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> CAPITULO 23 POLIFARMACIA Dee Mangin lona Heath Aspectos-chave > 0 desatio de border 3 potarmaca deve ser reaizado em dos n- vei: em primer lugar, compreender suas orgers desencaean- ‘es 2 nivel da popniacto das polices e dos profssonaise, em se- ‘gundo lugar, desensolver ume ebordager mirimamente dsuptva ara os cldados dnicos da pessoa. > pesar de aida avangada seu fatr de rico par comarbidades, 6 importante lembrar que uma pesoajover com mapas doencas também pode sate: com os eftcs preudicas de plfarmsca, >> As pessoas que retornam para a aero primera aps una hosp talagio também so mais vuneréves, com fequéncia tendo ata com mas medicaments do que antes da ntrnacs0, > O PESO DA POLIFARMACIA uma arte importante adminstrar medicamentos de forma adequads, mas saber quando suspendt-tos ou omitiios por completo é uma arte ainda maior e mas dificil de aprender Phi Fine 725-1026) [Em paises mais ricas, o uso excessive de medicamentos € a maior ameaga a sate das populagoes mais idosas com morbidade erescente ~ provavelmente mais ameacador do ue as doengas para as quais 0s férmacos sao prescritos, ‘Além disso, consumo excessivo de medicamentos, em espe- cial os preventivos, também é um poderoso gerador de de- sigualdades na sade global, havendo muito mais recursos para o desenvolvimento e venda de medicaments aos ricos © saudaveis do que aos pobres ¢ doeates.* Isso também repre~ senta uma ameaga & igualdade dentro dos paises, pois a co- rmorbidade e, assim, a vulnerabilidade aos efeitos prejudiciais Omaneioatvo da poltaraca raz beneicos de sade globaisem Populares dos. > A qusiiae dos cidedos de sie na poxima décadaseré deter rminada mas pelas decides ce no adminstrar ou de suspender ‘medicaments e por um pensamento mas abrengente do que pelo {so de mesicamentos na compreenséo do que envove um bom cided, > Oprincipa a fazer € pensar sbre revsar as medicages com > ulatidade, soon ponto de vita expo de mirimzar onémero de meckcamentos, suxpendendo o mame que for posse. Qua: 1 140 forpossvel a suspenséo, € importante fentarreduz a dose dos para traté-las e dos eustos de ambos. A polifarmécia © « medicalizacio slo ameacas reas para a boa sade de pessoas idosas e, em especial, daquelas com comorbidades. Indivi- dualmente para quem utiliza os medicamentos, o problema principal da polifarméca ¢ a possibilidade de reagdes adver- ‘as ~ pelo férmaco diretamente, por interagSes cam outros ‘medicamentos ou pela interagéo entre o férmaco.e outros pro- blemas de saide. ‘As reagies adversas aos medicamentos (RAMs) também representa uma carga econdmica significativa, tanto para a pessoa que os utiliza como para o sistema de sade, Estima- ‘se que as hospitalizagdes resultantes do uso inapropriado de medicamentos em adultos mais velhos zepzesentem 17% de todas as internagGes, enquanto as reagGes adversas nos trata rmentos sao a quarta causa mais comum de morte hospitalar 103 Estados Unidos.” Entre as RAMS que levam a hospita- lizagGes, cerca de dois tercos envolvem interagGies entre fir- ‘macos; pouce mais de uma em cada dez envolvem uma dose excessiva de um medicamento; e cerca de uma em cada dez envolve interagSes entre farmacos ¢ doengas. Na Alemanha, ‘nd cerca de uma década, 0s custosdiretos de tas eventos fo- am estimados em 1.050 milhies de marcos alemiesano.’ ‘Como 30% dos casos eram preveniveis,estimou-se que 350 milhdes de marcos alemaes poderiam ser economizados por ano, evitando-t esas internagdes. Recentemente nos EUA, ‘stimou-se ue um grupo de 1.000 idsos teria um custo anual em cuidados de sade relacionados a RAMS de 65.631 dares, om 27.365 délares estando asociados a eventos preveniveis ~ ou soja, 27 milhdes de dares para cada milhSo de idosos za comunidade. Isso oferece a possibilidade de economizar até 27 milhdes de d6lares por ano para cada milhlo de idosos. ‘A polifarmécia acrescenta muito a carga da docnga e, «em 2008, como reconhecimento diss, May colaboradores propuseram 0 conceito de medicina minimsameate disruptiva (MMD)" Eles salientaram que “avangas no diagnstico e ra- tamento tém 0 efeito paradoxal de acesceatar carga extra 20 ‘rabalho de fica doente”e sugeriram que “os fornecedres de cuidados de sae precisam de ferramentas conlivels para en- tender ¢chamada falta de adesio comoum problema que pode ser estuturalmente induzido em um nivel sstémico por suas prOprias crencas, preferéncias e comportamentos. Els ils {eam seus argumentos com a descrigio do easa de um homer sendo tratado para insulciéniacardiaca na atengdo priméria do Reino Unido que rejitou a oferta de consular em uma el nice especializada em insuficiéncia cardiaca para otimizar 0 manejo da doenga, O paciente afirmou que n0siltimos dois anos havia feito 54 visitas a clinicas especialzadas para con- sults, testes diggndstics ¢tratamento. O equivalente a um dia inteiro a cada duas semana fo gasto com ess tarefa. Em idosos, em que o tempo até a morte € curto, essa abordagem médica roubadeles seu bem mais precioso~ tempo. ‘Assim, « abordagem do desatio da poifarmacia deve ser {eit em dois nives: em primeiro lugar compreender suas ox ens ¢ desencadeantes ao nivel da populacio, das poiias © ‘os profissionais e, em Segundo lugar, desemwolier uma abor- ‘dager minimamente disruptivapara os cuidados clinics indi- ‘vais que incorpre o quatro princpios da MMD descrios por May colaboradores! Estabelecer a carga do tratamento Encorajar a coordenagio na pritica clinica + Recoahecer a comorbidade nas evidéneias clinicas =, talver de forma mais importante, priorizar a partir da perspectiva da pessoa que recebe os euidados. ‘A extensio da polifarmicia¢ 0s esforgos para o manejo ‘fetivo permanecem em grande parte invisiveis dentro das politcas de sade e das medidas de qualidade da atengao pri- ‘maria, que tendem a medir a frequéncia com que se realiza (prescrigdo) agdes em vez de medir a frequéncia com que se suspende medicamentos ou se toma a decisio de nto presere- vé-los. O fornecimento de atengao priméria de boa qualidade ‘para uma populaglo idosa serd determinado em grande parte pla habilidade técnica e pela sabedoria com as quais os mé- dicos da atengio priméria manejam o problema da polifarmé. cia por meio da arte de “ndo fazer”, Este capitulo desereve as es ¢ desafios da sbordagem da polifarmécia ‘nivel populacional e fornece ferramentas priticas para que ‘0s médicos a compreendam ¢ abordem no cuidado individual. > ASRAIZES DA POLIFARMACIA s desencadeantes da pol didos em quatro dominios: ‘+ Influéneias da pessoa que vai utilizar + Influencias de polticas srmacia sto mais bem compreen- + Modelos atuais de evidéncias + Modelos atuais de cuidados “Mudangas demograficas na maioria dos paises mais ricos — ‘com um aumento crescente na populagio idosa — tém sumen- tado a prevaléncia de dois fatores importantes relacionados ‘com &s pessoas € que as tornam vulnerdveis & polifarmécia e suas consequencias adversas: comorbidade e idade avancada. Estima-se que até 2025 haver4 1,2 bilhio de pessoas com idade acima de 65 anos, ¢ as pessoas com mais de 80 anos ‘compdem o segmento etério de erescimento mais répide na populagio. Cerca de metade das pessoas com mais de 65 anos tem pelo menos trés doengas crOnicas coexistentes. Apro- ximadamente uma pessoa em cada cinco tem cinco oa mais doencas. O niémero médio de férmacos utilizados em idasos ‘om muitos paises 6 corea de sete, O riseo de RAM & de 139% para dois ou mais farmacos, 38% com quatro ou mais e 82% ‘om sete ou mais farmacos, O nimero de reagdes adversas em ‘um idoso aumenta de forma répida ap6s cinco medicamentos, © idosos sio mais suscetiveis a RAMS pelo nimero de firma. 0s que usam, pelo potencial aumentado de interagGes entre (9s férmacos € dos firmacos com as doencas e porque sto fi- siologicamente menos adaptiveise mais vulnersveis~ pessoas ‘dosas experimentam RAMS com frequéncia seis vezes maior {do que a populacio de adultos mais joven. Porém, apesar de a idade avangada ser um fator de isco para comorbidades, importante lembrar que uma pessoa j vem com miltiplas doengas também pode sofrer com os ef tos prejudiciais da polifarmécia, Modelos de cuidados Os sistemas atuais de cuidados médicos se basciam em um imperativo tenapéutico~ dagnosticar a doengae oferecertra- tamento. Charles Rosenberg’ descreve as demandas por atvis- mo ¢ ingenuidade teenolégica como sindnimas dentro de uma perspectiva da expectativa piblice por uma medicina cienti- fica. Como resultado direto, ao longo da vida das pessoas, & medica que elas desenvolvem problemas ¢ acumulam diagnds- ticos novos, mais e mais medicamentos sio acrescentados a ‘sua lista. Menos tempo & gasto eonsiderando a suspensio de ‘ratamentos. Daniel Callahan’ fala sobre a nogio de desastre teenol6gico - enquanto a maioria aceta que ha um momento na vida de *j basta”, hd pouca consideragio sobre quando & chepado este momento, , como resultado, um nimero eres- cente de tecnologia ¢ tratamentos € acrescentado & medida ‘que & pessoa se aproxima da morte, bem no momento em que taisintervengdes se tornam cada vee mais fteise penosas. AS essous que retornam para a atengdo priméria apts uma hos- Pitalizagéo também sio mais vulnerdves, com frequéncia ten- oalta com mais medicamentos do que antes da internagio. ‘Os sistemas atuais de cuidados funcionam cada vee mais com a implementacio © aderéncia a diretrzes elinicas. Boyd © colaboradores" demonstraram que 0 uso impensado de riltipls diretrizes feitas para doencas especificas no idoso :nédio com miliplasdoencas erdnias pode levar a um cuid do que talvezseja melhor se medido em termos de aderéncia a diretrizesclincas, mas que ésignificativamente pior para ‘aquela pessoa. Se fosse apicado 0 padio de euidados a partir de diretrizes para doensas especificas no idoso médio de 70 anos com cinco condigbes erdnicas (és doencase ois fatores de rsco), ele usaria 19 doses de 12 medicamentos diferentes tomados cinco vezes ao dia, com 10 possbilidades diferentes de interagoes medicamentosas significativas entre os medica- ‘mentos ou deles com as outras doengas. H | i PL ‘A obsessio atual com a prevengio também contribu para carga de medicamentos em idosos. O imperativo comescal das compenhias farmacéuticas de maximizar os lucros ofere~ cendo mais farmacos para mais pessoas acaba por expandir 1 Gefinigio de doenca para aqueles que se sentem bem (ver 0 Capitulo 24). Ha evidneias de que os tratamentos preventivos ‘no funcionam em idosos a mesma maneira que em jovens. "A aplicagio de rastreamentose tratamentos preventivos no final da Vida pode simplesmente mudar a causa registrada de morte ea doenga, em vez de melhorara qualidade e @ quant dade de vida. Também hé evidéncias de que riscos epidemio- logicamente determinados para doengascrOnicas que sto ver- Noumea» seceded Tiazeas— gota arescertarnaporeno ANE depen arescentacomepeanl 15S estulato cena acescertar sects An rinflamatiro no eerie ISRS— bdr slectio ca reaptacio de serotnina tuspento ou modifieado 0 firmaco que eausou problema, ‘A Quadro 23:1 descreve algumas prescrigbes em cascata co- ‘A frequéacia dessa cascatas ésalientada em uma pesqui sa no Reino Unido que demonstrou que pacientes que usavamm anti-inflamatorios no esteroides (AINEs) tinham o dobro {de chance de também receborem uma prescriglo de um di- rética, e que a probabilidade aumentava conforme a dose de AINE preserita" > MANEJO DA POLIFARMACIA (© manejo ativo da polifarmécia tz benelicios de saide lo- ‘bas em populagSes idosas." Algumas classes de farmacos es- pecilicas so fatores de risco independentes pasa reagbes ad- ‘ersus 80s medicamentos em idosos (Quadro 23.2), enquanto algumas doencas também predispbem a zeagbes adversas aos medicamentos (Quadro 23.3). ‘Uma abordagem para a polifasmécia € usar listas de “armacos a serem evitados”, como a lista Beers, os critérios| MeLeod ¢ IPET, mas hé limitagGes para essa aboréagem. Es- sas listas sio derivadas de consensos,e a inclusio e exclusio de determinados farmacos pode ser um pouco ad hee. AS lis- tas, por sua natureza, ficam desatualizadas logo ap6s serem ~Secatos nionouens = Antiepresies = Flrmacosantivimatsos = ptecosuanes ~Faracos pare problemas crdlovasclaes nnd dsetica ea tale) = Opes ~Farmacos de qumiotrapla ~ estes = RAM reaio aces 30 mesicareto = Abus deseo! langadas. Outros eritérios mais abrangentes foram desenvolvi- dos para detectara falta ou 0 excesso de em idosos. Isso inclui STOPP, START e Drug Burden Index.” ‘O principal a fazer 6 pensar sobre e revisar as medicagtes ‘om regularidade, sob um ponto de vista explicito de minimi- ‘aro nimero de medicamentos, suspendendo o maximo que for possivel. Quando ndo for possvel a suspensio, ¢impoctan- te tentar reduzira dose Principios gerais: ‘+ Um objetivo de nio mais do que cinco farmacos a sezem tomados por uma nica pessoa € um bom objetivo e 3 da a estimular discuss6es com os pacientes sobre quais ‘medicamentos sio prioridade para eles ~ isto €, quais sto fos mais importantes para a qualidade de vida daquela pessoa = Cada pessoa que utiliea cinco ou mais farmacos deve ter uma revisio regular para avaliar se algum firmaco pode Ser suspenso ou tera dose reduzida * Quando uma estimativa de vida médiativer sido aleanga- da, todos 0s férmacos preventivos devem ser eavaliados, primeizo sobre terem algum benefiio real em populagdes josas e depois sobre oferecerem algum beneficio real para esta pessoa individualmente, conforme as circuns- Lncias e preferéncias * Quando houver dois ou mais problemas de saide, deve-se tentar usar um medicamento que sirva para os dois pro- Pésitos. * Sempre que um férmaco for proposto, deve-se colocar um alerta para uma data de revisio no prontuario do paciente. Por exemplo, o tratamento antidepressivo deve ser inter- rompido ap6s um ano; 0s inibidores da bomba de prétons ‘para dispepsia dover ser revisados apés alguns meses de tratamento. + Quando o problema estiver controlado, os firmacos de- vom ter sua dose reduzida deforma gradual até adose mi nima necesséria para controle dos sitomas. Responder a questio “HE alguma bos zazio para NAO tentar suspender este farmaco?” é uma boa abordagem para a rica haseada em evidéncas. O Holme’s Medication Appro- Brateness Model pode ser iil aqui: + Qual « expectativa de vida restante para esta pessoa? (Poder ser tte tabelas de expectativa de vida como as publicadas em um artigo de Walter)” ‘Quanto ird demorar para o medicamento trazer benetcio? * Quais os objetivos dos cuidados desta pessoa? Aqui vale 4 pens ter em mente as conclusées de um estado de Vari ‘Drennan e colaboradores:" ‘As pessoas idosas tm prioridades diferentes daquelas {da epidemiologia dos profissionas de saide. Os profissionais {que se basciam no conhecimento epidemiol6gico para gular seus questionamentos sobre necessidades ndo alcangadas em ‘dosos podem descobrir que as necessidades identificadas por cles no sio percebidas como nio alcangadas e que esse enfo- ‘que € considerado intrusive pelos pacientes. Qual seria um objetivo de tratamento apropriado? (Palia- tivo, sintomético, prolongamento da vida). ‘Ap6s revisar as medicagdes dessa forma, hé trés passos importantes para a suspensio dos medicamentos: 1. Identiticar ¢ documentar as razSes para a suspenséo. 2. Garantir bom planejamento e comunicagéo com a pessoa, seus familiares e outros médicos. 3. Monitorar os efeitos benéficos ou prejudiciais reiniciar © tratamento, se for o caso. Garantir que a pessoa saiba 0 ‘que deve ser monitorado. > EVIDENCIAS PARA OS BENEFICIOS DA SUSPENSAO ATIVA DE MEDICAMENTOS + Existem boas evidéncias de methores desfechos de sas- de quando se considera as abordagens para a redugio de medicamentos. Um ensaio controlado em idosos frigeis (er Capitulo 76) que viviam em casas de repouso em Israel ‘mostrou que, quando era usada uma abordagem geral de ‘suspensio, podiam ser suspensos uma média de 2,8 farma- ‘0s por pessoa, com apenas 10% necessitando ser reinicia- ‘dos. No grupo em que os medicamentos foram suspensos, ‘hove melhora substancial na mortalidade (21% vs. 45% = 0,001) ¢ em encaminhamentos para cuidados agudos (2961s. 30% p = 0,002). O Garfinkel Model € um algorit mo geral de suspenséo baseado no algoritmo Good Palia- tive Geriatric Practice, Um estudo sobre essa abordagem ‘na comunidade com pessoas mais idosas em uma coorte de 70 pacientes levou a uma tentativa de suspensio de 311 ‘medicamentos em 64 pacientes (58%). Desses medicamen= 10s, 4/5 ndo tiveram que ser reiniciados,e 80% dos pacientes ‘elataram uma melhora global na sade, Nao houve eveatos adversos causados pela suspensio dos medicamentos, > EVIDENCIAS PARA A SUSPENSAO- DE MEDICAMENTOS INDIVIDUAIS _Emborasejam limitadas, hi algumas evidéacias de ensaioscli- nicos sobre a eficéia e/ou falta de dano significativo quando vrios medicamentos espectticns sho suspensos. Suspensio de diuréticos ‘Uma revisiosistemiética de quatro estudos sobre suspensio de diuréticos em idosos mostrou que a suspenséo era mantidaem 51-100% dos pacientes 2o longo de um ano. Efeitos adversos causados pela suspensio dos diuréticos foram encontrados com pouca frequéncia, mas a suspensio tinha mais chance de insucesso quando havia insuficiéncia cardiaca.” Aqueles que recebiam diuticos para insuficiéncia cardfaca tinham mais Py) H | i Jificuldade para suspend®-Ios, embora isso também pudesse epender de quais os outros agentes que eram recebidos de forma concomitant ‘Um ensaio controlado randomizado foi realizado em ido- S0s sem hipertensio ou insuficiénea cardiaca manifesta em tum cenéria de elnica geral. No grupo de estudo, 102 pacien- tes suspenderam de forma abrupta os diuréticos que era usa- {os por longo prazo, em comparaglo com 100 pacientes seme thantes em um grupo-controe. + Cerca de 50% de todos aqueles que suspenderam os di- réticos necessitaram reinicié-los dentro de seis meses, ert geral por insufiiéneia cardiaca.* Nenhum paciente mor- eu oU teve que ser hospitalizado, + Amaioria daqueles que tiveram de reiniiar os diuréticos o fizeram nas primeiras quatro semanas, o que pode re- presentar um fendmeno de rehote. Um procedimento de rotirada gradual mais prudente pode produzir maiores ta- 1xts de sucesso para a suspensio. + A-suspensio algumas vezes provocou sintomas leves de insuficigncia cardiaca ou um aumento desfavorivel na pressio arterial Suspensio de anti-hipertensivos ‘Um estido de eoorte prospective foi realizado em 503 pessoas com idade entre 65-84 anos com hipertensio tratada, as quais, tiveram todos os anti-hipertensivos suspensos e permanccs~ ram Sem firmacos © normotensos por um periodo inicial de duas semanas. Todas foram acompanhades por mals 12 meses, 37% dos participantes permaneceram normotensos um ano apds a suspensio dos frmacos nesse estudo. Foi concluido ‘que 0s preditores de sucesso na suspensdo de anti-hiperten- sivos eram idade menor (65-74 anos), pressio arterial sistlica ‘mais bana sob tratamentoe pacientes que faziam tratamento anti-hipertensivo com um fnico férmaco. Embora a maioria dos pacientes que voltaram a ficarhipertensos o tenha feito 1nos primeios 100 dis ap6s aentrada no estudo, a taxa, a per- tir disso, fi constant, Assim, hi necessidade de acompanha- mento a longo prazo.” ‘Uma revisio sistematica de nove estudos sobre suspensio eaati-hipertensvos (inchindo diuséticos) em idosos mostrou «que muitas pessoas (20-85%) permaneciam normotensas ou ‘do necessitavam reiniciar a terapia entre seis meses ¢ cinco anos € que nao havia aumento na mortalidade." Suspensio de estatinas Os estudos tem indicado desfechospiores quando as estat tas sdo suspensas logo aps um evento cardiovascular aga do." Poxém, estudos mais ecentes om pacientes com doensa cardiovascular estvel nio mostraram um aumento clinica: ‘mente importante no rsco de sindromes coronsrianas agu- das quando as estatinas cram suspensas." Ha alguns relatos de eventos adversos pela suspensdo abrupta das estatinas, de forma que elas devem ser retradas de mancira gradval para "A-expectativa de vida provével para a pessoa deve ser le- ‘aa em consieracio ao decir se havera tempo pare obter tums benefico substancial.A Figura 23. ilistzao beneficio da sinvasatna especificamente na preveneéo(primériaesecun- dria) de noidente vascular cerebral (AVC) em sma gama de adultos (ado idosos). Pode ser visto que demoza cinco anos para acumalar uma redugio de rseo absoluto de 1,45." E logank p-<0000 sa Proporco com AYE (8) ereieotero rato) Anes deacomparhamento 000 seco: pore smvaatne 2) 7@ wa BE rm 15100) ‘A Figura 23.4 'Seneficio da simvastatna na provenczo.de AVC em adultos, Life saber se isso chega a ser clinicamente significativo em ‘cinco anos, e uma pessoa idosa com uma expectativa de vida ‘mais eurta pode nao obter nem este pequeno beneficio. ‘Suspenséo do omeprazol 1H pouecas evidéncias dispontveis, Alguns autores observaram uum efeito rebote com um aumento na secrevio gistrica de éci- do acima dos niveis de pré-tratamento apds a suspensio de Inbidores da bomba de protons (IBPs) antes de retornar aos niveis de pré-tratamento. Outros autores nao foram capazes de confirmar um efeito rebote clinicamente relevante. Como hd dvidas e dados conflitantes deve-se considerar uma redu- co lenta em pessoas tratadas por longo prazo ou que tenham anteriormente experimentado uma rpida recorréncia dos sia- ‘tomas ap6s a suspensio dos IBPs.” ‘Suspensii de medicamentos psicotropicos ‘Uma revisio sistomitica de 16 estudos de suspensio de seda- tivos, antidepressvos, inibidores da colinesterase e antipsics- ticos mostrou uma reduga0 nas quedas e uma melhora na fun- co cogaitiva, embora outro estudo tena relatado que quase metade das pessoas tenham recomegado os medicamentos psicotrépicos dentro de um més do téemino do estudo,” Suspensio de bifosfonados -Alguns frmacos ém um efit “legado”~ isto 6 seu efeito xe estende além do momento em que sio suspensos. Os bifosfo- tados fo um exemplo cles tm uma meia-vida extremamen- te prolongada no esqueleto, levando alguns autores a sugerir “feriados da medicagio” para algumas pessoas, em especial ‘aquelas com reltivamente bainorsco de atu, ‘Umestudo em mulheres naps menopausa (dade média de 7 anos) canfirmou um benefcio persistent meseno aps asas- pensio dos bilofonados. Este ensaioesendido placebo-contro- {ado com alendronato mosiou a redogio em fratures, aleangada «em um periodo de tratament inicial de cinco anos e que era ‘maalida por mais cinco anos ap6s a suspeasio do tratameato.” E razoével suspender tratamentos com bifesfonados, ‘em pessoas mais velhas que tenham zecebido cinco anos de tratamento Hi alguns férmacos, além desses mencionados anterior ‘mente, que trazem um fisco de eventos adversos com a sua Suspenido e que dover ser retirados de maneiralenta © grax «dual para minimizar ese risa. Isso inch ant-hipertensvos llf-tgonisas, inibidores da enzima de conversdo de angioten sina (ECA), antianginosos, antconvulsvants, antidepres ‘os, antiparkinsonianos, amipsicdicos, sedatives, baclofen, betabloqueadores,eorticosteroides, digoxia, bloqueadores #112, analgescos naresticos e AINE." E provivel que alguns {irmacos postam ter efeitos ainda desconlecidos a Sua re- tirada, Tendo isto em mente, uma politica gerade retirada {radial de qualquer firmaco a sersuspenso & una abordager sadequada » CONCLUSAO + Muitos medicamentostém uma fraca base de evidéncas para usoem idoron. + Multor medicamentos tem uma fraca base de evidncias pera us ern penea com comortdades, + Eprecio tomar culdado ao extrepolarevidtncas 1 Dovemse dovumentar ar desites Ge fatomento'¢ decides de no prescrever + Devos ter ould a interpreta etre seas parm pesoas ina jens a8 dices so opents ura oa Top, sto slo regre + (Ab preseever, considera as caractersticas indviduais om expedatvn de vida ¢obeiosdefaament, Fraser evades regulars das medics ‘Adotar um lini ao pare ecvtecater medléemeston ‘Adota um imiarbaixo pra suspender medicaments. Considerar a redugéo pradual wo suspender um modica- + Ouvir com atengio as pessoas pode ser stil em muitas decsbes dies Avvelhice esté sujeita a muito mais ameagas & side © 2 {qualidade de vida do que aquelas impostas pela doenga. Ga- ‘anti um bom cuidado pare a deméncia, abordar os proble- ‘mas da solidio e do isclamento social, owvir os problemas das [pessoas ¢ defender as pessoas mais velhas que nao sio cepazes de fazé-lo sozinhas sic aspectos do papel de um clinico geral/ ‘médico de familia mais importantes até mesmo do que acres- ‘centar mais medicamentos. O imperativo terapbutico dos mé- dicos que se sentem obrigados a tentar fazer algo ~melhorar & vida da pessoa — costuma ser representado pela prescrigio de ‘um medicament. Iso representa a esperanga para a pessoa © ‘uma senkagio de que sua vida é valiosa. Os médieos e as pes- 'soas sao coniventes na atribuigao de expectativas maiores do {que é possivel aos medicaments. Um dos papéis prineipais dos médicos de familia ¢ alimentar uma sensacio de espe- ranga e é necesséria muita habilidade clinica para fazer isso sem prescrever um medicamento que pode acabar trazendo ‘mais danos do que beneticios para o paciente. Algumas vezes isso envolve ajustar a visio que a pessoa tem dela mesma & ide sua doenga ~ ajudando a modificer suas expectativas para ‘que possam ser alcangadas. A qualidade dos euidados de sai- ide na préxima década serd determinada mais pelas decisSes {de nao administrar ou de suspender medicamentos © por um ppensamento mais abrangente do que pela compreeasio de ‘que um bom cuidado envolve necessariamente 0 uso de um medicamente, REFERENCIAS: 1, Bouck AM, sew D, New del fom the Word Tene Orgasistio, BM aumsan7gtisysit2 2 Suri, Gervas JDM, nie eare an heath sprites, Ans Rev Pu ‘tle 218330, 1 Col NF, Fanale JE, Kronolo The sole of mediation aoncompliance 2d aber dup reactons in hospitalizations of te der. 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