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Parte I - Cultura, diversidade, tecnologias
[Nativos digitais: autores na sociedade tecnolégica
Maia Cristina Gobbi
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GOBBI, MC., and , KERBAUY, MTM, orgs. Televisdio Digital: informagao e conhecimento [online]. $0
Paulo: Editora UNESP; Sio Paulo: Cultura académica, 2010. 482 p. ISBN 978-85-7983-101-0, Available from
SciELO Books .
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CULTURA, DIVERSIDADE, TECNOLOGIAS1
Nativos piaitats:
AUTORES NA SOCIEDADE TECNOLOGICA
Maria Cristina Gobbit
Introdugao
[Nessa quase primeira década do século XXI a televisio analégi-
«ea ficou estabelecida como a forma de transmissio de informacio
‘mais poderosa em nosso pais. Quer pela velocidade ou instanta:
neidade, quer pela variedade da programacdo, pela opgio de gra-
tuidade da televisao brasileira ou pelas imagens transmitidas, esse
importante vefculo eaté em mais de 95% dos ares, no Brasil. Mas jé
fav algum tempo que pesquisas dao conta que o sucesso dessa midia
‘vem perdendo terreno frente a geragdo mais jovern da populagdo, a
chamada geragio digital,
Pouco mais de 50 anos se passaram desde a primeira transmis-
‘io feita por Assis Chateaubriant e em 2010 novos desafios so
1 Pée-Doutora pelo Prlam-USP (Universidade de Sto Paul}, doutora em
(Comnicaio pla Universidade Metin de Sto Paslo (Umesp, dieto-
sreuplente da Gtecdsa Unewn de Comuniayin, Profonn do programa
‘Ps. Gradsago em TV Digital eComuricagéo da Unesp, campus de Baur
CCoordenadora do Grupo de Pesquisa Pensamento Comunicacional Lat
‘no-Americano e Comunicaro Digital e Interfaces Culturais na América do
(CNP Dirtora de Documentagioecordenadera do GP “Miia, Cultura
¢ Tecnologias Digitais na América Latina” da Sociedade Beara de
Estudos Iterdiseplinares da Comunicago (term),24 MARA CRSTINA.GOBEL » MARIA TERESA MICELI KERBAUY
desenhados com o uso das teenologias digitais. Embora lentamen-
‘te, as primeiras investidas da Televisio Digital terrestre, no Brasil,
ainda no superaram obsticulos basicos como a interatividade e 0
‘custo de aparelhos mais acessiveis para a populacao. So muitos os
desafios, principalmente no que tange a producio de contetidos,
as politicas pablicas de comunicagdo e as politicas industriais de
produgio de aparelhos e de tecnologias. Isso sem mencionar os
esforgos para o acesso da populacao nacional a nova plataforma
de comunicagZo, que deve ser democritica, permitindo a incluso
social-tecnol6gica,
Embora ease novo modelo de comunicagio tenha nascido, pelo
‘menos aqui no Brasil, de forma disciplinada, com a participagao
a sociedade civil organizada, em pouco tempo as possibilidades
comunicativas por ela descortinadas serio ampliadas de forma sig:
nificativa, Ficard praticemente impossivel o controle real por parte
deste ou daquele grupo de comunicagio sobre a produgéo de con-
teddos, Em outras palavras, uma nova cultura comunicacional esté
sendo desenhada e cada um de nés somos atores e autores reais
criando assim outra maneira de ver o processo comunicativo,
Como diversos pesquisadores afirmam, trata-se de um novo
pprocesso comunicativo, onde a triade “emissor ~ mensagem — re-
ceptor" jd ndo mais representa a complexidade do proceso, mesmo
{que se leve em conta os fatores psicol6gicos e/ou socias,
‘Nao obstante ainda futurista, a idéia de uma nova cultura co-
‘municacional eda juventude, resultado da convergéncia das midias|
‘mais tradicionais como o ridio ea televisSo,aliadas ao grande poder