pressao; normatizagao, elaboragao e acompanhamento de ensaios tacnicos, Desde 2005 ale o presente, atua como Professor Adjunto do curso de Engenharia do ICET da UNIP. Juntamente como Professor do ICET, é coordenader do curso de Engenharia Basico desde 2008. Em 2012 toma-se responsavel pelos laboratdrins do ICET coordenando tecnicos, compras, insumos para as engenharias, instalagao e manutengao dos equipamentos, Desde 2014 até o presente ¢ professor pesquisador do Grupo de Pesquisa em Ensino de Fisica para Engenharias (GruPEFE), certificado pela instituigdo UNIP e@ registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento ¢ Cientifico @ Tecnolégice (CNPq). Em junho de 2016 assume a lideranga da disciplina de Estatica dos Fluidos (EF). Disciplinas lecionadas: Mecanica dos Fluidos (Laboratorio), Estatica dos Fluidos, Cinematica dos Solidos, Dindmica dos Sélidos, Mecanica da Particula (Teoria e Laboratorio), Topicos de Fisica Geral e Experimental (Teoria e Laboratorio), Eletricidade Basica (Laboratério), Topicos de Informatica, Desenho Técnico, Tépicos de Matematica Aplicada, Fenémenos de Transporte (Teoria e Laboratério), Instrumentagao Industrial lara Lima niversidade Catélica (PUC - SP), Bacharel Fisica pela Pontificia U Baa c ges da Tecnologia Nuclear pela Mestre @ doulora em Ciéncias na area de Aplicag ; Universidade de S40 Paulo (USP), pertencente ao programa de tecnologia nuclear 4 Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN/SP). Pessil speriéncia na area de Fisica, com énfase em Meétodos Soa Istrumentagéo para Parliculas Elementares & Fisica Nuclear, aren Srincipalments em pesquisa com detectores gasos05 de radiagao, operande 4 BIOGRAFIA RESUMIDA DOS AUTORES Pedro Ferreira _ Possui graduagéo em Engenharia de Controle e Automagdo pela Universidade Paulista (UNIP) obtida em 2004. Apds a graduagao, cursou durante o periods de 2006 a 2007 a pds-graduagdo lato sensu (especializagio) em Formagao de Professores para o Ensino Superior pela UNIP. Em 2009 ingressou no curso de Mestrado em Engenharia da Produgéo no Programa de Pds- Graduagao da UNIP, concluindo em 2011. No periodo de 2004 a 2009 atuou camo Engenheiro na Companhia Ultragaz S.A. Dentro do mercado de Engarrafamento de Gas Liquefeito do Petrolec (GLP), as principais atividades desenvolvidas foram nas areas de producao; manutengao; projetos de Engenharia; processos de pintura industrial; inspegao e manutenc¢ao de vasos de pressao; normatizagao, elaboragao @ acompanhamente de ensaios lécnicos, Desde 2005 até o presente, alua como Professor Adjunto do curso de Engenharia do ICET da UNIP. Juntamente como Professor do IGET, é coordenadar do curse de Engenharia Basico desde 2008, Em 2012 toma-se responsavel pelos laboratorios do ICET coordenando técnicos, compras, insumos para #s engenharias, inslalagao e manutengao dos equipamentos. Desde 2014 até o presente & professor pesquisader do Grupo de Pesquisa em Ensino de Fisica para Engenharias (GruPEFE), certificado pela instituigao UNIP @ registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento & Cientifico e Tecnoldgico (CNPq). Em junho de 2016 assume a lideranga da disciplina de Estatica dos Fluidos (EF). Disciplinas lecionadas: Mecanica dos Fluidos (Laboratério), Estatica dos Fluidos, Cinematica dos Solidos, Dinamica dos Sélidos, Mecdnica da Particula (Teoria e Laboratorio), Tépicos de Fisica Geral e Experimental (Teoria e Laboratorio}, Eletricidade Basica (Laboratério), Topicos de Informatica, Dasenho Técnico, Topicos de Matematica Aplicada, Fenémenos de Transporte (Teoria ¢ Laboratorio), Insirumentagao Industrial lara Lima Bacharel em Fisica pela Pontificia Universidade Catdlica (PUC - SP), Mestre e doutora em Ciéncias na drea de Aplicagoes da Tecnologia Nuclear pela Universidade de $40 Paulo (USP), pertencente ao programa de tecnologia nuclear do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN/SP), Possut experiéncia na rea de Fisica. com énfase em Métodos Experimentais e Instrumentagdo para Particulas Elementares © Fisica Nuclear, aluando Principalmente em pesquisa com detectores gasosos dé radiagdo, operando em Hl regime de ioniza¢éo e em regime de multiplicagao de cargas e transporte de elétrons em gases. E professora do curso de Engenharia e lider da disciplina Mecanica da Particula da UNIP. Disciplinas lecionadas: Topicos de Fisica Geral e Experimental (Teoria e Laboratério), Topicos de Informatica, Estatistica (Descritiva e Indutiva), Equagées Diferencias, Mecdnica da Particula (Teoria e Laboratério), Eletricidade Basica (Teoria e Laboratorio), Complementos de Fisica (Teoria e Laboratério), Fundamentos da Termodinamica, Dinamica dos Sdlidos, Fendémenos de Transporte, Mecanica dos Fluidos (Laboratério), Além disso, & coordenadora do curso de Engenharia de Produgao Mecanica. Tulio Vivaldini Bacharel em Fisica pela Pontificia Universidade Catélica (PUC — SP}, mestre ¢ doutor em Ciéncias na area de Aplicagées da Tecnologia Nuclear pela Universidade de Sado Paulo (USP), pertencente ao programa de tecnologia nuclear do Instituto de Pesquisas Energéticas ¢ Nucleares (IPEN-CNEN/SP). Possui experiéncia na area de Fisica, com énfase em Meétodos Experimentais e Instrumentagao para Particulas Elementares e Fisica Nuclear, atuando principalmente com analise de sinais de detectores de gasosos de radiagzo, operando em regime de ionizagdo ¢ em regime de multiplicagado de cargas, transporte de elétrans em gases. E professor do curso de Engenharia e lider da disciplina Topicos de Fisica Geral e Experimental da Universidade Paulista = UNIP_ Disciplinas lacionadas: Topicos de Fisica Geral e Experimental (Teoria e Laboratorio), Tépicos de Informatica, Estatistica (Descritiva e Indutiva), Mecanica da Particula (Teoria e Laboratorio), Eletricidade Basica (Teoria e¢ Laboratério), Complementos de Fisica (Teoria e Laboratério), Fundamentos da Termodinamica, Cinematica ¢ Dinamica dos Sélidos. Além disso, @ coordenador do curso de Engenharia de Controle e Automagao (Mecatronica). Thais Cavalheri Cursou o Bacharelado em Fisica Médica pela Universidade de S40 Paulo (USP} no periodo de 2001 a 2005. Em 2005 ingressou no curso de Mestrado em Ciéncias (Fisica) no Programa de Fisica Aplicada a Medicina e Biologia da USP, concluindo em 2007. Juntamente com o curse de Mestrado, também cursou a pés- graduagao lato sensu (especializagao) Master in Business Administration - MBA em Gestao de Organizagées Hospitalares e Sistemas de Saude pela Fundacdo Getulio Vargas - FGV. Em 2008 ingressa no curso de Doutorado em Ciéncias (Fisica) jume ao Programa de Tecnologia Nuclear do Instituto de Pesquisas Energéticas @ Nucleares da Comissao Nacional de Energia Nuclear (IPEN-CNEN/SP), programa este vinculado 4 Pés-Graduagdo da USP. Defende sua Tese de Doutorado em 2012, Apés 0 final do doutorado, permanece ainda no IPEN-CNEN/SP come pesquisadora em pds-doutoramento até 2014. Em 2011 & contratada pel@ 2 Universidade Paulista (UNIP) junto ao Instituto de Ciéncias Exalas e Tecnologia (IGET) com a titulagao de Professor Titular. Desde janeiro de 2014 alé o presente é professora lider da disciplina de Fenémenos de Transporte (FT). Disciplinas lecionadas: Tapicos de Fisica Geral e Experimental (Teoria & Laboratério), Topicos de Matematica Aplicada, Topicos de Informatica, Mecanica da Particula (Teoria é Laboratdrio), Eletricidade Basica (Teoria @ Laboratério), Complementos de Fisica (Teoria & Laboratdério), Fundamentos da Termodinamica, Cinematica dos Sélidos, Dinamica dos Sdlidos, Estatica dos Fluidos, Fendmenos de Transporte, Mecanica dos Fluidos (Laboratério). Em 2014 6 contratada pela Universidade Sao Judas Tadeu (USJT) junto 4 Faculdade de Tecnologia e Ciéncias Exatas (FTCE) com a titulagao de Professor Adjunto. Disciplinas lecionadas: Fisica | — Mec&nica Classica, Laboratério de Fisica e Quimica, Fisica I! — Oscilagies e Ondas, Fisica Ill — Eletricidade e Magnelismo, Laboratério de Fisica ¢ Eletricidade. Desde 2014 até o presente € professora pesquisadora lider do Grupo de Pesquisa em Ensino de Fisica para Engenharias (GruPEFE), cerlificada pela instituigao UNIP e registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento e Cientifico € Tecnolégico (CNPq). Em 2016 torna-se coordenadora do Curso de Fisica — Licenciatura, oferacido pela UNIP junto ao ICET, modalidade EAD (Educagao a Distancia). PREFACIO © Livre Mecanica dos Fluidos - Laboratdrie foi desenvolvido com base na experiéncia docente, de pesquisa e industrial dos autores, e com o objetivo de complementar, com um enfoque pratico, os assuntos abordados nos livros convencionais de Mecanica dos Fluides. ‘0 material a sequir é baseado na convicgao dos idealizadores de que a grea experimental @ imprescindivel no procasso de aprendizado, na qual o estudante planeja uma atividade experimental em laboratério e se depara com fatos inesperados ma aplicagao dos cenceilos aprendides na teoria. Este material abrange uma série completa de aparatos experimentais, podendo ser ajustados a equipamentas com maior ou menor nUmero de acessérios 6 experimentos. Aluno e professor iniciam a jornada em um nivelamento de conceitos realizando experimentos de medicdo de vazao. Posteriormente serao ubilizados os tubos de Pitot, Venturi e placas de orilicio para as medigées de velocidade ¢ vazao. Aanalise de perda de carga em tubulagdes e acessdrios sera desenvolvida, sendo esta fundamental para os fuluros engenheiros quand atingirem a etapa de projetos industriais em suas vidas profissionais. O estude é finalizado com o levantamento de curvas caracteristicas de bambas e também estudos do resullado de suas associagées em série e paralelo serao compreendidas. SUMARIO Pagina 4. CINEMATICA DOS FLUIDOS - CONCEITOS...., 1.1 SISTEMAS DE DIMENSOES E UNIDADES 1.1.1 Sistema Internacional de Unidades (SI). 1.1.2 Sistema CGS de Unidades...... 1.1.3 Sistema Inglés de Unidades 1.1.4 Fatores de Conversdo 1.2 ESCALAS DE PRESSAO. 1.2.1 Pressdo Atmosférica ... 1.2.2 Pressdo Efetiva (Manométrica) .. 1.2.3 Presséo Absoluta (Total)............ 1.3 LEI] DE STEVIN... 1.4 LEI DE PASCAL.. 1.5 MANOMETRO 1.5.1 Manémetro Tubo em U. 1.6 EQUAGAO MANOMETRICA.. 2 MECANICA DOS FLUIDOS - EXERCICIOS DE APLICACAO .....37 2.1 EXERCICIOS PROPOSTOS. ... 2... cece ees enseenr ters nerseesneeeteesneranenneensense PEEP UTARRE ANS ots sey cite csassdoegest net eev onsen crarsTinY r= gossamer 3. EXPERIMENTO MEDIGAO DE VAZAO ........ssssseccssssssseesseeeeeenae A 3.1 OBJETIVOS |... ssecrneeee 3.2 INTRODUGAO ....ccsnseese } 3.3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO......csscccseccessscesesentceeeecnnnecees AT 3.4 TAREFA — MEDIGAO DE VAZAO vsvvsessessesesonseesseinstecntnnnsersecernearseeessseancees 49 4. EXPERIMENTO TUBO DE PITOT......... 4.1 OBJETIVOS..... 4.2 INTRODUGAO. 4.2.1 Aplicagées..... Sarreaienentc cere eeE 4.2.2 Fluido incompressivel e fluido compressivel .. 4.2.3 Observagbes ser 4.3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO........--- 4.4 TAREFA — TUBO DE PITOT...0.. ccc ccsermnrenrreee 5. EXPERIMENTO TUBO DE VENTURI........ 5.1 OBJETIVOS .. 5.2 INTRODUGAO 5.3 INFORMACOES PARA O RELATORIO. 5.4 TAREFA - TUBO DE VENTURI... 6. EXPERIMENTO PLACA DE ORIFICIO 6,1 OBJETIVOS .. 6,2 INTRODUGAO... 6.3 IN FORMACOES F! PARA O RELATORIO 6.4 TAREFA — PLACA DE ORIFICIO........ 7 EQUACAO DA ENERGIA - FLUIDO REAL oo... cscccseeeeeensteon 87 7.1 PERDA DE CARGA.. on isin OT 72 EQUAGAO D DA ENERGIA PARA FLUIDO REAL NA PRESENGA DE UMA MAQUINA.... - 7.2.1 Exemplo de 7.3 POTENCIA DISSIPADA.. 7.4 COEFICIENTE DE ENERGIA CINETICA (a). 7.5 EXERCICIOS PROPOSTOS.... ee EGTA EBA vanminnnsriecieasinniind cas aan es ates ee OF 8. EXPERIMENTO PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA .........c cee 99 8.1 OBJETIVOS .. 8.2 INTRODUCAO 8.3 INFORMACOES PARA O RELATORIO....... seeersatttetarsoean 101 8.4 TAREFA — PERDA DE CARGA DISTRIBUID, 9, EXPERIMENTO PERDA DE CARGA SINGULAR = 1............. 9.1 OBJETIVOS 9.2 INTRODUGAO 9.2.1 VAIVUIES ccs licagao — Bombas. 9.3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO........ 9.4 TAREFA - PERDA DE CARGA SINGULAR 10. EXPERIMENTO PERDA DE CARGA SINGLUAR - 2... 10.1 OBJETIVOS oe 10.2 INTRODUCAO o.oo 10.2.1 Cotovelo de 90° ¢ Curva .., 10.2.2 Redugao... se 10.3 INFORMAGGES Pi PARA O O RELATORIO.... nae 10.4 TAREFA - PERDA DE CARGA SINGULAR = 2.....ccccnnn 11. EXPERIMENTO Geer cementiae DE BOMBAS . 11.1 OBJETIVOS .. 11.2 INTRODUCAO z 11.3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO... 11.4 TAREFA - CARACTERIZAGAO DE BOMBAS.. 12, EXPERIMENTO ASSOCIACAO DE BOMBAS............--sesssecc0e 145 12.1 OBJETIVO... 12.2 INTRODUCAG 12.2.1 Associag¢ao em serie 12.2.2 Associacao em paralelo et 12.2.3 Equagao da Energia na Presenga de uma Bormba.. 12.3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO.. 12.4 TAREFA — ASSOCIAGAO DE BOMBAS | ANEXO | — DIAGRAMA DE MOODY .........cc::sccesseesstesetesntersneenanees BIBLIOGRAFIA ... CAPITULO 1 4, CINEMATICA DOS FLUIDOS - CONCEITOS 4.4 SISTEMAS DE DIMENSOES E UNIDADES Uma quantidade fisica inclui uma dimensao e uma unidade. Segundo as dimensées de grandezas basicas como massa, comprimento, tempo & forga, é possivel classificar os sistemas de dimensdes primarias (ou fundamentais) em dois tipas: } MLT: possui como dimensées primarias a massa (M), o comprimento (L) @ 0 tempo [(T). } FLT: possui como dimensées primarias a forga (F). 0 comprimento (L} eo tempo (T). No sistema MLT, a forga é uma dimensao secundaria (ou derivada), ou seja, depende das dimensées primarias e pode ser obtida pela segunda lei de Newton. Ja no sistema FLT, a dimensao secundaria é a massa, que também pode ser obtida analisando a segunda lei de Newton. Os sistemas MLT sao chamados de sistemas inerciais ou fisicos e os sistemas FLT so denominados gravitacionais ou fécnicas. Em mecanica dos fluides, ¢ comum expressar as grandezas envolvidas em diferentes sistemas de unidades. Alem disso, existem diferengas de terminologias ¢ unidades em delerminados paises, como nos Estados Unidos, que ainda emprega o sistema inglés de unidades A seguir veremos as principais unidades segundo o Sistema Internacional (SI) @ outros sistemas largamente empregados pela comunidade cientifica. 4.4.1 Sistema Internacional de Unidades (sl) © Sistema Internacional de Unidades (S!), também conhecide como sistema métrico, foi estabelecido em 4960 na “Conferéncia Geral de Pesos e Medidas" (Conférence Générale des Poids ef Mesures — CGPM), que é responsavel por definir os padrées de medidas € suas unidades. Esse sistema é empregado em quase todo o mundo, excelo por trés Paises, que nao utilizam oficialmente © sistema internacional de unidades: Mianmar, Libéria e Estados Unidos. O SI possui sete unidades basicas independantes, que sao definidas a seguir: 1 > metro (m): um metro é o comprimento percorrido pela luz no vacuo durante 1/299.792.458 de segundo. > quilograma (kg): um quilograma equivale 4 massa de um cilindro composto por uma liga de platina e iridio (Figura 1.1.1.1). > segundo (s): um segundo é a duragao de 9.192.631.770 periodes de uma transi¢éo entre dois niveis de energia do alomo de césio-133. Para essa medigao, empregam-se relogios atémicos de césio (Figura 1.1.1.2) > kelvin (K): um kelvin é 1/273,16 da temperatura termodinamica do ponte triplo da agua. > mol {mol}: um mol equivale 4 quantidade de substancia de um sistema que contém tantas entidades elementares quanto sao os atomos contidos em uma amostra de 0,012 kg de carbono-12. > ampere (A): um ampere é a corrente elétrica constante que, se mantida entre dois condutores paralelos. retilineos, de comprimento infinito e seccdo circular desprezivel, colocados a 1 m de distancia no vacuo, produziria entre esses condutores uma forga de 2 x 107 newtans por metro. > candela (cd): uma candela é a intensidade luminosa de uma fonte que emite uma radiagdo monocromatica, em uma dada Girecdo, de frequéncia 540 x 10'2 hertz 2 que tem uma intensidade radiante nessa diregao de 1/683 watts por esterradiano. Na Tabela a seguir sao mostradas as grandezas fisicas basicas do Sistema Internacional com suas respectivas unidades. Tabela 1.1.1.1 - Grandezas fisicas eunidadas basicas do Sistema Internacional. [ Grandeza Fisica | Unidace nos! |Comprimenio Massa ~_quilograma (kg) | segunda (s) Quantidade de maléria Corrente élétrica Intensidade luminosa candela (cd) | __eaneta (ed) | Figura 1.1.1.1 = Gilindro padrae com um quilograma de massa do National Institute of Standards and Technology (NIST) dos Estados Unidos. ts <2 * Pate Figura 1.1.1.2 - Relagio atamico de césio do National institute of Standards and Technology (NIST). 413 Mecanica dos Fluidos - Laboratorio A partir das unidades basicas do SI 6 possivel definir as unidades secundarias (ou derivadas) das demais grandezas fisicas. Na Tabela a seguir s4o mostradas algumas das principais grandezas fisicas, com suas respectivas unidades secundarias e dimensdes nos sistemas MLT e FLT Tabela 1.1.1.2 — Grandezas fisicas, com suas respectivas unidades secunddrias no sistema internacional e dimensdes nos sistemas MLT e FLT | Grandeza Fisica | Unidade no SI Sistema MLT | | Sistema FLT [ Velocidade mis ut [crt |Aceleragio —~*| mis? F LTS fir? Forga kg mis? = N MLT2 |F | Energia [kg mé/s?=Nem | MULT? iG | Pressao kg/im-s? = Nim? ML'T? FL* Massa especifica | kgim’=Ns‘im* | ML® FLAT? Peso | Peso especifico _ kq/m?-s? = Nim? ML?T? FL? Além disso, o SI possui um método geral para formagao de miltiplos € submiltiplos por meio da multiplicagao por poténcias de base dez, que corespondem a prefixos que modificam as unidades bdsicas e secundarias, Na tabela a seguir sfo mostrados esses prefixos, com seus simbolos ¢ nomes. Tabela 1.1.1.3 — Prefixes para as unidades do Sistema Internacional (SI) as Nome | Valor ~-yotta 108). sil _ zeta 1071 FE exa 1078 aI he Zapto yocto 4.1.2 Sistema CGS de Unidades O sistema CGS 6 do tipo MLT e suas unidades basicas sao 0 centimetra (em), 0 grama (g) € o segundo (s). Esse sistema é usualmente utilizado em fisica atémica e nuclear. No quadro a seguir s4o apresentadas algumas grandezas fisicas com suas respectivas unidades secundarias no sistema CGS: Tabela 1.1.2.1 — Grandezas fisicas com suas unidades secundarias no sistema ccs [Grandezafisica | UnidadeCGS 'Velocidade ems | Aceleragao : emis? | Forga 4 dina "I Energia rr a | Pressio [ dinalcm? | Massa especifica gicm? /Pesoespecifico ‘| dinalcr® | 1.1.3 Sistema Inglés de Unidades Largamente utilizado nos Estados Unidos, 0 sistema inglés de unidades (ou britanico, ou imperial) @ do tipo FLT, ou seja, a forga é considerada uma dimensdo primaria. Nesse sistema, as unidades de forga, comprimento e tempo so, respectivamente, libra-forca (Ibf}, pé (ft) e segundo {s). Os fatores de conversdo para as unidades no S$! sao 1 lbf = 4,448 N 1 ft = 0,3048 m Como a massa ¢ uma dimensao secundaria nesse sistema, sua unidade (slug) pode ser definida a partir da segunda lei de Newton: 1 slug = 1 IbF-s4t = 14,59 kg 1 $40 mostradas algumas grandezas fisicas com suas Unidades secundarias no sisterna inglés. Por ser do tipo FLT, esse sistema de unidades também € conhecido como Gravitacional Britanico, Contudo, esse sistema ainda possui uma variagao FMLT, 9 chamado Sistema de Unidades Inglés Técnico ou de Engenharia. Nele, a unidade de forga 6 a libra-forga (Ibf), a unidade de massa é a libra-massa (Ibm), a unidade de comprimento €0 pé (ft) e a unidade de tempo é 0 segundo (s). A relagao entre slug ¢ [om é& 15 No quadro a segui 1 slug = 32,2 Ibm Tabela 1.1.3.1 — Grandezas fisicas, com suas respectivas unidades secundaria ng sistema inglés e dimens6es no sist FLT . Grandeza Fisica —'| Unidad Sistema inglés | Sistema FLT | ce Sl edd — [Velocidada | fs ena Aceleragao | : fuls? | LT? ibf F Ibeft | FL Itt? | FL® ica | slug/ft3 | FL“T¢ | Peso especifico | = = _ lofi? | Fe Fazem parte do sistema inglés ainda unidades maiores e menores como, por exemplo, a polegada ea milha. Na proxima segae serao mostrados os fatores de conversdo de unidades para as principais grandozas empregadas em Mecanica dos Fluidos. Os engenheiros devem saber trabalhar tanto com unidades no SI quanto com unidades no Sistema Inglés. Esse conhecimento é importante principalmente em projetos que envolvem pessoas de diversas nacionalidades, ja que, dependendo do projeto, um equivaco de conversao pode ocasionar um grande prejuizo. Uma falha de conversao de unidades foi a causa da destruigao da sonda Mars Climate Orbiter (MCQ), langada em 1999 pela NASA (acrénimo de National Aeronautics and Space Administration — Administragao Nacional da Aeronautica @ Espago) para estudar o clima de Marte. Enquanta os engenheiros projetistas fizeram alguns caélculos com unidades do Sistema Inglés, a equipe de controle esperava valores com unidades do sistema internacional 1.1.4 Fatores de Conversao Logo a seguir estéo descritas tabelas com os principais fatores oe conversao ulilizados atualmente para diferentes grandezas fisicas. Compri nprimento | 39.07 | 3,281 6,214x104 i 8.333«107 | 1,578%10° | 1 pe (ft) | 42 1 | 1,894%10" 1 milha (mi) | 1609,344 | 63360 | S280 | | = ne Tempo T ' 1 + _|s | min h jd | ane | — 1 | 4,667%107 | 2.778104 [ 4.15710" | 3.169410" {minuto(min) |60. |1 | 1.66?x10? | 6994x107 | 1.901*10° [hora (h) | 3600 | 60 1 | 4.467*10° [aaatx10+ | idia(d) (| 8.64010" | 144g ‘a4 4 [2,736"10° | [4 ano ~ [3.456x10" | S.260x10" | 8,766~10' | 385.2 [a | TT Massa - eae = kg ] utm slug | qi quilograma (ka) [1 | o1er*10" | 6,862*107 j1 unidade técnica de massa (utm) 9.80865 oe q | 0.67 [Tslug | 1459 [7.4925 | 1 r OO ‘Area i aca m? pol? [4 metro quadrado (en) | (4 polegada quadrada ja(pol) | 6.452107 | 6.944*107 | [1 pé quadrado (ft?) g.za0*10 [14a [1 Volume m | em? ie pol? te ‘metro cabico (m?) 1 | 108 10° [saoz*10" [35,31 {centimetre cubieo (em?) | 10° 1 108 61028107 | 3.531*104 1 litra (1) 107 108 1 1 3.531*107 1 polegada cubica (pol?) 4,639%10 | 16.39 1,639%107 | 1 | 1 pé cubic (rt) paaexto? | 2,831*10" | 28,32 1728 47 Velocidade mis [kmih | flls mith 41 metro/segunde (m/s) 1 3,600 | 3,281 | 2,237 2 4 quilémetrofhora (km/h) | 0.2778 | 1 | 0.9113 | 0,6214 4 pélsegundo (ft/s) 0,3048 | 1,097 |7 0,6818 41 milhalhora (mi/h) {0.4470 | 1,609 1,467 1 Forga N kgf [pal : bf dina 1 newton {N) 1 0,102 7.246 0.2248 108 [4 quilograma-forca (ko [9.6065 |i | 7095 | 2.205 | 980665 ‘1 poundal (pat) 13a | taieioe | t 311x107 | 13823 1 Uibre-forga (ibf (bp =f adga [0453 | 32,17 T 1 4.448% 10" tina 10° | o,to210% | 723x109 | 2,2aax104 | 1 “an [ P Potencia w calls HP btu/h 1 watt (W) 1 0.2300 134102 | aat4 | Tealorialsegundo (cals) | 4.184 | 1 [satt10 | 3.086 | 14.20 1 Horse Power (HP) | 745.7 | 1782 \4 $50 2346 7 libraipé por segundo {ft.lb/s) | 1.356 Tae | 1.at8x102 1 4.629 4 BTUihora (buh) jaoxi0? | aezesr0+ | ozt60 | 4 Massa especifica Tkgim? | gfem? birt 10% 6.243610? 1 quilogramalmetro cibice (kg Tgramalcm? (kofcem?) 1 libra/pé cibico (Ibift*) Pressio Tee inarem’ | am | hase Ties | Peteaada —_ 1 | de bgva ae 1 1” S.e8o10" | 7501-10" 1.450010 | 4.015410 ed on 1 _| seeteaa® | rsoter0 “sone | 401ss10" ao soisict | soraeig® | 760 14,70 408.8 fy nee 8 Msg nase | tate? | 1 18340102 | 8895 gessta' | o.06sos | 51.71 27.88 1 potegada : 09.1 2488K107 1 1.868 36136107 | aaa 9806.38 Qatro8 1 7455 142 39.37 7 move ae coluna de J erg cal eR pélb wen | btu 1 10" 0.2390 2778x107 | 07376 ‘2728010 r 9.484 x 10" 10" 1 2390x10°| 277ax10™ | 7arex1* | 372510" | Sand x 4.184 aseaxt0r [a 1.162 «10% | 9,006 iss0x 10" | 3908x107 Chae 36x10" 6604 x 10° | 4 2.655x 10" 1341 ; a ee 1,356 x 10° 0.3240. 3,776 x 107 Th al $051 10° 1.286107 jeer 2.68510" | 268510 | 6.416 10° o7a57 41,9800 10° | 1 ae taTuibte) — | 1084 105410 | 252 Vpsanx io | rrrraio | 3a28x 10" i 1.2 ESCALAS DE PRESSAO 4.2.1 Pressao Atmosférica A pressdo atmosférica (Pam) em um ponto cormesponde @ forga por unidade de drea causada pelo peso da massa de ar acima do ponto de medi¢ao. Regides de baixos valores de pressao possuem menos massa de ar acima do panto considerado do que regides com elevados valores de pressao. A massa de ar sobre a superficie terrestre, que causa a pressdo almosférica. é constituida por varios gases € varia com a altitude e as condigaes do clima local. No nivel do mar, a pressdo atmosférica apresenta seu valor maximo (no SI, Pam = 1,01 x 105 Pa) e & medida que consideram-se maiores altitudes seu valor diminui, pois o ar torna-se rarefeito. Aproximadamente, a cada 1000 m acima do nivel do mar, ha uma diminuigdo na pressao de 0.1 x 10° Pa. Na tabela a seguir sSo apresentados valores de pressdo atmosfeérica para diferentes altitudes. Tabelat.2.1.1 — Variacao 0: da pressao al! atmosférica (Pam} com a altitude Altitude (m) | Pressao atmosférica (Pam) (10°Pa) 1000 j 0,90 2000 1 0,80 5000 0,54 10000 0,26 20000 0,06 19 24 | o Sangue ferve 4 Seem Altitude de cruzeiro do Concorde gs ee ; > Altitude maxima para seres humanos = ‘ petipirande oxigénio puro 5 < ‘sl <= _ Altitude de cruzeiro dos 747 a) = 7 oe 3 Mante Everest g Habitagdo humana permanente mais alta Pico Pikes (EWA) 0 —— 400 600 Pressdo atmosférica (torr) Figura 1.2.1.1 — llustragae da variagae da pressao atmosférica com a altitude. Considerando um liquido em equilibrio dentro de um recipiente, o ar ‘exerce uma pressao constante, sobre todos os ponlos livres da superficie do iquido, tornando, assim, a superficie do fluido horizontal. A fim de determinar a pressdo atmostérica, o italiano Evangelista Torricelli, que foi aluna de Galileu Galilei, realizou o experimento ilustrado a seguir: Figura 1.2.1.2 — llustragdo do experimento de Torricelli para determinagao da pressdo atmosférica 20 Ben Nevis (GB) ei Nivel do mar Nesse experimento, um tubo de vidro, fechado em uma de suas extremidades e cheio de mercdrio, foi invertide dentro de um recipiente aberto para atmosfera, também com mercirio. A coluna de mercirio sempre atingia uma condigae de equilibrio para a altura de 760 mm acima do nivel do recipiente. A pressao no espago do tubo acima do mercirio é quase nula (vacuo), ja que @ pressao de vapor do mercurio & muito baixa. Assim, nessas condigdes, pade-se afirmar que a pressao almosférica (Pam) corresponde a pressao exercida pela coluna de mercirio, Por essa razao, essa medigao deu origem a unidade de pressdo milimetra de merctrio (mmHg), senda: Pam = 760 mmHg = 1 atm (no nivel do mar) A pressdo sanguinea é@ usualmente expressa em mmHg. Em homenagem a Torricelli, a unidade mmHg também é chamada de Torr onde: 1 atm = 760 Torr Se o tubo estivesse preenchide cam dgua, ao invés de mercurio, 3 coluna de 4gua teria uma altura de aproximadamente 10 metros, ja que a massa especifica da agua @ 13,6 vezes menor do que ado mercurio (76 cm x 13,6 = 10 m). Vale ressaltar que o comprimento ou a area da segao transversal do tubo de vidro nao influenciam a altura da coluna de fluida, desde que o didmetro do tubo seja suliciente para que nao haja efeitos de capilaridade. © instrumento empregade para a medigao da pressdo atmosferica € chamade de barGmetro. Por essa razdo, a pressdo atmosférica também é largamente canhecida como pressao barometrica. 41.2.2 Pressao Efetiva (Manométrica) A presso efetiva, também conhecida como pressdo manométrica, 6 definida como sendo a diferenga entre a pressio do fluido (Pro) @ uma pressdo de referéncia. Normalmente, utiliza-s@ como pressao de referéncia a pressdo atmostérica (Pam). Assim, a pressao manomeétrica (Pman) representa o quanto a pressao do fluido degvia-se do valor da presséo de referéncia e pode ser ‘determinada por: Pinan = Pruido - Patm Dessa forma, a pressdo manométrica pode assumir valores: > Positives (Pman > 0) quando a pressao do fluido é maior do que a atmosférica. 21 > Negatives (Pman < 0) ® quando a pressdo do fluido é menor do que g almosférica > Nulo (Pman = 0) ® quando a pressdo é equivalente a atmosférica. A maioria dos dispositivos que efetuam leitura de pressao manométrica Ao calibrados para lerem a pressdo atmosférica camo zero, ja que seu valor corresponde ao valor de referéncia. O instrumento empregado para medigao da pressdo manométrica é chamado de mandmetro. Uma pressao efetiva inferior a pressdo atmosférica é medida por um mandmetro de vacuo, também conhecido par vacuémetro. 4.2.3 Pressdo Absoluta (Total) A pressao absoluta (Pan), também conhecida como pressao total, € pressdo manométrica acrescida da pressao atmosférica. Qu seja: Pats = Pman + Paim Teoricamente, vacuo perfeito (au absolute) corresponde 4 auséncia de matéria e 4 pressao absoluta mais baixa possivel (Pars = 0). Como essa 6 uma condi¢ao ideal, impossivel de ser atingida experimentalmente, classifica-se vaoud segundo as pressdes mostradas na tabela a seguir. Tabela 1.2.3.1 — Classificagaa do vacuo de acordo com o valor da pressao / Classificagao | Pressao Baixo vacuo 100 a3 kPa Médio vacuo | 3kPaa 100 mPa 100 mPa a1 pPa 1 pPaa 100 pPa 100nPaa<3fPa | Vacuo perfeito O Qs valores de pressdo absoluta (Pas) sempre sdo positivos. Na figura a seguir é mostrado um diagrama esquematico dos referenciais empregados para 0 calculos da pressdo manométrica e da pressao absaluta. Pressao Manomeétrica (Prman > 0) (ManGmetro) Pressdo Atmosférica (Bardmetro) Pressao Pressao Absoluta {Pats > 0) Press3o Manometrica (Pman< 0) (Vacudmetro) Pressdo Absoluta (Pans > 0) Zero Absolute (Vacuo absoluto) Figura 1.2.3.1 - Diagrama esquematico dos referenciais empregados para 05 célculos da pressao manométrica ¢ da pressao absoluta Logo a seguir serao feitas algumas observagoes para se entender melhor o diagrama esquematico que relaciona pressao efetiva com pressao absoluta (Figura 1.2.3.1). > 0 limite inferior de qualquer pressdo é zero, au seja, vacuo perfeito. > Um vacuo perfeito é a pressdo mais baixa possivel. Sendo assim, uma pressao absoluta (Paps) sera sempre positiva. > Uma pressao efetiva que se encontra acima da pressdo atmosférica (Pam) sera positiva e medida por um mandmetro (Pman). > Uma pressdo efetiva que se encontra abaixo da pressao atmosférica (Pam) sera negativa e medida por um mandmetro de vacuo ou também conhecido por vacudmetro (Prac). AS unidades de pressdo e suas transformagées foram disculidas anteriormente. Vale ressaltar, que dentre as unidades de pressdo mais utilizadas esté a unidade atmosfera (alm), que corresponde a pressao responsavel por elevar em 760 mm uma coluna de mercuric. Portanto: 1 alm = 760 mmHg = 101.325 Pa (101 .23 kPa) = 10.332 kgffm? (1,033 kgficm?) = 1,01 bar = 14,7 psi (Ibf/pol) (pound force per square inch = libra-forga por polegada quadrada) = 10,33 mea (metro de coluna de agua). 23 41.3 LEI DE STEVIN Em uma viagem de avido ou durante um merguiho profundo em uma piscina, experimenta-se 0 efeito da pressao com a profundidade em um fluide. Na superficie da Terra, a pressao almosférica exercida sobre os corpos é 0 resultado da forga peso da massa de ar aplicada de cima para baixo. Essa pressao 6 reduzida com 0 aumento da altitude, diminuindo a forga peso do ar sobre os corpos. Sob a Agua, a pressao exercida em um ponto aumenta com a profundidade. Nesse caso, a pressdo exercida sobre um ponto a uma determinada profundidade é resultado do peso da agua sobre o panto mais o peso da atmosfera. E facil notar que a mudanga de pressao atmosférica percebida em um elevador depende de uma viagem de varios metros, mas No merguiho em uma piscina, essa mudanca é rapidamente percebida a poucos metros de profundidade. Semelhante fato se deve a grande diferenga entre as massas especificas da agua e do ar—uma vez que a agua é 775 vezes mais densa que 0 ar. Considere um reservatério, canforme a figura a seguir — Volume = Ah A Figura 1.3.1 — Reservatorio contende um fluido de altura h. Ofundo do reservatorio suporta 0 peso do fluido. Sabendo que a pressao exercida no fundo é o peso do fluido dividido pela area do fundo do reservatorio: pim™g ; A Encontra-se a massa do fluido por meio do seu volume (‘V) e massa especifica (p): m=p-¥ 24 © volume do fluido @ determinado por meio das dimenstes do reservalorio: W=A-h Sendo A a area da base do reservatorio e h a altura do fluido m=p-A-h Substiluindo na equagao anterior, que define a pressdo exercida em um ponto a uma determinada profundidade »A-h- p=P A Pap hg A Lei de Stevin pode ser enlendida como a diferenga de pressdo (AP) entre dois pontos de um fluido em equilibrio estatico e é definida pelo produto da massa especifica do fluido (7), pela aceleragas da gravidade (g) ¢ pela diferenga de cotas das dois pontos (h) O termo pressdo hidrostalica se deve a fluidos estaticas em situagaa de repouso. Figura 1.3.2 - Um tanque contendo fluide cam indicagao de diferentes pontos de profundidade. De acordo com a figura anterior: Pressdo na superficie do fluide yr: P, = pressao atmosférica 25 Pressao na profundidade yz: P,=p-¥2°9 ; ; Sendo AP =P) —P,, a presséo no ponto y2 representa a pressdo total (oy pressdo absoluta) em um determinada ponte em uma determinada profundidade dentro do fluido: AP =P, —P, +p: Yo" =P, —P, P, = Pam + P* ¥2'9 A diferenga AP entre a pressao absoluta e a pressao almosférica é& chamada de pressdo manométrica. O nome pressao manométrica @ devido a utilizagao de um manGmetro coma medidor de diferenga de pressao. A respeito da Lei de Stevin s8o necessarias algumas consideragdes: > Em um liquide, todos os pontos 4 mesma profundidade (num mesmo nivel horizontal) apresentam a mesma pressao; > Na diferenga de pressdo entre dois pontos, nado interessa a distancia entre eles, mas sim a diferencga de cotas, > Nao importa o formato do recipiente para o calculo da pressao em um determinado ponto; > Para os gases, o peso especifico (y) é muito pequeno. Portanto, se a diferenga de cota entre dois pontos (h) de interesse for pequena, a dilerenga de pressdo entre asses pontos pode ser desprezada. 1.4 LEI DE PASCAL Como jé 4 de conhecimento, a pressao é definida como a forga por unidade de drea. Agora, a questao é: a pressdo pode ser aumentada em um fluido simplesmente empurrando o fluido? A resposta é: sim, mas 4 muita mais facil se 0 fluido estiver em um compartimento fechado. Por exemplo, o coragdo aumenta a presso arterial, empurrando 0 sangue num sistema fechado (valvulas fechadas numa camara). Caso se tenle empurrar um fluide num sistema aberto, tal como um rio, o fluido flui para longe. 48 26 © fluido, em um sistema fechado, n&o pode fluir para fora, e por isso a pressdo 6 mais facilmente aumentada por uma forga aplicada. Entenda o que acontece com a pressdo em um fluido fechado — os Alomos do fluido estdo livres para se movimentar, transmitinde a pressao para todas as partes do fluido e também as paredes do recipiente. Assim, pode-se afirmar que a pressao transmitida néo se altera. © fendmeno descrito @ chamado de Principio de Pascal (também conhecido como Lei de Pascal): uma mudanga na pressao aplicada a um fluido fechado é transmitida, sem diminuir, a todas as porgoes do fluido e também para as paredes do seu recipiente. Além disso, a Lei de Pascal implica que a pressao total num fluido se da pela soma das presses exercidas por diferentes fontes. Uma das mais importantes aplicagdes tecnolégicas da Lei de Pascal é encontrada num sistema hidraulico, constituida per um sistema de fluido fechado utilizado para exercer forgas. Os sistemas hidraulicos mais comuns s4o os freios de carro @ prensas hidrdulicas. Fy Fy A Figura 1.4.1 — Sistema hidrdulico com dois pistoes A figura anterior representa um sistema hidraulico tipico com dois cilindros cheios de certo fluido, fechados com pistées e ligados por um tubo chamado de linha hidraulica. No pistao esquerdo de area Ay é aplicada uma forga Fi descendente, criando uma press4o que é transmitida, sem diminuir, a todas as partes do fluido: (que se encontra fechado). Assim, sobre o pistéo direito de area Az resultara uma forga Fz para cima maior do que F;, pais o pistao direito tem uma area maior. Aplicando a Lei de Pascal ao sistema hidraulico anterior, é possivel desenvolver uma relacao simples entre as forgas e as areas. Primeiramente, note 27 que os dois pistées do sistema possuem a mesma altura, porlanto nao Naverg nenhuma diferenca de pressao devido a uma diferenga de profundidade. A pressao exercida no pistao de area Ai, devido a agao da forga, é: Pred A, De acordo com o Principio de Pascal, a pressdo é lransmilida, sem se alterar, através do fluido e para as paredes do sistema. Entao, a pressao P? sentida no outro pistdo é igual a pressao Pi. Sendo: p, = "2 e P,=P,> i _ ke Ag A, Ag Essa equagao refere-se as razoes entre forga e area em qualquer sistema hidrdulico, desde que os pist6es lenham a mesma allura vertical o atnto no sistema seja desprezivel. Os sistemas hidraulicos padem aumentar ou diminuir a forga aplicada sobre eles. Para tornar uma forga maior, a pressdo deve ser aplicada em uma area maior, por exernplo: se uma forca de 100 N & aplicada ao cilindro da esquerda (figura anterior) e © cilindra da direita tem uma area cinco vezes maior. Sendo assim, a forca aplicada no cilindre da direita sera de 500 N. Sistemas hidraulicos sao analogos as alavancas simples, mas ainda com a vantagem de que a pressdo pode ser transferida através de linhas curvas para varios lugares e ao mesmo tempo Um sistema hidraulico simples, assim como uma maquina simples, pode aumentar a forea, mas ndo pode realizar mais trabalho do que 0 realizado por ela. Lembrando que o trabalho é a for¢a vezes a distancia percorrida, para um sistema hidraulico, o cilindro secundaria se move por uma distancia menor do que 0 cilindro mestre. Além disso, quanto mais cilindros secundarios forem adicionados, menor sera a distancia que cada um se movera. 1.5 MANOMETRO Manémetro € 0 instrumento utilizado para medir a pressao de fluidos contidos em recipientes fechados. Como ja discutido, os manémetros utilizam 4 pressdo atmosférica como referéncia, medindo, portanto, a diferenga entre 2 pressao do sistema e a pressdo atmosférica. A pressdo manométrica (pressao medida pelo mandémetro) pode ser positiva ou negativa, dependendo de estar acima ou abaixo da pressdo atmosférica. Se for medida pressdo negativa, 0 mandmetro 28 que os dois pistées do sistema possuem a mesma altura, portanto nao haverg nenhuma diferenga de pressdo devido a uma diferenga de profundidade. A pressdo exercida no pisto de area Au, devido a agao da forga, &: Fy P,=—t wT A De acordo com o Principio de Pascal, a pressdo é lransmitida, sem se allerar, através do fluido e para as paredes do sistema. Entao, a pressdo Pe sentida no outra pistao é iqual 4 pressdo P:. Sendo: F. = F, ae e mls Essa equacdo refere-se as razdes entre forga e area em qualquer sistama hidraulico, desde que os pistes tenham a mesma altura vertical ¢ 0 atrito no sistema seja desprezivel. Os sistemas hidrdulicos podem aumentar ou diminuir a forga aplicada sobre eles. Para tornar uma forga maior, a pressdo deve ser aplicada em uma area maior, por exemplo: se uma forca de 100 N é aplicada ao cilindro da esquerda {figura anterior) @ 0 cilindro da direita tem uma area cinco vezes maior Sendo assim, a forga aplicada no cilindro da direita sera de 500 N. Sistemas hidraulicos so andlogos 4s alavancas simples, mas ainda com a vantagem de que a pressdo pode ser transferida através de linhas curvas para varios lugares @ ao mesmo tempo. Um sistema hidraulico simples, assim come uma maquina simples, pode aumentar a forga, mas néo pode realizar mais trabalho do que o realizado por ela. Lembrando que o trabalho @ a forga vezes a distancia percorrida, para um sistema hidraulico, o cilindro secundario se move por uma distancia menor co que o cilindro mestre. Além disso, quanto mais cilindros secundarios forem adicionados, menor sera a distancia que cada um se movera. 4.5 MANOMETRO Manémetro é o instrumento utilizado para medir a pressao de fiuidos contides em recipientes fechados. Como ja discutido, os mandmetros utilizam 4 pressdo atmosférica como referéncia, medindo, portanto, a diferenga entre @ pressdo do sistema e a pressao atmosférica. A pressao manométrica (pressao medida pelo manémetro) pode ser positiva ou negativa, dependendo de estar acima ou abaixo da pressdo atmosférica. Se for medida pressao negativa, o manémeto 28 é chamado de mandmetro de vacuo ou também vacuémetro. Mandmetros mandémetros de vacuo medem somente presses efetivas. A fim de obter © valor da pressdo absoluta basta somar a pressao manométrica obtida pelo manémetro com o valor da pressao atmosférica local. De acordo com a definicdo, a pressdo manométrica medida ao ar livre sera sempre zero. Pressao absoluta = pressao manométrica + pressao atmosférica: Pabsotta = p-g-h + Patm Existem alguns tipos de mandémetros, dentre os quais: Mandmetro Metalico ou de Bourdon, Manémetro de Tubo Piezométrico; e Mandmetra com Tubo em U, que sera descrito a seguir. 1.5.1 Manémetro Tubo em U O manémetro de tubo em U permite que as pressdes de ambos os fluides, liquidos e gases, sejam medidas com o mesmo instrumento. O tubo em U esta conectado ao reservalorio, canforme figura a seguir, e preenchido com um fluide denominado fluido manamétrico. © fluido cuja pressdo esla sendo aferida deve apresentar massa especifica menor que a do fluida manometrico e os dois fluidos devem ser imisciveis. Figura 1.5.1.1 — Desenho esquematico de um mandémetro de tubo em U. Apressao em um fluido eslatico é a mesma em qualquer nivel horizontal. Presséo no panto B = Pressao no ponto C Pa=Pc 29 No lado esquerdo do tubo: Py =Pa+p-g-hy No lado direito do tubo: Py =Fatmosférica + Pman ' 9" hy Como foi medida a pressdo manométrica, pode-se sublrair a Patmostonea: Pe = Pe Pa = Pman*9°hy — p-g-hy Se 0 fluido a ser medido for um gas, Sua massa especifica sera, muito menor que a massa especifica do fluido manométrico. Nesse caso, os termos P-9-h; podem ser omitidos, ea pressdo atmosférica sera dada por: Py =; Pman 9h, 1.6 EQUAGAO MANOMETRICA Considere o mandémetro ilustrado a seguir. Por meio da Equagado Manométrica é possivel determinar a pressao de um dos reservatorios ou a diferenca de pressdo entre os dois reservatérios. Utilizando a Lei de Stevin e também a Lei de Pascal, analisa-se o sistema para determinar, nesse caso, pressao no reservatorio B (Pa) Figura 1.6.1 - Figura ilustrativa de um manémetro diferencial. Considerando que o sistema esteja em equilibric, portanto a pressdo no mesmo nivel sera a mesma. Sendo assim, calcula-se a pressdéo no fundo do sistema do lado esquerdo e também do lado direito, finalmente igualando essas pressGes: Pressdo no fundo do sistema_lado esquerdo: Pro = Pat ta: (hy—hy)+ Ym “hy Pressdo no fundo do sistema_lado diraito: Pog = Pa + ¥e (hy - 5) +7 “hy Fluido em equilibria: .'. Pry = Pry Pa tq -(hy—he)+ Ym “he = Ps + 7p: (hy hy) + ty: hs Py =Pa + Yq “(hy Hy) +m M2 Ye “hy — hy) 7 - Py Rearranjando a equagdo, obtém-se a pressdo no reservatorio B (Pe): Pa =Pa +7, -(ty—hz)-7e (hy —hs)—‘tw (hts — ha) Assim, analisando a condigao de equillbrio 6 possivel determinar a “quagao manométrica do sistema. 3 1.7 TAREFAS Nome: Campus: [ RA: | Turma: | 4.7.1 Demonstrar a conversée das unidades de pressdo, relacionadas a seguir, para as respectivas unidades citadas: de 1,3 MPa “20.000 Nim? 135 bar “200 kgfiem? | 10 mea para respos' “kgfim? | i | kaficm? | kgfim? | bar Pa de para “T3MPa | 20.000 Nim [gio _135 bar kgm? 200 kgficm? | bar 10: mca Pa 33 kglim? kgficm? Resposta: resposta 1,326.10" 0,204 1,38.10° 196,13 9.81.10" - RM cc "Hi - eee iss | Turma: 4.7.2 Na figura a seguir, sabendo que 9 fluido A @ agua @ © fluido B mercino, determinar a pressao Pz. Dados: y¥g = 136000 Nim? pao = 10000 Nim? on 2 P ea Mercurio Resposta: (P2 = 16,75 kPa) CAPITULO 2 2 MECANICA DOS FLUIDOS — EXERCICIOS DE APLICAGAO 2.1 EXERCICIOS PROPOSTOS 2.4.4 Calcular a leiura do mandémetro A sabendo que os cilindros se encontram em equilibria. Dados: Ar = 10 om®; Ae = 40 om?; yg = 136 O00 Mim? Resposta: (Pua = 83,2 kPa) 37 2.1.2 Blaise Pascal foi um fisico e matematico francés que enunciou © principig fisico que se emprega aos elevadores e aos freios hidrdulicos. A seguir 4 representade de maneira esquematica o funcionamento do freio de um automéve) 20 acionar o pedal. No momento do acionamento do pedal, 6 empurrado o fluido de freio, 0 qual preenche o cilindre 1 e é transferido para © cilindro 2, aclonando o freio ¢ atuando sobre o disco. Dados: Ai = 10 om?; Av = 40 cm?; yu = 136 000 Nim? ESSE Fluldo de Frelo Sabendo-se que o raio 1 (Ri) & o raio 2 (Rz) valem 2 cme 4 cm respectivamente que, © motorista acionou o pedal aplicando uma for¢a de 75 N, determine a forga que 0 cilindro 2 exerce sobre a pastilha. Resposta: (Frama = 1200 N) 38 2.4.3 Um propulsor a jato queima 1,5 kg/s de combustivel quando voa a velocidade de 230 mis. Determinar a velocidade dos gases provenientes da combustéo, sabendo que Ai = 0,4 m*, A3 = 0,3 m’?, massa especifica do ar = 1,2 kg/m? e massa especifica dos gases da combuslao = 0,5 kg/m*. eombustlvel al GASES (3) AR{t) —_— Resposta: (745 m/s) 39 2.4.4 Um tubo de Pitot é instalado em uma tubulagao, com o objetivo de medir a velocidade de escoamento da agua. No sistema, é instalado um tubo em U que mede diferenga de pressdo entre os pontos (1) e (2), cujo fluido manometrico é o meretrio. Determine a velocidade e a vazao de agua. Dados: A = 10 cm?, h = 2,6 cm, pigua = 1000 kg/m, ora = 13600 kg/m? mM @) Resposta: (2,56 m/s e 2,56 l/s) 2.2 TAREFAS [ Nome: RA: | [Gampus: Turma: | 2.2.1 No sistema ilustrado a seguir, uma fora F = 50 N & aplicada com o objetivo de levantar a carga G. Sabendo que as areas A: = 10 cm?, Az = 50 om? @ o peso especifico do mercurio yg = 138000 Nim?, determine o peso G da carga ¢ a altura hdo mercurio. F Mercurio Agua Resposta: (G = 625 Neh =0,92 m) 41 Nom: Campus: Turma: 2.2.2 O tubo de Venturi é utilizado para a medigdo de velocidade de um fluido, dentro de um conduto, a partir da diferenca de pressdo entre dois pontos, conforme indicado a seguir. As areas das seodes (1) € (2) so 50 cm* e 20 cm, respectivamente. Nos pontos indicades é instalado um tubo em U com fluido manométrico mercirio. Determine as velocidades nos pontos (1) ¢ (2) ¢ a vazao de agua no sistema. Dados: pigua = 1000 kg/m’, pug = 13600 kg/m? eh = 30 cm. mM @ Resposta: (34,64 I/s) 43 CAPITULO 3 3. EXPERIMENTO MEDIGAO DE VAzZAO 3.4 OBJETIVOS Realizar a medigao de vazao pelo método volumétrico e analisar as incerlezas associadas a este método. 3.2 INTRODUGAO Conhecer a vaz4o de um sistema é importante, uma vez que essa grandeza se relaciona com a velocidade média do fluide, o que influencia o regime de escoamento e as caracteristicas do movimento do fluido. Porém, dependendo do sistema, quantificar a vazdo nao é uma tarefa facil, Um método simples para a medigdo da vazdo consiste na medigao direta do fluxo, ou seja, medir o volume de fluide que se acumula em um recipiente durante um intervalo de tempo. Este método também 6 conhecide por métado volumélico @ parte da definigdo de vazao, Para determinagao da vaz4o por esse métado 6 necessaria a utilizagao de um recipiente graduado ¢ de um cronémetro. Na figura a seguir, é mostrado um recipiente adequadamente graduado e aferido, empregado nas medigdes de vazao de agua. Desde que o intervalo de tempo nao seja muito pequeno, a vazdo pode ser determinada por esse métedo com boa precisdo. Para gases, 0 efeito da compressibilidade deve ser considerado durante as medigoes de volume. 45 Figura 3.2.1 — Recipiente graduado para medigao do volume utilizado para detenminagao da vazdo. Qutra maneira de medir diretamente a vazao de sistemas é empregando medidores de area variavel, conhecidos comerciaimente como rotametros ou medidores de flutuagao. Esses dispositivos padem ser utilizados para medigdo da vazao tanto de liquidos quanto de gases @ consisiem em um tubo transparente c6nico, vertical, com um fiutuador que se desloca livremente com a passagem do fluido. Esse flutuador move-se até uma posi¢ao de equilibrio, em que a forga de arrasto @ o peso do flutuadar se anulam. Na figura a seguir, é mostrado um medidor de 4rea vaniavel baseado na gravidade. Vale destacar que esse medidor ceve ser posicionado verticalmente, com 0 fluido entrando na parte inferior ¢ saindo na superior, Além disso, como ess@3 dispositivos dependem da visualizagao do flutuador em relacdo a escala, nao podem ser utilizados para medir a vaz4o de fluidos opacos ou sujos 46 i Figura 3.2.2 — Rotémetro empregado para medigées de vazao de fluidos. 3.3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO ‘O trabalho escrito devera conter: Capa > com o titulo do experimento, o nome, RA e lurma de cada integrante do grupo; Objetivos > descrigéo sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento; Introdugao teérica > com uma breve pesquisa bibliografica sobre o assunta discutido em aula; Materiais « Métodos > descrigéo dos maleriais e equipamentos ulilizados no laboratério e dos métodos de medigao; Resultados e Analises > tabelas com os dados experimentais, graficos e analises dos resultados a partir da teoria; Conclusées > conclustes finais sobre os resultados obtides e andlise das incertezas que influenciaram os resultados finais; € Referéncias Bibliograficas > lista dos livros consullados para a ¢laboragdo do trabalho eserito. AF 3.4 TAREFA — MEDICAO DE VAZAO [Nome: RA: | Campus: Turma: Observagées: Tarefa individual; Indicar as respostas com os algarismos significativas pertinentes; e Caso © aparato experimental utilizado possua rotametros, camparar as medicdes de vazdo oblidas por meio da método volumétrico com as obtidas com o rotametro e determinar o desvio percentual entre os dois tipos de medigdes. 3.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS Método Volumétrico Rotametre Volume (m) | Tempo (s) | Qu (ms) aa (m8) “Desvio (%) Para o Calculo do Desvio (%) utilize a rela¢do a seguir: Desvio(%) = (Qv =n) 400 Q wo 49 CAPITULO 4 4, EXPERIMENTO TUBO DE PITOT 41 OBJETIVOS Obter o diagrama de velocidades em uma secdo transversal do tubo de escoamento, 4.2 INTRODUGAO O tubo de Pitot é um dispositive empregado para medir a velocidade de fluidos em escoamento permanente e recebe esse nome em homenagem ao engenheiro francés Henri de Pitot, que projetou esse instrumento em 1732. Na Figura 4.2.1 6 mostrado um tipo de tubo de Pitot empregado para medica de velocidade de 4qua em uma tubulagao. Figura 4.2.1 — Tubo de Pitot empregado em medigies de velocidade de agua em uma tubulagao. Para compreender o principio de funcionamento do tubo de Pitot é necessaério relembrar os conceitos de pressGes: estatica, de estagnagdo @ dinamica. * Pressdo estética 6 a pressao a que & particula do fluido esta submetida. Como ndo hd variagao de pressaa em uma diregao perpendicular as linhas de 51 correntes, ¢ possivel medir a pressdo estalica utilizando uma tomada de presga, instalada na parade de um conduto em uma regido onde as linhas de corrent, sao retilineas. Pestitica =P * Pressdo dinamica representa o aumento de pressdo quando o fluido am movimento é parado. pv? Pisindenica = 2 sendo p a massa especifica do fluido e v a velocidade. « Pressfo de esfagnagdo 6 oblida quando um fluido em escoamento 6 desacelerado até a velocidade zero por meio de um processo sem atrito. A pressdo de estagnagao (pesmgna;sa) & definida como sendo a soma da pressao estatica com a pressao dinamica, ou seja Pestagnacto = Pestitica + Painamica 2 Pestagnagae = P+ PS nls Com base na forma de tomada de pressdo existem dois principais tips de tubo de Pitot: (a) com as tomadas de pressdo estalica @ pressdo de estagnagdo separadas: € (b) com as tomadas de pressdo estalica e de estagnagao no proprio tubo, Este tipo de tubo é mais empregado em medigdes de velocidade de gases, Na Figura 4.2.2 e na Figura 4.2.3 sao mostrados esquemas desses dois lipos de tubo de Pitot, com detalhes sobre os pontos de tomada de pressao. Vale destacar que nessas configuragdes o tubo de Pilot é posicionade no sentida do escoamento e de modo a perturbar o minimo possivel o escoamento local. 52 Escoamento ‘ 1 1 1 1 1 ' ——————b A Pa (pressao estatica) P2 (pressdo de estagnacao) Figura 4.2.2 - Tubo de Pitot com as tomadas de prassao estatica & pressao de gstagnacdo separadas. O ponle A correspande ao panto de eslagnagag, para o qual a velocidade do fluido é nula Escoamento ———> / Orificios de tomada de pressdo estatica (pressdo estatica) pr pz (pressdo de estagnagao) Figura 4.2.3 - Tubo de Pitot com as tomadas de pressao estatica e de estagnagao no préprio tubo. O ponte A corresponde ao ponto de eslagnagao, para o qual a velocidade do fluido é nula. Considerando 0 tubo de Pitot da Figura 4.2.4, com tomada de presséo Na parede da tubula¢ao e conectado a um manémetro de tubo em U, ao aplicar a @quagdo de Bemoulli aos pontos 1 € 2 (20 longo de uma linha de corrente), & possivel relacionar a variagdo de velocidade com a variagao de pressao. Dessa forma, tem-se: 2 vi “Pio +24 Pe *1+95 5 2 29° ¥ onde: : va z1e 22 40 as posigSes em relagao ao plano horizontal de referéncia; pi e p2 correspondem, respectivamente, 4 presso eslatica e 4 pressdo de estagnagao; vie v2 $40, respectivamente, as velocidades no ponte 1 ¢ no ponto de eslagnacao; g @a aceleragao da gravidade; e 7 0 peso especifica do fluido. Escoamento 1 2 Figura 4.2.4 — Tubo de Pitot com a tomada de pressao estatica na parede da tubulagao é conectado a um mandémetro de tubo am U. Como zi = 22 e v2= 0 (ponto de estagnagao)}, isolando a velocidade v1 na equagao anterior tem-se: Ge ag. =P: ia p.@=Pd Ou seja: Portanto, medindo-se a pressdo de estagnagdo e a pressao eslatica 6 possivel determinar a velocidade local do escoamento cam um tubo de Pitot. A determinagdo precisa da velocidade requer que o tubo de Pitot esteja alinhado com a diregéo do escoamento. Além disso, para a medigao da pressao estalica, nenhuma energia cinética do fluido deve ser convertida em um aumento de pressao no ponto de medida. Por exemplo, imperfeigdes nas perfuragdes dos pontos de tomada de pressdo podem ocasionar leituras maiores ou menores do que o valor real da pressdo estatica (Figura 4.2.5). Para que isso nao ocorra, as perfuragoes de tomada de pressao estdtica devem ser bem usinadas para nado apresentarem imperfeigoes. Pi > Pp Pi =p pi

1 Ma >> 1 numero de Mach. ‘Quando Ma < 0,3 os escoamentos de gases com transferéncia de calor desprezivel podem ser considerados incompressivels. Assim, para o ar, os efeitos de compressibilidade podem ser desprezados para velocidades inferiores a 100 mis. E importante destacar que a velocidade do som depende do meio e da temperatura. Na Tabela 4.2.2.2 @ mostrada a dependéncia da velocidade de propagagae do som no ar com a temperatura. Na Tabela 4.2.2.3 6 mostrada a dependéncia da velocidade do som com o meio, para alguns fluides. Tabela 4.2.2.2 — Dependéncia da velocidade do som com a temperatura, Fonte: R. D. Blevins, Applied Fluid Dynamics Handbook, Von Nostrand Reinhold Co. Nova lorque, 1984. Temperatura (°C) Velocidade do som (mis) 0 5 306,2 -20 319.1 0 lien 3314 5 ta 334.4 10 j 337.4 15 is 340.4 | 20 343.4 F 26151 | 3463 7 - 30 349,41 40 354,7 56 Tabela 4.2.23 - Velocidade di : : io som em alguns fiuidos. Fonte: chitp:/Avwwp.feb.unesp.br/jcandido/acustica/Apostila/Capitulo%2003.pdf> Meio i Fidiogério 0) Velocidad 62 som (mis) Hidrogénio (15°C) “1290 Nitrogénio (0°C) a7 Nitragénio (15°C) 346 [i Oxigénio (0°C) «a4 ___ Oxigénio (15°C) 324 Agua (20°C) 1490 ___Benzeno (20°C) aH 1250 Cloroférmia (20°C) | 960 [| Etanol (20°C) 1168 Considerando que o fluido se comporta como um gas perfeito, a velocidade do som (c) pode Ser calculada por: c=vk-R-T onde: k 6 a raz4o entre o calor especifico a pressdo constante (cp) e o calor especifico a volume constante (cv); R é€ constante do gas; e T é a temperatura absoluta do gas. 4.2.3 Observagoes Para olevantamento do diagrama velocidades a partir de medigoes de diferenga de pressdo, dependendo da configuragao experimental, pode-se utilizar um manémetro digital, operando em modo diferencial, ou um mandémetro tubo em Use * Ofluido em estudo é a agua. 4.3 INFORMACOES PARA O RELATORIO O trabalho escrito devera conter: Capa > com o titulo do experimento, o nome, RA ¢ turma de cada integrante do grupo; Objetivos > descrigao sucinta do que se prelendia determinar ou analisar no experimento; Introdugao tedrica 3 com uma breve pesquisa bibliografica sobre o assunto discutido em aula; Materiais e Métedes 9 deserigdo dos maleriais ¢ equipamentos ulilizados no laboratoria e dos métades de medigao; Resultados e Andlises + tabelas com os dados experimentais, gréficos e andlises dos resultados a partir da learia, Nesta segao: + Construir o Perfil de Velocidade do fluido na tubulagdo (posigao x velocidade); * Delerminar a vazao média a partir do valor de velocidade média e comparar como valor obtido experimentalmenta Conclusées > conclusdes finais sobre as resultados obtides e anélise das incertezas que influenciaram os resullados finais: 6 Referéncias Bibliograficas > lista dos livros consullados para a elaboragdo do trabalho eserite, 60 4.4 TAREFA = TUBO DE PITOT [Noe Re | Campus: es Turma: alee Observagoes: + Tarefa individual, « Indicar as respostas com os algarismos significativos perlinentes; & « Caso ulilize um manémetro tubo U, preencher com os valores de altura (h). 4.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS [Posicio (mm) | himm) | (Pa—Pip(Pay | vale) *Peso especifico da Agua = 10.000 Nim? Volume do tanque (m*) Tempo (s) | Vazdo (m*/s) 61 Nome: [RA: Campus: Turma: 4.4.2 Colar 9 grafico (posigdo x velocidade) — construide com algum software de analise de dados. 4.4.3 Construir o grafico (posigae x velocidade)} a seguir CAPITULO 5 5, EXPERIMENTO TUBO DE VENTURI 5.1 OBJETIVOS ‘Construir a Curva Caracteristica e a Curva de Calibrapao Universal para um tubo de Venturi. 5.2 INTRODUGAG ‘© tubo de Venturi (ou medider de Venturi), assim chamado em homenagem ao fisico italiano Giovanni Battista Venturi, ¢ um instrumento empregado para medir a vazo volumétrica em condutos fachados. Na Figura 5.2.1 a seguir é representado um tubo de Venturi cldssica com a localizagao dos pontos de tomada de pressdo. Esse medidor causa uma obstrugdo ao escoamento do fluido devido a existéncia de uma garganta, na qual a area de escoamento é minima, o que permite determinar a vazdo do escoamento. Garganta (*) Tt (2) Baixa pressao Alta pressao Figura 5.2.1 - Esquema de um tubo de Venturi classico e localizagdo dos pontos de tomada de pressdo. © tubo de Venturi é classificado como um medidor de obstrugdo de Bemoulli, devido ao fato da vazdao ser relacionada com 0 diferencial de prassdo entre as secdes 1 e 2 por meio da utilizagao da equagdo da continuidade e da equacao de Bernoulli, Para esse instrumento as consideragées dé escoamento Permanente e auséncia de perdas sdo validas. Dessa forma, a equagio de Bernoulli &: 65 41 pP, 1 ees et ee, 2g onde: Z1 @ Z2 > alturas do fluido nos pontos 1 2; Pi @ p2 > presses do fluido nos pantos 1 2 2; Vi 6 vz > velacidades do fluida nos pontos 1 € 2; Q > aceleragao da gravidade; e ¥ > peso especifico do fluido. Como z1 = zz, rearranjande a equagde anterior tem-se: (v2 -¥i) _ (P,P) 2g ¥ Empregando a equagdo da continuidade para os pontos 1 e 2 obtém-se: VeAS HY, AL > sendo que Ai e Azsao as areas da regido 1 2. Substituinde o resultado da velocidade na equagdo de Bernoulli e isolando a velocidade vz tem-se: 2g. (P= Pa) ae t “be} Deste modo, a vaz&o volumétrica tedrica (Qteirca) do fluido pode ser determinada por: Quesrica =a “Ay O coeficiente de descarga (Cu) 6 definido como sendo a razdo entra a vazGo real (Ores!) e a vazSo tedrica (Qhotvica): 66 Qiu A, A velocidade vi pode ser obtida por: VW, = Ondmero de Reynolds (Re) é definido como: _¥yDy v Re sendo que Di é o diametro da parte 1 do tubo de Venturi e v é a viscosidade cinematica do fluido. Tubos de Venturi apresentam baixa perda de carga para 0 escoamento do fluido, Em contrapartida, o custo inicial desse dispositive é alto, em comparagao com os demais medidores. Em geral, a construgao de tubes de Venturi seque Normas internacionais, com tolerancias muito pequenas, para que aS perdas sejam baixas. Na Figura 5.2.2 é mostrado um tubo de Venturi utilizado em laboratério. Figura 5.2.2 — Tubo de Venturi empregado em laboratério. 5.3 INFORMAGOES PARA 0 RELATORIO O trabalho escrito devera conter: Capa 3 com o titulo do experimento, o nome, RA e turma de cada integrante do grupo; Objetivos > descrig¢do sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento; Introdugdo tedrica > com uma breve pesquisa bibliografica sobre o assunto discutide em aula; Materiais « Métedos > descrigdo dos materiais € equipamentos utilizados no laboratdrio e dos métodes de madigaa; Resultados e Analises > tabelas com os dados experimentais, graficos e andlises dos resultados a partir da teoria. Nesta segdo: * Construir a Curva Caracterlstica - Coeficiente de descarga (Co) em fungdo do nimero de Reynolds (Re); « Construir a Curva de Calibragdo Universal - Qrai (vazZo real) em funcdo da diferanga de press&o. Conclusées > conclusées finais sobre os resultados obtidos e andlise das incertezas que influenciaram os resultados finais; 6 Referéncias Bibliograficas > lista dos livros consultados para a elaboragdo do trabalho escrito. 68 5.4 TAREFA— TUBO DE VENTURI Nome: RA: Campus: Turma: ‘Observagoes: « Tarefa individual; + Indicar as raspostas com os algarismos significativos pertinentes; & * Caso utilize um manémetro tubo U, preencher com os valores de altura (h). §.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS Volume (m) | Tempo (s) | Qra(ms) | h (mm) AP (Pa) v2 (m/s) Gueeriea (rn"/5) ~ Ca [__ vi (mis) Re - 2 fine = teeale Di (m) | Da(m) U agua (mS) 1x 10° Nome: ] Campus: Turma: | 5.4.2 Colar a Curva Caracleristica - Coeficiente de descarga (Co) em fungae do numero de Reynolds (Re) — construida com algum software de andlise de dados. 5.4.3 Colar a Curva de Calibragdo Universal — Grea (vazdo real) em fungao da diferenga de pressao — construida com algum software de analise de dados. 71 Nome: RA: Campus: Turma: | 5.4.4 Construir a Curva Caracteristica - Coeficiente de descarga (Co) em fungao do numero de Reynolds (Ra) a sequir, 5.4.5 Construir a Gurva de Calibragdo Universal — Q-eai (vaza0 real) em fun¢ao da diferenga de pressdo a seguir. 73 CAPITULO 6 6. EXPERIMENTO PLACA DE ORIFICIO 6.1 OBJETIVOS Construir a Curva Caracteristica e a Curva de Calibragdo para uma placa de orificio. 6.2 INTRODUGAO 4 placa de orificio é uma placa fina, com um orificio concéntrico, que é inserida entre flanges de tubulagdes (Figura 6.2.1). Sua geometria é simples, o que Ihe confere um baixo custo inicial e perda de carga elevada, em comparagdo com os demais medidores de vazdo. Figura 6.2. 1— Placa de orificio utilizada para medigées de vazao. Uma tomada de pressao é colocada antes da placa e outra apds a placa, como indicado nos pontos (1) e (2) da Figura 6.2.2. Analogamente ao tubo de Venturi, pode-se aplicar a equagdo de Bernoulli ¢ a equa¢ae da continuidade para $e obter a vazdo (Q) do fluido. 75 Figura 6.2.2 — Desenho esquematico de uma placa de orificio com os pontes de tomada de pressao. Considerando a Placa de Orificio da Figura 6.2.2 e aplicando a equagao de Bermoulli de (1) a (2): a) Por meio da equagao da continuidade tem-se que: Q,=Q, Va Ay= Ve: Az => vy = “eRe (2) 1 Substituinde a Eq.(2) na Eq. (1): 76 (3) « Para o tubo de Venturi: Bz > real — medido + Para o orificio: Dz # D (D > diametro do orificio) © didmetro da segdo contraida De pode ser escrito em fungao do diametro do orificio D introduzindo o coeficiente de contragao C.. Além disso, a vazao tedrica (Qz2) pode ser transformada em real (Q) multiplicando a Eq. (3) por um coeficiente de velocidade Cy. Assim. gu oS nD? 4 (4) O coeficiente de descarga (Cu) ¢ definido por: Cc, Cc, i 6) rela) WT Cy= Portanta: Daan: ae (6) 40 nD? @ Assim, o coeficiente de descarga Ca pode ser determinade experimentalmente, medindo a diferenca de pressdo (AP) na placa de orificio # a vazao do sistema (Q). Este coeficiente é fun¢ao da razdo D/D1 e do ndmero de Reynolds (Re), 0 qual pode ser caleulado por: avy R, ; (8) ‘Considerando que D1 é o didmetro no ponto (1} ¢ O2 4 0 didmetro no Ponto (2}. para a placa de orificios este ultimo didmetro corresponde ao diametro da vena contracta @ é menor do que 0 didmetro do orificio D, como ilustrada na Figura 6.2.3. Para o tubo de Venturi D2 = D. ja para a placa de orificio deve-se considerar o coeficiente de contragaa, 1 0 2 3 Figura 6.2.3 - Vena contracta apds a passagem de um fluido por uma placa de orificio. 78 6.3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO ‘0 trabalho escrito devera conter: Capa > com 0 titulo do experimento, o nome, RA @ turma de cada integrante do grupo; Objetivos > descrigSo sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento; Intredugdo teérica > com uma breve pesquisa bibliografica sobre o assunte disculido em aula; Materiais e Métodos > descricao dos materiais € equipamentos utilizados no laboratério e dos mélodos de medigao; Resultados e Andlises > tabelas com oS dados experimentais, graficos ¢ an alises. dos resultados a partir da teoria. Nesta segac: * Construir a Curva Caracteristica - Coeficiente de descarga (Co) em fungdo do numero de Reynolds (Re): + Construir a Curva de Calibragao Universal = diferenga de pressao. Quai (vazdo real) em fungao da Conclusées > conclusses finais sobre os resultados oblidos e andlise das incertezas que influenciaram oS resultados finais; & Referéncias Bibliograficas > lista dos livros consultados para a elaboragao do trabalho escrito. 73 6.4 TAREFA — PLACA DE ORIFICIO Turma: Nome: RA: Campus: Observagées: * Tarefa individual: * Indicar as respostas com og algarismos significativos pertinentes; e + Caso utilize um mandmetro tubo U, Preencher com os valores de altura (h). 6.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS Volume (rm) | Tempo (s) | Q(m*s) h (mm) AP (Pa) 1 : = x ic — Pa Ca va (mis) Re Lembrando que: Q Dim) vy = A U agua (m?/s) i 81 Nome: RA: Campus: Turma: 6.4.2 Colar a Curva Caracteristica - Coeficiente de descarga (Co) em fun¢ao do nimero de Reynolds (Re) - construida com algum software de andlise de dados. 64.3 Colar a Curva de Calibragao Universal — Cres (vazao real) em fungao da diferenga de pressdo — construida com algum software de andlise de dados. 63 cm 6.4.4 Construir a Curva Caracteristica - Coeficiente de descarga (Co) em fungao do numero de Reynolds (Re) a seguir. 6.4.5 Construir a Curva de Calibracdo Universal — Qreat (vazao real) em funcao da diferenga de pressdo a seguir. ea Se bere aa CAPITULO 7 7 EQUAGAO DA ENERGIA - FLUIDO REAL 7.1 PERDA DE CARGA Por meio da aplicagdo da equagao de Bernoulli para um fluido ideal, na auséncia de maquinas, verifica-se que a carga (H) em dois pontos ao longo de uma linha de corrente 6 constante. Fluido ideal na auséncia de maquina: Hi = H2 Porém, para fluidos reais (viscosidade nao nula), as perdas por alrito nado s80 despreziveis e podem ser determinadas por meio do calculo da perda total de carga (Hp). Essas perdas podem ser: > Distribuidas: quando causadas pelo atrito entre a fluido ¢ a tubulagao, ou Singuiares: quanda produzidas por entradas/saidas ou acessérios como valvulas, colovelos e redugées. A perda total de carga corresponde @ soma das perdas distribuidas e singulares. Considerando um fluido real, incompressivel ¢ em regime permanente de escoamento, a carga no pont 1 (H1) é maior do que a carga no ponte 2 (Hz), devide 4 perda total de carga no trecho (He 1.2), como ilustrado na figura a seguir: (t) —s (2) Hy amennnaite He Heaa Figura 7.1.1 —Escoamento de um fluido real na ausencia de maquinas, 87 Apesar de considerar o atrito no escoamento do fluido real, algumas hipdteses simplificadoras continuam sendo consideradas: > regime permanente (estacionario); > fluido incompressivel; > sem trocas de calor (sem trocas de calor provocadas propositalmente); > propriedades uniformes nas segdes. Dessa forma, na equa¢ao da energia do sistema, deve-se adicionar uma parcela correspondente as perdas: H,=H, +H. Logo, para um fluido real, a perda de carga (Hp +2) entre os pontos 162 6 dada por: Hy. =H,-H, rs! (P.-P,) 1 Ip 12 = (2,24) + ¥ 2g em que: 21 @ 22 > alturas do fluido nos pontos 1 @ 2; pi @ p2 > pressdes do fluido nos pontos 1 e 2; vi @ v2 > velocidades de fluide nos pontos 1 @ 2; 9 > aceleragaa da gravidade: e / > peso especifico do fluido, Assim, para um escoamento sem atrito em um tubo horizontal a pressao omente pode variar se a velocidade variar (por meio de uma va Tiagao do diametro lo tubo). Ja quando existem perdas por atrito, a equac¢ao anterior indica que ariaj6es da pressao ocorram mesmo para um tubo horizontal e de érea constante. 88 72 EQUAGAO DA ENERGIA PARA FLUIDO REAL NA PRESENGA DE UMA MAQUINA Se um fluido real estiver escoande em um sistema com uma maquina (Figura 7.2.1}, a equagado da energia deve ser reescrita de modo a considerar a carga da maquina (Hm) Hy + Ay = Hy +Hp 12 2 2 2,4 ta oz, + Pe 24H y 29 2g Mm z pie onde: Hie H2 $80 aS cargas nos pontes 1 & 2; Hw @ a carga da maquina (bomba ou turbina), € Hp1.2 @ a perda de carga total entre 1 2 (1) —_—_ (2) Ha mh Hw He He iz Figura 7.2.1 - Escoamento de um fluido real na presenga de uma maquina. 7.2.1 Exemplo de Aplicagdo — Bombas ombeada por uma bomba com poléncia de 5 kW e piscina cuja superficie livre esta a 30 m acima do nivel mine a vazao maxima da agua se a perda = 10 000 Nim?. Agua deve ser b eficiéncia de 70 % para uma da agua, como ilustrado a seguir. Dete do sistema de tubulagao for de 4m, Dados: y 89 Resolugdo Dados: N, =S kW ty = 0,70 z,-2,=30m Hig=4m Q=7 Empregando a equagdo da energia para fluide real na presenga de uma maquina: H,+H, =H, +H, 42 p,. 1 Pp, 1 El rmogy aitemct + soomuaake Pit Para as condigées apresentadas pelo problema, tem-se: > P, =P, =0, os reservatérios estado abertos; > v,=¥, =0, pois os reservatérios sfio de grandes dimensdes. Assim: z,+H, =2,+H,,, 2-2, +H. H, =30m+4m H, =34m A partir da definig3o de poténcia de uma bomba, é possivel delerminar avazao: q-_5%10 W.0,70___3500 Nemm? 1 ~ 40000 Nim? 3: 40000 s Nm (Q=10,29x10" m'/s| 7.3 POTENCIA DISSIPADA Analogamente ao caso da poténcia recebida (ou cedida) pelo fluido, é possivel definir a poténcia dissipada pelo atrito (Noss) por meio da sequinte relagao: Noiss =7*@Q-Hp 4,2 Sendo: 760 peso especifico do fluido; & Qa vazdo volumétrica do sistema. 7.4 COEFICIENTE DE ENERGIA GINETICA (a) Alé 0 momento considerou-se escoamentos uniformes, no entanto, ao tratar de escoamentos em tubulagdes, devido ao principio da aderéncia, nesses 91 pontos de contato, o fluido apresenta velocidade nula e © perfil de velocidades nao uniforme ao longo da seqao transversal Considerando o perfil de velocidades mostrado na figura a seguir, verifica-se que o valor do vetor velocidade (v) altera-se ponto a panto ao longo da secao de drea A. Dessa forma, o termo da carga cinética (v/2g) da equago da energia nao possui significado, j4 que existe distintos valores em uma segdo. Figura 7.4.1 - Perfil da velocidade de um escoamento completamente desenvolvido em uma tubulagao. Para utilizar a velocidade média (vm) ao longo da segdo transversal de area A, é necessario empregar um fator de corregao na equagao da energia. Esse fator de corregdo é conhecido como coeficiente de energia cinética (a) e pode ser determinado por: 3 a=4f Ve} dA Atl Vy Dessa forma a equacao da energia, para um fluido real, deve ser escrita como sendo: 2 2 2,¢P tea, Maz, + 4a, MH, Y 2g Y 2g * em que: 2; @ 22 % as alturas do fluido nos pontos 1 e 2; Pi @ p2 > as pressdes do fluido nos pontas 1 e 2; 1 € a2 > 05 coeficientes de energia cinética nos pontos 1 e 2; vei @ Vw2 as velocidades médias nos pontos 1 e 2; 92 g > a aceleragao da gravidade: e y > 9 peso especifico do fluido. © valor do coeficiente de energia cinética depende do perfil de velocidade ¢ sera maior quanto mais esse perfil se afastar de um perfil uniforme. Nesse contexte, é importante estudar os valores desse coeficiente para os regimes. de escoamento laminar ¢ turbulento, em tubos de segées circulares. {a) Escoamento laminar (r_ < 2000): Para escoamento laminar a = 2 {b) Escoamento turbulento (r, ~ 2400) Para escoamente turbulento a = 1 Como a = 1 para valores elevados do numero de Reynolds, e em geral. a variagae da carga cinelica é pequena quando comparada com os outros lermos da equacaéo da energia, & razoavel ulilizar a = 1 para maioria dos cases praticos de escoamento em lubulagoes: 7.5 EXERCICIOS PROPOSTOS 7.5.1 Nas instalagdes industriais, para que um fluido seja transportado de um 38g para outro & necessério que seja fornecida energia ao mesmo, de forma que a, possa vencer todas as dificuldades (perdas de carga) até o seu destino final, Na tubulagao indicada, Aqua escoa em regime permanente, com diferenca de pressag entre os pontos (1) ¢ (2) de 700 kPa. Determine a perda de carga proveniente dg instalagdo de uma redugao (1-2) na tubulagao indicada a seguir. Dados: Vi = 3 mls, pagua = 1000 kgim?, Z: = 3 m, 22 = 2,5 m, Ri =6 cme Rz= 2 em, Resposta: (34,5 m) 7.5.2 O reservatério de grandes dimensées é pressurizade com ar e fornece agua em regime permanente para o sistema que possui uma bomba e carga total no ponto (2) de 9 m. © diametro do tubo de alimentagdo da bomba 6 de ? cm eo posterior a bomba é de 4 cm. Sabendo que no tubo em U instalado entre a entrada e saida da bomba, cujo fluido manométrico @ mercirio e, o rendimento da bomba éde 84%, determine a velocidade do fluido nos pontos (1)e (2), a vazao, a poléncia do motor e a perda de carga total no sistema. Dados; zo = 3 m, h = 1,5 m, g = 10 mis*, Pm = 60 kPa, psgua = 1000 kg/m? @ fg = 13600 kg/m’. P=60KPa Resposta: (3,26 mis, 10 m/s, 12,57 Vs, 3500 W ¢ 27,37m) 7.6 TAREFA Nome: m1 | RA: Campus: | Turma: 7.6.1 Agua escoa do reservatério aberto de grandes dimensdes (Paim) por uma tubulagao de 60 cm de diametra, passando pela turbina indicada e, posteriormente, édescarregada em um lago* localizade 60 m abaixo do reservatério, Considerando uma perda de carga de 23 m (distribuida e por singularidades) e vazdo de 0,6 m’/s, determine a poténcia aproveitada pela turbina de rendimento 75 %. * Considerar o ponto (2) no lago como reservatério de grandes dimensées. (1) Resposta: (166.500 W) o7 CAPITULO 8 3, EXPERIMENTO PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA 8.1 OBJETIVOS « Verificar a depandéncia da perda de carga distribulda (hi) com a vazdo (Q); e « Estudar © comportamento do fator de alrito (f) em fungao do numero de Reynolds (Re). 8.2 INTRODUGAO Quando um fluide eseoa ao longo de condutos 0 atrito causado por esse movimento provoca uma perda de energia do fluido, que pode ser quantificada por meio da queda de pressdo ao longo do condute. Assim, ao calcular a carga em duas segdes de um conduto de seco constante, horizontal, sera observada uma diminuigao de carga ao longo do escoamento (Figura 8.2.1). Essa diminuigao de carga devida ao atrito, ao longo de condutos retos de segao constante, denominada de “perda de carga distribuida”. Liz —_——_—_———————————— = Druto = Dre [a y (1) (2) Figura 8.2.1: Conduto de sacdo constante. Aplicando a Equagao da Energia entre os pontos (1) @ (2) tem-se: H, = Hz + Hz v2 py v3 , Pe Aig ga: +S tZ +Hp a 2° ; +24 297 2 12 sendo o coeficiente cinético. Para 05 fluidos em regime turbulento, considera-se 0 Coeficiente cinético (a) iqual a um. 99 Como o diametro da tubulagdo 4 constante, entio vié igual a v2 Além disso, como 9 conduto & horizontal 21 = z2. Em um trecho de conduto reto de $8645 constante a perda de carga ¢ denominada distribulda (hi), logo: hy = Hp 2 3 hy = (P1—Pad 7 Por meio da valvula da instalacHo, varia-se a vaz4o, observando a varlagdo da pressdo e consequentamente de hr. O fator de atrito (f) pode ser calculade par: pa 20Du hy Lye: v Esse coeficiente 6 fungdo do regime de escoamento e do numero de Reynolds (Re), 0 qual pode ser calculado por: Informagédes: Duro (Didmetro do tubo) = Du (Didmetro hidrdulico) Yiqua (PESO especifica da Agua) = 10000 Nim? Vague (viscosidade cinematica da agua) = 10° m/s g = 10 mis? Q_ 40 A Lembrando que: ¥ = — = a nD? 100 4,3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO O trabalho escrito devera conter: Capa > com o titulo do experimento, o nome, RA e turma de cada integrante do grupa, Objetivos > descrigdo sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no. experimento; Intredugao tedrica > com uma breve pesquisa bibliografica sobre o assunto discutido em aula; Materiais e Métodos > descrigao dos materiais e equipamentos utilizados no laboratorio e dos métodos de medi¢ao; Resultados e Analises > tabelas com 05 dados experimentais, graficos & analises dos resultados a partir da teoria. Nesta sega: 1) Construir os graficos: « hxO: « fxRe; ual configuragao apresenta maior perda de carga distribuida e discutir 2) Analisar q perado teoricamente. se 0 resultado é coerente como es gosidade de cada tubo grama de Moody, a 1 os camerciais NOVOS. 3) Determinar, por meio do dia! de rugosidade para tub analisado ¢ comparar com valores Conclusées 3 conclusdes finais sobre os resultados oblides e andlise das incertezas que influenciaram o5 resultados finais; & Referéncias Bibliograficas > lista dos livros consultados pata 4 elaboragao do trabalho escrito. 101 8.4 TAREFA - PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA Nome: RA: Campus: Turma: Observagées: « = Tarefa individual; « Indicar as respostas com os algarismos significalivos pertinentes; € » Caso utilize um manémetro tubo U, preencher com os valores de altura (h). 8.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS Tubo 1 - Tubo com Mola Diube (m) J Laz {m) = ts Yolume Tempo | Q v h AP he f Re (m*) (s) | (m/s) | (mis) | (mm) | (Pa) | im) aa 103 Tubo 2 - Tubo Liso (m) Liz (m) Volume (nm) Tempo (s) (ms) [ trols) | (ram) AP (Pa) hi (m) Druoo (m) Lia cm) Volume | Tempo |rect h AP he f R {m) | (s) (ets] | Gris) (mm) | (Pa) | (m) | 105 Rugosidade relativa (diagrama) Rugosidade (mm) 407, iid ascii y esis Nome: = : : ul ‘Campus: =| Turma: 8.4.2 Colar a curva de perda de carga distribuida (hy) em fungdo da vazdo (Q) — construida com algum software de andlise de dados. 9.4.3 Colar a curva do coeficiente de perda de carga distribuida (f) em fungao do numero de Reynolds (Re) — construida com algum software de andlise de dados. 109 [ere ee 8.4.4 Construir a curva de perda de carga distribuida (hi) em fungdo da vazao (Q) aseguir. 8.4.5 Construir a curva do coeficiente de perda de carga distribuida (f) em fungao do numero de Reynolds (Re) a seguir. CAPITULO 9 9, EXPERIMENTO PERDA DE CARGA SINGULAR - 1 9.1 OBJETIVOS « Determinar o coeficiente de perda de carga singular (Ks) para varios tipos de singularidades, ¢ compara-los com valores tabelados; e « Estudar o comportamento da perda de carga singular (hs) em fungao da vazdo (Q) e do coeficiente de perda de carga singular (Ks) em fun¢ao do ndmero de Reynolds (Re); @ « Determinar o comprimento equivalente (Leq) das singularidades e analisar o comportamento de Leq em fungao do numero de Reynolds (Re). 9.2 INTRODUGAO Qualquer elemento de uma tubulagao que perturba o escoamento do fluido, estabelecido em conduloras retos de secgao constante, denomina-se singularidade. Assim, sao singularidades as mudangas de diragdo, as valvulas, 08 registros, os fillros, estreitamantos, alargamentos, os joelhos (90°, 45°), curvas longas, redugées, atc. Logo, ao calcular a carga entre a entrada @ a saida de uma singularidade, pode-se observar uma queda da mesma. Essa queda 6 a perda singular e indica-se por hy. Dependenda do disposiliva, as perdas de carga singular podem ser calculadas de duas maneiras, ou por meio da equagao v2 h, =K,>- (1) oe onde v é a velocidade do fluido, 9 6 a aceleragdo da gravidade @ Ks 4.0 coeficiente da perda de carga singular. Este coeficiente 6 um adimensional, que deve ser determinado experimentalmente para cada situagdo, é 6 diretamante proporcional 4 dificuldade da passagem do fluido pela singularidade. Ou as perdas de carga singular podem ser calculadas por: L., v? fa h= ty 2g (2) sendo fo fator de alrito, Leq o comprimente equivalente da tubo rete e D 6 odiAmetro da tubulagao. 113 9.2.4 Valvulas As valvulas, em geral, sdo usadas nos sistemas de tubulagdo parg controlar as vaz6es, simplesmente alterando a perda de carga alé que a vazag desejada seja atingida. Nas valvulas, é desejavel ter um coeficiente de perda muito baixo quando elas esto totalmente abertas, Vale destacar que, 0 Coeficiente de perda aumenta drasticamente a medida que a valvula é fechada. Suponda o escoamento de aqua por uma tubula¢do com uma valvula (Figura 9.2.1.1}, na passagem pela singularidade ha uma queda na pressdo que pode ser medida por um mandmetro. LW {a) (b) {c) Figura 9.2.1.1: (a) Valvula glabo, (b) valvula esfera e (c) valvula gaveta, Aplicande a equagao da Energia entre a entrada (@) & a saida (s) da valvula: ve +Peaz 4¥2,Pess + 3 2g y ag ty Tt Hes 8 Como De =D, Ve = v2, 20= 25H pies) = hs, entao h, = ate -# @ ¥ Por meio de um registra no sistema utilizado, varia-se a vazao, observando-se a variagao de hs. Com os valores de hs & possivel determinaro valor do coeficiente de perda de carga singular Ks por meio da Eq,(1}: 6) iid 4Q q— Volume Re = 12 Sabendo-se que v= = - nD?’ tempo © v construir o grafico de K; x Re. 9,2.2 Método do comprimento equivalente (L eq) Outra forma de avaliar as perdas singulares 6 por meio do seu comprimento equivalente (Figura 9.2.2.1). O comprimento equivalente de uma singularidade (Leg) 6 @ comprimento imagindrio de uma tubulagao de mesmo diametro, que produziria uma perda distribuida igual a perda singular causada pela singularidade. valvula de ratencfo valvula gevete cotovels 90" tolovelo 30" valvula de po —=,9 8,e,Gu4 , ____Comprimente Equivalents Figura 9.2.2.1: Esquema do comprimento equivalente de dispositivos em uma tubulagao. Leg v? v* Como h, =h,, entao f-—?-—=K,— ou ' Dy 29°29 Dy Leg (6) Utilizando os valores de fator de atrito (f), obtidos por meio do diagrama de Moody, pode-se obter o Ley da singularidade do Laboratério. Ac construir o Grafica Leg x Re, poder-se-a verificar que para os numeros de Reynolds analisados °S valores de comprimento equivalente sdo aproximadamente constantes. 415 9.3 INFORMAGOES PARA 0 RELATORIO © trabalho escrita devera conter: Capa > com 0 titulo do exparimento, o nome, RA @ turma de cada integrante do grupo; Objetivos > descrig&o sucinta do que se pretendia determinar ou analisar ng experimento; Introdugdo teérica > com uma breve pesquisa bibliografica sobre o assunto discutido em aula; Materiais e Métodos > descri¢do dos materiais e equipamentos utilizados no laboratério e dos métodos de medigao; Resultados e Andlises > tabelas com os dados experimentais, graficos € analises dos resultados a partir da teoria. Nesta segdo: 1) Construir os graficos: * hx Q; * Ksx Re; Loqx Re 2) Analisar qual valvula apresenta maior perda de Carga singular e discutir se o resultado é coerente com o esperado teoricamante. Conclusées % conclusdes finais sobre os resultados obtidos ¢ andlise das incertezas que influenciaram os resultados finais; e Referéncias Bibliograficas > lista dos livros consultadas para a elaboragao do trabalho escrito. Informagées: = 1 litro = 10° m%; Yégua= 10000 Nim?; vagus = 10% mis; g = 10 mis*, + Ulilizar os valores de fator de atrito (f) para a tubulagaio lisa, obtides no diagram de Moody. 116 9.4 TAREFA — PERDA DE CARGA SINGULAR - 1 Nome: Campus: Observagces: « Tarefa individual; + Indicar as respostas com os algarismos significativos pertinentes; » Caso utilize um manémetro tubo U, preencher com os valores de altura (h); @ + Podem existir bancadas com quantidades de singularidades diferentes das indicadas a seguir. Neste caso, realizar as medigdes nas singularidades existentes. 9.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS _ Valvula Globo A velar | Tanne Q (mts) | v (mis) h (mm) “AP (Pay | hs(m) Ry Ky, Leg fm) eat ie see pee | | e———iF Pt Valvula Esfera Tell = ce Q (m%s}| v (mis) | h (mm) | AP (Pa}| hs (m) - 117 iti Volume Tanne Q (m'is) Valvula Gaveta anteriores, preencha a tabela a seguir, indicando o tipo de singularidade: Caso utilize uma singularidade diferente das indicadas Nas tabelas c Valvulla: Volume fe) ‘Ter ‘ Q(m'is) v (mis) h (ram) | AP (Pa) ha (m) Lain) 118 Nome: | RA: ‘Campus: | Turma: 9.4.2 Colar a curva de perda de carga singular (hs) em fungao da vazao (Q) — constuida com algum com algum software de analise de dados - para as singularidades analisadas. 9.4.3 Colar a curva do coeficiente de perda de carga singular (Ks) em fun¢ao do numero de Reynolds (Re) - construida com algum software de analise de dados — para as singularidades analisadas. 119 9.4.4 Colar a curva do comprimento equivalente (Lo) em fungo do nimero de Reynolds (Re) — construida com algum software de andlise de dados — para as singularidades analisadas. 120 Nome: RA: Campus: Turma: 9.4.5 Construir a curva de perda de carga singular (hs) em fungao da vazdo (Q) a seguir. 9.4.6 Construir a curva do coeficiente de perda de carga singular (K=} em fungao do numero de Reynolds (Re) a seguir. 121 $.4.7 Construir a curva do comprimento equivalente (Lea) em fun¢ao do numero de Reynolds. (Re) a seguir. 122 CAPITULO 10 40, EXPERIMENTO PERDA DE CARGA SINGLUAR - 2 10.1 OBJETIVOS « Estudar o comportamento da perda de carga singular (hs) em fungao da vazao (Q) e do coeficiente de perda de carga singular (Ks) em fungao do numero de Reynolds (Re), @ comparar os valores abtidas com valores tabelados; * Determinar o comprimento equivalente (Log) das singularidades e analisar o comportamento de Leg em fungdo do numero de Reynolds (Re). 10.2 INTRODUGAO Qualquer elemento de uma tubulagdo que perturba o escoamento do fluido, estabelecido em condutores retos de secgdo constante, denomina-se singularidade. Assim, sao singularidades as mudangas de diregao, as valvulas, oS ragistros, os filtros, estreitamentos, alargamentos, os joelhos (90°, 45°), curvas longas, redugdes, etc, que pela sua forma geomeétrica € disposigdo elevam a turbuléncia, resultando em perdas de carga Logo, ao calcular a carga entre a entrada e a saida de uma singularidade, pode-se observar uma queda da mesma. Essa queda 6 a perda singular ¢ indica-se por hs. Dependendo do dispositivo, as perdas de carga singular podem ser calculadas de duas maneiras, ou por meio da equagao vi h,=K 1 3g (1) onde v 6 a velocidade do fluida, g 6 a aceleragao da gravidade e Ks ¢ 0 coeficiente da perda de carga singular. Este coeficiente ¢ um adimensional, que deve ser determinado experimentalmente para cada siluagdo, e é diretamente proporcional a dificuldade da passagem do fluido pela singularidade. Ou as perdas de carga singular podem ser calculadas por: (2) h, = fo D 2g sendo fo fator de atrito, Lego comprimento equivalante de tubo reto e D 6a diametro da tubulacao. 123. 10.2.1 Cotovela de 90° e Curva Supondo o escoamento de agua por uma tubulagao com um cotovelo de 90° ou curva, na passagem pela singularidade ha uma queda na pressdo que pode ser medida por um manémetro. Aplicando a equagao da Energia entre os pontos (1) e (2) dessas singularidades: PL 24° Y “Bb P2 +2454 52425+H (3) gy P42 Como D: =Da, v¥i=v2,21%z22eH pea = hs, entao (4) Por meio de um registro na saida da bomba, varia-se a vazio, abservando-se a variagao de pressdo. Com os valores de diferenga de pressao calcula-se hs. Cam os valores de hs é possivel determinar o valor do coeficiente de perda de carga singular Ks por meio da Eq.(1): Kk, = 28%] a | | ve Sabendo-se que \V = — Jq_ Volume] x-D*| |"~ tempo | construir o grafico de Ks x Re. pode-se 10.2.2 Redugao Supondo o escoamento de agua por uma tubulagdo com uma redugao (Figura 10.2.2.1) na passagem pela singularidade ha uma queda na pressao que pode ser medida por um manémetro, (1) 124 Figura 10.2.2.1: Esquema de uma reducio. Aplicanda a equagao da Energia entre os pontos (1) ¢ (2) dessas singularidades: 2 Va Pa vB Pz —4oten= +=£42,4+H (8) gy | 2g ae Como z:=z2eHpi2)=hs, entao YJ (7) Por meio de um registro do sistema, varia-se a vazao, observando-se a varia¢ao de pressao, Com os valores de diferenga de pressdo calcula-se hs Com os valores de hs 6 possivel determinar o valor do coeficiente de perda de carga singular Ks por meio da Eq.(1}: — 4Q | | 4Q) |, Volume Sabendo-se que v,= 7 L [vp = 2 | lq = MAES n-Dy | tempo | De ¥ podeé-se construir o grafico de Ks x Re. re " Lembrando que, no caso de duas velocidades envolvidas convenciona- se utilizar a maior velocidade, correspondente ao menor didmetro, para o calculo de Ks @ Re. 10.2.3 Método do comprimento equivalente (L eq) Qutra forma de avaliar as perdas singulares 6 por maio do comprimento equivalente. Comprimento equivalente de uma singularidade (Leq) 6 o comprimento imagindria de uma tubulagdo de mesmo diametro, que produziria uma perda distribuida igual a perda singular causada pela singularidade. 2 2 Leg vi Wes —41.— =K, Como hag =h,, entao f D, 29 5 2g 125, (8) Utilizando os valores de fator de atrito (f), obtidos por meio do diagrama de Moody, pode-se obter o Leq da singularidade do Laboratério. Ao construir o grafico Leqx Re, poder-se-a verificar que para os nuimeros de Reynolds analisados os valores de comprimento equivalente sao aproximadamente constantes. 126 10.3 INFORMACOES PARA 0 RELATORIO O trabalho escrito devera conter: Capa > com o titulo do experimento, o nome, RA e tuna de cada integrante do grupo; Objetivos 3 descrigdo sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento; Introdugdo tedrica > com uma breve pesquisa bibliografica sobre 0 assunto discutide em aula; Materiais ¢ Métodos > descrigao dos materiais e equipamentos ulilizados no laboralério e dos métodos de medi¢o; Resultados e Andlises > tabelas com os dados experimentais, graficos e analises dos resultados a partir da teoria, Nesta segao: 1) Gonstruir os graficos: « hs xQ: « Ksx Re; * Leqx Re 2) Analisar qual singularidade apresenta maior perda de carga e discutir se o resultado 6 coerente com o esperado teoricamente. Conclusées > conclusdes finais sobre os resultados obtidos e andlise das incertezas que influenciaram os resultados finais; e Referéncias Bibliograficas + lista des livros consultados para a elaboragdo do trabalho escrito. Informagées: © 1 fitro = 10° m?; yegua= 10000 Nim? vagua = 10% mis; g = 10 mis*. * Utilizar os valores de fator de atrito (f) para a tubulagdo lisa, obtidos no diagrama de Moody. 127 10.4 TAREFA ~ PERDA DE CARGA SINGULAR - 2 Nome: Campu: Turma: Observagées: « = Tarafa individual: + Indicar as respostas com os algarismos significativos pertinentes; * Caso utilize um manémetro tubo U, preancher com os valores de altura (h); e « Podem existir bancadas com quantidades de singularidades diferentes das indicadas a seguir, Neste caso, realizar as medigdes nas singularidades existentes, 10.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS Cotevele 90° (D = m) Vetus | THES Ta tmts)| w (mls) | (me) | AP (Pa) | tat) | Re | Ke | Log (m) m) a [a [ee vimis) | hmm) [aria] tty | oR | Ke | beg Gm 129 Volume | Tempo v4 Va im) | ts) | tenis) | tenis)_| ens tala) Caso utilize uma singularidade diferente das indicadas nas tabelas anteriores, preencha a tabela a sequir, indicande o tipa de singularidade: Tipo de singularidade: (Di = Volume | Te a a aP ar | “tah_| got | gavsy | (olay |PCmD | Goa) | atm) Re | Re | beat) | le b =| m, Dy = m) 130 Nome: Campus: Turm 10.4.2 Colar a curva de perda de carga singular (hs) em fungao da vazao (Q) — construida com algum software de andlise de dados - para as singularidades analisadas. 10.4.3 Colar a curva do coeficiente de perda de carga singular (Ks) em fungdo do ndmero de Reynolds (Re) — construida com algum software dé analise de dados — para as singularidades analisadas. 131 10.4.4 Colar a curva do comprimento equivalente (Leq) em fungao do numero de Reynolds (Re) - construida com algum software de analise de dados - para as singularidades analisadas. 132 Nome: RA: | Campus: Turma: 10.4.5 Construir a curva de perda da carga singular (hs) em fungdo da vazo (Q) a seguir. 10.4.6 Construir a curva do coeficiente de parda de carga singular (K:) em fungao do numero de Reynolds (Re) a seguir. 133 10.4.7 Construir a curva do comprimento equivalente (Leq) em fungao do numero de Reynolds (Re) a seguir. iis it cael oat 2 ll aad ik ax 9% cot uo CAPITULO 14 41. EXPERIMENTO CARACTERIZAGAO DE BOMBAS 11.1 OBJETIVOS + Construir a curva caracteristica de uma bomba centrifuga (Ho x Q), & * Construir a curva universal de uma bomba centrifuga (wy x $). 44.2 INTRODUGAO Nos catdlogos dos fabricantes a curva caracteristica da bomba centrifuga (Carga ou altura manométrica da bomba em fungdo da vazdo recalcada, Hax Q) corresponde a uma curva que caractleriza o desempenho da maquina. Para recalcar um fluido de um reservatério para outro, com uma determinada vazdo, o fluide precisara receber certa energia. Esta curva mostra a energia que pode ser fomecida por uma bomba, em fun¢de da vaza0 recalcada. Com ela, o projetista determina o ponto de funcionamento da bomba, quando opera numa dada instalagao. A curva universal y x ¢ é obtida a partir de dados experimentais e forma a base de previsdo de mudangas no desempenho que resullam de variagdes no tamanho da bomba, na velocidade de operagdo ou no didmetro do rotor. Assim, teoricamente, a curva universal levantada com os dados da bomba do laboratério, néo se aplica somente para a essa bomba, mas fambem para todas as bombas geometricamente semelhantes a ela. Figura 11.2.1 - Esquema da configuragao experimental. 135. Para a determinagdo da carga manométrica da bomba (Ha) deve-se considerar a Equagdo da Energia entre os pontos (1) e (2) da Figura 11.2.1. Assim: Hi+He=H2 (1) E PLease Hee +2, (2) 26 Y VE-Vi , P2—Ps Comoz: =0 > Hy = $+ + #— +2 (3) 2g Y y,-2--2 48 , , 9. _ 4a 2A xD? n-DE 1A WD? n-DF ! 4 4 Os coeficientes adimensionais y ¢ © podem ser determinados por: +He * Coeficiente manométrico: YW = 72 AZ n?. D2 * Coeficiente de vazio: 9 = n DB onde: Q — aceleragao da gravidade; fn — rotagao da bomba; e Da — diametro do rotor. 136 41.3 INFORMAGOES PARA O RELATORIO O trabalho escrito deveraé conter: Capa > com ¢ titulo do experimento, o nome, RA e turma de cada integrante do grupo; Objetivos descric¢ao sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento; Intredugdo teérica > com uma brave pesquisa bibliografica sobre o assunto discutide em aula; Materiais ¢ Métodos > deserigao dos materials ¢ equipamentos utilizados no laboratério ¢ dos métodos de medig&o; Resultados e Analises > tabelas com os dados experimentais, graficos e andlises dos resultados a partir da teoria. Nesta segdo: 1) Construir os graficos: » HaxQe * yxd 2) Analisar se os resultados sdo coerentes com os esperados teoricamente e com as informagées do fabricante da bomba. Conclusées 3 conclusdes finais sobre os resultados obtidos e andlise das ingertezas que influenciaram os resultados finais; & Referéncias Bibliograficas > lista dos livros consultados para a elaboracao do trabalho escrito, Informagées: * 1 litro = 10? m3; ysgua = 10000 Nim?; g = 10 mis*. 137 41.4 TAREFA — CARACTERIZACAO DE BOMBAS Nome: | RA: Campus: | Turma: Observagées: « = Tarefa individual; + Indicar as respostas com os algarismos significativos pertinentes; ¢ * Caso utilize um mandmetro tubo U, preencher cam os valores de altura (h). 11.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS n= Diametro da tubulagao de entrada (D1} = ail Diametro da tubulagao de saida (Da) = . |Rotagao da bomba (n} = Didmetro do rotor (Da) = a ‘oy fet | wu (ni) | ve fe) | mm | a (Pap Hat) | v | ¢ | j— —|— / | | et | 1 ey 3 139 Nome: 2 [ RA: Campus: | Turma: | 41.4.2 Colar a Curva Caracteristica (H ax ©) - construida com algum software de andlige de dados = para a bomba analisada. 11.4.3 Colar a Curva Universal (w x ¢) — construida cam algum software de analise de dados — para a bomba analisada. 141 ee eee ‘Campus: 144 i 41.4.4 Construir a Curva Caracteristica (H ax Q) a seguir. Ir. CAPITULO 12 12. EXPERIMENTO ASSOCIAGAO DE BOMBAS. 12.1 OBJETIVO » Construir a curva caracteristica de bombas associadas em série ¢ paralelo. 42.2 INTRODUGAO Bombas podem ser associadas em série ou em paralelo dependendo das necessidades do sistama. A associagao em série é dtil quando o sistema requer uma elevada altura manométrica e essa nao pode ser obtida com uma Unica maquina. J& a associagio de bombas em paralelo é conveniente quando & necessario alingir elevados valores de vazdo. 42.2.1 Associagao em série Quando bombas semelhantes 40 associadas em Série (Figura 12.2.1.1), altura manomeétrica combinada corresponde a soma das alturas. manométricas de cada bomba, para uma determinada vazao. Ou seja: Heombinada = 2.4, Figura 12,2.1.1: Esquema de uma associagao de bombas em série. da a cua caracteristica (carga Na Figura 12.2.1 2 @ mostra i ve manométrica em funcdo da vaz’o) da associagae de duas bombas iguais em série. 145 Figura 12.2.1,2: Curva carateristica da associagdo em série de duas bombas iguais. 12.2.2 Associagdo em paralelo Quando duas ou mais bombas idénlicas (ou semelhantes) so operadas em paralelo (Figura 12.2.2.1), suas vazGes individuais séo somadas. Ou seja: Qeombinada = LQ Figura 12.2.2.1: Esquema de uma associagao de bombas em paralelo. Na Figura 12.2.2.2 6 mostrada a curva caracteristica (carga manométrica em fun¢do da vazéo) da associagdo de duas bombas em paralelo. 146 Q) gz Q1+Q2 Figura 12.2.2.2 - Curva carateristica da associagdo em paralelo. 12.2.3 Equagao da Energia na Presenga de uma Bomba Para a determinagdo da carga manométrica de cada bomba (Hs) deve- $e considerar a Equagdo da Energia entre a tubulagao de succdo (ponte (1))ea fubulagao de recalque (ponte (2)). Assim Hi+Hoe=H2 (ly (2) (3) (4) 147 12.3 INFORMAGOES PARA 0 RELATORIO © trabalho escrito devera conter: Capa > com o titulo do experiment, o noma, RA e turma de cada integrante do grupo; Objetivos > descricfo sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento; Introdugde teérica > com uma breve pesquisa bibliografica sobre o assunto discutide em aula; Materiais e Métodos > descrigdo dos materiais a equipamentos utilizados no laboratorio ¢ dos métodos de medicao; Resultados e Analises > tabelas com os dados experimentais, graficos e analises dos resultados a partir da teoria. Nesta segao: 1) Censtruir, para cada associagao de bombas, 0 grafico: * HexQ 2) Analisar se os resultados sdo coerentes com o esperado teoricamente Conclusées } conclusdes finais sobre os resultados obtidos e analise das incertezas que influenciaram os resultados finais; & Referénclas Bibliograficas + lista dos livros consultados para a elaboragao do trabalho escrito. Informagoes: © 1 Hitro = 107 m?: yogua = 10000 Nim?; g = 10 mis? 148 12.4 TAREFA - ASSOCIAGAO DE BOMBAS Nome: Campu: Turma: Observacies: * Tarefa individual; + Indicar as respostas com os algarismos significatives pertinentes; & + Caso utilize um manémetro tubo U, preencher com os valores de altura (h); * Associar as bombas; e « Medir a diferenga de pressdo em uma das bombas e na associagao, com a respectiva vazao (rotametre) e preencher a tabela a seguir. 12.4.1 DADOS EXPERIMENTAIS E CALCULOS Em série | Didmetro da tubulagdo de entrada (Di) = _ metro da tubulagdo de saida (Dz) = Cima Bomba a= (m¥s) vidmis) | veins) | h (mm) AP (Pa) Ha: (m) Associagao 2. n= a (mls) vs (mis) v2 (mis) h (mm) AP (Pa) Haa(m) j 7 | | | | —_}-_— 149 |Diametrodatubulagdodeentrada(Ds)= Didmetro da tubulagdo de saida (Dz) = at UmaBomba + 2: = ‘AP (Pa) Q (ms) i (mm/s) va (mis) h (mm) Assoclagio > =z: = Q (m/s) vi (mis) va (mis) h (mm) AP (Pa} Hoa (rm) 150 rr 12.4.2 Colar a Curva Caracteristica (H a x Q) — construida com algum software de analise de dados — para uma bomba é para a associacdo em série. 12.4.3 Construir a Curva Caracteristica (H ax Q)}a seguir, para uma bomba e para a associacao em série. 12.4.4 Colar a Curva Caracteristica (H ex Q) — construida com algum software de analise de dados — para uma bomba @ para a associagae em paralelo. 12.4.5 Construir a Curva Caracteristica (H ex Q) a sequir, para uma bomba e para a associagao em paralelo gee ceee Ect Ps ee Brest ere oe tie oe ANEXO | - DIAGRAMA DE MOODY O05 } oo Diagrama de Moody” oT oe eee? = laminar erties Zona de. = transiclo 25— Tucbultacia completa, tubos rugases 0,009). 0,008 == 1 210%)? #56 Fp agnor? 456 8108 aft? 4 5% Sige apo? 4 56 BIg? oe *10* Nidmero de Reynolds Re = “! $ =@000001 © § = acoms BIBLIOGRAFIA AERODYNAMICS FOR STUDENTS. Classification of flows, laminar and turbulent flows. 2005. Disponivel em: . Acesso em: 7 dez. 2016. TEIXEIRA, ©. P. &, Mecénica dos fuidos: algunas consideragées sabre a viscosidade, In: SIMPOSIO NACIONAL DE ENSINO DE FISICA, 16., 2005, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro: Cefet, 2005. p. 4-5. Disponivel em: , Acesso em: 7 dez. 2016. O QUE & equagao de Bernoulli, Khan Academy, [s.d.]. Disponivel em: chttps:fipt.khanacademy.org/sciencefphysics/fiuids/fluid-dynamies/a/what-is-bernoullis- equation>. Acesso em, 12 dez. 2016. MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY (MIT). Fluids. Massachusetts, 2016. Disponivel em: . Acesso em: 14 dez. BRUNETTI, F. Mecdnica dos Fluides. S40 Paulo: Prentice Hall, 2005. MUNSON, B. R; YOUNG, 0. F: OKIISHI, T. H. Fundamentos da Mecadnica dos Fluidos. $40 Paulo: Edgard Blucher, 2004. FOX, R. W. MACDONALD, A. T. Introdugao 4 Mecanica dos Fluidos, Rio de Janeiro: LTC - Guanabara, 2006. CHAVES, A. Fisica - Sistemas Complexos e Outras Fronteiras, Volume 4. 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