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Sintese Introdutéria Capitulo 15 ee A Entrevista Familiar Diagnostica. x, Importancia da sua Inclus4o no Psicodiagnéstico de Criancas* i ' Neste trabalho propde-se a necessidade de incluir pelo menos uma entrevis- ta familiar no psicodiagnéstico individual. Fundamenta-se teoricamente a conveniéncia dessa forma de trabalho ¢ su- gerem-se algumas regras técnicas para a sua realizagao. Destaca-se também a importancia da entrevista familiar diagnéstica para possibilitar uma entrevista de devolugao mais dinamica e convincente acerca das } conclusoes. } Finalmente coloca-se a sua importancia para decidir a indicagao ou contra- F indicagao de terapia individual para o paciente e para decidir a estratégia que sera sugerida como a mais adequada ao caso. ? ‘A entrevista familiar tem sido um técnica ou método reservado, durante x muito tempo, aos terapeutas formados para trabalhar com o grupo familiar como ¥ ponto de partida ou nivel de andlise na investigacdo diagnéstica e na psicoterapia. i ‘Alguns psicélogos ¢ psicanalistas de criangas comegaram a usar posterior: © “f mente essa forma de abordagem. : Outros, entre os quais inclui-se a-autora, tém trabalhado por mais tempo f, com a metodologia classica: entrevista inicial com os pais, entrevista com a crianca que consulta e entrevista final com 0 casal para a devolucao de informacio. Ass, entrevistas com a crianga incluem uma hora de jogo diagnéstica ¢ a administragao de testes projetivos. ‘A medida que houve mais intercdmbio ¢ contato entre as diferentes formas de trabalho ficou evidente a necessidade de incluir entrevistas familiares no proces- s0 psicodiagndstico. + Bste capitulo éa ampliagao ce um trabalho apresentado pela autora na ocasiéo em que participos ‘como painelista na Primeira Jornada Nacional de Psicologia da Crianga ¢ sua Familia, oganizada pela Universidad del Salvador. Buenos Aires, 1979. Por esse motivo o trabalho esta centralizado na {emlica infantil mas € possivel fa7é-Io extensive ao caso do psicodiagnostico de adolescentes, 166 '~——- IC ee Psicodiagnostico Clinico 167 Fundamentos para Sua Inclusio 1. 0 sintoma da crianca é o emergente de um sistema intrapsiquico que esta, por sua vez, inserido no esquema familiar também doente, com a sua propria economia € dinmica. Este principio tem sido aceito por todos os setores das dife- rentes escolas psicanaliticas ¢ outras. Aurora Pérez diz a esse respeito: A cntrevista familiar é constituida por dots sistema em convivio estavel que modelam éntre si uma relacéo continente-contetido. Ambos sistemas esto em crescimiento e desenvolvi- mento, O continents.) esta consttuido pelo casal parental. © conteido esta represeniado pelos filhos. (..) Assim o fundo da criagdo é uma situapao assimétrica em relagiode dependien- cia. (.) Quando a trama familiarnéo abriga, ndo metaboliza, nao transforma adequadamente, a ‘almosfera familiar orna-se rarefeita, intoxicada e comega a aparecer a docnea... E um sinal de alarme de que algo esta acontecendo no ambito familiar...) Assim oclima de satide vai sendo Perturbadoe comecam a instalar-se paiterns de doenca. Uma crianca psicética € a depositaria da loucura de todo o grupo familiar, que permitira que ela se recupere ou nao, dependendo de até que ponto cada umi dos membros da familia estiver disposto a assumir o grau de doenca pelo qual Tesponsavel. Surge aqui a necessidace de adaptar os métodos de investiga¢ao diagnéstica 20s avancos obtidos pela teoria: somente assim sera possivel um maior aprofundamento na realidade clinica € a obteneao de um diagndstico mats preciso. Raquel Soifer? colocou: ‘Vimos que podiamos trabalhar de tr formas diferentes com o grupo familiar: a] como diagnéstico: 1) como informagéo diagnéstica ao acabar o estudo; ) como terapia p. 196) Solfer indica a entrevista familiar quando “surgirem dividas no estudo diag- néstico da crianga”. Neste trabalho é focalizado 0 segundo aspecto exposto por ela, Tas ndo somente se surgirem cuividas diagndsticas, e sim em todos os casos, a nao ser que exista alguma contra-indicacao. No entanto, ndo € somente esta-a raz4o que justifica a sua incluso, 2. As hipéteses originadas nas entrevistas com o casal ¢ naquela com ofa) filhofa) (ou seja, aquilo que a sua hora de jogo € os testes indicam) devem ser consi- deradas provisorias até serem comparadas com as que aparecerem na entrevista familiar. So entéo, aquelas poderdo ser validadas ou retificadas, enriquecidas ou modificadas, : Por esse motivo, propomos aqui a realiza¢do de pelo menos uma entrevista familiar mesmo em se tratando do diagnéstico individual de uma erlanga ou de um adolescente, 3. Quanto menor a crianca, mais importante sera considerar esta recomen- dacao, pois ela esté em pleno processo de formagdo e em estreita e direta dependén- cia emocional de seus pais. Neste aspecto sdo novamente importantes as Tecomendagdes de Anna Freud? 2. Pérez, Aurora. “Elnifo, la familia y el pediatra™ Revista del Hospital de Nios, XIX. n* 76, outubro de 1977. 2. Soifer, Raquel. Para que la familia? Buenos Aires: Kapeluse, 1979. 3. Freud, Anna, Normalidad y patologia en la nfiez. Buenos Aires: Paidos, 1975, 168 Garcia Arzeno ‘encenam conjuntame! No tratament Pelo mundo objetal, ou seja, em q ‘sua condula ea sua pe Os pais sio modelos decisiva. Detectar 0 modelo q S€ necessario, pode constit qualquer tratamento individu: 4, Quanto mais grave te como se fosse unia folie ceux{p, 42) to. principaimente os atologia(p. 45). ue medida o ambiente chega ainfluenciar para dermis ‘uenores revelam até que ponto estéo dominados Gue a crianca esta incorporando durante uma etapa ue os pais esto apresentando e ajudé-los a retilic-b, Se em ajuda para todo 0 grupo familiar, mais itil que al de um de seus filhos. for a hipétese diagnéstica, mais necessaria seré a Saewsia familiar por exemplo, nos casos de psicose, quadras borderline, perver- simbiotica ou, pelo menos, de também uma entrevista com o 5. Outro motivo im; Propicia condutas observaveis para os pais, tomacias como ponto de r Conflito € evidenite somente para o profissional menina havia con eferéncia na devol iportante para realizar uma entrevis Tecoi ista familiar € que ela a ctianga € 0 profissional que podem ser lugdo do diagnéstico. Em muitos casos 0 I, sempre que houver confirmagao des 0 nem sempre € suficiente para que os |, para sugerir que o colasse jue brincassem de labirinto mendacao tetapéutica do psiedlogo do melo, motivo das suas preocupagées, fcava 86. agindo cone mesire de ceriméni- as ao distribuir material para os outros; tentava chamar a atencdo mostrando os — lt, li, hak, il i i i, i a fh i et hl ths ci a. ss i, li Psicodiagnéstico Clinico 169 seus papéis recortados, mas sem sucesso. O pai propds ao maior desenhar com tinta plastica e continuou com as suas criticas. O do meio comecou a fazer 0 mesmo que o seu irmao na tentativa de atrair a ateng&o e aprovacdo do pai, sem consegul- Jo, A mae era um pouco mais bondosa com ele mas estava mais concentrada em brincar com pratinhos e xicaras com a menina. Em resumo, 0 pai desempenhava dois papéis. ou era o bebé maleriado e exigente, ou o pai rigoroso, castrador, implacavel, Nao tomava nem conhecimento do filho do meio. A mae sim, mas no conseguia dar atengio a ele porque era s tada pela menina e pelo “bebé esfomeado”. Assim, as impertinéncias do menino, bem como os acidentes sempre repetidos eram provocados por sua necessicade de receber atenc&o e gratificacdo. j4 n&o como um protesto ativo mas como uma entre- a auto-destrutiva ou suicida, causada pelo sentimento de nao ser importante para ninguém. Foi proposto um primeiro periodo de entrevistas familiares ¢ de casal para modificar os papéis. Se o fitho nao melhorasse paralelamente evolucdo dos pais, seria recomendavel comegar um tratamento individual paralelo. pai, tdo resistente no inicio, aceitou a proposta ao sentir-se confrontando com 0 jogo do labirinto e suas outras atitudes e comentarios, que criariam também problemas com o filho mais velho e com a mulher. A mae conseguiu expressar que precisava dele para educar os filhos e que sentia demais que ele fosse mais uma crianga, Além do mais, o pai fol advertido sobre as conseqiiéncias que suas alitudes provocariam quando os meninos chegassem 4 adolescéncia: ou se submeteriam ou oenfrentariam numa luta sem trégua. Esse quadro serviu para fazé-lo reconsiderar que ndo seguindo a recomendacao estaria impedindo o tratamento. ja que era ele quem tomava as decisdes do casal. E que esse era.o seu futuro ¢ o da sua familia, nao 0 do profissional. O pai decidiu pensar no assunto e depois de um tempo come- ‘garam 0 tratamento do menino. Neste caso a terapia familiar teve resultados excelentes e 0 menino apresen- tou uma grande melhora. Este € um exemplo que serve para ilustrar a utilidade da entrevista fami para planejar uma devolugao de informacao bem-sucedida. 6, Além do mais, oferece elementos muito valiosos para decidir qual a estra- tégia terapéutica que sera recomendada na entrevista de devolugao de informagio final. 7. Em certos casos a entrevista familiar pode dar indicadores para contra- indicar 0 tratamento analitico individual, a saber: a) Quando nao se vislumbra a possibilidade de modificagdo

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