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Mario Curtis Giordan ANTIGUIDADI Yinttors VOZES ORIENTAL 13° EDIG a cea IIL reconauistou 0 ir. «0 Egito havin 0 com a qual acolhe no foi algo freram, 2m geral, ina lenta transformagho, Depreende-se désse falo que tified de tm determinads ‘quanto poesva, ta aspectos da civilzagdo noe. diferentes periice de sua longa His 4) 0 fara5. — No eume da pirimide sri) do Ba ade a ser inter fe moneira eoncreia, Tal tendéneia trunfa. briltantemente eob 4.4 sicoanse [Nole-te a importinea dada pelos antigos egipeis a0 smangue realy que amegurava a partiljsio na divindade. Expliase, aim, a fre: (qidncia, na familia reinate, de cisamenton entre parcntes prCximos. ‘Explca-se também a preonpacto com que os usurpsiores de troro Dro- curavam imodiatamente unre a ume princess de Inhagem real a fim e legitimarem de qualquer forma a poste da coro etentor do poder tenporal © do poder esprit, 0 farné era, 20 ‘menos {eoricamente, senher de toda a terra, de tol as propriedades ede todos os seus siciton (Qual @ atividade do sberano egipeio? do deus Amon. Entretanto, ccmo no barém e um princioe terrestre as mulheres nio pertencem todas A mesma elas- ‘@, datinguemse igualmente 10 harém de Amor diversas dignicaden A freate so encontra a superims do harém que é em geral, a esposs éo sumo sacerdote. Mas acim de todas at mulheres a2 encontra, em ‘Tebas, ums dana da familia ral, as vests a prépria rainba, a mulher 5A Senda 8 es anata en + in pi Sod famcar re Tra en et ps pie aoe a is Sete ea Se ae Sanaa Ses eeepc eee Seance sine wines ooaeer & mais Seoe eee eee eee, coearas asa we ti as retina chs ms sere come Sint een ta eae Serre ame ree eee SB di Sheree ue mmee Se Stee cae ens eniew aoe men nes Seon Seca ee care pest Sue Sane Sao wns ier acre Societe Ses i warts ee is, eat teres pope son gag vie Scoala dees ee Se eens oe eee ec seas cme weyers eee = ete ae era ees ee Seren erence ieteenes ete Smeets tubn edn pole ba er ae ees 1 ne ten so ele See ee eerie oo ee ee Se ee eee ees foe een Sea See erences etna enemies packs ehects eo ae Selene! maa eee an eee Seep e see erg rend Seeeee atts Seca bees et Se er eee eat pian at eee Be ceee tater rue enon fae roe eee cers eae a eer casero Serres enw eee core 2 (ap. 8: 0» Bec Possuimas grande quantidade de exereiclos eciares, 0 que se explica pela preocupagio de colocar no sepulero dae slo morte os objetos ‘que reais houvessem utillsdo em vidn © material de cerita comprecndia um talo vegetal, uma tista ne- agra e indestrativel (revista a0. passar de mllares de\ ance), pelegos de argils, imines de pedra mole, peagie de madeira e (pura ¢ mais adiantados) papiro. 0s eoeribes consttuiam, no Rgito, uma dlasse privilegiada « por Jaso mesmo, invejada. Se dle nio tem, esbordoam-n0,.. ¢ amar rado ¢ langedo no canal, afunda a chapinha de eabega para balso, Sua mulher € snarrada is suas vistas; seus filhos ste. encadendos.”Seus Visinhes abendonom-s0 fugindo para por seu grio em segurange>.” +) Outros tipos sociais. — +A nssdo egipcis néo compreendia ‘mente agriceltores, ecribas e sacerdotes, Se no fosse assim, ¢3 pi rides ndo existirian, nem os templos nem os hipogeus>, Comegs. assim © capitulo que 0 egpidiogo Pierre Mostet dedica As «artes © eficlose © autor da’ «Vida Cstdiana no Egitor sitan auas observacées na. épo- ca doe Ramsés¢ decreve. com pormenores a. atividade de inimeros trabalhadores egipcos que, ao lado dos felis, constituem a massa da poptlagio: yedreros, mineios, artistas como escltores, jotheiros, la- Pidadores, marceneirs, negociantes, ee. Qual a posigao social ¢ a si- {uagio econtmica de toda essa muititio trabalhedora? Se aceitssemos 1 pinifo de certos exritas (como, por exemplo, o autor da Sitira dos Oficion que a, eacremea no Médio Impérie) es 'artitees lovariam vida de igual ou pior misria que os felis. AS famonis exoriagies de Kheti 1 sou filho para que estude pintam-nos um quadro pitoreseo. da ma- neira como um escriba considerava as demals peofissdes, salientando que a arte de escrevr esti acima de qualquer proficede. «Vio tra. balhador em bronze em seu oficio, na goela do foro; seus dedos ex: tavam mais enrugades que a pele do crocodilo + cheirava mals. que rates de pele. 0 eortador de pedra procura trabalho em toda especie de pedras duras. Quando termina sou trabalho, tem cx brasos cansados, Quando ele se assenta, a0 crepiscule, sua eapinin e suas coxa esto ‘quebcadas. O barbeiro vai de rua em rua e procura cliente. Ele se apli- fa fortemente trabalbindo com seus bragos para se saciar, como uma abelha que se nutre com eeu trabalho. O jardineiro leva pesados far- doe; de manna, ele rega o alho-parro, & tarde a vinha. O pestador & © mais miserivel de todos os tratalhadores: trabalha no rio, 20 lado dos erceodilor..»™ Feliamense, com observam Erman e Ranke em sua clisica obra sobre s civilzacio egipeia, diapomos de outras fontes para julgarmos 4a situscdo dos trabslhadores no Rgito Antigo: cas obras qite subsiar tem densen operirios em metaia e domes eecultores em madeira mostram ‘que, no Bit, as acts industriais havlam chegaco @ um gra multo levado de perfeiio, infinitamente mais slevado que a ciénea ea literatura. Os operiios que criaram essat obras maravilhoses em Ouro ‘© marfim, em louga e-em madeira, euje perfeigio admiramos ainda. hor “ (ca. 2: OF Beinn |i nko podem ter sido ot miserivels wiles que « orgulho das classes intrudes enxergavam nele>.” Claro esti que & neeesirio dstnguir, entre os préprice trabalbs- dores, diversoe niveis de vida. Os que pretavam servigos sow temples fou diretamente aos soberenoe gosavam evidentemeate de ume situaclo ‘conémiea e soclal melhor do que c= que trabalharam por costa propria. ‘As seguintes linhas, eserias por ordem de Ramais I, em im terplO, ‘io incieio de uma mentalidade favorivel aos operirice: a existincia dagaclea que estavam na mcewidade e fazendo folsas Gels em seu templo na minha qualidade o grande diretor 408 trabalhos em Tebas, por conta de... Ramsés TD.” TLembremos que 0 .” 6. A Vida Beonimiea 4) Agicultura ¢ criagio, — An alividades agricolas constituiram sempre 0 fundamento da cviliaagio egipia, Eawas atividades eram ra- ‘lonalizadas desde remotes épocas. Ao ritmo das chelas do Nil, pro- ‘rediaa vida econdmiea a terra dos faraée com reflexos profundos vida sc“ erldde do le do Nis, que costa, anirsho ‘os vinjanee gregce, era contrabalancada, entretanto, por diverse ‘ores come a invasio das dunas de atein, a devastagio de enchentes ‘anormais, as secas prolongadas, ote. Para evitar ces maleficios © aprovetar 40 miximo ca fatores favorivels, os eqipcion descavolveram ‘bem edo uma admirével fenien de contrele das dguas do Nilo eons ‘ruindo reyesas, diques, canals e reservatries € instalando os f men- cionados elémetron ‘Nos eampes os epipice cultivavam principalmente cereals como cevada e 6 trigo; nos jardng abundavam os legumes © as drvores fri- ‘iferes. A cragio de gao merecia tambim euldados expeciais’ bos, va- cas, cabrag carmdros, porcos ¢ sanos ccnstituiam os rebanhor egipcos No Métio Império, as terrae cultivivels foram sumentadas grasas sso devenvoivimento do pricesso de irigasdo.(trabalhor consideri foram execatados, coma ¥.g. 0 lago Mérs) 0 Hit tornou-se o maior celeiro do Oriente. Os métodos agrcolan forum aperteigoadon no Novo Império; empregaramse, eatho, foes ¢ charruat mais eficientes No- ‘tee que es terran de paatagens, a partir do Médio Império, vio eendo aprovetadas pela agriciltea. Diminul, sem desaparecer, a eriagho de ‘ado. As conte pastoris eho raramente repreasatadas sod o Novo Im- lrio. Nes Gpoea, Introdiziéa pelos besos, a criagto de cavalea & ‘objeto de culdados expeciis scb controle real e prosper tio bem ‘que até di Siria vieram procurar cavalos no Rite.” b) Indiseria. — A intria. de tecidon figura entre as mals an- ‘igen don egpcion. Ja sob a TV dinastia podiam ser consderados mes (ep. 8: Or Bein tres na arte de far © tecer, Algumas falnas que envolvem «s mimias reais do Antigo Império slo confecionadas com ust flo tao fino que, segundo 0 cdlculo de especasas, um quilo de tal fio equivale. a tim comprinento, que varia de 12 a 18 mil metros” ‘Quadros das cenas da vide cotidiana representam eordoeiros tor- ‘endo on enrolando as sas cords, eapateiror amaclando © cour, cortar dove ¢ costurmadoo, marcenerostrabalbando em méveis de tods especie ‘com a serra, o malho,oformio, eoxS ¢o furador. Nas roearas represea ‘agies vemos ce eacultore,pintores, fabricantes de vaso de. Pedra, Joa- lners, ete Durante o Novo Império notamas um progreato. how instr- Imertos de trabalho dos opeirios; assim, por exemplo. «aa facan,c# ci- fin ox furadores de pera detaparecerdefiitivamente e si0 sute{ituldoe or instrumentos de wetal,geaimente de bronze, as vezca de ferro,” ©) Cage ¢ pesca. — Entre as atvidades de crdem scondmica doa antiges egipeie ndo podemos deixar de mencionar a caga e = pesra pra. tHeadas ambaa, desde tempos imemoriais, no vale do Nilo (Os grandes menhores egipcis do Antigo e do Médio Império diver- ‘lamese em casadas e pescaras princpalmente nas margens.pamtatoeas do Nilo, onde ae encontravam passaros e peixes em abundincia, A ré- e, o anzol, 0 arpdo eram os instrumentos de pesca; 0 lago, o arco. 0 cbuneringue>, a armadiiha, a rede serviam para a caga. Nos confing do deserto havi caca mais df e, As vezes, perigoan: a gazela, 0 bot seivagem e até meno ¢ lelo e pantera. Essa cata grosta era ataca- «da com flechas, logos grandes cies levadon por cagadores profiaoais fa ervigo doe notres senor, Nas margens do Nilo a ativdade venatdria diminulu sob © Novo Impitio, pois o desbravamento desta regido fol acahando progressiva: ‘mente com os mataguis pantenas al existentes, Quando os reis de- sejaram sentir as fortes emegdes de tuna cagade movimentads eapro- veitavan suas canposhas para ir longe, aid as margens do. ufrates, onde encontravam ainda alguns elefuntes ¢ leGes que éles atatinm is fentenas, © caja roam de toda eopécier, 4) O titico ¢ 38 telagées comerciais. — 0 meio de comunicasio por excolénca era a via fluvial, Desde que foi habitado © vale do Nilo. 9 rp era crundo por embareagées que, no devorrer da Histéri, va: ram de tipo e de tamanbo, Nos tempos mals reeuados os egipclcs usa- ‘yam una prgvena emareagie feta de eanigos. No. Antigo Lmpério ca contramos grandes eminreacées de madeirn tunidas de remoe ¢ de Yyelat. No. Médio Império noteee um apertegoamento na constragio de emburesgoen On egipeios mio praticaram simente a navegncio fluvial, Sus em- Darcie eruzaram também 9 Mediterineo Oriental em demands do Itoral fenieio e 0 Mar Vermelho em demands do lendirio Punt, © comérsio interno ego a0 que parse, nfo fd muito ferescen te, Mouve eeramente tana roc ete ce produtor ereontradse 40 100 fo do vale do Nilo e ce de Delis; ces proditos completavanse mt {Gamenta "Tal tivdade comercial era entrtant, difeltade poms dis ancl que a forma slongada« etreita do pela ternera inca maiores Basta lanbrar que a datanca o© Tebas © Ménfis er de 679 qullme- tron. a de Tebae a Ting de cetea oe S00 e-4 de Bkfantne s Pelosa ‘itrapassava’ce mil quiémetre™ Compreendess, assim, que © comér- Gio interno rho pudeee alata grande atividade Senos textos no fe far Jamals mengho 1 comcantn € um ine eto de que 0c. tmérelo alo posse importinda alguna no Eigjto antigo; teré tee, sem thivida, 9 mesmo carter gee © trie doo Racaes © doo mrcaces Bas itades de’ provincia do Hgts atuals."”A falta dx mood (3 multe {ardiamente introlusida) dfiestava matoramente as operagdes merean tis Os mets, pesados cm talatss, cram umadoe cone cao de te Tor: todos on metas, e our, 0 seetram> (Vga mtuml de ono © pra ta), a‘prata o esbre)» chunbo © 0 ferro, foram sempre umdos come sina de teva.” 6 comic entero em mai tna do ue tern « bers rmemmo epocas de grande rn ko cometermon tn. er {perpen istirca vamos reumit a principale wagiee eomerclals om © enteior, mas grande és 68 Histéra zipda separadamente, No Antigo Império anotamos em primeir luge, wages comerciais com a Nibia, que era « redo Bais sceadvel pare of ogipeics, Na Tha Ge" Hlefantion, situadn a fonre natural ttre as duns rege, fe wavam se a trosas entre o& Produtos egipcion eo pradubs da Ni Sin ede vegies ainda mais merdionais: eles de loparden, mactcoe, Sano e: cobretudo, marfim” De Arabia © 60 quis de Punt (regides mais mcriionais do Moral do Mar Vermeho, capecaimente « regito {los Somalis), através do Mar Vermelo, ce eyiplos importvim oi censo € outtas matéras proms Da Siti e da Paletiea provinham ‘leon prcclosos, escraves © madeira, O comério som a cidade de Br tl remontave. ao info da Bistra. Dan minas do Sinai ® egipcios extraiam 0 cobre ® & prove! aie Ja no Antigo Impérh a tha de Chipre figurasre ‘come forneccora deme metal para a term dos ferabs, No Médio Império, prinxpalmente sob a XIC dinaatia, » comércio externa intensficowan Do Suite, da Ablsnis, do Pot, da Aribia. da Sia ¢ dus han prepa, grande suantidnde de mstéran-prima, metals, Inndiras precious, marfim, pels ince, afliem pack 0 vale do. Nilo ‘ive Then Gavia em troca produtos de mun indtra e sobretul eerenis. Sob 0 Novo Império 0 comércio exterior deservolreu-se sida. mais. © owemo.egipeio exercia o monopilio absolute. do coméreio externo; ‘sob cme controle. moreadorias procedentes, das mais distanies. reziOes ‘Slo encaminhadas para o Exit = (cap. 3 Or Eaton [Na época da decidéncia, os gregos aperecem «mo concorrentes do xineioe no comércio exterso. Kir Néucratn, o blenoe trocavam, seu Broduton(vnbo, aunts, objton de cerkais) plo wigede igo ipo fia com as grandes épocas da Hiatéria potas; wremos que as culm: aineins dos atividade ariatlcan oo ‘aos ei rresponlem a0 apogeu do pretigio b) As artes no Antigo Impiio. — As grandes reeizashea da. ar. quitetura eipeia forum as templos ¢ ot timilos ex euje construgho foi empregado material de longa duragio. O amulets egipci, quando Dlanejava ¢ realizava um templo ou um viru, taba mente volta dda para a eternidade. AS malores realiaagiee da’ arjutetura do. Antigo Impfrio, que atravemnram ca milfnios « que ficram definitivamente fswociadas a toda lenbranea do Egito Antig, uo as trés famoeas Pirimides que recebemm dos sckeranos, sus conérutores, respective: ‘mente os nomes de .* 0 arguiteto Jean-Paitppe Levec, memibro do Int Lituto do Bgito, esereven uma ineressante eta icidulaca.«O probe. ma das pirdmides do Bgitor em que sto focizalse com macatie. ar trades, as lendas, a exploragio, a descrdia, as dvermas teoris exis tentes sobre as pirdmides bem como a cnc eas erences Ge seus construtoren. Com relaglo 4 finaldade deiss gigsnteseas ‘constructs € necessirio salientar que as mesnas_nio eram somente Cinulos co loss destinados a preservar a mimla é feraé garentir asin a ‘sobrevivincia do mesno. A pirimide fasis parte de ‘um conjurto de onstrugies onde eram celebradas cerimbaiss de cate ao soberano.de- funto, Os autores «que pretendem tratar ¢ priblens des piramides, © ppartialarmente 0 da de Quéops, ignorando sateriticarente © cor Plexo do qual as meas fasiam parte ¢ eacaratio-as como entida: ‘des independentes, cometem um erro comparivel ar que se farla se; com relacio a uma igrja, sb so levasse em censderasto a torre, des: Bresando ce denals enestos castititive & tanay." Discalen- se a técnica © 0 tempo empregadon na cinsracie das. pirdmiden No realidade, 0 problema da construcio das pirimides deve nteresear mais ‘80 arguiteto que so historindor. «Os detches rekitidos ‘pelos antigor tim evidentemente apenas tum lor muito relative, A exceucio te ‘monumentos to consderévels neceaitou certamente de longos tra. baths e de recursos 1 corvéias tem peress, mas nfo absorveu tod

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